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Economia do Ambiente – A Energia Eólica

Índice

Introdução…………………………………………………………………......Página 2

Energia Eólica – A sua tecnologia………………………………………...….Página 3

Os Aerogeradores……………………..…………………………………...….Página 4

Tipo de Rotores………...…………………………………………………...…Página 5

Tipos de sistemas Eólicos..................................................................................Página 7

Disponibilidade dos recursos…………………………………………….......Página 10

Desvantagens e vantagens da energia Eólica.………………………...…….Página 11

Energia Eólica em perspectiva para o futuro………….…………...……….Página 13

O caso Português…………………………………………………………...…Página 15

Os parques Eólicos……………………………………………………………Página 17

Conclusão…………………………………………………………………..….Página 25

Bibliografia……………………………………………………………………Página 26

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Economia do Ambiente – A Energia Eólica
Desde que o homem utiliza a razão, o vento tem sido um dos seus
principais aliados. O seu aproveitamento para encher as velas dos barcos
coincide com o começo das grandes civilizações e, marcou, substancialmente,
a diferença entre elas.

Foi a partir do século V que a utilização desta forma de energia se


estendeu terra firme e, mais concretamente, nos séculos XII e XIII com a
aparição dos primeiros moinhos hidráulicos e de vento (que tanto caracterizam
a paisagem). Posteriormente, desempenhou um papel fundamental no sistema
industrial do século XVI.

Hoje em dia o aproveitamento desta energia era inevitável. Para


aproveitar a energia do vento, existem diferentes tecnologias em função da sua
utilização final. Contudo, todas estas técnicas têm em comum o facto de
recorrerem à conversão da energia cinética do vento em energia mecânica.

Este trabalho vai ser focado então na Energia eólica, que é a energia cinética
contida nas massas de ar em movimento (vento). Vamos falar também da
conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação,
com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas Aerogeradores,
para a geração de electricidade e vamos. Abordar a energia Eólica como fonte
de sustentabilidade, verificando o crescimento deste tipo de energia e
perspectivando o seu futuro a nível Global, focando-se depois o caso
Português, onde verificamos o impacto e o desenvolvimento da Energia Eólica
em Portugal.

Noções Fundamentais:

• A energia eólica é medida através de sensores de velocidade e de


direcção do vento, denominados anemómetros.

• Em geral, a velocidade do vento é medida em m/s (metros/segundo).

• O parâmetro mais importante é a velocidade média do vento, mas é


desejável conhecer também a sua distribuição estatística de velocidades.

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Energia Eólica – A sua tecnologia

Tecnologias

Para aproveitar a energia do vento, existem diferentes tecnologias em


função da sua utilização final. Contudo, todas estas técnicas têm em comum o
facto de recorrerem à conversão da energia cinética do vento em energia
mecânica.

Para o aproveitamento da energia eólica, existem vários tipos de tecnologia,


que passamos a descrever, de forma sumária:

Aeromotores

Os moinhos de vento apareceram na Pérsia, no século V, para bombear


água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não
mudaram,

Significativamente, desde então: o vento atinge a hélice que, faz girar um eixo,
que impulsiona uma mó, uma bomba ou, em tempos mais modernos,
mecanismos de extracção de água em poços, muito diversificados nos Estados
Unidos e em aplicações do mesmo tipo em Portugal.

Este tipo de turbina tem uma reduzida eficiência na extracção da energia do


vento, quando comparada com as turbinas de apenas duas ou três pás, que
em seguida se apresentam.

Turbinas eólicas

Quando se pretende converter a energia mecânica, produzida pelo


vento, em electricidade, utilizam-se Aerogeradores. Enquanto os aeromotores
possuem rotores com muitas pás, os Aerogeradores raras vezes possuem mais
do que duas ou três pás. Como vantagem, os rotores com muitas pás, como os
moinhos de bombagem, giram mais lentamente, podendo arrancar com ventos
mais fracos.

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Apesar disso, quando a velocidade do vento aumenta, o rotor gira mais
depressa mas o rendimento diminui, passando a aproveitar uma parte cada vez
menor da energia do vento.

Outro problema dos rotores com elevado número de pás, é a resistência


que opõem ao vento e que tende a destrui-los, caso o vento seja muito forte.

As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos


antigos moinhos, sendo mais aerodinâmicas e eficientes. As hélices têm o
formato de asas de avião e usam a mesma aerodinâmica. Através de uma
série de engrenagens, a velocidade do eixo de rotação aumenta, estando este
conectado ao gerador de electricidade, que com a rotação em alta velocidade
gera energia eléctrica.

