Você está na página 1de 96

Finanças Pessoais

José Sebastião

2ª edição
revisado

Todos os direitos reservado


Proibido cópia e reprodução para qualquer finalidade
Proibido a venda e comercialização

Introdução

Ninguém pode fazer melhor por suas finanças a não ser você mesmo.
Quando o assunto é dinheiro, a maioria das pessoas não gosta nem de comentar.
Ninguém admite que não sabe lidar com suas finanças, que sua falta de preparo e conhecimento
tem lhe causado os maiores transtornos, profissionais, pessoais e porque não dizer emocionais e
familiares.
Muita gente vai a falencia sem ao menos saber disso, outras vivem na falencia e sem uma
perspectiva de futuro.
Tem gente que espera ganhar na loteria ou encontrar uma formula magica de ganhar muito
dinheiro e viver rico pro resto da vida, como se isso resolvesse todos os seus problemas
financeiros. Basta fazer uma pesquisa pra descobrir que não é bem assim.
Quanta gente já passou de centavario (que conta as moedinhas pra fazer uma compra) para
milionario da noite para o dia, acertando na loteria, investindo num negocio que deu certo e algum
tempo depois veio se ver na mesma situação de antes ou ainda pior, com uma dívida imensa.
Assim como para perder peso, o processo ter que ser contínuo para não virar um efeito sanfona,
equilibrar as finanças tem que ser um processo continuo, mudar o jeito de pensar através de
informação e aprendizado constante, mudar a maneira como vem lidando com as finanças, fazer
orçamentos prevendo as despesas necessárias e segui-lo a risca, fazer um planejamento de
acumulação de capitais de curto medio e longo prazo e iniciá-lo imediatamente.
No plano financeiro, o seu patrimonio vai dizer quem você é, não o seu salário.
Um dia você pode deixar de receber o seu salário, pode ser demitido, se aposentar e passar a
ganhar bem menos. Portanto, nunca se baseie em seu salário, pensando que já está
financeiramente independente ou que está tranquilo pro resto da vida.
Use esse tempo pra se planejar e acumular um capital que vai te dar essa tranquilidade pro resto
da vida.
Se você tem um capital acumulado que te gere uma renda equivalente ao seu salário, você nem
precisaria mais trabalhar, estaria aposentado por conta propria, construiu um patrimonio auto
sustentável que te garante o seu padrão atual de vida.
Parece ser quase impossível conseguir isso hoje em dia diante de tanta tentação de consumo que
invade nossos olhos e ouvidos, dia e noite, em toda parte, até mesmo dentro de nosso ambiente
de trabalho, e acabamos assim dormindo pensando em consumir e até sonhando com isso.
Quem não quer ter o melhor carro, a melhor casa, o melhor celular, as melhores roupas, o melhor
de tudo? Todos nós queremos. E acabamos investindo toda a nossa energia e dinheiro nessa
coisas que só trazem satisfação temporária e depois só descontrole financeiro total.
Comece a pensar em ter o melhor plano financeiro, o melhor investimento, o melhor negócio da
região, o melhor saldo bancário, o melhor orçamento, o melhor conhecimento financeiro, o melhor
controle sobre finanças pessoais.
Lembre-se sempre que você está no controle do barco que é sua vida financeira, precisa ter um
destino, senão vai ficar a deriva, sem saber pra onde ir. Precisa saber pilotar bem, senão vai
naufragar, se não sabe pilotar bem ainda e já está em alto mar, essa é a hora de aprender e
encontrar a rota certa. Precisa ter foco pra ir sempre na direção certa senão vai ficar a vida toda
girando no mesmo lugar e nunca chegará em terra firme. Precisa aprender a ler os mapas,
perceber os sinais de perigo, correr todos os riscos e seguir em frente.
Não deixe que ninguém pilote o seu barco, pois você mesmo é capaz de manejá-lo, se não sabe
ainda está aprendendo agora, boa sorte, te encontro lá.

PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Procurar gastar menos do que ganha é apenas um dos aspectos do planejamento.


É necessário, entre outros aspectos, estabelecer objetivos, sem os quais a pessoa age como um barco
sem rumo. A
vida produtiva tem várias fases, cada uma das quais apresenta seus desafios. Através do planejamento é
possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada uma, e definir, antecipadamente, estratégias
para enfrentar cada situação.
O planejamento financeiro será o seu mapa de navegação. Mostrará onde está aonde quer chegar
e indicará os caminhos a percorrer.
Um planejamento financeiro eficiente pode fazer mais por seu futuro do que 30 ou 40 anos de
trabalho.
Eventos que podem originar a necessidade do planejamento financeiro:
• Compra ou venda de negócios de família
• Crise financeira
• Herança ou repartição de bens
• Mudanças na carreira profissional
• Planejamento para filhos ( nascimento, adoção, educação )
• Planejamento para aposentadoria
• Preparação para casamento, separação.

• Recebimento de grande soma de dinheiro ou inesperada queda financeira


O planejamento das finanças não visa apenas o sucesso financeiro, ele é relevante para o
sucesso pessoal e profissional.
O gerenciamento adequado das finanças é o diferencial entre sonhadores e realizadores.
ALGUNS EQUÍVOCOS A RESPEITO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO
1. Confundir Planejamento Financeiro com Investimentos;
2. Esperar momentos de crise para tomar a iniciativa de fazer o Planejamento Financeiro;
3. Esperar retornos irreais para seus investimentos;
4. Não estabelecer objetivos financeiros mensuráveis;
5. Pensar que Planejamento Financeiro é a mesma coisa que planejamento para aposentadoria;
6. Pensar que Planejamento Financeiro é para quando ficarem velhos;
7. Pensar que Planejamento Financeiro é Planejamento Tributário;
8. Pensar que Planejamento Financeiro é somente para quem possui muito dinheiro;
9. Pensar que utilizar os serviços de um Consultor Financeiro, significa perder o controle de suas
finanças pessoais;
10. Tomar uma decisão financeira sem entender seus efeitos em sua situação financeira global.
Orçamento familiar

Enquetes sobre o grau de satisfação com o DINHEIRO mostram insatisfação generalizada.


Uns por não ganharem o suficiente, outros por medo de perder o que tem ou não conseguir viver como
gostariam.
Dentre as causas das dificuldades em lidar com DINHEIRO destacam-se dois problemas:
1- Dar mais valor ao dinheiro do que à vida pessoal
2- Falta de informação
Quanto ao primeiro, apenas uma recomendação:
Priorize seus relacionamentos, faça do dinheiro um meio e não um fim. Quanto ao segundo, vamos falar
daqui por diante. As pessoas tratam de suas finanças
"procurando gastar menos do que ganham”. Este é apenas um dos aspectos do planejamento financeiro,
é necessário, também, estabelecer objetivos a serem atingidos, para que se saiba aonde se quer chegar
e quando. Nossa vida tem várias fases, cada uma delas apresenta seus
desafios. Por exemplo: Até os 30 anos estamos iniciando a carreira, constituindo família, dos 30 aos 45
estamos educando os filhos construindo o patrimônio, a partir dos 45 é a fase da consolidação da família
e acumulação de patrimônio visando à aposentadoria. Através
do planejamento é possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada fase, e definir,
antecipadamente, estratégias para enfrentar cada situação. O
fundamental: ORÇAMENTO FAMILIAR O orçamento familiar não é apenas "Anotar as despesas
realizadas". Orçamento envolve planejar os gastos, definir as necessidades, eleger as prioridades. O
orçamento irá ajuda-nos a entender os hábitos de consumo e identificar como atingir as metas.
A elaboração do orçamento doméstico não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos
para o seu futuro e o de sua família.
Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para
que cada um esteja comprometido e faça sua parte.
É a forma de garantir a estabilidade das finanças, no presente e no futuro.
Como fazer:
1. Primeiro passo do orçamento é identificar para onde está indo o dinheiro: discrimine as despesas
fixas: luz, gás, água, telefone, aluguel, condomínio, transporte, educação, assistência médica,
alimentação, e outras. Considere, também, despesas eventuais, como: remédios, consertos em
geral, cabeleireiro, oficina mecânica, lazer, vícios, prestações, taxas, impostos, outras.
2. Com esse levantamento feito, faça a estimativa para os próximos 12 meses, considerando as
despesas sazonais como volta às aulas, IPVA, licenciamento, datas comemorativas (Dia dos
Pais, das Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa etc.), férias com a família. Elas
podem representar um gasto substancial em seu orçamento.
3. Discrimine as receitas: salário, rendas, etc. utilize o valor líquido recebido.
4. Analise cada item de despesa, identifique oportunidades de redução, estabeleça prioridades,
determine metas para cada membro da família.
5. Faça o balanceamento entre as receitas e as despesas mensais: receitas (-) despesas.
Revise as metas até chegar a sobras condizentes com seus planos para o futuro.
O gerenciamento adequado das finanças é o diferencial entre sonhadores e realizadores. O planejamento
financeiro pode fazer mais por suas finanças do que 30 anos de trabalho

AS CRIANÇAS E O DINHEIRO
UM MANUAL PARA EDUCAR CRIANÇAS

Alguns conselhos de especialistas sobre como agir para que elas aprendam a ganhar, administrar,
guardar e doar dinheiro
1 As crianças devem trabalhar, especialmente quando não precisam. É muito freqüente que os pais façam
demais por elas, e isso estimula maus hábitos.
2 Não é recomendável que os pais paguem por serviços prestados, em casa, pelos filhos. Eles devem
aprender que o trabalho doméstico é uma obrigação, um prazer, um ato de participação na família e na
comunidade. O trabalho remunerado fica numa categoria diferente.
3 Os pais devem evitar dar dinheiro picado aos filhos cada vez que eles forem sair ou precisarem comprar
alguma coisa. A criança deve aprender desde cedo que dinheiro tem um valor e que não jorra de uma
fonte inesgotável.
4 Dar mesada, apenas, é insuficiente. Os pais devem estimular os filhos a fazer uma relação de suas
despesas, um cálculo de quanto precisam ganhar, e esse material deve ser submetida a sua aprovação.
Depois, então, o valor da mesada deve ser estabelecido e ficará por conta da criança administrar seu
dinheiro.
5 Abrir uma caderneta de poupança para a criança é uma forma de ensinar-lhe o princípio da
acumulação. Assim como abrir uma conta corrente para o adolescente o obriga a desenvolver o sentido
de controle.
6 As crianças devem participar das reuniões familiares sobre o orçamento da casa, e suas idéias sobre
despesas devem ser ouvidas. Assim elas aprenderão a pensar de forma responsável.
7 Os pais devem orientar os filhos para analisar seus projetos de compras – de um novo tênis ou um
videogame de última geração – sob três aspectos: o preço, o efeito sobre sua poupança e para quem
doar o tênis ou o brinquedo que será descartado. Essa é uma importante lição sobre valores: o do
dinheiro e o da filantropia.
8 Estudar é uma obrigação. Pais que premiam filhos que não ficam para recuperação ou não repetem o
ano estão estimulando a acomodação. Mas bons alunos devem ser elogiados.
9 As crianças devem ser encorajadas a buscar as próprias oportunidades de ganhar dinheiro. Podem
oferecer-se para passear com o cachorro do vizinho ou montar um espetáculo de mágica para festas
infantis. Com isso desenvolverão espírito empreendedor, tão valorizado nos tempos atuais.
10 Hoje, profissões que dá dinheiro é aquela em que a pessoa sobressai porque gosta do que faz e
porque tem habilidades que se destacam. Portanto, a criança deve ser orientada para se desenvolver nas
áreas em que demonstra maior interesse e aptidão, seja balé ou arqueoleologia.
AFINAL, O QUE EU GANHO AO ME PLANEJAR FINANCEIRAMENTE

Os tempos atuais são difíceis, complexos prometendo grandes transformações no mundo inteiro,
incluindo obviamente as nossas finanças. Ninguém sabe hoje em que direção estaremos nos
encaminhando amanhã.
O que estará aguardando a mim e a minha família para o futuro? Como devo proceder para
alimentar e garantir a minha própria expectativa de sucesso (financeiro) na vida?
Estas são algumas das grandes dúvidas que atualmente assaltam a todos, sem exceção. Nós seres
humanos, egocêntricos e muito imediatistas, na maioria das vezes somente atinamos com algum grave
erro anteriormente cometido, quando já nada podemos fazer para emendar ou remediar a situação em
que nós mesmos nos metemos deliberada ou inadvertidamente!
Um desses graves erros é o da falta de um planejamento financeiro consistente, iniciado razoavelmente
cedo em nossas vidas e seguido sistematicamente e com disciplina pelos anos afora, independente do
grau de riqueza patrimonial que possamos ter alcançado.
Sim, porque o sucesso financeiro não deve ser medido apenas em termos de possuir milhões ou milhares
de reais, querem seja em propriedades, quer seja em patrimônio financeiro!
Após um bocado de anos, sempre buscando o melhor caminho para a minha própria vida e tranqüilidade
financeira, e também após ter observado a maneira como inúmeras pessoas -- que passei a orientar--
levavam suas vidas financeiras, chego à conclusão que algumas questões são primordiais nesta grande e
complexa empreitada, na qual alguns têmsucesso e a maioria fracassa rotundamente.
Tentarei, ato continua, após meditar pessoalmente um tempão sobre o assunto, passar a responder a
indagação que eu mesmo formulei.
Caro leitor, passo a pergunta para você, e eu vou tentar lhe responder!
Afinal, o que eu ganho ao me planejar financeiramente?
"Você ganha principalmente tranqüilidade e paz de espírito". Você consegue ter uma vida equilibrada,
podendo melhor enfrentar as tantas adversidades, pelas quais certamente passará! “Tanto a sua saúde
mental como a física, conseqüentemente, sofrerá menos solavancos e você tornar-se-á finalmente uma
pessoa melhor, menos amargurado e provavelmente bem mais feliz.”
A seguir, através de respostas simples e diretas, tentarei dar-lhe algumas das minhas conclusões quanto
algumas questões que eu considero essenciais em relação a sua vida financeira. Algumas delas somente
farão sentido após profunda reflexão. Experimente!
Hábito; Acostume-se desde sempre, a poupar uma parcela dos seus ganhos mensais, por menor que
seja. (Passe este ensinamento também para seus filhos). Invista-o de maneira inteligente e não se deixe
levar pela ganância. No começo da vida podem ser cinqüenta reais, pouco a pouco vá ampliando o
montante mensalmente. Aprenda a cuidar de si mesmo!
Objetivos ou metas; Determine com absoluta precisão quais são seus grandes objetivos, metas ou
desejos de vida. Como vai querer levar sua vida se não sabe para onde quer ir, qual o destino? A
profunda introspecção desta questão absolutamente vital dever ser objeto de sua consideração, também
levando sempre em conta os desejos de sua companheira ou companheiro.
Prioridades; O mundo levou seis dias para ser feito! Mas você vai levar muitos anos mais para obter tudo
que deseja alcançar. Coloque ordem de rigorosa prioridade nos objetivos ou metas que deseja obter. Uma
vez colocadas em ordem prioritária, persista em chegar às suas metas, uma por uma. Isso leva tempo,
mas persista teimosamente! O ser humano quase sempre consegue alcançar aquilo que colocou como
prioridade e luta teimosamente em alcançar.
Imprevistos ou acidentes de percurso; eles irão acontecer. A diferença entre uma pessoa e outra está
que alguns terão recursos financeiros e principalmente uma grande força interior (espiritual) para superá-
los e outras não. Os obstáculos serão mais facilmente enfrentados por quem tiver meios materiais para
diminuir seu impacto. Lembre o adágio; "Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a mitigar o oposto!"
Solidariedade humana; fazer amigos e praticar o bem no decorrer de nossas vidas para a maioria de
nós dá prazer, alegria e inúmeras compensações dificilmente descritíveis neste guia modesto.
Cada um deve conhecer-se a si, mas dificilmente conhece de verdade e profundamente aos outros. Meu
conselho; é melhor não confiar demasiado na eterna gratidão de alguém a quem você ajudou a superar
dificuldades. A sua desilusão poderá ser enorme! Dê e se entregue, mas não espere demais na hora em
que você mesmo possa encontrar-se em uma situação complicada. Ingratidão dói e poderá ser muitodura.
Mas não ligue pra isso, siga em frente.

OS CASAIS E AS FINANÇAS
27 % dos pesquisados não sabem quanto ganha o parceiro
23% dos casais não têm conhecimento dos gastos do cônjuge
78 % das famílias entrevistadas não têm conta corrente conjunta
Fonte: H2R Pesquisas Avançadas
VOCÊ JÁ MENTIU SOBRE GASTOS PARA SEU PARCEIRO?
41,76% - SIM porque não queria ser repreendido
25,29% - SIM porque o dinheiro é meu e não devo satisfação a ninguém
7,66% - SIM porque meu companheiro gastaria também
25,29% - não
Fonte: enquete Istoé Dinheiro Online.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO O que é?
Planejamento financeiro é um processo de análise e projeção que visa aperfeiçoar a administração dos
fatores que envolvem a geração e evolução de sua renda líquida e da gestão patrimonial. Considera os
aspectos relevantes à condução e tomadas de decisão referentes a seus investimentos, suas despesas, a
estruturação do patrimônio, de suas dívidas. Buscam tornar realidade seus objetivos e sonhos,
identificando-os adequadamente e estabelecendo horizontes para sua concretização, tais como: a
aquisição da casa própria, garantir a educação dos filhos, fazer a viagem dos sonhos, investirem de forma
apropriada de acordo com o perfil pessoal, reduzir a carga de impostos, programarem a aposentadoria,
entre outros.
A quem se destina:
A qualquer pessoa ou unidade familiar desejosa de melhoria da qualidade de vida de maneira planejada e
estruturada, bem como:

• Aos empresáriaos, executivos e profissionais liberais sem tempo para organizar, controlar e
monitorar suas finanças.
• A quem quer se autodisciplinar para ter um futuro financeiro digno
• As famílias / pessoas diante de algum evento específico
• A quem necessita comprometer os membros da família em projetos financeiros conjuntos
• A quem quer evitar ou precisa se livrar de problemas financeiros
• A consumidores compulsivos
O que se pretende:
O ciclo da vida tem várias fases, cada uma apresentando desafios e peculiaridades. Através do
Planejamento Financeiro é possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada uma, para
antecipadamente definir com propriedade e tranqüilidade, estratégias para estar preparado para enfrentar
cada situação apropriadamente.
O Planejamento Financeiro pode fazer mais por seu futuro do que 30 anos de trabalho duro.
O processo:
O Planejamento Financeiro é realizado observando-se as seguintes etapas:
1. Obtenção de informações e dados pessoais
2. Identificação do perfil e dos objetivos do cliente
3. Análise, estabelecimento e avaliação de pressupostos econômico-financeiros vis-à-vis as
características intrínsecas do cliente, atuais e pretendidas.
4. Desenvolvimento de projeções com sugestão de alternativas para o cliente
5. Implementação das recomendações
6. Monitoramento
A etapa 5, respectivamente, implementação das recomendações de estratégias e produtos são de
exclusiva responsabilidade do cliente, assim como a escolha de contrapartes nos negócios, independente
do possível oferecimento de referências.

Monitoramento, Revisões e Atualizações:


A etapa 6 de monitoração, bem como, eventuais revisões e atualizações futuras, decorrentes, ou não, de
mudanças nas condições de vida do cliente, no mercado etc, serão objeto de nova prestação de serviços.
Faça Você Mesmo

Gerenciar suas finanças é sua responsabilidade.


Passos:
1. Estabeleça seus objetivos:
Seja realista, leve em conta seus sonhos, suas necessidades.
Defina o tempo de curto prazo (até 1 ano), médio prazo ( até 5 anos ), longo prazo ( mais
de 5 anos ) Faça uma
análise da situação atual, patrimonial e de fluxo de caixa:
Seus ganhos: salário, benefícios, rendimentos, etc.
Suas despesas: alimentação, educação, moradia, lazer, juros, seguros, impostos, etc.
Seus ativos: aplicações financeiras, bens móveis e imóveis, outros investimentos, etc.
Seus passivos: dívidas, obrigações etc.

2. Defina o horizonte do seu planejamento: exemplo:


Detalhado: próximos 2 anos.
Resumido: 3 anos seguintes.
Genérico: com base nos objetivos de longo prazo

3. Defina seu perfil de investidor


Analise sua tolerância a riscos visando adequar seus investimentos à sua personalidade.

4. Elabore um plano realista para seus ganhos e despesas futuros, com base na sua situação atual
e nos objetivos estabelecidos.
Priorize as necessidades, sem esquecer os desejos.
Leve em conta a evolução familiar, evolução profissional, o cenário econômico.

5. Elabore o plano de investimentos baseado no fluxo de caixa do orçamento acima (5)


Leve em conta os objetivos definidos para curto, médio e longo prazo.
Priorize os objetivos de longo prazo
Reveja o plano, confrontando-o com os objetivos (1), certifique-se que ele atende suas
necessidades e seus sonhos.

6. Implementação do plano financeiro:


Defina a data de partida

7. Monitoramento:
Acompanhe, confira periodicamente (mensal ou no máximo trimestral) a evolução do planejado
em relação à realidade, tanto nos números quanto no cenário, evolução profissional, etc.
Reavalie o cenário futuro, Identifique necessidades de ajustes.
POR QUE PLANEJAR AS FINANÇAS PESSOAIS

Sucesso não é mero acaso.


A maioria dos profissionais bem sucedidos tem uma coisa em comum:
Projeto pessoal e um plano de ação que norteia sua carreira.
Estudos e pesquisas sobre comportamento humano mostram:
1. Sobre o grau de satisfação com o dinheiro: insatisfação generalizada. Uma parte por não
ganhar o suficiente, outra por medo de perder o que tem e ainda outra por não conseguir viver
como gostaria. Os problemas em lidar com o dinheiro já fizeram surgir uma nova especialidade
médica: psicólogos financeiros
2. As principais metas de sucesso pelas quais as pessoas estão dispostas a lutar: dinheiro
( remuneração e benefícios ) e ascensão na carreira profissional
3. Na escala de valores dos desejos básicos do brasileiro destacam-se carreira profissional
e família
4. Competências mais importantes para o sucesso profissional:
iniciativa, ética, criatividade, trabalho em equipe, capacidade de realização, motivação.
Sucesso com dinheiro e carreira são os objetivos mais desejados.
E o sucesso com dinheiro está intimamente ligado ao sucesso na carreira.
A tranqüilidade financeira é a base para o sucesso profissional.
Planejar e gerenciar as finanças pessoais é responsabilidade de cada um. Podem-se assumir
pessoalmente essas tarefas ou recorrer a especialistas e consultores.
Os passos fundamentais para o planejamento são:
Iniciativa, motivação e capacidade de realização.
Orçamento Familiar

Por que fazer um orçamento? É um erro muito comum a associação que existe entre orçamento e
privação. Não se esqueça que quem administra o seu orçamento é você mesmo e, portanto, pode fazê-lo
do modo que mais lhe agradar. Em suma, fazer um orçamento força-o a examinar como você realmente
gasta o dinheiro.

Uma desculpa muito comum usada pelas pessoas para não fazer um orçamento é: “Tenho de gastar tudo
o que ganho para continuar vivendo; portanto, um orçamento não terá utilidade nenhuma para mim.”

O benefício principal de aprender a administrar o seu dinheiro com um orçamento é que ele lhe
proporciona uma experiência de como viver dentro das suas reais condições financeiras.

O primeiro passo é você relacionar todos os seus gastos utilizando uma planilha para orçamento.
Dessa forma, você vai poder identificar os seus gastos reais. Não se esqueça de acrescentar todas as
despesas do mês, até mesmo as pequenas. A seguir faça uma comparação com os gastos médios de
uma família, fruto de uma pesquisa realizada pela Fipe.

Gastos médios de uma família


A tabela abaixo mostra os resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Esta pesquisa demonstra as mudanças na estrutura de
consumo de produtos e serviços das famílias.
É importante observar que, embora os estudos sejam referência para a cidade de São Paulo, onde a
condição alimentar é uma das melhores do País, é bastante provável que essa tendência seja semelhante
em outras regiões.

Essa primeira fase é muito importante, pois permite a você:

· agrupar todas as suas despesas e suas fontes de renda;


· comparar as suas despesas com a média de uma família e avaliar a sua realidade;
· facilitar a preparação de um orçamento, baseado nas suas metas e objetivos.

Itens 1936/37 1990/91 1998/99


Habitação 24,5% 26,7% 32,8%
Alimentação 56,2% 30,8% 22,7%
Transporte 1,96% 13,0% 16,0%
Desp. Pessoal 3,7% 12,4% 12,3%
Saúde 2,3% 4,6% 7,1%
Vestuário 11,3% 8,7% 5,3%
Educação 0,3% 3,9% 3,8%
Fonte: FIPE
Orçamento Familiar

O orçamento familiar não é apenas "Anotar as despesas realizadas".


O orçamento envolve planejar, definir necessidades, eleger prioridades, dentro da renda disponível.
O orçamento irá ajudá-lo a entender seus hábitos de consumo. A elaboração do orçamento
familiar não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos para o seu futuro e o de sua
família.
Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para
que cada um esteja comprometido e faça sua parte.
É a forma de garantir a estabilidade das finanças, no presente e no futuro.
Como fazer:
1. Primeiro passo do orçamento é identificar para onde está indo o dinheiro:
discrimine as despesas fixas: luz, gás, água, telefone, aluguel, condomínio, transporte,
educação, assistência médica, alimentação, e outras.
Considere, também, despesas eventuais, como: remédios, consertos em geral, cabeleireiro,
oficina mecânica, lazer, vícios, prestações, taxas, impostos, cheques pré-datados e outras.
2. Com esse levantamento feito, você deve projetar o orçamento para os próximos meses,
considerando as despesas sazonais como volta às aulas, IPVA, licenciamento, datas
comemorativas (Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa etc.), férias
para a família. Lembre-se que elas podem representar um gasto substancial em seu orçamento.
3. Discrimine as receitas: salário, rendas, etc.
utilize o valor líquido recebido.
4. Faça o balanceamento das receitas e despesas mensais: receitas (-) despesas.
Reserve uma parcela de suas receitas para investimentos.
Hora dos ajustes
Identifique gastos que podem ser eliminados ou reduzidos.
Não é fácil mudar hábitos da noite para o dia. Converse com a família, o aprendizado da austeridade no
trato das finanças e o atingimento das metas irão compensar os eventuais sacrifícios e
descontentamentos passageiros.
Gerenciando os gastos
Ao fazer suas compras é importante lembrar que o comércio disponibiliza diferentes formas de
pagamento. Evite comprometer seu orçamento, analise a necessidade da compra.
• À vista – opte por esta forma de pagamento. Você pode obter bons descontos.

• À prazo – fique atento às taxas de juros cobradas no financiamento, compare o preço à vista
com o total das parcelas e lembre-se que:
• Mesmo no parcelamento "sem acréscimo" geralmente estão embutidos altos juros.
• Atrasos no pagamento da prestação de financiamento implicam multa de até 2% .
• É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos débitos, total ou parcialmente,
mediante a redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
Gerenciando os investimentos
Os investimentos devem ter objetivos definidos: fundo de emergência, férias, previdência, compra de
automóvel, etc.
Questões importantes que o investidor deve observar:
• Qual o objetivo ao fazer este investimento?
• Qual é a expectativa de rentabilidade?
• Quanto tenho disponível para investir?
• Quando vou precisar desse dinheiro?
• Tenho todas as informações sobre este tipo de investimento?
• A diversificação da minha carteira é consistente com meu perfil de risco?
• Acompanhe a performance do(s) seu(s) investimento(s).
Os meios de pagamento
• Cheque / cartão de débito - é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que
ele será descontado imediatamente.
• Cheque pré-datado - é um acordo informal entre fornecedor e consumidor. Se você for utilizá-lo
como forma de pagamento, faça constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os números
dos cheques e as datas previstas para os descontos. Esta é a sua única garantia caso o
fornecedor venha a depositá-lo antes do combinado.

