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CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
São Paulo
2010
i
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA NETOi
São Paulo
2010
ii
Dedico este trabalho:
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Grande Arquiteto do Universo que, por sua bondade e misericórdia, nos tem sido
possível vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho, permitindo mais essa
realização profissional.
Ao meu amigo e sócio, Engo José Carlos Paulino da Silva, pela inestimável parceria ao
longo de minha vida profissional.
Aos empresários e trabalhadores das empresas do “Vale da Eletrônica” que tão bem
me receberam e disponibilizaram parte de seu tempo.
iv
“Trabalho decente é trabalho seguro e trabalho
seguro é também um fator positivo para a
produtividade e crescimento econômico”
Juan Somavia
International Labour Office
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
One of the fastest growing industries in recent decades is the electronics, mainly composed of
micro and small enterprises. This work took as its basis the Local Cluster Electronics of Santa
Rita do Sapucaí, composed of micro and small enterprises, in which, because of operational
difficulties, there is systemic management of OSH hindering the implementation of programs
that will effectively help to protect the health and physical integrity of its employees,
particularly in the sectors of production. One of the common activities in the industries of
electronics is the welding of components, known by welding or soldering machine which use
alloys of tin and lead. In these activities there is the exposure of workers to toxic vapors and
metallic fumes that despite the reduced toxicity over their working lives can cause irreparable
damage to health. It is necessary to protect these workers by adopting control measures were
adequate to protect the worker, preventing occupational diseases related to lead and other
metals and will safeguard companies from potential losses from lawsuits. This paper aims to
present sufficient evidence to warn entrepreneurs and professionals in health and safety work
on the risks of diseases caused by exposure to metal fumes from lead solder in electronics
operations and underscores the importance of adopting control measures, favoring the
adoption of Local Exhaust Ventilation systems.
keywords: electronics, Microenterprise, health and safety at work, Electronic welding, Lead,
Smoke Metallic, Local Exhaust Ventilation.
vii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
viii
LISTA DE TABELAS
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LT – Limite de Tolerância
x
MPS – Ministério da Previdência Social
MS – Ministério da Saúde
xi
SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................................................................................... VI
ABSTRACT ..................................................................................................................................................... VII
SUMÁRIO ........................................................................................................................................................ XII
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1
1.1. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................ 1
1.2. OBJETIVO ........................................................................................................................................... 5
1.3. METODOLOGIA ................................................................................................................................ 5
1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ................................................................................................... 7
3. RESULTADOS .......................................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 44
xii
1. INTRODUÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
Dados obtidos nos anos 1990 indicam que mais de 4 milhões de toneladas de chumbo
eram consumidas anualmente em todo o mundo e que cerca de 1% da força de trabalho estaria
Grigoletto et al. (2005) afirmam que a maioria dos componentes eletrônicos tem sido
tradicionalmente soldados com ligas de chumbo, elemento que possui elevada toxicidade,
sendo que os resíduos produzidos durante a sua obtenção e reciclagem das ligas, podem
Conforme consta das FISPQ de ligas para solda eletrônica, há risco de câncer em
produtos para atender a norma da União Européia que entrou em vigor em 1º de julho de
contenham metais pesados como chumbo, cádmio, mercúrio e cromo e dos retardantes de
estiverem de acordo com esta a diretiva perderão competitividade. Dados da associação dão
conta de que 14% das exportações brasileiras de produtos eletroeletrônicos no ano de 2005
indústria local tem questionado cada vez mais esse procedimento e tende a reduzir o uso de
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chumbo e implementar as ligas sem chumbo ou “Lead Free” para a adaptação às exigências
do mercado mundial. Este novo processo está alinhado com o que preconiza a NBR ISO
14001:2004, norma que diz respeito ao desenvolvimento de produtos e processos que causem
buscar as mudanças mais adequadas para seguir vendendo seus produtos no mercado europeu
depois do 1º de julho de 2006 e criar os desafios mais interessantes para as soldas sem
chumbo, para os fabricantes de eletroeletrônica e que as temperaturas de fusão das novas ligas
Estanho/Cobre (Sn/Cu) além de oferecer uma umectação mais lenta das superfícies metálicas.