Aerogeradores

• Aerogeradores, turbinas eólicas, geradores eólicos, máquinas eólicas e cata-


ventos, são os diversos nomes utilizados para as máquinas capazes de
transformar a energia cinética dos ventos em energia mecânica, ou em energia
eléctrica, para aplicar em diversas aplicações

Como funcionam os aerogeradores?

• O princípio de funcionamento baseia-se na conversão da energia


cinética, que é resultante do movimento de rotação causado pela incidência do
vento nas pás do aerogerador.

• A quantidade de electricidade que pode ser gerada pelo vento depende


de quatro factores: da quantidade de vento que passa pela hélice, do diâmetro
da hélice, a dimensão do gerador e o rendimento de todo o sistema.

• Actualmente as máquinas de grande porte disponíveis são, em


esmagadora maioria máquinas tripas de eixo horizontal.

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• As máquinas bipás, monopás, quadripás e multipás de eixo horizontal,
além das máquinas Darrieuse Savoniusde eixo vertical, bem como diversos
outros dispositivos. Estas inúmeras variantes são normalmente utilizadas
apenas para máquinas de pequeno porte.

Tipos de Rotores

Lembrando que aerogeradores não são cataventos. Existem dois tipos


básicos de rotores eólicos: os de eixo vertical e os de eixo horizontal. Os
rotores diferem em seu custo relativo de produção, eficiência, e na velocidade
do vento em que têm sua maior eficiência.

Rotores de eixo vertical

Os rotores de eixo vertical são geralmente mais baratos que os de eixo


horizontal, pois o gerador não gira seguindo a direcção do vento, apenas o
rotor gira enquanto o gerador fica fixo. No entanto os rotores verticais são
menos eficientes que os horizontais.

Savonius Darrieus

O rotor do tipo darrieus é constituido por 2 ou 3 pás


O rotor do tipo Savonius é um dos mais simples, é
(como as dos helicópteros), funciona através de força
movido principalmente pela força de arrasto do ar,
de sustentação tendo assim uma eficiência melhor
sua maior eficiência se dá em ventos fracos e pode
que a do rotor savonius, podendo chegar a 40% [2] em
chegar a 20%[2]
ventos fortes.

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Rotores de eixo horizontal

Os rotores de eixo horizontal são os mais conhecidos e os mais


utilizados por ter uma eficiência maior que a dos rotores de eixo vertical. O seu
maior custo é compensado pela sua eficiência fazendo destes os mais
utilizados para geração de energia em larga escala.

Multipás Tripá

Os rotores tripá são os mais


utilizados para geração de
energia pletórica em larga
escala, são impulsionados
apenas pela força
de sustentação. Apesar dos
rotores com 2 pás serem mais
Os rotores Multipás são mais
eficientes, são mais instáveis e
utilizados para bombeamento de
propensos a turbulências,
água de poços artesianos, mas
trazendo risco a sua estrutura,
nada impede que sejam utilizados
o que não acontece nos
para geração de energia elétrica.
rotores de 3 pás que são muito
Impulsionados tanto por força
mais estáveis, barateando seu
dearrasto como por força
custo e possibilitando a
de sustentação, esses rotores têm
construção de aerogeradores
seu pico de eficiência em ventos
de mais de 100 metros de
fracos, com uma eficiencia de 30%
altura e com capacidade de
geração de energia que pode
chegar a 5MW (mega watts).
Seu pico de geração de
energia é atingido com ventos
fortes e sua eficiência pode
passar dos 45%.

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Aerogeradores de baixa tensão

Os aerogeradores de baixa tensão diferenciam-se dos aerogeradores de


alta tensão principalmente por terem tamanho e peso reduzidos em relação a
estes, que usualmente são instalados nos cumes das montanhas ou em
grandes planícies. O peso médio de um aerogerador de baixa tensão é de
100 kg.

Este tipo de equipamento poderá ser definido como um aerogerador


doméstico, pois a quase totalidade dos equipamentos é instalada em
habitações ou micro-indústrias. Ter um aerogerador a produzir electricidade
unicamente para as nossas instalações pode ser uma realidade.