• Cheque especial - evite entrar no limite do cheque especial, já que as taxas de juros
costumam ser muito elevadas; não faça desse limite um segundo salário.

• Cartão de crédito / parcelado no cartão - o controle das despesas realizadas com cartão exige
cuidados. Verifique a conveniência de ter mais de um cartão, não se esquecendo de incluir em
seu orçamento, as anuidades dos cartões. Pague a fatura integralmente na data do vencimento.
Além da multa de até 2% por atraso no pagamento, os juros cobrados no parcelamento do saldo
devedor são muito altos. Em situação de inadimplência, seu cartão poderá ser cancelado.
Economizar em pequenas coisas faz uma grande diferença no orçamento no final do mês.
Importante: Tudo começa com o controle do fluxo de caixa.
Para controlar a dois as finanças

Teste ajuda casais a identificarem falhas mútuas em relação a dinheiro

Se não for discutido abertamente, o orçamento doméstico pode acabar como ponto de atrito na vida do
casal. De acordo com o consultor de finanças pessoais Louis Frankenberg, não conversar e culpar o
cônjuge por falhas no planejamento financeiro só faz afastar cada vez mais a possibilidade de equilíbrio
nas contas.
- Para chegar a um consenso, é preciso identificar as divergências. Por isso, cada um deve estar pronto
para observar no outro o que pode ser mudado em benefício do casal. Priorizar os grandes objetivos
comuns é essencial para a saúde financeira e psicológica da família - afirma Frankenberg, autor de Guia
prático para cuidar do seu orçamento - viva melhor sem dívidas.
Sem acordo
A professora Maísa Martins e o engenheiro elétrico Rodolfo Gonçalves pensam em casar no próximo ano,
mas ainda estão longe de um acordo quando o assunto é dinheiro. "Nós somos completamente
diferentes. Eu sou gastadora, gosto de sair à noite e de comprar roupas, sapatos, enfim, todas as
futilidades possíveis. Ele, ao contrário, quer economizar para nós casarmos logo. Aliás, ele alugou um
apartamento de três quartos no Grajaú para isso. O Rodolfo só gasta dinheiro com acessórios para
computador,
canetas e isqueiros", afirma a professora.
Maísa revela que seu consumismo tira o namorado do sério. "Ele fica irritado se eu pago R$ 90 numa
blusa ou gasto R$ 50 saindo à noite. Eu acho absurdo ele gastar com coisas como canetas, mas não
reclamo. É difícil encontrarmos o consenso porque nunca tive muito controle sobre minhas finanças.
Herdei isso de meus pais, que também são assim."
Publicado no livro, o teste abaixo tem como objetivo ajudar os casais a identificar o que não concordam
em relação ao comportamento do outro em relação a dinheiro. Localizados os pontos de conflito, fica mais
fácil estabelecer metas, com objetivo de alcançar o equilíbrio. O homem deve marcar as afirmações que
combinam com o perfil de sua mulher e vice-versa. Depois, é analisar o resultado e conversar de forma
amigável.
As finanças do casal
• Marque as afirmações que combinam com seu parceiro (a)
1. Ela (e) é mão-de-vaca, ele (a) é mão aberta.
2. Ela sempre quer móvel e utensílios novos para o lar, ele prefere um carro do ano.
3. Ele é detalhista e quer saber tudo antes de adquirir algo, ela não se preocupa minimamente se o
preço do bem ou utensílio é razoável.
4. Ela deseja dar tudo que os filhos pedem, ele só quer presentear no aniversário, no Natal e em
datas especiais.
5. Ele não se importa em pagar mais caro por um produto ou serviço, ela acha que vale a pena
gastar mais sola de sapato para conseguir preço inferior em outra loja.
6. Ela sempre pechincha, ele acha que pedir desconto é sinal de pobreza.
7. Ele acha que não vale a pena dar semanada aos filhos, ela acha que ensinar a crianças a
controlar e planejar os gastos é importante.
8. Ela acha que os ganhos devem ser administrados de comum acordo, ele acha que a decisão
deve ser apenas daquele que trabalhou para ganhá-lo.
9. Ela acha que gastar com lazer é importante para a harmonia familiar, ele pensa que isso é
dinheiro mal empregado (talvez por isso sempre viva estressada).
10. Ela acha que ajudar um parente mais distante necessitado é importante, ele pensa que é melhor
utilizar o dinheiro na própria família.
11. Ele não se importa em ser fiador de alguém (e sempre acaba pagando a dívida dos outros), ela é
contra esses favores, pois sabe que sua família acabará pagando por algo de que não usufruiu e
perderá um amigo.
12. Ela é totalmente controlada, só compra o essencial no supermercado, ele vai jogando tudo no
carrinho, sem se conter, e é completamente desligado do que vai pagar no caixa.
Marque as afirmações que identificam o casal
1. Hoje eu não quero ir ao restaurante, já gastamos demais durante a semana.
2. Você tá dando R$ 5 para o mendigo, mas não quis me dar R$ 2 para comprar um sorvete!
3. Não seja tão pão-duro com teu filho, dê logo a ele os R$ 10 que ele está pedindo.
4. Se você vai à manicure e ao cabeleireiro todas as semanas e gasta uma nota preta, eu posso ir
tomar uma cervejinha com meus amigos!
5. Você mal acabou de comprar aquela blusa azul no cartão e já comprou outra cor-de-rosa? Veja
lá, o meu salário não dá pra tanto. Já estamos devendo demais!
6. Você compra coisas inúteis nas liquidações só porque estão com preços bons, não porque
precise da maioria delas.
7. Filho toma essa nota de R$ 50 para encher o tanque e ir namorar, vou ficar em casa mesmo,
pois tua mãe já limpou minha carteira pra fazer a feira e o supermercado.
8. Se você podia comprar aquela caneta nova, porque eu não posso comprar o casacão?
9. Eu ganho igual a você e contribuo para o orçamento da casa, por isso tenho os mesmos direitos
de gastar como eu quero.
10. Por que eu tenho que prover tudo nesta casa e você só gasta com coisas suas e não contribui
com nosso orçamento doméstico?
11. Estou cansado de ajudar os teus irmãos que não fazem nada. Vamos usar o dinheiro para
melhorar a nossa própria vida e adquirir coisas de que precisamos
Educação financeira é algo que se aprende na infância
Seu filho terá uma vida longa, a geração dele, dizem os estudiosos, poderá chegar sem muito esforço aos
100 anos de idade. Mas ele viverá num mundo sem garantia de empregos e com minguadas reservas
para aposentadoria. Em outras palavras, ele não pode dar-se ao luxo de cometer erros graves com o
próprio dinheiro. Assim, talvez seja melhor pensar sobre a herança que você deixará para ele. Um
patrimônio, por maior que seja, pode ser insuficiente se ele não souber conceitos básicos que o deixarão
a salvo de uma falência pessoal, o que poderá obrigá-lo a viver dos favores dos pais ou irmãos, na melhor
das hipóteses. Por isso, dizem estudiosos, quando seus filhos estiverem na faixa entre quatro e doze
anos de idade, ensine a eles um dos conceitos mais importantes da teoria econômica: a taxa de juro.
Esse cuidado ajudará seu filho a fazer escolhas no momento certo e saber que cada uma dessas
escolhas tem um impacto lá na frente. É nessa faixa etária que o equipamento básico para que ele tire o
melhor proveito das escolhas intertemporais - o cérebro - está se formando. Neuroeconomistas estão
fazendo experimentos para responder à pergunta: até que ponto a criança é capaz de esperar? A
Neuroeconomia é uma ciência nova que estuda, entre outras coisas, as áreas do cérebro envolvidas nas
escolhas intertemporais. Antecipar um benefício, seja ele qual for, vai nos exigir um pagamento, que é a
taxa de juros. Da mesma forma, adiar esse benefício vai nos fazer receber um prêmio por isso, que
também é a taxa de juro. Esse termo de troca estará presente por toda a vida e não apenas nas relações
monetárias. Por isso, dizem os estudiosos, é muito importante aprender essa relação de escolha
intertemporal. Na experiência que os neuroeconomistas estão fazendo, eles deixam a criança numa sala
com um sino. O adulto sai da sala e volta em cerca de 20 minutos. Se a criança tocar o sino antes de ele
voltar, o adulto ganha um brinde. Mas se ela espera o adulto voltar sem tocar o sino, é a criança que
ganha dois brindes. Ou seja, um ganho de 100% em 20 minutos. Os brindes ficam no campo visual da
criança, mas ela não tem como alcançá-los.
O resultado dessa experiência mostra que aos quatro anos de idade, 100% das crianças tocam o sino
antes do adulto voltar. Já aos 12 anos, 60% esperam a volta do adulto e ganham os dois brindes.
Os pesquisadores acompanharam essas crianças na juventude e observaram que aquelas que
esperaram a volta do adulto, ou seja, ganharam a taxa de juro, tiveram mais sucesso na escola, menos
problemas familiares e com drogas, por exemplo. Esse mesmo estudo mostra que a disposição de
esperar alguns segundos a mais ou a menos pode produzir discrepâncias no futuro dessa criança. Vale
uma observação: as drogas são nada mais que uma forma de descontar o futuro. O jovem entrega saúde
em troca de uma satisfação momentânea, de curto prazo e paga uma taxa de juros sob a forma de
vitalidade, só para citar um exemplo dos efeitos perversos da droga. A mesma experiência foi realizada
com crianças africanas e asiáticas. O resultado mostra as asiáticas mais pacientes. Mas quando o estudo
é feito com asiáticas que não têm a presença do pai em casa elas ficam menos tolerantes. A conclusão é
de que não é a região geográfica que conta, mas sim a interferência do pai na educação. Por isso, esses
estudos indicam que sua participação nesta fase específica da vida de seu filho pode se constituir na
melhor herança que você vai deixar para ele. Para a criança, a taxa de juro a pagar é o castigo. Já o
mimo é o rendimento que ela recebe. Estudos com crianças inglesas mostram que aquelas que são
remuneradas com presentes pelas boas notas na escola tendem a ter as notas mais altas. Esses estudos
foram apresentados num seminário promovido pelo Ibmec em São Paulo sobre economia e filosofia. O
programa, sob coordenação do professor Eduardo Giannetti da Fonseca, teve início no mês passado com
a apresentação sobre as raízes biológicas dos juros. Na semana passada Giannetti falou sobre a
influência das diferentes etapas do ciclo de vida nas nossas preferências intertemporais. Entender esse
comportamento talvez lhe ajude mais a obter sucesso para atingir seus objetivos do que tentar adivinhar
se a bolsa vai subir ou cair nesta segunda-feira ou qual a taxa de juro esperada para próxima reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom).
O PRECÁRIO EQUILÍBRIO ENTRE CARREIRA, FAMÍLIA E DINHEIRO...

Formado Bacharel em Ciências Contábeis e Atuariais na PUC de Porto Alegre, no longínquo ano de 1960,
eu já trabalhava durante o dia havia alguns anos e estudando a noite.

Casado e com um filho, almejava acima de tudo ser feliz com minha então pequena família.

As minhas maiores aspirações ainda incluíam ganhar muitíssimo dinheiro e fazer carreira em alguma
organização.

Logo, logo aprendi na “marra” que subir a ladeira do sucesso e chegar, eventualmente, ao topo em
alguma empresa ou ainda ser dono do próprio nariz, não seria tarefa simples.

Quarenta e cinco anos passaram, e olho pelo espelho retrovisor perguntando a mim mesmo;

“Será que consegui conquistar tudo aquilo que no começo da vida almejava?”

A minha resposta na ponta da língua é: “sim, sem dúvida alguma”.

Aos poucos enveredei pela área das finanças pessoais e do comportamento do ser humano em relação
às próprias finanças, desviando-me completamente da pura ciência da contabilidade.

Hoje, mais velho, entendo bem as angústias, dúvidas e incertezas dos mais jovens em função dos
complicados dias atuais. Alguns não têm uma clara visão do presente e muito menos do futuro. Outros
estão completamente desorientados.

Em palestras que desenvolvo para executivos, pessoas físicas em algumas empresas e instituições
financeiras costumo citar que felicidade, saúde e tranqüilidade financeira, são uma trilogia que todos
buscamos na vida.

Acredito que são os objetivos e sonhos da maioria dos seres humanos. Alem disso sou adepto
incondicional da inovadora ciência das “finanças comportamentais”, tão bem representada pelos
ensinamentos do psicólogo Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel de Economia no ano de 2002.
Diz ele que o ser humano nem sempre se comporta racionalmente e por essa razão, decisões financeiras
muitas vezes são tomadas, não em relação aos frios números estatísticos que sempre acompanham
fatores como risco e remuneração, mas ao contrário por impulsos inconscientes ou, às vezes até bastante
conscientes da maioria das pessoas que em nada tem a ver com economia e muito menos com finanças.

Apesar dos meus conhecimentos acumulados nos últimos 45 anos a respeito de assuntos relacionados
com investimentos e finanças, as minhas leituras e estudos dos últimos 15 anos me levaram a enveredar
com muito entusiasmo e interesse para o lado do comportamento humano.

Descobri, tal como Professor Daniel Kahneman, que as respostas dos casais que atendo no meu
escritório e também do grande público, em palestras coletivas, raramente são lógicas e racionais. São
muito mais conduzidas pelo sentimento e subjetividade das pessoas.

Por essa razão o título que escolhi para este assunto tão fascinante, mas ao mesmo tempo tão
controvertido.

“O precário equilíbrio entre carreira, família e dinheiro”.

Somos confusos por natureza e seres bastante irracionais. Pensamos de uma maneira e agimos muitas
vezes de forma completamente diferente. E pior, nem mesmo sabemos o porquê de agirmos assim.
Acredito que em nosso país ainda não existem estudos mais acurados a respeito do comportamento da
maioria de nossos executivos, profissionais liberais, dirigentes, políticos e lideranças em relação às suas
prioridades financeiras na vida.

Quantas vezes eu deparo com pessoas altamente competentes em suas empresas e profissões, e
considerados como sendo “bem sucedidos na vida”, mas que têm suas finanças pessoais completamente
desorganizadas. Para essas pessoas a carreira muitas vezes representava ou continua representando,
suas únicas motivações, e devido a esta visão unilateral, desleixavam completamente suas famílias e
algumas vezes suas finanças pessoais.

A nefasta conseqüência de uma visão tão tacanha, muitas vezes somente se faz sentir quando estão
mais velhos, na época da aposentadoria ou em caso de doença ou morte.

O livro “Work and Family – Allies or Enemies? Traduzido “Trabalho e Família - Aliados ou Inimigos”, tendo
por autores Steward D. Friedman e Jeffrey H. Greenhaus, da Editora Oxford Press e publicado no ano
2000, prova indubitavelmente o grande antagonismo e quase irreconciliáveis diferenças existentes entre
carreira e família, tendo sempre como pano de fundo, o imprescindível e sempre ambicionado dinheiro.

Leitores desta matéria hão de se perguntar de como poderia ser definida a mini sentença “sucesso na
vida” que tem tudo a ver com carreira, família e dinheiro.

Sem entrar em maiores detalhes apenas por falta de espaço, os autores do livro citam status, tempo para
si mesmo, desafio, segurança, aspectos sociais, crescimento, riqueza e família, como alguns dos fatores
implícitos da condição de obter-se o tal de “sucesso na vida”. Os estudos levantados pelos autores ainda
dividem as pessoas em quatro categorias:

13% do total de casos individuais estudados apontavam que um pequeno grupo dava prioridade às suas
carreiras, acima de qualquer outro fator.

42,5% do total de casos individuais estudados apontavam para a importância prioritária para suas
respectivas famílias.

29,6% do total de casos individuais estudados apontavam para a dualidade de prioridades, mas sempre
oscilando entre os fatores “família e carreira”.

Finalmente 15% do total dos casos individuais estudados apontavam para indivíduos cujas prioridades
não eram nem família, nem carreira, mas outros fatores mais egocêntricos, ou seja, aqueles davam maior
importância a si mesmos e ainda para um quinto grupo que representava a entrega à tarefas de cunho
social e comunitário.

A minha própria experiência em consultoria e assessoria a executivos em São Paulonos últimos vinte
anos, confirmou que estes, mas também dirigentes mais jovens, muitas vezes são mais inclinados a
considerar a carreiracomo o fator mais importante, enquanto aqueles que já alcançaram a meia idade
ou estão em fase de pré aposentadoria, começam a pensar mais profundamente em saúde, felicidadee
outros fatores menos egoístas e mais altruístas.

É claro que um importante ingrediente nesta complicada e subjetiva equação sempre é representada
pelos questionamentos;

“Quanto possuo atualmente em reservas financeiras?” e

“Qual é a soma das fontes de receita com que posso contar hoje e amanhã?”.

Podemos então concluir que quando jovens geralmente somos mais levados a considerar fatores
prioritários como “carreira” e “dinheiro”.

Opostamente, a medida que envelhecemos, ( e também quando já tivermos conquistado os fatores


carreira e dinheiro), damos maior importância às relações familiares e outros fatores sociais e
comunitários.

Infelizmente, muitos daqueles que davam maior prioridade à carreira e incidentalmente ao poder,
verificam demasiadamente tarde e algumas vezes com certa nostalgia e saudade, a grande e
irrecuperável perda sofrida pela falta do acompanhamento e do crescimento dos próprios filhos e netos.
Resultante destas reminiscências e com o olhar e pensamento no passado, inúmeras pessoas se
questionam a respeito da seguinte dúvida crucial:

“De que vale ter feito carreira e dinheiro e, eventualmente, no processo, ter perdido o amor e carinho de
entes queridos como mulher, filhos e demais familiares”.

Acredito que todos quando jovens, deveríamos priorizar à questão mais relevante de todas: “quais são
nossos valores, motivações e prioridades mais importantes para uma vida inteira ?”

Estou plenamente consciente de que a poeira levantada por mim com todo este assunto é bem mais
complicada do que a primeira vista aquilatamos, pois os aparentes valores da adolescência e anos de
formação estão muito mais dirigidos à conquista da aparente felicidade, na qual estão quase sempre
incluídas por definição “carreira e dinheiro”.

Ideais, família, moral, éticae tantos outros conceitos, são muitas vezes apenas palavras ocas e subjetivas
quando somos jovens.

Creiam-me, faz um bem danado olhar para traz e poder dizer:

“Fomos e continuamos felizes e as opções adotadas perante a vida foram todas acertadas.”
SER INDEPENDENTE FINANCEIRAMENTE

Muitos sonham, mas são poucos aqueles que conseguem efetivamente tornarem-se financeiramente
independentes. Por quê?
Há muitas razões, porém certamente uma delas deve ser que uma pessoa jovem, em pleno vigor de sua
juventude, sendo saudável, prefere viver intensamente o dia de hoje em vez de programar-se
adequadamente para o futuro. Isso não é errado, mas apenas normal.
Isto vale especialmente para um executivo, mas também para qualquer funcionário assalariado
razoavelmente satisfeito com seu salário. O mesmo raciocínio vale para o autônomo, cujos negócios vão
de vento em popa.
Todas as profissões, funções ou trabalhos, sem exceção, estão sujeitos às grandes mudanças que estão
ocorrendo atualmente no Brasil e no mundo. É melhor flagrar-se hoje desta constatação de que isso está
acontecendo, do que ter uma desagradável surpresa amanhã quando não se poderá fazer mais nada a
respeito!
Quem está preparado para os novos tempos?
Acreditamos que todos, indistintamente, jovens ou pessoas de meia idade deveriam pensar seriamente a
respeito do assunto e tomar medidas imediatas a fim de preparar-se para estes novos tempos que já
estão nos rondando faz alguns anos.
É interessante observar que algumas pessoas, em decorrência de não terem ainda qualquer respaldo
financeiro em determinado momento de suas vidas, são geralmente mais estressadas do que aquelas
que já equacionaram razoavelmente estas mesmas finanças.
Repito; muitas pessoas atualmente estão totalmente despreparadas financeiramente para lidar com
ocorrências fortuitas e imprevistos que lhes acontecem. Serão reféns e fortemente dependentes de
esquemas complicados, caros e às vezes inviáveis, podendo até tornarem-se catastróficas em um país
onde o peso da dependência do crédito e dos empréstimos é absurdamente oneroso.
Aconselhamos ao bom entendedor a introdução imediata de planos sistemáticos de acumulação de
capital e poupança e uma revisão consciente de seus orçamentos domésticos de despesas, para que
haja espaço suficiente neles para a introdução de um plano emergencial.
Iniciar um plano preventivo não é tão simples assim, pois mexe profundamente com nossos, muitas
vezes, arraigados hábitos. A disposição para alterações profundas na redução de despesas (e aumento
de ganhos) também depende muitíssimo de nossas parceiras ou parceiros. Deve haver muita harmonia e
vontade de alcançar objetivos delineados de ambas as partes.
Alguns obstáculos de ordem pessoal existentes:
• Incapacidade de meditar em profundidade sobre a repercussão futura da não tomada de passos
decisivos neste momento.
• Desânimo e falta de visão em relação à conjuntura econômico - financeira atual.
• Considerar mais importante gastar em bens e serviços imediatamente (consumismo), do que
guardar uma parcela para imprevistos e emergências.
• Desinteresse ou falta de vocação em participar nos mercados financeiros etc.

Alguns obstáculos de ordem externa:


• A dificuldade em encontrar um investimento conveniente que anule os efeitos da inflação,
conjugado ao peso dos impostos e taxas de administração embutidos.
• As constantes alterações das regras do jogo em nossa legislação fiscal.
• A falta de transparência de dados concretos recebidos das instituições financeiras a respeito da
verdadeira (real) rentabilidade de nossos investimentos.
• Persistência numa verdadeira ilusão de que o Estado Brasileiro vai nos socorrer futuramente,
quando estivermos aposentados ou de alguma maneira desabilitados para o trabalho.
Alguns conselhos úteis à quem se tocou com o nosso alerta
• Diversifique seus investimentos financeiros entre imobiliários ( sua moradia) e poucos recursos
aplicados em outros imóveis. Invista em aplicações de renda fixa e variável.
• Acompanhe de perto a administração de seus bens, exercendo continua e pessoalmente
controle administrativo sobre os mesmos.
• Estabeleça metas financeiras viáveis e realistas, mas que ao mesmo tempo façam sentido em
relação a sua idade e tempo ainda disponível no mercado de trabalho.
• Lembre-se sempre de que vivemos em um país volúvel em que fortes mudanças podem ocorrer
a qualquer momento. Por estas mesmas razões nunca se arrisque demais!
VOCÊ ESTÁ CUIDANDO BEM DO SEU RICO DINHEIRINHO?

Hoje em dia somos ininterruptamente assediados por esquemas que tentam nos fazer crer que ganhar
muito dinheiro em pouco tempo é coisa fácil e indolor.
Além disso, o pouco que temos pode desaparecer involuntariamente através de alguma forma bem mais
inglória, mas muito atual.
Explico-me. Com o advento do e-mail nosso virtual mais parece uma caixa postal colocada em plena via
pública! Toda sorte de mensagens nos alcançam, incluindo ofertas de dinheiro barato, investimentos que
darão retornos maravilhosos e loterias nas quais com pouco é possível ganhar muito.
A minha maior preocupação, entretanto, não é receber estas mensagens, que prefiro deletar na hora sem
ao mesmo abri-las. O que me assusta mesmo é saber que algum gaiato possui meu endereço e penetra
dentro do meu computador sem ao menos pedir licença. A fraude financeira via caixas eletrônicas, via
Internet, via cheque falsificado e via cartão de crédito clonado estão na ordem do dia e as Instituições
Financeiras devem estar muito preocupadas com o problema. Todo mês recebo novas instruções de
como devo acessar a minha conta. Cada vez mais complicadas. Não sei como pessoas um pouco mais
esclerosadas conseguem acompanhar as mudanças constantes de procedimentos, senhas e códigos.
Esta semana fui brindado com uma mensagem de banco dizendo que eu deveria re confirmar o número
da minha conta devido as fraudes que estavam acontecendo! É claro que não dei bola, mas alertei o
banco. Vejam só a petulância dos malandros que se utilizam do medo da fraude no preparo de seus
próprios golpes! Aonde chegamos! O fato me lembra que antigamente os batedores de carteira se
postavam estrategicamente em lugares em que havia cartaz dizendo "cuidado com os batedores de
carteira".Quanto mais rapidamente o passante reagia, apalpando seu bolso, mais provavelmente ele se
tornaria a próxima vítima.
Não passa dia em que algum dos meus amigos não me relata algum caso de fraude que aconteceu com
ele ou pessoa conhecida dele.
Como a maioria de vocês, também sou leigo em matéria de segurança eletrônica e por essa razão me
preocupo muito com esta invasão da minha caixa postal e tantas outra formas fraudulentas que estão
acontecendo. Não sei até que ponto o danado do penetra de e-mail não consegue alguma informação
confidencial sem o meu consentimento!
Estou deveras preocupado e tomei algumas precauções para diminuir as probabilidades de me roubarem
dados, números e dígitos confidenciais. Passei a usar menos a conta bancária via Internet e mais o
arcaico sistema de ir pessoalmente ao banco. É claro que olho para todos os lados ao sair da agência e
evito as noites e lugares ermos.
O dinheiro anda curto e está difícil de ganhar.
Aconselho, portanto a todos para cuidar muito bem do pouquinho que conseguem amealhar, após o
pagamento de todas as despesas do orçamento doméstico, que para a maioria já não anda muito
equilibrado.
Provérbio do dia: "Um olho no malandro e outro no dinheiro!”.

Será que você pode se dar ao luxo de pagar juros?

Leia e pense a respeito antes de assumir novas dívidas!


