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21/02/2010

CAPITULO RESISTÊNCIA DOS


MATERIAIS
11 Notas de Aula:
Prof. Gilfran Milfont Colunas
As anotações, ábacos, tabelas, fotos e
gráficos contidas neste texto, foram
retiradas dos seguintes livros:
-RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS-
Beer, Johnston, DeWolf- Ed. McGraw
Hill-4ª edição-2006
- RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS-R.
C. Hibbeler-Ed. PEARSON -5ª edição-
2004
-MECÂNICA DOS MATERIAIS-James
M. Gere-Ed. THOMSON -5ª edição-2003
-MECÂNICA DOS MATERIAIS- Ansel
C. Ugural-Ed. LTC-1ª edição-2009
-MECÂNICA DOS MATERIAIS- Riley,
Sturges, Morris-Ed. LTC-5ª edição-2003

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT


Estabilidade das Estruturas
• No projeto de colunas, a área da seção
transversal era determinada, visando a sua
Resistência e Rigidez, tal que:
- a tensão admissivel não fosse excedida
s  P  s adm
A

- A deformação estivesse dentro das


especificações
PL
   spec
AE

• Agora estaremos preocupados também com a sua estabilidade, isto é,


que a coluna não venha a flambar sob a ação do carregamento a que
será submetida.

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Estabilidade das Estruturas

• Considere o modelo com duas barras e uma mola


de torção. Após uma pequena perturbação,
K (2Dq )  Momento da mola
L L
P senDq  P Dq  Momento da carga
2 2

Como: sen∆θ = ∆θ

• A coluna é estável (tende a retornar para


posição vertical) enquanto:
P Dq  K (2Dq )  P  Pcr 
L 4K
2 L

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Estabilidade das Estruturas
• Se a carga P é aumentada. Após a
perturbação, o sistema assume uma nova
configuração e o ângulo passa de D q para q

senq  K (2q )
L
P
2
PL P q
 
4K Pcr senq
• Note que sinq < q , e a configuração
assumida só é possível se P > Pcr.

O valor de θ é encontrado por


tentativas.

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Fórmula de Euler Para Colunas Bi-Articuladas
• Uma coluna pode ser considerada como
uma viga colocada na vertical. Após
uma perturbação o sistema encontra
uma posição de equilíbrio, tal que:
d2y M P
2
  y
dx EI EI

d2y P
 y0
dx 2 EI
Eq. Dif. de
2ª ordem.

Cuja solução geral é:

Condições de Contorno:
x=0 => y=0 => B=0
x=L => y=0 => Asen(pL)=0 => sen(pL)=0 => pL= nπ

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Fórmula de Euler Para Colunas Bi-Articuladas
• As configurações assumidas em
função de n, são mostradas ao
lado. Como: P1 < P2 < P3, a
coluna irá flambar com P1, ou
seja n=1. Então:

 2 EI
Pcr  2
L
P  2 E (Ar 2 )  2 E
s cr  cr  
A L2 A (L r )2
L/r= λ = indice de esbeltez

Equação da linha elástica


na flambagem.

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Fórmula de Euler Para Colunas Bi-Articuladas

• Ensaio de um aço com E=200GPa e


tensão de escoamento de 250MPa.
 2 EI
Pcr 
L2
P
s cr  cr
A

s cr 
(
 2 E Ar 2 )
L2 A
 E2
  tensão crítica
(L r )2
L
 índice de esbeltez
r
λ = índice de esbeltez

• A análise feita aqui é limitada a


cargas centradas.

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Fórmula de Euler Para Outras Condições de Extremidades

• Uma coluna com uma extremidade


engastada e a outra livre, terá o mesmo
comportamento quanto à flambagem que
uma coluna bi-articulada de comprimento
duas vezes o comprimento desta.
• A carga crítica é calculada pela fórmula de
Euler, substituindo L por Le
 2 EI
Pcr 
L2e

 2E
s cr 
(Le r )2
Le  2 L  equivalent
comprimentolength
equivalente
λe = Le/r índice de esbeltez
equivalente.

