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15 Janeiro 2009

PORTUGAL
Indústria de calçado enceta grande ofensiva promocional
A indústria de calçado inicia este mês a “maior ofensiva promocional de sempre” no exterior, num
investimento de 8,5 milhões de euros. De acordo com a Associação dos Industriais do Calçado, o
objectivo é “promover as exportações num cenário internacional adverso, com dois terços da
economia mundial em recessão”, mas para onde a indústria portuguesa de calçado dirige mais de
90 por cento da produção. Destacando tratar-se da “maior ofensiva promocional de sempre do
calçado português”, a associação adianta que envolverá mais de 100 empresas em 13 mercados
distintos, num investimento global de 8,5 milhões de euros. A iniciativa será apoiada pelo QREN.
Segundo destaca a APICCAPS, a aposta nos mercados externos é “a primeira das prioridades”
para o sector português de calçado, que exporta mais de 90 por cento da sua produção.

Maioria dos reformados recebe


pensão igual ao salário mínimo
Cerca de três quartos dos 2,5 milhões de reformados
por velhice e invalidez em Portugal, incluindo os da
função pública, recebem uma pensão de valor até um
salário mínimo nacional, estima a Confederação Geral
dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).
O outro quarto reparte-se entre aqueles que têm
pensões entre um e dois salários mínimos e os que
recebem mais do que dois salários mínimos. Os dados
compilados revelam, segundo o estudo, uma
distribuição de pensões “profundamente
desequilibrada”.
No sector privado, o grupo de pensionistas com
pensões abaixo de um salário mínimo nacional (SMN,
426 euros em 2008) abrange 1,9 milhões de pessoas, o caso da diferente fórmula de cálculo das pensões
num total de 2,1 milhões de pensionistas por velhice e entre o sector privado e o público (diferença atenuada
invalidez. Destes, um quinto são pessoas que pouco desde 1993); os baixos salários no sector privado e os
descontaram ao longo da sua vida activa - agricultores salários mais elevados na Função Pública relativos a
e outros regimes fracamente contributivos. Mas três profissões com maiores habilitações médias (saúde,
quartos, ou seja, cerca de 1,4 milhões de pessoas, vêm educação, etc); a omissão de rendimentos à Segurança
do regime geral da Segurança Social. Efectuaram os Social, a relativa juventude do sistema de protecção
devidos descontos sociais, mas recebiam salários tão social que se traduz em pequenas carreiras
baixos que se traduziram em pensões baixas. A este contributivas e, consequentemente, em baixas pensões.
grupo juntam-se ainda 94 mil ex-funcionários públicos. Dados que, aliás, nem sempre são pacíficos (ver caixa).
No segundo grupo de reformados - com pensões Mas o desequilíbrio na distribuição das pensões
entre um e dois SMN - encontram-se 200 mil retrata, sobretudo, o problema do elevado peso das
reformados do sector privado e 80 mil ex-funcionários pensões mínimas, as suas actualizações e a situação
públicos. Finalmente, vem o terceiro grupo com social de centenas de milhares de pessoas, associada a
pensões mais elevadas (acima de 2 SMN). São mais de níveis elevados de pobreza.
300 mil portugueses, dois terços dos quais vindos da
Função Pública, a que se juntam entre 100 mil e 120 Pensões mínimas
mil pessoas do sector privado. Este total não inclui os As pensões mínimas do regime geral estão
bancários que têm - ainda - um esquema de protecção actualmente fixadas em quatro escalões. Variam entre
social à parte. Em Dezembro de 2007, as pensões 220,99 euros (para quem tenha entre cinco e 12 anos de
acima de 750 euros abrangiam 239 mil ex-funcionários descontos) e 388,19 euros (mais de 30 anos de
públicos, ou seja, cerca de 60 por cento do total de descontos). E, em muitos casos, o Estado tem de
pensionistas da função pública. Desses, 80 mil complementar com dinheiro dos impostos para que os
recebiam pensões acima dos dois mil euros mensais. pensionistas recebam a respectiva pensão mínima que,
Na base desta distribuição estão diversas situações. É de outra forma, ficaria abaixo desse limite mínimo.
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