Este documento resume as principais temáticas manifestas e latentes das pranchas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20 do Teste de Rorschach. Cada prancha é descrita brevemente com os possíveis significados psicológicos.
Este documento resume as principais temáticas manifestas e latentes das pranchas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20 do Teste de Rorschach. Cada prancha é descrita brevemente com os possíveis significados psicológicos.
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Este documento resume as principais temáticas manifestas e latentes das pranchas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20 do Teste de Rorschach. Cada prancha é descrita brevemente com os possíveis significados psicológicos.
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Conteúdos Manifesto e Latente das Pranchas Universais: 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20
Prof. Msc. Mirna Dutra e Pinto
Prof. Dr. Roberto Menezes de Oliveira
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Prancha 1 O menino e o violino: é sempre a primeira prancha a ser aplicada, pois, em geral, não representa uma situação muito ameaçadora. A personagem é uma criança, percebida como distante do sujeito, e a situação é relativamente estruturada.
A temática mais freqüente refere-se à relação com a autoridade (pais,
professor), atitude frente ao dever e também ideal de ego (capacidade de realização, de atingir objetivos propostos). Freqüentemente, o discurso reflete, ainda, a atitude do indivíduo frente à situação de teste. Por ser o primeiro estímulo a ser apresentado, dá margem à investigação da capacidade de adaptação do sujeito a uma nova situação.
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Prancha 1 (cont.)
As distorções aperceptivas ocorrem com maior freqüência em
relação ao violino (visto como um livro, folha de papel ou brinquedo). O violino visto como quebrado pode ser índice de uma problemática mais séria, a ser confirmada por outros dados do protocolo. É comum a introdução de outras personagens no relato. A partir do acento colocado sobre a imaturidade funcional (trata-se de uma criança), é uma problemática de impotência atual associada à angústia de castração que organiza a imagem de acordo com os diferentes destinos demarcados pela qualidade dos movimentos identificatórios.
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Prancha 1 (cont.) A solidão da criança, associada à ferida narcísica imposta pela sua imaturidade, é susceptível de determinar uma angústia de perda mais ou menos “elaborável”.
O reconhecimento e a elaboração da problemática de
castração supõem que a diferenciação entre sujeito e objeto seja solidamente estabelecida; quando os processos identificatórios estão perturbados, o acento é colocado sobre a dificuldade ou a incapacidade em exprimir uma representação de sujeito unificado face a um objeto cuja integridade não seria ameaçada. Nesses casos, a precariedade dos mecanismos de interiorização, determinada pela dificuldade de integrar a perda de objeto, desencadeia alterações consideráveis na estruturação edipiana. Curso de TAT - Prof. MSc. Mirna Dutra e Pinto 4 Prancha 2 A estudante no campo: evoca a área das relações familiares, percepção do ambiente e nível de aspiração (favorecido ou limitado pelo ambiente circundante). Por apresentar três personagens pode evocar ainda as relações heterossexuais. São freqüentes também as associações referentes aos papéis femininos (maternidade x realização profissional) e ao conflito razão x emoção. Eventualmente ocorre a omissão da gravidez da figura feminina em segundo plano. Este estímulo favorece a utilização de afastamento temporal e espacial por representar uma situação bastante diferente da realidade urbana. Esta prancha dá margem a respostas estereotipadas.
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Prancha 2 (cont.)
O cartão remete ao triângulo edipiano – pai/mãe/filha – apesar da ausência
de diferenças de gerações no nível manifesto. Ele coloca em prova a organização edipiana e sua característica mais ou menos estruturante: a atração da jovem pelo homem, rivalidade com a mulher, reconhecimento da interdição, reconhecimento do amor edipiano, nostalgia, declínio do Édipo. A interdição e a renúncia que provocam um constrangimento são vivenciadas como uma impossibilidade de separação dos objetos imaginários. O sujeito fica “colado” ao casal, recusando-se a reconhecer seu vínculo sexual privilegiado, a exclusão em relação ao casal sendo experimentada como uma rejeição maciça e insuportável.