(BRASWELD, 2009).
chumbo funde a 227º C. Isto significa que componentes eletrônicos devem ser capazes de
suportar esta nova temperatura de soldagem de modo a permitir que a solda sem chumbo seja
Segundo Grigoletto (2005 apud BRADLEY, 2003, p. 24-25), a substituição das ligas
dos EUA e japoneses e a conclusão das pesquisas realizadas pelo NEMI - National
utilizar ligas com os elementos estanho, prata e cobre, chamadas ligas SAC, possuindo a
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Consultando a MSDS, Ficha de Segurança da liga Sn (>90) + Ag (<2) + Cu (<5%) +
Sb (<2) + Pb (<0,2%), produzida pela Bow Solder Products Co, pode-se constatar que,
mesmo utilizando as ligas conhecidas como “Lead Free” com baixa porcentagem ou a
ausência do elemento Chumbo, não se pode assegurar sua não toxidade. (ANEXO E -
setor eletroeletrônico continuarão expostos a fumos metálicos gerados por outros metais e aos
operações de solda eletrônica. Porem, como exige o INSS, para estar de acordo com a
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legislação, o EPC deve ser comprovadamente eficaz. Alem disso o seu custo deve ser
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1.2. OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar argumentos suficientes para alertar
eletrônica.
ventilação local exaustora nas operações de solda eletrônica para minimizar a exposição dos
trabalhadores aos riscos químicos caracterizados pela geração de vapores e fumos metálicos
1.3. METODOLOGIA
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Para o estudo de caso serão utilizados os conceitos de ventilação industrial e seguidos
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1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Capítulo 2 - Revisão da literatura, buscando fornecer uma visão geral sobre o tema,
em Solda Eletrônica.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
Compõe-se de pesquisa bibliográfica buscando fornecer uma visão geral sobre o tema.
representam um dos mais tradicionais e amplamente difundidos meios de se unir dois metais
de ponto de fusão elevado por meio de uma liga metálica de ponto de fusão inferior. Isto
Segundo Aranha Neto (2003) a liga mais utilizada nesse tipo de solda é a
e, no caso de solda eletrônica também para baixar o ponto de fusão da liga, característica
6040, com 40% de chumbo por ser mais barata que a eutética 6337, de composição 63% de
estanho e 37% de chumbo cujo ponto de fusão é de 183 oC, essa é a temperatura eutética da
liga eutética 6337. Outros metais como a prata, o antimônio, o cobre, bismuto, cádmio são
de 183 oC é menor que as temperaturas de fusão do estanho (232 oC) e do chumbo (326 oC).
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FIGURA 01 – Diagrama de equilíbrio da liga Sn/Pb 6337.
Fonte: Soft Metais Ltda - www.softmetais.com.br
O ponto de fusão dessas soldas é bem baixo e a estas temperaturas a pressão de vapor
metal na via respiratória do trabalhador. Para que se possa remover o óxido dos metais da liga
é necessário aplicar o fluxo, que pode ser sólido, líquido ou gasoso e são compostos de
materiais orgânicos e inorgânicos. Os fluxos a base de haletos orgânicos são muito corrosivos
METAIS, 2009).
pessoas que emprega e seu faturamento anual. O SEBRAE classifica as pequenas empresas
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formada por até 19 pessoas ocupadas e a pequena empresa aquela que ocupa entre 20 e 99
De acordo com a Lei Complementar Nº 123/2006, a lei geral para micro e pequenas
empresas, as micro empresas são as que possuem um faturamento anual de no máximo R$240
mil/ano. As pequenas devem faturar entre R$240 mil e R$2,4 milhões anualmente para ser
enquadradas.
