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SUGESTÃO PARA
APOSTILA DA DISCIPLINA
“INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
RESIDENCIAIS E PREDIAIS”
PARA O CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL
2º SEMESTRE DE 2009
Instalações Elétricas Residenciais e Prediais - ELE054 Prof. Flaviö Harå 2/2009
ÍNDICE
LEIS – DECRETOS – RESOLUÇÕES SOBRE ATUAÇÃO PROFISSIONAL _______ 3 a 17
MODELO DE ART DO CREA____________________________________________ 18 a 19
LEI 8078-90: CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR_______________________ 20 a 36
NR-10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE____________________ 37 a 49
RESOLUÇÃO 1010 CONFEA____________________________________________ 50 a 60
NOTAS DE AULA 1 – SEGURANÇA ______________________________________ 61 A 68
DPS - DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO ______________________ 69 a 71
EXERCÍCIO 1 – LEVANTAMENTO DE CARGAS E TIPO DE CONSUMIDOR______ 72 a 82
EXERCÍCIO 2 – COMANDOS (INTERRUPTORES) __________________________ 83 a 91
PORTARIA 19 DO INMETRO – PADRÃO DE TOMADAS______________________ 92
LEI N° 11.337 DE 26 DE JULHO DE 2006. (TERRA E TOMADAS) 93
EXERCÍCIO 3 – DIVISÃO DE CIRCUITOS _________________________________ 94 a 112
EXERCÍCIO 4 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES__________________ 113 a 126
PORTARIA 130 DO INMETRO – PADRÃO DE DISJUNTORES_________________ 127
EXERCÍCIO 5 – DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES E ELETRODUTOS___ 128 a 132
EXERCÍCIO 6 – DIMENSIONAMENTO DO ALIMENTADOR DIAGRAMA UNIFILAR_ 133 a 143
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL BÁSICA – MÉTODO DOS LUMENS ________________ 144 a 163
LEVANTAMENTO DE MATERIAL DA OBRA________________________________ 164 a 173
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III - doações, legados e quaisquer valores adventícios, bem como outras fontes de renda
LEI Nº 6.496 - DE 7 DE DEZ 1977 eventualmente instituídas em Lei;
IV - outros rendimentos patrimoniais.
Institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de Engenharia, de § 1º - A inscrição do profissional na Mútua dar-se-á com o pagamento da primeira contribuição,
Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e quando será preenchida pelo profissional sua ficha de Cadastro Geral, e atualizada nos
Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências. pagamentos subseqüentes, nos moldes a serem estabelecidos por Resolução do
CONFEA.
O Presidente da República, § 2º - A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os benefícios só
poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da primeira contribuição.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 12 - A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades, assegurará os
seguintes benefícios e prestações:
Art. 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados comprovadamente
serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez ocasional;
"Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART). II - pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores associados;
Art. 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de III - bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a candidatos a escolas
engenharia, arquitetura e agronomia. de Engenharia, de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condições de carência;
§ 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus dependentes, sem caráter
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do obrigatório, desde que reembolsável, ainda que parcialmente;
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). V - facilidade na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros úteis ou necessários
§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART "ad referendum" do Ministro ao desempenho de suas atividades profissionais;
do Trabalho. VI - auxílio funeral.
Art. 3º - A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a" do Art. § 1º - A Mútua poderá financiar, exclusivamente para seus associados, planos de férias no País
73 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais. e/ou de seguros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação.
Art. 4º - O CONFEA fica autorizado a criar, nas condições estabelecidas nesta Lei, uma Mútua de § 2º - Visando à satisfação do mercado de trabalho e à racionalização dos benefícios contidos no
Assistência dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, sob sua fiscalização, item I deste artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação de mão-de-obra de
registrados nos CREAs. profissionais, seus associados.
§ 1º - A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA, terá personalidade jurídica e patrimônio § 3º - O valor pecuniário das prestações assistenciais variará até o limite máximo constante da
próprios, sede em Brasília e representações junto aos CREAs. tabela a ser aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto Nacional de Previdência
§ 2º - O Regimento da Mútua será submetido à aprovação do Ministro do Trabalho, pelo Social (INPS).
CONFEA. § 4º - O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, por períodos não superiores a 12 (doze)
Art. 5º - A Mútua será administrada por uma Diretoria Executiva, composta de 5 (cinco) membros, sendo meses, desde que comprovada a evidente necessidade para a sobrevivência do associado
3 (três) indicados pelo CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs, na forma a ser fixada no Regimento. ou de sua família.
Art. 6º - O Regimento determinará as modalidades da indicação e as funções de cada membro da § 5º - As bolsas serão sempre reembolsáveis ao fim do curso, com juros e correção monetária,
Diretoria Executiva, bem como o modo de substituição, em seus impedimentos e faltas, cabendo fixados pelo CONFEA.
ao CONFEA a indicação do Diretor-Presidente e aos outros Diretores a escolha, entre si, dos § 6º - A ajuda farmacêutica, sempre reembolsável, ainda que parcialmente, poderá ser
ocupantes das demais funções. concedida, em caráter excepcional, desde que comprovada a impossibilidade momentânea
Art. 7º - Os mandatos da Diretoria Executiva terão duração de 3 (três) anos, sendo gratuito o exercício de o associado arcar com o ônus decorrente.
das funções correspondentes. § 7º - Os benefícios serão concedidos proporcionalmente às necessidades do assistido, e os
Art. 8º - Os membros da Diretoria Executiva somente poderão ser destituídos por decisão do CONFEA, pecúlios em razão das contribuições do associado.
tomada em reunião secreta, especialmente convocada para esse fim, e por maioria de 2/3 (dois § 8º - A Mútua poderá estabelecer convênios com entidades previdenciárias, assistenciais, de
terços) dos membros do Plenário. seguro e outros facultados por Lei, para o atendimento do disposto neste Artigo.
Art. 9º - Os membros da Diretoria tomarão posse perante o CONFEA. Art. 13 - Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regimento:
Art. 10 - O patrimônio da Mútua será aplicado em títulos dos Governos Federal e Estaduais ou por eles I - a supervisão do funcionamento da Mútua;
garantidos, Carteiras de Poupança, garantidas pelo Banco Nacional da Habilitação (BNH), II - a fiscalização e aprovação do Balanço, Balancete, Orçamento e da Prestação de Contas da
Obrigações do Tesouro Nacional, imóveis e outras aplicações facultadas por Lei para órgãos da Diretoria Executiva da Mútua;
mesma natureza. III - a elaboração e aprovação do Regimento da Mútua;
Parágrafo único - Para aquisição e alienação de imóveis, haverá prévia autorização do Ministro do IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Executiva;
trabalho. V - a fixação da remuneração do pessoal empregado pela Mútua;
Art. 11 - Constituirão rendas da Mútua: VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua;
I - 1/5 (um quinto) da taxa de ART; VII - a fixação, no Regimento, da contribuição prevista no item II do Art. 11;
II - uma contribuição dos associados, cobrada anual ou parceladamente e recolhida, VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências na aplicação desta Lei.
simultaneamente, com a devida aos CREAs; Art. 14 - Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido no Regimento, incumbirá:
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I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a arrecadação da taxa e contribuição prevista
nos itens I e II do Art. 11 da presente Lei; Dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de ENGENHEIRO, de arquiteto e de
II - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na forma a ser fixada pelo Regimento. agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e dá outras providências.
Art. 15 - Qualquer irregularidade na arrecadação, na concessão de benefícios ou no funcionamento da
Mútua, ensejará a intervenção do CONFEA, para restabelecer a normalidade, ou do Ministro do O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, e
Trabalho, quando se fizer necessária. CONSIDERANDO o que representou o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, quanto à
Art. 16 - No caso de dissolução da Mútua, seus bens, valores e obrigações serão assimilados pelo necessidade de completar disposições, dirimir dúvidas e preencher omissões que a prática tem revelado
CONFEA, ressalvados os direitos dos associados. na regulamentação do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo
Parágrafo único - O CONFEA e os CREAs responderão, solidariamente, pelo déficit ou dívida da Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933;
Mútua, na hipótese de sua insolvência.
Art. 17 - De qualquer ato da Diretoria Executiva da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao CONSIDERANDO que o Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, contém disposições que devem ser
CONFEA. modificadas ou revogadas;
Art. 18 - De toda e qualquer decisão do CONFEA referente à organização, administração e fiscalização
da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Ministro do Trabalho. CONSIDERANDO que a finalidade e organização dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura exigem
Art. 19 - Os empregados do CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua poderão nela se inscrever, novos moldes;
mediante condições estabelecidas no Regimento, para obtenção dos benefícios previstos nesta
Lei. CONSIDERANDO que já se tornou imprescindível a solução de questões relativas aos técnicos de grau
Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. superior e médio, estrangeiros e nacionais;
Brasília, 7 DEZ 1977; 156º da Independência e 89º da República. CONSIDERANDO que outras medidas de caráter geral e transitório devem ser adotadas para completar,
ERNESTO GEISEL esclarecer, modificar ou revogar disposições do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e do Decreto-Lei nº
Arnaldo Prieto 3.995, de 31 DEZ 1941;
Publicada no D.O.U. de 09 DEZ 1977 - Seção I - Pág. 16.871. CONSIDERANDO a conveniência de que sejam definidas pelas próprias classes interessadas através do
Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura as especializações da Engenharia e da Arquitetura, que
LEI Nº 8.195, DE 26 JUN 1991 se desenvolvem e se caracterizam com o progresso da técnica e da ciência,
Altera a Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, DECRETA:
Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, dispondo sobre eleições diretas para Presidente dos
Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e dá outras CAPÍTULO I - Dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura
providências.
Art. 1º - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e seus Conselhos Regionais, criados pelo
O Presidente da República. Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, constituem em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um
deles dotado de personalidade jurídica de direito público.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 2º - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será constituído de brasileiros natos ou
naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste Decreto-Lei e obedecerá à
Art. 1º - Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia seguinte composição:
serão eleitos pelo voto direto e secreto dos profissionais registrados e em dia com suas a) Um presidente, nomeado pelo Presidente da República, escolhido entre os nomes de lista
obrigações para com os citados Conselhos, podendo candidatar-se profissionais brasileiros tríplice organizada pelos membros do Conselho;
habilitados de acordo com a Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966. b) seis (6) conselheiros federais efetivos e três (3) suplentes, escolhidos em assembléia
Art. 2º - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia disporá, em resolução, sobre os constituída por um delegado eleitor de cada Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.
procedimentos Eleitorais referentes à organização e data das eleições, prazos de c) três (3) conselheiros federais efetivos, escolhidos pelas Congregações de Escolas-Padrão
desincompatibilização, apresentação de candidaturas e tudo o mais que se fizer necessário à federais, sendo um engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia, um engenheiro pela
realização dos pleitos. Escola de Minas e Metalurgia, e um engenheiro-arquiteto ou arquiteto pela Faculdade Nacional
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. de Arquitetura.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. Art. 3º - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura serão constituídos de brasileiros natos ou
naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste Decreto-Lei, e terão a
FERNANDO COLLOR lotação que for determinada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.
Presidente da República. § 1º - Na composição dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura será atendida a
Jarbas Passarinho. representação das escolas superiores de engenharia ou arquitetura existentes na Região,
oficiais ou reconhecidas pelo Governo, bem como as das associações de profissionais de
Publicada no D.O.U. DE 27 JUN 1991 - Seção I - Pág. 2.417. Engenharia e de Arquitetura, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste
DECRETO-LEI Nº 8.620, DE 10 JAN DE 1946 (1)
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Decreto-Lei, quando quites com suas obrigações em relação ao respectivo Conselho Arquitetura, após curso regular e válido para o exercício da profissão no país onde se achar
Regional. situada a referida escola ou instituto, é assegurado o direito ao exercício da profissão como
§ 2º - A escolha dos Conselheiros se efetuará separadamente em assembléias realizadas nos diplomado, com as atribuições correspondentes aos seus cursos, sem a exigência da prova de
Conselhos Regionais, por delegados-eleitores das escolas interessadas e das associações revalidação do diploma.
de classe registradas no Conselho Regional respectivo. Art. 14 - A todos os que apresentarem certificados de aprovação em exames realizados nas escolas a
Art. 4º - O Conselheiro Federal ou Regional de Engenharia e Arquitetura que durante um ano faltar, sem que se refere o Art. 1º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, ou nas que, com as suas
licença prévia, a seis sessões consecutivas ou não, embora com justificação, perderá, características, posteriormente tenham sido ou venham a ser criadas, será concedida pelos
automaticamente, o mandato, que passará a ser exercido em caráter efetivo pelo suplente que Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura autorização temporária para o exercício das
for sorteado. atividades correspondentes às matérias de aplicação em cujo exame final foram aprovados.
Art. 5º - O mandato dos Conselheiros de Engenharia e Arquitetura, inclusive o dos Presidentes dos Parágrafo único - O disposto neste Artigo somente será aplicado às regiões do país onde se
respectivos Conselhos, será honorífico e durará três (3) anos. verificar a escassez de profissionais diplomados.
Parágrafo único - O número de Conselheiros será anualmente renovado pelo terço. Art. 15 - O Art. 6º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, passa a ter a seguinte redação: - Nos trabalhos
Art. 6º - O exercício da função de membros dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura, por espaço de gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos, termos de compromisso de vistorias e
tempo não inferior a dois terços do respectivo mandato, será considerado serviço relevante. arbitramentos e demais atos judiciários ou administrativos é obrigatória, além da assinatura,
Parágrafo único - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura concederá aos que se precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a declaração
acharem nas condições deste artigo o certificado de serviço relevante, independentemente de do número da carteira do profissional diplomado e a menção explícita do título legal que possuir.
requerimento do interessado, até sessenta (60) dias após a conclusão do mandato.
Art. 7º - O pessoal a serviço do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Engenharia e CAPÍTULO III - Das especializações
Arquitetura continuará sujeito ao disposto no Art. 2º do Decreto-Lei nº 3.347, de 12 JUN 1941.
Art. 16 - Fica autorizado o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura a proceder à consolidação das
CAPÍTULO II - Do exercício profissional atribuições referidas no capítulo IV do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, com as das suas
Resoluções, bem como a estabelecer as atribuições das profissões civis de engenheiro naval,
Art. 8º - O exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor, em todo o território nacional, construtor naval, engenheiro aeronáutico, engenheiro metalúrgico, engenheiro químico e
somente é permitido a quem for portador da carteira de profissional expedida pelos Conselhos urbanista.
Regionais de Engenharia e Arquitetura. Art. 17 - Sendo modificados os cursos-padrão existentes, criados outros ou modificada a estrutura do
Art. 9º - A prova do exercício da profissão, na data da publicação do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, ensino técnico superior, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, em reunião de que
de que trata o Art. 4º do mesmo decreto, poderá ser feita, em qualquer tempo, perante os participará um representante de cada Conselho Regional, procederá à revisão das atribuições
Conselhos Regionais, desde que o profissional efetue o pagamento da multa, ou multas, em que profissionais.
houver incorrido. Parágrafo único - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura consubstanciará as
Parágrafo único - A prova documentada do exercício da profissão de engenheiro ou de arquiteto, modificações introduzidas em resolução aprovada por maioria absoluta de votos, dando
por cinco (5) anos consecutivos, anteriormente ao decreto supracitado, poderá a juízo do publicidade aos respectivos atos.
Conselho Regional respectivo substituir a prova do exercício da profissão mencionada neste
Artigo. CAPÍTULO IV - Dos técnicos de grau superior e médio
Art. 10 - Aos profissionais diplomados de acordo com as exigências do Art. 1º do Decreto nº 23.569, de 11
DEZ 1933, cujos títulos não correspondam a nenhuma das especializações profissionais Art. 18 - Tornando-se necessário ao progresso da técnica, da arte ou do País, e a critério do Conselho
descritas no Capítulo VI do mesmo decreto, é permitido o exercício efetivo da profissão, dentro Federal de Engenharia e Arquitetura, verificada a escassez de profissionais habilitados e
dos limites de atribuições que o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura estabelecer, especializados, os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura poderão autorizar, a
tendo em vista os respectivos cursos. requerimento de firmas, empresas ou instituições interessadas, públicas e particulares, o
Art. 11 - Aos profissionais diplomados de que trata o Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e que, à data da contrato de técnicos de grau superior ou médio, especializados em ramos ou atividades de
regulamentação de novas especialidades da Engenharia e Arquitetura, estiverem exercendo Engenharia ou de Arquitetura, nacionais ou estrangeiros, julgados capazes pelos referidos
funções dessas especialidades, será garantida a continuação do exercício de tais funções, Conselhos.
mediante anotação em sua carteira profissional. § 1º - Os técnicos a quem for concedida a autorização aludida serão registrados nos respectivos
Parágrafo único - Aos não-diplomados que estiverem nas condições deste Artigo será aplicado o Conselhos Regionais, e suas atribuições cessarão automaticamente na data do término
que dispõe o Art. 2º do referido Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933. dos seus contratos de trabalho.
Art. 12 - Aos portadores de carteiras de diplomados, quando habilitados, na forma do Decreto nº 23.569, § 2º - As autorizações referidas serão válidas pelo período máximo de três anos, podendo ser
de 11 DEZ 1933, e deste Decreto-Lei, ao exercício efetivo de qualquer especialização renovadas ou revalidadas pelos Conselhos Regionais que as concederam.
profissional, fica, em segunda inscrição, assegurado o direito de participar de concurso para § 3º - As firmas, empresas ou instituições contratantes serão obrigadas a manter, junto aos
cargos de repartição federal, estadual ou municipal, ou de organizações autárquicas ou técnicos contratados, por determinação dos Conselhos Regionais, profissionais brasileiros
paraestatais, ainda que tais cargos correspondam a ramos diferentes daqueles cujo exercício diplomados por escolas superiores ou técnicas, conforme se trate de técnicos de grau
esteja garantido pelos seus títulos, desde que não tenham inscrito profissionais devidamente superior ou médio.
especializados. Art. 19 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura estabelecerão o registro dos técnicos de
Art. 13 - Ao brasileiro diplomado por escola ou instituto técnico superior estrangeiro de engenharia, grau médio formados pelas escolas técnicas da União ou equivalentes, concedendo-lhes
arquitetura ou agrimensura, reconhecido idôneo pelo Conselho Federal de Engenharia e
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carteiras profissionais em que constarão as respectivas atribuições fixadas pelo Conselho CAPÍTULO VIII - Disposições gerais
Federal.
Art. 28 - Enquanto não houver em número suficiente profissionais habilitados em determinada
CAPÍTULO V - Dos auxiliares de engenheiro especialidade na forma deste Decreto-Lei, em município ou distrito compreendido na sua
jurisdição, poderão os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura permitir, a título
Art. 20 - Ficam substituídas em todo o território nacional, inclusive nas repartições federais, estaduais e precário, a execução de trabalhos previstos no Art. 5º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933,
municipais e nas entidades paraestatais, as denominações de Prático de Engenharia, por pessoas idôneas, dentro das atribuições que fixarem.
Engenheiro-Prático ou equivalentes, pela de Auxiliar de Engenheiro, sem prejuízo dos Art. 29 - Sempre que a execução de uma obra ou de algumas de suas partes não couber
vencimentos e vantagens dos atuais possuidores de tais títulos, devendo as modificações diretamente ao autor do projeto, ou ao profissional responsável pela firma executora,
necessárias ser executadas pelas autoridades competentes dentro do prazo de um ano. deverão constar da respectiva placa, ou de outra contígua, os nomes dos profissionais
Parágrafo único - Os Auxiliares de Engenheiro serão registrados nos Conselhos Regionais de executantes, acompanhados da indicação da parte que lhes cabe, da de seus títulos de
Engenharia e Arquitetura mediante prova de capacidade e terão suas atribuições limitadas a habilitação e dos números de suas carteiras de profissional, correndo por conta deles a
conduzir trabalhos projetados e dirigidos por profissionais legalmente habilitados. responsabilidade pela colocação da placa devida.
Art. 30 - As entidades a que se refere o Art. 8º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, bem como as que
CAPÍTULO VI - Das anuidades e taxas necessitem, sob qualquer modalidade, da assistência técnica do engenheiro ou do arquiteto, ou
tenham, na sua composição, qualquer secção de um dos ramos da Engenharia ou da
Art. 21 - Os profissionais habilitados, de que tratam o Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e este Decreto- Arquitetura, ficam obrigadas a apresentar ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a
Lei, ficam obrigados ao pagamento de anuidade de Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) ao Conselho cuja jurisdição pertencerem o esquema de sua organização técnica, especificando os seus
Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdição pertencerem. departamentos, secções, subsecções e serviços, com as respectivas atribuições.
Art. 22 - As firmas, sociedades, empresas, companhias ou organizações que explorem quaisquer dos Art. 31 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia ou da
ramos da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, ou tiverem a seu cargo alguma secção Arquitetura, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução das obras respectivas,
dessas profissões, ficam obrigadas a pagar a anuidade de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) ao quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física não-habilitada
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdição pertencerem. legalmente a exercer no País a profissão de engenheiro ou de arquiteto, ou com pessoa
Art. 23 - As contribuições fixadas nos artigos 21 e 22 serão pagas até 31 MAR de cada ano. jurídica não-habilitada legalmente a executar serviço de Engenharia ou de Arquitetura.
§ 1º - No primeiro ano de exercício da profissão, esse pagamento é devido na ocasião de ser Parágrafo único - Tais contratos não poderão ser levados a registro, tornando-se
expedida a carteira profissional. passíveis da multa de Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) o notário que houver lavrado a
§ 2º - O pagamento da primeira anuidade das firmas, empresas, companhias ou organizações respectiva escritura e o oficial que houver efetuado o registro.
realizar-se-á por ocasião do respectivo registro, nos termos do Art. 8º do Decreto nº 23.569, de 11 Art. 32 - Excetuam-se das exigências do Art. 5º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, as construções
DEZ 1933. residenciais, de pequena área, com um só pavimento, isoladas, que não constituam conjuntos
§ 3º - O pagamento da anuidade fora do prazo estabelecido terá o acréscimo de 20`% a título de residenciais, nem possuam arcabouços ou pisos de concreto armado, bem como as de
mora. pequenos acréscimos em edifícios residenciais existentes, a juízo dos Conselhos Regionais de
Art. 24 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura cobrarão as seguintes taxas: Engenharia e Arquitetura.
a) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) pela expedição ou substituição da carteira de profissional ou Parágrafo único - Os Conselhos Regionais poderão conceder, a título precário, de acordo com as
da carteira de autorização; necessidades de cada Região, município ou distrito, certificado de habilitação para executar
b) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) pela renovação anual das licenças precárias; essas construções a pessoas idôneas ou a técnicos de grau médio diplomados por escolas
c) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) por certidão referente à anotação de responsabilidade técnica técnicas.
ou de registro de firma. Art. 33 - As autoridades federais, estaduais e municipais deverão fornecer, quando solicitadas pelos
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, as informações que possam concorrer para o
CAPÍTULO VII - Das multas e penalidades exato cumprimento da legislação profissional do engenheiro, do arquiteto e do agrimensor.
