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MANUAL DE

EVANGELISMO E DISCIPULADO
ORGANIZADO POR
Pr. Robespierre Machado
MANUAL DE
EVANGELISMO & DISCIPULADO

Robespierre Machado
E-Mail robespierremachado@gmail.com

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PRIMEIRA PALAVRA

Q
uero parabeniz€-lo pela escolha feliz – a escolha de
estudar. Sou grato ao SENHOR que por sua gra‚a infinita,
e misericƒrdia em amor me concedeu o privil„gio
de compartilhar sua palavra e minist„rio com voc…, aqui
no Ibught – N†cleo Plataforma..

Mergulhar na teologia b‡blica, historiografia e pr€tica da


evangeliza‚ˆo „ uma aventura aben‚oada, fascinante e
despertadora quanto a voca‚ˆo e chamado do SENHOR para nossa
vida. Sˆo as experi…ncias de um evangelista.

Conhecer o que aqueles que vieram antes nƒs realizaram no


Nome de JESUS nos encoraja a prosseguir para o alvo (Fp 3.14) e
isto fazemos sempre no esp‡rito de obedi…ncia (Mc 16.15,20)
copiando letra a letra o modelo que nos „ dado nas Sagradas
Escrituras (Ex 25.9,40; I Ts 1.7; Tg 5.10).

Bem, minha ora‚ˆo „ que voc… seja despertado pelo


SENHOR para o supremo chamado de DEUS em sua vida e que
afinal a semelhan‚a de Paulo possa tamb„m no final de tudo
com convic‚ˆo no ESP‰RITO SANTO afirmar “ Nˆo fui desobediente
a visˆo celestial” ( At 26.19).

Boa aula!

DEUS muito aben‚oe voc…, no Nome de JESUS!!

Salvador, outono de 2011.

Pr. Robespierre Machado


professor

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INTRODUۥO

Hoje a igreja perdeu muito de sua for€a e a€•o evangelizadora. Essa tem sido
ofuscada por muitos outros desafios importantes, mas n•o priorit‚rios. Como igreja
n•o podemos esquecer e descuidar do fato que a evangeliza€•o do mundo continua
sendo o nosso maior desafio.

Em todo mundo homens de toda classe social, condi€•o econƒmica, etnia ou op€•o
pol„tica, necessitam saber que Deus os ama e que em Cristo lhes oferece o caminho
de regresso para Si mesmo, Jo•o 3.16; 14.6. Ricos e pobres, capitalistas e
prolet‚rios, civis, militares e pol„ticos necessitam ouvir a chamada ao arrependimento
e a f….

O an†ncio destas boas novas por meio da prega€•o, testemunho pessoal, literatura,
distribui€•o da B„blia, etc., … algo que incumbe, no tempo presente, a todo crente.
Aquele que evangeliza, o evangelizador, tem uma vida diferente. ‡ algu…m que
aprendeu a servir, … carta viva que mostra a aplicabilidade da mensagem que
anuncia.

O servi€o crist•o n•o … optativo, n•o … algo que podemos fazer se quisermos. ‡ a
marca da nova vida. “Pelos seus frutos os conhecereis”. “Se me amais, guardareis
meus mandamentos.” George B. Duncan disse a esse respeito, em Berlim: “..trŠs
canais de comunica€•o est•o abertos ao evangelho: ‘o que temos ouvido’, sugere a
comunica€•o aud„vel, ‘o que temos visto’, sugere a comunica€•o vis„vel; ‘o que
contemplamos e as nossas m•os apalparam, com respeito ao Verbo da vida’, sugere
o que poder„amos chamar de comunica€•o tang„vel do Evangelho.”

N•o … poss„vel separar a proclama€•o do Evangelho da “demonstra€•o” desse


Evangelho. S•o diferentes entretanto, insepar‚veis.

‡ importante ressaltar que o evangelismo n•o … uma disciplina isolada. Ele est‚
entrela€ado com a sua fonte – o evangelho -, bem como com a vida daquele que
divulga a mensagem de Deus. Por esta raz•o devemos nos esfor€ar para n•o teorizar
excessivamente estes estudos. Pois, quem se propŽe a evangelizar, precisa conhecer
bem a mat…ria, mas acima de tudo, precisa ter disposi€•o para coloc‚-la em pr‚tica.

A minha proposta para o desenvolvimento da mat…ria no decorrer dos pr•ximos


encontros …: Que primeiramente nos debrucemos pacientemente nas janelas que a
hist•ria gentilmente nos abre e contemplemos os registros hist•ricos que nos foram
legados por aqueles que foram seus protagonistas e testemunhas vivas. Hoje nos
tornamos herdeiros, guardiŽes e continuadores dessa obra, n•o por escolha nossa ou
deles mas do pr•prio SENHOR que nos chamou designou como igreja sua e povo seu
Рevangelistas para essa geraۥo.

Portanto ao dirigir o nosso olhar primeiramente ao legado de evangeliza€•o j‚


consolidado que o fa€amos com esp„rito de humildade reconhecendo naqueles que
foram protagonistas dessas hist•rias modelos que hoje devem imitados.

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HIST‚RIA DA EVANGELIZA€•O NO BRASIL

HUGUENOTES. Liderados pelos pastores Pierre Richier, de cinq•enta anos e


Guillaume Chartier, de trinta anos um grupo de dezesseis huguenotes, procedentes
da Europa, foram os primeiros protestantes a desembarcar em terras brasileiras e
americanas em 07 de mar€o de 1557. Al…m desses dois pastores, formados em
teologia, profundamente conhecedores das Sagradas Escrituras, participaram da
viagem os seguintes aspirantes ao minist…rio e profissionais em varias artes: Pierre
Bourdon (torneiro), Matthieu Verneuil, Jean du Bourdel, Andr… la Fon (alfaiate),
Nicolas D…nis, Jean Gardien (perito retratista), Martin David, Nicolas Raviquet, Nicolas
Carmeau, Jacques Rousseau e Jean de Lery, o cl‚ssico historiador desta viagem e da
estadia desses destemidos mission‚rios evang…licos no Brasil.

Em 10 de mar€o de 1557 foi celebrado o primeiro culto evang…lico no Brasil e nas


Am…ricas. A dire€•o do culto coube ao pastor francŠs Pierre Richier. A primeira
passagem b„blica lida em terras brasileiras foi o Salmo 27:3,4. O hino entoado
naquela ocasi•o foi o salmo 5. No dia 21 de mar€o de 1557 foi organizada a primeira
igreja evang…lica no Brasil tendo nessa data sido celebra€•o da primeira Ceia do
Senhor em terras brasileiras e no continente americano.

O trabalho rec…m organizado seguia a seguinte rotina: todas as noites havia reuniŽes
onde oravam e pregavam a palavra de Deus. Aos domingos, havia duas reuniŽes
evangel„sticas. Os irm•os que implantaram a primeira igreja evang…lica no Brasil
eram huguenotes vindos da Fran€a.

A origem da palavra "huguenotes" n•o … clara. H‚ quem diga que deriva de Besan€on
Hugues, l„der da revolta em Genebra. O bi•grafo de Jo•o Calvino, Bernard Cottret,
afirma que "huguenotes" vem de "confederados" (em francŠs "Eidguenot", derivado
do Su„€o-alem•o Eidgenossen, ou confederados, express•o designando as cidades e
cantŽes helv…ticos partid‚rios da Reforma). Na Genebra do s…culo XVI havia uma
rivalidade interna entre os "mamelucos", que eram conservadores e se orientavam
favoravelmente ‘ Sav•ia, e os "confederados" ou Eidguenotes, que eram mais
progressivos e enveredaram pelo protestantismo.

Owen I.A. Roche, no seu livro The Days of the Upright, A History of the Huguenots
(New York, 1942), escreveu que "Huguenot" … "uma combina€•o de flamengo e
alem•o. Na ‚rea flamenga da Fran€a, os estudantes que se reuniam em uma casa
privada para estudar secretamente a B„blia eram chamados Huis Genooten (colegas
de casa) enquanto na zona alem• e su„€a eram chamados Eid Genossen (colegas de
juramento), que indicava as pessoas ligadas entre elas sobre juramento. Afrancesado
em "Huguenot", muitas vezes usado com tom de desaprovaۥo, a palavra virou, em
dois e trŠs s…culos de triunfo e de terror, um s„mbolo de honra paciente e coragem".
Outros afirmam que o termo derive do nome de um lugar no qual os protestantes
franceses celebravam o pr•prio culto; esse lugar era chamado "Torre de Hugon" e se
encontra em Tours.