Tipos de sistemas eólicos

 Sistemas isolados – São todos os sistemas que se encontram privados


de energia eléctrica proveniente da rede pública. Estes sistemas
armazenam a energia do aerogerador em baterias estacionárias, que
permitem consumir energia nas temporadas em que não se verifique vento,
evitando que a energia eléctrica falhe quando o aerogerador pára. Mas para
se poder consumir a energia que o aerogerador produz tem-se que a
alterar, pois as tensões produzidas não são compatíveis com os aparelhos
domésticos ou industriais, visto que a corrente produzida é contínua e a
corrente pretendida é alterna. Para isso é usado um inversor senoidal de
corrente, que faz isso mesmo, transforma a corrente contínua em corrente
alterna. Este aparelho designa-se por senoidal porque a energia consumida

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(na Europa) refere-se a 230 V 50 Hz (para baixa tensão) ou 400 V 50 Hz
(para alta tensão). Estes 50 Hz, quando analisados no osciloscópio,
revelam um gráfico com uma forma de seno. É esta a função de um
inversor, converter para estes 50 Hz de forma a obtermos energia eléctrica
igual à dos requisitos dos equipamentos.

 Sistemas híbridos - São todos os sistemas que produzem energia


eléctrica em simultâneo com outra fonte electro-produtora. Esta fonte
poderá ser de origem fotovoltaica, de geradores eléctricos de diesel/bio-
diesel, ou qualquer outra fonte electroprodutora. Nestes sistemas temos o
mesmo funcionamento que nos sistemas isolados, a única alteração é que o
carregamento das baterias estacionárias é feito por mais do que um
gerador.

 Sistemas de injecção na rede - São todos os sistemas que inserem a


energia produzida por eles mesmos na rede eléctrica pública. Neste caso, a
maioria dos aerogeradores são os de alta tensão, só uma pequeníssima
minoria da totalidade de aerogeradores instalados para este fim é deste
tipo, pois a potência injectada na rede é muito menor que um aerogerador
de alta tensão.

Outras tecnologias

Uma recente abordagem, ainda em desenvolvimento para a exploração


da energia eólica, propõe uma forma inovadora de aproveitar a energia do
vento a grandes altitudes.

Este sistema adopta um par de bolas aereostatici que se movem


horizontalmente a uma altitude de 800 metros. Os cabos transmitem
movimento rotativo para uma plataforma em terra. Cada bola tem uma vela
colegata. As duas bolas se deslocam alternadamente, com a bola vela chama
mais aberta com a bola vela fechada e, portanto, a situação se inverte. O
movimento do cabo vem utilizado para ligar um gerador para produzir
electricidade.

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Evolução comercial das turbinas Eólicas

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Disponibilidade dos Recursos

A avaliação do potencial eólico de uma região, requer trabalhos


sistemáticos de colecta e análise de dados. Geralmente, uma avaliação
rigorosa requer levantamentos específicos. Mas, aeroportos, estações
meteorológicas e outras aplicações similares podem fornecer uma primeira
estimativa do aproveitamento da energia eólica.

Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, a


uma altura de 50 metros, é necessária uma velocidade mínima do vento de 7 a
8 m/s. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, apenas 7% da
superfície terrestre apresenta uma velocidade média igual ou superior a 7 m/s,
a uma altura de 50 m, como se constata na tabela1. Mesmo assim, estima-se
que o potencial eólico bruto mundial seja da ordem de 500.000 TWh por ano,
valor que equivale à produção de 47 mil centrais nucleares num ano é 30 vezes
superior ao consumo actual de electricidade no mundo. Porém, devido a
restrições sócio-ambientais e outros factores, resulta que apenas cerca de
10% do potencial eólico bruto é considerado tecnicamente aproveitável.

Ainda assim, esse potencial será quatro vezes superior ao consumo


mundial de electricidade.

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Desvantagens da Energia Eólica

Entre os principais impactos sócio-ambientais dos parques eólicos,


destacam-se os sonoros e os visuais. Estes, devem-se ao ruído dos rotores e
variam de acordo com as especificações dos equipamentos.

Segundo os autores, as turbinas de múltiplas pás são menos eficientes e mais


barulhentas que os aerogeradores de alta velocidade. A fim de evitar
transtornos à população vizinha, o nível de ruído das turbinas, deve cumprir
padrões estabelecidos pela legislação vigente (a habitação mais próxima
deverá estar a mais de 200 metros).

Apresenta-se, em seguida, uma comparação do impacto ambiental das


diferentes formas de produzir electricidade (em Toneladas por GWh produzido),

Vantagens da Energia Eólica

Ar mais limpo é somente uma das razões para aumentar o papel da


energia eólica na nossa mistura de provisão. Vejamos algumas outras boas
razões:

• A energia eólica preserva recursos hidráulicos.