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Prancha 4
A mulher que retém o homem: envolve a área
referente aos conflitos nas relações heterossexuais (abandono, traição, ciúmes) e também aqueles referentes ao controle versus impulso (a mulher representando a razão, o controle; o homem representando a ação e a impulsividade). Eventualmente é omitida a mulher ao fundo. O aspecto das personagens pode favorecer a utilização de placagem, transformando a história em enredo de um filme de Hollywood. Curso de TAT - Prof. MSc. Mirna Dutra e Pinto 7 Prancha 4 O cartão remete à ambivalência pulsional na relação do casal, com os dois pólos agressividade/ternura ou ainda amor/ódio. Num contexto edipiano, é um terceiro (a guerra ou uma outra mulher) que determina a eventual partida da personagem masculina. O cartão solicita, além do conflito e do desgosto de amor, a angústia de separação e de abandono.
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Prancha 5
A senhora na porta: pode evocar a imagem da mãe-esposa
(protetora, vigilante, castradora). Eventualmente são colocados conteúdos referentes a atitudes anti- sociais, ou, ainda, reações frente ao inesperado. É freqüente, nesta prancha, a introdução de personagens. Num contexto edipiano, o cartão reaviva a culpabilidade ligada à curiosidade sexual e aos fantasmas de cena primitiva, a figura da mãe aparecendo ao mesmo tempo sedutora e “interditora”. Num outro registro, são os movimentos ambivalentes, mais arcaicos, associados à angústia de perder o amor do objeto, que são tocados com tratamentos diferentes de acordo com os sujeitos (vertente narcísica, depressiva ou persecutória).
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Prancha 10
O abraço: a prancha evoca conflitos do
casal e atitude frente à separação; também evoca a projeção de relações heterossexuais satisfatórias. O conteúdo tem-se mostrado mais rico quando há distorção de sexo das figuras. Quando não há distorção, é freqüente a ocorrência de relatos sem a presença de conflitos. Curso de TAT - Prof. MSc. Mirna Dutra e Pinto 10 Prancha 10 Num contexto edipiano, as ligações são possíveis ou não, entre ternura e desejo sexual, a referência incestuosa é mais ou menos presente. Além dos “reencontros” do casal, é a ameaça de sua separação que permanece subjacente ou claramente formulada.
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Prancha 11
Paisagem primitiva de pedra: trata-se de um
estímulo de grande impacto, já que pode ser considerado um dos mais indefinidos de toda a série. A temática mais freqüente refere-se a atitudes frente ao desconhecido, ao perigo, ao instintivo. A presença de elementos primitivos e fantásticos favorece uma análise simbólica, que revelaria a atitude do sujeito frente aos conteúdos inconscientes. Por outro lado, pode levar a relatos descritivos mais distanciados. Curso de TAT - Prof. MSc. Mirna Dutra e Pinto 12 Prancha 11 Em caso de aplicação em duas sessões, não se deve começar pela prancha 11. É preferível modificar-se a seqüência e apresentá-la em terceiro ou quarto lugar na 2ª sessão, ou deixá-la como a ultima da 1ª aplicação. O cartão induz a movimentos regressivos bastante importantes, atualizando problemáticas pré-genitais singulares, geralmente referidas a uma imago materna arcaica. Curso de TAT - Prof. MSc. Mirna Dutra e Pinto 13 Prancha 14 Homem na janela: os temas mais freqüentes referem-se ao autoquestionamento, contemplação e inspiração. Se o homem é visto como entrando no quarto, pode haver conteúdos sexuais. Tendências suicidas também podem se revelar frente a este estímulo.
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Prancha 15 No cemitério: evoca a relação com a morte, a culpa, o castigo. A pessoa morta representa alguém a quem o sujeito dirige sua agressividade.
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Prancha 16 Em branco: uma vez que o estímulo é totalmente branco, o sujeito é levado a projetar-se totalmente. A temática em geral refere-se às necessidades mais prementes do indivíduo ou será reflexo da relação transferencial na situação de teste. Remete à maneira na qual o sujeito estrutura seus objetos internos e externos, bem como organiza suas relações com eles.
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Prancha 19
Cabana na neve: trata-se de estímulo
desconcertante e que convida à fantasia. Conteúdos referentes à necessidade de proteção e amparo frente a um ambiente inóspito são os mais freqüentes. Reativação de problemática arcaica depressiva ou persecutória.
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Prancha 20 Só sob a luz: traduz um clima de expectativa. Pode-se considerá-la como o fecho do protocolo, indicando as principais aflições e perspectivas do sujeito. Neste sentido, é importante que seja a última prancha a ser apresentada.