Para o BNDES e outros órgãos federais, as microempresas devem ter receita bruta
anual de até R$1,2 milhão e as pequenas empresas, de R$1,2 milhão a R$10,5 milhões.
são empresas de micro e pequeno porte, respondendo por cerca de 20% do Produto Interno
Bruto (PIB) e 53% dos empregos formais no Brasil. (TASIC, p. 5, 2004). Dados extraídos do
Caged (2009) mostram que a participação das MPEs no total de estabelecimentos registrados
está na casa dos 99,5%, sendo 86,4% de micro empresas que emprega menos de 4
trabalhadores; 10,3% que emprega entre 5 e 19 trabalhadores e 2,7% que emprega entre 20 e
99 trabalhadores.
- 10 -
Fonte: MARIANO (2008)
Na contrapartida do crescimento e da força econômica desses segmentos, os ambientes
Para que tenham mais chance de sobreviver, as MPEs, que desenvolvem atividades
Sapucaí que se formam o APL Eletroeletrônico, conhecido por “Vale da Eletrônica” que,
segundo informações do SINDVEL, congrega cerca de 150 empresas, das quais se estima que
80% sejam de micro e pequenas empresas com atividades relacionadas à tecnologia eletrônica
e que empregam cerca de 9500 pessoas, produzindo mais de 11000 itens voltados
seus produtos. Segundo o SINDVEL, cerca de 60% das empresas associadas estão
porte que possuem gestão adequada em saúde e segurança do trabalho, segundo Costa (2006),
na maioria dos países as empresas de pequeno porte apresentam dificuldades para alcançar os
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padrões estabelecidos nas legislações sobre SST. Costa (2006) adverte que a empresa de
pequeno porte, em razão dos escassos recursos financeiros de que dispõe, deve ser cuidadosa
pontos poderá gerar responsabilidade civil e criminal com sérios danos a sua imagem e
patrimônio.
Conforme afirma Costa (2006) apud GOMES (2002), empresas de pequeno porte
estão quase sempre estruturadas no âmbito familiar ou entre indivíduos que constituem um
negócio, por experiência no ramo e conhecimento da tecnologia, ou muitas vezes, por espírito
empresas nascem nos bancos das escolas ou iniciam suas atividades em quartos ou garagens
Vale da Eletrônica está caracterizado por jovens recém-formados nas escolas de engenharia
tardiamente, quase que por conseqüência, aceita a necessidade da gestão de SST. Conforme
afirma Chaib (2009), devido às demandas externas, as Organizações têm atentado de forma
mais concreta para os aspectos que envolvem a satisfação dos clientes internos e externos1, a
- 12 -
Cabe ressaltar que tais demandas podem alcançar importância estratégica na organização, pois
Considerando que no Brasil existem cerca de 5 milhões de empresas, 98% das quais
gestão da SST aliado aos demais sistemas organizacionais, agregando valores aos processos.
torna uma ferramenta essencial nas práticas das organizações, permitindo a reavaliação de
modelos já existentes ou até mesmo a criação de modelos condizentes com o novo cenário da
razoável, em especial nas MPEs do Vale da Eletrônica, onde grande parte das empresas está
familiarizada com programas de qualidade ISO 9001. O sistema de governança local do APL
gestão.
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Enquanto não se atinge esse estágio ideal de gestão integrada, as MPEs devem, no
PPRA e a partir daí repeti-lo sempre, sem que haja o cuidado de fazer uma verificação
Ainda segundo Leal (1998), “o PPRA que seria um instrumento útil para reconhecer, avaliar e
relação a esses riscos, torna-se apenas um mero documento para fins de fiscalização”.