Art. 34 - Ficam revogados o parágrafo único do Art. 20 e o Art. 48 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933,
Art. 25 - O Art. 7º do Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, fica acrescido do seguinte parágrafo: Para o os Arts. 6º, 9º e 12 e seu parágrafo do Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, e o Decreto-Lei nº
fim de que trata este Artigo, os Conselhos Regionais procederão ao lançamento da sua dívida 8036, de 4 OUT 1945.
ativa nos moldes dos regulamentos fiscais vigentes, sendo-lhes extensivas as disposições do Art. 35 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura baixará as Resoluções que se tornarem
Decreto-Lei nº 960, de 17 DEZ 1938. necessárias para o cumprimento das disposições deste Decreto-Lei.
Art. 26 - São fixadas em Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) as multas Art. 36 - Os casos omissos verificados neste Decreto-Lei serão resolvidos pelo Conselho Federal de
referidas na alínea "a" do Art. 38 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, pela infração do disposto Engenharia e Arquitetura.
no Art. 7º e seu parágrafo desse Decreto.
Art. 27 - Tratando-se de infração primária, que se apure tenha resultado de incompreensão da Lei, CAPÍTULO IX - Disposições transitórias
poderão os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura relevar a penalidade respectiva,
sem prejuízo do disposto no Art. 44 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e do pagamento das Art. 37 - De acordo com a resolução aprovada na reunião do Conselho Federal de Engenharia e
despesas de expediente que se tornarem devidas. Arquitetura com os Presidentes e representantes dos Conselhos Regionais, realizada nesta
capital de 14 a 21 DEZ 1945, para melhor cumprimento deste Decreto-Lei e organização das
indispensáveis resoluções, o exercício das funções do atual Presidente do Conselho Federal de
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Engenharia e Arquitetura fica mantido até 31 DEZ 1948, e o mandato dos Presidentes dos Parágrafo único - Os funcionários públicos a que se refere este artigo deverão, logo que haja
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura terminará nas datas correspondentes aos vaga, ser transferidos para outros cargos de iguais vencimentos e para os quais não seja exigida
períodos para os quais foram, respectivamente, escolhidos e eleitos. habilitação técnica.
Art. 38 - Revogam-se as disposições em contrário, entrando o presente Decreto-Lei em vigor na data de Art. 3º - É garantido o exercício de suas funções, dentro dos limites das respectivas licenças e
sua publicação. circunscrições, aos arquitetos, arquitetos-construtores, construtores e agrimensores que, não
diplomados, mas licenciados pelos Estados e Distrito Federal, provarem, com as competentes
Rio de Janeiro, 10 JAN 1946; 125º da Independência e 58º da República licenças, o exercício das mesmas funções à data da publicação deste Decreto, sem notas que os
desabonem, a critério do Conselho de Engenharia e Arquitetura.
JOSÉ LINHARES Parágrafo único - Os profissionais de que trata este Artigo perderão o direito às licenças se
R. Carneiro de Mendonça deixarem de pagar os respectivos impostos durante um ano, ou se cometerem erros técnicos ou
Raul Leitão da Cunha atos desabonadores, devidamente apurados pelo Conselho de Engenharia e Arquitetura.
Art. 4º - Aos diplomados por escolas estrangeiras que, satisfazendo às condições da alínea c do Art. 1º,
Publicado no D.O.U DE 12 JAN 1946 e Ret. no D.O.U. DE 24 JAN 1946 - Seção I - Pág. 197. salvo na parte relativa à revalidação, provarem perante o órgão fiscalizador a que se refere o Art.
(1) Revogado tacitamente pela Lei nº 5.194/66 18 que, à data da publicação deste Decreto, exerciam a profissão no Brasil e registrarem os seus
diplomas dentro do prazo de seis meses, contados da data da referida publicação, será permitido
DECRETO FEDERAL Nº 23.569, DE 11 DEZ 1933 (1) o exercício das profissões respectivas.
Art. 5º - Só poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico
Regula o exercício das profissões de engenheiro, de ARQUITETO e de agrimensor. os estudos, plantas, projetos, laudos e quaisquer outros trabalhos de Engenharia, Arquitetura e
Agrimensura, quer públicos, quer particulares, de que forem autores profissionais habilitados de
O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, na conformidade do Art. 1º acordo com este Decreto, e as obras decorrentes desses trabalhos também só poderão ser
do Decreto nº 19.398, de 11 NOV 1930, resolve subordinar o exercício das profissões de engenheiro, de executadas por profissionais habilitados na forma deste Decreto.
arquiteto e de agrimensor às disposições seguintes: Parágrafo único - A critério do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e enquanto em
dado município não houver profissionais habilitados na forma deste Decreto, poderão ser
permitidas, a título precário, as funções e atos previstos neste Artigo a pessoas de idoneidade
CAPÍTULO I - Dos profissionais de engenharia, arquitetura e agrimensura reconhecida.
Art. 6º - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciários ou
Art. 1º - O exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor será somente administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade,
permitido, respectivamente: instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os
a) aos diplomados pelas escolas ou cursos de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, subscrever.
oficiais, da União Federal, ou que sejam, ou tenham sido ao tempo da conclusão dos Parágrafo único - Não serão recebidos em juízo e nas repartições públicas federais, estaduais ou
seus respectivos cursos, oficializados, equiparados aos da União ou sujeitos ao regime municipais, quaisquer trabalhos de engenharia, arquitetura ou agrimensura, com infração do que
de inspeção do Ministério da Educação e Saúde Pública; preceitua este Artigo.
b) aos diplomados, em data anterior à respectiva oficialização ou equiparação às da Art. 7º - Enquanto durarem as construções ou instalações de qualquer natureza, é obrigatória a
União, por escolas nacionais de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, cujos afixação de uma placa, em lugar bem visível ao público, contendo, perfeitamente legíveis,
diplomas hajam sido reconhecidos em virtude de Lei federal; o nome ou firma do profissional legalmente responsável e a indicação de seu título de
c) àqueles que, diplomados por escolas ou institutos técnicos superiores estrangeiros de formatura, bem como a de sua residência ou escritório.
Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, após curso regular e válido para o exercício da Parágrafo único - Quando o profissional não for diplomado, deverá a placa conter mais, de
profissão em todo o país onde se acharem situados, tenham revalidado os seus modo bem legível, a inscrição - "Licenciado".
diplomas, de acordo com a legislação federal do ensino superior; Art. 8º - Os indivíduos, firmas, sociedades, associações, companhias e empresas, em geral, e suas filiais,
d) àqueles que, diplomados por escolas ou institutos estrangeiros de Engenharia, que exerçam ou explorem, sob qualquer forma, algum dos ramos de engenharia, arquitetura ou
Arquitetura ou Agrimensura, tenham registrado seus diplomas até 18 JUN 1915, de agrimensura, ou a seu cargo tiverem alguma secção dessas profissões, só poderão executar os
acordo com o Decreto nº 3.001, de 9 OUT 1880, ou os registraram consoante o disposto respectivos serviços depois de provarem, perante os Conselhos de Engenharia e Arquitetura,
no Art. 22 da Lei nº 4.793, de 7 JAN 1924. que os encarregados da parte técnica são, exclusivamente, profissionais habilitados e
Parágrafo único - Aos agrimensores que, até à data da publicação deste Decreto, tiverem registrados de acordo com este Decreto.
sido habilitados conforme o Decreto nº 3.198, de 16 DEZ 1863, será igualmente permitido o § 1º - A substituição dos profissionais obriga a nova prova, por parte das entidades a que se
exercício da respectiva profissão. refere este Artigo.
Art. 2º - Os funcionários públicos e os empregados particulares que, dentro do prazo de seis meses, § 2º - Com relação à nacionalidade dos profissionais a que este Artigo alude, será observado, em
contados da data da publicação deste Decreto, provarem perante o Conselho de Engenharia e todas as categorias, o que preceituam o Art. 3º e seu parágrafo único do Decreto nº
Arquitetura que, posto não satisfaçam as condições do Art. 1º e seu parágrafo único, vêm, à data 19.482, de 12 DEZ 1930, e o respectivo regulamento, aprovado pelo Decreto nº 20.291, de
da referida publicação, exercendo cargos para os quais se exijam conhecimentos de engenharia, 12 AGO 1931.
arquitetura ou agrimensura, poderão continuar a exercê-los, mas não poderão ser promovidos Art. 9º - A União, os Estados e os Municípios, em todos os cargos, serviços e trabalhos de Engenharia,
nem removidos para outros cargos técnicos. Arquitetura e Agrimensura, somente empregarão profissionais diplomados pelas escolas oficiais
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ou equiparadas, previamente registrados de acordo com o que dispõe este Decreto, ressalvadas CAPÍTULO III - Da Fiscalização
unicamente as exceções nele previstas.
Parágrafo único - A requerimento do Conselho de Engenharia e Arquitetura, de profissional Art. 18 - A fiscalização do exercício da Engenharia, da Arquitetura e da Agrimensura será exercida pelo
legalmente habilitado e registrado de acordo com este Decreto, ou de sindicato ou associação de Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e pelos Conselhos Regionais a que se referem os
Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, será anulado qualquer ato que se realize com infração Arts. 25 a 27.
deste artigo. Art. 19 - Terá sua sede no Distrito Federal o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, ao qual
ficam subordinados os Conselhos Regionais.
CAPÍTULO II - Do registro e da carteira profissional Art. 20 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será constituído de dez membros, brasileiros,
habilitados de acordo com o Art. 1º e suas alíneas, e obedecerá à seguinte composição: (3)
Art. 10 - Os profissionais a que se refere este Decreto só poderão exercer legalmente a Engenharia, a a) um membro designado pelo Governo Federal;
Arquitetura ou a Agrimensura, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados- b) três profissionais escolhidos pelas congregações de escolas padrões federais, sendo um
diplomas e cartas no Ministério da Educação e Saúde Pública, ou de suas licenças no Conselho engenheiro pela da Escola Politécnica do Rio de Janeiro; outro, também engenheiro, pela da
Regional de Engenharia e Arquitetura, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade. Escola de Minas de Ouro Preto, e, finalmente, um engenheiro arquiteto ou arquiteto pela da
Parágrafo único - A continuação do exercício da profissão, sem o registro a que este Artigo Escola Nacional de Belas Artes;
alude, considerar-se-á como reincidência de infração deste Decreto. c) seis engenheiros, ou arquitetos, escolhidos em assembléia que se realizará no Distrito Federal
Art. 11 - Os profissionais punidos por inobservância do artigo anterior não poderão obter o registro de e na qual tomará parte um representante de cada sociedade ou sindicato de classe que tenha
que este trata, sem provarem o pagamento das multas em que houverem incorrido. adquirido personalidade jurídica seis meses antes, pelo menos, da data da reunião da
Art. 12 - Se o profissional registrado em qualquer dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura mudar de assembléia.
jurisdição, fará visar, no Conselho Regional a que o novo local de seus trabalhos estiver sujeito, Parágrafo único - Na representação prevista na alínea "c" deste Artigo haverá, pelo menos, um
a carteira profissional de que trata o Art. 14, considerando-se que há mudança desde que o terço de engenheiros e um terço de engenheiros arquitetos ou arquitetos.
profissional exerça qualquer das profissões na nova jurisdição por prazo maior de noventa dias. Art. 21 - O mandato dos membros do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será meramente
Art. 13 - O Conselho Federal a que se refere o Art. 18 organizará, anualmente, com as alterações honorífico e durará três anos, salvo o do representante do Governo Federal. (4)
havidas, a relação completa dos registros, classificados pelas especialidades dos títulos e em Parágrafo único - Um terço dos membros do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será
ordem alfabética, e a fará publicar no "Diário Oficial". anualmente renovado, podendo a escolha fazer-se para novo triênio.
Art. 14 - A todo profissional registrado de acordo com este Decreto será entregue uma carteira Art. 22 - São atribuições do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura:
profissional, numerada, registrada e visada no Conselho Regional respectivo, a qual a) organizar o seu regimento interno;
conterá: b) aprovar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais, modificando o que se
a) seu nome por inteiro; tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação;
b) sua nacionalidade e naturalidade; c) examinar, decidindo a respeito em última instância, e podendo até anular o registro de
c) a data de seu nascimento; qualquer profissional licenciado que não estiver de acordo com o presente decreto;
d) a denominação da escola em que se formou ou da repartição local onde obteve licença d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las;
para exercer a profissão; e) julgar em última instância os recursos de penalidades impostas pelos Conselhos Regionais;
e) a data em que foi diplomado ou licenciado; f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os
f) a natureza do título ou dos títulos de sua habilitação; profissionais registrados.
g) a indicação da revalidação do título, se houver; Art. 23 - Ao presidente, que será sempre o representante do Governo Federal, compete, além da direção
h) o número do registro no Conselho Regional respectivo; do Conselho, a suspensão de qualquer decisão que o mesmo tome e lhe pareça inconveniente.
i) sua fotografia de frente e impressão dactiloscópica (polegar); Parágrafo único - O ato da suspensão vigorará até novo julgamento do caso, para o qual o
j) sua assinatura. presidente convocará segunda reunião, no prazo de quinze dias, contados do seu ato; e se, no
Parágrafo único - A expedição da carteira a que se refere o presente artigo fica sujeita à segundo julgamento, o Conselho mantiver, por dois terços de seus membros, a decisão
taxa de 30$000 (trinta mil-réis). (2) suspensa, esta entrará em vigor imediatamente.
Art. 15 - A carteira profissional, de que trata o Art. 14, substituirá o diploma para os efeitos deste Decreto, Art. 24 - Constitui renda do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura o seguinte: (5)
servirá de carteira de identificação e terá fé pública. a) um terço da taxa da expedição de carteiras profissionais estabelecida no Art. 14 e parágrafo
Art. 16 - As autoridades federais, estaduais ou municipais só receberão impostos relativos ao exercício único;
profissional do engenheiro, do arquiteto ou do agrimensor à vista da prova de que o interessado b) um terço das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;
se acha devidamente registrado. c) doações;
Art. 17 - Todo aquele que, mediante anúncios, placas, cartões comerciais ou outros meios quaisquer, se d) subvenções dos Governos.
propuser ao exercício da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, em algum de seus Art. 25 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura fixará a composição dos Conselhos Regionais,
ramos, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se não estiver que deve, quanto possível, ser semelhante à sua, e promoverá a instalação, nos Estados e no
devidamente registrado. Distrito Federal, de tanto desses órgãos quantos forem julgados necessários para a melhor
execução deste Decreto, podendo estender-se a mais de um Estado a ação de qualquer deles.
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Art. 26 - São atribuições dos Conselhos Regionais: c) aprovação na Cadeira de "pontes e grandes estruturas metálicas e em concreto
a) examinar os requerimentos e processos de registro de licenças profissionais, resolvendo como armado", para exercerem as funções de Engenheiro de Secções Técnicas, encarregadas
convier; de projetar e executar obras-de-arte nas estradas de ferro e de rodagem;
b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das d) aprovação na Cadeira de "saneamento e arquitetura", para exercerem funções de
infrações do presente decreto, decidindo a respeito; Urbanismo ou de Engenheiro de Secções Técnicas destinadas a projetar grandes
c) fiscalizar o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, edifícios.
impedindo e punindo as infrações deste Decreto, bem como enviando às autoridades Parágrafo único - Somente engenheiros civis poderão exercer as funções a que se referem
competentes minuciosos e documentados relatórios sobre fatos que apurarem e cuja as alíneas "a", "b" e "c" deste Artigo.
solução ou repressão não seja de sua alçada; Art. 30 - Consideram-se da atribuição do arquiteto ou engenheiro-arquiteto:
d) publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados; a) estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com todas as suas obras
e) elaborar a proposta de seu regimento interno, submetendo-a à aprovação do Conselho complementares;
Federal de Engenharia e Arquitetura; b) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras que tenham caráter
f) representar ao Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura acerca de novas medidas essencialmente artístico ou monumental;
necessárias para a regularização dos serviços e para a fiscalização do exercício das profissões c) o projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo;
indicadas na alínea c deste Artigo; d) o projeto, direção e fiscalização das obras de arquitetura paisagística;
g) expedir a carteira profissional prevista no Art. 14; e) o projeto, direção e fiscalização das obras de grande decoração arquitetônica;
h) admitir a colaboração das sociedades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas f) a arquitetura legal, nos assuntos mencionados nas alíneas "a" a "c" deste Artigo;
anteriores. g) perícias e arbitramentos relativos à matéria de que tratam as alíneas anteriores.
Art. 27 - A renda dos Conselhos Regionais será constituída do seguinte: (7)
a) dois terços da taxa de Expedição de carteiras profissionais, estabelecidas no Art. 14 e Art. 31 - São da competência do engenheiro industrial:
parágrafo único; a) trabalhos topográficos e geodésicos;
b) dois terços das multas aplicadas conforme a alínea c do artigo anterior; b) a direção, fiscalização e construção de edifícios;
c) doações; c) o estudo, projeto, direção, execução e exploração de instalações industriais, fábricas e
d) subvenções dos Governos. oficinas;
d) o estudo e projeto de organização e direção das obras de caráter tecnológico dos edifícios
CAPÍTULO IV - Das especializações profissionais industriais;
e) assuntos de engenharia legal, em conexão com os mencionados nas alíneas "a" a "d" deste
Art. 28 - São da competência do engenheiro civil: Artigo;
a) trabalhos topográficos e geodésicos; f) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores.
b) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com todas as suas Art. 32 - Consideram-se da atribuição do engenheiro mecânico eletricista:
obras complementares; a) trabalhos topográficos e geodésicos;
c) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das estradas de rodagem e de b) a direção, fiscalização e construção de edifícios;
ferro; c) trabalhos de captação e distribuição da água;
d) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras de captação e d) trabalhos de drenagem e irrigação;
abastecimento de água; e) o estudo, projeto, direção e execução das instalações de força motriz;
e) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de obras de drenagem e irrigação; f) o estudo, projeto, direção e execução das instalações mecânicas e eletromecânicas;
f) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras destinadas ao g) o estudo, projeto, direção e execução das instalações das oficinas, fábricas e indústrias;
aprovuitamento de energia e dos trabalhos relativos às máquinas e fábricas; h) o estudo, projeto, direção e execução de obras relativas às usinas elétricas, às redes de
g) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras relativas a portos, rios e distribuição e às instalações que utilizem a energia elétrica;
canais e das concernentes aos aeroportos; i) assuntos de engenharia legal concernentes aos indicados nas alíneas "a" a "h" deste Artigo:
h) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras peculiares ao j) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores.
saneamento urbano e rural; Art. 33 - São da competência do engenheiro eletricista:
i) projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo; a) trabalhos topográficos e geodésicos;
j) a engenharia legal, nos assuntos correlacionados com as especificações das alíneas "a" b) a direção, fiscalização e construção de edifícios;
a "i"; c) a direção, fiscalização e construção de obras de estradas de rodagem e de ferro;
k) perícias e arbitramento referentes à matéria das alíneas anteriores. d) a direção, fiscalização e construção de obras de captação e abastecimento de água;
Art. 29 - Os engenheiros civis diplomados segundo a Lei vigente deverão ter: e) a direção, fiscalização e construção de obras de drenagem e irrigação;
a) aprovação na Cadeira de "portos de mar, rios e canais", para exercerem as funções de f) a direção, fiscalização e construção das obras destinadas ao aproveitamento de energia e dos
Engenheiro de Portos, Rios e Canais; trabalhos relativos às máquinas e fábricas;
b) aprovação na Cadeira de "saneamento e arquitetura", para exercerem as funções de g) a direção, fiscalização e construção de obras concernentes às usinas elétricas e às redes de
Engenheiro Sanitário; distribuição de eletricidade;
h) a direção, fiscalização e construção das instalações que utilizem energia elétrica;
i) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua especialidade;
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j) vistorias e arbitramentos concernentes à matéria das alíneas anteriores. Art. 41 - Das multas impostas pelos Conselhos Regionais poderá, dentro do prazo de sessenta dias,
Art. 34 - Consideram-se da atribuição do engenheiro de minas: contados da data da respectiva notificação, ser interposto recurso, sem efeito suspensivo, para o
a) o estudo de geologia econômica e pesquisa de riquezas minerais; Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.
b) a pesquisa, localização, prospecção e valorização de jazidas minerais; § 1º - Não se efetuando amigavelmente o pagamento das multas, serão estas cobradas por
c) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços de exploração de minas; executivo fiscal, na forma da legislação vigente.
d) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços da indústria metalúrgica; § 2º - Os autos de infração, depois de julgados, definitivamente, contra o infrator, constituem
e) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua especialidade; títulos de dívida líquida e certa.
f) vistorias e arbitramentos concernentes à matéria das alíneas anteriores. § 3º - São solidariamente responsáveis pelo pagamento das multas os infratores e os indivíduos,
Art. 35 - São da competência do engenheiro-geógrafo ou do geógrafo: firmas, sociedades, companhias, associações ou empresas e seus gerentes ou
a) trabalhos topográficos, geodésicos e astronômicos; representantes legais, a cujo serviço se achem.
b) o estudo, traçado e locação das estradas, sob o ponto de vista topográfico; Art. 42 - As penas de suspensão do exercício serão impostas:
c) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores. a) aos profissionais, pelos Conselhos Regionais, com recurso para o Conselho Federal de
Art. 36 - Consideram-se da atribuição do agrimensor: Engenharia e Arquitetura;
a) trabalhos topográficos; b) às autoridades judiciárias e administrativas, pela autoridade competente, após inquérito
b) vistorias e arbitramentos relativos à agrimensura. administrativo regular, instaurado por iniciativa própria ou a pedido, quer do Conselho Federal
Art. 37 - Os engenheiros agrônomos, ou agrônomos, diplomados pela Escola Superior de Agricultura e de Engenharia e Arquitetura ou dos Conselhos Regionais, quer de profissional ou associação
Medicina Veterinária do Rio de Janeiro, ou por escolas ou cursos equivalentes, a critério do de classe legalmente habilitados.
Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, deverão registrar os seus diplomas para os Parágrafo único - As autoridades administrativas e judiciárias incursas na pena de suspensão
efeitos do Art. 10. serão, também, responsabilizadas pelos danos que a sua falta houver porventura causado ou
Parágrafo único - Aos diplomados de que este Artigo trata será permitido o exercício da profissão venha a causar a terceiros.
de agrimensor e a realização de projetos e obras concernentes ao seguinte: Art. 43 - As multas serão inicialmente aplicadas no grau máximo quando os infratores já tiverem sido
a) barragens em terra que não excedam a cinco metros de altura; condenados, por sentença passada em julgado, em virtude de violação dos arts. 134, 135, 148,
b) irrigação e drenagem, para fins agrícolas; 192 e 379 do Código Penal e dos arts. 1.242, 1.243, 1.244 e 1.245 do Código Civil.
c) estradas de rodagem de interesse local e destinadas a fins agrícolas, desde que nelas só haja Art. 44 - No caso de reincidência na mesma infração, praticada dentro do prazo de dois anos, a
bueiros e pontilhões até cinco metros de vão; penalidade será elevada ao dobro da anterior.
d) construções rurais destinadas à moradia ou fins agrícolas;
e) avaliações e perícias relativas à matéria das alíneas anteriores. CAPÍTULO VI - Disposições gerais
CAPÍTULO V - Das penalidades Art. 45 - Os engenheiros civis, industriais, mecânico-eletricistas, eletricistas, arquitetos, de minas e
geógrafos que, à data da publicação deste Decreto, estiverem desempenhando cargos, ou
Art. 38 - As penalidades aplicáveis por infração do presente decreto serão as seguintes: funções, em ramos diferentes daquele cujo exercício seus títulos lhe asseguram, poderão
a) multas de 500$ (quinhentos mil-réis), a 1:000$ (um conto de réis) aos infratores dos arts. 1º, continuar a exercê-los.