• A energia eólica é compatível com outros usos de terreno e pode servir
como auxílio ao desenvolvimento económico rural.
• A energia eólica não produz emissões perigosas, ou resíduos sólidos
tóxicos.
• A energia eólica é completamente renovável, altamente fiável e muito
eficiente
• A energia eólica é uma das fontes mais económicas da nova geração de
electricidade em grande escala.
• A energia eólica está a tornar-se ainda mais económica na produção à
medida que se atingem economias de escala e os preços de electricidade
aumentam.

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• A energia eólica é favorável ao emprego e criação de postos de trabalho.
• A energia eólica apoia o crescimento económico
• A energia eólica gera turismo a comunidades locais.
• A energia eólica cria receitas alternativas a agricultores que arrendem a
sua terra.
• A energia eólica compensa as emissões de outras fontes de energia,
assim reduzindo a nossa contribuição para as alterações climáticas globais.

• A utilização de vento para produzir energia suficiente para mais de 200


casas (2,000,000 de quilowatt-hora) de electricidade em vez queimar carvão
deixará 900,000 quilogramas de carvão na terra e reduzirá emissões de gás de
estufa anuais em 2,000 toneladas. Isto tem o mesmo impacto positivo que tirar
417 carros da estrada ou plantar 10,000 árvores.

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Energia Eólica em perspectiva para o futuro

A produção de energia eólica subiu 10.163 MW na União Europeia entre


2008 e 2009 para os 74.767 MW, um crescimento de 23%, segundo dados hoje
revelados pela Associação Europeia da Energia Eólica.
Segundo a mesma fonte, deste total, 582 MW foram instalados "offshore".
O investimento em parques eólicos na UE em 2009 totalizou 13 mil milhões de
euros, dos quais 1,5 mil milhões se destinaram a equipamentos "offshore",
revela também a Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA, na sigla
inglesa).
Em 2009, e pelo segundo ano consecutivo, foi instalada na UE mais
energia eólica do que qualquer outra tecnologia geradora de electricidade.
Em valores totais, foram instalados, em 2009, equipamentos capazes de
produzir 25.963 KW de electricidade, cabendo a maior fatia - 10.163 MW (39%)
- à energia eólica, seguindo-se o gás natural (6.630 KW, 26%) e a energia solar
(4.200 MW, 16%).
No total, segundo a EWEA, a energia renovável representou 61% (15.904MW)
dos novos equipamentos geradores instalados na União Europeia no ano
passado.

Em 2050, todas as necessidades energéticas da Europa podem ser


satisfeitas pelas energias renováveis e o vento pode, só por si, colmatar 50%
dessa procura. A conclusão é da Associação Europeia da Energia Eólica
(EWEA), que está a realizar uma conferência em Varsóvia.
“O potencial existe e a indústria está preparada para isso. A única coisa que
temos de fazer é manter as actuais taxas de crescimento (da energia eólica)
em terra e no mar”, comentou o presidente executivo da EWEA, Christian
Kjaer, citado pela Dow Jones Newswire. “As outras energias renováveis podem
‘facilmente’ satisfazer a outra metade das necessidades energéticas da Europa
em 2050”, salientou o mesmo responsável.

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Economia do Ambiente – A Energia Eólica
“Realisticamente, o vento pode fornecer 50% da oferta de energia em 2050 se
forem feitas as necessárias alterações nas infraestruturais e nos mercados”,
declarou Kjaer, citado pelo “Renewable Energy World”.
Para Arthouros Zervos, presidente da EWEA e presidente do Conselho
Europeu para as Energias Renováveis, “os potenciais benefícios de um futuro
baseado na energia renovável são múltiplos: mitigar as alterações climáticas,
garantir a segurança energética e criar postos de trabalho sustentáveis,
orientados para o futuro”.
Zervos salientou que 2050 poderá parecer ainda muito distante, mas que as
decisões que forem tomadas hoje terão um grande impacto no nosso
fornecimento de energia dentro de 40 anos.
Segundo a EWEA, capacidade eólica instalada na União Europeia em finais de
2009 produzirá, num ano normal, 163 terawatts/hora de electricidade,
colmatando assim 4,8% da procura de energia na UE.
De acordo com os dados da Associação Europeia da Energia Eólica, foi
adicionada uma capacidade em energia eólica “offshore” de 577 MW no ano
passado, que foi conectada
à rede europeia. Trata-se de um aumento de 54% face aos 373 MW
acrescentados em 2008 e eleva o total para 2.056 MW. A capacidade extra de
577 MW de 2009 foi instalada em oito novos parques eólicos no mar,
constituídos por 199 turbinas eólicas, refere a “EvWind” citando os dados da
EWEA. Para 2010, a EWEA espera a conclusão de mais 10 parques eólicos
“offshore” na Europa, que adicionarão 1.000 MW à capacidade instalada – o
que corresponderá a um crescimento de 75% face a 2009.
A Europa é líder mundial em parques Eólicos “offshore”, com 828
turbinas eólicas e uma capacidade acumulada de 2.056 MW em 38 parques
eólicos existentes em nove países europeus.