A questão da Saúde Pública é bastante relevante quando se trata do chumbo, pois este
ambientais e na saúde publica associada a sua exposição. A cadeia produtiva do chumbo e dos
artefatos que contém este elemento tem merecido atenção após a ocorrência de acidentes
saúde pública e o ambiente. Diversos tipos de acidentes ocorridos com o chumbo atingiram
populações, muitos deles com vítimas fatais, ou que carregam consigo as marcas da exposição
aparelho respiratório muito próximo ao objeto a ser soldado, por esse motivo, apesar da baixa
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fumos de chumbo e outros metais. Segundo Leite (2006), a doença ocupacional (intoxicação
sintomas podem levar anos para se manifestarem, devido à deposição do chumbo nos ossos. A
manifestação dos sinais e sintomas pode ocorrer quando a absorção do metal é aumentada ou
depositadas nos alvéolos que produzem danos em órgãos e sistemas do corpo humano, como
os fumos contendo chumbo e outros metais (...). Geralmente o processo é lento e cumulativo,
e às vezes a retenção é irreversível com sintomas que aparecem lentamente, e nem sempre são
reconhecidos (...) a inalação de poeira ou fumos de chumbo leva a anemia, dor de cabeça,
subestimar os efeitos nocivos desse elemento. Existe também a exposição a outros metais,
bem como aos vapores orgânicos da resina e fluxo de solda, este ultimo, composto de Etanol e
Isopropanol que são decapantes com a função de colocar em suspensão todos os óxidos
intoxicação ocupacional pelo chumbo tem sido muito estudado e bem controlado, pouco se
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Entrevistou-se 32 trabalhadores que realizam operações de solda de componentes
85 % dos entrevistados afirmam não ter dificuldades em realizar o seu trabalho. Notou-se, em
alguns casos, alguma resistência em admitir dificuldades para realizar a tarefa, entretanto
- Necessidade de se utilizar a boca para apoiar o fio de solda pela dificuldade em fixar o
componente na placa;
57 % das empresas não oferecem treinamentos aos trabalhadores, algumas justificaram o fato
outras empresas ou na escola técnica. Apenas uma das empresas com certificação ISO 9001
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Respostas: Sim – 7 Não – 28
foram:
75 % dos entrevistados não recebem protetores visuais. As justificativas mais comuns foram:
Observou-se que não existe, em geral, a preocupação em utilizar proteção coletiva nas MPEs.
83 % das estações de trabalho não estão providas de exaustão. Em todos os postos de trabalho
onde a resposta foi positiva, os sistemas de exaustão não garantem a proteção ao trabalhador,
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seja pela precariedade dos equipamentos fabricados sem critérios técnicos ou pela
interferência de outros sistemas de ventilação que visam minimizar o calor ambiente. Nenhum
dos sistemas existentes possuía laudos ou memoriais de calculo que atestassem sua eficácia.
Muito discutível é a questão dos índices seguros a que o trabalhador possa estar
exposto sem que sofra danos à saúde, a ACGIH estabelece Valores Limites de Tolerância
função de fatores como: avanços tecnológicos, pesquisas científicas e opiniões dos fabricantes
de produtos químicos. Segundo Moraes (2007), a toxicologia ainda não possui total confiança
nos valores determinados para os limites de tolerância existentes, fazendo restrições quanto a
sua validade, seja pela suscetibilidade individual das pessoas ou porque os testes são
realizados em cobaias. Moraes (2007) complementa que os limites de tolerância estão longe
de ser uma linha divisória entre o seguro e o nocivo, servindo apenas como balizador.
exposta, repetidamente, dia após dia, durante sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à
pessoas expostas e indica a absorção do agente químico, abaixo da qual quase nenhum
da seguinte forma:
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natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à
saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.”
