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Paixões
Paixões
(Diva do Inferno)
Naquela noite, a luz do luar, tudo parecia perfeito para meu namorado. Mas não para
mim.
Percebi que já não correspondia ao amor que ele me dedicava e que aquela noites
românticas, antes tão agradáveis apenas por sua presença, já não me importavam
mais.
Eu queria algo novo, sem tanto mel e com muito mais prazer. Eu queria aventura e
não segurança.
Foi aí que decidi terminar tudo. Para ele foi difícil aceitar que eu não sou uma
mulher feita de amores, e sim de paixões, dessas quentes que faz o corpo ferver só
de lembrar; foi difícil ele entender que o que passamos foi bom, mas já não me fazia
feliz. Terminar com ele foi a libertação de algo que me sufocava profundamente.
No começo do casamento era tudo maravilhoso. Anos mais tarde fiquei grávida. A
gravidez, apesar de indesejada por ambos, acabou sendo muito tranqüila.
Tivemos duas filhas gêmeas, Ane e Lisa, e vivíamos muito bem, até que Maykon
passou a beber excessivamente.
No inicio nem liguei, afinal sempre bebíamos, mas Maykon se tornou uma pessoa
violenta, que batia em mim e em nossas filhas.
Chamei a polícia, que não resolveu o caso. De medo que Maycon voltasse para
matar Ane, saí do emprego, e a partir daí passamos a viver com a ajuda de amigos.
Uma tarde eu e Ane saímos para passear e, ao voltarmos, encontramos a casa
revirada. Maykon estava lá.
Tempos depois, cansada das agressões e das humilhações que ele me fazia passar,
cometi uma loucura. Um crime necessário.
A noite, quando Maykon já dormia, levantei, fui até a cozinha, e quando afiava uma
faca ele se levantou.