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PLANTAS
CURATIVAS
Propriedades e indicações:
Tem propriedades béquicas (acalma a tosse e a irritação da garganta), anti-
inflamatórias e expectorantes.
Torna-se muito útil nos casos de faringite, rouquidão ou afonia por laringite
(inflamação das cordas vocais) e bronquite.
Os melhores resultados obtêm-se quando se combina o uso interno (infusão)
com o externo (bochechos e gargarejos).
RINCHÃO
Sisymbrium officinalis S.
Uso interno:
Infusão com 50 gramas de sumidades floridas e folhas por litro de água. Tomar
até 5 a 6 chávenas quentes por dia. Pode-se comer as folhas cozidas como
salada.
Uso externo:
Bochechos e gargarejos com a mesma infusão que se emprega para o uso
interno. Não se deve engolir o liquido usado para os bochechos e gargarejos.
MALVAS
Malva sylvestris L.
Esta planta , símbolo do sossego e da doçura, já era utilizada pelos gregos há mais de
dois mil anos. Hipócrates recomendava-a como emoliente e laxante, propriedades que
foram demonstradas e que continuam a ter aplicação hoje.
Propriedades e indicações:
Prisão de ventre crónica – actua como um laxante não agressivo, inclusive em doses
elevadas, que lubrifica o tracto intestinal. Recomenda-se especialmente para crianças
pequenas e idosos.
Afecções respiratórias: tem efeito expectorante e antitússico, pelo que se prescreve nos
catarros, gripes, bronquites, tosse irritativa ou seca, e em caso de asma.
Afecções das mucosas e da pele: aplicada localmente, ajuda a curar as faringites, as
vaginites, as inflamações do ânus e do recto, os eczemas, a acne, os furúnculos.
Uso interno:
Infusão ou decocção de flores e folhas, com 30 g por litro de água, da qual se tomam 3 ou 4
chávenas por dia.
Uso externo:
Infusão ou decocção de flores e folhas: a mesma que se aplica em uso interno, mas um
pouco mais concentrada, também se utiliza externamente em gargarejos, irrigações vaginais
e compressas sobre a pele afectada.
MARACUJÁ
Passiflora incarnata L.
Esta planta chamou a atenção dos europeus que viajaram até ao Mundo Novo, os quais julgaram ver, nos diversos órgãos
das suas lindas flores, os instrumentos utilizados na paixão de Cristo: o azorrague, os cravos e o martelo. O Maracujá foi
introduzido na Europa e cultivada como planta ornamental, até que, nos fins do século XIX, descobriu-se que tinha um
acentuado efeito sedativo sobre o sistema nervoso.
Propriedades e indicações:
Tem uma acção sedativa, Anti-espasmódica e soporífera.
Usada na ansiedade e nervosismo, stress: actua como um ansiolítico suave, sem risco de dependência ou habituação. É a
planta ideal para os que se encontram submetidos a tensão nervosa.
Uso interno:
Infusão de flores e folhas, com 30 g por litro de água, deixando em repouso por 2 ou 3 minutos. Convém
ingerir 2 ou 3 chávenas diárias, podendo ser adoçadas com mel, e mais 1 antes de deitar, no caso de
insónia.
CANA DE AÇÚCAR
Saccharum officinarum L.
A Cana de açúcar é originária do Sudeste Asiático. Os árabes estenderam a sua cultura pelo
mediterrâneo, e os portugueses e espanhóis levaram-na para a América no século XVI.
É dela que se obtém o açúcar de cana, assim como o melaço, também chamado mel de cana, que é
o resíduo, em forma de xarope, que fica depois de separar so sumo da cana o açúcar cristalizado.
Propriedades e indicações:
O sumo de cana de açúcar contém de 16 a 20% de sacarose, sais minerais e vitaminas, a maior
parte das quais ficam no melaço.
O sumo da cana de açúcar e a decocção da sua polpa tem propriedades peitorais, além de
tonificantes e refrescantes. O seu emprego beneficia os que sofrem de catarros brônquicos,
bronquite crónica e asma.
Uso interno:
Sumo fresco: extrai-se triturando ou esmagando os caules da cana de açúcar.
Decocção: fervem-se 250g de cana de açúcar, descascada, num litro de água. Beber ao longo do
dia.
FUNCHO
Foeniculum vulgaris L.
O Funcho já era usado pelos antigos Egípcios, contra as más digestões.
