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DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS - DES

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - FEC


Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

CV 813 – ESTRUTURAS METÁLICAS II

Ventos: Parte II

Prof. Dr. Cilmar Baságlia

- Cálculo da pressão de obstrução, q


q = 0,613 .Vk2 ( Vk em m/s ; q em N/m2 )

- Cálculo da pressão efetiva e forças devidas ao vento:


2
F = q . ( Ce - Ci ) . Ai
i ( q em N/m ; A em m ; F em N )
2
i

2
F = q . (Ce - Ci) . Li
1 ( q em N/m ; L em m; F em N/m )
i

Onde:
F Força por unidade de comprimento
1

F Força resultante
i

Ce Coeficiente de pressão e forma externo


Ci Coeficiente de pressão interno
A Área de influência
i
Coeficientes de Pressão e de Forma, Externos

- Coeficiente de pressão para paredes de edificações

+
─ ─


- Coeficiente de pressão para telhados com duas águas
Coeficientes de Pressão Interna

Coeficientes de Pressão Interna

- Está diretamente associado ao fato de que a grande maioria das


edificações possuem aberturas por onde o vento pode entrar e sair;

- Definições:

- Barlavento: região de onde sopra o vento, em relação à edificação;


- Sotavento: região oposta àquela de onde o vento sopra, em relação
à edificação;
Coeficientes de Pressão Interna
Coeficientes de Pressão Interna

- O coeficiente de pressão interna será obtido em função das dimensões e


localizações das aberturas, além da direção do vento;

- As aberturas podem ser decorrentes de janelas, portões, frestas nas telhas,


além de aberturas provocadas por danos na cobertura, paredes ou vidros;

- Valores POSITIVOS de coeficientes de pressão


internos indicam PRESSÃO interna
(sobrepressão interna):

- Valores NEGATIVOS de coeficientes de


pressão internos indicam SUCÇÃO interna:

Coeficientes de Pressão Interna

- A pressão interna é considerada uniforme e atua sobre todas as faces


internas da edificação com o mesmo valor;

- De maneira simplificada, a pressão média interna será o quanto de ar que


“entrou” menos o quanto “saiu”;

- Estudos teóricos e experimentais concluíram que a pressão interna está


associada à vazão do fluído na região da abertura;

- O anexo D da NBR 6123:1988 apresenta um método detalhado de


determinação do coeficiente de pressão interna;

- Para as situações mais comuns, utilizamos o item 6.2 da NBR 6123:1988


Coeficientes de Pressão Interna

Item 6.2.5:

a) Duas faces opostas igualmente permeáveis, as outras faces


impermeáveis:

- Vento perpendicular a uma face permeável: cpi = +0,2

- Vento perpendicular a uma face impermeável: cpi = -0,3

b) Quatro faces igualmente permeáveis:


- Adotar cpi = -0,3 ou 0 (considerar o valor mais nocivo)

- Sempre considerar pelo menos o item a) ou o item b), mesmo que a sua
edificação não se enquadre exatamente em nenhum desses itens
(considerar o item que mais se aproxima do seu caso)

c) Abertura dominante em uma face, as outras faces de igual


permeabilidade (isto é, as outras faces permeáveis):
Determinar os valores de Ci para ventos a 0º e 90º
c.1) Abertura dominante na face de barlavento (ventos a 0º e 90º):
Proporção entre a área de todas as aberturas na face de barlavento e a área
total das aberturas em todas as faces (paredes e cobertura) submetidas a
sucções externas:

Obs.: Interpolar linearmente para valores intermediários.


Para essa situação deve-se abrir o máximo possível de áreas de entrada de
vento e fechar o máximo possível as áreas de saída de vento.

Relação > 1,0: há abertura dominante


(consultar tabela para determinar Ci)

Relação < 1,0: não há abertura dominante


(não há Ci)

c.2) Abertura dominante na face de sotavento:

Adotar o valor do coeficiente de forma externo, Ce, correspondente a esta


face (ver Tabela 4).
Para essa situação deve-se abrir o máximo possível de áreas de saída de
vento e fechar o máximo possível de áreas de entrada de vento.

- Relação < 1,0: não há abertura dominante (não há Ci)

- Relação > 1,0: há abertura dominante. Determinar se a abertura dominante


está na face oposta e/ou paralela ao vento
c.2.1) Abertura dominante na face oposta ao vento (ventos a 0º e 90º):

- Para a verificação da abertura dominante na face oposta ao vento,


deve-se abrir o máximo de áreas na face oposta e fechar o máximo de
áreas nas faces laterais:

- Relação < 1,0: não há abertura dominante (não há Ci)

- Relação > 1,0: há abertura dominante nessa região: considerar como


Ci o valor do Ce da face oposta ao vento

c.2.2) Abertura dominante na face paralela ao vento (ventos a 0º e 90º):

- Para a verificação da abertura dominante na face paralela ao vento, deve-


se abrir o máximo de áreas nas faces paralelas e fechar o máximo de áreas
na face oposta:

- Relação < 1,0: não há abertura dominante (não há Ci)

- Relação > 1,0: há abertura dominante nessa região: considerar como


Ci o valor da média ponderada dos Ces das faces paralela ao vento
c.2.3) Abertura dominante situada em zona de alta sucção externa:
Proporção entre a área da abertura dominante (ou área das aberturas situadas
nesta zona) e a área total das outras aberturas situadas em todas as faces
submetidas a sucções externas:

Obs.: Interpolar linearmente para valores intermediários.


Zonas de alta sucção externa são as zonas hachuradas nas Tabelas 4 e 5 Cpe médio.

1º Exercício – Galpão com cobertura em duas águas:


Determinar os carregamentos devidos aos ventos

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