3º, 4º, 5º, 6º, e seu § único, e 7º, e seu § único; (8) Art. 46 - As disposições do capítulo IV não se aplicam aos diplomados em época anterior à criação das
b) multas de 500$ (quinhentos mil-réis) a 1:000$ (um conto de réis) aos profissionais, e de respectivas especializações nos cursos das escolas federais consideradas padrões.
1:000$ (um conto de réis) a 5:000$ (cinco contos de réis) às firmas, sociedades, associações, Art. 47 - Aos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura fica cometido o encargo de dirimir
companhias e empresas, quando se tratar de infração do Art. 8º e seus parágrafos e do Art. 17; quaisquer dúvidas suscitadas acerca das especializações de que trata o capítulo IV, com recurso
c) multas de 200$ (duzentos mil réis) a 500$ (quinhentos mil réis) aos infratores de disposições suspensivo para o Conselho Federal, a quem compete decidir em última instância sobre o
não mencionadas nas alíneas "a" e "b" deste Artigo ou para os quais não haja indicação de assunto.
penalidades em artigo ou alínea especial; Art. 48 - Tornando-se necessário ao progresso da técnica, da arte ou do País, ou ainda, sendo
d) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de seis meses a um ano, ao profissional que, modificados os cursos padrões, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura procederá à
em virtude de erros técnicos, demonstrar incapacidade, a critério do Conselho Regional de revisão das especializações profissionais, propondo ao Governo as modificações convenientes.
Engenharia e Arquitetura; Art. 49 - Dos anteriores registros de títulos de profissionais, efetuados nas Secretarias de Estado,
e) suspensão de exercício, pelo prazo de quinze dias a um mês, às autoridades administrativas federais ou estaduais, os quais ficam adestritos à revisão do Ministério da Educação e Saúde
ou judiciárias que infringirem ou permitirem se infrinjam o Art. 9º e demais disposições deste Pública, serão cancelados os que este reputar irregulares ou ilegais e incorporados ao registro
Decreto. de que se ocupa o capítulo II deste Decreto os que considerar regulares e legais.
Art. 39 - São considerados como exercendo ilegalmente a profissão e sujeitos à pena Parágrafo único - Os profissionais cujos títulos forem considerados regulares e legais consoante
estabelecida na alínea "a" do Art. 38; este Artigo ficam sujeitos também ao pagamento da taxa de 30$000 (trinta mil-réis), relativa à
a) os profissionais que, embora diplomados e registrados, realizarem atos que não se expedição da carteira profissional de que trata o Art. 14.
enquadrem nos de sua atribuição, especificados no capítulo IV deste Decreto; Art. 50 - Dos nove membros que, consoante as alíneas "b" e "c" do Art. 20, constituirão o Conselho
b) os profissionais licenciados e registrados que exercerem atos que não se enquadrem Federal de Engenharia e Arquitetura, serão sorteados, na reunião inaugural, os seis que deverão
no limite de suas licenças. exercer o respectivo mandato por um ano ou por dois anos, cabendo cada prazo deste a um dos
Art. 40 - As penalidades estabelecidas neste capítulo não isentam de outras, em que os culpados hajam membros constante da primeira daquelas alíneas e a dois dos da segunda.
porventura incorrido, consignadas nos Códigos Civil e Penal.
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Art. 51 - A exigência do registro do diploma, carta ou outro título, só será efetiva após o prazo de seis do Trabalho e do Curso de Técnico de Segurança do Trabalho, previsto no item I do Art. 1º e no
meses contados da data da publicação deste Decreto. item I do Art. 2º.
Art. 52 - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. § 1º - O funcionamento dos cursos referidos neste Artigo determinará a extinção dos cursos de
Art. 53 - Ficam revogadas as disposições em contrário. que tratam o item II do artigo 1º e o item II do Art. 2º.
§ 2º - Até que os cursos previstos neste artigo entrem em funcionamento, o Ministro do Trabalho
Rio de Janeiro, 11 DEZ 1933; 112º da Independência e 45º da República. poderá autorizar, em caráter excepcional, que tenham continuidade os cursos
mencionados no parágrafo precedente, os quais deverão adaptar-se aos currículos
GETÚLIO VARGAS aprovados pelo Ministério da Educação.
Joaquim Pedro Salgado Filho Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos especializados em Engenharia de Segurança
Washington Ferreira Pires do Trabalho serão definidas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CONFEA, no prazo de 60 (sessenta) dias após a fixação dos currículos de
Publicado no D.O.U de 15 DEZ 1933. que trata o artigo 3º pelo Ministério da Educação, ouvida a Secretaria de Segurança e
Retificação Publicada no D.O.U de 16 JAN 1933 Medicina do Trabalho - SSMT.
Art. 5º - O exercício da atividade de Engenheiro e Arquiteto na especialidade de Engenharia de
(1) Revogado tacitamente pela Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966 Segurança do Trabalho depende de registro no Conselho Regional de Engenharia,
(2) Alterado pela letra "a"do Art. 24 do Decreto-Lei nº 8.620. Arquitetura e Agronomia - CREA.
(3) Alterado pelo Art. 2º do Decreto-Lei nº 8.620. Art. 6º - As atividades de Técnico de Segurança do Trabalho serão definidas pelo Ministério do Trabalho,
(4) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 8.620. no prazo de 60 (sessenta) dias após a fixação do respectivo currículo escolar pelo Ministério da
(5) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 3.995. Educação, na forma do artigo 3º.
(6) Alterado pelo Art. 3º do Decreto-Lei nº 8.620. Art. 7º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho depende de registro no
(7) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 3.995. Ministério do Trabalho.
(8) Alterado em parte pelo Art. 26 do Decreto-Lei nº 8.620. Art. 8º - O Ministério da Administração, em articulação com o Ministério do Trabalho, promoverá, no
prazo de 90 (noventa) dias a partir da vigência deste Decreto, estudos para a criação de
DECRETO Nº 92.530, DE 9 ABR 1986 categorias funcionais e os respectivos quadros do Grupo Engenharia e Segurança do Trabalho.
Art. 9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Regulamenta a Lei nº 7.410, de 27 NOV 1985, que dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.
ARQUITETOS em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do
Trabalho, e dá outras providências. JOSÉ SARNEY
Presidente da República
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e Almir Pazzianotto Pinto
tendo em vista o disposto no artigo 4º da Lei nº 7.410, de 27 NOV 1985,
Publicado no D.O.U. DE 10 ABR 1986 - Seção I - Pág. 5.168.
DECRETA: CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiros de Segurança do Trabalho é permitido, RESOLUÇÃO Nº 175, DE 23 JAN 1969
exclusivamente:
I - ao Engenheiro ou Arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização Autoriza os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia a procederem à
em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; revisão dos seus arquivos.
II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho; O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso da atribuição que lhe confere a
III - ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério letra "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso referido no item
anterior. CONSIDERANDO a necessidade de serem baixadas instruções que regulem o arquivamento e a
Art. 2º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamente: conservação de documentos nos Conselhos Regionais, permitindo o reaproveitamento de espaço e
I - ao portador de certificado de conclusão de curso de Técnico de Segurança do Trabalho mantendo a garantia que devem receber os documentos de real valor;
ministrado no País em estabelecimento de ensino de 2º Grau;
II - ao portador de certificado de conclusão de curso de Supervisor de Segurança do Trabalho, CONSIDERANDO a conveniência e a necessidade de serem os documentos classificados e arquivados
realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho; nos Conselhos Regionais, de modo a permitir separar o arquivo morto dos documentos realmente úteis;
III - ao possuidor de registro de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério
do Trabalho, até 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso referido no item anterior. CONSIDERANDO que o Governo Federal, sancionando a Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, deu nova
Art. 3º - O Ministério da Educação, dentro de 120 (cento e vinte) dias, por proposta do Ministério do dimensão ao problema,
Trabalho, fixará os currículos básicos do curso de especialização em Engenharia de Segurança
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RESOLVE: O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a
letra "f" do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
Art. 1º - Ficam os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, autorizados, a seu
critério, a rever os arquivos de processos e a incinerá-los, selecionando os documentos que, pela CONSIDERANDO que os diplomados, por Convênios Culturais, em Engenharia, Arquitetura e
sua natureza, devam ser conservados. Agronomia, não podem ser impedidos de exercer suas atividades profissionais no País;
Art. 2º - Poderão ser incinerados processos;
I - de infração liquidados; CONSIDERANDO que o Poder Judiciário tem reiteradamente decidido nesse sentido;
II - de registros de profissionais falecidos;
III - de registro de firmas, empresas ou sociedades extintas; CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Educação já adotou entendimento de que, para o registro
IV - de registro de profissionais, firmas, empresas ou sociedades arquivados por indeferimento, de diplomas dos formados por Convênios Culturais, é suficiente a apresentação da prova da
abandono ou baixa; permanência definitiva no País, dos interessados;
V - originários de consultas, pedidos de certidão ou de documentos.
Art. 3º - A incineração de processos efetuar-se-á desde que CONSIDERANDO que as letras "h" e "o" do artigo 34 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, concedem
I - decorridos 5 (cinco) anos da decisão final ou do último despacho; atribuições aos Conselhos Regionais para examinarem os pedidos de registro, expedindo as carteiras
II - através de edital, indicando o ano e o número respectivo, sejam os interessados convidados a profissionais e organizar, disciplinar e manter atualizados os mesmos registros,
requerer, dentro de 30 (trinta) dias, a devolução dos documentos que os instruam.
§ 1º - Tratando-se de processos de infração, o edital omitirá o nome dos interessados; RESOLVE:
§ 2º - A devolução de documentos às famílias de profissionais já falecidos independerá de
petição e far-se-á sem qualquer despesa. Art. 1º - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia procederão ao registro, para
Art. 4º - Vencidos os prazos ou devolvidos os documentos, serão os processos incinerados, após lavrada habilitação profissional, dos diplomados por Convênios Culturais.
ata com a indicação dos seus números de ordem, nome dos interessados, título, data do registro Art. 2º - O registro deverá ser feito na forma da Resolução nº 168, de 17 MAIO 1968, do Conselho Federal.
e data do falecimento do profissional, se for o caso; ou denominação da empresa, firma ou Art. 3º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
sociedade, capital, nome do empresário ou dos sócios e do responsável técnico e data de sua Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
extinção, se for o caso.
Art. 5º - Serão conservados em arquivo próprio as fichas de registro, nelas constando elementos Rio de Janeiro, 10 JUL 1969.
indicados no Art. 3º e outros de identificação profissional, inclusive a denominação da escola do
diplomado, curso e ano de formatura; ALBERTO FRANCO FERREIRA DA COSTA
Art. 6º - Se dos processos a incenerar constar algum diploma, certificado ou documento valioso cuja Presidente
devolução não tenha sido pedida, este será conservado em arquivo especial de documentos FELÍCIO LEMIESZEK 1º Secretário
não-reclamados. Publicada no D.O.U. de 26 AGO 1969
Art. 7º - Ficam os Conselhos Regionais, nos termos da Lei nº 5.433/68 e de sua regulamentação,
autorizados a microfilmar os documentos de seu interesse, através de serviço próprio ou CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
mediante locação, obedecidos os princípios acauteladores constantes desta Resolução.
Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUN 1973
Art. 9º - Revogam-se as disposições em contrário.
Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da ENGENHARIA, Arquitetura e
Rio de Janeiro, 23 JAN 1969. Agronomia.
Engº ALBERTO FRANCO FERREIRA DA COSTA O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, usando das atribuições que lhe conferem
Presidente as letras "d" e "f", parágrafo único do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
Engº CELSO VASCONCELLOS PINHEIRO
2º Secretário CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refere-se às atividades profissionais do engenheiro,
do arquiteto e do engenheiro agrônomo, em termos genéricos;
Publicado no D.O.U. DE 11 FEV 1969
CONSIDERANDO a necessidade de discriminar atividades das diferentes modalidades profissionais da
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, para fins da fiscalização de
seu exercício profissional, e atendendo ao disposto na alínea "b" do artigo 6º e parágrafo único do artigo
RESOLUÇÃO Nº 180, DE 10 JUL 1969 84 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
Dispõe sobre o registro dos diplomados por Convênios Culturais, nos Conselhos Regionais de RESOLVE:
Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
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Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes agricultura; implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia; bromatologia e rações;
modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível economia rural e crédito rural; seus serviços afins e correlatos.
médio, ficam designadas as seguintes atividades: Art. 6º - Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou ao ENGENHEIRO DE GEODÉSIA E
TOPOGRAFIA ou ao ENGENHEIRO GEÓGRAFO:
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; referentes a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; elaboração de cartas geográficas; seus serviços afins e correlatos.
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; CONSTRUÇÃO:
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques;
técnica; extensão; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.
Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; ELETROTÉCNICA:
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais
Atividade 13 - Produção técnica e especializada; e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; correlatos.
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE
manutenção; ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO:
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação; materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de
Atividade 18 - Execução de desenho técnico. comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico;
seus serviços afins e correlatos.
Art. 2º - Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO ARQUITETO: Art. 10 - Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares,
interiores; planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e correlatos. silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis;
Art. 3º - Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO: ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e
aeronaves, seus sistemas e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural
instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; infra-estrutura aeronáutica; para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.
operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte aéreo; seus serviços afins e Art. 11 - Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GEÓLOGO:
correlatos; I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº 4.076, de 23 JUN 1962.
Art. 4º - Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR: Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao
a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; locação de: ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE
a) loteamentos; MECÂNICA:
b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
c) traçados de cidades; processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas;
d) estradas; seus serviços afins e correlatos. equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção
II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado;
a arruamentos, estradas e obras hidráulicas; seus serviços afins e correlatos. seus serviços afins e correlatos.
Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO: Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL E DE
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE METALURGIA:
engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e processos metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria metalúrgica,
vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesa sanitária; beneficiamento de minérios; produtos metalúrgicos; seus serviços afins e correlatos.
química agrícola; alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos, laticínios, Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS:
vinhos e destilados); beneficiamento e conservação dos produtos animais e vegetais; I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e corretivos; processo de cultura e de prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea;
utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; parques e jardins; mecanização na
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beneficiamento de minérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades
correlatos. constantes desta Resolução.
Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO NAVAL: Art. 26 - Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a competência concedida em seu registro,
embarcações e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações salvo se as resultantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido neste caso, o
industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; diques e porta-batéis; operação, disposto no artigo 25 desta Resolução.
tráfego e serviços de comunicação de transporte hidroviário; seus serviços afins e II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhecida a competência resultante dos
correlatos. critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do inciso I deste
Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO: artigo.
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes a Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da presente Resolução, aplicar-se-á,
dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas pretrolíferas, transporte e quando diplomado, o critério do item II deste artigo.
industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos. Art. 27 - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE Art. 28 - Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, 49, 51, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 67, 68, 71, 72, 74,
QUÍMICA: 76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, 108, 111, 113, 120, 121, 124, 130, 132, 135, 139, 145,
I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria 147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, 208 e 212 e as demais disposições em contrário.
química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e
instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais; seus serviços afins e Rio de Janeiro, 29 JUN 1973.
correlatos.
Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA: Prof. FAUSTO AITA GAI
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a Presidente
controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água, Engº.CLÓVIS GONÇALVES DOS SANTOS
esgoto e resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus 1º Secretário
serviços afins e correlatos.
Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE ALIMENTOS: Publicada no D.O.U. de 31 JUL 1973
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
indústria de alimentos; acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e
abastecimento de produtos alimentares; seus serviços afins e correlatos. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à RESOLUÇÃO Nº 221, DE 29 AGO 1974
indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços afins e correlatos.
Art. 21 - Compete ao URBANISTA: Dispõe sobre o acompanhamento pelo autor, ou pelos autores ou co-autores, do projeto de
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, execução da obra respectiva de ENGENHARIA, Arquitetura ou Agronomia.
referentes a desenvolvimento urbano e regional, paisagismo e trânsito; seus serviços afins
e correlatos. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso da atribuição que lhe confere a
Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO: letra "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao CONSIDERANDO que o artigo 22 e seu parágrafo único da mencionada Lei, regulamentados pela
âmbito das respectivas modalidades profissionais; Resolução nº 213, de 10 NOV 1972, asseguram ao autor, autores ou co-autores do projeto o direito de
II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que acompanhar a execução da obra respectiva;
enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.
Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO: CONSIDERANDO que é direito do autor, autores ou co-autores do projeto acompanhar a execução da
I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas obra, inclusive para permitir introdução de modificações,
ao âmbito das respectivas modalidades profissionais;
II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que RESOLVE:
enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.
Art. 24 - Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO: Art. 1º - Ao autor, autores ou co-autores do projeto é assegurado o direito de acompanhar a
I - o desempenho das atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas execução da obra respectiva de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, de modo que,
ao âmbito das respectivas modalidades profissionais; a seu término, possam ser emitidas declarações de que a mesma foi realizada de
II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta Resolução, desde que acordo com o projeto ou com as alterações aprovadas pelas partes interessadas.
enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo. Art. 2º - As condições em que se desenvolverá o acompanhamento da obra deverão ser tratadas
Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, previamente pelas partes interessadas.
pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, Parágrafo único - A inexistência de entendimento entre as partes interessadas exonera
as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe o autor, autores ou co-autores do projeto, de sua responsabilidade, quanto à fidelidade
sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.
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da execução da obra, não excetuada, porém, a responsabilidade quanto a erro técnico Art. 5º - A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
no projeto por eles elaborado. disposições em contrário.
Art. 3º - Cabe ao autor, autores ou co-autores do projeto a instituição de equipes que, de acordo
com as características da obra, se tornem necessárias a seu acompanhamento. Rio de Janeiro, 27 JUN 1975.
Art. 4º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Prof. FAUSTO AITA GAI
Presidente
Rio de Janeiro, 29 AGO 1974. Engº. HEITOR DE ASSUNPÇÃO S. FILHO
1º Secretário
Prof. FAUSTO AITA GAI
Presidente Publicada no D.O.U. de 22 AGO 1975
Arq. LUIZ CALHEIROS CRUZ
2º Secretário CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA Dispõe sobre as atribuições dos Técnicos de 2º grau, nas áreas da ENGENHARIA, Arquitetura e
Agronomia.
RESOLUÇÃO Nº 229, DE 27 JUN 1975
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, usando das atribuições que lhe conferem
Dispõe sobre a regularização dos trabalhos de engenharia, arquitetura e agronomia iniciados ou as letras "d" e "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico.
CONSIDERANDO que, pelo disposto no parágrafo único do Art. 84 da referida Lei, cabe a este Conselho
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a regulamentar as atribuições dos graduados por estabelecimentos de ensino de Grau Médio;
letra "f" do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
CONSIDERANDO que, com o advento da Lei nº 5.692, de 11 AGO 1971, os Técnicos de Grau Médio
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer normas para regularização de trabalhos de Engenharia, passaram a ser denominados Técnicos de 2º Grau;
Arquitetura e Agronomia, iniciados ou eventualmente concluídos sem a participação efetiva de
responsabilidade técnica por profissional devidamente habilitado; CONSIDERANDO que o recente surgimento de novas habilitações profissionais de 2º Grau impõe uma
revisão nas normas de concessão das correspondentes atribuições;
CONSIDERANDO que tais trabalhos podem ameaçar a segurança pública, afetando o prestígio das
profissões do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro-Agrônomo, que são caracterizadas por CONSIDERANDO a conveniência de se deixarem bem explícitas as atribuições concedidas aos
realizações de interesse social e humano, Técnicos de 2º Grau pelo Art. 24 da Resolução nº 218, de 29 JUN 1973, e a necessidade de discriminar
as atividades pertinentes às diferentes habilitações desses profissionais;
RESOLVE:
CONSIDERANDO que Técnico de 2º Grau, nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, é o
Art. 1º - Constatada a existência de empreendimento de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, iniciado profissional que, em vista de sua escolarização de 2º Grau, ou equivalente, se encontra, pela sua
sem a participação efetiva de responsável técnico habilitado, o Conselho Regional da especialização, habilitado ao exercício de atividades intermediárias entre as que são privativas dos
jurisdição deverá requerer, administrativa ou judicialmente, as medidas que visem a profissionais de nível superior nessas áreas, e as dos que, embora qualificados, não têm suas atividades
I - impedir o prosseguimento da obra ou serviço ou uso do que foi concluído; regulamentadas,
II - averiguar as condições técnicas da obra ou serviços realizados.
Art. 2º - A critério de cada Conselho Regional, os trabalhos que estejam sendo ilegalmente realizados em RESOLVE:
sua jurisdição poderão ser regularizados, ainda que já em curso a medida judicial.
Art. 3º - Para regularização do empreendimento no Conselho Regional, deverá o interessado apresentar: Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos Técnicos de 2º Grau, as
I - os projetos respectivos, nos quais conste o levantamento das etapas já efetuadas e das atividades constantes do Art. 24 da Resolução nº 218 ficam assim explicitadas:
que serão executadas com a participação de responsável técnico;
II - relatório elaborado pelo responsável técnico no qual comprove que vistoriou 1) Execução de trabalhos e serviços técnicos projetados e dirigidos por
minuciosamente o empreendimento, com a justificativa de que os trabalhos já concluídos profissionais de nível superior.
apresentam condições técnicas para seu aproveitamento. 2) Operação e/ou utilização de equipamentos, instalações e materiais.
Art. 4º - As providências enunciadas nos artigos anteriores não isentam os intervenientes nos trabalhos 3) Aplicação das normas técnicas concernentes aos respectivos processos de
sem participação do responsável técnico das cominações legais impostas pela Lei nº 5.194, trabalho.
de 24 DEZ 1966. 4) Levantamento de dados de natureza técnica.
5) Condução de trabalho técnico.
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6) Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção. 3.2 - Técnico em Edificações
7) Treinamento de equipes de execução de obras e serviços técnicos. 3.3 - Técnico em Estradas
8) Desempenho de cargo e função técnica circunscritos ao âmbito de sua 3.4 - Técnico em Geodésia e Cartografia
habilitação. 3.5 - Técnico em Hidrologia
9) Fiscalização da execução de serviços e de atividade de sua competência. 3.6 - Técnico em Saneamento
10) Organização de arquivos técnicos.
