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C.G. JUNG - SEU MITO EM NOSSA EPOCA
Autor: FRANZ, MARIE LOUISE VON
Editora: CULTRIX
Assunto: BIOGRAFIAS, DIARIOS, MEMORIAS & CORRESPONDENCIAS
ISBN : 8531600367
ISBN-13: 9788531600364
Livro em português
Brochura
1ª Edição
Tradução: Adail Ubirajara Sobral
EDITORA CULTRIX
SÃO PAULO
Título do original: "C. G. Jung — His myth in
our time"
Copyright © 1975 C. G. Jung Foundation for Analytical
Psychology, Inc.
1
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source
com a intenção de facilitar o acesso ao conhecimento a quem não pode pagar e
também proporcionar aos Deficientes Visuais a oportunidade de conhecerem novas
obras.
Se quiser outros títulos nos procure
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nosso grupo.
Notas
1. Especialmente Time Magazine, 8 de abril de 1966.
Nesse sentido, cf. William Braden, The Age of Aquários,
pp. 263 ss. (Devo a Fowler McCormick o ter me alertado
para esse livro.) Em vez do tema "Deus esta morto",
certos teólogos (Ernst Block, Jürgen Moltmann,
Theologie der Hoffhung) proclamaram recentemente
um "Deus de esperança". O movimento "Deus está
morto" teve como origem T. J. Altizer (The gospel of
christian atheism). Altizer usou como apoio os escritos
de Mircea Eliade, ignorando a obra de Jung, embora
deva tê-la conhecido.
2. Memories, pp. 24. [Na edição do Círculo do Livro,
p. 28. (N. do E.)]
3. No sentido de cuidadosa atenção para com um
valor dominante ou "supremo" e de respeito por ele.
4. Cf. "Psychology and religion" (As Palestras Terry
de 1937), CW 11, SS 142ss.
5. Ibidem, § 149.
6. Ibidem, § 144.
7. Ibidem, § 149.
8. Ibidem.
9. Cf. os seminários sobre sonhos de crianças,
ministrados no Instituto Federal de Tecnologia (ETH), em
Zurique, 1936/37, 1938/39 e 1939/40.
10. Memories, pp. 11-12/25-26. [Na edição do Círculo
do Livro, pp. 29-30. (N. do E.)]
11. Ibidem, pp. 12/26. [(Na edição do Círculo do
Livro, p. 30. (N. do E.)]
12. Ibidem, pp. 12-14/26-28. [Na edição do Círculo
do Livro, pp. 30-31. (N. do E.)]
13. Ibidem, pp. 15/28. [Na edição do Círculo do Livro,
p. 32. (N. do E.)]
14. No momento em que a mulher de um de seus
colegas estava cometendo suicídio — uma mulher a
quem ele só vira umas poucas vezes —, ele desmaiou,
enquanto o marido, que por acaso estava em
companhia de Jung, nada percebeu. Cf., por exemplo,
uma experiência relatada em Memories, pp. 137s/136s.
[Na edição do Círculo do Livro, p. 132. (N. do E.)]
15. Quanto à relação entre as idéias de Jung e de
Pestalozzi, cf. P. Seidmann, Der Weg der
Tiefenpsychologie in geistesgeschichtlicher
Perspektive, pp. 119ss., e Jung, The practice of
psychotherapy, CW 16, S 539.
16. Wege zum Menschen. Cf. também G. Wehr, p.
144.
17. A. I. Allenby, "A tribute to C. G. Jung", Contact
with Jung, pp. 67s. Veja-se também J. -L. Bruneton,
Jung, l'homme, sa vie, son caractere.
18. Heinnch Zimmer e Richard Wilhelm; sobre este
último, veja-se Memories, apêndice IV. [Na edição do
Círculo do Livro, pp. 339-43. (N. do E.)]
19. Veja-se Emma Jung e Marie-Louise von Franz,
The Grail legend [A lenda do Graal, Editora Cultrix, 1989
(N. do T.)] e Emma Jung, Animus e anima.
20. Veja-se Studies in jungian psychology.
21. Vejam-se The way of all women, Woman's
mysteries, Psychic energy, Journey into self, The "I" and
the "not-I" e The parental image.
22. Veja-se Human relationships e Jung's
contribution to our time.
23. Vejam-se Striving towards wholeness, "The
Beyond", Quadrant, 3, e C G. Jung: a biographical
memoir
24. Veja-se Satan in the Old Testament.. No
momento, ela prepara para publicação um estudo da
épica de Gilgamesh.
25. Vejam-se The inner world of man, The inner
world of childhood e The inner world of choice.