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Comprimentos Equivalentes

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Exemplo 10.1
Uma coluna de aluminio de comprimento L e
seção retangular tem a sua extremidade B
engastada e suporta uma carga centrada P na
extremidade A. Dois suportes de guia restrigem
o movimento da extremidade A em um dos
planos de simetria vertical, mas permite o
movimento no outro plano.

a) Determine a relação a/b dos dois lados da


seção transversal, correspondente ao mais
eficiente projeto contra a flambagem.
L = 500mm. b) Determine a seção transversal mais
eficiente para coluna, baseado nos dados
E = 70 GPa
fornecidos.
P = 22 KN
CS = 2.5

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Exemplo 10.1
SOLUÇÃO:
O projeto mais eficiente ocorre quando a
resistência à flambagem é igual em ambos os
planos de simetria. Isto ocorre quando os índices
de esbeltez são iguais, em relação aos dois planos.
• Flambagem no plano xy
: 1 ba 3
I a2 a
rz2  z  12  rz 
A ab 12 12
Le, z 0.7 L
 • Projeto mais eficiente:
rz a 12 Le, y
Le, z

• Flambagem no plano xz : rz ry
1 ab3
I y 12 b2 b 0. 7 L 2L
ry2    ry  
A ab 12 12 a 12 b / 12
Le, y 2L a 0. 7 a
   0.35
ry b / 12 b 2 b
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Exemplo 10.1
• Projeto:
Le 2L 2(0,5) 3,464
  
ry b 12 b 12 b
Pcr  (CS )P  (2,5)(22 )  55 kN
Pcr 55  103
s cr  
A (0.35b )b
 2E  2 (70 109 )
s cr  
(Le r )2 (12 b )2
L = 500mm. 55  103  2 70 109

( )
E = 70 GPa (0.35b )b (12 b )2
P = 22 KN
CS = 2.5 b  40,7mm.
a/b = 0.35 a  0.35b  14,2mm.

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Carga Excêntrica; Formula da Secante
• Uma carga excêntrica é equivalente a uma
carga centrada e um momento.
• Flexão ocorre quando existe excentricidade.
Questões de flambagem devem levar em
conta também o efeito da flexão.

Eq. Diferencial da L. E.

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Carga Excêntrica; Formula da Secante
• A solução geral da equação diferencial da L. E. é:

Condições de Contorno: • A deflexão tende a infinito quando: P = Pcr


x=0 => y(0)=0
d 2 y  Py  Pe
x=L => y(L)=0 
dx 2 EI
x=L/2 => y(L/2)=ymáx
  P  
ymax  e sec   1

• Tensão máxima:   2 Pcr  
P  ( ymax  e )c 
s max  1
A  r2 

A tensão não varia linearmente com a
P  ec 1 P Le 
 1  sec   carga. Portanto, deve se determinar a
A  r 2 2 EA r 
resultante, antes da aplicação das
P  ec  P  equações, assim como o C.S. deve ser
1  2 sec 
 aplicada à carga e não à tensão.
A  r 2 Pcr 
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Carga Excêntrica; Formula da Secante

P  ec  1 P Le 
s max  s Y  1  sec 
A  r 2  2 EA r 

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Exemplo 10.2
Uma coluna uniforme de 2,4m de comprimento
é feita de tubo estrutural com a seção transversal
mostrada na figura.

a) Usando a fórmula de Euler e um coeficiente


de segurança de dois, determine a carga
centrada admissível e a correspondente
tensão normal.
b) Supondo que a carga admissível encontrada
no item a, é aplicada com uma
excentricidade de 19mm do eixo axial da
coluna, determine a deflexão horizontal no
topo da coluna e a tensão normal máxima
na mesma. Dados: E=200 Gpa;
A=2284mm2 ; I=3,3x106mm4; r=38mm e
c=50mm.

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Exemplo 10.2
SOLUÇÃO:
• a) Carga centrada admissível:
- Comprimento efetivo,
Le  2(2,4)  4,8m  4800mm.

- Carga crítica,
 2 EI  2 (200 109 )(3,3 10-6 )
Pcr  
L2e (4,8)2
 282,7 KN

- Carga admissível,

Padm 
Pcr

282,7 Padm  141,36 KN
CS 2
P
s  adm 
141,36
s  61,9MPa
A 2284  10-6
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Exemplo 10.2
• b) Carga Excêntrica:
- Deflexão no topo,
  P  
ym  e sec
2
  1


  Pcr  

    
 (19 )sec   1
 2 2 
ym  23,79mm.

- Tensão normal máxima,


P  ec   P 

sm  1  sec 
A  r 2 2 Pcr 
141,36 103  (19)(50 )   
 1  sec 
2284 10 6  (38)2  2 2 
s m  153,6MPa

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Projeto de Colunas Sob Carga Centrada
• A análise anterior assumiu que as
tensões estavam abaixo do Limite de
Proporcionalidade do material e que
a coluna era de material homogêneo
de eixo inicialmente reto.
• Dados experimentais demonstram:
- para valores altos de Le/r, scr
segue a fórmula de Euler e
depende de E mas não de sY.