Tenho certeza de que você já cansou de ler dezenas de matérias em jornais e revistas além de ter
escutado insistentes conselhos a respeito desse assunto tão repetido, vindo de consultores financeiros
intrometidos iguais a mim. Desculpe caro amigo e amiga, caso eu me tornei demasiado persistente em
assuntos que na realidade não me dizem respeito, afinal a vida é sua! Vou mudar de tática para ver se
desta vez lhe convenço definitivamente de que de forma alguma compensa endividar-se na aquisição
de mercadorias ou serviços que não sejam essenciais! Começo por dividir nossos muito prezados
internautas do “Financenter” em dois grupos totalmente distintos entre si. O primeiro grupo, muito
provavelmente bem menor, é constituído por comerciantes, industriais, banqueiros e administradores de
financeiras, pessoas estas geralmente dirigindo ou participando de empresas pessoas jurídicas. Estas
empresas buscam e visam nada mais, nada menos que o lucro em seus negócios, o que em si não tem
nada de absurdo. Este grande e poderoso grupo de empresários adquire mercadorias ou serviços a
determinado preço e os vendem por preço muitíssimo maior. Quanto maior o lucro que possa ser
alcançado, melhor Devido a determinados fatores que para esta nossa argumentação não
interessam de momento, administrar empresas no Brasil, a burocracia, os impostos, a mão de obra etc é
algo muito dispendioso, razão pela qual as margens de lucro bruto geralmente devem ser muito
elevadas, podendo facilmente superar 150% anuais ou 10% mensais! Como não existe qualquer
limite legal para embutir lucro na venda de mercadorias ou serviços (e juro neste caso pode ser
considerado como sendo serviço), a lei da oferta e da demanda funciona maravilhosamente, devido a
nossa conhecida escassez de capital, deixando em aberto quanto de juro -- que é parte integrante do
lucro-- alguém deve pagar quando pede dinheiro emprestado ou compra alguma coisa a prazo.
Em contrapartida, acredito que você, e eu certamente, fazemos parte do segundo grupo, constituído de
donas de casa, estudantes, autônomos, profissionais liberais, artesãos, aposentados, desempregados,
etc. Qual é o nosso grande capital? Unicamente nossas mãos ou nosso cérebro. Em outras palavras
você e eu investimos muitos anos em acumular conhecimento intelectual ou então adquirir muitaprática
com nossas mãos em alguma das muitas profissões e habilidades manuais existentes. Repetindo; nosso
maior capital são nossos dons, nosso conhecimento e nossa capacidade de criar ou desenvolver alguma
coisa. É exatamente este o maior e muitas vezesnosso único patrimônio. Por ser muito difícil ou melhor
dito impossível determinar o preço de custo de um conhecimento acumulado ou um dom que somente
nós possuímos, pois dons, criatividade, conhecimento e intelecto são conceitos absolutamente
abstratos, será difícil medir algum preço de custo e conseqüentemente um preço justo de venda. Todos
estes atributos não são mensuráveis! Como conseqüência desta lógica cartesiana, e desde que você
tenha compreendida em toda a sua extensão, magnitude e o significado daquilo que acabei de descrever,
saberá que o artesão, o profissional liberal, o assalariado etc, tem todos eles em comum uma
remuneração fixa que pouco ou em quase nada é alterada. Nosso salário ou remuneração de
profissional autônomo ou mesmo a mercadoria do artesão, é rigorosamente igual, mês após mês. Como
conseqüência desta simples argumentação, o funcionário ou empegado de uma empresa sempre saberá
de antemão qual vai ser a sua remuneração mensal bruta e líquida com a qual poderá contar para fazer
frente ao seu orçamento de gastos mensais. Não existe praticamente qualquer forma de
elasticidade no padrão de seus ganhos. Por extensão, para o artesão, o artista, o profissional liberal e a
dona de casa que vive com determinado orçamento doméstico, vale o mesmo raciocínio.
Como conseqüência desta inabalável rigidez de ganhos ou remuneração, todas estas
categorias de pessoas físicas sempre terão de manter seus gastos rigorosamente sob controle
Dando continuidade a esta nossa argumentação, na ânsia de tentar convencê-lo, caro amigo e amiga,
qualquer que seja o montante em dinheiro que você e as pessoas pertencentes a estas categorias
gastem com o pagamento de juros, invariavelmente e em conseqüência, terão que diminuir daquilo que,
eventualmente, poderiam gastar com seus orçamentos domésticos.
Na prática acontece o seguinte: caso seu orçamento embute digamos
1.000 reais para serem gastos em alimentação com sua família, você, deve forçosamente retirar 200
reais do seu orçamento de compras no supermercado para pagar os juros devidos a aquisição que fez
por exemplo, de um telefone celular à prazo. Chega-se a seguinte conclusão: que agora você somente
poderá gastar 800 reais no item alimentação. Tente por um momento imaginar diminuir em 20% ou
seja R$200 o gasto com o sustento de sua família ou então raciocine com 20% menos alimentos no
almoço ou jantar! Para sustentar e mesmo realçar a argumentação utilizada, vamos resumir abaixo
um estudo que foi efetuado no ano de 2002 pela ANEFAC ( Associação Nacional dos Executivos de
Finanças, Administração e Contabilidade), com 3.477 pessoas de diversos extratos de nossa população;
• Aqueles que ganhavam até 5 salários mínimos, gastavam 35,43% de suas receitas com juros.
• Aqueles que ganhavam entre 5 e 10 salários mínimos, gastavam 33,62% com juros.
• Aquele que ganhavam entre 10 e 20 salários mínimos, gastavam 32,95% com juros
• Aqueles que ganhavam entre 20 e 50 salários mínimos, gastavam 28,07 com juros
• Aqueles que ganhavam acima de 50 salários mínimos, gastavam 19,08% com juros

Romeu & Julieta S.A.

Planejamento financeiro ajuda os casais não só a prosperar economicamente e financiar a aposentadoria


e a educação dos filhos no futuro como a manter o próprio casamento
Gerente financeira de uma rede de lojas de calçados em Fortaleza, Dulceana Lopes nunca se preocupou
muito com os gastos. Tanto que, apenas um mês após conhecer o namorado Carlos de Araújo Filho no
carnaval deste ano, deu-lhe de presente um relógio Bulova de R$ 3 mil. "Quis chamar a atenção", admite
Dulceana. E conseguiu. No Dia dos Namorados, ela recebeu de Carlos um livro de finanças pessoais. O
presente surtiu efeito. Dulceana começou a colocar em prática as orientações, acabou com todas as
dívidas de cartão de crédito, cheque especial e está conseguindo economizar. O casamento com Carlos
está marcado para dezembro e a lua-de-mel está garantida, sem dívidas. O caso de Dulceana ilustra bem
a importância dos casais saberem cuidar bem do dinheiro. Uma crise financeira, alertam os especialistas,
pode ser pior que veneno para os enamorados. No Brasil, há sinais de uma procura maior por esse tipo
de orientação, até mesmo para quem não encontrou a cara metade, mas quer garantir que não vai perdê-
la por problemas com o vil metal.
É comum os jovens se casarem sem planejamento financeiro e, pouco tempo depois, em meio a
problemas econômicos, se separarem. Já num segundo casamento, evitam os erros e conseguem uma
união mais estável. A avaliação é do professor da USP e sócio-diretor da New-Life Planejamento
Financeiro Gustavo Cerbasi. Autor dos livros "Dinheiro, os Segredos de Quem Tem", e "Casais
Inteligentes Enriquecem Juntos", ambos da Editora Gente, Cerbasi levanta a questão de que o bom
resultado do planejamento financeiro depende cada vez mais da família, e não apenas do indivíduo.
"Percebi que os melhores retornos das minhas palestras sobre finanças pessoais vinham daquelas dadas
para grupos de famílias", diz.Cerbasi observa que, apesar da tradição católica brasileira, de ver a riqueza
como algo negativo, há hoje um grande interesse da classe média por informações sobre finanças
pessoais. O sucesso do "Casais Inteligentes" é um exemplo. Lançado em dezembro, o livro já vendeu 20
mil exemplares, entrando para a lista dos dez mais vendidos de não ficção em maio. Cerbasidá algumas
dicas simples para o romance ideal não naufragar nos problemas econômicos. A primeira é que o casal
não deve ter problemas para conversar sobre dinheiro. E isso desde o namoro, na hora de combinar os
programas. "Se da outra parte vier um 'deixa que eu pago agora e você paga depois' ou um 'vamos dividir'
já é muito bom, pois indica que a pessoa topa planejar os gastos", diz. O pecado dos casais é só falar
sobre dinheiro nas crises, e aí pode surgir um conflito maior.
Outro pecado financeiro comum dos casais é assumir um padrão de vida além do suportável. Um erro
fatal ocorre normalmente na escolha do imóvel ou do carro da recém-criada família, itens com grande
peso no orçamento. "Em geral, o casal compromete toda a renda esquece de reservar parte para lazer,
diversão", diz. A saída seria planejar melhor, optando por um padrão menor de imóvel ou de carro, e
reservar mais para lazer e até para uma poupança. Mesmo o aumento da renda não
resolve os problemas, uma vez que as pessoas têm uma tendência natural de aumentar o padrão de vida
no mesmo ritmo dos ganhos. "Sou procurado por muitos casais com renda mensal acima de R$ 15 mil
que não conseguem fechar as contas do mês", diz.
Em seu livro, Cerbasi lista cinco estilos financeiros - poupador, gastador, descontrolado, desligado e
financista. O objetivo é que as pessoas reconheçam seu perfil e compartilhem com o companheiro suas
limitações e tentem formas de compensa-las. O descontrolado pode usar uma planilha para controlar os
gastos ou um fundo de previdência para força-lo a guardar dinheiro. E o poupador, com mais organização,
pode separar uma parte das economias para desfrutar sabendo que não comprometerá os planos futuros.
O planejamento financeiro ajudou o consultor de tecnologia da informação, Ricardo Kenji Kamiya e a
mulher, Morgana Multini, a superar um período difícil. Pouco depois de comprarem uma casa financiada,
Ricardo ficou desempregado por oito meses. Nesse período, Morgana teve de arcar com as despesas do
dia-a-dia e do financiamento. O que ajudou foi a poupança formada por eles. "Conseguíamos economizar
50% do que ganhávamos e isso, mais as economias permitiram que eu tivesse calma para esperar até
surgir um bom emprego", diz Ricardo.
Ele lembra que ambos sempre adotaram um bom planejamento e, logo após o casamento, optaram por
um padrão de vida mais modesto, com um apartamento menor, para evitar dívidas. Hoje Ricardo e
Morgana têm uma boa casa quitada e alguns investimentos. Mesmo assim, fazem um planejamento anual
para definir os objetivos e prioridades para o ano seguinte. Esse planejamento é atualizado a cada três
meses, quando eles conferem onde os gastos estão crescendo. Além disso, reservam o 13º salário e as
férias para os pequenos luxos, como viagens e compras. Graças a essa disciplina, eles planejam alcançar
a independência financeira em dez anos, garantindo ainda uma poupança para a pequena Isabella, de
dez meses. "Estou aplicando em títulos do Tesouro Direto para ela ter um patrimônio quando chegar aos
18 anos, mas o mais importante é dar para ela uma boa educação financeira", afirma Ricardo. Cerbasi dá
ainda algumas dicas simples para melhorar as contas da família. Sugere, por exemplo, evitar contas
separadas para as aplicações, uma vez que juntando os valores é possível aplicar em fundos com taxas
de administração mais baixas ou negociar melhor rendimento e tarifas com o banco. Contas separadas
podem ser interessantes apenas nos casos onde os dois trabalham e têm contas salário. Isso exige,
porém, maior organização do casal na divisão das despesas como um todo. Um só cartão de crédito
também é recomendado, para reduzir os custos de anuidade e os ganhos de milhagens. "O que falta é
uma visão de casamento como união financeira total também", afirma.

Contrato evita problemas na separação

Antes de sair juntando os trapos e as economias, porém, é bom os enamorados tomarem alguns
cuidados legais para evitar aborrecimentos no futuro. O especialista em direito da família, Pierre Moreau,
da Moreau-Advogados, recomenda a celebração de um pacto pré-nupcial e uma escritura declaratória,
que vão definir como serão tratados os bens caso o namoro acabe em casamento ou não. "Só o pacto
pré-nupcial não basta, pois se o casamento não se consumar, ele se torna ineficaz perante a lei."
O pacto antenupcial está no artigo 1.653 do Código Civil e funciona como um contrato. O casal vai a um
cartório de notas e estabelece o regime que quer adotar. Na comunhão parcial de bens, tudo que for
adquirido depois será dividido igualmente. Na universal, todos os bens, novos ou antigos, passam a ser
do casal. Já na separação de bens, cada um tem seu patrimônio separado definido. É possível ainda
definir de quem vão ser os rendimentos dos bens, que em 10, 20 anos podem somar um valor
significativo. " Um pai pode doar o terreno para a filha construir a casa e, se houver separação, só a filha
terá direito ao valor do terreno e as benfeitorias seriam divididas com o marido", diz. Moreau diz que vale
a pena o casal investir algum tempo em definir os termos do contrato para evitar problemas no futuro.
"Ainda mais que quando a pessoa está casando, a visão de futuro dela é sempre otimista, influenciada
pelo sonho da união." Por isso, o advogado alerta para o risco de eventuais relações pré-casamento que
acabam terminando antes da chegada ao altar. Ele recomenda que, nessa fase, cada pessoa mantenha
sua vida financeira separada. Se abrir uma conta conjunta para juntar dinheiro e os depósitos não sejam
iguais, o ideal é que haja algum contrato explicando isso, se não a presunção da lei vai ser que o dinheiro
é dos dois. Nesse caso, pode ser feita uma declaração ou um contrato assinado pelo casal com duas
testemunhas ou em um cartório de notas, estabelecendo o que acontece em um eventual rompimento.
Para quem resolve apenas morar junto, a lei estabelece que existe união estável após dois anos, ou até
antes se ficar provado que houve aparência de casamento, ou seja, se o casal se apresentava
socialmente como marido e mulher, se moravam juntos e se havia dependência econômico-financeira.
Nesse caso, vale a comunhão parcial de bens.
Moreau diz também que está crescendo o número de casais mais maduros por casamentos com
separação de bens. No caso, são pessoas que já constituíram família, cada um tem seu patrimônio, e não
querem misturar os bens. Na separação total, é possível definir o que é de cada um e eventuais
responsabilidades como alimentação.
Reserva Financeira - Por que é importante?

O que fazer nas férias?


Por quanto tempo sua família manteria o padrão de vida no caso de perda de emprego?
Seu plano de saúde cobre todas as necessidades?
Sendo um pouco pessimista, já pensou que duas dessas situações podem ocorrer simultaneamente?
A maioria das pessoas nunca pensou sobre isso.
A minoria, que tem reserva financeira, a constitui para outros fins: educação dos filhos, a formatura, o
carro, a própria aposentadoria, por exemplo.
Quanto as férias, bem, se não fizer uma reserva financeira, aquela viagem vai ficar para a próxima.
Na situação de perda de emprego, a recolocação pode levar de 6 meses a 1 ano, e esse período tem
aumentado. Como se manter nesse período? Se não tiver um bom "pé de meia" as chances de aceitar
um trabalho inadequado são muito grandes, bem como privações familiares.
E se o caso de necessidade for o de doença? Este não dá para adiar.

Fazer seu planejamento e investir na estabilidade financeira lhe garantirá uma vida mais confortável,
permitirá enfrentar com mais serenidade períodos turbulentos e realizar planos e objetivos no longo prazo.
E o primeiro passo é fazer o controle do Orçamento Familiar. Organize-se, conheça de onde vem e para
onde vai seu dinheiro.

Poupe e invista com objetivos definidos. Separe os investimentos:


• Um plano de previdência é formado durante 10, 20, 30 anos.
• A reserva para desemprego deve ser formada num prazo reduzido, não se sabe quando essa
emergência poderá ocorrer. Além do mais, em não sendo utilizada, poderá compor a de
previdência.
• O plano de férias é de valor menor e com prazo certo para utilizar (a data da viagem).
Esses investimentos têm características diferentes, pode ser compostos com perfil de risco diferente,
condizentes com a finalidade de cada um deles. Por exemplo: entre os ativos para aposentadoria poderá
haver imóveis para renda; no caso de férias poderá haver ativos em moeda estrangeira; a de desemprego
deverá ter ativos com alta liquidez e baixo risco.
Os tipos de reservas financeiras recomendadas não se esgotam nesses exemplos. Alguns outros casos:
demissão de empregados, sinistro de veículos, reformas, etc.
Pare para pensar, fazer seu planejamento financeiro é, em realidade, planejar sua vida, e planejar é o
primeiro passo para mudar.
Você quer mudar?
Comece a se planejar: faça seu orçamento familiar.
Comprar à vista ou a prazo?

Na sociedade de consumo em que vivemos o crédito é o meio de financiar o acesso à satisfação de


desejos e necessidades.
Pretende-se que o crédito permita concretizar sonhos sem causar pesadelos. Entretanto, o crédito está
banalizado, passou a fazer parte do "modo de vida" de muitas famílias.
Estudos realizados sobre o tema evidenciaram três modos de encarar o recurso ao crédito:

• o crédito necessário. Esta relação com o crédito resulta normalmente de uma situação financeira
difícil, em geral passageira.

• o crédito despesa antecipada. Corresponde a uma atitude favorável ao crédito, mas limitada ao
financiamento de bens úteis ou necessários.

• o crédito modo de vida. Neste caso o crédito é vivido com euforia, servindo para financiar bens
não indispensáveis e para ter acesso a um melhor nível de vida.

A questão não é a de comprar ou não comprar, mas a de que o endividamento pode levar ao desequilíbrio
familiar. Endividar- se
compromete por alguns meses, ou até alguns anos, o orçamento da família, e por isso necessita de
análise prévia.
As questões básicas são:
É necessário, urgente?
Cabe no orçamento familiar presente e futuro?
As condições do crédito e do 'objetivo' são adequadas?
Quanto à questão das condições adequadas do crédito, observa-se que os devedores não dão a devida
importância o custo de juros das principais linhas de crédito disponíveis para as pessoas físicas.
Os últimos dados do Banco Central, referentes a março, mostram o seguinte quadro:

Taxas % ao mês

Mínima média máxima

Cheque Especial * 1,60 7,50 11,50

Crédito Pessoal * 1,25 5,00 19,00

• Lembre-se que a taxa Selic foi de 1,38% no mesmo mês


Considerando as taxas máximas, no Cheque Especial que é similar a do Cartão de Crédito, em 6 meses a
dívida quase dobrará (92,2), e no Crédito Pessoal quase triplicará (183,4). Vendo por outro ângulo,
significam que, adiando a compra por 6 meses e pagando à vista, se poderia comprar 2 ou 3 unidades,
daquilo que foi comprado a crédito, naquelas taxas de juros. Quando se recorre ao crédito (empréstimo
ou financiamento), em particular os dos bancos, pagam-se muitos custos, que estão embutidos na taxa de
juros, comprando à vista, uma série desses custos se torna desnecessários, barateando o preço total
pago. Os principais custos embutidos nos juros são: os administrativos, os impostos e taxas, a
inadimplência e o lucro do banco. Na prática, os bancos são intermediários: eles pagam por volta de
1,38% ao mês para o investidor ( taxa Selic) e cobram dos devedores taxas entre as mínimas e as
máximas de 11,50% ou 19,00%, a diferença, também chamada spread, embute os custos acima citados.
Está pensando em endividar-se?
Lembre-se das questões básicas, e sendo o caso, priorize a compra à vista.

Por que não existe uma disciplina escolar de finanças pessoais?

Na qualidade de consultor de finanças pessoais, posso afirmar que dezenas de executivos e profissionais
liberais com sérios problemas financeiros passaram por meu escritório nestes últimos anos. Estou me
referindo a engenheiros, administradores de empresa, economistas, advogados e contadores e outras
categorias. Indistintamente e independente do curso, pós-graduação ou doutorado que fizeram, todos
eles, indistintamente, tinham dificuldades ou mesmo graves problemas em administrar suas próprias
finanças, chegando alguns poucos até à fase derradeira que é a inadimplência em relação a
compromissos financeiros assumidos. Ora, sabemos que executivos geralmente têm melhores salários
que outras categorias da população, além de receberem benefícios suplementares, imaginem vocês
então o que se passa com funcionários comuns que têm ganhos mais modestos e devem fazer bem
mais manobras para chegarem ao fim de cada mês com seus limitados recursos. Há três anos fui
contratado para ajudar 40 funcionários de uma grande empresa de expressão nacional. Ao cabo de seis
meses de trabalho coletivo e individual com cada um dos seus funcionários, aproximadamente 90%
deles obtiveram alta ou seja, daí em diante alteraram radicalmente o comportamento ante suas finanças
pessoais e melhor ainda, deixaram as dívidas para trás! Isso demonstra cabalmente que é possível mudar
a cabeça e a maneira de lidar com o dinheiro das pessoas, basta educá-las financeiramente. Existem
inúmeros aspectos sociais e financeiros que envolvem o relacionamento das pessoas com o dinheiro,
tanto nas empresas onde trabalham, como em suas vidas familiares, mas que aqui não cabem por
limitação de espaço. Resolvi então apenas comentar algumas implicações que as finanças pessoais,
direta e indiretamente tem em suas empresas e vidas privadas.
Não tenho dúvida alguma de que as finanças pessoais tem enorme importância no desenvolvimento
intelectual, social e econômico de uma família e por essa razão deveriam ser tão importantes quanto o
ensino de nossa língua, de matemática, de geografia e de história, para citar apenas algumas disciplinas
obrigatórias do ensino básico e secundário. O uso disciplinado de dinheiro cria responsabilidades e
disciplina as crianças desde tenra idade, que aprenderão a dar maior valor ao trabalho e esforço
desenvolvido por seus pais para dar-lhes o melhor possível. Aqueles pais, – pelo menos os que já foram
doutrinados a respeito da administração racional dos seus orçamentos domésticos -- deveriam no dia a
dia exercer o controle sobre a disponibilidade e uso de seus próprios recursos. Sabemos que a vida
moderna tende a influenciar o indivíduo a desejar tudo que é anunciado pela TV, por exemplo ( sonhos de
consumo etc) mas principalmente ante aquilo possuído por amigos, familiares e companheiros de
trabalho (inveja, ciúme etc.) e que isso praticamente nunca é possível devido a limitação dos ganhos e
do patrimônio possuído por cada um.
A pressão psicológica existente neste nosso meio capitalista para “consumir” e “se endividar além do
razoável”, é enorme e por essa razão são bem poucos os que conseguem resistir ao apelo de gastar
mais do que ganham. É nessa hora que a empresa, na qual o indivíduo endividado trabalha, passa a
sofrer as conseqüências.
O indivíduo trará consigo para o trabalho as angústias do seu lar. As 8 horas que passa na empresa serão
total e fortemente influenciados pelas 16 que passa fora dela.
É sabido que enorme percentual de brigas familiares são ocasionados por problemas em relação a
dinheiro, tanto com parceiros como com os próprios filhos. Pensando na dívida não paga ou na angústia
por não poder adquirir determinado carro ,eletro doméstico etc, tão desejado por ele, a esposa ou seus
filhos, o executivo ou profissional liberal provocará mais acidentes de trabalho, baixará sensivelmente sua
própria produtividade e mesmo criatividade e utilizará mais os departamentos médico, de assistência
social, ou programas de empréstimos pessoais da empresa. Enfim é o estresse e suas perigosas
conseqüências, tão presente nos dias atuais.
Não tenho nenhuma dúvida, como planejador financeiro, que os levantamentos existentes a respeito do
estresse, acidentes de trabalho, problemas com drogas e alcoolismo, caso fossem investigados a fundo e
tabulados convenientemente, trariam como causa inicial e básica, problemas relacionados com dinheiro
ou a falta deste, no núcleo familiar.
Tenho constatado que grupos empresariais que deram maior ênfase àquilo que se passa fora da empresa
e se preocupam com seus funcionários, tem bem menos problemas internos do que aquelas que não dão
a mínima pelo bem estar de seus funcionários, fora dos limites da empresa. Existem até empresas que
fazem questão absoluta de não se imiscuir com aquilo que se passa fora dos limites dela. São teorias
obsoletas, existentes em empresas retrógradas.
Como é muito difícil, quase impossível alterar currículos escolares, proponho que as empresas que se
dizem importar com seus funcionários, iniciem programas de educação financeira para funcionários e
familiares, incluindo os filhos desses funcionários.
Tenho certeza que o próprio funcionário dará mais valor à empresa na qual trabalha, pois sentirá que a
direção se importa com ele e está verdadeiramente interessado a ajudá-lo em conquistar melhor
qualidade de vida.
Muitas vezes, não é questão de dar aumento de salário ao funcionário, mas simplesmente ajudá-lo a se
organizar melhor financeiramente em seu orçamento doméstico.
Conheço uma excelente planejadora financeira especializada no assunto e que já ensina esta disciplina
para crianças em algumas das escolas de São Paulo. Porque não fazer a mesma experiência nas
empresas, ensinando funcionários e seus familiares a melhor cuidar do dinheiro incluindo obviamente as
crianças nos programas?
Segredos, mentiras e dinheiro...

Pesquisas no Brasil e nos EUA mostram que, quando o tema é finanças, marido e mulher
escondem a realidade um do outro, da família e até dos amigos
Responda rápido: você já mentiu para seu cônjuge sobre dinheiro? Se a resposta for sim, não fique
envergonhado, pois você não está sozinho. Pesquisas recentes confirmam o que muita gente já
desconfiava. As pessoas costumam esconder de seus pares temas financeiros, como o valor do salário,
quanto somam suas economias ou mesmo quanto gastaram na última ida ao shopping. Nos Estados
Unidos, 71% dos casais entrevistados pelo instituto Mathew Greenwald & Associates para a revista
Money disseram manter algum tipo de segredo financeiro de sua cara metade. Uma parcela considerável
– 46% – admitiu que mente sobre seus gastos para o marido ou para a mulher. No Brasil, a situação é
parecida. Enquete realizada no site da DINHEIRO mostra que cerca de 74% dos internautas já mentiram
ou esconderam do parceiro alguma despesa. Pesquisa realizada pelo instituto paulista H2R comprova, de
forma científica, a tese. De acordo com o levantamento, 27% dos casais brasileiros não sabem quanto
ganha o cônjuge. Outros 23% desconhecem a soma dos gastos das pessoas com quem dividem o
mesmo teto. “Os casais escondem mais a renda um do outro do que os gastos, que é algo comum”,
afirma Marcela Barbara, diretora da H2R. Ela mesma se encaixa no perfil. “Meu marido, por exemplo,
nem sonha quais são os meus gastos”, diz Marcela. “Se soubesse, iria me recriminar.”
Reclamar do gasto do companheiro é uma postura comum às duas partes do casal, atesta o planejador
financeiro pessoal Louis Frankenberg. “Essa crítica, muitas vezes, é resultado de maus investimentos
financeiros feitos no passado, que geraram perdas que não são esquecidas”, observa Frankenberg. “Isso
estimula as mentiras sobre dinheiro que os casais contam para que um não seja criticado pelo outro.”
Para evitar esse tipo de comportamento, Frankenberg sugere que marido e mulher compareçam juntos ao
seu escritório para uma espécie de exame financeiro conjunto. “Na minha consulta, o casal tem de ficar
nu do ponto de vista financeiro na minha frente”, diz. O planejador sabe que não se trata de uma situação
confortável. A começar por uma questão prática: a desconfiança recíproca. A prova está no número de
contas correntes que podem ser movimentadas tanto pelo marido quanto pela mulher. Segundo a
pesquisa da H2R, 78% dos casais entrevistados não têm conta conjunta. Para o consultor financeiro
Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Editora Gente), um casamento de
verdade significa compartilhar gastos e aplicações financeiras. “Ter segredos indica que não há confiança
total entre o casal”, afirma. Cerbasi só faz uma observação a essa regra. Ele defende que parte da renda
conjunta tenha um destino privado, para satisfazer os gostos e as necessidades de cada um. “Seria uma
espécie de mesada própria”, explica o consultor. “Os dois dividiriam os custos da casa e as aplicações
financeiras, mas deixariam uma parte de suas rendas para gastos particulares.” Essa mesma postura é
compartilhada pela psicoterapeuta Eline Canteras Mazza, especializada no tratamento de casais. “É
saudável que cada um tenha o seu próprio dinheiro e faça com ele o que bem quiser, sem falar ou não
para o cônjuge”, afirma. “Assim, se mantém ao mesmo tempo o casamento e a individualidade de cada
um.” E as mentiras para os familiares e os amigos sobre
suas finanças? Na maioria das vezes, elas são motivadas pela associação – incorreta, diga-se – de que
os problemas financeiros são frutos de incompetência ou irresponsabilidade. “Há pessoas esforçadas e
competentes que têm dívidas”, diz o consultor Marcos Silvestre, autor do livro Casamento dos $onho$
(Editora Qualitymark). A questão, segundo ele, é que a vida financeira atingiu um nível de complexidade
muito alto, com excesso de opções de consumo e de investimentos. “As pessoas se recusam a admitir
que não sabem o que fazer”, afirma o consultor. Resultado: uma inundação de mentiras para tentar
sustentar uma farsa. A solução: encarar os fatos sem piedade. “É preciso reunir toda a família e pôr as
cartas na mesa”, sugere Silvestre. “No início pode ser traumático. Mas, no final, todos sairão fortalecidos
e mais maduros do processo.”