Freitas et al. (1997), critica essa definição que, segundo ele, repete a pratica de
diversos países, de atribuir ao LT uma suposta idéia de proteção à saúde, segundo a qual,
exposição crônica em ambientes com concentração abaixo deste valor não causaria riscos à
h/semana de 0,1 mg/m3 enquanto a ACGIH (2008) adota o TLV (TWA) para 40 h/semana de
0,05 mg/m3, ou seja, o limite de 0,039 mg/m3 para a jornada de 48 h/semana, utilizando-se a
Hps 168 - Hs
FCs = x
Hs 168 - Hps
Onde:
FCs = fator de correção semanal
Hps = duração da jornada semanal padrão, em horas, 40 h (ACGIH 2008); 48 h (NR 15)
Hs = duração da jornada de trabalho semanal real, 44 h (Indústria no Brasil)
168 = número total de horas da semana
formula de Brief e Scala são: 0,88 (ACGIH 2008) e 0,126 (NR 15), na tabela abaixo se têm os
valores dos Limites de Tolerância corrigidos para jornada de 44 h/semana para a algumas
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Após as correções para a jornada de 44 h/semana, no caso do Chumbo, o valor Limite
de Tolerância segundo a NR 15 (0,126 mg/m3) é 2,86 vezes mais alto que o Limite de
(2008), o valor do TLV (TWA) corrigido para a jornada de 44 h/semana é de 1,760 mg/m3.
Segundo Freitas et al. (1997), o que a norma brasileira e a de muitos países não levam
em consideração é o fato da própria ACGIH não advogar o uso dos seus valores limites, como
padrões legais, mas apenas como diretrizes na assessoria ao controle dos riscos à saúde, por
A ABHO, no livro de TLVs e BEIs da ACGIH (2008, p. VII), lembra que “toda a
ênfase deve ser dada as substâncias com potencial carcinogênico, verificando seus valores na
NR 15 e como são tratados pela ACGIH. A OIT aponta os cânceres como a principal causa de
84) recomenda que as exposições aos carcinogênicos sejam mantidas no mínimo e que a
exposição para os carcinogênicos A3, para qualquer via de absorção, deve ser cuidadosamente
controlada, sendo mantida abaixo do TLV, nos níveis mais baixos possíveis.
24/1994, em seu item 7.4.2, estabelece como deverão ser realizados exames complementares.
No item 7.4.2.1, estabelece que para os trabalhadores cujas atividades envolvam os riscos
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discriminados nos Quadros I e II, os exames médicos complementares deverão ser executados
e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A
por chumbo e formas de prevenção e, caso o valor da dosagem de chumbo no sangue for
menor que 9µg/dl, realizar exames para chumbo sanguíneo Pb-S e ácido delta amino
Permitido (IBMP), que substituiu o antigo LTB - Limite de Tolerância Biológica é o valor
máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas
ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem dos limites
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Para a ACGIH (2008, p. 112), o Índice Biológico de Exposição (BEI) para o Chumbo
Inorgânico (CAS 7439-92-1) é de 30 µg/100ml e ressalta que mulheres em idade fértil, cujo
chumbo no sangue exceda 10 µg/100ml estão em risco de gerar uma criança com chumbo
acima do nível considerado seguro e com alto risco de vir a ter déficit cognitivo. Vale lembrar
fértil.
validação dos Limites de Tolerância Biológica (LTB), estabelecidos no Brasil para a Pb-S e a
atualizada em 1994 pela Portaria SSST No 24/1994, são inadequados para a proteção da saúde
dos trabalhadores brasileiros que estariam sujeitos a Intoxicação Profissional pelo Chumbo
(IPPb). Segundo Cordeiro et al. (1996), mesmo os trabalhadores que desenvolvem atividades
em ambientes onde os níveis de exposição ao chumbo estão abaixo dos limites de tolerância
A situação é ainda mais grave para aqueles trabalhadores que consomem álcool ou
1996).
ACGIH.
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químicos; os riscos químicos são os riscos causados pelas substâncias químicas presentes no
como material auxiliar. Os dados foram coletados por meio de avaliação de campo da
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de
médico. No item 9.3.6.2, alínea “a” consta o nível de ação para agentes químicos, a metade
dos limites de exposição ocupacional, considerados de acordo com a alínea “c” do item
excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites
de exposição ocupacional adotados pela ACGIH, ou aqueles que venham a ser estabelecidos
em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-
legais estabelecidos. Para este trabalho utilizou-se os parâmetros definidos pela ACGIH por
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FIGURA 02 – Trabalhador com a bomba de amostragem.