HOLANDESES (Igreja Reformada). A presen€a holandesa no Brasil ( 1630-1654 ) foi


marcada por atividades evangel„sticas na regi•o nordeste do pa„s. Nessa …poca
obreiros foram enviados aos „ndios e visitadores saiam a confortar enfermos com a
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leitura da B„blia. Nesse tempo, tamb…m, muitos templos foram constru„dos no Recife.
Durante a ocupaۥo holandesa no Brasil foi elaborado um projeto para traduzir a
B„blia para a l„ngua nacional. Em 1624 os crentes da frota holandesa, estacionada na
Bahia, iniciaram cultos. Mais tarde, em 14 de fevereiro de 1630, teve in„cio uma s…rie
de cultos no Recife.

LUTERANOS. A primeira igreja luterana chegou ao Brasil com os alem•es que


emigraram para o sul do pa„s, por volta de 1800.

METODISTAS. Em mar€o de 1836, o Rev. Justin Spaulindg, foi designado como


primeiro mission‚rio metodista ao Brasil. O Rev. Spaulindg foi enviado, ao Brasil, pela
igreja metodista norte-americana. Inicialmente estabeleceram como bases uma
escola e uma congregaۥo no Rio de Janeiro, posteriormente estabeleceram
trabalhos em Piracicaba, no estado de S•o Paulo.

Por volta de 1824, o Brasil era visto como um pa„s 100% cat•lico. A partir de 1855,
mais mission‚rios protestantes come€aram a chegar e a residir permanentemente por
aqui e, em trŠs d…cadas, todas as denomina€Žes protestantes hist•ricas se
estabeleceram no pa„s. Muitos mission‚rios tinham especializa€Žes profissionais e
contribu„ram muito para a educa€•o e demais ‚reas sociais. Fundaram igrejas,
escolas, universidades, cl„nicas, hospitais, jornais, editoras, etc. Trabalharam em
favor da liberdade religiosa, promovendo o respeito ‘ sua inerente diversidade.
Apresentaram a “salva€•o pela gra€a, mediante a f…” e a vis•o respons‚vel de que “a
f… sem obras … morta”. A partir da„, pode-se dizer que a igreja evang…lica brasileira
tem contribu„do para “mudar a cara” desta grande na€•o.

ROBERT REID KALLEY. M…dico e mission‚rio escocŠs chegou ao Brasil, vindo da Ilha
da Madeira. Em 10 de maio de 1855 chegou ao Rio de Janeiro indo morar em
Petr•polis, na residŠncia do Embaixador Americano. Numa tarde de Domingo, a 19 de
agosto de 1855, Kalley e sua esposa Sarah instalaram em sua residŠncia a primeira
classe de Escola Dominical, contando com cinco crian€as, filhos de cidad•os
americanos. Foi contada a hist•ria do profeta Jonas. Em 1855 organizou o Igreja
Evang…lica Fluminense, segundo o modelo congregacional.

PRESBITERIANOS. Ashbel Green Simonton, enviado pela Junta de MissŽes


Estrangeiras da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da Am…rica do Norte, chegou
ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, em 12 de agosto de 1859. Em 12 de
abril de 1860 organizou a primeira Escola Dominical, de confiss•o presbiteriana, com
assistŠncia de cinco crian€as. Em 12 de janeiro de 1862, Simonton recebeu duas
pessoas por profiss•o de f…, foram os primeiros membros da igreja presbiteriana no
Brasil.

BATISTAS. O primeiro pregador batista a trabalhar no Brasil, foi um mission‚rio


norte-americano que chegou ao Rio de Janeiro em 1859, mas por problemas de
sa†de se viu for€ado a voltar ‘ sua p‚tria em 1861. Em 15 de outubro de 1882
William e Ann Bagby, Zachary e Kate Taylor e Antonio Teixeira de Albuquerque
organizaram a Primeira Igreja Batista do Brasil, em Salvador, estado da Bahia.

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CONGREGAÄÅO CRISTÅ NO BRASIL. Vindo para o Brasil e Argentina em 1909 j‚ 20
de abril de 1910 Luige Francescon realizou o primeiro batismo em Santo Antonio da
Platina, Paran‚, batizando o italiano Felicio Mascaro e mais dez pessoas; depois
dirigiu-se para a cidade de S•o Paulo, onde foram batizadas mais vinte pessoas.
Durante alguns anos, os fi…is reuniram-se sem denomina€•o e ap•s adquirirem o
primeiro pr…dio, na cidade de S•o Paulo, foi escolhido o nome "Congrega€•o Christ•
do Brasil", oficializado quando da realizaۥo da Convenۥo, em 1936. Alterado nos
anos 1960 por questŽes internas substituiu-se a contra€•o "do" pela contra€•o "no".

Possuiu maioria italiana at… a d…cada de 1930, quando ent•o passaram a


preponderar as demais etnias; desde 1950 est‚ presente em todo territ•rio brasileiro
e em diversos pa„ses. Em 2007 reportou 19.926 casas de ora€•o no Brasil em 2000
havia cerca de 2,4 milhŽes de membros declarados no Brasil.

ASSEMBLÇIAS DE DEUS. No dia 18 de junho de 1911, na cidade de Bel…m, capital do


estado do Par‚, foi organizada a Igreja AssemblÉias de Deus. Inicialmente o nome
adotado foi MissÑo de FÉ ApostÖlica.

Os seus organizadores, Gunnar Vingren e Daniel Berg eram mission‚rios, suecos, e


chegaram ao Brasil em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. Antes
do trabalho haver completado dois anos, a falta de obreiros j‚ era sentida em v‚rias
localidades onde se „am estabelecer igrejas e congrega€Žes.

Foi assim que, por orienta€•o divina, o mission‚rio Gunnar Vingren separou no mŠs
de fevereiro de 1913, Absal•o Piano, como primeiro pastor da Assembl…ia de Deus no
Brasil. O segundo foi Isidoro Filho, o terceiro, Crispiniano de Melo, o quarto, Pedro
Trajano e o quinto Adriano Nobre.

Cerca de 12 milhŽes de pessoas congregam nos mais de 100 mil templos espalhados
por todo territ•rio nacional. N•o h‚ localidade, urbana ou rural, onde a Assembl…ia de
Deus n•o esteja presente. Conven€•o Geral das Assembl…ias de Deus no Brasil e a
Conven€•o de Madureira s•o, entre outras, as principais conven€Žes de car‚ter
nacional da denominaۥo.

Na Bahia as AD chegaram em 1926 com os primeiros cultos realizados na Boca do


C•rrego, munic„pio de Canavieiras, sul do estado.

Na capital, Salvador, a primeira Assembl…ia de Deus foi organizada em maio de 1930


pelos mission‚rios suecos Otto e Adina Nelson. O primeiro culto em Salvador
aconteceu no dia 25 de maio de 1930 em im•vel alugado pelos mission‚rios na Av.
Carlos Gomes, centro da cidade.

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PROP‚SITO
Ao estudar Evangelismo e Discipulado propomos debater tanto a teoria quanto a
pr‚tica do evangelismo em suas perspectivas b„blicas, teol•gicas, ministeriais e das
a€Žes da igreja local quer coletiva ou individualmente.

OBJETIVOS COMUNS
1) Conceituar o evangelismo (sua base, defini€•o e processo) dentro do prisma b„blico;
2) Desenvolver t…cnicas para o evangelismo pessoal;
3) Desenvolver uma consciŠncia dos fatores culturais que afetam o evangelismo;
4) Desenvolver t…cnicas para liderar a igreja local na sua tarefa evangel„stica;
5) Estudar os princ„pios do crescimento da igreja e desenvolver t…cnicas para o
crescimento integral do povo de Deus.

TEOLOGIA DE EVANGELIZAۥO
Como; Onde, Quando e Porque s•o questionamentos que devem nortear a a€•o
evangelizadora da igreja na sociedade. Assim as necessidades do homem
urbano/rural moderno tornam imperativo o estudo de uma teologia e pr‚xis de
evangeliza€•o compat„veis com os princ„pios e modelos b„blicos aplic‚veis ‘ realidade
atual. Os problemas relacionados com a miss•o evangelizadora da Igreja exigem uma
pr‚xis evangel„stica focada nas realidades e problem‚ticas contempor’neas.

A CIDADE E A EVANGELIZAۥO
A criaۥo da primeira cidade data de cerca de seis mil anos, as Escritura Sagradas
citam Caim como seu organizador, tendo dado a ela o nome de seu filho, Enoque. A
cidade, com suas estruturas sociais, econƒmicas e pol„ticas, … o palco onde a
evangeliza€•o urbana acontece, sendo esta urdida e executada pelos m†ltiplos
minist…rios organizados nas denomina€Žes presentes em cada metr•pole. Assim, a
mensagem de CRISTO … levada aos homens desafiando-os, no presente, a uma
tomada de decis•o quanto ao seu destino eterno.