Fuja das crises financeiras

Dicas para saber onde seu orçamento está estourando


Uma crise financeira pessoal tem vários efeitos sobre a vida de um cidadão: depressão, ansiedade, auto-
estima baixa. Esses sintomas podem se agravar porque nem sempre é possível atacar o problema
justamente quando o lado psicológico está abalado. Resolver uma crise financeira pessoal implica em
mudar de vida e tomar decisões muito importantes num momento delicado. Pode ser cortar o lazer da
família, deixar a viagem de férias de lado. Para não chegar a esse estado os especialistas recomendam:
prevenção ainda é o melhor remédio.

Veja algumas dicas para fugir de uma crise financeira:


• Tenha e respeite um orçamento de renda e despesas.
• Não se endivide até o limite de seu orçamento. Recomenda-se que apenas 20% de sua renda
sejam destinadas a dívidas.
• Corte o endividamento crescente.
• Nunca se financie a juros altos.
• Mantenha um fundo de reserva para cobrir despesas não previstas no orçamento.
• Crie um plano para lidar com a crise.

Basicamente, para sair de uma crise financeira uma pessoa deve agir como uma empresa ou um país:
cortar gastos e aumentar a renda. São decisões difíceis de tomar porque podem significar menos almoços
ou jantares fora de casa ou deixar o segundo carro na garagem. É por isso que muitas vezes a crise
pessoal atinge proporções tão gigantescas. O ponto fundamental para solucionar uma crise é tomar as
decisões certas sem adiá-las por muito tempo.
Aqui um roteiro para analisar a sua crise financeira e tomar as decisões certas para sair dela:
• Quais são meus problemas financeiros e que desdobramentos eles vão me trazer em breve?
• Se tudo correr bem como ficam minhas contas?
• Se tudo der errado como ficam minhas contas?
• Qual é minha renda?
• Como deve se comportar minha renda no futuro (vai crescer, vai diminuir). Não considere aqui
situações imprevisíveis.
• Quanto gasto por mês?
• Quanto pago de juros por mês em minhas dívidas?
Ao responder essas perguntas você terá em mãos seu orçamento pessoal de caixa. Com isso você
consegue saber onde seu orçamento está desequilibrado. Qual a solução ideal para seu caso? Uma
alternativa é vender o segundo carro da família ou trocar o veículo principal por um mais barato para ter
uma sobra de caixa e abater parte da dívida. Ou, numa atitude mais radical, vendê-lo e usar o transporte
coletivo.
O ideal é estabelecer uma meta: cortar 10% dos gastos e trabalhar em torno dela. Outra medida
importante é reduzir suas despesas com juros. Vá negociar com o gerente do banco os juros do seu
cheque especial, alongue o prazo de pagamento de uma prestação. No passado, uma das soluções era
pedir um aumento de salário ao chefe. Como isso é mais complicado atualmente, tentar um trabalho
temporário, que permita uma entrada rápida de dinheiro, pode ajudar.
Algumas sugestões: vendas, consultoria, intermediação de serviços, marketing de rede, trabalho em
feiras ou eventos, tradução, aulas particulares, digitação, redação de textos.
“O único respnsável pelos seus problemas financeiros é você; resta a você tomar uma decisão
de mudar, parar de gastar mais e planejar o pagamento de suas dívidas e depois fugir do
endividamento e viver a vista.”

Mudanças de Padrão dos Orçamentos Familiares

Uma triste conclusão a respeito do significado do último estudo do IBGE


Viajando para o exterior no dia em que os jornais publicaram os novos padrões de consumo do povo
brasileiro "POF" do "IBGE", imediatamente me pus em campo para analisá-los em maior profundidade.
Já no exterior e pela maravilhosa ferramenta que é a Internet confirmo e analiso os dados lidos nos
jornais e, estupefato pelo que interpreto, me apresso em dizer o que penso a respeito, indagando a mim
mesmo se outros leitores chegam às mesmas conclusões que eu cheguei. Há tempos eu já desconfiava
de que grandes mudanças estavam ocorrendo em nosso país e que estas mudanças não estavam
ocorrendo na direção positiva… O levantamento feito pelo IBGE
em 48.000 lares brasileiros, entre 2002 e 2003 ultrapassou a minha mais pessimista avaliação.
Vamos aos fatos.
Os meus estudos, na qualidade de Planejador Financeiro Pessoal, geralmente incluem o item
alimentação apenas em sua relação meramente financeira, mas me chocou que este item do orçamento
doméstico diminuiu dramaticamente na mesa do nosso povo desde os anos 1974/1975 de 33,91% para
20,75% nos anos 2002/2003. Para mim esta diminuição significa nada mais nada menos que perda de
qualidade de vida e nunca diminuição genérico do preço dos alimentos como é o entendimento querendo
ser dado ao fenômeno. No mesmo período citado, no item
habitaçãoocorreu um aumento de gastos de 30,41% para 35,50%, significando obviamente que para
morar melhor alguém teve de se alimentar menos. Esta lógica está de acordo com a lei de Lavosier que
diz que na natureza nada se perde e nada se ganha e que tudo se transforma… ou seja, mais despesas
com habitação à custa de menos alimentação.
Sabemos todos como é difícil hoje conquistar a casa própria e como esta meta continua sendo sonhado
por milhões de nossa gente. Lembro com
saudade os tempos do B.N.H. (Banco Nacional de Habitação), quando a Caderneta de Poupança e o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço davam abrigo ao sonho de brasileiros da maioria das classes
sociais, que de outra maneira não tinham possibilidade de adquirir a sua moradia. Na época havia
suficiente dinheiro em caixa para a classe média e popular sonhar com esta conquista. O sonho
bruscamente acabou com o uso indevido do dinheiro do povo pelos políticos momentaneamente no
poder. A maior conseqüência derivada deste fato também foi a perda de emprego por parte de centenas
de milhares de trabalhadores da construção civil.
Nestes quase trinta anos entre 1975 e 2004 os impostos dobraram de peso. Pagávamos 5,27% do que
ganhávamos para custear a máquina governamental e agora pagamos 10,85% do que ganhamos e este
dinheiro infelizmente na maioria das vezes nem é usado para nos dar maior segurança, melhores
condições de saúde pública e uma aposentadoria mais tranqüila. Este aumento de 100% em minha
interpretação significa apenas que a máquina governamental não se aprimorou nestes trinta anos,
tornando-se mais eficiente como deveria ter sido. Esta eficiência deveria até ter sido dezenas de vezes
ampliadas pela introdução da informática e do aprimoramento de sistemas burocráticos…
Ocorreu o contrário, pois Municípios, Estados e Federação não aumentaram apenas suas despesas com
impostos, taxas e contribuições, mas incharam desproporcionalmente com os amigos e familiares dos
quadros políticos momentaneamente no poder. E o que aconteceu com a
nossa educaçãopública? Esta também encolheu pelo empobrecimento do ensino público. Os bons e fieis
professores abandonaram suas carreiras ou tiveram de debandar para as escolas particulares que
cobram demasiado… Gastos de 2,28% do orçamento doméstico em 1974/1975 passaram em 2002/2003
para 4,08% neste item! Dobraram, acreditem se quiserem e nossos filhos estão performando cada vez
pior em levantamentos internacionais que medem a qualificação escolar dos estudantes do mundo inteiro.
Enquanto as cidades estão cada vez mais atulhadas de pessoas, as habitações destas mesmas pessoas
estão cada vez mais afastadas do seu trabalho. Consequentemente o transporteque cobrava 11,23% do
orçamento doméstico agora anda pelos 18,44%! Pagam hoje em dia mais para poder ir ao
trabalho e tem de diminuir seu já pouco lazer e estar junto à família, pois levam às vezes horas em trens,
ônibus e metrô para ir e vir. Para finalizar faço a mim mesmo e aos caros leitores a seguinte pergunta:
será que compensou ter hoje em dia modernos Celulares, DVD, Ipod,computadores e TV em em telas
enormes e outras amenidades suavizadores, para em compensação estar endividado até o pescoço? Sim
porque os mesmos levantamentos dizem que 85% da nossa população não têm suficiente receita para
chegar ao fim do mês com seus magros ganhos. O dístico
popular de "não haver suficiente mês no fim do salário" agora é uma triste realidade. Sugiro que
pensemos a respeito do significado dos números mostrados e indignados, busquemos uma solução
nacional para esta situação que não pode perdurar!
Você sabe quanto gasta?

Sobrou mês ao meu salário, entrei no cheque especial, não sei onde foi parar meu dinheiro, etc..
Essa é a realidade da maioria das famílias brasileiras, mais precisamente 85% segundo o IBGE.
Descontrole orçamentário, ou melhor, inexistência de controle, explica grande parte das situações. Saber
onde e o quanto se gasta é o fator determinante do sucesso financeiro. É através do controle dos gastos,
de todos os gastos, que se pode atingir, num primeiro momento, o equilíbrio, e no seguinte, o superávit
financeiro com o qual se forma o patrimônio e se concretizam os sonhos da família.
Nas despesas as rédeas estão em suas mãos, fazer as contas, efetivar os cortes, realocar prioridades,
dependem exclusivamente da sua determinação. Nas receitas, em geral as rédeas estão em mãos de
terceiros, sejam eles patrões ou clientes.
Para que o controle dos gastos seja eficaz, é imprescindível conhecer onde e quanto cada membro da
família gasta. É importante "escrever" todas as despesas, seja numa folha de papel, numa planilha ou
sistema de computador. Com esse controle você vai saber para onde seu dinheiro está indo.
O corte nos gastos, onde e quanto cortar, é decisão pessoal e tem apenas uma premissa: faça a tempo,
não adie.
É importante ter a discriminação dos gastos "visível", irá facilitar a análise e seleção do que cortar, e
também permitirá estabelecer um orçamento para o futuro.
Para a elaboração do orçamento, discuta em família, além das contribuições e sugestões, haverá o
comprometimento em alcançar os objetivos combinados.
Com o orçamento superavitário você e sua família construirão o futuro com direito a sonhar.
Tenha em mente que, mais importante do que o quanto se ganha, é o quanto se gasta, e mais ainda o
quanto seinveste.
A respeito de hábitos financeiros profundamente arraigados.
Nunca pensei em contar quantitativamente as pessoas que conheci ou que passaram pela minha
empresa de consultoria financeira pessoal. Posso, entretanto, afirmar categoricamente, que cada uma
delas pensava diferentemente e tinha características diferentes que as distinguia das demais consulentes.
Para mim tornou-se óbvio, sem qualquer sombra de dúvida, que pessoas com impressão digital, íris e
DNA diferentes, também pensassem diferentemente de mim e do restante da humanidade.
Assim sendo, concluo que os mais de seis bilhões de bípedes que perambulam por este vasto mundo,
todos, um por um, devem ter cabeças diferentes e conseqüentemente raciocinam e agem diferentemente.
Aliás a teoria de Maslow já afirmava que o ser humano precisava satisfazer algumas necessidades
básicas que ele chamou de necessidades psicológicas, de segurança, de estima, de ser aceito pelo grupo
e finalmente de aperfeiçoamento e crescimento pessoal.
Por essa mesma razão tenho certeza de que o ramo do “Comportamental Financeiro” ou em inglês
“Financial Behavior” é de absoluta e inconteste importância para que cada indivíduo tente encontrar
conscientemente quais são as suas próprias características. Somente dessa maneira poderá analisar
melhor sua própria conduta no decorrer da vida. Dessa forma, a luz de suas próprias convicções ou
maneira de pensar, com maior facilidade poderá analisar seus inúmeros erros e acertos. Corrigir estes
erros e aumentar o número de vitórias.
A seguir explicarei alguns exemplos simples de contradições que a primeira vista não são nada lógicas,
porém tem tudo a ver com a absoluta individualidade na maneira de pensar e de agir diferente das
pessoas.
• Executivos Financeiros que lidam com milhões em suas empresas, porém não sabem
administrar suas próprias finanças.
• Pessoas que possuem excelentes salários mas que sempre se encontram endividadas e
correndo atrás do prejuízo, apagando incêndios.
• Executivos com filhos pequenos ainda por criar, que preparam estudos orçamentários e de
investimentos de alto valor para suas empresas para daqui a cinco anos, mas que não
conseguem sequer imaginar que eles mesmos podem ficar doentes ou morrer em apenas dias,
semanas ou meses, e conseqüentemente deixando de fazer seguros de saúde, de vida e de
previdência para si e suas famílias.
• Cidadãos da classe média, com cultura e estudo, que sabem que no início de cada ano terão
novas despesas com IPTU, IPVA, matrículas escolares etc, e não fazem qualquer previsão ou
reserva financeira, sabendo que elas vão ocorrer.
• Cidadãos vivendo em nosso país, no qual sabidamente a taxa de juros por endividamento e
empréstimos é demasiadamente elevada em relação aos seus ganhos, porém teimando em não
acumular qualquer reserva financeira que lhes permitam adquirir bens e serviços à vista.
A razão das contradições acima citadas, encontra-se na relativa importância que as finanças pessoais
produzem no consciente ou mesmo sub inconsciente das pessoas. Assim sendo, para a pessoa que
vive endividada, administrar suas próprias finanças pode ser uma tarefa muito complicada ou até mesmo
resultante de um trauma mal resolvido vindo da infância. Os pais eram pobres e não podiam comprar
absolutamente nada. Esta pessoa agora quer adquirir tudo que sonhava possuir na infância,
independente de poder ou não comprar com seu salário.
Um outro exemplo, completamente diferente do anteriormente citado é o do cidadão que adquire um carro
importado, iniciando uma dívida que pela lógica não poderia pagar apenas com seu salário, mas que
intimamente precisa mostrar aos parentes, vizinhos ou colegas de trabalho que é abastado.
De qualquer maneira as razões que o levaram a adquirir o carro, nada tinham a ver com finanças em si.
É possível até que tinha a ver com algum complexo de inferioridade, vaidade ou qualquer outra causa,
mas que somente um psicólogo pode decifrar. Após fazer estas observações, tiradas
da prática do dia a dia, concluo que dificilmente uma pessoa altera seu comportamento com a qual
provavelmente nasceu ou com a qual já convive há muitos anos.
Enquanto para uns, as finanças pessoais são importantes, para outros é mais relevante ter a
impressão de que amigos, colegas e familiares o admiram e respeitam. Ele tem grande necessidade de
o considerarem como uma pessoa fora do comum, um super homem!
Acredito que somente emoções muito profundas ou choques de realidade bastante violentos são
capazes de anular algumas das características e conceitos dessas pessoas.
Apesar de tudo que relatei, continua valendo o tradicional ditado que diz:
“Água mole em pedra dura, tanto faz até que fura”.
Para um planejador financeiro certamente pode ser considerado uma vitória quando ele consegue
convencer alguém a alterar alguns dos seus hábitos negativos e conduzi-lo, dessa maneira, para uma
vida mais digna e de menos estress.
Será que fui suficientemente convincente para acordar emoções profundas em você ou choques de
realidade tão violentos que anulem algumas das suas atuais características, hábitos e conceitos que
precisavam ser alteradas?
Dicas de como sair do vermelho

Cortando despesas – administrando melhor o seu dinheiro


Geralmente quando as pessoas pensam em reduzir suas despesas ou cortar gastos com a casa, elas
começam a se desencorajar porque pensam que deixarão de ter determinadas coisas ou não poderão
aproveitar as coisas boas da vida. Isto não deve ser necessariamente verdade. Você deve pensar da
forma correta quando toma a decisão de cortar despesas para lhe ajudar a alcançar seus objetivos
financeiros, ou você abandonará o seu plano. Por isso nós gostaríamos que você encarasse um corte de
despesas como uma coisa boa e que vai lhe ajudar a melhor utilizar o seu dinheiro.

Você está pronto para poupar e viver com seu novo plano de despesas se você pensa...

· sobre suas metas financeiras


· “eu consigo abrir mão de uma coisa que desejo muito hoje, com o objetivo de equilibrar minhas finanças
e adquirir quando puder no futuro.”
· “é muito importante ter algum dinheiro para emergências”
· “eu tenho controle sobre o meu dinheiro e minhas decisões”
Você NÃO está pronto para viver com seu novo plano de despesas se você pensa.....

· sobre benefícios imediatos


· “eu começarei amanhã”
· “eu não consigo fazer planos para o futuro”
· “eu tenho problema com contas”
· “eu vou esperar minhas contas serem pagas”

“Para sair do vermelho é preciso querer, parar de gastar mais, levantar a dívida e planejar o pagamento
por etapas, as principais primeiras; renegocie, adie, declare a moratória, mas nunca empreste dinheiro
para pagar uma dívida!”
Não deixe seu dinheiro ir por água abaixo

Poucas vezes a classe média sofreu tanto com os desequilíbrios de orçamento. ISTOÉ consultou
especialista e fez um guia para reorganizar as finanças pessoais e, se possível, guardar uma sobra.
A imagem estampada nas duas páginas anteriores resume com precisão as atuais angústias econômicas
e financeiras dos brasileiros: o buraco do ralo é grande; a vazão da torneira, pequena. Pesquisas, teses e
manifestações de desespero por todos os lados mostram que pouquíssimas vezes a classe média esteve
tão quebrada ou a caminho da falência. A pindaíba generalizada gerou até um novo modismo: os
especialistas em administração de finanças pessoais que invadiram rádios, jornais e tevês. Esses
jornalistas, contadores, economistas e engenheiros superam em abrangência o comportamento dos
analistas tradicionais. Com economês tropicalizado e dicas simples, como resistir aos empréstimos e
comprar o ovo de Páscoa a partir do torra-torra das promoções do domingo de Páscoa, eles invadiram a
rotina do consumidor. Socorrem o cidadão que toma surras mensais das listas de despesas, vê as
economias evaporarem e quer a todo custo desviar o seu Titanic aparentemente indestrutível da rota do
iceberg.
ISTOÉ estudou teorias de algumas dessas estrelas da carência: a jornalista Mara Luquet, o engenheiro e
economista Luís Carlos Ewald, o economista Marcos Silvestre e o cientista contábil Louis Frankenberg.
Além disso, garimparam sugestões nos livros Investimentos, Seu dinheiro e Seu imóvel, do economista
Mauro Halfeld, comentarista da Rádio CBN e do jornal O Globo. O objetivo garante, não é mudar quem
não deseja ser mudado. “O perdulário radical acha o poupador um bobo que não aproveita a vida. O
poupador radical acha o perdulário um irresponsável que não pensa no futuro”, revela Silvestre. “Se o
sujeito acha que os riscos, o bombardeio dos credores e as eventuais humilhações valem o prazer do
momento, problema dele”, conclui. Os conselheiros admitem negociar as proporções de muitas condutas,
menos o mandamento de que é proibido gastar mais do que se ganha.
A maior parte dos brasileiros que hoje ganham dinheiro cresceu ouvindo que a moeda não valia nada e
que o País era uma ciranda financeira. Por isso, mesmo após dez anos de estabilidade, não aprendeu a
lidar com moeda de valor. Gasta mais e poupa menos do que deveria. Os conselhos ajudaram a definir os
contornos de Tião Consaldo, o exemplar administrador de finanças, e de seu rival Zé Gastão, as duas
personagens do quadro de abertura desta reportagem. Para que a virada seja possível, os especialistas
reforçam alguns pontos:
• É sempre possível cortar alguma despesa. Se a situação for perigosa, supere o orgulho e o medo de
parecer pão-duro na família. Converse. Mostre que as despesas se aproximaram perigosamente ou
superaram a renda. Um filho distante dos livros pode melhorar se descobrir que o custo anual da escola
daria, por exemplo, para comprar um carro.
• Informação. “Às vezes, o sujeito se acha conservador, mas, no fundo, é mal informado”, explica Mara.
“Ele usa a poupança porque, ‘se o banco falir, o governo garante’. Meia-verdade. A garantia vai até R$ 20
mil. Se ele tiver R$ 50 mil, R$ 30 mil irão para o espaço. Quando descobre isso, passa a grana para os
fundos de renda fixa e, aí, torna-se um investidor moderado”, completa.
• Fuja a todo custo dos empréstimos, dos juros de cartão de crédito e dos créditos de cheque especial.
Vale aqui observar como os conselheiros se comportam. Mara não tem cartão de crédito, cheque, nada.
“Só uso cartão de débito, não tenho mais nada”, diz Mara. “Cartão de crédito só para disciplinados que
pagam toda a fatura em dia, sem juros. O Brasil possui os maiores juros do planeta. O melhor negócio do
mundo é cobrá-los e o pior, pagá-los.” Silvestre possui cheque e um cartão internacional, mas só sai com
um deles para compras planejadas. “É preciso manter a carteira vazia para ter a conta cheia”, prega
Silvestre.
• Planejamento e controle. Silvestre e Frankenberg anotam em planilhas pessoais todos os gastos, do
cafezinho ao almoço, para fechar um contrato. Suas páginas na internet oferecem gratuitamente essas
planilhas. “As anotações mostram gastos excessivos e a hora de colocar o pé no freio”, alerta Silvestre,
que, coerente, admitiu, na entrevista a ISTOÉ, em um restaurante, a disposição de anotar os R$ 15
gastos na mesa com água e café. A revista pagou a fatura.
• Pechincha. Não existe preço sem juro embutido. Insista no desconto. Se não ganhá-lo, mude de loja ou
divida o preço no maior número de prestações, desde que o preço permaneça o original.
• Oportunidade. Negocie com a família o melhor momento de comprar. Ewald costuma comprar presentes
de Natal em janeiro e ovo de Páscoa nas promoções do domingo de Páscoa. Faz suas pequenas
compras nos mesmos dias em que trabalha na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Assim,
guarda o carro de graça no estacionamento do supermercado, dá suas aulas e depois
passa pelas gôndolas. Se todas essas lições forem capazes de levar o leitor a produzir a sua pequena
revolução financeira, a reportagem ao lado será útil para ajudar a definir o que fazer com a sobra de
recursos. Porque apostar no futuro é preciso.
Façam suas apostas... no futuro. Qualquer esforço para fugir da dependência exclusiva da Previdência
oficial é bem-vindo. Abaixo, dicas para fazer um pé-de-meia complementar
Previdência oficial abriga 12,8 milhões de aposentados e pouco mais de 5,6 milhões de pensionistas.
Uma pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade
(Anefac) com 4.377 famílias, muito usada por um de nossos conselheiros, Louis Frankenberg, em suas
palestras, traça uma radiografia preocupante. Dos brasileiros aposentados com mais de 60 anos, 50%
precisam de ajuda familiar ou caridade institucional, 33% desistiram de pendurar as chuteiras e continuam
a trabalhar, 15% sobrevivem com muito aperto exclusivamente com o seguro público e apenas 2% – dois
em cada 100 sexagenários aposentados

conseguem descansar com certo conforto e tranquilidade após uma vida de dedicação ao País.
Desnecessário apresentar outra justificativa para confirmar a necessidade de buscar complementos de
renda quando a decisão de cruzar os braços for tomada.

Com um bom planejamento você terá a chance de construir um orçamento de renda e despesas mensais
destinando em primeiro lugar uma porcentagem de sua renda para a acumulação de capital que mais
tarde vai ser seu complemento da aposentadoria bem como uma reserva para emergência.

Você não deve é adiar sempre essa medida pois cada ano que passa vai te custar mais caro atingir seus
objetivos.

Calcule o numero de sua independência financeira, estime o tempo necessário para isso, procure
alternativas para investir buscando sempre as menores taxas e os maiores retornos e diversifique seus
investimento para diluir os riscos.
As sete personalidades do dinheiro:

1. O desligado
adora o que faz, mas não conecta a atividade com remuneração. É comum não saber quanto
recebe nem quanto deve. Normalmente, alguém cuida de suas finanças.
Dica: ponha os pés no chão. Comece descobrindo o preço de tudo que gosta e consome, depois
tome as rédeas de sua vida financeira
2. O escravo
aquele que vive em função do seu senhor, que pode ser um ideal, a religião, a empresa, a
família. É comum trabalhar muito e não ser recompensado.
Dica: experimente o dinheiro como meio de realizar o que você gosta e quer, dando sentido ao
esforço do trabalho
3. O avarento acumula fortuna sem limites para um
futuro sem prazo. Vive para aumentar o patrimônio, não importa quanto já tenha.
Dica: aprenda a usufruir do dinheiro. Faça uma lista de seus gostos, desejos e sonhos, estude os
meios de conquista-los e marque um prazo para isso.
4. O raivoso
quem vive entre ricos mas não goza do mesmo prestígio costuma ter raiva deles. Como não
sabe conviver com isso, centra sua energia para destruir os ricos
Dica: use suas forças para aprender a “fazer dinheiro” com o que sabe e gosta de fazer
5. O confuso
confunde dinheiro com expressão de afeto e amor. Faz tudo para as pessoas que ama e corre o
risco de criar relações de abuso ou dependência financeira
Dica: ponha na cabeça que devemos ser amados “de graça”. Um bom planejamento financeiro o
ajudará na hora de decidir quanto dar e para quem dar dinheiro
6. O consumista
é o que compra por impulso até o que não quer. Vive o presente sem pensar no futuro. Empurra
as dívidas para depois ou tem alguém para pagar suas contas
Dica: deixe para depois o que você não precisa hoje. Compras não resolvem carências de
gastos, você perceberá os excessos financeiros
7. O educado
sabe lidar com todas as personalidade do dinheiro sem perder o patrimônio. Negocia consigo
mesmo e com os outros e não deixa de fazer nada por falta de dinheiro. Quer desfrutar a vida do
melhor modo e levar os que estão a sua volta à riqueza, com ética e responsabilidade.
Dica: continue controlando seus gastos e projetando seus sonhos e os meios de chegar até eles.

Sete segredos para quem tem muito dinheiro

1- Nunca conte a ninguém o quanto você tem.

2- Parente é parente, negócios a parte.

3- Nunca perca dinheiro em jogos, descuidos, juros…

4- Sempre invista 30% dos ganhos ou mais se puder.

5- Busque sempre novas oportunidades.

6- Tenha sempre tudo sob o seu controle.

7- Ajude a sociedade onde você vive.