Fonte: arquivo do autor
alvenaria com pé direito de 3m, com ventilação natural através de janelas do tipo basculante.
posição sentada, sendo sua função a montagem e solda de componentes eletrônicos, utilizando
como ferramenta, um Ferro de Soldar 220 volts - 70 watts e solda em fio com fluxo 6040
- FISPQ).
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Volume amostrado: 480 L
Material amostrado: Estanho, Chumbo
Tempo de amostragem: 240 minutos (07:15h as 11:15h)
TABELA 03 – Dados do equipamento de amostragem.
Fonte: Laboratório Toximed Ambiental
ACGIH (2008). A Concentração Total ∑C/T = 51,1%, se encontra acima do nível de ação.
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Estanho Chumbo
(mg/m )
3
(mg/m )
3 ∑C/T
Concentrações (C) 0,10 0,02
Limite de Tolerância (T) 1,760 0,044
Resultados C/T 0,0568 0,4545 0,511
51,1%
TABELA 05 – Concentração Total (∑C/T).
Fonte: Arquivo do autor
existe exposição aos agentes tóxicos analisados, havendo a tendência de risco de dano à saúde
do trabalhador.
Vale lembrar que mesmo as ligas reconhecidas como “Lead Free” com baixa
porcentagem ou ausência do elemento Chumbo, não se pode assegurar sua não toxidade,
portando, caso sejam adotadas, será necessário avaliar a exposição seguindo a metodologia
indicada.
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d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o
nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a
situação de trabalho a que eles ficam expostos.”
Conforme a NR 9 no seu item 9.3.5.2, na adoção de medidas de controle, antes de se
medidas que eliminem ou reduzam a geração de agentes prejudiciais à saúde, bem como
No caso de solda eletrônica, sempre que for possível, deve-se substituir a liga que
contenha o elemento Chumbo por ligas “Lead Free”, livres desse elemento, adaptando-se os
anterior que nas atividades de solda eletrônica, utilizando-se ferros de soldar ou cadinhos, os
níveis de exposição, apesar de não excederem os valores dos limites de tolerância, podem se
Com todas essas considerações e sabendo-se que os fumos metálicos de chumbo são
soldadores.
Conforme a NR 6, em seu item 6.3, alínea b, a disponibilização de EPIs deve ser feita
esses agentes nocivos. No caso de operações de solda eletrônica o sistema mais adequado é a
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formar equipe responsável pela gestão de SST se torna difícil a implementação de programas
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FIGURA 04 – Trabalhadora sem proteção debruçada sobre o ponto de
solda.
Fonte: Arquivo do autor
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FIGURA 06 – Trabalhador sem proteção, operando cadinho.
Fonte: Arquivo do autor
Trabalhadores utilizando a boca para apoiar o fio de solda; Trabalhadores com o nariz
Nas operações com ferros de soldar e cadinhos deve se proteger o trabalhador dos
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empresas, existe muita resistência, por parte do trabalhador, na utilização de EPIs. Para vencer
O uso de respiradores deve ser o adotado, enquanto outras ações de caráter preventivo
não forem implementadas. Segundo Torloni e Vieira, (2003, p303), o respirador é o ultimo
recurso que se deve empregar para controlar a exposição do trabalhador e adverte que eles
Para operações de solda eletrônica, onde não existir exaustão local, recomenda-se
sempre o uso de respiradores purificadores de ar do tipo peça semifacial filtrante (PFF) com
Segundo Torloni e Vieira, (2003, p189), a NBR 13698 sugere que a utilização de
respirador tipo PFF deve se restringir a uma jornada ou menos de trabalho antes de ficar
estejam abaixo dos limites de tolerância e existir o cuidado para que não ocorram
deformações que venham a prejudicar a vedação, bem como seja armazenado em local
adequado. Nas figuras abaixo exemplos de respiradores tipo PFF para poeiras, névoas, fumos
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FIGURA 07 – Respirador PFF-2/VO FIGURA 08 – Respiradores PFF-2/VO.