Nesse contexto a cidade tornou-se uma atual e desafiadora fronteira mission‚ria


urbana demandando para sua conquista espiritual e conseq•ente colheita de vidas
uma emergente e plena compreens•o, pela igreja, de suas realidades sociais e
espirituais.

O estudo da teologia da evangelizaƒ„o urbana objetiva entre outros fatores


o seguinte:
 Tomar consciŠncia da realidade das cidades e seus desafios
 Considerar os fatos b„blicos e os princ„pios relacionados com missŽes urbanas
 Apreciar os m…todos evangel„sticos urbanos hoje adotados
 Elaborar projetos objetivando a evangeliza€•o das cidades

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A EVANGELIZAۥO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento a evangeliza€•o n•o parece haver sido jamais uma quest•o
discutida. Isto …, n•o encontramos os ap•stolos instando, exortando, repreendendo,
planejando e organizando programas evangel„sticos.

Na igreja apost•lica a evangeliza€•o era algo que se considerava ponto pac„fico, e


funcionava sem t…cnicas nem programas especiais. Simplesmente acontecia surgindo
sem esfor€o da comunidade dos crentes, como a luz surge do sol, era autom‚tica,
espont’nea, cont„nua, contagiosa. Paulo n•o exortava repetidamente as suas igrejas
a unirem esfor€os para a propaga€•o da f…, e como deveriam pratic‚-la e guard‚-la.

Salta aos olhos a artificialidade de ensinar t…cnicas de comunica€•o da mensagem


desvinculadas dessa Šnfase primeiramente na vida do crente e no testemunho total
da comunidade crist•. N•o se d‚ no ar, d‚-se no mundo, em bairros concretos, de
cidades concretas, de sociedades concretas. D‚-se, n•o a homens abstratos, e sim a
homens de carne e osso, que vivem dentro de determinadas estruturas sociais, que
sofrem, gozam, iludem-se e se desiludem, lutam e esperam.

O FEN…MENO DA URBANIZA€•O DAS CIDADES


Em todo mundo … conseq•Šncia da acelerada migra€•o de indiv„duos das ‚reas rurais
para os centros urbanos em propor€•o nunca antes experimentada na hist•ria da
civiliza€•o humana. As conseq•Šncias para a vida humana s•o inevit‚veis: violŠncia,
desagrega€•o da fam„lia, extrema pobreza, drogas, d…ficit habitacional, ineficiente
sistema de sa†de e educa€•o etc. O s…culo XX come€ou com 15% da popula€•o
mundial vivendo nas cidades e terminou com 15 % vivendo fora das cidades.

Fatores determinantes da urbanizaƒ„o


 A industrializa€•o: O processo de industrializa€•o provocou o crescimento,
fazendo surgir megacidades;
 O crescimento natural da popula€•o
 Desejo de melhores condi€Žes de vida: escola para os filhos, melhores
sal‚rios, assistŠncia m…dica;
 Atra€•o pelos grandes centros: A penetra€•o das imagens de TV que iludem
com expectativa de vida melhor;
 Mecaniza€•o da agricultura e conseq•ente desemprego.

A COMPLEXIDADE DO HOMEM URBANO E SUAS M†LTIPLAS QUEST‡ES

I. Psico-sociais
a) Anonimato
b) Alienaۥo
c) Isolamento
d) Despersonalizaۥo

II. Morais e Religiosas


a) TendŠncia a ser um crist•o nominal
b) Relaxamento dos padrŽes morais
c) Inclina€•o ‘ auto-suficiŠncia
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III. Cˆvicas e Polˆticas
a) ConsciŠncia pol„tica mais acentuada
b) TendŠncia a ser influenciado por grupos de press•o

Problemas do homem moderno


a) Econƒmicos/ViolŠncia urbana
c) QuestŽes sociais/Educacionais
d) Crises na fam„lia/Psicol•gicos
f) Espirituais e morais

REVISANDO
 N•o haver‚ evangeliza€•o sem testemunho pessoal – a pr‚tica vivencial;
 A fam„lia ocupa papel fundamental na evangeliza€•o local;
 T…cnicas, cursos, semin‚rios de nada adiantar•o se n•o experimentarmos a
plenitude do poder do Esp„rito Santo em nossa vida pessoal e comunit‚ria;
 Os dons espirituais como ferramentas capacitadoras, o batismo no Esp„rito
Santo, a vida de santifica€•o s•o imprescind„veis ‘ uma efetiva e produtiva
evangelizaۥo;
 Vida devocional pautada na medita€•o di‚ria da B„blia, a Palavra de Deus,
ora€•o pessoal e particular e compromisso discipular com os prop•sitos
evangelizadores do Senhor Jesus nos far•o ganhadores de almas, pescadores
de homens.

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O EVANGELHO E O EVANGELISMO
Ao escrever sobre o evangelismo um pastor afirmou o seguinte: “Existe em nosso
mundo hoje uma coisa pequenina que pode fazer a diferen€a entre a vida e a morte
para vocŠ e seus conhecidos. Esta coisa pequena estava com vocŠ ontem, est‚ com
vocŠ agora e vai estar com vocŠ amanh•. Se n•o fizer uso dela, seus conhecidos
podem morrer e vocŠ tamb…m. Sabe o que … esta coisa t•o pequena mais t•o
importante para vocŠ e seus conhecidos? ‡ a sua l„ngua! A sua habilidade de falar.”
( Evangelismo, Amor em Aۥo РGarner Allen Dutton) Ezequiel 3. 16 Р27.

Joseph Aldrich, apontou em seu livro “Amizade, a Chave Para a Evangeliza€•o”,


algumas armadilhas que tem fragilizado a igreja nesta batalha de ganhar os perdidos.

Como primeira armadilha ele citou:

 “A necessidade de nos relacionarmos com um n†mero cada vez mais crescente


de pessoas mutilou a nossa capacidade de nos confrontarmos bem at… mesmo
com uma †nica pessoa”.
 Um segundo motivo da nossa ineficiŠncia … o ritmo de vida muito r‚pido e
complicado”.
 Uma terceira fonte que tem prejudicado a evangeliza€•o … “o nosso contato
com modelos evangel„sticos defeituosos”.
Ele aponta ainda outras armadilhas, como por exemplo:
 “O desequil„brio dentre verbaliza€•o e encarna€•o do evangelho” o
testemunho.

Isto significa que, os crist•os devem ser “boas novas” antes de compartilhar as “boas
novas”. As palavras do evangelho devem ser encarnadas, antes de serem
verbalizadas. A estrat…gia da comunica€•o pessoal de Cristo era encarnacional. (Jo
1.14). A nossa estrat…gia hoje, n•o pode ser diferente.

Somos produtos da fala e do interesse de outras pessoas. Algu…m fez alguma


coisa para que o evangelho nos alcan€asse. Da mesma forma, n•s devemos fazer
algo para alcan€ar o maior n†mero poss„vel de pessoas. Veja o que a B„blia nos
ensina sobre este desafio.

1. Mois…s foi usado por Deus para tirar o povo da escravid•o do Egito.
2. Abra•o lutou com Deus em favor de Sodoma e Gomorra.
3. O profeta Jeremias se importava tanto com Israel que derramou l‚grimas em
favor do povo por causa de seus pecados contra Deus.
4. Neemias, deixou o seu trabalho para reconstruir uma cidade destru„da.

Quantos dentre n•s hoje demonstra alguma preocupa€•o s…ria com o povo desta
cidade de S•o Paulo? Quantos de n•s temos chorado por causa da mis…ria, da
violŠncia, da corrup€•o que tomou conta da nossa cidade?

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DEFININDO EVANGELISMO

Desde que o trabalho do evangelismo est‚ atrelado ao evangelho, … necess‚rio


definir o que significa este termo. A palavra evangelho, vem do grego “euangu…lion”,
significando literalmente, “boas novas”.

Resumindo: O evangelismo … o esfor€o que toda igreja deve fazer para alcan€ar o
coraۥo do homem com a Palavra de Deus.

 … a tarefa de testemunhar de Cristo aos perdidos – Lucas 19.40


 … a tarefa de conduzir o pecador ‘ salva€•o – 1 Cor„ntios 9. 22
 … a tarefa de alistar vidas ao servi€o de Cristo – Jo•o 1: 45
 … expressar o que somos em Cristo – 1 Cor„ntios 15.17

Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus, empregaram o


verbo “euanguelizo”, que tem o significado de “levo” ou “trago boas novas”. Lucas 2.
10. Segundo a “Enciclop…dia de B„blia Teologia e Filosofia” a palavra “evangelho”
atravessou trŠs …pocas no decorrer da hist•ria:

1. Nos antigos autores gregos ela significava “recompensa por trazer boas
novas”.

2. Na Septuaginta* e outras obras: as pr•prias boas novas. 2 Reis 18.


20,22,25.