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O futuro das fontes renováveis de Energia

O caso Português
O território nacional tem ligados à sua rede 816 aerogeradores (dados
de Junho de 2007), sendo actualmente o país da Europa que mais máquinas
instala. Em Dezembro de 2005 era o sétimo país europeu que mais MW de
energia eólica produzia, atrás da Alemanha, Espanha, Dinamarca, Itália, Reino
Unido e Holanda.

Em Junho de 2006, estavam instalados em Portugal continental 816


aerogeradores, que produziam 1343,1 MW; no arquipélago da Madeira
existiam 43 aerogeradores, a produzir 9,6 MW; e no arquipélago dos Açores,
28 aerogeradores com uma produção de 7,1 MW. Estavam em construção
mais 354 aerogeradores, com capacidade para produzir 717,8 MW,
aumentando para 2060,9 MW a energia eólica produzida no continente.

Actualmente, Portugal ocupa o sexto lugar no ranking europeu e o nono


no mundial de potência instalada de energia eólica com 3.535 megawatts
(MW), segundo dados divulgados esta quarta-feira, em Bruxelas, pela
Associação Europeia da Energia Eólica, refere a Lusa. A Alemanha e a
Espanha lideram a potência instalada europeia, com 25.104 e 19.149 MW,
sendo o total da União Europeia de 74,767 MW, ainda segundo as estatísticas
da Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA, na sigla inglesa), relativas a
2009. A nível mundial, os 3.535 MW de potência cumulativa portuguesa
representam 2,2 por cento do total, numa tabela liderada pelos Estados Unidos
com 22,3 por cento (35.159 MW), seguidos pela China (25.777 MW, 16,3%)

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«A energia eólica é extremamente rentável e, a nível mundial, apenas o


mercado de telemóveis excede a taxa de crescimento em termos de volume de
negócios»
Ana Estanqueiro, directora da Unidade de Energia Eólica dos Oceanos do Instituto
Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI)

Esta afirmação reflecte a importância da energia Eólica, cada vez é


maior a aposta nesta energia, sendo que também se verifica essa necessidade,
isto porque, cada vez mais se procura a plena substituição de fontes de
energias poluentes e esgotáveis, como é o caso do Petróleo, de modo a
cumprir os protocolos ambientais e prosseguir para um futuro sustentado de
forma a preservar todas as condições ambientais necessárias para uma vida
de qualidade. Neste ponto, podemos dizer que o nosso País se encontra bem
encaminhado, fazendo parte de um leque que privilegia e aposta em energias
renováveis, tendo nos últimos 10 anos assumido investimentos elevados nesta
área, que actualmente já se reflectem em razoável número na produção
Nacional, permitindo assim um investimento neste sector que é considerado
em Portugal como prioritário.

A presidente executiva da EDP Renováveis, Ana Maria Fernandes,


indicou durante o Investor Day da empresa que vai procurar manter a EDP
Renováveis entre os três maiores grupos mundiais de energia eólica.
Em 2006, a EDP Renováveis era a quinta empresa do sector a nível mundial,
tendo alcançado entretanto a terceira posição. "Lutámos pelo terceiro lugar a
nível mundial e tencionamos mantê-lo", afirmou Ana Maria Fernandes,

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lembrando que "a dimensão interessa de facto neste sector".
"Não parámos. Estamos determinados em manter a nossa posição neste
sector", comentou a presidente da EDP Renováveis, indicando que "ainda há
muito espaço para crescer". No entanto, se nos últimos quatro anos a EDP
Renováveis instalou uma média de 1,4 gigawatts (GW) de potência eólica por
ano, as perspectivas até 2012 apontam para a adição de 1,1 a 1,2 GW anuais.

