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Não Deseje Um Grande Amor Nem Para Seu Pior Inimigo

Andei pensando muito nisso. Sinceramente: Nem dor de dente, nem dor de ouvido, ruim mesmo
é esse tal de Amor.

Já sentiu aquela coceira num lugar onde não conseguia coçar? Sentiu aquela vontade que parece
não ser sua? Aquele desejo que se for sufocado leva o teu próprio ar junto? Ficou sem
conseguir engolir como se um tumor instantâneo de repente tomasse conta da tua garganta?
Foi tomado por inexplicável vontade de ouvir música do Roberto Carlos? E ainda pior concordar
com as letras dele? AH! É dor demais.

Nunca tomei um tiro, mas não sei não... Talvez, se o tiro for direto ao coração, dê algum alívio a
quem sofre de amor. Talvez deixe sair, livre, o que estava ali preso, incomodando tanto.

Vocês sabem do que tô falando. Não adianta, não. Não disfarça, não. Não adianta nem fingir
que não é com você. Não adianta ficar aí olhando para o lado com essa cara de “comigo-não”.
Aliás, “comigo-não” é coisa de corno e dor de amor é ainda pior do que dor-de-corno. Porque é
mais abrangente. Ninguém escapa. Não adianta pensar que as crianças não sentem. Eu sinto
desde os oito anos. E como se sofre com essa idade!

Paixão: Ái!, como dói. É claro que não tô falando de paixão correspondida, nem de Amor que as
pessoas insistem em dizer que é mais importante do que paixão.

Aliás, este assunto também merece uma discussão. O que é Amor e o que é Paixão? Existe
mesmo um limite definido entre um e outro? Qual é a diferença? Existem graus nessa
diferença? Será que é isso, de que um vem antes do outro? Ou será que tudo se torna um só
quando você ama de verdade e o restante não passa de explicação de quem na verdade nunca
amou de paixão?

Pessoalmente, acho que Paixão é o que dói, logo é o que importa. Amor não pode ter dor. Amor
é de mãe, de irmão, etc. O Amor que move o mundo e o que dói é o de Paixão.Tem que ter tara,
ciúmes, admiração, tietagem mesmo, muito sexo, possessibilidade, etc.

Tem que ser doença para ter essa dor. Não tem outro jeito. A pessoa amada nada mais é que a
“droga” ou o remédio que acalma o mal, mas não cura. Tem que ser ministrada em doses exatas
e em tempos curtos e específicos, para não matar. E não pode falhar, sem que a dor volte a
incomodar.

Conclusão: Agora, quando alguém lhe fizer algum mal, mas um grande mal mesmo – não vá sair
por aí desejando isso por qualquer motivo torpe. Não. É sério.- deseje o pior: Deseje que se
apaixone loucamente.

PS: Mas ainda é melhor morrer disso de qualquer outra morte medíocre.

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