3. No Novo Testamento: as boas novas de Cristo, ou ent•o os livros que


apresentam as boas novas sobre Jesus. Ex. Os Evangelhos.

O termo “Evangelho” para designar cada um dos quatro Evangelhos come€ou nos
escritos dos pais apost•licos.

*Septuaginta Рtraduۥo do Antigo Testamento hebraico para o grego, juntamente com certos livros
adicionais. O nome vem do latim com o sentido de “setenta”, por causa da tradi€•o que afirma que
esta vers•o foi feita por setenta anci•os judeus, durante o reinado de Ptolomeu II Filadelfo, tendo sido
feita na cidade de Alexandria, no Egito em 284-247 A.C.

Evangelho n„o evang‰lico

‡ t•o importante saber o que … o “evangelho” como tamb…m, conhecer o que ele n•o
….

1. O evangelho n„o ‰ uma porƒ„o isolada das Escrituras.

Podemos ensinar muitos princ„pios b„blicos, como …tica, moral, filosofia de vida sem
que estejamos pregando o evangelho. ‡ importante saber, que o evangelho … antes
de tudo “a proclama€•o das boas novas da salva€•o”

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2. O evangelho n„o ‰ um conjunto de normas sociais.

Todo crist•o tem um compromisso com o social. N•o podemos pregar uma
mensagem de f…, sem mostrarmos as obras. Jesus conciliou a sua mensagem de vida
eterna com o repartir do p•o e dos peixes. Mateus 15. 32 - 39.

Quando, por…m, a igreja pende para o lado social ela est‚ desequilibrando a
mensagem da cruz. Como corpo de Cristo, a sua tarefa … a de operar a salva€•o do
perdido atrav…s das boas novas.

3. O evangelho n„o ‰ uma estrat‰gia proselitista.

Este evangelho omite a necessidade de ren†ncia e de sacrif„cios pessoais. A tƒnica …


satisfazer as necessidades pessoais dos ouvintes. Esta pr‚tica gerou o chamado “F‚cil
Cre„smo”. Segundo a Enciclop…dia b„blica o “F‚cil Cre„smo” … a cren€a em doutrinas
que nada tem a ver com a salva€•o da alma. A persuas•o emocional tem substitu„do
a convic€•o genu„na operada pelo Esp„rito Santo no cora€•o do pecador.

O Evangelismo nos Evangelhos

N•o se podem ler os evangelhos sem notar o interesse que Jesus dava ‘s pessoas.
Enquanto ensinava sobre os princ„pios do reino de Deus, ele procurava atingir cada
ouvinte com suas palavras. Jesus nunca se preocupou com as multidŽes. Ali‚s, ele
estava sempre fugindo dos aplausos e honrarias. Muitos dos seus ensinos foram
dados ‘ pessoas e n•o ‘s multidŽes.

Como exemplos temos os seus di‚logos com Nicodemos, com a mulher samaritana,
com a mulher siro-fen„cia, com o jovem rico, com Zaqueu e tantos outros. Algumas
caracter„sticas afloram desses encontros. Devemos conhecŠ-las para podermos
exercer com excelŠncia o trabalho de evangelizar o perdido.

1. Jesus sempre foi diligente em seu minist‰rio evangelˆstico.

Ao deixar o deserto, onde passou quarenta dias sob o fogo cruzado de Satan‚s, Jesus
n•o recusou um di‚logo com dois disc„pulos de Jo•o Batista.

Estes disc„pulos desejavam saber onde Jesus morava. Foram convidados a


acompanh‚-lo e permaneceram com ele todo aquele dia. Ler Jo•o 1: 35 – 39.

2. Jesus foi um evangelista paciente e determinado.

Jesus n•o teve pressa em falar ‘queles dois disc„pulos. Foi paciente e determinado. O
seu alvo era conquistar aqueles dois cora€Žes para o reino de Deus. Quem se apressa
a falar do evangelho acaba assustando as pessoas. Precisamos aprender a dar tempo
ao Esp„rito Santo para que ele conven€a a pessoa, antes de n•s a convencermos.

3. Jesus foi um homem cheio de compaix„o.

A for€a motora do evangelismo … a compaix•o. Sem ela, o trabalho se torna frio,


rotineiro e sem motiva€•o. Uma igreja que n•o demonstra uma compaix•o pelos
perdidos, est‚ perdida. Ler Mateus 14:14.
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4. Jesus foi um evangelista sempre pronto a se dar em favor do pecador.

Jesus nunca despediu uma pessoa sem antes aben€o‚-la. Estava sempre pronto a
interceder pelos sofredores, a curar os enfermos, a conquistar vidas. N•o comia, nem
bebia at… plantar o evangelho no cora€•o dos seus ouvintes. Ler Mateus 20: 25 – 28.

5. Jesus foi um evangelista n„o dispersivo.

Ele nunca gastava tempo com divaga€Žes e especula€Žes sobre doutrinas e


costumes. Sabia a import’ncia do seu tempo. Quando Nicodemos tentou desviar o
assunto para os milagres que Jesus estava realizando, ele o confrontou com a
verdade do novo nascimento. Ler Jo•o 3.3,5.

6. Jesus sempre foi compreensivo e perdoador.

Quando impomos a nossa f… a algu…m, ela se dissolve como a€†car na ‚gua. N•o
fomos chamados para sermos juizes de ningu…m. Quem deseja ganhar pessoas para
Cristo precisa demonstrar um esp„rito compreensivo e cheio de perd•o. Ler Jo•o 8. 1
–11.

7. Jesus foi um evangelista dinŠmico.

Al…m de percorrer as aldeias, as vilas e povoados levando a mensagem de salva€•o,


ele estava sempre pronto a treinar e ensinar os seus disc„pulos. A igreja n•o pode se
contentar apenas com os cultos que realiza. Jesus n•o ordenou aos seus disc„pulos
que constru„ssem templos em Jerusal…m; que ficassem a espera de alguns eventuais
visitantes. Pelo contr‚rio, ele ordenou que eles sa„ssem a pregar e a fazerem
disc„pulos. Este dinamismo precisa ser ressuscitado no seio da igreja. Ler Mateus 28.
19; Marcos 16. 15.

O EVANGELHO NO LIVRO DE ATOS

O texto de Atos 1:8 sintetiza todo o esfor€o da igreja no cumprimento de sua miss•o
evangel„stica. “...mas recebereis poder, ao descer sobre v•s o Esp„rito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusal…m, como em toda a Jud…ia e Samaria, e at…
aos confins da terra”. Neste texto observamos em primeiro lugar a defini€•o da tarefa
que cada disc„pulos teria que cumprir. Ser uma testemunha de Jesus, era o desafio
para aqueles primeiros evangelistas.

Em segundo lugar, eles deveriam mostrar este testemunho n•o apenas em


Jerusal…m, mas at… aos confins da terra.

Em terceiro lugar, eles deveriam receber o Esp„rito Santo para poderem cumprir com
esta ordem.

CARACTER‹STICAS PREDOMINATES DO EVANGELISMO NO LIVRO DE ATOS


DOS AP‚STOLOS

1. O evangelismo no livro de Atos era um trabalho que n„o sofria soluƒ„o


de continuidade.

14
Todos os dias os disc„pulos estavam testemunhando de Cristo. Eles n•o pensavam no
evangelho apenas aos domingos. Atos 2:46.

A bitola da evangeliza€•o moderna … muito estreita. Canalizamos todo o nosso


esfor€o para os cultos dominicais. E o resultado … que o crescimento custa a
aparecer.

2. O evangelismo primitivo tinha muitas vozes.

Todos estavam comprometidos com a divulgaۥo da mensagem e a salvaۥo de


vidas. Por onde andavam deixam as marcas de um cristianismo vibrante.

Hoje a igreja silenciou. Deixou para os l„deres a responsabilidade de pregar e


anunciar as boas novas da salvaۥo.

3. O evangelismo primitivo era ousado.

Atos 4. 19-21

4. O evangelismo primitivo era impulsionado e dirigido pelo Espˆrito Santo.

Atos 5. 17-32 Est‚ na hora da igreja voltar os seus olhos para os ensinos b„blicos
sobre a evangeliza€•o. N•o podemos continuar presos dentro dos “santos arm‚rios”,
esperando que vidas sejam redimidas e alcan€adas pelo poder do evangelho. Deus
nos chama a sair e conquistar vidas atrav…s das nossas vidas.

15
EVANGELISMO PESSOAL

DEFININDO O QUE ΠEVANGELISMO PESSOAL


Uma das recomenda€Žes mais importantes e menos praticada est‚ registrada nas
palavras de Jesus diante de uma multid•o faminta e hiante. Vamos reler devagar este
clamor que saiu dos l‚bios do maior evangelista que a hist•ria conheceu.

