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Introdução
Cidadão: é aquele que convive numa sociedade respeitando o próximo, cumprindo com
as suas obrigações e gozando os seus direitos
Cidadania: é o conjunto de direitos, e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação
à sociedade em que vive.
“Os cidadãos dos Estados membros são por direito cidadãos da União. (…) Os
cidadãos da União participam na vida política da mesma, de acordo com as formas previstas
no presente Tratado, gozam dos direitos que lhes são reconhecidos pelo ordenamento
jurídico da União e seguem as suas normas”.
Apesar da sua moderação, a Acta Única Europeia (1986) não reconheceu qualquer
das propostas do projecto Spinelli, ainda que tenha estabelecido, e isso é fundamental, o
objectivo da União política europeia. Assim, poucos anos depois, convocaram-se duas
Conferências Intergovernamentais para a reforma dos Tratados. Uma delas centrou-se na
União monetária e económica e a outra, exclusivamente na União política. O Conselho
Europeu de Roma, em Outubro de 1990, ao marcar as linhas orientadoras, introduziu depois
a noção de uma Cidadania Europeia como um elemento essencial da reforma dos Tratados e
com características e direitos similares aos que posteriormente se reconheceram no
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Tratado da União Europeia ou de Maastricht. Foi a delegação espanhola que apresentou
primeiro em Outubro de 1990, um texto articulado sobre a cidadania europeia. Apesar das
diversas discussões com o apoio claro e explícito do Parlamento Europeu que aprovou duas
resoluções a seu favor, em 1991, finalmente o Tratado da União Europeia veio a
institucionalizar a cidadania europeia.
“O presente Tratado constitui uma nova etapa no processo criador de uma União cada vez
mais estreita entre os povos da Europa…”
O Tratado vai ter uma estrutura baseada em “três pilares”, segundo o ponto de vista
jurídico dos que o idealizaram e redigiram. A metáfora utilizada é de que o TUE tem a
forma de um “templo grego” que se sustenta em três pilares: o central é o que se
denominou o “pilar comunitário”, o que quer dizer, o recolhido nos Tratados comunitários
nas suas diversas formas, com as suas instituições, com competências supranacionais.
Neste pilar estão representados o mercado único, a união europeia, a união Económica e
Monetária, a PAC, os fundos estruturais e de coesão. os novos pilares, os laterais, estariam
baseados não nos poderes supranacionais mas na cooperação entre os governos Política
Exterior e Segurança Comum (PESC) Justiça e Assuntos de Interior (JAI) Qual a grande
diferença entre o “pilar comunitário” e os dois pilares baseados na cooperação
intergovernamental? Basicamente tem a ver com o modo com se tomam as decisões e com
as competências das instituições comunitárias. Nos pilares de cooperação entre os
governos, as decisões deverão tomar-se por consenso e as competências da Comissão, o
Parlamento Europeu e o Tribunal de Justiça são escassas. No pilar comunitário, as decisões
tomam-se cada vez mais por maioria e o papel das instituições comunitárias é essencial.
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consultivo e prevê-se a criação do Banco Central Europeu, ao iniciar-se a terceira fase da
União Económica e Monetária.
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Iniciou-se uma negociação com a Dinamarca à qual foi concedido um
protocolo especial o qual se denominou na gíria comunitária “opting out” (cláusula
de exclusão), o que queria dizer a possibilidade de não seguir os outros membros, no que se
refere à terceira
da UE. A medida aplicar-se-á a todos os nacionais comunitários, ainda que não haja
reciprocidade.
A União e o cidadão
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no funcionamento da Comissão e do Conselho da UE, reforçando as funções do
Tribunal de Contas, do Comité Económico e Social e do Comité das Regiões.
1973, três novos países entraram na CEE: o Reino Unido, a Dinamarca e a Irlanda. Nascia a
"Europa dos Nove". Os noruegueses votaram contra a integração do seu país, contrariando
a opinião do seu próprio governo, pelo que a Noruega se manteve à margem da Comunidade.