Propriedades e indicações:
Toda a planta, especialmente as sementes, contém uma essência rica em anetol, estragol e
hidrocarbonetos terpénicos.
Tem propriedades:
Carminativo: facilita a expulsão dos gases intestinais e estimula os movimentos peristálticos
do intestino. Ligeiramente laxante.
Digestivo: facilita o esvaziamento do estômago e a digestão. Dá bons resultados nas
digestões pesadas ou lentas, e nos excesso de gases ou eructos no estômago.
Uso interno:
Infusão com uma colher de sobremesa de sementes por cada chávena de água. Tomam-se
3 ou 4 chávenas por dia, depois da refeições. Para os catarros adoça-se com mel.
Também se usa como salada cozida.
Uso externo:
Lavagens oculares com uma infusão igual àquela que se usa internamente (fria). Aplicar
com algodão de maquiagem (aplicar de olhos fechados 5 minutos) – Camomila.
ALCACHOFRA BRAVA
Cynara cardunculus L.
Desde o século XIX que a alcachofra é utilizada para as doenças hepáticas e biliares.
Propriedades e indicações:
Os princípios activos da alcachofra, que se concentram sobretudo nas folhas, são a
cinarina (principio amargo) e alguns flavonóides derivados da luteina (É o principal
antioxidante presente nas membranas oculares (retina e mácula).
Colerética (aumenta a secreção da bílis), Hepatoprotectora (anti-tóxica): recomenda-
se nos casos de dispepsia ou cólica biliar e de insuficiência hepática – indicada em caso
de hepatite.
Hipolipemiante: faz descer a concentração de colesterol e de outros lípidos no sangue,
pelo que se torna muito recomendável no caso de arteriosclerose.
Hipoglicemiante: pelo seu conteúdo em inulina, favorece a diminuição do nível açúcar
no sangue;
Diurética, depurativa e eliminadora de ureia: apropriada no caso de insuficiência
renal e na albuminúria.
BOLDO DA TERRA
Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus
Propriedades e indicações:
Propriedades e indicações:
Aperitivo, digestivo, tónico estomacal: aumenta as secreções de todas as glândulas
digestivas, facilitando deste modo a digestão e aumentando a capacidade digestiva.
Aumenta a produção da saliva, do suco gástrico, intestinal e pancreático, assim como a
bílis.
Colerético: Aumenta a produção da bílis no fígado.
Colagogo: Facilita o esvaziamento da vesícula biliar.
Uso interno:
Salada: o seu agradável sabor, ligeiramente amargo, torna as folhas do dente de leão um
ingrediente muito apropriado para saladas primaveris, em que se procura sobretudo o efeito
aperitivo e depurativo. Pode temperar-se com azeite e limão.
Sumo fresco: obtêm-se por pressão ou trituração das folhas e raízes. Tomam-se 2 ou 3
colheres antes de cada refeição. Para conseguir um efeito depurativo importante, deve
tomar-se diariamente durante um mês e meio, na Primavera.
Infusão: Prepara-se com 60 gramas de folhas e raízes por litro de água. Toma-se uma
chávena antes de cada refeição.
ALFARROBEIRA
Ceratonia siliqua L.
FAMÍLIA: Leguminosas.
Da piteira e das espécies similares, obtém-se uma fibra com a qual se fabricam cordas.
As folhas carnudas de algumas espécies que se criam no México produzem uma seiva ou
suco açucarado, que lhe chamam “Aguamiel”.
Propriedades e indicações:
Internamente, tem uma acção diurética e depurativa, usada em caso de edema e retenção
de líquidos.
Uso externo:
FAMÍLIA: Rosáceas.
FAMÍLIA: Labiadas.
MANEIRA DE PREPARAR:
20 gramas da planta para 1 litro de água. Infusão:
20 a 30 minutos. Coar e adoçar. Emprega-se em dispepsia,
clorose, na bronquite. Para uso externo: 20 a 30 gramas,
com o mesmo tempo de infusão e fervura prévia de um
minuto. Para fricções: 60 gramas da planta para ½ litro de
álcool. 6 a 8 dias de maceração. Filtrar e juntar 5 gramas de
cânfora.
FIGUEIRA DA ÍNDIA - TABAIBOS
Opuntia ficus-indica L.
Os antigos indígenas já usavam as pás da Figueira da Índia, ou tabaibos, como
cataplasmas para curar feridas e contusões.