Fonte: 3M Fonte: MSA
Para se obter uma efetiva proteção do trabalhador, alguns procedimentos devem ser
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Segundo Moraes (2007), “entende-se como EPI o equipamento que possua Certificado
de Aprovação (CA) aprovado pelo MTE, de uso pessoal e intransferível, e que tenha por
Individual.
conforme segue:
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FIGURA 11 – Selo compacto para FIGURA 12 – Selo que deverá ser gravado
marcação no EPI. na embalagem do EPI.
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001483.pdf
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da Seção de Registros Ambientais, o empreendedor deverá responder se foram atendidos os
requisitos das NR-06 e NR-09 do MTE pelos EPI informados, e a primeira questão é: Foi
forçosamente, Sim, sob pena de a empresa demonstrar ao INSS que não tratou devidamente
o assunto. Entre essas medidas, a proteção coletiva pode ser a mais viável no caso de
com poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a
contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas
metal, os quais são mais solúveis nos fluidos corpóreos que o metal, as partículas existentes
nos fumos são extremamente pequenas, geralmente abaixo de 1 µm. (TORLONI; VIEIRA,
2003).
A manipulação do produto deve ser sob ventilação e/ou exaustão. (ANEXO B – Ficha
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A ventilação de operações, processos e equipamentos, dos quais emanam
por meios mecânicos que visam a controlar a temperatura, a distribuição do ar, a umidade e a
eliminar agentes poluidores do ambiente, tais como: gases, vapores, poeiras, fumos, névoas,
1990).
- Ventilação Geral Diluidora (VGD), que pode ser natural ou mecânica, é aquela que
A Ventilação Local Exaustora é um dos recursos mais eficazes para o controle dos
ambientes de trabalho, principalmente quando aplicada em conjunto com outras medidas que
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químicos presentes ou liberados na forma de névoas, gases, vapores e poeiras. (VIEIRA
SOBRINHO, 1996.)
processo é pequena comparada ao processo de ventilação natural. Pode-se deduzir que esse
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filtro de carvão ativado. Vazão = 44 l/s filtro de carvão ativado. Vazão = 44 l/s
Fonte: www.technofan.com.br Fonte: www.meguro.com.br
FIGURA 17 – Exaustor Hakko 493 ESD c/ FIGURA 18 – Extrator Duplo para bancada
filtro de carvão ativado. Vazão = 17,8 l/s eletrônica. Vazão = 19,3 l/s
Fonte: www.prosolda.com.br Fonte: www.celsaum.com.br/
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FIGURA 21 – Ventilador “cooler” FIGURA 22 – Detalhe de fumo de solda
servindo como exaustor sugado pelo “Cooler”.
Fonte: arquivo do autor Fonte: arquivo do autor
o INSS ou em demandas jurídicas, é necessário que se comprove a sua eficácia, que deve ser
utilização de captor cilíndrico com boca arredondada que, segundo Silva (1967), oferece
maior eficiência de captura dos poluentes. O quadro abaixo mostra que o coeficiente de perda
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FIGURA 23 – Coeficiente de entrada (Ke) e de perda de carga (Kc) para
captores.
Fonte: Lisboa, (2008)
composto por manta de carvão ativado de alta eficiência para adsorção dos poluentes.
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3. RESULTADOS
O estudo mostra que as MPEs, que representam a maioria das empresas brasileiras e
empregam uma parcela significativa de mão de obra, estão despreparadas para gerir os
aspectos ocupacionais em suas atividades produtivas. A pesquisa comprova que apesar da
aparente baixa exposição a fumos metálicos gerados nos processos de solda eletrônica, os
trabalhadores do setor eletroeletrônico, em sua maioria mulheres em idade fértil, estão
expostos aos riscos químicos e aos efeitos cumulativos do chumbo e outras substâncias
tóxicas, portanto sujeitos a doenças relacionadas. Alem da necessidade de se proteger o
trabalhador, as empresas devem se preocupar com a questão dos passivos trabalhistas que
porventura estejam acumulando.
