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pandemia
Introdução
Os dados deste estudo vêm das 187 UTI’s dos dois países. Entre 01 de
junho e 31 de agosto, 856 casos de influenza A foram admitidos na UTI.
Destes, 722 (84,3%) foram casos confirmados de influenza H1N1. A incidência
de admissão na UTI por influenza H1N1 foi de 28,7 por milhão de habitantes. A
maior parte das admissões ocorreu na faixa etária de 25 a 49 anos. Houve
predomínio feminino (52,1%). A idade média dos pacientes foi de 40 anos, 9%
eram gestantes. Na média histórica, apenas 1% da população geral dos dois
países é gestante. As comorbidades mais comuns foram asma e DPOC
(32,7%), diabetes (16%) e ICC (10,5%). A prevalência de obesidade foi de
28,6%. Trinta e dois por cento dos pacientes tinham alguma comorbidade
citada no APACHE III (cirrose, neoplasia hematológica, neoplasia metastática,
AIDS, imunossupressão e insuficiência hepática). A proporção de indígenas
também foi maior que a da população geral. Cerca de um terço (31,7%) dos
pacientes não tinham nenhuma comorbidade. A mediana do início dos
sintomas até a hospitalização foi de 4 dias. Uma apresentação de pneumonia
viral/SARA ocorreu em 48,8% dos pacientes e um quadro compatível com
pneumonia bacteriana em 20,3%.
Ventilação mecânica foi necessária em 64,6% dos casos, por uma média
de 8 dias. Destes, 11,3% foram tratados com oxigenação extracorpórea
(ECMO). Dos pacientes com dados disponíveis, 35% necessitaram de
vasopressores e 5% de terapia de substituição renal. Dezoito por cento dos
pacientes usaram corticóides. O número de admissões por pneumonia viral foi
15 vezes maior a média dos invernos dos 3 anos anteriores. No geral, a
mediana do tempo de UTI foi de 7,4 dias e a de hospital foi de 12,3 dias. Os
pacientes com H1N1 chegaram a ocupar até 19% dos leitos de UTI no pico da
epidemia, que ocorreu 4 a 6 semanas após os primeiros casos.
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Referências