Gastar muito é uma doença
Comprar compulsivamente é sinal de doença.
Estourar o orçamento repetidamente é um vício igual ao alcoolismo. A doença tem até nome: oniomania,
aquele que necessita comprar assim o dependente químico necessita da droga. O desejo incontrolável de
gastar tem tratamento: inclui acompanhamento psicológico e medicação. Mas é fundamental que a
pessoa reconheça que está doente e precisa de ajuda.
Além de cortar todas as formas de crédito, como cheques e cartões de crédito, o ideal é que alguém da
família ou um amigo próximo assuma o controle das finanças do paciente. Embora não exista dados
estatísticos sobre a doença no Brasil, ela tem crescido bastante. Já existe até um grupo de auto-ajuda
chamado Devedores Anônimos, que segue a mesma linha de atuação do Alcoólatras Anônimos.
Assim como todo dependente, os consumidores compulsivos demoram a admitir seu vício. No caso deles
é particularmente difícil porque fazer compras é uma atitude bem vista e até incentivada pela sociedade. A
causa do consumo compulsivo é uma conjunção de fatores biológicos e psicológicos. Ao mesmo tempo,
com as compras, a pessoa tenta preencher "o buraco" provocado por problemas do dia-a-dia.
Gastar demais pode ser sinal de doença Até o
início do ano passado, toda vez que Maria José, 60, ia a uma consulta médica, carregava consigo uma
série de pacotinhos. Eram presentes para médicos, enfermeiras e recepcionistas. Outro hábito dela era
reunir sobrinhos e amigos do filho e os levar a lanchonetes e parques de diversão. Cada um pagava a sua
parte? De jeito nenhum. Maria José fazia questão que as despesas ficassem por sua conta.
De presente em presente, ela gastava mais do que ganhava. Funcionária da área de recursos humanos e
formada em pedagogia e direito, Maria José chegou a perder um apartamento por causa do desejo
incontrolável de gastar. Quando as prestações do imóvel venciam, o dinheiro já havia ido embora.
"O único bem que me restou foi um outro apartamento, que só consegui terminar de pagar porque o valor
das prestações era descontado do meu salário", diz. Maria José afirma
que sempre teve o mesmo comportamento. "Por anos a fio participei de uma ciranda de empréstimos com
bancos, administradoras de cartão de crédito, financeiras e parentes para rolar as dívidas."
No início do ano passado, já aposentada e com uma renda menor, as instituições financeiras fecharam as
portas para ela. Seu nome entrou no cadastro de devedores da Serasa (Centralização de Serviços
Bancários). Na época, seus débitos somavam mais de R$ 30 mil. "Foi quando cheguei ao fundo do poço",
diz. O vendedor Carlos Alberto, 41, também
não resistia a agradar à família. "Se eu acompanhava o meu tio ao supermercado, fazia questão de pagar
as suas compras, mesmo sabendo que ele ganhava três vezes mais do que eu", diz.
Carlos Alberto conta que o fato de ter dinheiro no banco o incomodava. Era preciso gastá-lo. "Não
conseguia deixá-lo na conta. Sou alcoólatra, faço tratamento há sete anos. Na época, tentava compensar
a dívida emocional que tinha com a minha família com presentes que fugiam do meu real poder
aquisitivo", diz ele, que por pouco não perdeu a casa onde mora.
Os nomes dos entrevistados acima são fictícios. Eles pediram à reportagem da Folha que suas
identidades fossem omitidas. Essas pessoas integram o grupo de auto-ajuda Devedores Anônimos, que
segue a mesma linha de atuação do Alcoólatras Anônimos. São consumidores compulsivos, pessoas
capazes de ir à bancarrota devido a gastos desenfreados. "Essas
pessoas são doentes. Elas têm o consumo como vício, da mesma forma que um dependente químico
necessita da droga ou um alcoólatra, da bebida", diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do
Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo).
Segundo a psicóloga Denise Gimenez Ramos, coordenadora da pós-graduação em psicologia clínica da
PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), para essas pessoas, o prazer da compra
também é fugaz. "Logo depois elas entram em um estado de depressão que, dependendo do caso, pode
evoluir para um quadro de tendência suicida." Assim
como todo dependente, os consumidores compulsivos demoram a admitir seu vício. Porém, no caso
deles, é particularmente difícil, uma vez que fazer compras é uma atitude bem vista e até incentivada pela
sociedade. No Brasil, não há estatísticas
sobre o assunto. Nos EUA, estudos mostram que 1% da população sofre de consumo compulsivo,
cientificamente chamado de oniomania. No Reino Unido, as pesquisas indicam que esse percentual é de
3% entre os adultos e 8% entre os adolescentes. A causa do consumo compulsivo, segundo o psiquiatra
Silveira, é uma conjunção de fatores biológicos e psicológicos. "A pessoa apresenta deficiência do
neurotransmissor serotonina no organismo", diz. A substância regula, entre outras funções, o humor e a
libido no organismo humano.
Ao mesmo tempo, com as compras, a pessoa tenta preencher "o buraco" provocado por problemas do
dia-a-dia. "Conheço mais de um paciente que, ao brigar com a mulher, em vez de enfrentar o problema,
se posta diante da Internet para fazer uma série de aplicações irracionais em Bolsa", afirma o psiquiatra.
O tratamento, explica, inclui acompanhamento psicológico e medicação. Mas é fundamental que a pessoa
reconheça que está doente e precisa de ajuda. No início, além de cortar todas as formas de crédito, como
cheques e cartões de crédito, o ideal é que alguém da família ou um amigo próximo assuma o controle
das finanças do paciente. "Ele só deve ter em mãos o dinheiro necessário para o dia", diz.
Paralelamente, diz a psicóloga Denise Ramos, a pessoa deve tentar identificar as situações que
desencadeiam o consumo compulsivo. "É uma hora difícil, porque nesse momento ela acredita que
somente as compras podem lhe proporcionar bem estar." Quem tem
dívida deve cortar cheque e cartão O auditor
fiscal Emerson Roberto Baldissera, 27, está passando por um processo de reeducação financeira. Em
agosto, cancelou os três cartões de crédito que possuía. A dívida dos cartões, somada à do cheque
especial, passou de R$ 3.000 para quase R$ 7.000 no último ano.
Além de ter sido obrigado a mudar de cidade quatro vezes nos últimos três anos, devido ao trabalho, o
que causou grandes despesas, ele afirma que, até pouco tempo atrás, gastava muito em lazer. "Por final
de semana, cerca de R$ 200 iam embora", diz. No mês, esses gastos, somados, eqüivaliam a 60% do
seu salário líquido. Baldissera também
costumava comprar CDs compulsivamente. Eram cerca de 20 por mês. Mas esse hábito ele foi obrigado a
abandonar. "Parei de comprá-los quando, há alguns meses, tive de vender meu aparelho de som para
pagar parte das dívidas." Em julho, ele renegociou com os credores todos os
seus débitos. "Com os acordos, consegui reduzir os juros cobrados, além de parcelar os pagamentos",
diz. No mês passado, afirma que quase não saiu de casa para evitar a tentação de gastar.
O presidente da Andif (Associação Nacional de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro),
Aparecido Donizete Piton, concorda que cortar as fontes de crédito como cheque especial e cartões,
como fez Baldissera, é fundamental para quem já está endividado. Ele diz ainda que outra alternativa é
brigar na Justiça contra juros abusivos. A jornalista
Flávia Adalgiza, que com base em sua experiência pessoal escreveu o livro "O Devedor - A Luta para
Vencer a Guerra das Dívidas", recomenda que a pessoa tome a iniciativa de procurar os credores para
renegociar os débitos. "É importante mostrar disposição para pagar", diz.
Flávia montou uma produtora de vídeo no interior de São Paulo no início dos anos 90. "O projeto era
megalomaníaco. A cidade não comportava um investimento daquele porte", diz. Por causa disso e de
problemas administrativos, quando ela se deu conta, já possuía uma dívida superior a R$ 300 mil.
"É difícil. Nessas horas, a família se afasta, os amigos te isolam, parece que você é um leproso. O
devedor sente muita vergonha", diz.
De acordo com ela, é fundamental que o devedor tenha coragem de parar para fazer a conta de tudo o
que deve e para quem. "Chamo esse momento de "pânico um"." O "pânico dois", segundo ela, é quando
se toma consciência do tamanho do rombo. O
devedor, diz, tem então três alternativas: fugir, morrer ou vencer. "Geralmente dá para cortar uma série de
gastos, de alimentação a vestuário, sem perder a dignidade." Flávia
afirma que, mesmo que a economia seja pequena, ela nunca é desprezível.
Os devedores devem tomar cuidado para não ampliarem a dívida envolvendo outros membros da família,
sem antes ao menos tentar rever seu planejamento orçamentário. O
presidente da Andif diz, por exemplo, que tem crescido o número de mulheres inadimplentes. "Mas, em
99% desses casos, há um homem por trás." Segundo ele, é comum que o chefe de família, ao ter seu
nome incluído na lista negra do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou da Serasa (Centralização de
Serviços Bancários), passe a fazer as compras com o nome da mulher. Dessa forma, os dois acabam
impedidos de comprar a prazo.
Controle começa na infância
A educadora financeira Cássia D'Aquino é categórica: usar o dinheiro de forma controlada é algo que
pode - e deve- ser aprendido desde criança. "É preciso saber lidar com a espera. Afinal, como diz o
ditado, o melhor da festa é esperar por ela", diz. A incapacidade de
esperar é uma forte característica dos compradores compulsivos. E ela pode se manifestar de diversas
formas, não precisa ser apenas pelo ato de gastar compulsivamente.
Uma das participantes do grupo Devedores Anônimos, apesar de não gastar desenfreadamente, vive com
pânico de dívidas. Filha de um gastador contumaz e de uma mãe que tentava controlar o pai, diz acreditar
que a sua dificuldade em lidar com dinheiro é fruto da experiência familiar.
Na educação financeira, segundo Cássia, os pais têm papel fundamental. "Presentear demais a criança
não traz felicidade, só a deixa ansiosa." Ela sugere que os pais estabeleçam datas para presentear os
filhos. "Assim a criança passa a entender que deve esperar para obter o que quer."Cássia explica que,
entre os seis e dez anos de idade, a criança não possui maturidade para lidar com prazos longos, por isso
"o ideal é dar o dinheiro semanalmente". A partir dos 11 anos, de modo geral, a criança já possui
habilidade para absorver prazos maiores. "Mas não adianta simplesmente dar o dinheiro sem oferecer
nenhuma orientação", diz.
Segundo Cássia, os pais devem sentar com os filhos para, juntos, calcularem quanto da mesada deve ser
separado para os gastos fixos, como condução e o lanche na escola. Assim, a criança passará a entender
que apenas uma parcela da mesada poderá ser gasta para saciar seus desejos. Além disso, ficará claro
que eles devem ter limites e respeitar o orçamento de determinado período.
Solidariedade combate o vício Na última quinta-feira à noite,
véspera de feriado, no horário marcado para a reunião do grupo de Devedores Anônimos, na Igreja Nossa
Senhora Perpétua do Socorro, só havia chegado uma pessoa. Mas, pouco a pouco, depois de desafiarem
o congestionamento que imobilizava a cidade de São Paulo, os participantes do grupo foram chegando.
Naquele dia, foram oito. Geralmente são cerca de 15. "É que tem devedor aqui que está com dinheiro
para viajar", brinca uma das integrantes.
Depois de lerem trechos de textos que falam sobre o que é endividamento compulsivo, cada um começa
a falar sobre si. Não há perguntas. Cada participante usa aquele momento para fazer um misto de
desabafo e reflexão sobre como está se saindo no processo de abstinência.
Comentam, também, sobre a dificuldade de aprender a viver sem dívidas. Uma situação que para eles é
completamente nova e, por isso mesmo, assustadora.
A solidariedade ajuda a evitar recaídas. Quando sentem que uma crise está por vir, eles têm o hábito de
ligar para algum amigo do grupo. Dividindo a agonia, geralmente conseguem resistir à compulsão.
Os pequenos passos são comemorados. Inclusive o fato de, sem culpa, ficar devendo R$ 10 para o dono
da banca de jornal porque ele não tinha troco. "Estava ficando ansiosa com isso, mas consegui ver que
eu não fiz essa dívida porque quis. Depois, então, separei o dinheiro para dar a ele", conta uma "D.A.",
como se definem os participantes do grupo. Ao fim
da reunião, eles fazem uma oração pedindo serenidade para continuar na luta do não-endividamento. E
desejam "24 horas para todos", em referência ao fato de que a batalha pela abstinência não acaba, mas
tem de ser vencida diariamente.
Monte um plano para o pagamento de suas dívidas

Procure o contrato da dívida e leia-o com atenção. Verifique se existem hipóteses e condições para
renegociação de dívidas;

Na renegociação, o credor deverá apresentar a posição dos débitos já pagos. Mas convém você juntar
todos os recibos de prestação já pagas até aquela data;

Defina qual é a melhor alternativa para você : uma prestação mais baixa por um prazo mais longo; uma
carência de alguns meses para voltar a pagar normalmente; uma redução nos juros, por acha-los injustos;
o pagamento antecipado de parcelas futuras;

Tenha uma proposta definida de renegociação. Conte com a orientação de um especialista para realizar
as contas necessárias. No caso de antecipação de pagamentos, peça sempre um desconto dos juros
futuros. Além disso, peça um desconto extra.
Se lhe fizerem uma contraproposta, peça-a por escrito, em detalhes, e nunca feche qualquer acordo na
primeira reunião. Analise em casa, com calma;

Administrando melhor seu orçamento


O IBGE divulgou recentemente, tabulações da última POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares. Esta
pesquisa visa estudar as estruturas de consumo, dos gastos e dos rendimentos das famílias,
possibilitando traçar um perfil das condições de vida da população, a partir da análise de seus
orçamentos domésticos. A pesquisa anterior havia sido realizada em 1996

Dentre os dados divulgados, chama a atenção, a identificação de que 85,3% das famílias não conseguem
pagar todas as despesas mensais com o que recebem. Isso abrange 41 milhões de famílias, que gastam
mais do que ganham, significando 150 milhões de pessoas vivendo em domicílios endividados.

Onde está o problema ?:


• Será que as famílias estão ganhando pouco?
• Será que as famílias estão gastando muito?
• Será culpa do excessivo apelo ao consumismo?
Não há dúvida que pelo menos esses 3 argumentos estão presentes na esmagadora maioria dos
desequilíbrios no orçamento das famílias. Também
não há dúvida que dos 3, apenas o controle de gastos é o que depende, exclusivamente, de ações dos
membros da própria família.
Vamos, portanto, concentrar o foco no corte de gastos.
Pensar em cortar gastos significa mudar a rotina, deixar de ter determinadas comodidades ou facilidades
no presente. Exige força de vontade, determinação e, principalmente, coordenação. Alguém na família
precisa assumir a liderança, coordenar os planos, alocar responsabilidades e cobrar resultados.
O ajuste orçamentário irá propiciar a materialização de sonhos e a obtenção das coisas boas da vida, no
futuro. É
preciso mudar a rotina e rever a forma de pensar.
Você está pronto para levar adiante o novo plano de despesas se você pensa seriamente sobre seus
projetos, desafios e metas, por exemplo:
• "eu consigo abrir mão de uma coisa que desejo muito hoje, com o objetivo de equilibrar minhas
finanças e adquirir quando puder"
• "é muito importante ter algum dinheiro para emergências"
• "eu tenho controle sobre o meu dinheiro e minhas decisões"

Você NÃO está pronto para viver com o novo plano de despesas se você pensa prioritariamente em
benefícios imediatos, por exemplo:
• "eu começarei amanhã"
• "eu não consigo fazer planos para o futuro"
• "eu vou esperar minhas contas serem pagas"
Dicas para corte nas despesas
- Dê um basta nas compras feitas por impulso ou por hábito.
- Faça uma lista das suas prioridades de consumo, aproveitando o máximo do dinheiro que você possui.
- Tente negociar ou reduzir as grandes ou pequena dívidas
- Seja econômico, controle os gastos com celular, internet TV a cabo, energia elétrica.
- Reduza a quantidade de cartões de crédito, dê preferência aos que oferecem programas de afinidades
adequadas ao seu perfil (milhas em viagens, descontos, etc)
- Se está pagando juros altos (cheque especial, cartão de crédito, agiotas, etc.) procure substituir por
empréstimo mais barato (desconto em folha ou o crédito parcelado, por exemplo)
- Mesmo endividado, não deixe de estabelecer objetivos e metas, eles são importantes para motiva-lo a
organizar-se e planejar.
Não esqueça de buscar, também, alternativas que aumentem a renda da família.
“Decida parar de viver endividado e passar a viver a vista depois faça seu plano para sair das dívidas e
quando sair anote seus sonhos de consumo para curto, médio e longo prazo e invista para isso”. Contrua
um plano de independência financeira e de aposentadoria. Se você já tem o plano da previdência social
faça um complemento. Isso é preciso, pois basta ver os aposentados como estão vivendo para perceber
que há necessidade de um complemento. Sem levar em conta o déficit da previdência que aumenta
assustadoramente cada ano que passa e não sabemos até onde isso vai, se haverá uma solução ou a
possível falência da previdenca. Seria então o caos pois deixaria os aposentados desabonados e
dependentes dos familiares. Você
conhece alguma família que sustenta seus idosos? Você conhece alguma família que
sobrevive com a aposentadoria de seus idosos?
Dicas de como não entrar no vermelho

Apesar de cada caso ser um caso, existem algumas regras básicas a serem seguidas, e que contribuem
para você organizar seu orçamento. Não demanda grandes conhecimentos, nem “horas” do seu dia.

“Fazendo seu Planejamento Financeiro, você estará controlando sua saúde financeira , importante não só
hoje, mas principalmente para o seu futuro”.

Veja algumas dicas do Financenter:

1) Organize em uma planilha seu orçamento mensal – todas as despesas e receitas. Habitue-se com o
controle de suas finanças na ponta do lápis.
2) Todos os lançamentos são importantes: moradia, alimentação, saúde, transporte, educação, lazer, etc.
Não esqueça de pequenos gastos como gorjetas, cervejas, padaria, revista. Um real aqui, cinco reais ali,
que muitas vezes são considerados desprezíveis, somam uma quantia relevante no final do mês.

3) Monte seu orçamento de acordo com suas metas e objetivos de vida (casa própria, estudos, viagens,
etc)

4) Contabilize compras feitas com cartão e cheque pré; elas devem limitar-se à sua sobra de caixa
mensal, quando houver. Caso não haja, esqueça estes gastos

5) Gaste somente aquilo que ganha; sempre é possível economizar algum dinheiro, independente da
quantia. Procure reservar de 10 a 20% de sua renda mensal para uma poupança, que pode ser sua
reserva financeira para emergências, um plano de previdência e outros;

6) Não se iluda com parcelas de valor baixo; os juros embutidos geralmente são abusivos;

7) Evite a utilização do cheque especial; com os altos juros praticados, sua dívida vira uma bola de neve
e, com o tempo se torna inviável de pagar sem realizar ações drásticas, como a liquidação de bens e até
a sua perda definitiva;

8) Ao sair, deixe seus cartões de crédito em casa; evite a tentação de usá-los;

9) Se contratar um financiamento fique atento se o valor das parcelas se adequam ao seu orçamento
mensal; caso contrário você pode ter problemas em pagá-las;

10) Poupe dinheiro para comprar à vista, pois provavelmente você conseguirá um preço melhor;

11) Pague as contas em dia (evite despesas com multas e juros);

12) Priorize seus gastos: uma poupança de R$ 30,00 por exemplo, é bem mais importante do que um
plano mais completo de sua assinatura de TV a cabo;

13) Todo “dinheirinho” que sobrar, seja economizando, cortando uma despesa supérflua ou deixando de
fazer uma compra, guarde para uma futura emergência (saúde, problemas na casa, franquia de auto, etc).
“Voce não quer entrar no vermelho”?

Então corte todos os seus créditos. Isso inclui cartão de crédito, talão de cheques, cartão de convênios,
crediário em geral, etc.

Só compre a vista e procure o melhor preço.

Não adquira nada sem ter dinhero. Se o vendedor disser pra você pagar depois, lembre que ele está te
dando um credito. NEGUE.”

Os efeitos do Consumismo

A necessidade de ter, de aparentar status, transforma o consumidor em inimigo de si próprio. Ele se torna
vítima da ganância, que leva ao consumismo, e da falta de informação, que gera desperdício e prejuízo.

A cultura do desperdício se incorporou de tal forma à vida brasileira que nada de concreto é feito para
reverter os números absurdos do que se perde, que fizeram do País o campeão mundial de desperdício.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, o Brasil manda para o lixo 30% de tudo que produz,
isto é, 160 bilhões de dólares por ano, que poderiam aliviar a fome de mais de oito milhões de famílias.
Num país onde mais de 30 milhões de pessoas estão abaixo da linha da pobreza, desperdiçar é acima de
tudo antiético e um desrespeito à cidadania.

Os números do desperdício

No setor de alimentos, por exemplo, o desperdício começa na lavoura e termina na cozinha da dona-de-
casa.. O prejuízo que o desperdício de alimentos representa para o País e para o meio ambiente não é
causado apenas pela falta de estrutura e de incentivos para a agricultura - que gera perda de 14 bilhões
de toneladas de alimentos por ano - ou pela falta de informação do consumidor, que joga fora 20% dos
alimentos com alto teor nutritivo, que poderiam ser melhor aproveitados, com vantagem para a saúde da
família. Existem outros fatores que contribuem com este estado de coisas e acabam estimulando o
desperdício de alimentos, como a falta de planejamento e de estrutura para armazenagem e transporte
dos produtos agrícolas e a ganância absurda de produtores, atacadistas e comerciantes.

Não é apenas de alimentos o desperdício no Brasil. Água e energia elétrica somam perdas tão grandes
que colocam em risco o abastecimento no futuro. Assim, 20% de toda energia elétrica produzida no Brasil
são desperdiçados, o que significa uma perda anual de US$ 270 milhões; de 25% a 40% de água
também são perdidos em vazamentos, equipamentos velhos e mau uso por parte do consumidor. Para se
ter uma idéia, a média de consumo diário de água por pessoa é de, aproximadamente, 250 litros. Uma
torneira aberta gasta de 12 a 15 litros por minuto. Um filete de água escorrendo durante 24 horas
representa um gasto de 2.800 litros. Uma torneira pingando desperdiça cerca de 46 litros de água por dia,
1.380 litros por mês, 16.560 litros de água por ano.

A construção civil também tem números assustadores: De cada três prédios construídos no País, seria
possível construir mais um, apenas com o material que é jogado fora.

E o desperdício vai mais longe.


Passa pela falta de planejamento governamental, pelo mau uso do dinheiro público, pela corrupção, pela
falta de respeito ao cidadão e falta de sensibilidade no gerenciamento das empresas.

Você quer ficar bem de vida?

Guardar dinheiro pela simples razão de apenas guardar dinheiro, não é a melhor e mais acertada das
razões para a acumulação de um razoável patrimônio para usufruir de conforto e segurança no longo
prazo.
Sempre quando mexo com este delicado conceito, lembro a minha própria juventude quando ainda lia
revistas em quadrinhos e então me ocorre a imagem do Tio Patinhas mergulhando numa piscina cheio de
dinheiro. O ato de mergulhar na piscina era seu maior prazer, além do segundo maior prazer que era
entrar no imenso cofre que possuía, para contar seus milhões..
Você pensa igual ao Tio Patinhas?
Com bastante convicção e uma boa dose de experiência acredito que todo investidor deveria realizar
grande esforço para fazer sua própria cabeça e chegar a conclusões muito firmes e determinadas de
quais são seus objetivos de vida mais importantes.
Estas aparentemente tão insignificantes reflexões são, entretanto, fundamentais para que você possa
conduzir seus desejos e sonhos para metas concretas no médio e longo prazo.
Infelizmente, constatamos que não é esta a forma pela qual a maioria das pessoas encara o ato de
acumular algum patrimônio.
Elas são muito mais movidas por motivos momentâneos ocasionados por inspiração repentina, do que
pela reflexão daquilo que pessoalmente eu definiria como:
" O que quero para minha vida e quais são meus grandes sonhos e prioridades".
Essas pessoas que agem assim não são culpadas por não saberem exatamente o que querem. Elas são,
isso sim, produto da vida atribulada, das pressões do dia a dia e da necessidade de lutar para ganharem
o sustento básico de si e de suas famílias.
É claro que precisamos primeiro pagar as contas do dia a dia antes de guardar algum dinheiro para o
médio e longo prazo, mas acredito que também convém pensar naquilo que queremos obter futuramente
ou seja onde queremos chegar.
Levei muito tempo, mas consegui até representar graficamente a diferença entre pessoas que apenas
pagam suas dívidas e outras que constantemente levam em conta seus objetivos de longo prazo. As
primeiras são pessoas que sempre estão apagando incêndios ou seja reagindo aos acontecimentos (leia-
se pagamentos de contas, empréstimos etc). O segundo grupo são pessoas que sempre conseguem agir
com tranqüilidade, na maioria das vezes contornando os obstáculos naturais que vão ocorrendo, até com
relativa facilidade, pois possuem reservas ( leia-se "não dependem de favores de outras pessoas ou
bancos") .
A metodologia a ser seguida para maior tranqüilidade na vida é acumular alguma "reserva financeira" .
Possuindo uma reserva financeira, deve-se persistir no processo de acumulação até transformar a
pequena reserva em uma segunda ou terceira fonte de renda.
O indivíduo somente consegue possuir reservas financeiras de certo vulto ao conscientizar-se de que a
realização de um sonho ou meta começa ao dar-se o primeiro passo na direção desejada.
Este primeiro passo pode ser abrir uma caderneta de poupança ou um investimento em algum fundo e
sistematicamente separar mês após mês, algum dinheiro, independente do valor dessa economia
espontânea. Chamo a isso de persistir em alcançar o sonho.
Mas...caso você não queira realizar alguns dos seus sonhos mais acalentados, continue agindo como tem
agido até hoje, gastando seu dinheiro em futilidades e supérfluos, indo atrás dos marketeiros e ídolos de
barro que nos são impostos pela propaganda, pela mídia televisiva e tantas outras formas de criar robôs.
É claro que a mania de copiar e imitar outros também pode ter suas compensações mas você certamente
perde sua autenticidade e auto estima no processo.
Talvez você queira um pouco mais de munição para ser convencido a respeito do explosivo doloroso tema
abordado por mim. Mas não vá se assustar ou ficar de baixo astral com o que vou afirmar por último, pois
sempre há tempo para dar uma reviravolta em sua vida!
Apenas 2% da humanidade consegue chegar aos 55 ou 60 anos de idade com suficientes recursos para
ter uma vida confortável, sem preocupação ou tornar-se muito rico.
A opção é sua. É agora ou nunca!

Como negociar suas dívidas

Quinze conselhos para que você saia da inadimplência

Não são poucos os brasileiros que estão enroscados em dívidas. Há várias razões para isso: compra com
cheques pré-datados seguida de desemprego ou de alguma emergência financeira, uso desmedido do
cheque especial e do cartão de crédito, financiamento acima da capacidade de pagamento... Enfim. E
muita gente não tem idéia de como sair dessa teia. O consultor Emanuel Gonçalves* elaborou uma lista
de conselhos para que as pessoas saiam da situação de inadimplente. Veja qual desses conselhos é o
mais útil a você.

• 01 – O processo do endividamento em todas as situações tem seu início quando você passa a
recorrer a empréstimos para complementar seus compromissos. Enquanto a pessoa tem crédito
fica criando dívidas para pagar dívidas. PARE enquanto há tempo porque você simplesmente
está piorando cada vez mais sua situação...

• 02 - Se estiver pagando apenas o valor mínimo do cartão de crédito por meses e meses, você
está praticamente jogando dinheiro fora. Seu débito nunca diminui e este dinheiro representa
juros das administradoras. O correto é abrir mão do cartão, suspender o pagamento do valor
mínimo e negociar o pagamento do valor total em prestações fixas para liquidar o débito.

• 03 – No início as administradoras dificultam bastante, falam que você tem de continuar a pagar
pelo menos o valor mínimo, etc. Entretanto, a partir do segundo mês sem receber, eles mesmos
apresentam proposta de parcelamento do valor total.

• 04 – Quando negociar qualquer dívida, nunca aceite a primeira proposta que lhe apresentarem
procure sempre barganhar mais. Se eles oferecem para dividir o débito em seis meses, por
exemplo, peça para dividir em 20 vezes. Claro que de imediato eles também não vão aceitar,
mas pode ficar em 15 ou 12 meses.

• 05 – Dívidas com agiotas: não se intimide com eles. Eles gostam muito de agir desta forma, mas
agiotagem é crime e se você registrar uma queixa policial, certamente o quadro se modificará
bastante a seu favor. Os agiotas são metidos a valentes, mas são inteligentes. Eles sabem que
estão praticando uma ilegalidade.