chumbo ou “Lead Free”, que apesar de ainda apresentarem riscos, eliminam a exposição ao
chumbo. Com relação à proteção do trabalhador, o profissional de SST deve evitar a cômoda
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na perspectiva de contribuir para uma maior compreensão, por parte daqueles que
ventilação local exaustora como meio de efetiva proteção ao trabalhador nas atividades onde
exista o contato como fumos de solda a base de chumbo, este trabalho, embora
O estudo mostra a grande dificuldade das MPEs em gerir os aspectos de SST, tais
Para esse fim, através de revisão da literatura, buscando fornecer uma visão geral
sobre o tema, abordou-se o processo de solda eletrônica, os efeitos dos vapores e fumos
situação agravada pelo baixo nível dos serviços de assessoria, contratados mais em função de
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REFERÊNCIAS
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Agentes Físicos e Índices Biológicos de Exposição (BEIs) - American Conference of
Governmental Industrial Hygienists - Tradução autorizada para o português feita pela
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais - ABHO).
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Trabalho e a Aplicação dos Princípios Relativos ao Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional. Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR. Disponível em:
<http://www.uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC%209.pdf>. Acesso em: 11 set. 2009.
BRASWELD Indústria e Comércio de Soldas Ltda. Fluxo para Soldas – Disponível em:
<http://www.brasweld.com.br/informacoes_tecnicas.htm> Acesso em: 15 nov. 2009.
CORDEIRO, 1996. Using the current Brazilian value for the biological exposure limit
applied to blood lead level as a lead poisoning diagnostic criterion (A utilização do atual
limite brasileiro de tolerância biológica da plumbemia como elemento diagnóstico no
saturnismo). SciELO - Scientific Electronic Library Online - Departamento de Saúde Pública,
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista - Escola Nacional de
Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2010 - Cad. Saúde Pública vol.12 n.1 Rio de Janeiro
Jan./Mar. 1996 - Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-
311X1996000100013&script=sci_arttext> Acesso em: 27 abr. 2010.
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COSTA, M. C. M., 2006. A Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho: A Experiência do
Arranjo Produtivo Local do Setor Metal-Mecânico da Região Paulista do Grande ABC.
183p, Centro Universitário SENAC – São Paulo, SP.
ILO - International Labour Organization. Your health and safety at work– Controlling
Hazards - Disponível em: <http://actrav.itcilo.org/actrav-english/telearn/osh/hazard/controll.
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LIMA, M. C. G., BRANDALIZE, A., 2003. Revista Terra e Cultura - Cadernos de Ensino e
Pesquisa, Ano XIX, No 36, p. 103-116 – UNIFIL. Londrina, PR.
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M.T.E. - Ministério do Trabalho e Emprego – Legislação/Normas Regulamentadoras –
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras> Acesso em:
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SILVA, B. R., 1967. Ventilação. FEI – Escola Politécnica da USP – Ed. Grêmio Politécnico,
São Paulo, 204p.
VIEIRA SOBRINHO, F., 1996. Ventilação Local Exaustora em Galvanoplastia. São Paulo
- FUNDACENTRO, 1996, 50p.
TORLONI, M.; VIEIRA, A. V., 2003. Manual de Proteção Respiratória. São Paulo:
ABHO.
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APÊNDICES
ANEXOS
i
Neto, João Paulo Oliveira - Engenheiro Industrial modalidade Mecânica pela Faculdade de Engenharia
Industrial (FEI) em 1975; Pós-graduação em Engenharia da Energia pela Universidade Federal de Itajubá
(UNIFEI) em 2004; Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Nove de Julho
(UNINOVE) em 2010; Consultor em Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Avaliações de Máquinas e
Equipamentos, atuando principalmente nas áreas de Licenciamento Ambiental; Gestão e Educação Ambiental,
Implementação de Programas de Controle de Riscos Ambientais e Ocupacionais.
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E-mail: jpon70@gmail.com
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