11) Execução de trabalhos repetitivos de mensuração e controle de qualidade. 4 - ELETRICIDADE
12) Execução de serviços de manutenção de instalação e equipamentos. 4.1 - Técnico em Eletromecânica
13) Execução de instalação, montagem e reparo. 4.2 - Técnico em Eletrônica
14) Prestação de assistência técnica, ao nível de sua habilitação, na compra e venda 4.3 - Técnico em Eletrotécnica
de equipamentos e materiais. 4.4 - Técnico em Instrumentação
15) Elaboração de orçamentos relativos às atividades de sua competência. 4.5 - Técnico em Proteção Radiológica
16) Execução de ensaios de rotina. 4.6 - Técnico em Telecomunicações
17) Execução de desenho técnico. 5 - MECÂNICA
5.1 - Técnico em Artes Gráficas
Parágrafo único - Para efeito de interpretação desta resolução, conceituam-se: 5.2 - Técnico em Calçados
5.3 - Técnico em Estruturas Navais
1 - CONDUZIR - Significa fazer executar por terceiros o que foi determinado por si ou 5.4 - Técnico em Manutenção de Aeronaves
por outros. 5.5 - Técnico em Máquinas Navais
2 - DIRIGIR - Significa determinar, comandar e essencialmente decidir. Quem é 5.6 - Técnico em Mecânica
levado a escolher entre opções, quem é obrigado a tomar 5.7 - Técnico em Mecânica de Precisão
decisões, quem deve escolher o processo construtivo e 5.8 - Técnico em Móveis e Esquadrias
especificar materiais em uma edificação está a dirigir. 5.9 - Técnico em Operações de Reatores
3 - EXECUTAR - Significa realizar, isto é, materializar o que é decidido por si ou por 5.10 - Técnico em Refrigeração e Ar Condicionado
outros.
4 - FISCALIZAR - Significa examinar a correção entre o proposto e o executado. 6 - METALURGIA
5 - PROJETAR - Significa buscar e formular, através dos princípios técnicos e 6.1 - Técnico em Metalurgia
científicos, a solução de um problema, ou meio de consecução
de um objetivo ou meta, adequando aos recursos econômicos 7 - MINAS
disponíveis as alternativas que conduzem à viabilidade da 7.1 - Técnico em Geologia
decisão. 7.2 - Técnico em Mineração
Art. 2º - Visando à fiscalização de suas atividades, bem como à adequada supervisão, quando 8 - QUÍMICA
prevista nesta Resolução, por profissional de nível Superior, os Técnicos de 2º Grau 8.1 - Técnico em Acabamento Têxtil
ficam distribuídos pelas seguintes áreas de habilitação: 8.2 - Técnico em Alimentos
8.3 - Técnico em Cerâmica
1 - AGRONOMIA 8.4 - Técnico em Cervejas e Refrigerantes
1.1 - Técnico em Açúcar e Álcool 8.5 - Técnico em Fiação
1.2 - Técnico em Agricultura 8.6 - Técnico em Malharia
1.3 - Técnico em Agropecuária 8.7 - Técnico em Tecelagem
1.4 - Técnico em Carnes e Derivados 8.8 - Técnico Têxtil
1.5 - Técnico em Enologia
1.6 - Técnico em Leite e Derivados Parágrafo único - Para efeito de fiscalização e supervisão prevista neste artigo, poderá ser
1.7 - Técnico em Meteorologia considerado, também, na área de Arquitetura, o técnico em Edificações, bem como,
1.8 - Técnico em Pecuária na área de Agronomia, o Técnico em Alimentos.
1.9 - Técnico em Pesca Art. 3º - Constituem atribuições dos Técnicos de 2º Grau, discriminados no Art. 2º, o exercício das
atividades de 01 a 17 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito restrito de suas
2 - ARQUITETURA respectivas habilitações profissionais.
2.1 - Técnico em Decoração Art. 4º - A nenhum Técnico de 2º Grau poderá ser concedida atribuição que não esteja em estrita
2.2 - Técnico em Maquetaria concordância com sua formação profissional definida pelo seu currículo escolar e
escolaridade.
3 - CIVIL Art. 5º - É assegurada aos Técnicos de 2º Grau a competência para assumir a responsabilidade técnica
3.1 - Técnico em Agrimensura por pessoa jurídica cujo objetivo social seja restrito às suas atribuições.
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Art. 6º - As atribuições dos Técnicos de 2º Grau serão, por ocasião do seu registro, anotadas em sua Art. 3º - Fica revogada a Resolução nº 250, de 16 de dezembro de 1977.
Carteira de Identidade Profissional. Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, deverá o CREA, após o exame do currículo
escolar do registrado, fazer constar na sua carteira o(s) campo(s) de atuação do HENRIQUE LUDUVICE
profissional. Presidente
Art. 7º - Na eventualidade de virem a ser definidas novas habilitações profissionais a nível de 2º Grau, de JOÃO ALBERTO FERNANDES BASTOS
validade nacional, o CONFEA baixará Resoluções visando ao estabelecimento das Vice-Presidente
correspondentes atribuições.
Art. 8º - Aos Técnicos de Grau Médio diplomados anteriormente à vigência da Lei nº 5.692/71 e já CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
registrados à data da entrada em vigor desta Resolução serão asseguradas as atribuições
consignadas em seu registro. São deveres dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, de acordo com a
Art. 9º - Aos Técnicos de Grau Médio referidos no artigo anterior, já diplomados mas não registrados, Resolução no 205, de 30 de setembro de 1.971, que criou o Código de Ética Profissional da
serão concedidas as atribuições consignadas nas normas vigentes anteriormente à categoria.
publicação desta Resolução. A Ética Profissional é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma
Art. 10 - Aos Técnicos de 2º Grau já diplomados, registrados ou não, serão concedidas as atribuições determinada profissão.
previstas nesta Resolução.
Art. 11 - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União. 1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos,
capacidade e experiência para melhor servir à humanidade.
Brasília, 28 JUL 1979. 2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos
que comprometam a sua dignidade.
3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas.
Engº CIVIL E ELETROTÉCNICO INÁCIO DE LIMA FERREIRA 4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses
Presidente de outros profissionais.
5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de
Engº. CIVIL HARRY FREITAS BARCELLOS preços por serviços profissionais.
1º Secretário 6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando
Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da
Publicada no D.O.U. de 06 SET 1979 - Seção I - Parte II - Págs. 4.968/4.969 consulta.
7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus
Obs.: Res. 278 - Exercício Profissional Técnico Agrícola e Industrial. clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e eqüidade para com os
Res. 343 - Inclusão de Novas Habilitações. contratantes e empreiteiros.
8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus empregados ou
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.
9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura
RESOLUÇÃO Nº 407, de 09 AGO 1996. e da Agronomia, visando a cumprí-la corretamente e colaborar para sua atualização e
aperfeiçoamento.
Revoga a Resolução nº 250/77, que regula o tipo e uso de placas de identificação de exercício
profissional em obras, instalações e serviços de ENGENHARIA, Arquitetura e Agronomia.
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a M INFRAÇÕES AO CÓDIGO DE ÉTICA
letra "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966,
Os profissionais que cometerem infrações enquadráveis no Código de Ética, tendo em vista a
CONSIDERANDO que a colocação de placas previstas na Lei 5.194/66 tem por finalidade a identificação gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério e julgamento das respectivas Câmaras
dos responsáveis técnicos pela obra, instalação ou serviço de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia; Especializadas, podem receber penas de advertência reservada ou de censura pública.
CONSIDERANDO que cabe ao profissional decidir sobre a forma de se identificar como RT pela obra, M PROCESSO DE INFRAÇÃO AO CÓDIGO DE ÉTICA
instalação ou serviço,
Os processos de infração ao Código de Ética são regulamentados pela Resolução no 401/95, do
RESOLVE: CONFEA.
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V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de apresentem;
mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas
mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos serviços;
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
Art. 5º - Para a execução da Política Nacional das Relações de VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
Consumo, contará o Poder Público com os seguintes instrumentos, entre individuais, coletivos e difusos;
outros: VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
consumidor carente; coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, aos necessitados;
no âmbito do Ministério Público; VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas as regras ordinárias de experiências;
Especializadas para a solução de litígios de consumo; IX - (Vetado.)
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Associações de Defesa do Consumidor. Art. 7º - Os direitos previstos neste Código não excluem outros
§ 1º - (Vetado.) decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja
§ 2º - (Vetado.) signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas
autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos
CAPÍTULO III princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR Parágrafo único - Tendo mais de um autor a ofensa, todos
responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: de consumo.
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços CAPÍTULO IV
considerados perigosos ou nocivos; DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS
produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas
contratações; SEÇÃO I
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA
e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
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Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo acondicionamento de seus produtos, bem como por informações
não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e § 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as
informações necessárias e adequadas a seu respeito. circunstâncias relevantes, entre as quais:
Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial, ao fabricante I - sua apresentação;
cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
impressos apropriados que devam acompanhar o produto. III - a época em que foi colocado em circulação.
Art. 9º - O fornecedor de produtos e serviços potencialmente § 2º - O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de
nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou § 3º - O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em será responsabilizado quando provar:
cada caso concreto. I - que não colocou o produto no mercado;
Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo II - que embora haja colocado o produto no mercado, o defeito
produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de inexiste;
nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 1º - O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua Art. 13 - O comerciante é igualmente responsável, nos termos
introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade do artigo anterior, quando:
que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. puderem ser identificados;
§ 2º - Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor fabricante, produtor, construtor ou importador;
do produto ou serviço. III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
§ 3º - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de Parágrafo único - Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis,
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. segundo sua participação na causação do evento danoso.
Art. 11 - (Vetado.) Art. 14 - O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
SEÇÃO II causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
DA RESPONSABILIDADE PELO serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO sobre sua fruição e riscos.
§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o
Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da circunstâncias relevantes, entre as quais:
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos I - o modo de seu fornecimento;
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou III - a época em que foi fornecido.
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§ 2º - O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas § 3º - O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do §
técnicas. 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição
§ 3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do
provar: produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; § 4º - Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1º
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante
apurada mediante a verificação de culpa. complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem
Art. 15 - (Vetado.) prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1º deste artigo.
Art. 16 - (Vetado.) § 5º - No caso de fornecimento de produtos in natura, será
Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando
consumidores todas as vítimas do evento. identificado claramente seu produtor.
§ 6º - São impróprios ao uso e consumo:
SEÇÃO III I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados,
SERVIÇO falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos
ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de
Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou fabricação, distribuição ou apresentação;
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a ao fim a que se destinam.
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles Art. 19 - Os fornecedores respondem solidariamente pelos
decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de
consumidor exigir a substituição das partes viciadas. mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente
§ 1º - Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 (trinta) e à sua escolha:
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - o abatimento proporcional do preço;
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em II - complementação do peso ou medida;
perfeitas condições de uso; III - a substituição do produto por outro da mesma espécie,
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
III - o abatimento proporcional do preço. atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
§ 2º - Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do § 1º - Aplica-se a este artigo o disposto no § 4º do artigo anterior.
prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a 7 (sete) nem § 2º - O fornecedor imediato será responsável quando fizer a
superior a 180 (cento e oitenta) dias. Nos contratos de adesão, a cláusula pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido
de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de segundo os padrões oficiais.
manifestação expressa do consumidor. Art. 20 - O fornecedor de serviços responde pelos vícios de
qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o
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valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as § 1º - Havendo mais de um responsável pela causação do dano,
indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: Seções anteriores.
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando § 2º - Sendo o dano causado por componente ou peça
cabível; incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço. SEÇÃO IV
§ 1º - A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2º - São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não constatação caduca em:
atendam às normas regulamentares de prestabilidade. I - 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
Art. 21 - No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a produto não duráveis;
reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação II - 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e
do fornecedor de empregar componentes de reposição originais de produto duráveis.
adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do § 1º - Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
consumidor. § 2º - Obstam a decadência:
Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. II - (Vetado.)
Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou parcial, III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas § 3º - Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no
compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista momento em que ficar evidenciado o defeito.
neste Código. Art. 27 - Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à reparação pelos
Art. 23 - A ignorância do fornecedor sobre os vícios de danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II
qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
responsabilidade. do dano e de sua autoria.
Art. 24 - A garantia legal de adequação do produto ou serviço Parágrafo único - (Vetado.)
independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do
fornecedor. SEÇÃO V
Art. 25 - É vedada a estipulação contratual de cláusula que DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e
nas Seções anteriores. Art. 28 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito,
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos
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estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada Art. 32 - Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta
quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou
da pessoa jurídica provocados por má administração. importação do produto.
§ 1º - (Vetado.) Parágrafo único - Cessadas a produção ou importação, a oferta
§ 2º - As sociedades integrantes dos grupos societários e as deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.
sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis pelas Art. 33 - Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso
obrigações decorrentes deste Código. postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem,
§ 3º - As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial.
pelas obrigações decorrentes deste Código. Art. 34 - O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável
§ 4º - As sociedades coligadas só responderão por culpa. pelos atos de seus propostos ou representantes autônomos.
§ 5º - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar
que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá,
prejuízos causados aos consumidores. alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta,
CAPÍTULO V apresentação ou publicidade;
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia e
SEÇÃO I eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO III
Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos DA PUBLICIDADE
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas
nele previstas. Art. 36 - A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o
consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
SEÇÃO II Parágrafo único - O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou
DA OFERTA serviços, manterá em seu poder, para informação dos legítimos
interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à
Art. 30 - Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, mensagem.
veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a Art. 37 - É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a § 1º - É enganosa qualquer modalidade de informação ou
fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por
Art. 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o
assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade,
língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros serviços.
dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e § 2º - É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de
segurança dos consumidores. qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da
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criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o IX - recusar a venda de bens ou prestação de serviços, diretamente
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados
segurança. os casos de intermediação regulados em leis especiais(5);
§ 3º - Para os efeitos deste Código, a publicidade é enganosa por X - Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços(6);
omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou XI - Aplicar índice ou fórmula de reajuste diversos do legal ou
serviço. contratualmente estabelecidos(7);
§ 4º - (Vetado.) XII - Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação
Art. 38 - O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério(8).
comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. Parágrafo único - Os serviços prestados e os produtos remetidos ou
entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se
SEÇÃO IV às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS Art. 40 - O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao
consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra,
Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços: dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa
causa, a limites quantitativos; § 1º - Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata validade pelo prazo de 10 (dez) dias, contados de seu recebimento pelo
medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com consumidor.
os usos e costumes; § 2º - Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; partes.
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, § 3º - O consumidor não responde por quaisquer ônus ou
tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros, não
para impingir-lhe seus produtos ou serviços; previstos no orçamento prévio.
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; Art. 41 - No caso de fornecimento de produtos ou de serviços
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob pena de, não o
práticas anteriores entre as partes; fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em excesso,
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo
consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais
(5)
Com redação dada pelo art.87 da Lei no 8.884, de 11.6.1994 (Diário oficial da
competentes, ou, se normas específicas não existirem, pela União de 13.6.1994).
(6)
Idem nota 5.
Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade (7)
Com redação dada pela medida provisória no 1.477, de 1º.8.1996 (Diário Oficial
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e da União de 2.8.1996).
Qualidade Industrial - CONMETRO; (8) o o
Com alteração dada pela art.7 da Lei n 9.008, de 21.3.1995 (Diário Oficial da
União de 22.3.1995).
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monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir, à sua escolha, o Art. 44 - Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão
desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores
de produtos e serviços, devendo divulgá-los pública e anualmente. A
SEÇÃO V divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.
DA COBRANÇA DE DÍVIDAS § 1º - É facultado o acesso às informações lá constantes para
orientação e consulta por qualquer interessado.
Art. 42 - Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não § 2º - Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras
será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do artigo 22 deste
constrangimento ou ameaça. Código.
Parágrafo único - O consumidor cobrado em quantia indevida tem Art. 45 - (Vetado.)
direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro ao que pagou em
excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de CAPÍTULO VI
engano justificável. DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
SEÇÃO VI SEÇÃO I
DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 43 - O consumidor, sem prejuízo do disposto no artigo 86, Art. 46 - Os contratos que regulam as relações de consumo não
terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros obrigarão os consumidores, se não Ihes for dada a oportunidade de tomar
e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos
sobre as suas respectivas fontes. forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e
§ 1º - Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, alcance.
claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo Art. 47 - As cláusulas contratuais serão interpretadas de
conter informações negativas referentes a período superior a 5 (cinco) anos. maneira mais favorável ao consumidor.
§ 2º - A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de Art. 48 - As declarações de vontade constantes de escritos
consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo
solicitada por ele. vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos termos
§ 3º - O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus do artigo 84 e parágrafos.
dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o Art. 49 - O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07
arquivista, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, comunicar a alteração aos (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do
eventuais destinatários das informações incorretas. produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de
§ 4º - Os bancos de dados e cadastros relativos a produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são especialmente por telefone ou a domicílio.
considerados entidades de caráter público. Parágrafo único - Se o consumidor exercitar o direito de
§ 5º - Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos,
consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de
Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou imediato, monetariamente atualizados.
dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
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Art. 50 - A garantia contratual é complementar à legal e será XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança
conferida mediante termo escrito. de sua obrigação, sem que igual direito Ihe seja conferido contra o
Parágrafo único - O termo de garantia ou equivalente deve ser fornecedor;
padronizado e esclarecer, de maneira adequada, em que consiste a mesma XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo
garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao
manual de instrução, de instalação e uso de produto em linguagem didática, consumidor.
com ilustrações. XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por
benfeitorias necessárias.
SEÇÃO II § 1º - Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que
pertence;
Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou o equilíbrio
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do contratual;
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes
entre o fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica, a indenização poderá e outras circunstâncias peculiares ao caso.
ser limitada, em situações justificáveis; § 2º - A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos
paga, nos casos previstos neste Código; esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das
III - transfiram responsabilidades a terceiros; partes.
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que § 3º - (Vetado.)
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam § 4º - É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação
V - (Vetado.); para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do disposto neste Código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio
consumidor; entre direitos e obrigações das partes.
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; Art. 52 - No fornecimento de produtos ou serviços que envolva
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o
jurídico pelo consumidor; fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, adequadamente sobre:
embora obrigando o consumidor; I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;
preço de maneira unilateral; III - acréscimos legalmente previstos;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, IV - número e periodicidade das prestações;
sem que igual direito seja conferido ao consumidor; V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
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§ 1º - As multas de mora decorrentes do inadimplemento de § 3º - Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos
obrigação no seu termo não poderão ser superiores a 2% (dois por claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua
cento) do valor da prestação(9). compreensão pelo consumidor.
§ 2º - É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada do § 4º - As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor
débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil
e demais acréscimos. compreensão.
§ 3º - (Vetado.) § 5º - (Vetado.)
Art. 53 - Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis
mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações fiduciárias CAPÍTULO VII
em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor
que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a Art. 55 - A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter
retomada do produto alienado. concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa,
§ 1º - (Vetado.) baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e
§ 2º - Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a consumo de produtos e serviços.
compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, § 1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, a
prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse
§ 3º - Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-
em moeda corrente nacional. estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias.
§ 2º - (Vetado.)
SEÇÃO III § 3º - Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais
DOS CONTRATOS DE ADESÃO com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão
comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas
Art. 54 - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido referidas no § 1º, sendo obrigatória a participação dos consumidores e
aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente fornecedores.
pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa § 4º - Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informações
§ 1º - A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo
de adesão do contrato. industrial.
§ 2º - Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde Art. 56 - As infrações das normas de defesa do consumidor ficam
que alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem
disposto no § 2º do artigo anterior. prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
III - inutilização do produto;
(9) o o
Este dispositivo foi alterado pela Lei n 9.298, de 1 .8.1996, publicada no Diário IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
Oficial da União de 2.8.1996. V - proibição de fabricação do produto;
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VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; infrações de maior gravidade previstas neste Código e na legislação de
VII - suspensão temporária de atividade; consumo.
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; § 1º - A pena de cassação da concessão será aplicada à
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de contratual.
atividade; § 2º - A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre
XI - intervenção administrativa; que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a
XII - imposição de contrapropaganda. interdição ou suspensão da atividade.
Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo serão aplicadas § 3º - Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de
pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado
aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar antecedente ou da sentença.
incidente de procedimento administrativo. Art. 60 - A imposição de contrapropaganda será cominada quando o
Art. 57 - A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos
infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor, será termos do artigo 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator.
aplicada mediante procedimento administrativo nos termos da lei, § 1º - A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da
revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, mesma forma, freqüência e dimensão e preferencialmente no mesmo
os valores cabíveis à União, ou fundos estaduais ou municipais de proteção veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da
ao consumidor nos demais casos(10). publicidade enganosa ou abusiva.
Parágrafo único - A multa será em montante nunca inferior a 300 § 2º - (Vetado.)
(trezentas) e não superior a 3.000.000 (três milhões) de vezes o valor da § 3º - (Vetado.)
Unidade Fiscal de Referência (UFIR), ou índice equivalente que venha
substituí-lo(11). TÍTULO II
Art. 58 - As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de DAS INFRAÇÕES PENAIS
proibição de fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de
produto ou serviço, de cassação do registro do produto e revogação da Art. 61 - Constituem crimes contra as relações de consumo
concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, previstas neste Código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.
forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação Art. 62 - (Vetado.)
ou insegurança do produto ou serviço. Art. 63 - Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou
Art. 59 - As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e periculosidade de produtos nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
de suspensão temporária da atividade, bem como a de intervenção publicidade:
administrativa serão aplicadas mediante procedimento administrativo, Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das § 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante
recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser
(10)
Com redação dada pela Lei no 8.656, de 21.5.1993 (Diário Oficial da União de
prestado.
22.5.1993). § 2º - Se o crime é culposo:
(11) o
Com redação dada pela Lei n 8.703, de 6.9.1993 (Diário Oficial da União de Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
8.9.1993).
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Art. 64 - Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu
consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo trabalho, descanso ou lazer:
conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado: Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Art. 72 - Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações
Parágrafo único - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros:
retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela autoridade Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano ou multa.
competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo. Art. 73 - Deixar de corrigir imediatamente informação sobre
Art. 65 - Executar serviço de alto grau de periculosidade, consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que
contrariando determinação de autoridade competente: sabe ou deveria saber ser inexata:
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
Parágrafo único - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo Art. 74 - Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia
das correspondentes à lesão corporal e à morte. adequadamente preenchido e com especificação clara de seu
Art. 66 - Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir conteúdo:
informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia Art. 75 - Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes
de produtos ou serviços: referidos neste Código incide nas penas a esses cominadas na medida de
Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa
§ 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. jurídica que promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o
§ 2º - Se o crime é culposo: fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de
Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele
Art. 67 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria proibidas.
saber ser enganosa ou abusiva: Art. 76 - São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste
Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. Código:
Parágrafo único - (Vetado.) I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por
Art. 68 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria ocasião de calamidade;
saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança: III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. IV - quando cometidos:
Parágrafo único - (Vetado.) a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-
Art. 69 - Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que social seja manifestamente superior à da vítima;
dão base à publicidade: b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de 18 (dezoito)
Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. ou maior de 60 (sessenta) anos ou de pessoas portadoras de deficiência
Art. 70 - Empregar, na reparação de produtos, peças ou mental, interditadas ou não;
componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor: V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais.