“Vendo ele as multidŽes, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas


como ovelhas que n•o tem pastor. E ent•o se dirigiu a seus disc„pulos: A seara na
verdade … grande, mas os trabalhadores s•o poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara
que mande trabalhadores para a sua seara” Mateus 9. 36 – 38.

Sintetizando esta palavra poder„amos afirmar: “est‚ faltando homens e mulheres que
queiram aceitar o desafio de ser luz e sal para o mundo”.

A igreja se cansa na busca de novos m…todos para evangelizar, enquanto Deus


continua buscando homens e mulheres que se deixem usar por ele”.

A responsabilidade de evangelizar n•o … uma tarefa exclusiva do pastor, ou do


evangelista. Ela diz respeito a todos os crentes.

O texto de Ezequiel 3.16 – 27 … um texto que deveria nos atemorizar. O que o


profeta registrou por ordem de Deus, … um verdadeiro libelo contra o desinteresse
que ainda hoje predomina em muitos cora€Žes evang…licos.

Esta passagem ensina algumas verdades importantes, como por exemplo:

1. Ela define o crente como um atalaia (vigia, guarda, sentinela), respons‚vel em


ouvir a palavra de Deus e transmiti-la ao homem pecador.

2. Ela revela que o destino de muitos homens e mulheres, est‚ na fidelidade do


atalaia em cumprir as ordens de Deus.

3. Ela isenta o crente de qualquer responsabilidade diante daqueles que se recusam


em obedecer a Palavra de Deus.

4. Ela aponta para uma prestaۥo de contas diante de Deus pelas almas que
pereceram em virtude do silŠncio do atalaia.

Evangelismo pessoal portanto … o minist…rio de falar de Cristo aos perdidos


individualmente, e lev‚-los a uma decis•o espiritual. Jo 1.41, 42; At 8.30.

O ALVO
O alvo do evangelismo pessoal … tr„plice. Em primeiro lugar ele tem como objetivo
maior, salvar o perdido. Em seguida, ele busca restaurar aqueles que se desviaram
da f…. E finalmente, tem como alvo edificar os demais crentes atrav…s de palavras de
conforto e consolo.

16
O evangelismo pessoal, ultrapassa os limites que muitas vezes n•s estabelecemos
para ele. O seu objetivo n•o … apenas falar ao pecador, mas alcan€ar a todos que
necessitam de ’nimo e coragem para continuarem a caminhar com Cristo.

Falhas no evangelismo pessoal

O famoso evangelista Dr. Billy Graham foi questionado sobre qual o melhor m…todo
de evangelismo que ele praticava. A sua resposta foi simples e contundente: “Todos
os m…todos s•o v‚lidos e importantes, desde que sejam praticados dentro dos limites
da Palavra de Deus”.

O evangelismo de massa tem sido o m…todo mais comum e apreciado pela igreja. O
uso da m„dia maximizou este m…todo. O uso das emissoras de r‚dio e TV, das
revistas e jornais cresceram muito nas †ltimas d…cadas.

Com esse crescimento, observou-se uma diminui€•o na for€a do evangelismo


pessoal. A igreja passou a depender quase que exclusivamente desses meios para
projetar-se no mundo. Este crescimento produzido pela m„dia, gerou uma classe de
convertidos sem nenhuma base espiritual. Este fenƒmeno fragilizou a igreja em
muitos aspectos. Uma grande maioria passou a ser freq•entadora de cultos e n•o
mais compromissada com os projetos da igreja.

At… mesmo o termo “testificar” j‚ perdeu o seu verdadeiro significado. Muitos crentes
pensam que se convidarem algu…m ‘ igreja, ou falarem sobre Jesus, j‚ testificaram a
respeito de sua f….

O Instituto B„blico Moody calculou que noventa e cinco por cento dos crentes
americanos, nunca levaram uma alma a Cristo. No Brasil at… o presente dados
semelhantes n•o est•o dispon„veis.

Uma das grandes falhas do evangelismo pessoal, decorre do fato de que a igreja
espera que apenas o pastor, ou o evangelista sejam homens ou mulheres cheios do
Esp„rito Santo. Mas, a verdade … que todos os que abra€aram o evangelho devem ter
suas vidas saturadas da presen€a do Esp„rito. E isto, custa um bocado!

VANTAGENS DO EVANGELISMO PESSOAL

1. O evangelismo pessoal se adapta ao n„vel espiritual de cada crente.


2. ‡ uma estrat…gias eficiente para o crescimento da igreja. At 5. 42; 8. 4.
3. Abre oportunidades para desfazer todos os preconceitos criados ao redor do
evangelho.
4. Provoca o crescimento espiritual de quem evangeliza.

Por que, quando, onde e como evangelizar

Estas s•o perguntas b‚sicas no processo de evangeliza€•o. Vamos caminhar por cada
item, procurando colocar em pr‚tica todos estes princ„pios. Se desejamos ver a igreja
do Senhor Jesus se transformar numa igreja forte e sadia, precisamos mudar a nossa
postura.

17
Por que ?

Em primeiro lugar, veja por que vocŠ deve ser um evangelista?

O evangelista T.L. Osborn escreveu um livro intitulado: “Conquistando Almas, l‚ fora


onde os pecadores est•o”. Neste livro ele aponta algumas das razŽes que o levaram
a ser um conquistador de almas. Vale a pena consult‚-lo.

VocŠ deve ser um evangelista, porque esta foi uma ordem expressa de Jesus nos
momentos finais de sua vida. Mc 16.15.

Muitas s•o as desculpas que apresentamos para n•o obedecermos a esta ordem.

1. Falta de tempo – Mt 26.45; Lc 22.14

2. Cansa€o – Jo 4.6,7

3. N•o tenho capacidade para falar do evangelho – “x 3.11; Jz 6.15; Is 6.5; Jr 1.6.

VocŠ deve ser um evangelista, porque Deus o aben€oou com dons e talentos – Mt
25.14 – 30; Lc 16. 2; 19.13.

VocŠ deve evangelizar porque Deus lhe deu o privil…gio de participar do seu trabalho.

Quando?

Em segundo lugar, quando devemos evangelizar? A †nica resposta a esta pergunta …


“agora”! Ml 1.9; At 17.30; Hb 3.7

Onde?

Em terceiro lugar, onde devemos evangelizar?

N•o podemos pregar o evangelho em todos os lugares, mas podemos


individualmente conscientizar as pessoas a respeito de seus pecados. H‚ muitos
lugares onde o ganhador de almas deve ficar atento.

1. Nos cultos – a igreja tem perdido muitas oportunidades de ganhar pessoas durante
os seus trabalhos. N•o podemos nos descuidar. Muitos entram e saem da igreja da
mesma maneira. ‡ preciso confrontar estas pessoas com a verdade.

2. Nos lares – o campo de trabalho de muitos n•o est‚ no exterior, ou numa outra
cidade, mas pode estar bem perto, dentro de suas casas. Mc 5.19; At 5.42; At 20.20.

3. No trabalho – Mt 9.9; Mc 1.16.

4. Nos transportes –

Como?

Em quarto lugar, como devemos evangelizar?

18
TRATANDO COM AS DIVERSAS CLASSES DE PESSOAS

‡ importante antes de mais nada definir qual o significado do termo “perdido”. O


“perdido”, n•o … um incr…dulo, e muito menos, um ateu. Muitas vezes perdermos
excelentes oportunidades de falar de Jesus, por rotularmos a pessoa antes de
conhecermos as suas d†vidas espirituais.

Chamamos “perdidos” aos que nunca aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador. O
trabalho do evangelista … o de falar de Jesus a todos os que ainda n•o ouviram as
boas novas do evangelho.

O desafio maior que o evangelista encontra … o de lidar com certas classes sociais. Os
argumentos usados para levar um presidi‚rio a Cristo, n•o podem ser os mesmos
para se falar a um empres‚rio. Ambos precisam do evangelho. Mas a abordagem
deve ser diferente.

Biblicamente falando, ningu…m est‚ livre de condena€•o diante de Deus,


especialmente, ap•s tomar conhecimento da verdade. Rm 1:20, 2:1 O importante …
saber lidar com as desculpas que as pessoas apresentam para n•o firmarem uma
decis•o a favor do evangelho.

VEJAMOS

01. Eu sou o maior pecador. Nem mesmo Deus me aceita. Neste caso procure
aplicar as palavras de Jesus que afirmou: “Os s•os n•o precisam de m…dico, e, sim,
os doentes; n•o vim chamar justos, e, sim, pecadores”.