• 06 – Faça uma reavaliação em seu orçamento. Procure restabelecer com total prioridade as
despesas da subsistência de sua família. Pague primeiro seu condomínio, escola, aluguel ou
prestação do imóvel, telefone, energia, etc.
• Seja a situação que você estiver sem o mínimo de condição para sustentar sua família, você não
vai poder resolver o problema de mais ninguém.

• 07 – Verifique quanto você ganha por mês e o total dos seus débitos. Separe o valor para manter
sua subsistência e o que sobrar é para pagar dividas.

• 08 – Procure resolver primeiro os débitos que envolvam nomes de outras pessoas. As compras
que você fez com fiadores ou em nome de alguém merecem prioridade para limpar o nome da
pessoa e recuperar a confiança que você recebeu.

• 09 – As contas de valores pequenos podem também ser eliminadas com prioridade.

• 10– Modifique seus hábitos de CONSUMO e de sua família, caso contrário você vai voltar a
cometer os mesmos erros. Em fase de crise, economizar é a palavra de ordem. Consumo de
telefone, energia, despesas supérfluas têm de ser eliminadas. Para gastar todo mundo é
solidário, entretanto na hora do endividamento apenas um ou o casal assume a
responsabilidade. Lembre-se: "um pequeno vazamento pode afundar um grande navio".
11 – Você sempre pode recorrer aos Juizados de Defesa do Consumidor de sua Cidade para
ajudá-lo a negociar os seus débitos. Muita gente pensa que por estar devendo não tem o direito
de fazer uma queixa contra seu credor. Pode sim, seja Bancos, administradoras de cartões,
financeiras, etc. Os motivos das queixas são os juros absurdos que sempre cobram, dificuldades
quanto ao valor da prestação renegociada que você não pode pagar, cópias de pedido ou
contratos que quase nunca lhe são entregues. Pressão abusiva com telefonemas e recados
inconvenientes a vizinhos, etc.

• 12 – Caso não tenha juizado de Defesa do Consumidor ou PROCON em sua cidade, a queixa
pode ser registrada na localidade mais próxima ou na capital do seu Estado.

• 13 – Ao fazer a queixa, leve os dados corretos. Nome completo da empresa que você tem o
débito, endereço completo, explique como foi originado o seu problema, qual o valor envolvido,
quantos meses, quanto já pagou, enfim, procure apresentar o máximo de informações para
facilitar no momento do registro da queixa.

• 14 – Procure ter um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, que você pode adquirir em
qualquer livraria. Leia os artigos que envolvam assuntos sobre DÍVIDAS para que você, na
audiência de conciliação que vai ser gerada com a queixa, tenha firmeza em sua defesa.
Autoridade é quem tem conhecimentos!
15 – Claro que o endividamento tem como maior responsável a difícil situação econômica do nosso país.
Juros impagáveis e tudo mais, todavia, não podemos jogar a culpa apenas nisso. Você também cometeu
seus erros, se deixou levar muitas vezes pelas facilidades de comprar a crédito, nunca fez orçamento
para comparar seus gastos e agora precisa refletir para corrigir os erros cometidos.

Todos têm o direito e a obrigação de pagar seus débitos, mas também têm o direito de se restabelecer, a
curto, médio ou longo prazo, com dignidade para voltar a ser um consumidor consciente.

*Emanuel Gonçalves é diretor da EGS Consultoria Empresarial Ltda, especialista em Negociação de


Dívidas, juiz arbitral e instrutor de palestras, cursos e seminários. Autor do livro "Como Negociar Dívidas"
e do KIT do BOM PAGADOR. Criador do SOS DÍVIDAS, site que apresenta soluções para a
inadimplência.
Dez razões pelas quais as pessoas se atolam em dívidas

Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, seja através do uso de cartão de credito e do limite do
cheque especial, ou das diversas linhas de antecipação de restituição e décimo terceiro, muitos
consumidores não resistem e acabam optando pelo financiamento de suas compras.

Neste contexto, não surpreende que um número crescente de pessoas acabe se atolando em dívidas.
Abaixo tentamos identificar 10 razões que levam as pessoas a se endividarem.

1 Perda de renda sem ajuste nas despesas


Curiosamente, pode-se observar que, quando o poder aquisitivo das pessoas aumenta, elas
rapidamente tendem a aumentar seu padrão de gastos, ajustando-se à nova realidade de
salário. Infelizmente, a contrapartida nem sempre é verdadeira, de forma que em geral o
consumidor não ajusta seus gastos com a mesma rapidez diante de uma retração na renda.

Acreditando que a situação seja temporária, muitas pessoas optam por equilibrar o orçamento
através do levantamento de dívidas. Porém, muitas vezes o temporário se transforma em
permanente, e abre-se a porta para uma situação de desequilíbrio financeiro.

2 De repente você está desempregado!


A perda do emprego pode ser vista como uma das causas para a redução de renda, discutida
acima. O maior problema aqui é subestimar o tempo e os custos associados à recolocação
profissional, que podem inclusive acabar elevando padrões de gastos temporariamente. Nesta
hora é importante não se abalar emocionalmente e agir rápido. Por mais que cortar gastos seja a
última coisa que passe pela sua mente, ela deve ser, na verdade, a primeira providência a tomar.

Não se esqueça que muitas empresas evitam contratar pessoas com crédito sujo. A razão por
trás disso é simples: a preocupação com o gerenciamento financeiro das suas contas acaba
prejudicando o desempenho do profissional.

3 Despesas médicas podem acabar com sua saúde


Não são poucos os casos de pessoas que acabam sofrendo problemas de saúde, e por isso são
forçadas a gastar com o tratamento, ou a se ausentar do trabalho. Por este motivo, sobretudo no
caso de profissionais liberais e autônomos, vêem-se diante de dificuldades financeiras.

Nestas horas, levantar um financiamento pode ser a única alternativa para fazer o tratamento de
saúde, ou para manter o pagamento das contas em dia, e assim evitar a inadimplência.

4 Divórcio: separação de bens, mas não de gastos


Mesmo que você não esteja casado, basta que se encontre em uma relação estável, para que
possa ser atormentado pela realidade da divisão de bens, e até mesmo pagamento de pensão
ao ex-cônjuge/companheiro.

De repente a pessoa passa de uma situação em que podia contar com a outra para dividir os
gastos, para a realidade de não só ter que arcar com eles sozinha, mas ainda ter que partilhar
parte de seu rendimento, ou patrimônio.
Isso sem falar, é claro, dos custos associados ao processo em si. Dependendo como se deu a
separação, além de gastar com advogado, é possível que surja a necessidade de outros
tratamentos, para possíveis traumas psicológicos, por exemplo.
5 Jogos e outros vícios
Ainda que o jogo seja ilegal no País, não há como negar sua existência. Infelizmente, muitas
pessoas acabam viciadas, perdendo completamente o controle dos seus gastos.

Em alguns casos, o jogo é apenas um entre outras formas de vícios, que vão desde o consumo
compulsivo até a dependência química por drogas. Os efeitos ao orçamento não precisam ser
comentados.

6 Gastando aquilo que não recebeu


Não são poucos os casos em que isso acontece. Englobam filhos que antecipam o recebimento
de bens ainda em inventário, ou profissionais que adiantam o recebimento de férias, décimo
terceiro, ou bonificação anual extra.

Em algumas situações, contudo, esses recursos acabam não sendo recebidos, ou ficam abaixo
do previsto, fazendo com que seja preciso levantar dívidas para arcar com os gastos
antecipados.

7 Incapacidade de administrar dinheiro


Poucas pessoas investem tempo na gestão do seu orçamento e sabem para onde vai o seu
dinheiro. Assim, a maioria acaba gastando mais do que pode. Um erro bastante freqüente é
incluir o limite do cartão de crédito e/ou cheque especial como parte integrante da renda.

Não se esqueça que, ao contrário do rendimento de salário, estes recursos implicam em juros, e
devem ser usados com cautela. Coloque no papel seus gastos e receitas e adote uma postura
mais responsável com relação às suas decisões de consumo. Evite consumir por impulso! Você
vai se surpreender ao verificar como é gratificante ter suas finanças equilibradas.

8 Dificuldade de poupar
A forma mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma reserva
para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, independente de faixa
de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma estratégia de poupança. É exatamente esta
reserva que permite que você não se endivide caso fique doente, perca o emprego ou venha a
se separar.

Lembre-se que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por impulso do
que reclamando de que deixaram de consumir para poupar. Não é preciso muito para começar:
sempre é possível separar 10% do que você ganha para investimento, basta adiar por algum
tempo outro gasto menos essencial. É como reeducação alimentar, depois de algum tempo você
se acostuma com os novos hábitos de consumo e se sente orgulhoso por isso.

9 Quando falar sobre dinheiro é tabu


Este é um problema que aflige muitas famílias. É importante que tanto o casal, e eventualmente
os filhos, participem, na medida do possível, no estabelecimento de metas e objetivos de
poupança e investimento. Se todos se mantiverem informados, é mais fácil comunicar quando
um dos membros adota um padrão de gastos que não está de acordo com o orçamento!
Nestes casos, a transparência é muito importante. Todos precisam ser honestos e objetivos,
caso contrário, as chances de você se surpreender no final do mês com uma conta absurda de
celular do seu filho, ou de cartão de crédito da sua filha, são enormes.

10 Analfabetismo financeiro
Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde uma parcela
significativa da população é incapaz de gerir suas contas. Independente do grau de instrução,
muitas pessoas simplesmente não apreciam a importância do planejamento financeiro.

No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período hiper-
inflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 50%, o
planejamento financeiro de longo prazo se tornava impossível. Se você faz parte deste grupo de
pessoas, está na hora de investir na sua educação. Assim como em qualquer outra área de
ensino, o planejamento financeiro exige treinamento. A boa vantagem é que já existe muito
material publicado sobre o tema, que pode ajudá-lo rapidamente a se tornar proficiente neste
assunto.

Dicas para corte nas despesas

Dar um basta as compras feitos por impulso ou por hábito. Evite


produtos supérfluos, que não lhe proporcionem satisfação. Priorize marcas menos conhecidas. Compre
produtos que estejam na safra;
Faça uma lista das suas prioridades de consumo, aproveitando o
máximo do dinheiro que você possui. Os gastos na farmácia também devem ser controlados;
Tente negociar ou reduzir as grandes despesas. Você pode renegociar o valor do seu financiamento
imobiliário ou de seu empréstimo bancário, ou liquidar sua dívida do financiamento do automóvel. Compre
um carro mais simples ou procure andar de ônibus, metrô e até de carona com amigos do trabalho que
moram perto de você. Deixe a vergonha de lado e, não se preocupe o que os outros vão pensar. Nossa
experiência comprova, que o que mais existe, são pessoas bem vestidas e com carro do ano, mas que
estão todas endividadas e sem perspectiva futura.
Tente reduzir suas despesas com aluguel

Em muitos contratos de aluguel constam ajustes e correções


períódicas e, baseados principalmente, em índices como IGP-M ou IPC-Fipe.
Apesar disso, a aplicação desses percentuais de correção no aluguel muitas vezes são negociáveis,
chegando ao ponto de não haver reajustes.
Devido a elevada oferta de imóveis no mercado e a queda nas taxas de juros paga em investimentos, os
valores de aluguel estão caindo e
possibilitando aos inquilinos negociar até uma redução, mesmo antes do mês de acerto. Portanto, se você
é bom inquilino ( paga sempre em dia e cuida bem do imóvel ) e está com orçamento apertado, sugerimos
que negocie com o proprietário do imóvel ou com a corretora.

Como negociar
Na negociação com o proprietário, para reduzir ou ter suspenso o reajuste do aluguel, o inquilino deve
não só tomar a iniciativa, mas também munir-se de argumentos que justifiquem sua proposta. Para isso, é
importante que, o inquilino pesquise os preços das locações de imóveis semelhantes ao que mora, nos
contratos firmados recentemente. Essa pesquisa fica mais fácil para quem mora em prédio de
apartamentos, já que pode fazer o levantamento dos preços no próprio condomínio. Envie uma carta ao
proprietário ou corretora solicitando ou apresentando sua nova proposta com prazo para a resposta.
Evite almoços fora com a família.
Seja econômico com energia elétrica e telefone. Evite o telefone celular. Só utilize para chamadas
urgentes e para receber ligações. Controle os gastos com a internet.
Faça um plano econômico e que atenda suas necessidades na TV a Cabo;
Se a compra é imprescindível não faça financiamento. Compre à vista e peça desconto. Se não cabe no
seu orçamento, não compre. Procure alternativas criativas ou recorra a cortes de outras despesas para
compensar essa nova.
Reduza a quantidade de cartões de crédito; você estará reduzindo o valor pago nas anuidades; não é
necessário ter uma infinidade deles; escolha um, no máximo dois, de preferência com programas de
afinidades adequadas ao seu perfil (milhas em viagens, descontos, etc)
Não deixe de ir as reuniões de condomínio, pois medidas que encarecem o condomínio podem estar
sendo aprovadas.
Faça um levantamento de todas as suas despesas com tarifas e taxas bancárias e promova um corte
radical. Em média, um correntista gasta R$ 250,00 por ano;
Se você possui uma dívida de cheque especial, contrate um empréstimo pessoal, e assim estará
trocando uma taxa mensal média de 8% por 4%. Você também pode negociar com seu credor.

Mesmo endividado, você deve traçar metas; assim que liquidar uma dívida, comece a poupar para um
determinado objetivo

“ Abra mão de uma coisa que deseja muito hoje, com o objetivo de equilibrar suas finanças e poder
adquirir aquilo que quer no futuro”

Como se encontra sua saúde financeira?

Você.....

gasta tudo o que ganha ?


está organizando as suas finanças ?
está endividado no cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, etc ?
perdeu o controle das suas finanças e precisa de ajuda ?
Se você tem a sensação de nunca ter dinheiro suficiente para tudo o que quer. Você adoraria poder
gastar mais ? Em geral, você é muito cauteloso, mas às vezes se vê em apuros, digamos, se o seu carro
tiver algum problema o que vai fazer.
Se você sente-se descontrolado com o dinheiro que ganha. O dinheiro em suas mãos evapora. Está
endividado e gostaria de quitar as suas dívidas e ficar com o nome limpo na praça. Gostaria de poupar
para conseguir o que deseja, como uma casa nova, uma viagem dos seus sonhos.
Preste atenção : Você deve enfrentar a sua situação e perceber que a solução não é ganhar mais
dinheiro, mas sim, aprender a administrar o dinheiro que possui.
Veja algumas dicas para você aprender a administrar melhor seu dinheiro.
1- Sempre é possível economizar algum dinheiro, seja qual for a quantia. O importante é você começar a
poupar.
2- Liste suas metas e objetivos de vida, e coloque no topo da lista de prioridades. Mesmo que você esteja
endividado, sua prioridade deve ser alcançar suas metas e sonhos. A liquidação de uma dívida e o início
de uma poupança, deve ser o caminho a ser seguido. A grande armadilha da vida é quando você fica
esperando sua situação financeira melhorar para que comece a realizar seus sonhos e vontades. Está na
hora de ver as coisas de outra forma. A pergunta que devemos fazer é: O que me dá alegria ? Em que
ocasiões tenho aquela maravilhosa sensação de satisfação ? O que realmente quero na vida? Não
esqueça de incluir como meta de vida uma aposentadoria tranqüila e de qualidade.
3- Liste todas as suas despesas do mês ( o ideal é dos 03 últimos meses ) e a sua renda .

Utilize uma PLANILHA DE ORÇAMENTO FAMILIAR simples, e ótima para você controlar suas despesas
e receitas.
Não se esqueça da despesa de juros e saldo devedor em cartão de crédito, empréstimo pessoal, cheque
especial e pré-datados. Não se esqueça, também, dos pequenos gastos na padaria, uma revista, um
lanche, etc. Você pode simular no nosso Planejador de despesas, quanto iria acumular, em um período de
5 anos, caso cortasse alguns gastos.
Agora você já sabe onde quer chegar e qual a sua atual situação. É hora de fazer uma boa análise dos
seus gastos. 1. Monte uma
estratégia para alcançar as suas metas e sonhos. Para isso, utilize os nossos simuladores de
investimento e de aposentadoria para calcular:

... Poupança para adquirir algum bem ou viagem a ser realizada

... Programação para a minha aposentadoria

... Reserva financeira para emergências

... Poupança para pagar os estudos do meu filho

... Troca do meu apartamento

2. Corte todos os gastos que considera supérfluo e que não acrescentem nada para alcançar as suas
metas. Reúna todos da casa e mostre a nova situação; a necessidade de um controle emergencial para
alcançar uma saúde financeira equilibrada e com perspectivas futuras boas para todos.
3. Se você está endividado, monte um plano para pagamento e liquidação das dívidas. Veja algumas
dicas na matéria: Como sair do vermelho.
4. Se você possui uma boa saúde financeira, com um orçamento equilibrado, é hora de preparar um bom
planejamento financeiro para não ser pego de surpresa. Veja em Planejamento Financeiro a importância
de você programar e administrar seus recursos para alcançar seus objetivos e metas financeiras.

FINANÇAS E ORÇAMENTO

Faz parte da vida de toda mulher cuidar das finanças e do orçamento. Às vezes essa tarefa está restrita à
área doméstica, mas, não são poucos os casos em que é uma obrigação relacionada a uma organização.
... Mulher de Classe pretende oferecer informações que possam facilitar o seu trabalho. Aqui você vai
encontrar o endereço de vários sites especializados nessa área, cotações, notícias, artigos e muito mais.
... Sempre que houver alguma coisa interessante ela estará aqui para você. Afinal de contas, cuidar do
nosso dinheiro nos dias de hoje já não é mais uma tarefa tão simples, não é mesmo?
... Para começar, você já pode ter um programinha que vai ajudar. Se você conhece um pouquinho do
Excel, comece agora mesmo a controlar seu orçamento doméstico com a Planilha Mensal do Orçamento
Doméstico.
... Dê uma olha nas informações do Expo Money, um grande evento que vai atualizar você sobre
investimentos. Clique aqui e confira.
... Se precisar fazer a conversão de moedas, a tabelinha desta página, faz\ rapidinho esse trabalho para
você.
... Acesse os links e os artigos listados abaixo e, sendo o caso, peça ajuda ao Consultor da Mulher de
Classe. É para isso que ele está aí - para servir você.
www.financenter.com.br

Medo da Morte Encolhe Carteira de Vida Mercado oferece opção de resgate do


investimento em caso de sobrevivência após um prazo determinado; mas custo é elevado
SANDRA BALBI
Da reportagem local
O mercado financeiro descobriu uma forma de lidar com a negação da morte que breca a expansão das
carteiras de seguro de vida longe dos divãs dos analistas. Na contramão de outros ramos do mercado, as
receitas dessa carteira caíram 33% no ano passado, em relação a 2002."As pessoas negam sua
mortalidade, por isso é difícil a venda dos seguros tradicionais que cobrem o risco de vida", diz Ronan
Rezende, gerente de produtos da Metlife. Para quem se recusa a encarar a própria finitude, algumas
seguradoras oferecem a opção de devolver parte dos valores aplicados se o cliente sobreviver após um
prazo determinado.
São os seguros resgatáveis, contratados por períodos fixos que variam de cinco a 30 anos. Na maioria
dos casos, entretanto, o prazo máximo para resgate existente no mercado é de 10 anos.
Nesses seguros, uma parte do dinheiro aplicado mensalmente é reservada para cobrir o risco de morte
(mais invalidez e outras coberturas adicionais contratadas). O restante vai para um fundo de investimento
e será capitalizado.
Parte da reserva do fundo é resgatada no fim do contrato pelo segurado --o montante devolvido varia
segundo a seguradora. Consultores financeiros, entretanto, não recomendam o produto. É que, se fica
caro cobrir o risco de morte, como fazem os seguros de vida tradicionais, dar garantias à sobrevivência
por um prazo longo fica mais caro ainda. "É muito mais barato fazer um seguro de vida simples, de
preferência em grupo, e complementar com um plano de previdência privada", diz o planejador financeiro
Custos altos Por falta de renda e de uma cultura de prevenção, o mercado brasileiro ainda sofre pela
escala reduzida, o que encarece os seguros de vida --tanto os tradicionais como os resgatáveis.
"Os seguros tradicionais, aqueles que a pessoa paga a vida toda para que a família receba uma
indenização em caso de morte do titular, são 30% mais caros no Brasil do que nos EUA", diz Walter Hime,
diretor da Aon Consulting, uma das cinco maiores consultorias em benefícios e recursos humanos do
mundo.
Esses seguros são contratados por tempo indeterminado: as apólices são renovadas e corrigidas pela
inflação anualmente. Se a pessoa quiser desistir, terá de pedir o cancelamento da apólice. Nesse caso,
tudo que aplicou fica com a seguradora.
Há duas formas de contratação: em grupo (funcionários de uma empresa, categoria profissional e
"clubes" formados por algumas seguradoras) ou individual. O valor a ser pago mensalmente depende da
idade da pessoa e da indenização contratada. No modelo tradicional, quanto mais jovem for o segurado,
menor será o valor da aplicação mensal. O problema é que de cinco em cinco anos ocorre o
reenquadramento por faixa etária e o valor da mensalidade dá um salto.
"À medida que a pessoa envelhece, aumentam o risco de morte e o valor das mensalidades. Muitos
acabam "expulsos" do seguro, pois não conseguem mais pagar", diz Marcos Antonio Simões Peres,
coordenador da área de vida e previdência do departamento técnico e atuarial da Susep
(Superintendência de Seguros Privados). Já os seguros resgatáveis são contratados individualmente por
prazo determinado e têm prestações constantes, mas pecam pelos valores altos dos aportes. Parte dos
recursos aplicados formará uma reserva que será corrigida pela inflação e renderá juros. Além do valor da
indenização contratada e da idade da pessoa, o preço é definido pelo percentual de resgate da reserva
financeira que cada seguradora garante.
Transparência Outro problema dos seguros de vida resgatáveis é a pouca transparência, segundo o
consultor Silvio Paixão, sócio do site Financenter. "O investidor não sabe qual é a taxa que a seguradora
cobra, na parcela dos recursos que vai compor a reserva para o seguro, e na que vai para investimentos",
observa. Peres, da Susep, diz que todos os seguros de vida têm taxa de carregamento que pode chegar
a 30%, de acordo com as normas do órgão regulador. "A diferença é que, nos seguros resgatáveis, a taxa
é explícita e nos tradicionais é implícita", diz ele. Essa taxa incide sobre cada aporte mensal. Assim, quem
aplicar R$ 100 por mês em um seguro de vida tradicional ou resgatável, poderá deixar até R$ 30 para
cobrir os custos de corretagem e administrativos mais o lucro da seguradora. Além disso, pagará mais 7%
de IOF. Nos seguros contratados em grupo não há limite para a taxa de carregamento. "As normas são de
1992 e estão defasadas", diz Peres.
Frase
O seguro de vida permite nossa travessia da juventude para a maturidade, quando os filhos, já crescidos,
não precisarão mais de amparo
Um bom presente de fim de ano é um futuro sem dívidas
Meu primeiro ímpeto, na qualidade de planejador financeiro que pretendo ser, é repetir o que a maioria
dos profissionais costuma dizer: "Pague suas dívidas primeiro, já que em nenhum investimento você
recebe tão elevada taxa de juro quanto paga em compras a prazo". Não tenho dúvida de que, sob um
ponto de vista meramente financeiro, esta seria a melhor opção.
Sei muito bem que as festas de fim do ano deveriam poder proporcionar alegria a todos os nossos
dependentes e familiares, inclusive fazendo uso do 13º salário como uma das formas para manifestar
este desejo de presentear.
É sabido que hoje em dia apenas a metade da população brasileira está empregada, de acordo com a
CLT ( Consolidação das Leis do Trabalho), e normalmente recebe seu tão aguardado 13º salário em duas
parcelas mensais. Muitas empresas, para poder pagá-lo, têm que apelar para os bancos, pois geralmente
nem possuem capital de giro suficiente para sangria tão elevada. A outra metade da população, aquela
que trabalha por conta própria, nem recebe o 13º salário.
A primeira conclusão a que chego é que as empresas que estão nas péssimas condições de ter de pedir
SOS aos bancos e financeiras e de apelar para empréstimos estão tão combalidas e paupérrimas quanto
seus próprios funcionários. O ano que vem, algumas delas, eventualmente, nem terão condições de
continuar existindo.
Neste período, a mídia começa a especular sobre quanto vai ser injetado na economia e quando estes
tão esperados bilhões de reais chegarão ao setor comercial, que por antecipação vai aumentando seus
preços, por conta de uma presumida inflação.
O comerciante, por sua vez, ávido por vender e obter lucro, faz seus cálculos para saber qual a taxa de
juros que pode embutir silenciosamente nas mercadorias, sem que o explorado consumidor o perceba.
Serão dois, três, quatro ou mais por cento ao mês? O cálculo é disfarçado de tal forma que torna possível
vender a mercadoria em dez vezes, e alardeando então na propaganda bombástica e enganosa -"e sem
juros!"
Esse comerciante acaba ganhando duplamente: lucro com a mercadoria e mais lucro com os juros
embutidos e fora de proporções decentes.
O mais triste da história é que o poder aquisitivo de nossa população está diminuindo a olhos vistos,
ampliando a cada ano que passa o clube dos endividados e inadimplentes.
As razões deste empobrecimento coletivo da maioria do povo são múltiplas e complexas, envolvendo,
entre outras, perda de emprego, aumento excessivo dos preços dos serviços públicos e administrados,
impostos diretos e indiretos que incidem indistintamente sobre tudo que adquirimos e salários que não
aumentam na mesma proporção que nossos gastos.
Por outro lado, os tempos modernos transformaram nossos sonhos e ambições, antes simples como a de
"estarmos juntos para confraternizar" em "comprometedoras de nossa estabilidade financeira".
Já não nos basta um jantar coletivo, na presença de todos nossos familiares na noite de Natal. Os
presentes devem ser de valor indiscutível, adquiridos com sacrifício e pelos quais, posteriormente e por
um ano inteiro, teremos de sacrificar nosso orçamento doméstico.
Quantos juros, quanto estresse, quantos futuros sobressaltos seriam evitados caso adquiríssemos
apenas presentes de valor simbólico, sem que para isso precisássemos nos endividar até a alma!
Que tal voltarmos aos princípios sadios e simples de antigamente?

GUIA DO INVESTIDOR

Poupar, esta é a palavra chave.