26. Veja-se The dream of Poliphilo. Sua interpretação
psicológica dos afrescos da Vila dos Mistérios, em
Pompéia, ainda está por ser publicada.
27. Veja-se Die Anima als Schicksalsproblem des
Mannes.
28. Vejam-se Apparitions and precognition, The Myth
of meaning in the work of C. G. Jung [O mito do
significado na obra de C G. Jung, Editora Cultrix, 1989.
(N. do T.)] e From the life and work of C. G. Jung. [Veja-
se, da Cultrix, 1988, Ensaios sobre a psicologia de C G.
Jung. Veja-se também, Jung e Jaffé, Memórias, sonhos
reflexões. (N. do T.)]
29. Veja-se The psychology of C. G. Jung e The way
of individuation.
30. Para introdução à obra de Jung, vejam-se
também Frieda Fordham, An introduction to Jung's
psychology e Nise da Silveira, Jung, vida e obra.
31. Memories, pp. 189/181-82. [Na edição do Círculo
do Livro, p. 175. (N. do E.)]
32. Ibidem, pp. 356-58. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 320-22. (N. do E.)]
33. Cf. C. A. Meier, Ancient incubation and modem
psychotherapy, passim.
34. Era também chamado por eles de "o Homem do
Livro", porque conhecia o Alcorão. Cf. Charles
Baudouin, Jung, homme concrêt, p. 347.
35. Sobre as tentativas de pacificação de Jung, veja-
se adiante. As outras atividades são bem conhecidas.
Deve-se, contudo, acrescentar um adendo: Jung era um
cozinheiro de primeiríssima classe, que dedicava-se a
culinária durante horas com verdadeira devoção. Na
verdade, parte da condição para ser um bom cozinheiro
é ser um bom gourmet. Ele adorava deixar os
convidados adivinharem os ingredientes da sopa ou do
molho; lembro-me de um Boeuf Braisé à la Marseillaise
acompanhado de um molho com dezesseis
ingredientes!
36. Isto é, "tradutor", "intérprete".
37. Cf. Hans Leisegang, Die Gnosis, pp. 122ss.
(Tradução para o inglês a partir da versão alemã de
Hipólito, Elenchos, vol. 2. Pode-se comparar com uma
versão inglesa anterior, de J. H. MacMahon, in Hipólito,
the refutation of ali heresies.)
38. Memories, pp. 211/201 [Na edição do Círculo do
Livro, p. 202. (N. do E.)]
39. Ibidem, pp. 359/330. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 322. (N. do E.)]
40. Ibidem, pp. 90/95. [Na edição do Círculo do Livro,
pp. 93-94. (N. do E.)]
41. Jung entende por "compensação" a função de
complementação e de equilíbrio da consciência pelo
inconsciente. O alvo do processo de equilíbrio é a
totalidade psíquica. Para Jung, trata-se de uma
expressão da capacidade de auto-regulação da psique.
42. Memories, pp. 72/79. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 78. (N. do E.)]
43. Jung entende por "introvertido" o tipo de pessoa
que costuma, por temperamento, dar mais peso ao
objeto interior do que ao exterior.
44. Memories, pp. 21/34. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 37. (N. do E.)]
45. Ibidem, pp. 23/35. [Na edição do Círculo do Livro,
p. 38. (N. do E.)]
46. Ibidem, pp. 22/35. [Na edição do Círculo do Livro,
p. 37. (N. do E.)]
47. Memories, pp. 11/25. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 29. (N. do E.)]
48. Em Memories, pp. 23/36. [Na edição do Círculo
do Livro, p. 39. (N. do E.)] Jung escreve: "O boneco era,
em última análise, um kabir, envolto em seu pequeno
manto, escondido na kista, provido de um suprimento
de força vital [...]. Mas essas relações apenas se
tornaram mais claras para mim muito mais tarde. Na
minha infância as coisas ocorreram tal como pude
observar depois entre os indígenas da África; eles agem
primeiro e não sabem absolutamente o que estão
fazendo".
49. Cf. Psychology and alchemy, CW 12, capítulo V
(§J 447ss).
50. "The spirit Mercurius", CW 13, §S 296ss.
51. Ibidem, § 284.
52. Para maiores detalhes, cf. Helmuth Jacobsohn,
Das Gegensatzproblem im altägyptichen Mythos (1955),
pp. 171ss.
53. Memories, pp. 85/90-91. [Na edição do Círculo do
Livro, pp. 88-89. (N. do E.)]
54. Cf. Jung, "Paracelsus as a spiritual phenomenon",
CW 13, §§ 148ss.