02. Toda religi„o ‰ boa. O importante ‰ voc• ser sincero. A sinceridade … uma
das virtudes b‚sicas no relacionamento entre o homem e Deus, e entre o homem e
seu semelhante. Mas ela n•o conduz ningu…m ‘ salva€•o. Se a pessoa est‚
caminhando numa dire€•o errada, a sua sinceridade de nada adiantar‚.

Religi•o … tudo aquilo que o homem faz para alcan€ar a Deus. Salva€•o … aquilo que
Deus fez para libertar o homem de seus pecados. Jo 14: 6.

03. HŽ muita coisa na Bˆblia e no meio evang‰lico que n„o consigo


entender Estas pessoas n•o apenas desconhecem o que a B„blia afirma, mas nada
sabem da pr•pria vida.

Ningu…m quer viver no escuro s• porque n•o entende a complicada teoria da


eletricidade. Ningu…m deixa de tomar leite, somente porque n•o entende como se
processa o metabolismo deste produto no corpo de um animal. Uma vaca de cor
preta e branca, comendo capim verde, produz leite branco.

03. Todos s„o filhos de Deus. Ele n„o vai condenar uma pessoa que ele
mesmo criou. Na verdade, Deus n•o condena ningu…m. Jo 3: 17 . O homem … que
se condena a si mesmo quando rejeita a oferta de Deus. Jo 12: 48.

19
04. Terei de abandonar muitas coisas que aprecio, inclusive, meus amigos.
Lembrar que o evangelho … luz. Ele quando entra na vida da pessoa, afasta toda a
escurid•o. Ningu…m perde nada ao abra€ar a verdade. Mas, pode-se perder tudo
quando a rejeitamos. Mc 8: 36.

05. Eu ainda sou muito jovem, mais tarde eu vou pensar a respeito. Este … o
jogo mais perigoso da vida. ‡ como brincar de “roleta russa”. Lc 12: 19,20.

06. N„o creio no inferno nem no castigo eterno. Tamb‰m n„o creio na vida
al‰m desta. A morte ‰ o fim de tudo. O inferno ‰ aqui mesmo. Este … um
ponto delicado, pois, ningu…m voltou ap•s a morte para contar o que existe do outro
lado. A †nica certeza que temos … o que a Palavra de Deus nos ensina. Mt 10: 48; Lc
16: 23.

20
A PESSOA DO EVANGELISTA, AQUELE QUE GANHA ALMAS

O ganhador de almas tem de ter experiŠncia pr•pria da salva€•o. O melhor exemplo


deste t•pico est‚ no di‚logo que Jesus travou com a mulher samaritana:

1. Jesus demonstrou amor e esp„rito de sacrif„cio – Jo 4. 4,6,8.


2. Jesus foi ao encontro da mulher. Ele partiu do geral ao particular - V. 4 –
Samaria; V. 5 – Sicar; V. 6 – fonte de Jac•.
3. Jesus foi paciente – Jo 4.6
4. Entrou logo no assunto da salvaۥo Рv.7
5. Ficou sozinho com a mulher – v. 8
6. Deixou de lado os preconceitos
7. Permaneceu firme no assunto em pauta – v. 9 – 13
8. Levou a mulher a reconhecer o seu estado de pecado – v. 16
9. N•o condenou a mulher - v. 18
10. N•o discutiu – v. 20 – 24

O projeto de Deus para alcan€ar o mundo com a mensagem do evangelho ainda


continua sendo o mesmo: o homem. Muito acima dos m…todos, Deus ainda depende
da qualidade de vida do homem para cumprir o seu alvo.

Algumas condi€Žes se tornam imprescind„veis. Dentre elas vamos ressaltar:

1.0 – Ser convertido – Lc 22: 32

1.2 – Ter um bom testemunho – 1 Tm 3: 7

1.3 – Viver aquilo que prega – Rm 2: 21,22

1.4 – Ser um entusiasta – 1 Co 9:21

1.5 – Ser cheio do Esp„rito Santo – Jo 16: 13; Lc 12:12; Rm 8:26

O pastor Oswald Smith, ao comemorar o seu trig…simo anivers‚rio, no dia 8 de


novembro de 1927, fez a seguinte ora€•o: “Senhor, faz de mim um homem segundo
o teu cora€•o”. O pastor Smith tornou-se um dos homens mais usados por Deus
durante anos. Ele escreveu um livro chamado: “O homem que Deus usa”. Deste livro
destacamos algumas das condi€Žes que devem estar presente na vida de um
evangelista.

1.0 - O homem que Deus usa tem s• um prop•sito na vida - 1 Tm 4:15

1.2 – O homem que Deus usa … um livre de impedimentos - Is 59: 1- 2

21
1.3 – O homem que Deus usa … um homem que se coloca absolutamente ‘
disposiۥo de Deus - Sl 101:6

1.4 – O homem que Deus usa … um homem que sabe prevalecer em ora€•o - Gn 32:
26

1.5 – O Homem que Deus usa … um homem estudioso das Escrituras - 1 Tm 2: 15

1.6 – O homem que Deus usa … um homem que tem uma mensagem viva e eficaz
para o mundo perdido - Rm 1:16

1.7 – O homem que Deus usa … um homem de f…, que espera resultados - Mc 11: 24

1.8 – O homem que Deus usa … um homem que trabalha com a un€•o do Esp„rito
Santo – 1 Jo 2: 27

Que as palavras do ap•stolo Paulo a Tim•teo sirvam como incentivo para todos n•s.
2 Tm 4: 5 - “...faze o trabalho de evangelista...”

22
DISCIPULADO

Conservando os resultados

N•o podemos nos esquecer de que o evangelho tem dois lados distintos: o primeiro …
o de ganhar vidas para o reino de Deus, e o segundo … ensin‚-las a viver uma nova
vida com Cristo. O mesmo Senhor que disse: “Ide e pregai...” tamb…m disse: “...e
ensinai...”.

Fazer apelos de salva€•o ap•s um culto e deixar que as pessoas voltem para suas
casas sem um atendimento especial, … como pescar e deixar os peixes na areia. Um
pastor afirmou que a obra de salva€•o … uma obra de responsabilidade exclusiva de
Jesus, mas o trabalho de fazer disc„pulos … responsabilidade da igreja.

O Pr. Juan Carlos Ortiz afirmou que muitas igrejas funcionam como um vale de ossos
secos. Cada dia vem um e joga um osso no monte. O pastor … o vigia dos ossos. Mas
um monte de ossos n•o tem vida. ‡ preciso algo mais para vivificar aqueles que
est•o sendo agrupados ‘ fam„lia de Deus.

O trabalho de integraۥo dos novos convertidos deve absorver a atenۥo de toda a


igreja, tanto quanto o desejo dela em ver pessoas sendo salvas.
Esta integra€•o n•o acontece simplesmente atrav…s dos ensinos sobre os princ„pios
elementares da f…. Ela … o resultado de um compromisso de vida. E este
compromisso se verbaliza atrav…s da pr‚tica dos mandamentos chamados
“mandamentos de ajuda m†tua”.

 Rm 12: 10 – Amai-vos uns aos outros


 Rm 12: 16 – Tende o mesmo sentimento uns para com os outros
 Rm 13:8 – Amai-vos uns aos outros
 Rm 14:13 – N•o nos julguemos mais uns aos outros
 Rm 14:19 – Sigamos as coisas da paz e tamb…m as da edifica€•o de uns para
com os outros
 Rm 15:5 – Tenham o mesmo sentimento uns para com os outros
 Rm 15:7 – Acolhei-vos uns aos outros
 Rm 15:14 – Admoestai-vos uns aos outros
 1 Co 12:25 – Cooperem os membros em favor uns dos outros
 Gl 5:13 – Sede servos uns dos outros
 Gl 6:2 - Levai as cargas uns dos outros
 Ef 4: 1-2 – Suportando-vos uns aos outros em amor
 Ef 4:32 - Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros
 Ef 5:18-21 – sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo
 Cl 3:9 – N•o mintais uns aos outros

23
 Cl 3:13 - Suportai-vos uns aos outros, perdoia-vos mutuamente
 Cl 3:16 – Instru„-vos e aconselhai-vos mutuamente
 1 Ts 3:12 – e o Senhor vos fa€a crescer, e aumentar no amor uns para com os
outros e para com todos
 1 Ts 4:18 – Consolai-vos, pois, uns aos outros
 Hb 10: 24 – Consideremo-nos tamb…m uns aos outros
 Tg 5:9 Irm•os, n•o vos queixeis uns dos outros para n•o serdes julgados
 Tg 5:16 – Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos
outros para serdes curados
 1 Pd 1:22 – Amai-vos de cora€•o uns aos outros ardentemente
 1 Pd 4:9 – Sede mutuamente hospitaleiros sem murmura€•o
 1 Pd 5:5 – No trato de uns para com os outros, cingi-vos todos de humildade
 1 Pd 5:14 Sauda-vos uns aos outros com •sculo santo
 1 Jo 3:11 Porque a mensagem que ouvistes desde o princ„pio … esta, que nos
amemos uns aos outros
 1 Jo 3:23 – Ora, o seu mandamento … este, que creiamos em o nome de seu
Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros
 1 Jo 4:7 – Amados, amemo-nos uns aos outros
 1 Jo 4:11 – Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos n•s tamb…m
amar uns aos outros
 1 Jo 4: 12 – Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em n•s, e o seu
amor … em n•s aperfei€oado
 2 Jo 5 – Que nos amemos uns aos outros

Colocando em pr‚tica estes princ„pios, alcan€aremos resultados surpreendentes na


pr‚tica do evangelismo. Al…m destes princ„pios, devemos incentivar os novos
convertidos a seguirem os passos estabelecidos pela Palavra de Deus, como por
exemplo:

1.0 - Batismo nas Žguas por imers„o

O batismo … um ato representativa da morte e ressurrei€•o do homem. Atrav…s desse


ato de obediŠncia ‘ Palavra de Deus, a pessoa deixa a sua velha vida, sepultando-a
nas ‚guas batismais, e recome€a uma nova etapa, agora, com Cristo. At 2: 38.