Poupar não é fácil, exige sacrifício, implica em renunciar ou postergar um desejo, um prazer.
Poupar significa abrir mão de consumo no presente, trocando-o por riqueza no futuro.
Lembre-se: não há investimento sem poupança.
Investir é uma atividade de compra de um produto, similar a quando você compra uma peça de vestuário,
ou um pacote de viagem, etc. Quando você compra uma calça, verifica preço, qualidade, cor, tamanho,
moda,...; Se a compra for de uma semana no nordeste, você vai analisar preço, acomodações, atrações,
o que levar na mala,... Percebeu? Para cada tipo você verifica coisas diferentes. E se a compra for de
um produto de investimento? É sobre os aspectos que você deve verificar e analisar, que falaremos a
seguir.
Conheça seus limites
1- Faça uma análise de sua situação financeira e patrimonial. Reveja seu orçamento, identifique gastos
que podem ser reduzidos ou eliminados.
2- Determinação: você vai precisar ser persistente, não esmorecer quando enfrentar contratempos que
sem dúvida ocorrerão.
Defina seus objetivos
Vou investir para que? Por quanto tempo? Quanto desejo acumular?
Você deixou de comprar aquele objeto de desejo, é natural que defina o que quer em troca. Poderá ser o
pagamento de uma dívida, a compra daquele carro ou daquela casa para daqui a algum tempo, formar
uma reserva de emergência, reserva para aposentadoria, etc. Informe-se A Internet democratizou
informações antes somente acessíveis a profissionais de investimentos e grandes investidores. Pesquise
sobre o mercado, os produtos disponíveis. Leve em conta, os aspectos tributários dos produtos, seu
prazo de vencimento - necessidade de reaplicação -, o emitente do título - CDB, Ação, etc -, o
administrador de sua carteira, sua política de investimentos e estratégia - caso de fundos de investimento.
Selecione os produtos com base nos riscos envolvidos - leve em conta o seu perfil -, monte seu portfólio -
carteira de investimentos - adequado às suas necessidades e objetivo.
A carteira de investimentos ótima deverá apresentar a melhor relação risco/retorno ou custo/benefício
possível.
Aspectos relevantes
1- Rendimento, retorno : representa o quanto você ganha, ou perde, seja na venda - caso típico das
ações - ou ao longo do tempo - caso de dividendos, juros, aluguel de imóvel.
2- Risco: é o grau de incerteza quanto ao investimento, tanto no aspecto de rentabilidade - (oscilação de
taxas de juros, de condições do mercado) -, quanto no de crédito - (possibilidade do investimento não ser
honrado pelo emissor).
3- Prazo: é o tempo até a data do vencimento - caso de títulos -, e a possibilidade de resgate ou
liquidação antecipados - é o caso de fundos de investimento, planos de previdência -. Quanto a conceitos,
a- curto prazo: até 1 ano; b- médio prazo: mais de 1, menos de 5 anos; c- longo prazo: mais de 5 anos.
4- Liquidez: é a facilidade com que se pode converter um investimento em dinheiro vivo, pelo valor de
mercado. Imóveis e ações pouco negociadas, tem pouca liquidez; blue chips, títulos e fundos, tem boa
liquidez.
5- Diversificação: "não ponha todos os ovos na mesma cesta". Por traz desta regra de ouro estão sólidos
argumentos técnicos: a- assegurar retorno aceitável b- garantir liquidez c- reduzir riscos.
6- Compreensão: entenda todos os mecanismos de funcionamento do produto escolhido: As variáveis de
mercado que o afetam, as modalidades de investimento e liquidação, os impostos incidentes. .
7- Correlação: há uma relação direta entre prazo, risco e rentabilidade: para maior prazo, exige-se melhor
remuneração, para maior risco também se requer taxas maiores.
8- Acompanhamento: investir não se resume em aplicar corretamente, exige que você acompanhe
periodicamente o desempenho de seus investimentos, mantenha-se informada sobre o mercado, reavalie
estratégia, racionalmente, sem precipitação. Qual investimento você me recomenda?
É comum as pessoas formularem esta questão a consultores e gerentes de investimentos.
Certamente elas se decepcionam por não obterem uma "dica” É preciso enfatizar que a escolha de
investimentos depende de vários fatores, entre os quais é relevante o objetivoque se pretende atingir
com o investimento. É comum, também, haver mais de um objetivo sendo pretendido concomitantemente.
Neste caso, cada um dos objetivos, deverá corresponder a investimento específico.
Os objetivos poderão ser, por exemplo:
o pagamento de uma dívida, a compra daquele objeto de desejo, a formação de reserva para
contingências, viajar ao exterior, fazer um MBA, a poupança para compra de imóvel, a reserva para
aposentadoria própria ou de filhos.
Como podemos identificar nos exemplos, há maturidade diferente (curto, médio e longo prazos),
diferenças de montante, prazo, enfim, características diferentes. Essas características é que irão definir o
tipo de investimento mais adequado aquele objetivo.
Um investimento para a viagem ao exterior, será diferente do investimento de reserva para a
aposentadoria, que é diferente se for para pagamento de dívida, etc.
Portanto, para definir em que investir, o primeiro passo é analisar as características do seu objetivo..
O passo seguinte é identificar onde investir, pesquisando as alternativas que o mercado oferece, com
aquelas características. Isso feito é só de iniciar o plano de investimentos.
Esteja consciente que economizar exige persistência e organização.
Analise a conveniência de utilizar o serviço, que a maioria dos bancos disponibiliza a seus clientes:
investimento mediante débito automático na conta corrente. Este serviço ajuda muito a quem não é tão
persistente e organizado. Ter objetivos definidos é um estímulo para economizar, além de ser relevante na
hora de selecionar a alternativa de investimentos adequada. Acompanhe periodicamente o desempenho
de seus investimentos, mantendo-se informado sobre o mercado, e reavaliando as estratégias.
Manual do investidor
Para se tornar um investidor, você só precisa de uma coisa: querer investir. O resto é muito mais simples
do que você imagina. Esse Manual vai ajudar você a entender melhor os Fundos de Investimento, as
vantagens de cada aplicação, os termos mais usados no mercado financeiro. Consulte o seu manual
quando aparecer alguma dúvida.

Por que investir?


Investimos buscando a tranqüilidade e a realização de nossos sonhos, como a compra de um imóvel, um
automóvel, garantir nossos estudos ou de nossos filhos ou, ainda, garantir uma velhice segura, com
reservas que permitam manter um padrão de vida tranqüilo.
Tão importante quanto investir é a escolha adequada de onde investir.
Os bancos tem inúmeras opções de investimento e, com certeza, há uma que é mais adequada ao seu
estilo de vida.

Entenda o funcionamento e a administração dos fundos de investimento

Como funcionam os fundos de investimento? Nos fundos mútuos, um grupo de


pessoas como você, com os mesmos objetivos de investimento, se reúnem com a finalidade de aumentar
seu capital. Dessa forma, pequenos investidores obtêm, juntos, uma remuneração maior em suas
aplicações do que obteriam individualmente. O Banco é o responsável pela administração desses fundos.

Onde o dinheiro será aplicado?

• Nos Fundos de Curto Prazo, Referenciados DI e Renda Fixa, o dinheiro será aplicado
principalmente em títulos públicos, títulos de empresas privadas e bancos.

• No Fundo Cambial, o dinheiro será aplicado em ativos financeiros vinculados à variação do dólar
comercial norte-americano.

• Nos Fundos Multimercado com Renda Variável, os recursos são alocados em diferentes tipos de
ativos, ou seja, renda fixa, ações e derivativos.

• O Fundo Derivativos Moderado utiliza uma carteira diversificada de ativos financeiros, que atuam
no mercado de renda fixa e nos mercados futuros de juros, câmbio e índice de ações.

• O Fundo Itaú Principal Garantido possui uma carteira composta por títulos de renda fixa
prefixados e operações alavancadas no mercado de renda variável.

• Nos Fundos de Ações, a carteira será composta principalmente por ações.

O que são cotas de um fundo? Ao aplicar em um fundo de


investimento, os recursos do investidor são transformados em cotas. Ovalor das cotas é
estabelecido em função da valorização/desvalorização dos títulos que compõem a carteira. Ele é
determinado dividindo-se o patrimônio do fundo pelo número de cotas emitidas.
Como são disponibilizados os rendimentos dos fundos?
Tudo irá depender da natureza do fundo: Para os fundos que possuem liquidez diária (Itaú Plus Curto
Prazo, Itaú Curto Prazo, Itaú Super DI, Itaú Prêmio DI 90, Itaú DI, Itauvest Plus Curto Prazo, Itaú Super
RF, Itaú Prêmio RF 90, Itaú RF, Itaú Top Renda Mix, Itaú Cambial, Itaú International Fund, Itaú Derivativos
Moderado, Família Multimercado, Itau Ações, Itaú Carteira Livre e Itaú Índice Ações), os resgates podem
ser feitos a qualquer momento com rendimento. Para os
fundos com vencimento renovado automaticamente (Itaú Principal Garantido), resgates fora do prazo de
vencimento implicam em perda dos rendimentos do período.
Quem administra as aplicações?

Quem administra as aplicações é o chamado administrador da carteira do Banco Itaú S.A., um


especialista do mercado financeiro que, através de sua equipe de profissionais altamente especializados,
em constante sintonia com o mercado financeiro, determina quais são os títulos que compõem a carteira
de investimento do fundo e como este irá operar.

Portfólio - revisar é preciso Responda:


1. Seus objetivos, seu orçamento, a conjuntura, o cenário econômico, suas expectativas e seu
perfil, continuam os mesmos da data em que você escolheu o(s) investimento(s) que possui ?
2. A performance de seus investimentos está adequada ? É provável que um ou mais desses
fatores tenha mudado ou mereça ser analisado.
Revisar seu portfólio (a composição de sua carteira de investimentos) deve ser um hábito
periódico, a cada 6 meses, por exemplo.
Você pode fazer isso sozinho ou com assessoria de um profissional de investimento que irá
recomendar investimentos adequados aos seus objetivos e à sua tolerância ao risco. Nessa
ocasião, não esqueça o dito popular: Não ponha todos os ovos no mesmo cesto..... Esta é a
mensagem que o Nobel da Economia de 1990, Harry Markowitz, confirma cientificamente
através da sua "teoria da carteira" (Portfolio Theory).
Diversificação é a palavra chave, ela propicia:
• Compensar riscos
• Melhorar as características de rentabilidade, segurança e liquidez
• Minimizar impactos das variações do mercado
• Seja observador
• Defina objetivos de investimento
• Identifique seu grau de tolerância ao risco
• Invista no longo prazo
• Esqueça a rentabilidade passada
• Seja disciplinado, nunca emotivo
Revisar o portfólio é administrar sua riqueza, e é aí que estão as oportunidades.
Clube dos Investidores
Tenistas, médicos, professores e estudantes reúnem-se para apostar na Bolsa. Com isso, reduzem
os custos das aplicações.
Faça um exercício de imaginação. Sabe aquela típica cena do pregão da Bolsa? Operadores financeiros
agitados disputando aos gritos a compra e venda de papéis. Então, congele essa imagem. Agora, tente
colocar essa situação dentro de uma quadra de tênis. Impossível? Tente de novo, só que dessa vez use
como cenário um consultório médico. Continua-se difícil, observe a realidade. Fatos inusitados como
esses já ocorrem em universidades, fábricas, teatros e até na praia e fazem parte do projeto Bovespa Vai
Até Você. Em São Paulo, o exclusivo Clube Alto de Pinheiros, que reúne as classes média e alta
paulistana, abriu espaço para o mercado financeiro. Todas as quintas-feiras, por volta das oito horas da
noite, o engenheiro Eduardo Teixeira Júnior, o consultor de empresas Eduardo Di Pietro Sobrinho, a
analista de sistemas Walkíria Pervelho e outros tenistas aproveitam os intervalos das disputadas partidas,
deixam de lado as raquetes, e discutem estratégias para um outro desafio. Juntos, eles formaram um
clube de investimento em ações e estão em busca dos lucros.
Lançado há apenas três meses, o projeto da Bolsa para incentivar as aplicações entre as pessoas físicas
por meio de clubes de investimento já mostrou-se bem-sucedido. Nesse período, 17 novos clubes foram
criados. Essa modalidade de aplicação é parecida com um fundo de ações. Só que os sócios participam
das estratégias de gestão junto com a corretora responsável pelos investimentos. Além disso, são os
próprios investidores que definem o valor das aplicações mensais. A única regra é que um aplicador não
pode sozinho concentrar mais de 40% do total do patrimônio. Para atrair novos investidores, profissionais
da Bolsa fizeram uma série de visitas a vários tipos de instituições. Apresentaram as regras do mercado
acionário e prestaram consultoria técnica.
Em uma dessas empreitadas, surgiu o clube de investimento dos tenistas do Clube Alto de Pinheiros.
“Descobri que posso planejar a minha aposentadoria com a compra de ações”, diz a analista de sistema
Walkíria Pervelho. Outros sócios, como o engenheiro Everardo Teixeira, utilizam essa modalidade de
investimento como uma forma de iniciar os mais jovens no mercado acionário. Ele comprou duas cotas de
participação no clube, uma para cada um dos seus filhos. Porém, não são só os novatos que estão
aderindo à formação de clubes de investimento. O médico Francisco Erivaldo Alves pode considerar-se
um veterano no pregão, pois há dois anos fez a sua primeira aplicação. Ele comprou ações da Vale do
Rio Doce por meio do seu FGTS ( Fundo de Garantia). Depois, arriscou uma parcela maior com recursos
próprios. A cada passo, o seu interesse pelos lucros da renda variável aumentava. Só que esbarrou em
um entrave. “O custo de corretagem para valores mais baixos fica muito alto”, diz Alves. A solução foi
formar um clube de ações. Ligou para a coordenação do projeto Bovespa Vai até Você e agendou uma
reunião com os colegas de consultório. Só que precisava de, no mínimo, três sócios (pode ter no máximo
150 participantes) para fazer a aplicação. O problema é que apenas um amigo se animou. Acabou
convencendo a sua esposa Cíntia, que também é médica, a colocar as suas economias no clube de
ações.
O empenho de Francisco Alves para formar o seu próprio clube foi aplaudido com louvor pelo presidente
da Bovespa, Raymundo Magliano Filho. O clube é uma ótima saída para aumentar o poder de força do
investidor. “Juntos, os participantes terão as mesmas condições dos grandes investidores. Com um
montante maior de recursos podem fazer operações mais arriscadas e mais promissoras nos lucros. Além
disso, os custos são rateados”, afirma Magliano.
Atributos dos Investimentos: O que priorizar?
Os principais atributos do investimentos são a RENTABILIDADE, a LIQUIDEZ e a SEGURANÇA. Existe o
produto ótimo, que reune alta Rentabilidade, fácil Liquidez e forte Segurança? NÃO
Em qualquer investimento você irá
priorizar algum deles, abrindo mão, pelo menos em parte, dos outros. Por exemplo: quero o máximo em
Segurança: você vai abrir mão de Rentabilidade e possivelmente da Liquidez. Esta regra se aplica,
inclusive, dentro de um mesmo tipo de investimento, por exemplo: quero a maior taxa de CDB: você irá
aplicar em CDB de 2ª linha, abrindo mão de segurança e facilidade em liquidez.
Qualatributo priorizar ?
Vejamos, por exemplo, uma carteira composta pelos investimentos x, y, z:
1. O investimento "x" é para manutenção.

2. O investimento "y" é para aposentadoria.

3. O investimento "z" é para reserva de emergência.


Respondendo à pergunta: Depende do seu perfil e dos objetivos do investimento:
1. investimento "x", destina-se aos gastos diários, precisa de liquidez diária e em valores pequenos.
O valor deste investimento deve corresponder a um mínimo de 1 mês e um máximo de 3 meses
das despesas de manutenção. Isto para evitar resgates antes de 30 dias, prazo em que há
incidência de IOF. Por isso, é recomendado um fundo de investimento DI - que permita
movimentação de baixo valor - ou poupança automática. Aqui você abriu mão da rentabilidade,
pois esse tipo de investimento - seja na poupança, ou fundos que permitem movimentações de
baixo valor.
2. investimento "y", para aposentadoria, é de longo prazo - anos ou décadas - que irá garantir seu
bem estar futuro. Neste caso a prioridade é segurança, (com foco na instituição em que você vai
investir). Cabe salientar que, no longo prazo, há espaço para investimentos de risco (ações,
fundos agressivos, etc.). O foco nesta fase é formar o maior patrimônio. O administrador do(s)
investimento(s) pode ser você mesmo (títulos privados ou públicos, poupança, ações, etc.), ou
um gestor profissional (fundos de investimento, planos de previdência privada, etc.). Neste caso,
observe as taxas cobradas pelo gestor do fundo/plano de previdência.
Faça as contas: se você pretende investir por 20 anos e a taxa de administração é 3% ao ano,
você terá um custo de 60% sobre o patrimônio médio no período.
Aqui é importante esclarecer que para ter, no futuro, renda mensal de um plano de previdência
privada, você não precisa começar já a contribuir para ele, você pode comprar o plano na
proximidade da "aposentadoria".
3. investimento "z", para reserva de emergência, desemprego por exemplo, deve eqüivaler a no
mínimo 6 e até 12 salários líquidos, ou renda líquida mensal. Você só vai utilizá-lo se a
emergência ocorrer, e somente após esgotado também o investimento "x" - de manutenção. A
prioridade aqui é rentabilidade com baixo risco. Para este caso o mercado disponibiliza
modalidades de alta performance (fundos de alto valor mínimo de patrimônio).
Questões importantes que o investidor deve observar antes de investir:

• A diversificação da minha carteira e investimentos está consistente com meu perfil de


tolerância ao risco?

• Qual o meu objetivo ao fazer este investimento?

• Qual é a minha expectativa de rentabilidade?

• Quanto tenho disponível para investir?

• Quando vou precisar desse dinheiro?

• Tenho todas as informações sobre o tipo de investimento escolhido?


Lembre-se, você consegue a melhor combinação de RENTABILIDADE, LIQUIDEZ e SEGURANÇA
diversificando seus investimentos.

Fórmula do sucesso:

Quanto custa seu investimento

Vamos supor um investimento de R$ 1.000,00, por 1 ano, com taxa de juros de 20% ao ano. Logo de
início você descobre que para investir os 1.000,00 precisa dispor de 1.003,80. No dia da liquidação você
esperava receber 1.200,00, mas vê um crédito de 1.138,00. Fazendo as contas, a rentabilidade esperada
de 20% caiu para 13,4%.
Onde foi parar a diferença ?
Vejamos quais impostos e taxas podem incidir sobre os variados tipos investimentos:
• Impostos

• Imposto de Renda: exceto a Caderneta de Poupança, todos os demais tem esta tributação, em
geral de 20% sobre o rendimento e exclusivo de fonte: é cobrado mensalmente na fonte nos
fundos de investimento, exceto os de ações, nos demais investimentos de renda fixa é no
vencimento ou liquidação, caso dos títulos públicos e privados.
Nas ações negociadas em Bolsa, o Imposto de Renda é recolhido através de DARF por ocasião
da venda.
Na Previdência é na tabela progressiva, quando do recebimento da renda, e também levado
para a declaração anual(15% ou 27,5%); o PGBL e o FAPI tributam o total recebido (principal e
rendimento), o VGBL tributa o rendimento.
• IOF: incide no resgate de investimentos em prazo inferior a 30 dias; não incide no mercado de
ações.
• CPMF: não incide apenas na caderneta de poupança e nas operações em bolsa

• Taxas
Tem percentuais que variam entre as instituições, tipos de operação e valor do investimento.
• Custódia: é cobrada em operações em bolsas e com títulos públicos (Tesouro Direto)
• Corretagem: é cobrada em operações em bolsas e com títulos públicos (Tesouro Direto)
• Taxa de Administração: é a remuneração do gestor de carteira, cobrada pelos fundos de
investimentos e previdência
• Taxa de Performance: cobrada por alguns fundos de investimentos
• Taxa de Carregamento: incide nos planos de previdência privada, exceto no FAPI.
• Taxa de entrada / saída: em alguns planos de previdência.
Entre os tipos de investimento a Caderneta de Poupança está isenta de todos eles, nos demais tipos
vários deles são devidos, inclusive calculados de variadas formas.
Além da variedade impostos e taxas, outro fator relevante é saber o que é tributado e a alíquota ou
percentual: Exemplo: incide sobre o rendimento ou sobre o principal também, qual é percentual, o
Imposto de Renda é exclusivo na fonte ou vai, também, para a declaração anual de ajuste?

Especial atenção a esses custos deve ser dada quando se está investindo para médio e longo prazos,
onde pequenas diferenças acarretam grande impacto no valor líquido futuro.
Exija informações de quem está lhe vendendo ou assessorando sobre o investimento.
Compare as alternativas para que no resgate você não se surpreenda com a diferença entre o líquido e o
bruto.

Turbulências de mercado. O que fazer?

Nesses momentos, tomar uma decisão precipitada poderá implicar em perdas irreparáveis.

O que fazer?

Em primeiro lugar, informe-se:


- Em relação a sua carteira: investimentos direcionados a objetivos de curto prazo ( até 1 ano ), médio
prazo ( mais de 1 e menos de 5 anos) e longo prazo ( 5 anos ou mais ).
- Sobre os fatos que estão ocasionando a turbulência e suas possíveis conseqüências.
- Sobre o cenário interno: fundamentos da economia brasileira (contas públicas, crescimento da
economia, perspectivas de inflação, etc. ). Leve em conta que turbulências externas podem ser
amortecidas num cenário interno favorável ou potencializadas se este for desfavorável.

A seguir, controle as emoções e reveja seus objetivos, em particular os de médio e longo prazos.
Estes objetivos devem ser a base de seus investimentos, são eles que devem guiar suas decisões.
Por exemplo: na última revisão você havia definido a composição de sua carteira em 20% de renda
variável, 70% de renda fixa ou DI, e 10% em dólar, com base nos objetivos: comprar ou reformar o imóvel,
a viajem de férias, o cursinho do filho, sua previdência complementar.
Seus objetivos mudaram ?
A revisão de objetivos está ligada à própria evolução do ciclo da vida: familiar, de faixa etária, de nível
cultural, etc.

Também avalie sua carteira em relação aos objetivos de médio e longo prazos, já revistos caso
tenham mudado.
- Está balanceada: isto é os percentuais estão de acordo com os objetivos revisados. Ótimo, apenas
continue atento aos acontecimentos.
- Está desbalanceada: neste caso analise se o momento é oportuno para recompor o balanceamento, por
exemplo:

a- o percentual de dólar está abaixo do objetivo e o preço do dólar está atrativo (aproveite para
comprar e recompor o percentual);
b- o percentual de renda variável está abaixo do previsto e a bolsa vem tendo sucessivas quedas
( informe-se, não fique esperando o “fundo do poço” )

Na esqueça do curto prazo, do dia a dia até 1 ano:


Aplicações para atender necessidades de curto prazo não devem correr riscos, e devem ter alta liquidez.
Tenha em mente que a vida vai muito além desta turbulência.
É muito provável que uma pessoa de 30 chegue aos 85 anos de idade. Nesta situação, o horizonte dos
investimentos será de, no mínimo, 30 anos de contribuição e mais 25 anos de usufruto.
Investir regularmente, independente do momento do mercado: esta é a forma mais simples e eficaz de
vencer turbulências e reduzir riscos.

Entre o objetivo e a idade


Investimentos - Analistas explicam o que é importante observar na hora de aplicar recursos
Definir o objetivo da aplicação ao começar a investir é tão importante quanto levar em conta a idade do
poupador. Somados, ajudam a definir o grau de aversão ao risco de cada aplicador e embasam a escolha
do melhor investimento a ser feito. Mas chegar à carteira ideal não é tão fácil quanto parece. São muitos
os investidores que acabam aderindo a aplicações que não condizem com o seu perfil. Um dos erros é
achar que um objetivo de valor final elevado exige uma postura mais arrojada. Um investidor conservador
que deseja trocar de carro, por exemplo, deve continuar cauteloso quando a meta for comprar um imóvel.
Mas a idade do poupador também deve ser levada em conta. Em geral, os jovens podem adotar
estratégias mais arriscadas por ter mais tempo para reaver possíveis perdas. Já o conservadorismo é
indicado para os mais velhos, com menor prazo para investir e alcançar suas metas.

O princípio básico para qualquer aplicação é a relação entre rentabilidade e risco. Quanto mais alta é a
porcentagem desejada, maior é também a possibilidade de perdas. A maioria dos gestores aconselha
que, antes de fazer uma aplicação, seja bem definido um objetivo. Com uma meta traçada, é mais fácil
escolher o tipo de aplicação mais adequado. Especialistas alertam que não se deve escolher a aplicação
pela rentabilidade, mas pelo perfil de risco a que se está disposto a correr.

Definir o objetivo da aplicação aumenta as chances de o investidor alcançar sua meta. Mas também são
muitos os relatos de quem passou anos poupando e não atingiu o que almejava. Falta de planejamento e
consumos exagerados são algumas das causas mais comuns do fracasso dos pequenos investidores.
Perfil de risco inadequado à aplicação é outro fator determinante para o sucesso. Segundo especialistas,
os poupadores não devem achar que os objetivos que dependem de mais recursos exigem também
gestão mais arriscada. O perfil de cada aplicador deve sempre ser respeitado, seja para comprar um
carro de R$ 30 mil ou adquirir um imóvel de R$ 300 mil.

Perfil inadequado à aplicação gera, na maioria dos casos, realização de prejuízos. Investidores com
aversão a risco que aplicam em ações, por exemplo, tendem a vender os papéis no pior momento do
mercado, principalmente em casos de forte volatilidade. O mesmo acontece quando o investidor
conservador compra ações. Segundo especialistas, é comum o aplicador sem disposição ao risco adquirir
o ativo quando a tendência de alta já está perto do fim. Portanto, traçar o objetivo da aplicação e conhecer
o próprio perfil são fundamentais para quem deseja ter sucesso.

O professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), Arthur Rodolfo Neto, acredita que o
valor almejado ao final da aplicação não deve determinar a postura do investidor. "Em geral, quem aplica
para comprar um bem é mais conservador. Principalmente, quando se trata do primeiro imóvel próprio. Os
investidores querem a garantia de conseguir o valor almejado, mesmo que demore um pouco mais",
afirma.

- O montante guardado não influencia no que a pessoa pode perder. Não é simplesmente porque um
investidor pretende comprar uma casa ao invés de um carro que vai escolher aplicações mais arrojadas,
para tentar chegar mais rapidamente ao seu objetivo. Tem que estar atento aos riscos corridos e verificar
o quanto está disposto a expor-se, ao invés de arriscar mais porque precisa ganhar mais - explica Clodoir
Gabriel Vieira, economista da corretora Souza Barros.
Conservadorismo é decisivo para o sucesso da aplicação
O planejador financeiro Louis Frankenberg, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de
Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), também acredita que determinados objetivos exigem
maior conservadorismo. Mas afirma que, acima de tudo, deve ser respeitado o grau de aversão ao risco
de cada aplicador.

Além de estabelecer qual é o perfil de risco do aplicador, é preciso também verificar o que será feito com
o dinheiro. O economista da Souza Barros diz que, se houver uma dívida a ser paga dentro de um
determinado prazo, é melhor não arriscar e manter uma aplicação mais conservadora, sem grandes
possibilidades de perdas. Mas se o dinheiro estiver sendo guardado para uma compra ainda não
efetuada, pode ser aconselhável assumir maior risco em renda variável, em busca de maior rentabilidade.

O estrategista-chefe da Sul América Investimentos, Paulo de Sá Pereira, diz que o aplicador brasileiro,
em geral, tende a adotar uma postura mais comodista, procurando investir no próprio banco onde tenha
conta corrente, e no fundo indicada pelo seu gerente. Ele aconselha, para maximizar a aplicação, traçar
um objetivo claro e definir o tempo aproximado de aplicação.
Em busca de mais um ponto comercial
Planejar e alcançar os objetivos é uma constante na vida da empresária Vera Lúcia Manhães. Aos 51
anos, Vera reconhece que é uma exceção. E atribui seu sucesso como pequena investidora à
organização, à persistência e ao trabalho. A sorte, segundo ela, é responsável por apenas 1% do
sucesso. "Os outros 99% vêm do suor", diz a empresária. Vera atua no comércio há cerca de 20 anos.
Tem uma loja de decoração e presentes em Niterói e há um ano poupa para abrir seu segundo ponto
comercial. O objetivo da empresária é inaugurar a filial até dezembro.