Art. 71 - Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, Art. 77 - A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada em dias-
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas, incorretas ou multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de duração da pena
enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o
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privativa da liberdade cominada ao crime. Na individualização desta Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das
multa, o juiz observará o disposto no artigo 60, §1º, do Código Penal(12). vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Art. 78 - Além das penas privativas de liberdade e de multa, Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando se tratar
podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o de:
disposto nos artigos 44 a 47 do Código Penal(13): I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos
I - a interdição temporária de direitos; deste Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos
condenação; deste Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular
III - a prestação de serviços à comunidade. grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
Art. 79 - O valor da fiança, nas infrações de que trata este Código, contrária por uma relação jurídica-base;
será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre 100 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos
(cem) e 200.000 (duzentas mil) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional os decorrentes de origem comum.
- BTN, ou índice equivalente que venha substituí-lo(14). Art. 82 - Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados
Parágrafo único - Se assim recomendar a situação econômica do concorrentemente(15):
indiciado ou réu, a fiança poderá ser: I - o Ministério Público;
a) reduzida até a metade de seu valor mínimo; II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
b) aumentada pelo Juiz até 20 (vinte) vezes. III - as entidades e órgãos da Administração Pública, Direta ou
Art. 80 - No processo penal atinente aos crimes previstos neste Indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados
Código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações à defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código;
de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um)
legitimados indicados no artigo 82, incisos III e IV, aos quais também é ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e
facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no direitos protegidos por este Código, dispensada a autorização assemblear.
prazo legal. § 1º - O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo Juiz,
nas ações previstas no artigo 91 e seguintes, quando haja manifesto
TÍTULO III interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
§ 2º - (Vetado.)
CAPÍTULO I § 3º - (Vetado.)
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 83 - Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este
Código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar
sua adequada e efetiva tutela.
Parágrafo único - (Vetado.)
(12)
Este artigo trata do aumento da pena de multa em virtude da situação
econômica do réu.
(13) (15)
Estes artigos tratam das penas restritivas de direitos. Com alteração introduzida pelo art. 7º da Lei no 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial
(14) o o
Este índice foi criado pelo art. 5 da Lei n 7.777, de 19.6.1989, tendo sido da União de 22.3.95). Ver art. 29 da Lei no 8.884, de 11.6.94 (Diário Oficial da
o o o
extinto pelo art. 3 da Lei n 8.177, de 1 .3.1991. União de 13.6.94).
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Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação Art. 89 - (Vetado.)
de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou Art. 90 - Aplicam-se às ações previstas neste Título as normas do
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao Código de Processo Civil e da Lei nº 7.347, de 24 de junho de 1985,
do adimplemento. inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não contrariar suas
§ 1º - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será disposições.
admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou
a obtenção do resultado prático correspondente. CAPÍTULO II
§ 2º - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA
multa (artigo 287 do Código de Processo Civil)(16). DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao Juiz conceder Art. 91 - Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em
a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu. nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil
§ 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença, impor coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de
multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente acordo com o disposto nos artigos seguintes(17).
ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento Art. 92 - O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre
do preceito. como fiscal da lei.
§ 5º - Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado Parágrafo único - (Vetado.)
prático equivalente, poderá o Juiz determinar as medidas necessárias, tais Art. 93 - Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de competente para a causa a Justiça local:
obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial. I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de
Art. 85 - (Vetado.) âmbito local;
Art. 86 - (Vetado.) II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os
Art. 87 - Nas ações coletivas de que trata este Código não haverá danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer Processo Civil aos casos de competência concorrente.
outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada Art. 94 - Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim
má-fé, em honorário de advogados, custas e despesas processuais. de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes,
Parágrafo único - Em caso de litigância de má-fé, a associação sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão parte dos órgãos de defesa do consumidor.
solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das Art. 95 - Em caso de procedência do pedido, a condenação será
custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.
Art. 88 - Na hipótese do artigo 13, parágrafo único, deste Código, a Art. 96 - (Vetado.)
ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a Art. 97 - A liquidação e a execução de sentença poderão ser
possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados
da lide. de que trata o artigo 82.
Parágrafo único - (Vetado.)
(16)
Este artigo trata da pena pecuniária decorrente do pedido do autor, que objetive
(17) º o
abstenção da prática de algum ato, a tolerância de alguma atividade ou a Com alteração dada pelo art. 7 da Lei n 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial da
prestação de fato que não possa ser realizada por terceiros. União de 22.3.95).
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Art. 98 - A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
legitimados de que trata o artigo 82, abrangendo as vítimas cujas II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá
indenizações já tiverem sido fixadas em sentença de liquidação, sem chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo
prejuízo do ajuizamento de outras execuções(18). Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar
§ 1º - A execução coletiva far-se-á com base em certidão das procedente o pedido condenará o réu nos termos do artigo 80 do Código de
sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será
trânsito em julgado. intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade facultando-
§ 2º - É competente para a execução o Juízo: se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de
execução individual; Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. Art. 102 - Os legitimados a agir na forma deste Código poderão
Art. 99 - Em caso de concurso de créditos decorrentes de propor ação visando compelir o Poder Público competente a proibir, em todo
condenação prevista na Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e de o Território Nacional, a produção, divulgação, distribuição ou venda, ou a
indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento determinar alteração na composição, estrutura, fórmula ou
danoso, estas terão preferência no pagamento. acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, a destinação nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.
da importância recolhida ao fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de § 1º - (Vetado.)
1985, ficará sustada enquanto pendentes de decisão de segundo grau as § 2º - (Vetado.)
ações de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o
patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para responder pela CAPÍTULO IV
integralidade das dívidas. DA COISA JULGADA
Art. 100 - Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem habilitação de
interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os Art. 103 - Nas ações coletivas de que trata este Código, a sentença
legitimados do artigo 82 promover a liquidação e execução da indenização fará coisa julgada:
devida. I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por
Parágrafo único - O produto da indenização devida reverterá para o insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá
Fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. intentar outra ação, com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova, na
hipótese do inciso I do parágrafo único do artigo 81;
CAPÍTULO III II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe,
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso
FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo
único do artigo 81;
Art. 101 - Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para
produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do
Título, serão observadas as seguintes normas: parágrafo único do artigo 81.
§ 1º - Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não
(18) o
Com alteração dada pela Lei n 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial da União de prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade,
22.3.95). do grupo, categoria ou classe.
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§ 2º - Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre
do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como seus direitos e garantias;
litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual. IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos
§ 3º - Os efeitos da coisa julgada de que cuida o artigo 16, diferentes meios de comunicação;
combinado com o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, não V - solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito
prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, policial para a apreciação de delito contra os consumidores, nos
propostas individualmente ou na forma prevista neste Código, mas, se termos da legislação vigente;
procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que VI - representar ao Ministério Público competente para fins de
poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos artigos 96 a adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições;
99. VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
§ 4º - Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal infrações de ordem administrativa que violarem os interesses difusos,
condenatória. coletivos, ou individuais dos consumidores;
Art. 104 - As ações coletivas, previstas nos incisos I e II do parágrafo VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União,
único do artigo 81, não induzem litispendência para as ações individuais, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a
mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de
incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações bens e serviços;
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de 30 (trinta) dias, IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros
a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. programas especiais, a formação de entidades de defesa do
consumidor pela população e pelos órgãos públicos estaduais e
TÍTULO IV municipais;
DO SISTEMA NACIONAL X - (Vetado.);
DE DEFESA DO CONSUMIDOR XI - (Vetado.);
XII - (Vetado.);
Art. 105 - Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas
SNDC - os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as finalidades.
entidades privadas de defesa do consumidor. Parágrafo único - Para a consecução de seus objetivos, o
Art. 106 - O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o
da Secretaria Nacional de Direito Econômico - MJ, ou órgão federal que concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-
venha substituí-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema científica(20).
Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe(19):
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política TÍTULO V
nacional de proteção ao consumidor; DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias
ou sugestões apresentadas por entidades representativas ou pessoas Art. 107 - As entidades civis de consumidores e as associações de
jurídicas de direito público ou privado; fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por
(19) o (20) o
Com alteração dada pelo Decreto n 761, de 19.2.93 (Diário Oficial da União de Com alteração dada pelo Decreto n 761, de 19.2.93 (Diário Oficial da União de
o
20.2.93) e pela Lei n 8.490, de 19.11.92 (Diário Oficial da União de 19.2.92). 20.2.93).
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convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer § 6º - Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e legais, mediante cominação, que terá eficácia de título executivo
composição do conflito de consumo. extrajudicial".
§ 1º - A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do Art. 114 - O artigo 15 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa
instrumento no cartório de títulos e documentos. a ter a seguinte redação:
§ 2º - A convenção somente obrigará os filiados às entidades "Art. 15 - Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da
signatárias. sentença condenatória, sem que a associação autora Ihe promova a
§ 3º - Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos
desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento. demais legitimados".
Art. 108 - (Vetado.) Art. 115 - Suprima-se o caput do artigo 17 da Lei nº 7.347, de 24 de
julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o caput, com a
TÍTULO VI seguinte redação:
DISPOSIÇÕES FINAIS "Art. 17 - Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os
diferentes responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente
Art. 109 - (Vetado.) condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem
Art. 110 - Acrescente-se o seguinte inciso IV ao artigo 1º da Lei nº prejuízo da responsabilidade por perdas e danos".
7.347, de 24 de julho de 1985: Art. 116 - Dê-se a seguinte redação ao art. 18, da Lei nº 7.347, de 24
"IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo." de julho de 1985:
Art. 111 - O inciso II do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de "Art. 18 - Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento
1985, passa a ter a seguinte redação: de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas,
"II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em
ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico honorários de advogado, custas e despesas processuais".
e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo." Art. 117 - Acrescente-se à Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, o
Art. 112 - O § 3º do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
passa a ter a seguinte redação: "Art. 21 - Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos,
"§ 3º - Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da Lei
associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a que instituiu o Código de Defesa do Consumidor".
titularidade ativa." Art. 118 - Este Código entrará em vigor dentro de 180 (cento e
Art. 113 - Acrescente-se os seguintes §§ 4º, 5º e 6º ao artigo 5º da oitenta) dias a contar de sua publicação.
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985: Art. 119 - Revogam-se as disposições em contrário.
"§ 4º - O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo
Juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da
característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. República.
§ 5º - Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Fernando Collor de Mello
Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos Bernardo Cabral
interesses e direitos de que cuida esta lei. Zélia M. Cardoso de Mello
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NORMA REGULAMENTADORA Nº 10
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
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10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
(210.016-9/I=3)
10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por profissional legalmente habilitado. (210.017-7/I=2)
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. (210.022-3/I=4)
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. (210.023-1/I=4)
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades. (210.024-0/I=1)
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10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário. (210.031-
2/I=2)
10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados,
das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser
mantido atualizado. (210.032-0/I=2)
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e
Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser
assinado por profissional legalmente habilitado. (210.033-9/I=2)
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínim o, os seguintes itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,
queimaduras e outros riscos adicionais; (210.034-7/I-1)
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado); (210.035-5/I-1)
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo
dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e
os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser
aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; (210.036-3/I-1)
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos
componentes das instalações; (210.037-1/I-1)
e) precauções aplicáveis em face das influências externas; (210.038-0/I-1)
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à
segurança das pessoas; (210.039-8/I-1)
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.
(210.040-1/I-1)
10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 –
Ergonomia. (210.041-0/I=2)
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10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações
de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas
análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos
procedimentos de trabalho. (210.067-3/I=3)
10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não
seja possível. (210.068-1/I=2)
10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão,
que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e
de risco, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR. (210.069-
0/I=4)
10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança,
específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades,
com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II
desta NR. (210.070-3/I=4)
10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados
no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.
(210.071-1/I=4)
10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que
interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica
para data e local, assinada por superior responsável pela área. (210.072-0/I=2)
10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe,
responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios
técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao
serviço. (210.073-8/I=2)
10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados
quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional
autorizado. (210.074-6/I=3)
10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos
como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a
desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de
religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. (210.075-4/I-4)
10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da
condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado.
(210.076-2/I-4)
10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais
isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos
ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os
procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente. (210.077-0/I-4)
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de
operação durante a realização do serviço. (210.078-9/I-4)
10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico
na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 10.8.2 É considerado
profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe.
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10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de
proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra
Incêndios. (210.091-6/I=3)
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser
avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
(210.092-4/I=2)
10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática
devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. (210.093-2/I=2)
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10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio
ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e
seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de
isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. (210.094-0/I=3)
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser
realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme
estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da
área. (210.095-9/I=4)
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de
segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 –
Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir:
(210.096-7/I=3)
a) identificação de circuitos elétricos; (210.097-5/I=2)
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; (210.098-
3/I=2)
c) restrições e impedimentos de acesso; (210.099-1/I=2)
d) delimitações de áreas; (210.100-9/I=2)
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de
cargas; (210.101-7/I=2)
f) sinalização de impedimento de energização; (210.102-5/I=2)
g) identificação de equipamento ou circuito impedido. (210.103-3/I=2)
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10.13 – RESPONSABILIDADES
10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou
a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis. (210.118-1/I=4)
10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas
instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos
competentes. (210.119-0/I=2)
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as
providências estabelecidas na NR 3.
10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos
trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as
abrangências, limitações e interferências nas tarefas. (210.120-3/I=2)
10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das
autoridades competentes. (210.121-1/I=2)
10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extrabaixa tensão.
GLOSSÁRIO
1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.
3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à
terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a
intervenção na instalação elétrica.
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28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona
controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras,
representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.
29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo
numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.
30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive
acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e
instrumentos apropriados de trabalho.
31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados.
ANEXO II
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.
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Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de
superfície de separação física adequada.
ZL = Zona livre
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao
trabalho.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.
ANEXO III
TREINAMENTO
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c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.
5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras;
6) Regulamentações do MTE:
a) NRs;
b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade);
c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.
7. Equipamentos de proteção coletiva.
8. Equipamentos de proteção individual.
9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.
a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;
10. Documentação de instalações elétricas.
11. Riscos adicionais:
a) altura;
b) ambientes confinados;
c) áreas classificadas;
d) umidade;
e) condições atmosféricas.
12. Proteção e combate a incêndios:
a) noções básicas;
b) medidas preventivas;
c) métodos de extinção;
d) prática;
13. Acidentes de origem elétrica:
a) causas diretas e indiretas;
b) discussão de casos;
14. Primeiros socorros:
a) noções sobre lesões;
b) priorização do atendimento;
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I - Programação Mínima:
1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP.
2. Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.
6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)
7. Procedimentos de trabalho – análise e discussão. (*)
8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em áreas internas;
d) trabalho a distância;
e) trabalhos noturnos; e
f) ambientes subterrâneos.
9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
11. Equipamentos de proteção individual (*).
12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*).
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*).
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*).
16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*).
17. Acidentes típicos (*) – Análise, discussão, medidas de proteção.
18. Responsabilidades (*).
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Considerando a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de
engenheiro, de arquiteto e de engenheiro agrônomo;
Considerando a Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, que regula o exercício da profissão de geólogo;
Considerando a Lei nº 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a profissão de geógrafo;
Considerando a Lei nº 6.835, de 14 de outubro de 1980, que dispõe sobre o exercício da profissão de
meteorologista;
Considerando o Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, que regula o exercício da profissão
agronômica;
Considerando o Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exercício das
profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor;
Considerando o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a regulamentação
do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de
1933;
Considerando a Lei nº 4.643, de 31 de maio de 1965, que determina a inclusão da especialização de
engenheiro florestal na enumeração do art. 16 do Decreto-Lei nº 8.620, de 1946;
Considerando a Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispõe sobre a profissão de técnico
industrial e agrícola de nível médio;
Considerando o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei nº 5.524, de
1968, modificado pelo Decreto nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002;
Considerando a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a especialização de
engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho;
Considerando o Decreto nº 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei nº 7.410, de 1985;
Considerando a Lei nº 7.270, de 10 de dezembro de 1984, que apresenta disposições referentes ao
exercício da atividade de perícia técnica;
Considerando a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional;
Considerando o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts.
39 a 41 da Lei nº 9.394, de 1996;
Considerando a Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1985, que altera dispositivos da Lei nº 4.024, de
20 de dezembro de 1961,
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer normas, estruturadas dentro de uma concepção matricial, para a atribuição de títulos
profissionais, atividades e competências no âmbito da atuação profissional, para efeito de fiscalização do
exercício das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.
Parágrafo único. As profissões inseridas no Sistema Confea/Crea são as de engenheiro, de arquiteto e
urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo, de meteorologista, de tecnólogo e de
técnico.
CAPÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS
Art. 2º Para efeito da fiscalização do exercício das profissões objeto desta Resolução, são adotadas as
seguintes definições:
I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do ordenamento jurídico que rege a
comunidade;
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CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES PARA O DESEMPENHO DE ATIVIDADES NO ÂMBITO DAS COMPETÊNCIAS
PROFISSIONAIS
Art. 5º Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos diplomados no âmbito das profissões
inseridas no Sistema Confea/Crea, em todos os seus respectivos níveis de formação, ficam
designadas as seguintes atividades, que poderão ser atribuídas de forma integral ou parcial, em
seu conjunto ou separadamente, observadas as disposições gerais e limitações estabelecidas nos
arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução:
Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;
Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica;
Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio,
divulgação técnica, extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de serviço técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 17 - Operação, manutenção de equipamento ou instalação; e
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.
Parágrafo único. As definições das atividades referidas no caput deste artigo encontram-se no glossário
constante do Anexo I desta Resolução.
Art. 6º Aos profissionais dos vários níveis de formação das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea é
dada atribuição para o desempenho integral ou parcial das atividades estabelecidas no artigo
anterior, circunscritas ao âmbito do(s) respectivo(s) campo(s) profissional(ais), observadas as
disposições gerais estabelecidas nos arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução, a
sistematização dos campos de atuação profissional estabelecida no Anexo II, e as seguintes
disposições:
I - ao técnico, ao tecnólogo, ao engenheiro, ao arquiteto e urbanista, ao engenheiro agrônomo, ao geólogo,
ao geógrafo, e ao meteorologista compete o desempenho de atividades no(s) Confea – Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções seu(s) respectivo(s)
campo(s) profissional(ais), circunscritos ao âmbito da sua respectiva formação e especialização
profissional; e
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Art. 7º A atribuição inicial de títulos profissionais, atividades e competências para os diplomados nos
respectivos níveis de formação, nos campos de atuação profissional abrangidos pelas diferentes
profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, será efetuada mediante registro e expedição de
carteira de identidade profissional no Crea, e a respectiva anotação no Sistema de Informações
Confea/Crea - SIC.
Art. 8° O Crea, atendendo ao que estabelecem os arts. 10 e 11 da Lei nº 5.194, de 1966, deverá anotar as
características da formação do profissional, com a correspondente atribuição inicial de título,
atividades e competências para o exercício profissional, levando em consideração as disposições
dos artigos anteriores e do Anexo II desta Resolução.
§ 1º O registro dos profissionais no Crea e a respectiva atribuição inicial de título profissional, atividades e
competências serão procedidos de acordo com critérios a serem estabelecidos pelo Confea para a
padronização dos procedimentos, e dependerão de análise e decisão favorável da(s) câmara(s)
especializada(s) do Crea, correlacionada(s) com o respectivo âmbito do(s) campos(s) de atuação
profissional.
§ 2º A atribuição inicial de título profissional, atividades e competências decorrerá, rigorosamente, da
análise do perfil profissional do diplomado, de seu currículo integralizado e do projeto pedagógico
do curso regular, em consonância com as respectivas diretrizes curriculares nacionais.
Seção II
Da Extensão da Atribuição Inicial
Art. 9º A extensão da atribuição inicial fica restrita ao âmbito da mesma categoria profissional.
Art. 10. A extensão da atribuição inicial de título profissional, atividades e competências na categoria
profissional Engenharia, em qualquer dos respectivos níveis de formação profissional será
concedida pelo Crea em que o profissional requereu a extensão, observadas as seguintes
disposições:
I - no caso em que a extensão da atribuição inicial se mantiver na mesma modalidade profissional, o
procedimento dar-se-á como estabelecido no caput deste artigo, e dependerá de decisão favorável
da respectiva câmara especializada; e
II – no caso em que a extensão da atribuição inicial não se mantiver na mesma modalidade, o procedimento
dar-se-á como estabelecido no caput deste artigo, e dependerá de decisão favorável das câmaras
especializadas das modalidades envolvidas.
§ 1º A extensão da atribuição inicial decorrerá da análise dos perfis da formação profissional adicional
obtida formalmente, mediante cursos comprovadamente regulares, cursados após a diplomação,
devendo haver decisão favorável da(s) câmara(s) especializada(s) envolvida(s).
§ 2º No caso de não haver câmara especializada no âmbito do campo de atuação profissional do
interessado, ou câmara inerente à extensão de atribuição pretendida, a decisão caberá ao Plenário
do Crea.
§ 3º A extensão da atribuição inicial aos técnicos portadores de certificados de curso de especialização será
considerada dentro dos mesmos critérios do caput deste artigo e seus incisos.
§ 4º A extensão da atribuição inicial aos portadores de certificados de formação profissional adicional obtida
no nível de formação pós-graduada no senso lato, expedidos por curso regular registrado no
Sistema Confea/Crea, será considerada dentro dos mesmos critérios do caput deste artigo e seus
incisos.
§ 5º Nos casos previstos nos §§ 3º e 4º, será exigida a prévia comprovação do cumprimento das exigências
estabelecidas pelo sistema educacional para a validade dos respectivos cursos.
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Seção III
Da Sistematização dos Campos de Atuação Profissional
Art. 11. Para a atribuição de títulos profissionais, atividades e competências será observada a
sistematização dos campos de atuação profissional e dos níveis de formação profissional
mencionados no art. 3º desta Resolução, e consideradas as especificidades de cada campo de
atuação profissional e nível de formação das várias profissões integrantes do Sistema Confea/Crea,
apresentadas no Anexo II.
§ 1º A sistematização mencionada no caput deste artigo, constante do Anexo II, tem características que
deverão ser consideradas, no que couber, em conexão com os perfis profissionais, estruturas
curriculares e projetos pedagógicos, em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos
cursos que levem à diplomação ou concessão de certificados nos vários níveis profissionais, e
deverá ser revista periodicamente, com a decisão favorável das câmaras especializadas, do
Plenário dos Creas e aprovação pelo Plenário do Confea com voto favorável de no mínimo dois
terços do total de seus membros.
§ 2º Para a atribuição inicial de títulos profissionais, atividades e competências para os profissionais
diplomados no nível técnico e para os diplomados no nível superior em Geologia, em Geografia e
em Meteorologia prevalecerão as disposições estabelecidas nas respectivas legislações
específicas.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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Art. 1º Os arts. 11, 15 e 19 da Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, passam a vigorar com a
seguinte redação: “A câmara especializada competente atribuirá o título, as atividades e as
competências profissionais em função da análise da qualificação acadêmica do portador de diploma
ou certificado, de acordo com os procedimentos e os critérios estabelecidos em resolução
específica.”
Art. 2º O art. 16 da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 16. Esta resolução entra em vigor a partir de 1° de julho de 2007.”
Art. 3º Fica incluído como anexo III da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, o Regulamento para o
Cadastramento das Instituições de Ensino e de seus Cursos e para a Atribuição de Títulos,
Atividades e Competências Profissionais.