- para valores pequenos de


Le/r, scr é determinada pela
tensão de escoamento sY e
não por E.
- para valores intermediários
de Le/r, scr depende ao
mesmo tempo de sY e E.

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Projeto de Colunas Sob Carga Centrada
• Para Le/r ≥ Cc
Aço Estrutural (AISC)
American Inst. of Steel Construction  2E s cr
s cr  s admc 
(Le / r )2 CS
CS  1.92

• Para Le/r < Cc


 (L / r )2  s cr
s cr  s Y 1  e 2  s adm 
 2Cc  FS
3
5 3 L /r 1 L /r 
CS   e   e 
3 8 Cc 8  Cc 

• Em Le/r = Cc
2 2 E
s cr  12 s Y Cc2 
sY

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Projeto de Colunas Sob Carga Centrada
• Liga 6061-T6
Aluminio Le/r < 66:
Aluminum Association, Inc. s adm  20.2  0.126(Le / r ) ksi
 139  0.868(Le / r ) MPa
Le/r > 66:
51000 ksi 351103 MPa
s adm  
(Le / r )2 (Le / r )2
• Liga 2014-T6
Le/r < 55:
s adm  30.7  0.23(Le / r ) ksi
 212  1.585(Le / r ) MPa
Le/r > 66:
54000 ksi 372 103 MPa
s adm  
(Le / r )2 (Le / r )2

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Exemplo 10.4
Usando a liga de alumínio 2014-T6, determine o menor diâmetro da barra que
pode ser usada para suportar a carga centrada P = 60 kN se a) L = 750 mm,
b) L = 300 mm
• Para L = 750 mm, assuma L/r > 55

• Determine o raio da barra:


P 372  103 MPa
s all  
A (L r )2
60  103 N 372  103 MPa
 c  18.44 mm
c 2
 0.750 m 
2
 
 c/2 
• Verifique o indice de esbeltez assumido:
L L 750mm
   81.3  55
r  raio de giração r c / 2 (18.44 mm)

I c 4 4 c está correto:
  
A c 2 2 d  2c  36.9 mm
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Exemplo 10.4
• Para L = 300 mm, assuma L/r < 55

• Determine o raio da barra:


P   L 
s all   212  1.585  MPa
A   r 
60  103 N   0.3 m  6
 212  1.585   10 Pa
c 2   c / 2 
c  12.00 mm

• Verifique o indice de esbeltez assumido:


L L 300 mm
   50  55
r c / 2 (12.00 mm)

está correto
d  2c  24.0 mm

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Projeto de Colunas Sob Carga Excêntrica
• Uma carga excêntrica P pode ser
substituída por uma carga centrada P e um
momento M = Pe.
• A tensão normal pode ser encontrada pela
superposição da tensão devido à carga
centrada e a tensão devido ao momento
fletor,
s  sc  sf

s max  P  Mc
A I
• Método da Tensão Admissível:
P Mc
  s adm
A I
• Método da Interação:
P A Mc I
 1
(s adm) c (s adm )f

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Projeto de Colunas Sob Carga Excêntrica

Quando a carga está fora


de um plano de simetria,
temos:

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Exemplo 10.5
Uma coluna, de 6,0m de comprimento efetivo,
consiste de um perfil laminado de aço W310 x 74.
O aço utilizado tem as seguintes características:
sY=345MPa, sadmf=210MP e E=200GPa. Usando o
método da interação, determinar a carga admissível
P, quando a excentricidade é:
a) ex=25,4mm e ey=0
b) ex= 0 e ey=25,4mm
c) ex=25,4mm e ey=25,4mm
SOLUÇÃO:
Da tabela de perfis, para o W310 x 74, tiramos: 2 2 E
Cc   107
A=9480mm2 sY
Wx=1060x103mm3
Wy=228x103mm3 M x  P  ey
rx=132mm M y  P  ex
ry=49,7mm
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Exemplo 10.5
Le 6000  2E
e    120,7  Cc Logo : s admc   70,57 MPa
1,92e
2
ry 49,7
M x  cy M y  cx Mx My
P Iy P Wy
A  Ix A  Wx
 1   1
s admc s admf s admf s admc s admf s admf
Mx My
a) P
A  Wx Wy P P0 P  25,4 10 3
 1    1
s admc s admf s admf 9480  70,57 1060  210 228  210
Logo : P  494 KN
b) P P  25,4 103 P0
  1 Logo : P  621KN
9480  70,57 1060  210 228  210

c) P P  25,4 103 P  25,4 103


   1 Logo : P  467 KN
9480  70,57 1060  210 228  210

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