‡ importante ressaltar que o batismo n•o … um meio de filia€•o da pessoa ‘ igreja.


Ele pode ser representado como um sepultura para aquele que j‚ morreu para as
coisas do mundo. Rm 6: 3-5.

Todo crist•o convertido precisa passar por esta experiŠncia. Muitos ao desprezar esta
pr‚tica acabam se desviando para outros caminhos.

24
2.0 – Batismo no Espˆrito Santo

No batismo com o Esp„rito Santo recebemos poder para testemunhar. ‡ o Esp„rito


Santo que nos mant…m firmes no caminho, impedindo que o cora€•o desanime diante
das crises e dificuldades que normalmente surgem em nossa comunh•o com Deus.
Rm 8: 26.

3.0 – Comunh„o constante com Deus atrav‰s da oraƒ„o

Ningu…m consegue se manter vivo sem um contato di‚rio com Deus atrav…s da
oraۥo, da meditaۥo, do estudo da Palavra. Rm 12: 1-2.

4.0 – Mordomia crist„

Al…m de dedicar a Deus tempo e talentos, devemos tamb…m assumir o compromisso


de colocar os nossos bens sob os cuidados do Senhor. Uma das maneiras de se
conservar a salva€•o … n•o permitir que os bens materiais dominem o nosso esp„rito.

Ser fiel a Deus nos d„zimos e nas ofertas … um meio de se proteger contra os
gafanhotos que pululam ao nosso redor. 1 Cr 29:16; Ml 3: 8

5.0 – Participaƒ„o efetiva nos trabalhos da igreja

A grande maioria deixa a igreja em raz•o da rotina estressante de apenas assistir


cultos. ‡ preciso se envolver diretamente com os trabalhos que a sua igreja
desenvolve. Procure descobrir quais s•o os seus dons e talentos e canalize-os para a
edificaۥo do corpo de Cristo. 1 Co 15:58; Hb 10:25

25
POR QUE AS PESSOAS SE DESVIAM DA FŒ?

H‚ uma m‚xima na igreja que traduz uma grande verdade: “ganhar uma pessoa para
Cristo … um trabalho ‚rduo e dif„cil; perdŠ-la … f‚cil e simples”. Quando um novo
convertido entra na igreja, ele espera um tratamento bem superior ‘quele que lhe foi
dispensado enquanto estava fora da fam„lia de Deus.

Um crente que se afastou da igreja fez a seguinte declara€•o: “A raz•o porque deixei
de ser ativo … que cuidaram mais de mim antes de tornar-me crente do que depois”.

O evangelismo n•o termina com a colheita de vidas para o reino de Deus. Esta … a
primeira etapa de um longo processo.

Ap•s a decis•o da pessoa, a responsabilidade do seu crescimento passa a ser tanto


dela quanto da igreja que ela abra€ou. Infelizmente, a igreja tem fracassado neste
trabalho de manter a unidade do corpo como determinou o ap•stolo Paulo ‘ igreja de
‡feso. Escreveu ele: “...esfor€ando-vos diligentemente por preservar a unidade do
Esp„rito no v„nculo da paz”.

Ao escrever sobre a unidade org’nica da igreja, ele afirmou: “...para que n•o haja
divis•o no corpo; pelo contr‚rio, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor
uns dos outros” 1 Co 12: 25.

O n†mero de desviados … muito grande segundo algumas estat„sticas para crente em


comunh•o nas igrejas hoje existem trŠs pessoas afastadas. As causas que provocam
o afastamento de uma pessoa da igreja, tamb…m s•o variadas.

1. A€•o direta das for€as espirituais do mal – 1 Pd 5: 8


2. Inclinaۥo para as coisas da carne РRm 8: 6
3. Falta de envolvimento no trabalho – Ap 2: 4
4. AusŠncia de crescimento espiritual – Hb 5: 11- 14; 2 Pd 3: 18
5. Esc’ndalos e mau testemunho dentro da igreja – 1 Co 5: 1 – 5
6. Discriminaۥo social Р1 Co 3: 1 Р3
7. Falta de maturidade para enfrentar as tempestades da vida – 2 Co 4: 7 – 12

A igreja n•o pode se descuidar nem com os novos convertidos, nem com aqueles que
j‚ caminham h‚ algum tempo com Cristo.

Todos s•o alvos dos ataques do mundo e do diabo. Por esta raz•o Jesus deixou uma
advertŠncia para a sua igreja: “Vigiai e orai, para que n•o entreis em tenta€•o” Mt
26: 41.

26
UMA IGREJA QUE EVANGELIZA

O compromisso de todos n•s

Ah! Meu cora€•o! Meu cora€•o! Eu me contor€o em dores. Oh! As paredes do meu
cora€•o. Meu cora€•o se agita! N•o posso calar-me, porque ouves, • minha alma, o
som da trombeta, o alarido de guerra” Jr 4:19

N•s estamos no meio de uma grande batalha espiritual. Este texto nos revela pelo ao
menos duas realidades:

1. Deus continua convocando o seu povo ‘ batalha - som da trombeta


2. A realidade que se desenha diante de nossos olhos - alarido de guerra

A igreja n•o pode se omitir, n•o pode se esconder num momento t•o importante
como este. O compromisso de divulgar a mensagem … de todos n•s. Este
compromisso est‚ registrado em quase todas as p‚ginas das Escrituras. No entanto,
h‚ um texto que traduz com muita precis•o esta responsabilidade do povo de Deus.

“Livra os que est•o sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para
serem mortos. Se disseres: N•o o soubemos, n•o o perceber‚ aquele que pesa os
cora€Žes? N•o o saber‚ aquele que atenta para a tua alma? E n•o pagar‚ ele ao
homem segundo as suas obras?” Pv 24: 11 – 12.

1. O compromisso - “Livra os que est•o sendo levados para a morte...”


2. O desinteresse - “...N•o o soubemos...”
3. A cobran€a - “...N•o o saber‚ aquele que atenta para a tua alma?”

H‚ milhŽes de pessoas que ainda n•o ouviram o evangelho. Pelo mundo n•s
devemos continuar orando. Mas, h‚ um mundo menor, do tamanho da nossa
capacidade. Para com este mundo n•s temos um compromisso. Ele pode ser a sua
casa, o seu bairro, a sua cidade.

N•s sabemos que as grandes decisŽes da vida come€am no cora€•o. Que cada um
possa abrigar com amor e carinho este compromisso de repartir a gra€a de Deus com
aqueles que ainda vivem separados do reino. “Por…m, em nada considero a vida
preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o minist…rio
que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da gra€a de Deus” At
20:24.

A igreja recebeu uma ordem espec„fica do Senhor Jesus. Esta ordem foi dada antes
de sua ascens•o. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” Mc
16: 15.

N•o … dif„cil saber se uma igreja est‚ ou n•o comprometida com o minist…rio de
evangeliza€•o. Uma igreja evangel„stica apresenta caracter„sticas distintas que s•o
facilmente percebidas por todos que dela se aproximam.