Art. 4° Para efeito da atribuição inicial de título, atividades e competências profissionais ao egresso de curso
regular, que nele tenha se matriculado posteriormente à data de entrada em vigor da Resolução nº
1.010, de 2005, fica vedada a utilização das Resoluções nos 218, de 29 de junho de 1973; 235, de
9 de outubro de 1975; 241,
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Art. 2º O cadastramento institucional é a inscrição da instituição de ensino que oferece cursos regulares no
âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea nos assentamentos do Crea em cuja
circunscrição encontrar-se sua sede, em atendimento ao disposto nos arts. 10, 11 e 56 da Lei nº
5.194, de 1966.
§ 1º A finalidade do cadastramento institucional é proporcionar ao Crea informações indispensáveis ao
processo de registro profissional dos egressos dos cursos regulares oferecidos pela instituição de
ensino.
§ 2º O cadastramento institucional é constituído pelo cadastramento da instituição de ensino e pelo
cadastramento individual de cada curso regular por ela oferecido.
§ 3º Para efeito deste Regulamento, os cursos de extensão e de atualização não são considerados cursos
regulares.
Seção I
Do Cadastramento da Instituição de Ensino
Art. 3º O cadastramento da instituição de ensino deve ser formalizado por meio do preenchimento do
Formulário A, constante deste Regulamento, instruído com as seguintes informações:
I - indicação de seus atos constitutivos e regulatórios, registrados nos órgãos oficiais, que atestem sua
existência e capacidade jurídica de atuação;
II – indicação de suas peças estatutárias ou regimentais, aprovadas pelos conselhos de educação ou
instâncias competentes, que informem sua categoria administrativa e sua estrutura acadêmica; e
III - relação dos cursos regulares oferecidos nas áreas profissionais abrangidas pelo Sistema Confea/Crea,
com indicação dos respectivos atos de reconhecimento expedidos pelo poder público e publicados na
imprensa oficial.
Parágrafo único. A instituição de ensino deve atualizar seu cadastro institucional sempre que ocorram
alterações nas informações acima indicadas.
Seção II
Do Cadastramento do Curso
Art. 4º O cadastramento individual de cada curso regular oferecido pela instituição de ensino deve ser
formalizado por meio do preenchimento do Formulário B, constante deste Regulamento, instruído
com as seguintes informações:
I - projeto pedagógico de cada um dos cursos relacionados, contendo os respectivos níveis, concepção,
objetivos e finalidades gerais e específicas, estrutura acadêmica com duração indicada em períodos
letivos, turnos, ementário das disciplinas e atividades acadêmicas obrigatórias, complementares e
optativas com as respectivas cargas horárias, bibliografia recomendada e título acadêmico concedido; e
II - caracterização do perfil de formação padrão dos egressos de cada um dos cursos relacionados, com
indicação das competências, habilidades e atitudes pretendidas.
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Parágrafo único. A instituição de ensino deve atualizar o cadastro individual de cada curso sempre que
ocorram alterações nas informações acima indicadas.
Seção III
Da Apreciação do Cadastramento Institucional
Art. 5º Apresentados os Formulários A e B devidamente instruídos, o processo de cadastramento
institucional da instituição de ensino será encaminhado às câmaras especializadas competentes
para apreciação.
Parágrafo único. O cadastramento institucional será efetivado após sua aprovação pelas câmaras
especializadas competentes, aprovação pelo plenário do Crea e seu encaminhamento ao Confea
para conhecimento e anotação das informações referentes à instituição de ensino e aos seus
cursos regulares no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.
CAPÍTULO II
DA ATRIBUIÇÃO DE TÍTULOS, ATIVIDADES E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Art. 6º A atribuição inicial de títulos, atividades e competências profissionais deve ser procedida pelas
câmaras especializadas competentes no momento da apreciação do requerimento de registro
profissional de portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas no
Sistema Confea/Crea.
Parágrafo único. O registro profissional de portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das
profissões inseridas no Sistema Confea/Crea é realizado de acordo com resolução específica.
Art. 7º As câmaras especializadas competentes somente aprovarão o registro profissional de portador de
diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas
no Sistema Confea/Crea após a conclusão dos procedimentos para atribuição de títulos, atividades
e competências profissionais.
Parágrafo único. Da decisão proferida pelas câmaras especializadas o interessado pode interpor recurso ao
Plenário do Crea, e da decisão deste, ao Plenário do Confea.
Art. 8º A extensão da atribuição de títulos, atividades e competências profissionais pode ser requerida pelo
portador de diploma ou certificado de cursos regulares no âmbito das profissões inseridas no
Sistema Confea/Crea nos seguintes casos:
I – no momento de seu registro profissional no Crea, em decorrência de aquisição de habilidades e
competências complementares às adquiridas exclusivamente no âmbito do perfil de formação padrão
do curso anotado no SIC; e
II - após seu registro profissional no Crea, em decorrência da aquisição de novas habilidades e
competências no processo de educação profissional continuada, por meio da anotação de cursos de
especialização, pós-graduação lato senso e estrito senso.
Seção I
Da Atribuição de Títulos Profissionais e de Designações de Especialidades
Art. 9º A atribuição de títulos profissionais ou de suas designações adicionais será procedida pelas câmaras
especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso de acordo com a Tabela
de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea.
§ 1º Para efeito deste Regulamento, não é obrigatória a coincidência entre o título profissional a ser
atribuído e o título acadêmico concedido no diploma expedido pela instituição de ensino.
§ 2º Para efeito da padronização da atribuição de título profissional e de designações adicionais, fica
instituída a codificação constante da Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea.
Seção II
Da Atribuição de Atividades Profissionais
Art. 10. A atribuição inicial de atividades profissionais ou sua extensão será procedida pelas câmaras
especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso e deve ser circunscrita
ao âmbito das competências a serem atribuídas nos respectivos campos de atuação profissional.
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Parágrafo único. Para efeito da padronização da atribuição integral ou parcial de atividades profissionais,
fica instituída a codificação constante da tabela indicada no Anexo I da Resolução nº 1.010, de 22
de agosto de 2005.
Seção III
Da Atribuição de Competências Profissionais
Art. 11. A atribuição inicial de competências profissionais ou sua extensão será procedida pelas câmaras
especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso e deve ser circunscrita
ao âmbito dos conteúdos formativos adquiridos em seu curso regular.
§ 1º A atribuição de competências iniciais ou sua extensão poderá ser interdisciplinar, abrangendo
setores de campos de atuação profissional distintos, desde que estejam restritas ao âmbito
da mesma categoria/grupo profissional.
§ 2º Para efeito da padronização da atribuição de competências para o exercício profissional, fica
instituída a codificação constante da tabela indicada no Anexo II da Resolução nº 1.010, de
22 de agosto de 2005.
Seção IV
Do Perfil de Formação do Egresso
Art. 12. As câmaras especializadas competentes manifestam-se sobre a atribuição inicial de título,
atividades e competências profissionais e sua extensão, após a análise do perfil de formação do
egresso, portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas no Sistema
Confea/Crea.
Art. 13. A análise do perfil de formação do egresso tem por finalidade estabelecer a correspondência entre o
currículo efetivamente cumprido e as atividades e os campos de atuação profissional estabelecidos
pela Resolução nº 1.010, de 2005.
Parágrafo único. A análise do perfil de formação do egresso deve ser formalizada por meio do
preenchimento do Formulário C, constante deste Regulamento, de forma a compilar e
compatibilizar entre si:
I - as informações de caráter geral do perfil de formação padrão dos egressos do curso, prestadas pela
instituição de ensino e anotadas no SIC; e
II - as informações específicas de caráter individual, constantes da documentação apresentada pelo egresso
ao requerer seu registro profissional no Crea.
Art. 14. A atribuição de títulos, atividades e competências profissionais deve ser realizada de forma
homogênea para os egressos do mesmo curso que tenham cursado disciplinas com conteúdos
comuns, de acordo com o perfil de formação padrão dos egressos do curso anotado no SIC.
CAPÍTULO III
DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL
Art. 15. O plenário do Crea pode instituir para auxiliar as câmaras especializadas comissão permanente
denominada Comissão de Educação e Atribuição Profissional - CEAP com a finalidade de instruir
os processos de registro profissional e de cadastramento institucional.
Parágrafo único. No caso em que a Comissão de Educação e Atribuição Profissional for instituída no âmbito
do Crea, as câmaras especializadas decidem sobre processos de registro profissional ou de
cadastramento institucional que tenham sido previamente instruídos pela CEAP.
Art. 16. A Comissão de Educação e Atribuição Profissional deve ser composta por um conselheiro regional
de cada uma das categorias, modalidades ou campos de atuação profissional com representação
no Crea.
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pode ser assessorada por profissional ad hoc com reconhecida capacidade ou por especialista
indicado por entidade de classe regional ou nacional, desde que registrado no Sistema
Confea/Crea, na condição de convidado.
Art. 18. Compete à Comissão de Educação e Atribuição Profissional, em relação aos procedimentos
estabelecidos neste Regulamento:
I – instruir os processos de cadastramento de instituição de ensino e de seus cursos regulares, de acordo
com os critérios e os procedimentos estabelecidos neste Regulamento, determinando a realização de
diligências necessárias;
II – instruir os processos de registro profissional de acordo com os critérios e os procedimentos
estabelecidos neste Regulamento, elaborando a análise do perfil de formação do egresso; e
III - elaborar seu regulamento, a ser encaminhado ao Plenário do Crea para aprovação.
Art. 19. A Comissão de Educação e Atribuição Profissional manifesta-se sobre assuntos de sua
competência mediante ato administrativo da espécie relatório fundamentado.
§ 1º O relatório fundamentado deve ser encaminhado para apreciação das câmaras especializadas
correspondentes aos campos de atuação profissional relacionados ao perfil de formação do
egresso.
§ 2º O relatório fundamentado deve ser emitido por profissional de mesmo nível de formação e da mesma
categoria, modalidade ou campo de atuação do curso ou do egresso cujo processo esteja sob
análise.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 20. Os critérios e os procedimentos para atribuição inicial de títulos, atividades e competências
profissionais ou sua extensão estabelecidos neste Regulamento serão adotados nos seguintes
casos:
I - quando o profissional registrado requerer a extensão de título, atividades ou competências profissionais
de acordo com os critérios estabelecidos neste Regulamento;
II – quando o portador de diploma ou certificado que ainda não tiver se registrado no Crea até a data de
entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, e que, posteriormente, venha a se registrar de
acordo com as disposições vigentes anteriormente à data acima mencionada, requerer a extensão
das suas atribuições iniciais de acordo com os critérios estabelecidos neste Regulamento;
III - quando o egresso de curso regular, que nele já estivesse matriculado anteriormente à data de entrada
em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, optar pelo seu registro no Crea de acordo com os critérios
estabelecidos neste Regulamento; e
IV - quando o egresso de curso regular, que nele tenha se matriculado posteriormente à data de entrada em
vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, requerer seu registro no Crea.
Art. 21. O Confea realizará periodicamente auditorias nos Creas, com o objetivo de verificar a
homogeneidade na adoção dos critérios e dos procedimentos estabelecidos neste Regulamento.
Art. 22. Os casos omissos serão dirimidos pelo Plenário do Confea, após manifestação da comissão de
educação e atribuição profissional dos Creas, citadas nesta resolução e das câmaras
especializadas, ouvidas as comissões permanentes do Confea responsáveis pela atribuição de
títulos, atividades
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CÉLULA EM REPOUSO
CÉLULA ESTIMULADA
ELETROCARDIOGRAMA
ELETROENCEFALOGRAMA E ETC.
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EFEITOS DA CC
PARA FIBRILAÇÃO
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TENSÃO DE PASSO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO:
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Proteção para garantir segurança (De acordo com itens 5.1 e 9.5 da NBR
5410:2004)
NOTAS:
1 Os conceitos e princípios da proteção contra choques elétricos aqui adotados são aqueles da IEC
61140.
Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de proteção. Ver
notas deste subitem.
Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por dispositivo que
assegure o seccionamento simultâneo de todos os condutores de fase.
NOTA:
Isso significa que o dispositivo de proteção deve ser multipolar, quando o circuito for constituído de mais de
uma fase. Dispositivos unipolares montados lado a lado, apenas com suas alavancas de manobra
acopladas, não são considerados dispositivos multipolares.
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Instalações Elétricas Residenciais e Prediais - ELE054 Prof. Flaviö Harå 2/2009
Em seguida, tem-se as
figura 01 e 02 que
mostram um exemplo
do dispositivo de
proteção contra surto,
utilizado atualmente:
Figura 01 Figura 02
NOTA
Quando a edificação contiver mais de uma linha de energia externa, devem ser providos DPS no mínimo no
ponto de entrada ou de saída de cada linha.
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Seleção dos DPS (ver item 6.3.5.2.4 da página 132 da NBR 5410:2004).
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6.1.8.1 A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no
mínimo:
a) plantas;
b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis;
c) detalhes de montagem, quando necessários;
d) memorial descritivo da instalação
e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem
atender);
f) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda
considerados, temperatura ambiente etc.).
6.1.8.2 Após concluída a instalação, a documentação indicada em 6.1.8.1 deve ser revisada e
atualizada de forma a corresponder fielmente ao que foi executado (documentação “como
construído”, ou “as built”).
Nota: Esta atualização pode ser realizada pelo projetista, pelo executor ou por outro profissional,
conforme acordado previamente entre as partes.
6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê equipe permanente de operação, supervisão e/ou
manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem
ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, regido em linguagem acessível a
leigos, que contenha, no mínimo, os seguintes elementos:
a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades,
incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais;
b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível;
c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso;
d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os
dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).
6.5.3.1 Todas as tomadas de corrente fixas das instalações devem ser do tipo com contato de
aterramento (PE). As tomadas de uso residencial e análogo devem ser conforme ABNT NBR
6147 e ABNT NBR 14136, e as tomadas de uso industrial devem ser conforme IEC 60309-1.
6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e tomadas que
não sejam compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas com diferentes
tensões, as tomadas fixas dos circuitos de tensão mais elevada, pelo menos, devem ser
claramente marcadas com a tensão a elas provida. Essa marcação pode ser feita por placa
ou adesivo, fixado no espelho da tomada. Não deve ser possível remover facilmente essa
marcação. No caso de sistemas SELV, devem ser atendidas as prescrições de 5.1.2.5.4.4.
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EXERCÍCIO 1
1) Fazer o levantamento da carga de iluminação e tomadas por cômodo, de acordo
com o critério sugerido pela norma NBR- 5410:2004, preenchendo o quadro de
cargas instaladas, na planta;
2) Determinar a carga total de sua instalação, em kW;
3) Determinar o tipo de fornecimento (ver TABELA 1 – pg. 79);
4) Indicar na planta a localização dos pontos de luz com a simbologia adequada.
2- Carga mínima para os pontos (caixas) de tomadas (ver TABELA 2 – PG. 80)
São chamadas de específicos todas os pontos de tomadas que alimentam carga cuja
corrente nominal é superior a 10A. A carga deste ponto de tomada deve ser portanto, a
de utilização ou seja, a do equipamento a ser utilizado naquele local. São destinadas à
ligação de equipamentos fixos e estacionários. Conforme item 9.5.3.1 pg 184. Exemplos:
Figura 1.1
O projetista deve escolher o número, a localização e o tipo delas em função do lay-out de
sua instalação e das necessidades do usuário, lembrando que elas devem estar no máximo
a 1,50m do aparelho.
73
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Os pontos de tomadas de uso geral (Conforme item 9.5.2.2 da 5410 pg 183): não se
destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados aparelhos
móveis ou aparelhos portáteis.
Figura 1.2
F São recomendadas por norma as seguintes quantidades de pontos de tomadas TUG’s
(Conforme item 9.5.2.2.1 da 5410 pg 183):
a) Em banheiros pelo menos um ponto de tomada; atendidas as restrições de 9.1, para
locais contendo banheira ou chuveiro; (Ver figura 1.3)
b) Em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos um ponto de
tomada para cada 3,5 m (ou fração) de perímetro;
c) Nos demais cômodos, um ponto de tomada para cada 5 m (ou fração) de perímetro,
se a área for superior a 6 m2 ou apenas um ponto de tomada se a área for inferior a
6 m2;
1
d) Em subsolos, sótãos, garagens e varandas (churrasqueira e circulação ) pelo menos
um ponto de tomada.
F Devem ser atribuídas a estes pontos de tomadas as seguintes potências (Conforme item
9.5.2.2.2 da 5410 pg 184):
1
ALÉM DA NORMA PARA A DISCIPLINA
74
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Figura 1.3
75
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3- Simbologia.
Para a interpretação de um projeto
elétrico é essencial a utilização de
símbolos. Existem aqueles normalizados
que são apresentados:
Como a simbologia normalizada pode
eventualmente ser modificada é essencial
a utilização de uma legenda em seu
projeto.
CAIXA P3
CAIXA P4
(PONTO DE LUZ NA DISCIPLINA)
PONTO DE LUZ
76
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Deve ser feito de acordo com as instruções das normas da concessionária de energia que
atende o local das instalações. Para o caso da CEMIG, são atendidos em baixa tensão
aqueles consumidores que apresentarem carga (potência instalada) igual ou inferior a 75
kW.
TABELA 1
TIPO FORNECIMENTO CARGA INSTALADA
1 fase + neutro (2 fios)
A ATÉ (£) 10 KW
TENSÃO DE 127 V
2 fases + neutro (3 fios)
B DE (>) 10 KW ATÉ (£) 15
TENSÃO DE 127 V E 220 V KW
3 fases + neutro (4 fios)
D DE (>) 15 KW ATÉ (£) 75
TENSÃO DE 127 V E 220 V KW
De posse de sua carga total calculada nos itens 1 e 2, determine quantas fases a sua
residência receberá da concessionária local. Esta informação é muito importante para o
próximo exercício.
Para fornecimento tipo A, monofásica, todos os circuitos terão ligação fase-neutro, 127V.
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A seguir tem-se um exemplo de uma casa que será utilizada na apostila, onde está ilustrado
o LayOut e em seguida a planta com todos os pontos de luz lançados.
Figura 1.5
80
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Figura 1.6
81
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EXERCÍCIO 2
1) Escolher de forma apropriada o comando das lâmpadas dos vários cômodos,
prevendo comandos simples, duplos, “three-way” ou “four-way”, onde se fizerem
necessários. Representando-o em planta com a simbologia adequada, mostrada no
Tabela 4.
2) Supor que, em cada ponto de luz, temos disponível uma fase ou retorno e um
neutro. Lançar na planta os eletrodutos com os condutores necessários para o
comando das lâmpadas.
Abaixo são mostrados os comandos, normalmente utilizados numa instalação elétrica
residencial, de acordo com a norma NBR 5413:1992 – Iluminância de Interiores; e NBR 6527
– Interruptores para uso doméstico. Conforme item 5.6.6.1.2 pg 76 (não seccionar o
neutro).
O padrão de cor utilizado na identificação dos condutores está descrito no item 6.1.5.3 da
NBR 5410:2004, na página 86. Observar também as restrições do item 6.5.5.2 pg 159.
NOTAS:
1. A FASE (numa instalação é o condutor vermelho) é o condutor que deve ser interrompido
para se comandar uma lâmpada.
2. O NEUTRO (condutor azul) não deve ser interrompido. Ele sempre deve ser ligado
diretamente na base rosqueada da lâmpada. Conforme item 6.5.5.2.4 pg 159.
3. O RETORNO (condutor preto), o condutor que vai do comando à lâmpada, deve
portanto, ser ligado no disco central da lâmpada.
4. Conforme item 5.6.6.1.2 da página 76, o neutro não é interrompido no comando
“unipolar” (interruptor simples)
Figura 2.1
Os condutores deverão estar como os representados no lado de cima do eletroduto (como
em negrito na figura acima).
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Figura 2.2
Figura 2.3
84
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Neste tipo de comando temos dois interruptores simples numa mesma caixa 5x10cm ou
2x4”, cada um comandando uma das duas lâmpadas, separadamente. Temos então dois
retornos, um para cada lâmpada ou grupo de lâmpadas.
esquema equivalente
Figura 2.6
Figura 2.7
85
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Figura 2.10
Nota: Tanto o sistema de comando como o interruptor possuem o mesmo nome: “three-
way”. Dizemos então: o sistema “three-way” possui dois interruptores “three-way”.
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FIGURA 2.11
87
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TABELA 4
Abaixo listamos alguns símbolos normalizados pela NB-3 para a execução de um projeto
elétrico residencial em baixa tensão.
- eletroduto embutido no TETO de 20mm
de diâmetro
Na Figura 2.12 está ilustrado um exemplo de como a planta deve ficar após esta tarefa:
88
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Figura 2.12
89
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5) Definir a posição (em planta) dos interruptores e colocar as letras (representa quais os
pontos de luz que serão comandadas por esses interruptores);
Obs.: O número de interruptores com a(s) mesma(s) letra(s) define se o comando será
simples, three-way ou four-way ou conjugação entre eles (ou seja mesma letra
mesmo comando).
6) Desenhar os eletrodutos em arco para facilitar a leitura da planta (perguntar!):
1. Interligar os pontos de luz e interruptores com o menor número de eletrodutos e menor
caminho;
2. Indicar/desenhar o eletroduto de alimentação (com fase/neutro - 127V) apontando para
região/cômodo da CZ ou AS, pois é provavelmente onde o QDC deverá ficar (por que
na etapa 3);
3. Somente 01 eletroduto de alimentação por cômodo no ponto de luz do teto (do item
anterior);
4. No máximo 06 eletrodutos por ponto de luz no teto;
10) NÃO CRUZAR os eletrodutos (são desenhados em arco, mas executados em linha reta).
12) Planta não roda (letra, número e símbolos dos pontos de luz).
90
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Considerando o disposto nas Portarias Inmetro n.º 136, de 04 de outubro de 2001, e n.º 134, de 15 de julho de
2002, que tratam, respectivamente, da certificação compulsória e da comercialização de plugues e tomadas;
Considerando a necessidade de zelar pela segurança das instalações elétricas de baixa tensão, focos
potenciais de incêndios e de diversos acidentes residenciais;
Art. 5º – A partir de 31 de agosto de 2009, lojistas e varejistas de aparelhos elétricos, eletrônicos ou eletro-
eletrônicos, especificados nos artigos 3º e 4º desta Portaria, só deverão comercializar estes
produtos se em conformidade com os requisitos da norma brasileira de padronização NBR
14136.
Art. 6º Fica revogado o artigo 7º da Portaria Inmetro n.º 136, de 04 de outubro de 2001.
Art. 7º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
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O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° As edificações cuja construção se inicie a partir da vigência desta Lei deverão
obrigatoriamente possuir sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do
condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente.
Art. 2° Os aparelhos elétricos com carcaça metálica e aqueles sensíveis a variações bruscas
de tensão, produzidos ou comercializados no País, deverão, obrigatoriamente, dispor de condutor-terra de
proteção e do respectivo adaptador macho tripolar.
Parágrafo único. O disposto neste artigo entra em vigor quinze meses após a publicação desta
Lei.
Art. 3° Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
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EXERCÍCIO 3
1) Escolher a localização mais adequada para o quadro de distribuição de circuitos.