55. Cf. Jung, "On nature of the psyche", CW 8, § 393.
56. De occulta philosophia (1533), p. lxviii; citado em
CW 8, § 393. Descartes também acreditava nessa luz
natural. Cf. Marie-Louise von Franz, "The dream of
Descartes", Timeless documents of the soul, pp. 55ss.
57. Citado in CW 8, § 391.
58. Ibidem (grifos meus). Para maiores detalhes,
veja-se CW 13, §§ 148ss.
59. Albert Oeri, "Some youthful memories of C. G.
Jung", Spring, 1970, pp. 182ss.
60. Memories, p. 60/68. [Na edição do Círculo do
Livro, p. 68. (N. do E.)]
61. Cf. R. D. Gray, Goethe, the alchemist,um estudo
superficial.
62. Rolf Chr. Zimmerman, Das Weltbild des jungen
Goethe.
63. Cf. ibidem, pp. 172ss.
64. Cf. ibidem, p. 105.
65. Cf. ibidem, pp. 144ss.
66. Cf. ibidem, p. 195.
67. Cf., em especial, o capítulo "Christliche Hermetik
und die Nichtchristlichkeit von Goethes 'Privat-religion'
", in Zimmerman, pp. 210ss.
68. Sobre a alegada descendência de Jung de
Goethe, cf. Memories, p. 234. [Na edição do Círculo do
Livro, pp. 217-18. (N. do E.)]
69. Zimmerman também merece crédito por ter
mostrado a continuidade genérica da vida das idéias
alquímicas no século XVIII, tanto em paralelo como em
conjunto com os primórdios contemporâneos do
racionalismo científico. Esse foi um século com o qual
Jung se sentiu a tal ponto relacionado em sua juventude
que, com freqüência, chegava a imaginar que vivia
nele.
Capítulo II
O farol na tempestade
Somente na meia-idade, quando "Zaratustra o
preteriu", Nietzsche aprendeu que "o Um se faz dois".
Jung, por outro lado, teve essa experiência bem cedo
na vida: tornou-se cônscio de uma segunda presença
psíquica viva, essa a que hoje damos o nome de
"inconsciente" e que lhe pareceu uma segunda
personalidade dentro de si mesmo. Em seu Memórias,
sonhos e reflexões ele descreve, como já dissemos, os
dois pólos da sua existência como "nº. 1" e "nº. 2". O
primeiro era o seu próprio ego humano, mas este
último era o inconsciente ativado e, por isso,
perceptível. Jung escreve:
"Em alguma parte profunda de mim sempre soube
que era duas pessoas. Uma era o filho dos meus pais,
que ia à escola e era menos inteligente, menos atento,
menos esforçado, menos decente e menos limpo do
que muitos outros garotos. A outra era um adulto — na
verdade, um velho —, cético, desconfiado, distante do
mundo dos homens, mas próximo da natureza, da terra,
do sol, da lua, do clima, de todas as criaturas vivas e,
sobretudo, próximo da noite, dos sonhos e de tudo
aquilo que 'Deus' operava diretamente nele. Aqui
coloco 'Deus' entre aspas. Porque a natureza, assim
como eu, parecia ter sido posta de lado por Deus como
não-divina, embora criada por Ele como expressão de Si
Mesmo. Nada me poderia convencer de que 'à imagem
de Deus' só se aplicava ao homem. Com efeito, parecia-
me que as altas montanhas, os rios, os lagos, as
árvores, as flores e os animais exemplificavam muito
melhor a essência de Deus do que o homem [...]" ¹.
O mundo do nº. 2 era "outro reino... em que todos os
que entravam eram transformados e subitamente
tomados por uma visão de todo o cosmos, podendo
apenas maravilhar-se e admirar, esquecidos de si. Aqui
vivia o 'Outro', que conhecia Deus como um segredo
oculto, pessoal e, ao mesmo tempo, suprapessoal. Aqui,
nada separava o homem de Deus; na realidade, era
como se a mente humana olhasse de cima para a
Criação juntamente com Deus"2. Em seus anos
escolares, Jung ainda não era capaz de distinguir com
clareza entre as duas personalidades e, por vezes,
reivindicava a do nº. 2 como sua. Mas "havia sempre,
no fundo, a sensação de que algo distinto de mim
estava envolvido. Era como se um sopro do imenso
mundo das estrelas e do espaço infinito me tivesse
tocado ou como se um espírito tivesse entrado
invisivelmente no quarto — o espírito de alguém que
morrera há muito tempo mas que ainda assim estava
perpetuamente presente na intemporalidade,
penetrando sobremaneira o futuro" .3
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