A CEO da EDP Renováveis sublinhou, na apresentação a investidores, que a


empresa tem "uma boa diversificação geográfica e uma boa equipa, com boas
competências".
In Jornal de Negócios

Parques Eólicos em Portugal

Um parque eólico é um espaço, terrestre ou marítimo, onde estão


concentrados vários aerogeradores destinados a transformar energia
eólica em energia eléctrica.

Para a construção desses parques é necessário, dependendo do


entendimento do orgão ambiental estadual, a realização de EIA/RIMA (Estudo
e Relatório de Impacto Ambiental) pois a sua má localização pode causar
impactos negativos como a morte de aves e a poluição sonora, já que as
hélices produzem um zumbido constante. Os fabricantes, no entanto, alegam
que os modelos mais recentes não geram mais ruído que o próprio vento que
faz girar as turbinas, por não usarem mais engrenagens no acoplamento entre
a turbina e o gerador.

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Em 1986, o primeiro parque eólico de Portugal foi construído na Ilha de
Porto Santo, Madeira. Nos últimos anos este tipo de energia recebeu um
grande impulso. No fim de 2006, Portugal era o nono produtor mundial de
energia eólica em termos absolutos, e o quarto em termos relativos, tendo em
conta a sua área e população. Segundo o relatório de 2006 do Global Wind
Energy Council (GWEC), Portugal teve uma capacidade instalada de
1.716 megawatts (MW), o que representa 2,3% do mercado mundial. Até
Setembro de 2007 a capacidade instalada cresceu para 2.054 megawatts e
750 megawatts em construção.

A forte aposta de Portugal nas energias renováveis, como resposta à


crise dos combustíveis fósseis, leva a que o sector eólico cubra já 8% das
necessidades energéticas nacionais em2007 com 2.000 megawatts de
potência, estimando-se que sejam atingidos os 15% em 2010.
Localização dos Parques Eólicos

Como os mapas seguintes, publicados no documento trimestral do


INEGI sobre Parques Eólicos em Portugal, indicam, a maior parte dos parques
eólicos instalados em Portugal encontram-se na metade norte do País. Como
referido na rubrica sobre energia eólica, os locais mais ventosos costumam
encontrar-se nas zonas costeiras e no cume dos montes. Sendo a costa
portuguesa densamente povoada, os parques eólicos em Portugal têm vindo a
ser construídos em zonas mais interiores, mas montanhosas, para maximizar o
recurso eólico. Outros parques, menos numerosos, foram instalados em zonas
costeiras pouco povoadas, como é o caso da costa alentejana. Ao contrário, o
interior da grande planície alentejana representa uma zona com potencial
eólico muito reduzido.

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Conclusão

A energia eólica oferece uma alternativa viável e económica a centrais


convencionais em muitas áreas do país. O vento é um combustível limpo; as
quintas eólicas não produzem nenhum ar ou poluição de água porque nenhum
combustível é queimado.

A utilização da energia eólica na matriz energética global mostra-se


como uma das mais importantes opções para a geração de energia limpa e
sustentável possibilitando assim uma melhor qualidade de vida para as futuras
gerações da sociedade.

A nível Português verificámos neste trabalho, que Portugal aposta


claramente em energias renováveis, existindo cada vez mais grandes
empresas, muitas delas multi-nacionais a apostarem cada vez mais na energia
Eólica, pois vêm nela uma solução totalmente fiável para a continuação de um
desenvolvimento sustentável, levando assim a que a energia Eólica,
juntamente com outras energias renováveis posso a médio prazo substituir por
completo as outras fontes de energias prejudiciais ao meio ambiente.

Várias medidas estão a ser implementadas nos dias de hoje para que
estas Energias renováveis cresçam cada vez mais, os subsídios concedidos ás
empresas que adoptam e que dinamizam este tipo de energia é fundamental
para o sucesso desta energia, bem como é também fundamental punir, de
certa forma, aqueles que contribuem para o meio ambiente de forma negativa
utilizando fontes de energia poluentes.

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Bibliografia

- Infopédia, http://www.infopedia.pt

- Jornal de Negócios

- Instituto Hidrográfico de Portugal, http://www.hidrografico.pt/

- INEGI, http://www.inegi.up.pt/publicacoes

- Scribd – Energia Eólica, http://scribd.com

- Lusa, Agência de Notícias de Portugal, http://www.lusa.pt

- Economia dos Recursos Naturais e do meio Ambiente, Sylvie Faucheux;


Jean-François Noel

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