2) Dividir a instalação elétrica (cargas de iluminação e tomadas) em circuitos e
preencher o quadro de distribuição de circuitos na planta (similar ao ANEXO 1).
3) Numerar os pontos de luz e fases conforme a legenda da planta e interligar os
circuitos de luz ao QDC.
4) Indicar na planta a localização das tomadas NBR 14.136 NOV – 2002 com a
simbologia adequada.
5) Numerar as tomadas de acordo com os circuitos do ANEXO 4 (Ler NOTA no. 1 da
Planta).
6) Interligar, alimentar as tomadas gerais e específicas os vários circuitos ao QDC.
Figura 3.1 – Disjuntores monofásico (10A – curva B), bifásico (20A – curva B), trifásico (16A
– curva C), e DR bipolar (30 mA – 25A), respectivamente.
94
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Disjuntor
3Ø DR
DISJUN
Figura 3.2 – QD
1
Itens utilizados na disciplina
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Figura 3.3
96
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8. Escrever na TABELA de circuitos onde cada TUE vai ficar (local / cômodo);
9. É obrigatório que sejam previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral
das cozinhas, área de serviço e copas, ou seja, os circuitos de TUG separadas entre si
(Conforme item 9.5.3.2 da 5410 pg 184);
10. 1Não bifurcar os circuitos na saída do QDC (o mesmo circuito NÃO pode sair 2 ou mais
vezes do QDC, ou seja, sair somente em 1 duto do QDC e ao chegar em um ponto de luz
ou caixa de passagem poderá ser feita a derivação do circuito – para aumentar o FCNC);
11. 1Trace os eletrodutos procurando caminhos mais curtos evitando sempre que possível
cruzamento de tubulações (na disciplina não cruzar em linha reta os eletrodutos) e
também o menor caminho de cada ponto do circuito até o QDC;
12. Evite que as caixas octogonais do teto estejam interligadas a mais de 6 eletrodutos (tentar
usar no máximo 5 eletrodutos nesta etapa 3.1) ;
13. Evite que as caixas retangulares embutidas nas paredes se conectem com mais de 4
eletrodutos;
14. Identifique a que circuitos pertencem os condutores fase e os pontos de luz representados
em planta numerando-os, de acordo com os números dos circuitos da TABELA DE
CIRCUITOS na planta (2ª. Tabela – Ver as legendas);
98
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15. Como decidir a saída do circuito (para qual direção / Cômodo) e NÃO DEIXAR na planta:
1o ) Achar o centro geométrico do circuito (centro da figura formada pelos cômodos
deste circuito, representado por este símbolo );
o
2 ) Achar o centro de carga do circuito (representado por este símbolo );
o
3 ) Na direção destes 2 centros (não neles); Sair do QDC para o primeiro ponto de luz
nesta direção será uma das melhores soluções. Assim melhoramos o CQT (menor
distância) e o FCNC (menor número de circuitos em um mesmo eletroduto).
1
Itens utilizados na disciplina
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ANEXO 2 - Planta esquemático parcial (iluminação) de uma instalação elétrica com
fornecimento tipo B – Figura 3.16
Figura 3.16
101
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Conforme item 6.5.3.1 da 5410 pg 156, as tomadas de uso residencial e análogo devem ser
conforme ABNT NBR 6147 e ABNT NBR 14136. Conforme item 6.5.3.2 da 5410 pg 157 é
obrigatório identificar as tensões 220V nas placas dos pontos de tomada.
Para a conexão de alguns aparelhos que ainda não estão com a configuração do
plugue padrão, será necessário a utilização de adaptador (segundo a NBR 14.936 já
publicada em abril de 2003).
102
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Figura 3.8
Figura 3.9
103
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Como o sistema de proteção pessoal contra choques elétricos provocados por contatos
direto ou indireto (ver figura 3.10) atuando não no valor da corrente que passa pelo corpo
humano e sim limitando o tempo de percurso da corrente. O DR abre mais rapidamente
quanto maior for a corrente que atinge a pessoa.
É obrigatório o uso do dispositivo DR (Conforme item 5.1.3.2 e 5.1.3.2.2 da 5410 pg 49).
Existe um tipo de disjuntor chamado de “diferencial residual” ou DR. Ele possui tanto o
sistema do disjuntor comum, que é de proteção do condutor contra sobrecarga e curto
circuito quanto o dispositivo DR. Também existe o interruptor DR – atua somente com a fuga
de corrente, NÃO atua com a sobre carga ou curto-circuito.
Uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade – DR
5.1.3.2.2. Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é
obrigatório.
Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema de aterramento, devem
ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual com corrente
diferencial-residual nominal I?n igual ou inferior a 30 mA:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados e cozinhas, copas-
cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas
molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
NOTAS:
1 No que se referem a tomadas de corrente, a
exigência de proteção adicional por DR de
alta sensibilidade se aplica às tomadas com
corrente nominal de até 32 A.
3 Admite-se a exclusão, na alínea d), dos
pontos que alimentam aparelhos de
iluminação posicionados a uma altura igual
ou superior a 2,5m.
5 A proteção dos circuitos pode ser realizada
individualmente, por ponto de utilização ou
por circuito ou por grupo de circuitos.
104
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Figura 3.10
A seguir temos alguns exemplos de circuitos que devem ser protegidos com este tipo de
disjuntor como: sistema de iluminárias externas com corpo de metal, TUG’s e TUE’s.
105
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FIGURA 3.11
o
2 Exemplo: Circuito de Tomada em 127V ou 220V
Figura 3.12
3o Exemplo: Circuito de Tomada de Uso Específico (TUE) em 127V ou 220V
Figura 3.13
106
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Caixa octogonal
Figura 3.15 - Diagrama esquemático 3D de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B
107
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ANEXO 3 - Planta esquemático parcial (luz e alocação tomadas) de uma instalação elétrica
com fornecimento tipo B – Figura 3.17
Figura 3.17
108
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ANEXO 4 - Planta de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B – Figura 3.18
Figura 3.18
109
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a) em todos os pontos da tubulação onde houver entrada ou saída de condutores, exceto nos pontos de
transição de uma linha aberta para a linha em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser rematados
com buchas;
c) sempre que for necessário segmentar a tubulação, para atendimento do disposto em 6.2.11.1.6 - b).
1
Itens utilizados na disciplina
110
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Figura 3.19
111
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112
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EXERCÍCIO 4
1) Dimensionar os condutores (fio ou cabo) dos vários circuitos. Usando os critérios
de capacidade de corrente (CCC) e de queda de tensão (CQT)
Os condutores em geral são determinados pela NBR 5471. Os condutores de PVC seguem as
normas NBR 7288 (cabo PVC) e NBR NM 247-3 (condutor isolado PVC) que abrangem cabos
condutores. Conforme item 6.2.3.4 da pg 89 da 5410, não propaga fogo. Já os condutores de EPR
são regulamentados pela norma NBR 7286 que trata de fios condutores.
a) Condutores utilizados:
Figura 4.1
113
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TABELA 6
Número de circuitos ou de cabos Tabela dos
Forma de agrupamento multipolares FCNC
Ref. métodos de
dos condutores
1 2 3 4 5 6 referência
Em feixe: ao ar livre ou
Métodos de
1 sobre superfície; embutidos; 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57
AaF
em conduto fechado
Referente à tabela 42 da página 108 da NBR 5410:2004
Os fatores de agrupamento de circuitos (FCNC) e de temperatura (FCT) devem ser
aplicados para se evitar um aquecimento excessivo dos fios quando se agruparem vários
circuitos num mesmo eletroduto ou se a temperatura ambiente for diferente da
especificada nas tabelas de capacidade de condução de corrente.
114
Instalações Elétricas Residenciais e Prediais - ELE054 Prof. Flaviö Harå 2/2009
Quando temos uma corrente de projeto menor ou igual a 30% do valor da Tabela 7,
poderemos desconsiderar esse circuito para ser contabilizado no FCNC, pois ele não
apresentará problema de aquecimento (entretanto ocupará espaço no eletrodutro).
A seguir apresenta-se a Tabela 7 (Conforme Tabela 36 da 5410 pg 101, método B1)
referente a capacidade de condução de corrente de condutores e cabos de cobre com
isolação de PVC, instalados em eletrodutos embutidos em alvenaria (apenas um circuito
dentro do eletroduto) numa temperatura ambiente de 30o C.
TABELA 7
BITOLA 2 condutores 30% da 3 condutores
carregados (*) Capacidade carregados (*)
seção nominal (Mono ou Bifásico) De condução (Trifásico)
(mm²) IFIO (A) 2 condutores (A) IFIO (A)
# 1,5 17,5 5,3 15,5
# 2,5 24,0 7,2 21,0
# 4,0 32,0 9,6 28,0
# 6,0 41,0 12,3 36,0
# 10,0 57,0 17,1 50,0
# 16,0 76,0 22,8 68,0
# 25,0 101,0 30,3 89,0
(*)Conforme Tabela 36 da 54!0 pg 101, considera-se condutor carregado
aquele que efetivamente é percorrido pela corrente elétrica no
funcionamento normal do circuito, inclusive o neutro.
Considerando que no primeiro ou segundo trecho deste circuito (que é o mais crítico em
relação ao número de circuitos no mesmo eletroduto), o eletroduto que sai do quadro de
distribuição e vai para o ponto de luz no teto do dormitório 2, temos 3 circuitos passando
no mesmo eletroduto e ainda que, a temperatura ambiente é de 30o C, a corrente de
projeto será (TABELAS 5 e 6 pg.114)
FCT (30OC) = 1,0 FCNC (3) = 0,70 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)
20,45 A
IPROJETO = 1,0 x 0,70 = 29,22 A
115
Instalações Elétricas Residenciais e Prediais - ELE054 Prof. Flaviö Harå 2/2009
Assim como no caso anterior, temos no máximo 3 circuitos carregados no trajeto deste
circuito. Considerando a temperatura ambiente é de 30o C, a corrente de projeto será:
FCT (30OC) = 1,0 FCNC (3) = 0,70 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)
12,60 A
IPROJETO = 1,0 x 0,70 = 18,00 A
A corrente de projeto foi aumentada em quase 43%. Analisando a tabela 7 da pág. 115, para
2 condutores carregados temos fio ou cabo de #2,5 mm2.
Observe que para este caso, quando o circuito sai do quadro de distribuição temos 4 circuitos
carregados no mesmo eletroduto, assim para temperatura de 30o C temos:
FCT (30OC) = 1,0 FCNC (4) = 0,65 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)
3,94 A
IPROJETO = 1,0 x 0,65 = 6,06A
Para este caso a corrente de projeto é cerca de 54% maior que a corrente de circuito.
Analisando a tabela 7 da página 115, para 2 condutores carregados temos fio ou cabo de
#1,5 mm2.
Recomendações:
ETAPA 4.1
Sugestão:
Caso termine esta etapa antes do final da aula, inicie o exercício de CQT, que será corrigido
sem descontar pontos.
116
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ρxd (Equação 2)
R=2x A (Ω)
onde: ρ = resistividade do cobre (Ω mm2 / m);
A = área da seção transversal do condutor (mm2) e
d = comprimento do condutor (m).
117
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200 x S x d (Equação 4)
∆U(%) = ρ x A x U2
Logo:
Sxd= A x U2 x ∆U(%)
(VA*m) (Equação 5)
200 x ρ
Para um condutor de resistividade ρ e área A e para uma queda máxima de tensão do
quadro de distribuição à carga de 2%, podemos então construir a tabela a seguir,
utilizando a equação 5.
TABELA 8
Soma dos produtos Potência(VA) x comprimento(m) = Sd(VAm)
BITOLA Valores para Sd MÁXIMO (VA*m) de 2%
condutor
(mm²) UQUADRO = 127V UQUADRO = 220 V
UMÍNIMA NA CARGA = 124,46 V UMÍNIMA NA CARGA = 215,60 V
# 1,5 14.032 42.108
# 2,5 23.387 70.180
# 4,0 37.419 112.288
# 6,0 56.129 168.432
# 10,0 93.548 280.720
# 16,0 149.677 449.152
# 25,0 233.871 701.800
ρCOBRE = 1 Ω mm2 , de acordo com Equação 5.
58 m
Figura 4.3
118
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Figura 4.4
Figura 4.5
Pela TABELA 8 – pg. 118 de SdMÁX (coluna de 220 V), para este circuito podemos escolher
o condutor de # 1,5 mm2, pois com este condutor a queda de tensão no chuveiro seria de
1,8%, portanto menor que a máxima permitida.
Então pelo critério da queda de tensão encontramos que o condutor deve ser o de
# 1,5 mm2 , porém pelo critério da corrente o condutor encontrado é de # 2,5 mm2 . Logo, o
condutor utilizado neste circuito deve ser o de # 2,5 mm2 pois assim, ele atende aos dois
critérios, o da corrente e o da queda de tensão.
119
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Figura 4.6
A seguir são ilustradas todas as possibilidades para o cálculo dos condutores, sendo que
existem várias possibilidades e deve ser levado em conta aquela que utiliza em seus
cálculos maior potência e maior comprimento.
120
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A saída do QDC
Enxerga / vê
como
Se fosse uma
carga única (total
pela frente)
Esse caminho de
2,70m
Enxerga / vê como
Se fosse uma
carga única (total
pela frente)
121
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Analisando os resultados conclui-se que Sdmax é de 12270 VAm, este valor foi obtido da
equação abaixo:
Consultando a TABELA 8 pg. 118 de SdMÁX (coluna de 127 V) vemos que devemos utilizar o
condutor de # 1,5mm2 pois teremos no ponto crítico uma queda de 1,75%, menor portanto
que a máxima permitida.
Mas como foi calculado anteriormente, pelo critério de corrente, para este circuito
encontramos que o condutor do circuito 3 deve ser o de # 2,5 mm². Assim, para que o
condutor atenda aos dois critérios será utilizado o condutor de # 2,5 mm².
122
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Figura 4.7
Seção mínima do
Tipo de Linha Utilização do circuito condutor em mm2
(cobre)
Instalações fixas Condutores e Circ. de iluminação 1,5
em geral cabos isolados Circ. de força* 2,5
Referente à tabela 47 da página 113 da NBR 5410:2004
*Os Circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força
123
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Se a seção dos condutores de fase for menor ou igual a 25 mm2, deve-se adotar como
seção reduzida do condutor neutro a mesma seção adotada para os condutores fase.
Referente à tabela 48 da página 115 da NBR 5410:2004.
124
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Como pode ser observado, em um sistema aterrado a pessoa em contato com a carcaça
é protegida em um sistema aterrado, enquanto num sistema não aterrado a corrente
circulará através da pessoa.
O aterramento também é deve fornecer um plano de referência estático e sem
perturbações (terra), de tal modo que os equipamentos eletrônicos, computador, possam
funcionar satisfatoriamente tanto em baixas quanto em altas freqüências.
Conforme a norma NBR 5410, toda instalação elétrica predial deve possuir um sistema de
aterramento. O esquema sugerido neste trabalho será o TN-S onde o condutor neutro e o
condutor de proteção (terra) são separados ao longo da instalação e as massas (conjunto
de partes metálicas não destinadas a conduzir corrente, eletricamente interligadas e
isoladas das partes vivas) devem então ser conectadas ao condutor de proteção.
6.4.3.1.4 A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja
contido no mesmo circuito fechado que os condutores de fase não deve ser inferior a:
6.4.3.2.3 Os seguintes elementos metálicos não são admitidos como condutor de proteção:
a) tubulações de água;
b) tubulações de gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis;
f) armadura do concreto (ver nota);
g) estruturas e elementos metálicos da edificação (ver nota).
125
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Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço para ampliações futuras, com base
no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme a tabela
seguinte:
Espaço para ampliações em quadros de distribuição
Quantidade de circuitos Espaço mínimo destinado a
efetivamente disponível reserva (em número de circuitos)
N
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 N
NOTA A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo
do alimentador do respectivo quadro de distribuição
Referente à tabela 59 da página 157 da NBR 5410:2004
ETAPA 4.2
1) Corrigir os erros anteriores se houver;
2) Ler o restante exercício 04 da apostila;
3) Ler as NOTAS;
4) Calcular as quedas de tensão de acordo com o CQT, somente de um circuito de LUZ, um
de TUG e um de TUE. Identificar cada um dos 3 cálculos desta forma qual tipo de circuito e
o número dele: TUE – C?, TUG – C? e LUZ – C? Onde a interrogação é o número do
circuito;
5) Completar na coluna CQT somente os 3 circuitos que foram calculados;
6) Completar toda a coluna de BITOLA em relação ao CCC, somente 3 com CQT (nestes
casos escolher o maior entre as 2 bitolas na coluna BITOLA), nos demais circuitos que não
possuem o cálculo do CQT copiar a coluna CCC para coluna BITOLA tomando cuidado
com as observações pg 123 e 124;
7) Dimensionar o(s) condutor(es) de proteção – terra pg 124 e 125.
126
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Considerando a necessidade de zelar pela segurança das instalações elétricas de baixa tensão, foco de
incêndios e de diversos acidentes residenciais;
Art. 1º Fica mantida, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC, a certificação
compulsória dos disjuntores utilizados nos quadros de entrada, de medição e de distribuição,
residenciais, comumente conhecidos como minidisjuntores, ou execuções mono, bi, tri e tetrapolares
para tensões até 415V (volt), correntes nominais até 63A (ampère) e correntes de curtocircuito até 10kA
(quilo-ampère).
Parágrafo Único – A certificação, de que trata o caput deste artigo, em conformidade com as Normas
Brasileiras NBR 5361 e NBR IEC 60898, será admitida até 31 de dezembro de 2005, derrogando o
parágrafo único do artigo 2º, da Portaria Inmetro nº 35, de 14 de fevereiro de 2005. As certificações,
anteriormente mencionadas, deverão estar de acordo com o Regulamento de Avaliação da
Conformidade para Certificação dos Disjuntores, editado pelo INMETRO.
Art. 4º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria, o prazo de 60 (sessenta) dias para que
sejam apresentadas sugestões e críticas relativas ao Regulamento de Avaliação da Conformidade para
Certificação dos Disjuntores.
Art. 5º Informar que as críticas e sugestões a respeito da proposta deverão ser encaminhadas para o endereço
abaixo:
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro
Diretoria da Qualidade – DQUAL
Divisão de Avaliação da Conformidade – DIPAC
Rua Santa Alexandrina 416
CEP 20261-232 - Rio Comprido - RJ
FAX: (021) 2563.2834 , ou E-mail: dipac@inmetro.gov.br
Art. 6º Declarar que, findo o prazo estipulado no artigo 4º desta Portaria, o Inmetro se articulará com as
entidades representativas do setor, que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem
representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.
Art. 7º Publicar esta Portaria no Diário Oficial da União, quando iniciará a sua vigência.
127
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EXERCÍCIO 5
1) Dimensionar a proteção dos circuitos – os disjuntores NBR NM 60898:2004
2) Dimensionar os eletrodutos – diâmetro dos dutos NBR 6150
As indicações da norma NBR-5410 – 2004 que se aplicam a este exercício estão resumidas
a seguir. (Conforme item 5.3.3.1 da página 62).
Os disjuntores DR são regulamentados pela norma NBR IEC 61009 – 1; e IEC 898
(aplicação residencial).
128
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VALORES PADRONIZADOS PARA AS CORRENTES DE INTERRUPÇÃO:
Onde:
C = curva de suportabilidade
térmica do condutor;
D1 = curva de atuação do
disjuntor.
129
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provocando o seccionamento da alimentação do circuito, sempre que o valor desta corrente
for superior a um valor preestabelecido.
Comercialmente os dispositivos diferenciais são fornecidos em módulos acoplados elétrica e
mecanicamente a disjuntores termomagnéticos, constituindo portanto um único dispositivo.
Desta forma, garante-se em um mesmo dispositivo, a proteção dos condutores contra
sobrecargas e curto-circuitos e a proteção das pessoas contra choques. Em instalações
residenciais em locais molhados, em particular banheiros e piscinas, é obrigatório a
utilização de dispositivos diferenciais.
130
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Figura 2
Calculada a área ocupada pelos condutores em cada eletroduto usando a equação abaixo
pode-se escolher o eletroduto.
25
π .d k2
ÁREA TOTAL OCUPADA PELOS CONDUTORES = ∑
k =1, 5
n
4
[mm2]
onde:
d = diâmetro externo (mm)
k = bitola do condutor no eletroduto (mm2)
n = número de condutores da bitola k
O cálculo acima será PROIBIDO na disciplina, foi apresentado somente para fins de dedução!
TABELA 9
Diâmetro nominal Diâmetro interno Área útil 40% da área útil
(*) (mm) (mm2) (mm2)
20 (mm) ½” 16,4 211,2 84,48
25 (mm) ¾” 21,3 356,3 142,52
32 (mm) 1” 27,5 593,9 237,56
* Estes são os eletrodutos adaptáveis às caixas octogonais usadas em
instalações elétricas residenciais.
Diâmetro externo dos condutores com os resultados dos cálculos da equação acima, ou seja
a área média de cada condutor ocupará:
TABELA 10
CONDUTOR (mm2) 1,5 2,5 4 6 10 16 25
diâmetro externo (mm) 3,0 3,7 4,2 4,6 5,9 6,9 8,5
ΑCADA FIO = Σ π d2 (mm2) 7,07 10,75 13,85 16,62 27,34 37,39 56,75
4
131
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Exemplo:
O eletroduto que liga o quadro de distribuição ao ponto de luz do quarto suíte da planta da
pg 109, teremos o esquema da figura abaixo, supondo-se que os circuito 1 é de bitola
#1,5mm2, o 3 de bitola #2,5mm2, o 7 e o fio terra de bitola #4,0 mm2, poderemos
dimensionar o diâmetro mínimo.
Consultando a TABELA 10, utilizaremos o valor de φ 3,0mm de diâmetro externo para os
condutores de #1,5mm2, φ 3,7mm para os condutores de #2,5mm2 e φ 4,2mm para os
condutores de #4,0mm2. No total temos 7 condutores neste eletroduto: 4 fases, 2 neutros e 1
terra (são 3 circuitos => 6 condutores e o terra).
Assim pelo esquema temos 2 condutores de #1,5 mm2 (circuito 1 fase e neutro), 2
condutores de #2,5 mm2 (circuito 3 fase e neutro) e 3 condutores de #4,0 mm2 (circuito 7
fase e fase mais o terra). Pela TABELA 10 da pg 131, teremos:
Recomendações:
132
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EXERCÍCIO 6
1) DIMENSIONAR O ALIMENTADOR (PELA CARGA INSTALADA OU PELA DEMANDA)
E A PROTEÇÃO GERAL DE SUA INSTALAÇÃO
2) FAZER O DIAGRAMA UNIFILAR GERAL DA INSTALAÇÃO E O EQUILÍBRIO DE
FASES.
1 - Estimativa de demanda
Em instalações alimentadas por mais de uma fase, as cargas devem ser distribuídas entre
as fases de modo a assegurar o melhor equilíbrio possível.
Caso sua instalação tenha um fornecimento tipo D será necessário estimar a demanda.
Uma forma de se calcular esta demanda é sugerida pela Cemig em seu “Manual da
Distribuição para atendimento de consumidores em baixa tensão” que é transcrita abaixo.
