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Mulher Perfeita é Mulher Fácil.

Avalio a extensão de minha afirmação tenebrosa.

Tenho grave problema com as mulheres. Sabe qual é? É com as que acham que ser mulher é ser
difícil. Gigantesco erro. Ser mulher é saber seduzir na hora certa o homem que ela desejar. Precisa
prática. Não dá para tirar coelho da cartola. Não tem mágica.

Na maioria, mulheres normais, comuns, cumprimentam dando para ser beijada a ponta do maxilar.
Já reparam como desviam a boca propriamente dita. Não olham com significado. Não tocam com
sabor. E não sabem a linguagem dos sorrisos.

Quem - como eu - odeia formalidades, convenções e regras de uma forma geral, dispensa esse tipo
de cumprimentos. Se for cumprimentar com um beijo no rosto, não dê a ponta do maxilar inferior
para ser beijada. Porque assim fazendo, não está beijando e nem dando espaço para ser beijada. Se
for cumprimentar estendendo a mão, não ofereçam aquela mão flácida e displicente de quem parece
que vai tocar num inseto repugnante. Por favor, não façam. Acenem a cabeça ou a mão. Pisquem o
olho! Mas nunca, nunca mesmo, façam uma dessas coisas. Os homens odeiam. Tem que ter
significado.

Se for sorrir escolha o sorriso como quem escolhe as palavras. Ensaie no espelho. Cada sorriso tem
um significado. Não finja, transborde. Dispensamos cumprimentos forçados.

Sabem como é Aquela Mulher Inesquecível que povoa a imaginação dos homens?
Vamos começar pelos olhos. Duros, diretos e objetivos sabem o que querem, mas não perdem a
ternura jamais (SIC). Fixam o objetivo e não o perdem mais de vista. Já viram como a leoa escolhe
a presa? Assim essa mulher o faz com os homens.

Depois, vem o beijo com o canto da boca. Para sujar de batom e depois “ter que limpar” e
estabelecer o primeiro contato. Aquela que beija deixando marca de batom como assinatura deixa
também o canto dos lábios no canto da boca da presa inocente. Deixa a respiração profunda que
vem quente do coração apaixonado acariciar o rosto beijado. Acende assim alguma coisa
adormecida. Obriga a presa a olhar para ela. A olhar nos olhos, tentando decifrar o que aconteceu.
Marca assim um rastilho de pólvora e risca o fogo com sorriso malicioso. Demonstra que tem noção
do próprio poder e sabe o que está fazendo destruindo resistências, quebrando convicções e
colocando homens de joelho.

Essa mulher não espera, faz acontecer. Com o tempo, curto tempo, vem o toque da mão sempre
deliciosa, macia e úmida. Primeiro o toque que pega desprevenido e arrepia. Depois aquele em que
se esquece de tirar a mão. E, quando tira, deixa nosso braço imóvel saboreando secar a sensação
inesquecível.

Assim vai marcando seu caminho até o coração. Não deixa pedra sobre pedra. Não dá margem para
dúvidas. Fixa na imaginação. Faz caretas de moleca. Faz dengos de menina. Faz trejeitos de mulher.

Finalmente, com a presa mortalmente ferida, desfere o golpe de misericórdia. Esfrega-se sutilmente
sob qualquer pretexto. De repente, uma risada a deixa de perna bamba, o salto ajuda e ela desaba
em cima. Tão frágil precisa de um apoio, de um braço forte. Aproveita, pede desculpas, agradece
com um elogio e novamente com um beijo no canto da boca. Só que dessa vez, cruel, se afasta
devagar de boca entreaberta, combinando tudo de uma só vez, num último golpe. Bem próxima com
os olhos fixos nos olhos, sorriso matreiro dá aquele toque “permanente” no braço ou no peito.
Aquela mão que afasta quando quer agarrar para não largar mais.

Agora apenas para os homens: Essa mulher, irmão, pode até não ser muito bonita, mas é com
certeza irresistível. Agarra e beija logo. Vai valer à pena.

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