Propriedades e indicações:
Os frutos: são adstringentes, e têm bom resultado para cortar as diarreias. O seu sumo
usa-se em xaropes para acalmar a tosse.
Os frutos devem-se descascar com precaução para não lhes tocar com os dedos, pois os
seus espinhos são perigosos. Podem comer-se frescos ou em xarope.
Xarope: prepara-se cortando os frutos às rodelas e cobrindo-se com açúcar escuro. Umas
dez horas depois extrai-se o xarope (o liquido resultante), passando por um coador para
separar as sementes. Podem tomar-se 3 a 5 colheres de sobremesa por dia.
Infusão: de flores: 20-30 g por litro de água. Podem ingerir-se 3 a 4 chávenas por dia.
Infusão fria ou quente.
Uso externo: Cataplasmas: as pás cortam-se pelo meio, aquecem-se um pouco no forno e
aplicam-se directamente sobre a zona afectada (deixar arrefecer).
CHAGAS Antibiótico natural de eficácia comprovada
Tropaeolum majus L.
A indústria farmacêutica investigou confirmando o seu poder medicinal. Tanto nas suas
folhas como nas flores e nos frutos, encontra-se uma substância com acção anti-microbiana
que actua como um verdadeiro antibiótico bacteriostático, impedindo a reprodução de
numerosos micoorganismos patogénicos (Bacillus subtilis, Bacillus coli, salmonella,
estafilococos, pneumococos).
A imensa maioria dos antibióticos que se usam em terapêutica são produzidos por fungos
ou bactérias.
As chagas são um das poucas plantas superiores conhecidas, capazes de produzir uma
substância natural de acção antibiótica, que apresenta além disso, as seguintes vantagens:
1º Não destrói a flora bacteriana, que normalmente existe no tubo digestivo. Com esta
planta não aparece diarreia nem desarranjo intestinal.
2º Não provoca sensibilizações nem reacções alérgicas, tão frequentes com o uso de
outros antibióticos.
3º De aplicação fácil e cómoda, Não precisa de ser injectada por meio de agulha, nem
aplicada em forma de supositório. Pode comer-se como uma apetitosa verdura, em salada;
mas a melhor maneira de administrar é a da forma galénica – ampolas – VEGATIMUM.
CHAGAS Antibiótico natural de eficácia comprovada
Tropaeolum majus L.
Propriedades e indicações:
Uso interno:
Salada: como tonificante e aperitivo: usam-se as flores e as folhas bem tenras. Combina muito bem com a alface.
Infusão ou decocção: prepara-se para 30 g de flores, folhas e frutos por cada litro de água. Bebe-se uma chávena de 4
em 4 horas.
Uso externo:
Banho de assento: um punhado de flores ou de frutos por cada litro de água. O banho tem que ser morno.
Labaça
Rumex cristatus L. NOME BOTÂNICO: Rumex patientia L,
Rumex crispus L.
FAMÍLIA: Poligonáceas.
Utilização culinária:
Propriedades terapêuticas:
Diurético, aperitivo digestivo.
DRAGOEIRO
Dracaena draco
O dragoeiro é uma planta rodeada de mistério, à volta da qual
surgem mitos devidos à sua estranha forma, suposta longevidade e
ao seu “sangue”, uma resina ou goma vermelha que brota do seu
tronco quando é cortada. Uma planta originária da Macronésia
(Madeira, Canárias e Cabo verde), o dragoeiro apresenta-se em
estado selvagem, em escarpas, rochas e locais inacessíveis.
O “Sangue do dragão”
O conhecido “sangue de dragão” é o liquido que brota quando se faz um
corte no caule ou nos ramos do dragoeiro, e que se torna vermelho em
contacto com o ar, solidificando. São-lhe atribuídas propriedades
cicatrizantes, adstringentes, tónicas, sedativas, ou mesmo anti-
cancerigenas.
Assim, desde a Idade Média que esta resina ou goma era procurada como
remédio curativo infalível: para a disenteria, a indigestão, o alivio de dores, etc.
Para além dos fins medicinais, a seiva do dragoeiro era também utilizada
antigamente na tinturaria (tintas para tingir tecidos e tapeçarias) e na produção
de um verniz encarnado, aplicado nos famosos violinos Stradivarius,
embelezando-os e contribuindo para a sua louvada qualidade.
Preparação em PowerPoint:
João Novaes
Marina Varisco Novaes