Os restantes direitos têm um reflexo muito débil na vida quotidiana dos europeus: o
direito de apelar ao Provedor de Justiça só se refere aos assuntos de competência
comunitária; o direito de petição ao Parlamento já existia e dirige-se a um Parlamento ainda
com muito escassos poderes; o direito de sufrágio noutro país membro afecta um número
importante, mas claramente minoritário de europeus, o direito de protecção diplomática só
se concerne aos europeus que visitam um terceiro país em que não exista embaixadas ou
consulados do seu próprio estado. O grande debate dos próximos anos será este, damos
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força e concretização ao estatuto de cidadania europeia. A única maneira de
construir uma verdadeira cidadania europeia passa por esgotar este “deficit
democrático”. A cidadania não só é algo passiva, é decidir, desfrute de uma série de
liberdades e direitos, ainda que, antes de mais deva ser uma cidadania activa, baseada na
participação política e cívica.
As cidadanias nacionais têm vindo a ser construídas historicamente com base nessa
participação da sociedade, participação que a miúdo adopta a forma de lutas e conflitos e
que tem desenvolvido um conjunto de direitos (civis, políticos e sociais) e
A Europa formulou acordos com outros países com vista ao intercâmbio de comércio,
harmonização aduaneira, direitos sociais e humanos e de desenvolvimento não só ao nível da
EFTA como com os países ACP ao qual se deu o nome que ainda hoje vigora de Convenção de
Lomé que é o acordo comercial assinado em 1975 entre a União Europeia e os países ACP,
que vigorou até à assinatura do acordo de Cotonou. Existiram quatro convenções de Lomé:
Lomé I, Lomé II, Lomé III e Lomé IV, que são sucessivos aperfeiçoamentos de um acordo
inicial. Lomé I Esta primeira Convenção foi assinada por 46 países ACP. Tinha por
objectivos a coordenação comercial, garantido a liberdade de acesso ao mercado
comunitário de quase todos os produtos dos países ACP, assegurar a estabilidade das
receitas de exportação para 36 projectos-base, protegendo-as contra as flutuações de
preços do mercado mundial, cooperação industrial e financeira e criação de instituições
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destinadas à gestão em comum do conjunto de acordos. Lomé II Foi assinada
por 58 países ACP e tinha quase os mesmos objectivos da primeira Convenção.
Esta Convenção veio aprofundar os acordos anteriores e estabelecer a cooperação mineira
e energética. Também nesta Convenção se estabeleceu a cooperação no domínio das pescas,
medidas a favor da mão-de-obra e definição de dispositivos de promoção comercial. A
Convenção de Lomé II trouxe uma nova abordagem, pensando no desenvolvimento
autocentrado e no apoio a políticas sectoriais. O termo da vigência da Convenção de Lomé
constitui uma oportunidade única para reexaminar e rever profundamente a política da UE
sobre esta matéria. Esta Convenção, que rege as relações entre a União Europeia e 71
países ACP, constitui uma vertente importante da política externa da União Europeia.
Actualmente, atravessa-se uma fase crucial das relações UE/ACP. Após 25 anos de
«cooperação no âmbito de Lomé», torna-se necessário elaborar um novo quadro político que
tenha em conta
Conclusão: hoje somos cidadãos portugueses e europeus, não significa que tenhamos
dupla nacionalidade embora haja quem a tenha, podemos eleger e ser eleitos em qualquer
pais onde nos encontramos a trabalhar e que aí tenhamos residência fixa
independentemente de sermos naturais de lá ou não, temos os mesmos direitos de trabalho
e de protecção social, lembrando ainda que entre outros deveres, temos também acrescido
uma dupla responsabilidade inerente à nossa condição de cidadania, nacional e europeia.
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Coimbra, 06 de Fevereiro de 2009
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