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1. Uma igreja evangel„stica … uma igreja que valoriza a ora€•o – At 2:42
2. Uma igreja evangel„stica … uma igreja comprometida com as crian€as e os
jovens – Mc 10:14
3. Uma igreja evangel„stica … uma igreja amiga – Jo 15:13-15
4. Uma igreja evangel„stica … uma igreja que espera resultados – Jo 11: 40
5. Uma igreja evangel„stica … uma igreja vision‚ria – At 26: 19
6. Uma igreja evangel„stica … uma igreja corpo – 1 Co 12: 26
7. Uma igreja evangel„stica … uma igreja que n•o descansa – Jo 5:17
8. Uma igreja evangel„stica … uma igreja saturada de alegria – Jo 16: 22
9. Uma igreja evangel„stica … uma igreja participativa – 2 Co 9: 6 -15
10. Uma igreja evangel„stica … uma igreja hospitaleira – 1 Pd 4: 7-10

A nossa ora€•o … para que o Senhor nos permita caminhar por esta trilha, fazendo da
nossa igreja, uma igreja habilitada e preparada para conquistar vidas para o reino de
Deus.

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REALIDADE DA EVANGELIZAۥO NO BRASIL
Pesquisa e Organizaۥo de dados: Pr. Robespierre Machado
robespierremachado@gmail.com

A SITUAۥO HOJE РOutono de 2011


A popula€•o brasileira atual … de 190.732.694 habitantes (dados do IBGE – Censo
2010). Segundo as estimativas, no ano de 2025, a popula€•o brasileira dever‚ atingir
228 milhŽes de habitantes. A popula€•o brasileira est‚ distribu„da pelas regiŽes da
seguinte forma: Sudeste (80,3 milhŽes), Nordeste (53,07 milhŽes), Sul (27,3
milhŽes), Norte (15,8 milhŽes).

Estados mais populosos: S•o Paulo (41,2 milhŽes), Minas Gerais (19,5 milhŽes), Rio
de Janeiro (15,9 milhŽes), Bahia (14 milhŽes) e Rio Grande do Sul (10,6 milhŽes).

Estados menos populosos: Roraima (451,2 mil), Amap‚ (668,6 mil) e Acre (732,7
mil).

Cidade mais populosa: S•o Paulo-SP (11,2 milhŽes).

Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (228,2 mil).

Proporۥo dos sexos: 48,92% de homens e 51,08% de mulheres.

COMO A POPULA”•O EST– DISTRIBUIDA


Zona Urbana: 160,8 milhŽes ( 85% do total ) Zona Rural vivem 29,8 milhŽes ( 15%
do total )
POPULA€•O EVANGŒLICA: Com crescimento anual em torno de 7,43%, os dados
projetados para 2011 indicam 57,4 milhŽes de evang…licos no pa„s. Cerca de 29% da
popula€•o brasileira. Os evang…licos foram a religi•o de maior crescimento na d…cada
de 90. Entretanto h‚ grande desigualdade entre os munic„pios: alguns com 80% de
evang…licos enquanto em outros n•o existe presen€a evang…lica.

Rondƒnia … o estado brasileiro com maior presen€a evang…lica 27,2% da popula€•o.

Piau„ com 6,2% tem o menor percentual de evang…licos entre os estados brasileiros e
continua sendo um campo mission‚rio clamando por evangelistas.

S•o Pedro dos Crentes no estado do Maranh•o … a cidade com o maior n†mero de
crist•os: 85% da popula€•o.

Segundo proje€Žes da SEPAL o n†mero de evang…licos no Brasil poder‚ chegar em


2020 a aproximadamente 109,3 milhŽes de professantes para uma popula€•o total de
209,3 milhŽes representando 52,2% da popula€•o.

SITUAۥO NA BAHIA
 3 cidades com at… 1% ( F‚tima, Cel. Jo•o S‚ e Paripiranga )
 87 Cidades com at… 5% de crist•os
 Centenas de povoados sem a presen€a de nenhuma igreja evang…lica

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IGREJAS NO BRASIL

Existem no Brasil de hoje cerca de 150 mil igrejas evang…licas de todos os tipos.
Entretanto, pesquisas de campo mostram que apenas um ter€o dos evang…licos,
aproximadamente, est•o nas igrejas num domingo t„pico.

Municˆpios sem nenhuma presenƒa evang‰lica – 11 no total

Boa Vista do Sul, Nova Alvorada, Nova Roma do Sul, Prot‚sio Alves, Relvado, Santo
Antƒnio do Palma, S•o Jorge, Uni•o da Serra, Vespasiano Correa no Rio Grande do
Sul; Queluzito em Minas Gerais e Carrapateira na Para„ba.

 71 munic„pios com at… 1% de evang…licos

 1132 munic„pios com menos de 5% de evang…licos. Boa parte encontra-se no


sert•o nordestino, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

 Mais de 30.000 vilarejos ribeirinhos do Amazonas, distritos rurais, tribos


urbanas e bairros pouco alcan€ados de nossas cidades brasileiras.

REGI‡ES
 As regiŽes Norte e Centro-Oeste tŠm a maior presen€a evang…lica
 As regiŽes Nordeste e Sul, por outro lado, tŠm a menor
 O Sudeste tem os grandes desafios que vŠm com a urbaniza€•o e grandes
concentra€Žes de popula€•o
TRIBOS IND‹GENAS
257 tribos ind„genas perfazendo uma popula€•o aproximada de 364.000 pessoas.

Apenas 4 etnias (Katuena, Mawayana, Wai-Wai e Xereu) possuem a B„blia completa

34 dispŽem do Novo Testamento e outras 59 contam com por€Žes b„blicas.

Mais de 120 tribos necessitam urgentemente da traduۥo das Escrituras. Apesar das
25 AgŠncias Mission‚rias que bravamente atuam entre os „ndios em nosso pa„s.

103 tribos/grupos ind„genas ( cerca de 40% do total ) permanecem sem presen€a


mission‚ria.

‡ certo que o desafio vai muito al…m das estat„sticas e das palavras, pois …
prefigurada por faces, vidas e hist•rias. Em meio a todo este quadro h‚ necessidade
gritante de homens e mulheres que se disponham a encarar a pregaۥo do evangelho
n•o como um programa circunstancial, mas como um estilo di‚rio de vida.
DESAFIOS ATUAIS
1. Identificar os lugares que ainda n•o foram alcan€ados;
2. Motivar as igrejas a plantar novas igrejas em lugares estrat…gicos;
3. Orar para que milhares de evangelistas sejam levantados pelo SENHOR;
4. Treinar pastores para as igrejas j‚ existentes e para as que v•o surgir;
5. Desenvolver o discipulado no modelo de Mt 28.19 e At 20.20.

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Bibliografia

Leitura Recomendada
ExperiŠncias de Um Evangelista, Ubiracy Xavier – CPAD

Bibliografia para a Disciplina Evangelismo e Discipulado


B„blia Sagrada Almeida Revista e Corrigida – IBB/Juerp
B„blia de Estudo Pentecostal – CPAD
A Miss•o da Igreja, Gary Luther Roeyr – CPAD
Atos I, Delcyr de Souza Lima – Juerp
Capacitando, Revista Missiol•gica – APM/Brasil
Casas que Transformam o Mundo, Wolfgang Simsom – EEE
Como Conquistar uma Cidade, Israel Alves Ferreira - Litoarte
Criando Comunidades do Reino, David W. Shenk e Ervin R. Stutzman – ECU
Despertamento Apost•lico no Brasil, Ivar Vingren – CPAD
Dicion‚rio Did‚tico Brasileiro – Editora Did‚tica Paulista
Dicion‚rio da B„blia, Jonh Davis – Juerp
Doutrinas B„blicas, W. W. Menzies e Stanley M. Horton – CPAD
Estrat…gias para o Crescimento da Igreja, C. Peter Wagner – Editora Sepal
Estudos B„blicos: A Base B„blica do Evangelismo, Tito Oscar – Portal Nova Vida
Evangelismo Pessoal, Antonio Gilberto – CPAD
Evangelismo Pessoal, Jean-Baptiste Sawadogo – ICI
Evangelismo Total, Damy Ferreira – Juerp
Evangeliza€•o Din’mica, Luisa J. Walker – Vida
Fidelidade na Evangelizaۥo, Gilson Santos РEx Corde
Manual da D…cada da Colheita, Eurico Bergst…n – CPAD
Manual de Evangelismo, Valdir B„cego – CPAD
Minist…rio de Discipulado, A/Diversos - Juerp
Multiplicando Disc„pulos, Waylon B. Moore - Juerp
O Desenvolvimento Natural da Igreja, Christian A. Schwarz – EEE
O Plano Mestre de Evangelismo, Robert E. Coleman – Mundo Crist•o
Plano de Aula de Teologia e Pr‚tica da Evangeliza€•o - Tim•teo Carriker
Plantar Igrejas, David J. Hesselgrave – Vida Nova
Plantar Igrejas para a Grande Colheita, C. Peter Wagner – Abba Press
Proclamando Cristo, Miqu…ias Paz Barreto – Juerp
Sal e Luz, Delcyr de Souza Lima – Juerp
Wikip…dia – A Enciclop…dia Livre

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ANOTA”—ES

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