Em residências com carga instalada acima de 15kW (considerada elevada para a
concessionária local) sabe-se que nem toda ela é utilizada simultaneamente. Portanto
torna-se necessário o cálculo da carga demandada, que representaria a potência que
realmente seria utilizada simultaneamente.
Define-se por fator de demanda o fator por que deve ser multiplicado a potência instalada
para se obter a potência demandada.
Em residências pequenas (pequena carga) o fator de demanda pode ser considerado
igual a 100%, ou seja, toda a carga instalada é utilizada simultaneamente.
Para o cálculo da demanda:
a) Somamos todas as cargas de iluminação e tomadas de uso geral e multiplicamos pelo
fator de demanda.
TABELA 11
C = ∑ Cargas de iluminação e F.D
TUG’s (LUZ + TUG) (fator de demanda)
(Cargas em kVA) (LUZ + TUG)
∑ Cargas £ 1 0,86
1 < ∑ Cargas £ 2 0,81
2 < ∑ Cargas £ 3 0,76
3 < ∑ Cargas £ 4 0,72
4 < ∑ Cargas £ 5 0,68
5 < ∑ Cargas £ 6 0,64
6 < ∑ Cargas £ 7 0,60
7 < ∑ Cargas £ 8 0,57
8 < ∑ Cargas £ 9 0,54
9 < ∑ Cargas £ 10 0,52
∑ Cargas > 10 0,45
133
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TABELA 12
b) Para as cargas especiais o fator de Número de F.D.
demanda é dado em função do aparelhos (TUE)
número de aparelhos de um mesmo 1 1,00
tipo (independente da potência dos
equipamentos). 2 0,92
3 0,84
4 0,76
5 0,70
TABELA 13
CARGA INSTALADA
FORNECIMENTO
OU No de No de Disjuntor
Carga demandada
fios fases (A)
tipo faixa De (>) Até (£)
A A1 --- 5 kW 2 1 40
A2 5 10 kW 2 1 70
B --- 10 15 kW 3 2 60
D1 ----- 15 kVA 4 3 40
D2 15 23 kVA 4 3 60
D D3 23 27 kVA 4 3 70
D4 27 38 kVA 4 3 100
D5 38 47 kVA 4 3 120
D6 47 57 kVA 4 3 150
134
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4 - Diagrama Unifilar
O diagrama unifilar dos quadros de distribuição e medição é fundamental para a perfeita
compreensão do projeto de uma instalação elétrica.
Uma vez dimensionados as proteções geral e individuais de cada circuito e os condutores
(circuitos e alimentador), podemos traçar o diagrama unifilar da instalação, que será
exemplificado abaixo.
Exemplo:
Dimensione o alimentador e faça o diagrama unifilar de uma instalação sabendo-se que
possui 9 circuitos, com as seguintes tensões e potências:
Da TABELA 11, pg.134 temos que o fator de demanda de iluminação e TUG será 0,57.
Da TABELA 12 – pg. 134 temos que o fator de demanda para aparelhos do mesmo tipo de
uso serão: 0,92 (chuveiros), 1,0 (micro ondas) e 1,0 (torneira elétrica)
PT(TUE)DEMANDADA = [( C1 + C2 ) x 0,92] + ( C3 x 1 ) + ( C9 x 1 ) =
= [(4500+4500) x 0,92] + (1500 x 1) + (3500 x 1) =
= (8280) + (1500 ) + (3500) = 13280 VA
Assim pela TABELA 13 – pg. 167 de Proteção Geral, esta instalação será do tipo D2 com
disjuntor geral de 60 A trifásico.
135
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136
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Figura 6.2
QDC
2
# 4,0 mm
2
# 4,0 mm
2
# 2,5 mm
2
# 2,5 mm
2
# 1,5 mm
2
# 1,5 mm
2
# 2,5 mm
2
# 2,5 mm
2
# 2,5 mm
Figura 6.3
Deve-se dividir as cargas INSTALADAS o mais igualmente possível entre as fases: carga
da fase A, B e C com valores em torno da potência de referencia. Importante é que no final
a DEMANDA média por fase fique bem equilibrada (valores bem próximos).
21400 VA
Pot. Ref. = = 7134 VA por fase
3
C1 C9
FASE A = + C4 + C6 + = 6800 VA
2 2
C1 C2
FASE B = + + C3 + C5 = 7300 VA
2 2
C2 C9
FASE C = + C7 + C8 + = 7300 VA
2 2
137
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5 - Na figura 6.4 tem-se uma vista de uma instalação elétrica, desde o ramal de ligação até os
circuitos terminal.
6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê
equipe permanente de operação, supervisão
e/ou manutenção, composta por pessoal
advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela
18), devem ser entregues acompanhadas
de um manual do usuário, regido em
linguagem acessível a leigos, que
contenha, no mínimo, os seguintes
elementos:
a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com
indicação dos circuitos e respectivas finalidades,
incluindo relação dos pontos alimentados, no caso
de circuitos terminais;
b) potências máximas que podem ser ligadas em cada
circuito terminal efetivamente disponível;
c) potências máximas previstas nos circuitos terminais
deixados como reserva, quando for o caso;
d) recomendação explícita para que não sejam
trocados, por tipos com características diferentes,
os dispositivos de proteção existentes no(s)
quadro(s).
FIGURA 6.4
Recomendações:
1) Corrigir os erros anteriores se houver;
2) Ler o exercício 06;
3) Especificar os cálculos da demanda para dimensionar o disjuntor geral (completar a 2ª.
tabela com o valor dele);
4) Alimentador:
1. CCC: considerar três condutores carregados;
2. CQT: considerar 127 V por fase, na disciplina adotaremos 10,0m comprimento TOTAL
dos condutores que alimentam a casa;
5) Completar o diagrama unifilar:
1. Potência dos circuitos;
2. Disjuntor geral;
3. Disjuntores do QDC;
4. Bitola do alimentador;
5. Bitola de cada circuito;
6. Equilíbrio de fases;
6) Equilíbrio de fases:
1. Diferença máxima do valor entre a maior fase e a menor fase das 3 fases: 10%;
2. 127 V: 01 fase;
3. 220 V: 02 fases.
MFASE mFASE
=1,0 e 1,1 =0,9 e 1,0
mFASE OU MFASE
138
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1) O local do Padrão deve ser livre, de fácil acesso, dentro do lote, não podendo ser
instalado em escadas ou rampas;
5) A altura entre o ponto de entrega e o solo deve ser de no mínimo 5,9 metros
quando o poste da CEMIG estiver do outro lado da rua e de, no mínimo 4,0 metros
quando do mesmo lado do imóvel;
6) O cano poste do padrão não poderá conter emendas. Deverá ficar à vista do piso
ao topo, com furo para inspeção e ter a sua base concretada;
7) Os fios condutores não poderão ter emendas dentro dos eletrodutos, devendo
deslizar livremente dentro dos mesmos e ter comprimento adequado para a
ligação;
9) A conexão do fio terra à haste de aterramento deverá ficar à vista para vistoria e
posterior acabamento;
11) As caixas de medição deverão ser numeradas nas partes internas e externas. Ex.:
cx 01, cx 02, ...;
139
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FIGURA 6.5 – Alturas mínimas do ramal de ligação ao solo (Fig. 1 da ND 5.1 pg 8-1)
FIGURA 6.6 – Situação da Edificação para escolha do Padrão (Fig. 3 da ND 5.1 pg 8-3)
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Luminotécnica
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A DISTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO
Assim como o nível de iluminamento, a distribuição de iluminação deve ser determinada no
projeto da instalação.
Tanto na iluminação geral (aquela que possibilita uma circulação fácil e segura e que define
o espaço) como na iluminação de tarefas (ilumina áreas onde se trabalha) é geralmente
recomendável que se coloquem luminárias de tal maneira que proporcionem uma iluminação
razoavelmente uniforme sobre todo o ambiente. Em certas circunstâncias a iluminação
uniforme pode não ser conveniente, como por exemplo nos casos de iluminação de
destaque (luz que sobressai o que é especial). Na maior parte das salas de festas, por
exemplo, o contraste pela variação na iluminação, ajuda a criar uma atmosfera atrativa.
que a seleção de luminárias, com sua respectiva distribuição luminosa, possa iluminar da
melhor maneira o plano de trabalho.
QUALIDADE DE LUZ
Em um projeto de iluminamento sabe-se que a quantidade de luz não assegura por si só
uma boa iluminação. A qualidade, tão importante quanto a quantidade, é geralmente mais
difícil de se conseguir. Os fatores para se levar em conta a qualidade do iluminamento são
muitos e complexos, mas o ofuscamento, as relações de brilho, a difusão e a cor, podem ser
considerados os mais importantes.
OFUSCAMENTO
O conceito de ofuscamento está intimamente ligado ao brilho. Não depende do brilho
intrinsecamente considerado, mas das diferenças do brilho. Este fenômeno se apresenta
quando no campo visual existem objetos ou fontes iluminadas com grandes diferenças de
brilho. Como é difícil dimensionar matematicamente os distintos elementos do ofuscamento,
tem-se estabelecido certos fatores determinantes:
(i) O brilho excessivo de uma fonte luminosa (por exemplo a visão direta de uma lâmpada
incandescente): O limite tolerável de brilho, para uma visão direta, é o produzido por uma
luminância de 7500 nits. As características de luminância de algumas fontes luminosas
são mostradas na tabela 3;
Tabela 3. Luminâncias de fontes luminosas
Fontes luminosas Luminâncias (nits)
Filamento de lâmpada incandescente 1.000.000.000
Lâmpadade vapor de mercúrio 200 W 1.400.000
Lâmpada fluorescente branca 100 W 7.000
Lâmpada fluorescente branca de 40 W 6.000
Lâmpada de vapor de sódio 85 W 190.000
(iv) Brilho refletido por numa superfície metálica muito polida, ou seja, um brilho produzido
por reflexão especular.
OS EFEITOS QUE O OFUSCAMENTO PRODUZ SÃO OS SEGUINTES:
(i) Diminuição da percepção visual: O observador concentra involuntariamente sua atenção
na direção do objeto brilhante e diminui a percepção no resto do campo visual;
(ii) Fadiga visual com menor rendimento no trabalho ou tarefa encomendada;
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(i) Não colocar objetos brilhantes no campo visual do observador, isto é, as lâmpadas e
demais objetos luminosos com brilho excessivo, devem ficar ocultos aos olhos do
observador;
(ii) Evitar o ofuscamento refletido, ou seja, aquele que é produzido sobre as superfícies
refletoras (espelhos, cristais, superfícies metálicas, etc.). Neste aspecto, deve-se situar as
fontes luminosas de tal modo que os raios refletidos não cheguem aos olhos do
observador, com o objetivo de que a imagem refletida fique fora do campo visual. O
ofuscamento refletido pode ser tão incômodo e prejudicial como o direto;
(iii) Usar cores claras nos tetos e paredes para reduzir o contraste.
RELAÇÕES DE BRILHO
Brilhos altos nas proximidades da superfície de trabalho tendem a distrair o olhar da tarefa, o
que deve ser evitado. Estudos do processo visual, tem demonstrado que a situação ideal
para uma boa visão seria ter brilho igual nas proximidades e no alvo de trabalho. Esta
condição não é fácil de se conseguir. As relações máximas de luminância no campo visual
do observador não devem ultrapassar aquelas mostradas na tabela 4.
Tabela 4. Relações máximas de luminância no campo visual
Local Relações de brilho
Entre a tarefa e a superfície de trabalho 3:1
Entre a tarefa e o espaço circundante 10:1
Entre a fonte luminosa e o fundo 20:1
Em todo o campo visual 40:1
O fator de reflexão das paredes e teto é altamente importante para manter relações de brilho
cômodas dentro do campo de visão. Apesar de condições especiais requererem muitas
exceções à regra geral, os fatores de reflexão dados na tabela 5 são, de uma maneira geral,
os mais satisfatórios, para níveis médios de iluminamento. Refletâncias fora destes limites
reduzirão provavelmente o conforto visual com a criação de ofuscamento ou de altos
contrastes de brilho.
Na tabela 8 verifica-se que em cada cor o fator de reflexão pode variar de maneira acentuada e
que, com exceção do branco, as demais cores não se destacam nitidamente umas das outras.
Não existe portanto um fator de reflexão característico para cada tipo de cor.
DIFUSÃO
A iluminação que resulta da luz procedente de várias direções se chama difusa. A difusão se
realiza com várias de fontes de luz, com luminárias de grande superfície e baixo brilho, com
iluminação indireta ou parcialmente indireta no qual o teto e paredes se convertem em fontes
secundárias, devendo o acabamento das paredes, tetos, pisos e móveis, ser de cores claras. As
luminárias fluorescentes proporcionam geralmente mais iluminação difusa que as
incandescentes. O grau da difusão desejável depende do trabalho a ser realizado. Em escolas, a
luz perfeitamente difusa é o ideal, pois o principal requisito a ser cumprido é proporcionar uma
boa visão. A difusão é uma função do número e tamanho das fontes de luz que contribuem na
iluminação do ponto desejado. O que se deseja é evitar as sombras acentuadas. Entretanto,
para que os objetos presentes no campo visual dêem uma sensação tridimensional, é
necessário a existência de sombras, ou seja, regiões de menor iluminação. Isto equivale a dizer
que as variações na forma dos objetos se faz visível pelo contraste de brilhos existentes entre as
regiões de sombra e as regiões submetidas à luz refletida.
COR
A cor da luz não tem efeito sobre a eficácia visual em tarefas comuns. Para a realização de
qualquer tarefa visual, nenhuma fonte de luz tem vantagem sobre outras do ponto de vista de
cor. A cor de uma fonte pode ser importante na qualidade da iluminação para tarefas
específicas.
Quando desejamos uma correta reprodução de cores, devemos utilizar fontes de luz de elevado
índice de reprodução de cores. Este índice é um número abstrato, variando de 0 a 100, que
indica aproximadamente como o rendimento de cor de uma lâmpada se aproxima do de uma
fonte ideal. A tabela 9 indica índices de reprodução de cores de alguns tipos de lâmpadas e a
tabela 10 qual a reprodução de cores desejada para algumas tarefas.
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SISTEMAS DE ILUMINAMENTO
A iluminação de uma boa qualidade e adequada quantidade, pode ser obtida com qualquer dos
vários sistemas de iluminamento. Estes sistemas são classificados de acordo com sua
distribuição luminosa vertical, de acordo com a tabela 11. A seleção do melhor tipo de luminária
depende das características físicas da instalação, do tipo de tarefa a ser realizada e das
condições de manutenção que se devam conseguir.
Tabela 11. Distribuição luminosa vertical dos diversos tipos de sistemas de iluminamento
Sistema de Iluminamento Componente para Componente para
cima(%) baixo(%)
Indireto 90 - 100 0 - 10
Semi-indireto 60 - 90 10 - 40
Geral difuso/direto-indireto 40 - 60 40 - 60
Semidireto 10 - 40 60 - 90
Direto 0 - 10 90 - 100
INDIRETO
Praticamente toda a luz efetiva no plano de trabalho é refletida do teto e em menor medida das
paredes, obtendo-se assim uma iluminação difusa. Como os tetos têm um papel decisivo na
reflexão da luz, é importante que sejam tão claros quanto possível e que sejam mantidos em
boas condições.
Este tipo de sistema de iluminamento não é, portanto, tão eficaz como alguns dos outros, do
ponto de vista puramente quantitativo, mas a distribuição da luz produzida, a ausência de
sombras e de brilho o fazem frequentemente o mais recomendado para escolas, oficinas e
outras aplicações similares.
SEMI-INDIRETO
Possui todas as vantagens do indireto porém é ligeiramente mais eficaz do ponto de vista
quantitativo.
GERAL DIFUSO OU DIRETO-INDIRETO
O iluminamento existente no plano de trabalho vem diretamente da luminária. Existe também um
componente indireto vindo das paredes dando também um caráter difuso à iluminação. Neste
caso a cor e o estado das paredes influenciam na reflexão da luz.
SEMIDIRETO
O iluminamento que este sistema proporciona no plano de trabalho é, fundamentalmente,
resultado da luz que vem diretamente da luminária. A porção de luz dirigida para o teto é
pequena, e apenas torna mais brilhante a área do teto ao redor da luminária, melhorando o
contraste de brilhos.
DIRETO
Do ponto de vista quantitativo é o mais eficaz produtor de luz, já que não existe absorção de luz
pelo teto e muito pouca pelas paredes. São recomendados para locais muito altos ou quando se
deseja iluminar uma área relativamente estreita.
MÉTODOS DE ILUMINAÇÃO
A iluminação produzida por cada um dos cinco sistemas de iluminamento pode ser ainda
classificada com relação à distribuição de luz no plano de trabalho em: geral, geral localizada e
suplementar.
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GERAL
Uma distribuição luminosa uniforme em um ambiente é obtida mediante a colocação simétrica
das luminárias. As dimensões da instalação, a distribuição luminosa característica das
luminárias utilizadas (fornecida pelo fabricante) e o nível de iluminamento desejado são fatores
que determinam o projeto.
Calcula-se o fluxo luminoso necessário para se produzir a luz desejada e em seguida determina-
se o tipo de lâmpada e o número delas por luminária para a geometria da instalação. A distância
exata entre as luminárias é determinada pela divisão do comprimento da instalação pelo número
de luminárias na fila, permitindo-se a metade da distância entre a parede e a primeira luminária.
A relação entre a separação e a altura de montagem deve estar dentro de limites estabelecidos
pelas características de distribuição luminosa das luminárias. Quanto mais aberta for esta
distribuição, maior poderá ser a distância entre elas. Por esta razão as luminárias indiretas
podem ser montadas mais separadas do que as diretas.
GERAL LOCALIZADO
Neste tipo de iluminamento colocam-se luminárias aonde se necessitam altas intensidades de
luz, ou seja, concentra-se a maior parte da luz sobre uma área restrita, debaixo da luminária. As
luminárias direta, semidireta e direta-indireta são as utilizadas para esta finalidade.
SUPLEMENTAR
Proporciona uma intensidade relativamente alta em pontos específicos de trabalho, mediante
uma combinação com a iluminação geral ou localizada. É frequentemente necessária quando se
trata de tarefas visuais especiais, ou quando não se pode prever uma maior intensidade por
nenhum outro método ou ainda quando se requer luz de qualidade dirigida para certas
operações de inspeção.
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DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO (FU)
O coeficiente de utilização relaciona o fluxo luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo total) e
o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil), que geralmente é um plano horizontal a 76 cm
do solo. Depende portanto das dimensões do local, da cor do teto, das paredes e do
acabamento das luminárias.
Em geral quanto mais alta e estreita for a instalação, maior será a porcentagem de luz absorvida
pelas paredes e mais baixo será o coeficiente de utilização. Cada instalação se classifica em
relação à sua forma, em dez grupos, cada um identificado por uma letra conhecida por “índice
do local (IL)”. Resultados de índices do local são normalmente apresentados na literatura
pertinente, em tabelas, como a seguir:
O coeficiente de utilização pode então ser determinado em função do índice do local e pelas
refletâncias dos teto e paredes da instalação (anexo 2).
ESTIMATIVA DO FATOR DE DEPRECIAÇÃO / CONSERVAÇÃO (FC)
É importante no projeto de iluminamento se considerar o fator de conservação pois existem três
elementos de conservação que são variáveis e que afetam a quantidade de luz obtida na
instalação, que são:
• perda na emissão luminosa da lâmpada
Número de E.S
=
Lâmpadas ϕ. FU. FC
onde:
E= nível de iluminamento em lux S= área da instalação em m2
ϕ=lumens por lâmpada
FU= fator de utilização FC= fator de conservação
Numero de Lampadas
Número de Luminárias = Lampadas por Luminarias
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EXERCÍCIO PROPOSTO:
Suponha que você vai montar um escritório de engenharia (E=300lux). Sabendo-
se que a área da sala é de 142,5m2 (9,5 x 15,0m) e que o pé direito é de 3,0m,
faça o projeto de iluminação, dentro dos padrões de qualidade. Utilize o método
dos lumens para determinar a carga de iluminação deste escritório. Neste método,
como visto anteriormente não leva em conta a incidência da luz natural. Os outros
dados serão fornecidos em sala de aula.
1.Lâmpadas Incandescentes Para Iluminação Geral
Watts Lumens
127 V 220 V
60 810 726
100 1500 1385
150 2385 2250
200 3420 3200
300 5580 4920
500 9700 8800
O fator de reflexão dos tetos e paredes é:
1) teto branco → 75%
2) teto claro → 50%
3) paredes brancas → 50%
4) paredes claras → 30%
5) paredes médias → 10
de Descarga Fluorescentes todas em 127 V
Tipo Watts Bulbo Lumens
Luz do Branca Fria Branca Morna Croma 50
Dia
15 (60cm) T-8 750 870 - -
Convencional T-12 650 650 - -
30 (120cm) T-8 1900 2250 - -
Universal 20 (60cm) 1000 1150 1150 850
40 (120cm) T-12 2550 3000 3000 2150
H.O. 85 (250cm) 5600 6650 - -
110 (350cm) 7800 9200 - -
Medida final da luminária em cm
Sistema de Iluminação:
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EXEMPLOS:
SE UM DUTO VEM PELA PAREDE DO (1-QS) PARA ALIMENTAR UMA TOMADA NA (9-SE),
ESTE DUTO SERÁ DIMENSIONADO NO (1-QS).
SE UM DUTO VEM PELO TETO DO (4-CC) PARA ALIMENTAR O PONTO DE LUZ DA (12-
GR), ESTE DUTO SERÁ DIMENSIONADO NO (4-CC).
2) NAS PLANIHAS DE No.1 A No.14, NAS COLUNAS "QUANTIDADE", NÃO COLOCAR NADA
NA COLUNA "CORREÇÃO"
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PLANILHA TOTAL (1ª. DO Excel DA ESQUERDA PARA À DIREITA, AS DEMAIS SÃO
NUMERADAS)
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CONEXÕES QTD
CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 20 mm (1/2") CURVA 6 R$ -
CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 25 mm (3/4") CURVA - R$ -
CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 32 mm (1") CURVA - R$ -
LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 20 mm (1/2") LUVA 16 R$ -
LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 25 mm (3/4") LUVA - R$ -
LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 32 mm (1") LUVA - R$ -
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R$
MATERIAL UNIDADE QTD R$ UNID. TOTAL
I N T E R R U P T O R (NBR - 6527)
CAIXA RETANGULAR (5x10) CAIXA 1 R$ 1,51 R$ -
CAIXA QUADRADA (10x10) CAIXA 1 R$ 2,53 R$ -
SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 3,60 R$ -
DUPLO SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 6,29 R$ -
TRIPLO SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 11,05 R$ -
PARALELO (3 WAY) (250V-10A) INTER 2 R$ 5,14 R$ -
INTERMEDIARIO (4 WAY) (250V-10A) INTERR - R$ 14,72 R$ -
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T O M A D A (NBR - 14136)
CAIXA RETANGULAR (5x10) CAIXA 4 R$ 1,51 R$ -
CAIXA QUADRADA (10x10) CAIXA - R$ 2,53 R$ -
2P+T 250V / 10A TOMADA 5 R$ 7,63 R$ -
2P+T 250V / 20A TOMADA - R$ 7,63 R$ -
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