- Faço um acompanhamento diário do meu capital. A informática é uma ótima ferramenta e facilita esse
controle. Todas as vezes que eu poupei havia uma meta previamente estabelecida. E sempre consegui
alcançar o que planejava - conta a empresária. Além da compra do carro, Vera conseguiu poupar para
custear a educação dos filhos e também para mantê-los estudando em Niterói enquanto ela morava em
Campos.

Atualmente, Vera aplica na caderneta de poupança e em fundos de renda fixa. No entanto, acredita ser
uma investidora de perfil arrojado. "Não sou avessa ao risco. Tanto que tenho meu próprio negócio e vou
abrir uma segunda loja. No mercado de ações eu ainda não investi por falta de conhecimento.

Gosto de conhecer pelo menos um pouco da aplicação, mesmo que eu vá entregar a gestão dos recursos
a um profissional", conta a empresária que afirma manter seu perfil de aplicadora independente do
objetivo a ser alcançado.
Para alcançar o sonho da casa própria
Apesar de a maioria dos investidores brasileiros pouparem sem um objetivo definido, ainda há quem siga
à risca a indicação dos analistas e estabeleça uma meta antes de começar a poupar. Dessa forma, dizem
os profissionais de mercado, fica mais fácil atingir o objetivo e escolher a aplicação mais adequada.
Alan de Oliveira, economista da Petrobras, começou a investir assim que conseguiu um emprego, há oito
meses, para adquirir um imóvel próprio. Tem, desde o início, o objetivo bem definido, mas não
estabeleceu um prazo. Estuda a possibilidade de utilizar o dinheiro poupado, além do Fundo de Garantia,
para dar entrada no apartamento, e pagar o restante com um financiamento, a juros baixos.
- Sei que pretendo comprar o imóvel no curto ou médio prazo, no máximo. Não quero esperar muito
tempo. Para isso, estudo a possibilidade de pegar um financiamento, mais vantajoso do que um
consórcio, pois não preciso esperar por um sorteio para ser contemplado. Além disso, estou procurando
apartamento pequeno, em áreas consideradas como não muito nobres, como o Catete ou a Glória, para
poder alcançar meu objetivo logo. Posteriormente, quando houver oportunidade, posso trocar o imóvel -
diz Oliveira.
O investidor disse separar a maior parte da aplicação para a compra do apartamento, comprando títulos
públicos. A menor quantia fica aplicada na caderneta de poupança, para situações emergenciais no curto
prazo.
PARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS É PRECISO...

PLANEJAR a aplicação. Estabelecer metas mensais de poupança que possam ser cumpridas é
fundamental DEFINIR o tempo de investimento. É necessário calcular em quanto tempo a meta será
cumprida e fazer o acompanhamento da aplicação mês a mês. ESTABELECER o perfil do aplicador. Valor
final mais elevado não exige perfil mais arrojado. Cada um deve respeitar seu grau de aversão ao risco,
independente do objetivo a ser alcançado TODA a família deve participar do planejamento. A colaboração
é um dos principais ingredientes do investimento bem sucedido.
O QUE PODE IMPEDIR o sucesso
ASSUMIR mais risco do que o seu perfil suporta. A tendência é o investidor que fez uma aplicação
inadequada pagar caro pelo ativo ou ainda realizar prejuízos, devido à impaciência. IMPREVISTOS que
devem ser cogitados no planejamento. Uma solução seria manter uma aplicação de ampla liquidez que
possa ser resgatada a qualquer momento, GASTOS que precisam ser controlados e compras de maior
valor planejado. CRÉDITO de fácil acesso, como cartão de crédito e cheque especial devem ser evitados
ao máximo. É comum o investidor manter uma aplicação financeira e, ao mesmo tempo, acumular faturas
do cartão. No final, o dinheiro poupado acaba sendo utilizado para quitar dívidas e o objetivo inicial fica
em segundo plano.

Invista sozinho no pregão

Dispense o seu analista e faça suas próprias apostas na Bolsa. É o que prega Peter Lynch, o guru
da gestão de recursos nos EUA Parem de escutar os
analistas. Estou convencido de que qualquer pessoa, usando o bom senso e 3% de sua capacidade
cerebral, pode escolher ações com a mesma competência de um mediano analista de Wall Street.” Quem
diz isso é Peter Lynch, um mito vivo da gestão de recursos nos Estados Unidos. A propagação do modelo
faça você mesmo, que caiu nas graças dos americanos, começa a ganhar coro no mercado de
investimentos brasileiro. Se a idéia o motiva, saiba que não é preciso ser um doutor em finanças para se
aventurar sozinho pelos altos e baixos da bolsa. “As grandes idéias de compra de longo prazo surgem em
experiências simples do dia-a-dia.” É o que prega o guru Lynch, que em apenas 14 anos (1977 a 1990)
conseguiu a façanha de transformar o patrimônio de US$ 18 milhões do seu famoso fundo Fidelity’s
Magellan em invejáveis US$ 15 bilhões.
Se você pensa que “experiências simples do dia-a-dia” são aquelas convencionais buscas de informações
econômicas por meio dos jornais, sites financeiros e conversas de bastidores com executivos de grandes
companhias, ledo engano. Esqueça tudo isso. E agora, imagine-se pelos corredores de uma das lojas da
rede Pão de Açúcar, por exemplo, para sondar a quantas andam os negócios, observar o fluxo de
clientes, a quantidade de oferta de produtos e até mesmo a satisfação dos funcionários. Pois é, se
pretende abandonar os gestores financeiros, considere essa hipótese antes de comprar uma ação. Pode
parecer estranho, mas os exemplos bem sucedidos do mestre Lynch comprovam que, muitas vezes, essa
inusitada estratégia pode valer mais do que gastar horas decifrando os complexos termos dos relatórios.
Acredite, foi assim que o fundo Fidelity’s lucrou bilhões com as ações da maior rede varejista dos Estados
Unidos em meados da década de 80, quando a Wall-Mart era ainda nanica.
O ousado gestor americano foi fazer compras no Wall-Mart e percebeu
que o negócio prometia expansão, a qualidade do atendimento era surpreendente e deveria conquistar
uma vasta clientela. Na época, os dados financeiros da companhia não apareciam no rol dos grandes
analistas. Mas Lynch não se intimidou. Comprou
o papel por US$ 1. Anos depois,
vendeu por US$ 52. A sua lista de sucessos resultantes da
simples observação não pára por aí. Em 90, ao presentear os
filhos com computadores, o consagrado gestor americano conheceu a Apple e de imediato identificou um
investimento, tinha boa
relação de custo e benefício. A ousadia resultou numa aplicação
de US$ 5,8 mil que chegou a valer US$ 72 mil. A lógica é a seguinte: não se limitar a interpretação
convencional dos números, ir além por meio do conhecimento prático, da percepção e não ter receio das
aplicações novas. “Os
investimentos grandiosos são aqueles que ninguém presta atenção e você descobre primeiro. Isso
qualquer investidor
pode fazer”, diz o diretor do ABN Asset Management, Alexandre Póvoa. Admirador de Lynch, Póvoa
acredita que os famosos
mantras dos profissionais – como comprar na baixa e vender na
alta – às vezes precisam ser questionados. “Há momentos em
que a cotação despenca e se você não vender vai perder mais dinheiro”, cita como exemplo. Não é só
para se livrar desses conceitos retóricos que os investidores americanos colocaram a mão na massa; há
outro problema: a falta de confiança. “Acredito que apenas 10% dos analistas e gestores são bons
profissionais”, disse à DINHEIRO Sheridan O’Keef, presidente da americana National Association of
Investment Professionals. No Brasil, ronda uma apreensão em relação às conseqüências do que ficou
conhecido como “hedge de emprego” (proteção). Ou seja, o profissional tem medo de ser penalizado por
inovar. “Quando compra uma Petrobras e o preço despenca, clientes e chefes aceitam. Caso opte por um
papel desconhecido e tem prejuízo, todos questionam a competência do gestor”, diz Póvoa. Diante disso,
alguns preferem deixar passar boas oportunidades a correr o risco de arranhar a sua imagem.
Os argumentos incentivam os investidores a adotarem o estilo faça você mesmo, porém pondere. O
mercado brasileiro é bem menor que o americano, o que torna a escolha mais difícil. Por isso, os
consultores recomendam uma dose limitada ao meio a meio. Fica 50% por sua conta e o restante
entregue a um profissional.
Saiba como avaliar os riscos de cada aplicação

Nem sempre o melhor fundo de investimentos é aquele que rende mais no final do mês ou do ano. É
preciso avaliar, também, o nível de risco ao qual os gestores submetem as carteiras na busca cotidiana
de resultados. Um fundo mais rentável em determinado período, por conta de posições mais ousadas,
também pode dar prejuízos sensíveis aos cotistas se o administrador errar a mão _o que acontece
frequentemente.
No Guia de Fundos do Labfin/ USP, o nível de risco é medido em estrelas. Elas indicam o desempenho
das carteiras dentro dos parâmetros de volatilidade (oscilação das cotas) específicos de cada categoria
no período de um ano. Fundos com menos de um ano de vida não recebem estrelas. O conceito é
simples: quanto mais estrelas, melhor. Um fundo de cinco estrelas correu menos riscos que um de quatro,
e assim por diante.
Mas atenção: o número de estrelas atribuído aos fundos só é comparável dentro de uma mesma
categoria, alerta André Oda, supervisor do Guia de Fundos do Labfin. Não se pode comparar, por
exemplo, fundos de renda fixa com fundos de ações ou cambiais. "Um fundo DI com apenas uma estrela
geralmente irá apresentar um risco muito menor do que um fundo de ações cinco estrelas", diz Oda.
Ele observa que, no ranking de 2002, é grande o número de fundos com quatro ou cinco estrelas na
categorias DI e renda fixa. Como foi o ano da "marcação a mercado", destacaram-se os fundos mais
conservadores, que já vinham cumprindo as regras de contabilização dos títulos a preços de mercado.

Taxa de administração
A estratégia dos gestores é fundamental no desempenho das carteiras, mas a rentabilidade que sobra
para os investidores no final do dia está diretamente atrelada a um detalhe importante: a taxa de
administração. Quanto maior essa taxa, menor é o rendimento do fundo. Os bancos costumam cobrar
taxas mais altas na aplicação de valores menores, e vice-versa.

Para facilitar a comparação, as categorias do Guia estão subdivididas em três faixas de aplicação: até R$
5 mil, de R$ 5 a R$ 20 mil e de R$ 20 mil a R$ 100 mil. A exceção são os fundos cambiais, subdivididos
em duas faixas, até R$ 5 mil e de R$ 5 mil a R$ 100 mil. Os resultados são comparados com a variação
do CDI, da caderneta de poupança, do IGP-M e do IPC.

Os resultados gerais do ranking devem ser considerados pelos investidores em suas aplicações em 2003,
mas com uma ressalva importante: rentabilidade passada não é garantia de rendimento futuro. "Um
bom desempenho num ano não significa que o fundo vai ser campeão de novo no outro", diz Oda.

Dos 140 fundos mais rentáveis em 2003, somente 54 (38,6%) estavam na lista do ano anterior. Apenas
um foi bicampeão: o BMC Renda Fixa DI, com 19,3% de rendimento em 2002 e 17,4% .

Volatilidade: uma amiga ou inimiga?


Os investidores brasileiros se acostumaram com uma aberração financeira: uma oportunidade de
investimento garantido pelos contribuintes (Governo Federal) com baixa volatilidade e retorno alto. O CDI
teve um retorno de 18% nos últimos 12 meses, com volatilidade de 0,15%. De fato, a teoria financeira
concede que baixa volatilidade é, ocasionalmente, sinônimo de baixo risco - mas também de baixo
retorno. Essa situação não é necessariamente verdadeira quando se trata da taxa de juros brasileira, nem
quanto à volatilidade nem quanto ao retorno. Entretanto, a política de juros altos (os mais altos do mundo)
traz uma distorção: a realidade viciada pelo CDI elevado inibe o crescimento do mercado de fundos
multimercados conhecidos como "hedge funds", os fundos que buscam servir aos investidores com
ganhos maiores que o CDI.

A volatilidade é o parâmetro matemático que calcula a incerteza dos mercados - e sem volatilidade não
existe retorno. Portanto, a volatilidade não é a inimiga dos retornos, mas é a sua maior aliada. Entretanto,
em um ambiente com o CDI em queda, os investidores brasileiros vão precisar aprender a conviver cada
vez mais com volatilidade para obter retornos maiores que o CDI. Os investidores que buscam retornos
maiores que esse indicador, pelo menos em parte de seu portfólio, vão precisar aceitar que a volatilidade
é a oportunidade para se obter estes retornos.
O que existe de positivo na volatilidade? A "boa" volatilidade é aquela decorrente dos retornos positivos.
Mas existe também a volatilidade negativa. A "má" volatilidade é aquela decorrente dos retornos
negativos, que é medida pelo "Índice de Sortino". A comparação da volatilidade de um fundo quando os
retornos são positivos com a volatilidade dessa carteira em períodos de retornos negativos demonstra a
qualidade da gestão de risco de cada gestor. O Índice de Sortino é capaz de diferenciar mais
objetivamente a gestão de risco do fundo em questão do que simplesmente a volatilidade. Porém, em um
mercado onde a média (dada pelo CDI) é elevada, os gestores multimercados precisam vencer a média
para prestar um serviço de valor agregado aos seus clientes. Isso significa mais volatilidade, mas não
necessariamente mais risco. A volatilidade é a tendência dos preços se alterarem de maneira inesperada
e isso não deve ser confundido com risco. Uma volatilidade alta não determina necessariamente um risco
maior. Mas existe aí uma freqüente confusão entre risco e volatilidade. Para uma distribuição de preços
estatisticamente normal, é trivial que a medida de desvio padrão (usualmente o Sharpe Ratio) seja, por
conseqüência, a medida de risco. Entretanto, se os preços não oscilarem de acordo com uma distribuição
normal - o que é comum no Brasil -, o uso do desvio padrão (e Sharpe Ratio) como medida de risco é
extremamente perigoso.
No Brasil, o mercado tende a considerar eventos prováveis como certos e eventos extremamente
improváveis como impossíveis. De fato, temos várias provas, no mínimo uma vez por ano, que o
improvável torna-se bastante possível. Risco é definir qual é o valor fixo em reais que você pretende
perder numa posição - antes de sair dela, espera-se. Devolver parte do lucro para salvar o restante não é
risco, é volatilidade. Volatilidade existe, faz parte de nossas vidas e permite oportunidade de ganhos
maiores que a média.
Grande parte da teoria econômica está baseada na premissa que as pessoas e os mercados agem
racionalmente e consideram de forma objetiva toda a informação disponível para a tomada de decisões.
Entretanto, estudos de campo encontraram evidências significativas que isto não ocorre todo o tempo.
Estes pesquisadores observaram que os investidores, com freqüência, evitam vender ações cujos preços
caíram, possivelmente para evitar a realização de que fizeram um investimento ruim. Igualmente, foi
observado que investidores vendem ações cujos preços subiram, apesar de estarem abandonando um
investimento absolutamente vencedor. Esse comportamento, ou seja, ficar com o investimento perdedor e
vender o investimento vencedor estão longe de ser racional!
A irracionalidade do ser humano (e um grande número deles forma o que se chama de "mercado") se
traduz em volatilidade. Por isso, a distribuição dos retornos não é uma distribuição normal.
Paradoxalmente para alguns, volatilidade é a oportunidade de se obter ganhos acima do CDI no longo
prazo. Sem volatilidade não existe retorno e, se os mercados não oscilarem, a oportunidade de ganho é
extremamente limitada. A volatilidade é o que contribui para os chamados "hedge funds" obterem ganhos
tanto quando os mercados estão em alta como quando os mercados estão em queda, desta forma,
prestando um serviço de valor agregado ao investidor. Na medida que o investidor busca ganhos acima
do CDI, ele deve diferenciar volatilidade de risco: preparar-se para os momentos de prejuízos e
considerar que aceitar prejuízos pré-determinados (riscos conhecidos) faz parte do processo de ganhar
no longo prazo retornos muito acima do CDI - isso se chama volatilidade.
Apenas uma pequena parte dos fundos multimercados são, de fato, fundos hedge que trabalham para
garantir no longo prazo um retorno muito acima do CDI. A grande maioria dos multimercados são fundos
"DI alavancados" que trabalham para garantir um retorno próximo do CDI no curto prazo. Parte
significativa desse retorno é decorrente do nível alto do CDI e não das oscilações de mercado. O prazo
de análise de um investimento deve ser levado em conta também. Para uma análise dos "hedge funds",
não se pode focar em período pequeno, em um determinado mês ou um semestre, para avaliar o valor
agregado de um investimento que busca ganhos maiores do que a média. É importante analisar o retorno
desse investimento desde o seu início, comparar os períodos positivos com os períodos negativos e
entender o que esse investimento pode fazer pelo investidor. O objetivo de se entrar num campeonato é
vencê-lo e não fazer um gol por jogo!
Meu primeiro milhão
Se eu começar a guardar dinheiro agora, com qual idade terei meu primeiro milhão de reais?

Com quanto você pode contribuir mensalmente? 300 (em R$)

Qual sua idade atual? 46 anos

Qual o seu perfil de investidor? Agressivo

Você terá R$ 1.000.000,00 quando completar 77 anos de idade.

Com quanto você pode contribuir mensalmente? 300 (em R$)

Qual sua idade atual? 46 anos

Qual o seu perfil de investidor? Moderado

Você terá R$ 1.000.000,00 quando completar 83 anos de idade.

Se eu começar a guardar dinheiro agora, com qual idade terei meu primeiro milhão de reais?
Com quanto você pode contribuir 300
(em
mensalmente? R$)
Qual sua idade atual? 46 anos

Qual o seu perfil de investidor? Conservador

Você terá R$ 1.000.000,00 quando completar 95 anos de idade.

COMO CONQUISTAR UM MILHÃO DE REAIS


AO LONGO DE SUA VIDA DE TRABALHO,
INVESTINDO POUCO E ESCOLHENDO OS
INVESTIMENTOS CERTOS, DANDO TEMPO
AO TEMPO VOCÊ CHEGARÁ LÁ.

INFORMAÇÕES
VALOR QUE VOCÊ TEM QUE INVESTIR
MENSALMENTE 50,00
APORTE INICIAL 50,00
IDADE ATUAL 21 ANOS
COM QUAL IDADE PRETENDE SER
MILIONÁRIO? 60 ANOS
QUAL A TAXA DE CARREGAMENTO DO SEU
0,35%
PLANO?
QUAL A TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DO SEU
2,00% AO ANO
PLANO ?
QUAL RENTABILIDADE PARA O PERÍODO DE
CONTRIBUIÇÃO ? 15,00% AO ANO
QUAL RENTABILIDADE PARA O PERÍODO DE
BENEFÍCIO ? 12,00% AO ANO
RESPOSTAS
VALOR DO PRINCIPAL INVESTIDO 23.368,10
VALOR ACUMULADO BRUTO 1.009.607,04
VALOR DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DO
418.142,40
PLANO
O VALOR DA RENDA MENSAL SERÁ DE: 6.002,44

CARRO NÃO É INVESTIMENTO, É BEM DE CONSUMO


QUANTO SEU CARRO GASTA POR CADA QUILÖMETRO RODADO? CALCULE VOCÊ MESMO:
CKM= P - V + T ( A + B + G + J ) + L + M

K K C K

ONDE :

CKM : CUSTO POR QUILOMETRO RODADO

P : PRECO QUE VOCE PAGOU NO CARRO

V : VALOR DE MERCADO DE SEU CARRO


K : QUILOMETRO RODADO DESDE A COMPRA DO CARRO
T : TEMPO DE USO(ANOS)DESDE A COMPRA DO CARRO
A : SOMA DO SEGURO OBRIGATÓRIO E ACIDENTES/ROUBO
B : LICENCIAMENTO,IPVA,EMPLACAMENTO,ETC...

G : ESTACIONAMENTO POR ANO

J : JUROS QUE O VALOR PAGO POR VOCE NO CARRO

Á 1% AO MÊS, NO TEMPO QUE O POSSUI (EM MÊSES)

(CONHECIDO POR: CUSTO OPORTUNIDADE)

L : PRECO DO LITRO DE COMBUSTÍVEL

C : CONSUMO DO CARRO EM K/L

M : MANUTENCAO E ACESSÓRIOS ANUAL


ANÁLISE DE SUAS NECESSIDADES FINANCEIRA
O número de sua independencia financeira

Você pode determinar com precisão como será o seu futuro financeiro e qual o
caminho a seguir para conquistar a sua independência financeira total e definitiva.

Se você pudesse escolher! Quantos anos você


escolheria viver?
Com que idade você gostaria de se aposentar?
Quanto você quer ganhar mensalmente como
aposentado?
Quantos anos você tem hoje?
Estratégia para a conquista da independência
financeira:

Executar um plano financeiro de trabalho com duração……anos para viver durante…


….anos

com uma renda mensal de: R$ ………………..

No prazo de……. anos construir um capital que gerará um fluxo de caixa de:
R$......................

*** Previsão de investimento mensal necessário:

R$

*** Taxa de retorno estimada em 18% ao ano ou 1,388843 ao mês.

“Líderes que não sabem administrar com sucesso o seu dinheiro não
são, em última análise, melhores do que aquele que não ganha nenhum”
anônimo.

Este estudo tem o objetivo de fornecer algumas ferramentas essenciais para o


conhecimento dos números necessários para a conquista de sua independência
financeira. Conhecer esses números torna mais simples o estabelecimento de metas
de acordo com as possibilidades e necessidades de sua família, pois “quem não sabe
para onde está indo pode chegar a lugar que não quer estar”. Siga corretamente as
instruções que, passo a passo, conduzirão você a entender melhor a sua situação
atual e planejar o seu futuro. Bom trabalho!

1º PASSO – Conheça sua situação financeira atual!

Liste tudo de que dispõe financeiramente bem como também as suas dívidas:
ATIVO é o que você possui. PASSIVO é o que você deve.

Seu demonstrativo patrimonial:

Ativo valor
Dinheiro
Conta corrente
Poupança
Investimentos
Saldo FGTS
Bens pessoais
Veículos
Imóveis
Ações
Previdência
Total do ativo

Passivo valor
Financiamento do imóvel – saldo devedor
Financiamento do veículo – saldo devedor
Cheque especial utilizado
Cartões de crédito a pagar – saldo devedor
Créditos bancários – saldo devedor
Créditos pessoais – saldo devedor
Cheques pré-datados
Crediários
Pendências anteriores
Outros
Total do passivo

Ativo – Passivo

2º PASSO – Conheça sua receita e suas despesas!

É muito importante que você faça um diagnostico correto de sua situação financeira para poder ‘medicar-
se’ adequadamente.

Liste agora todas as suas despesas e as suas receitas:

RECEITA: Salário, bonificações, retiradas, etc.


Despesas Regulares e Fixas Valor
Prestação do imóvel ou aluguel
Condomínio
Instalações água e luz e gás
Telefone fixo, celular e internet.
Alimentação (supermercado, açougue, feira, lanches, rest,
padaria...)
Educação (mensalidade, material escolar, matrícula, etc.).
Transporte (combustível, passagens, etc).
Saúde (convênios, remédios, consultas, etc...).
Manutenção da casa, do carro, dos móveis, etc...
Seguros (vida, residência, veículo).
Mensalidades de clubes, associações, doações, etc.
Prestações (dívidas, crediários, carnês, etc).
Despesas eventuais(vestuário, presentes, livros, cds,
filmes,salão)
Impostos (IPTU, IPVA, DPVAT, IR, licenciamento, ETC).
Total dos gastos e despesas mensais

É importante que você relacione todos os seus gastos, para que você possa saber em que você mais
gasta mensalmente.

Despesas Irregulares Estimativa anual


Viagens de férias
Estacionamento, multas, pedágio, etc.
Esmolas, gorjetas, etc.
Suborno, perdas, equívocos, etc.
Exuberância irracional
Loterias, bolão, listas de casamento.
Solidariedade, deslizes
Erro contábil
Outras
Total anual
Despesas mensais estimadas = anual -:- 12
Despesas Regulares e Fixas
Despesas Irregulares
Fundo de Reserva
TOTAL REAL DAS DESPESAS

3º PASSO – Como economizar dinheiro para investir?

Observe sua tabela anterior: Em qual item você gasta dinheiro desnecessariamente? Em qual item você
pode cortar gastos?

SUGESTÃO:

• Corte suas despesas

• Pague suas dívidas


• Aumente sua renda

Fazer mais com o dinheiro que você tem.

1. A família tem que participar.

2. Faça compras com lista, sem fome e sem crianças.

3. Evite hábitos consumistas: veja vitrines sem cheques e cartões de crédito.

4.Economize com internet, combustível, luz, água, telefone, carro, etc.

5.Evite carregar dinheiro. Se for necessário faça compras a vista e pechinche.

6. Elimine os cartões de créditos e reduza o limite do cheque especial.

7. Não se endivide para presentear alguém! Organize suas compras de épocas

8. Prefira os nacionais e mais em conta,coma em casa,exercite ao ar livre.

9. Se não puder cortar os gastos, reduza a sua freqüência.

10. Adie sempre que tiver vontade de comprar algo.

11. Mantenha seu padrão quando aumentar a sua renda e aumente seus investimentos.

12. Mantenha a disciplina e foque seus objetivos.

13. Renegocie suas dívidas.

14. Disponha de patrimônio para se livrar do passivo.

15. Mude seu estilo de vida e aprenda a controlar seus gastos.

16. Esqueça o STATUS.

17. Corte suas despesas e viva de acordo com a sua renda.

4º PASSO – Calcular os números de sua Independência Financeira.

Estabeleça o valor mensal que você necessita ter como renda. Para tanto, utilize a sua tabela de
despesas e verifique quanto você precisaria ganhar hoje para viver dentro de suas possibilidades:

Valor necessário mensal

Determine o tempo em que você quer conquistar sua Independência Financeira e saiba qual o valor de
compra que seu dinheiro terá nesse tempo, considerando uma inflação media de 3,5% ao ano:

Valor líquido mensal é igual o valor necessário mensal x o índice 1*


Valor líquido mensal

Agora, calcule seu rendimento bruto mensal, considerando o imposto de renda de 10%.

Valor bruto mensal é igual o valor líquido mensal -:- 0,90

Valor bruto mensal

Estabeleça agora o montante em dinheiro que você precisará juntar para ter uma renda mensal igual o
valor bruto calculado, contando apenas com os juros desse investimento. Supondo que ele renda 18% ao
ano ou 1,388843 ao mês:

O montante necessário é igual o valor bruto mensal -:- 0,01388843

Montante necessário

SE VOCE TIVER UM CAPITAL INICIAL PARA INVESTIR

Montante A é igual o capital inicial x índice 3*

Montante A

Compare o valor dos montantes: se o montante A for maior ou igual o montante necessário, PARABENS!
Se for menor, você precisará fazer aplicações mensais:

Montante B é igual o montante necessário menos o montante A

Montante B

Parcela mensal é igual o montante B x índice 2*


Parcela mensal

SE VOCE NÃO TIVER UM CAPITAL INICIAL PARA INVESTIR

Parcela mensal é igual montante inicial x índice 2*

Parcela mensal

*Ver índice na tabela na página seguinte.

Tabela com os índices para o cálculo da sua Independência Financeira

Tempo de Índice 1 Índice 2 Índice 3


investimento (3,5%Ao
ano). (18% ao (18% ao
(em anos). ano). ano).
1 1,0350 0,077157 1,1800

2 1,0712 0,035393 1,3924

3 1,1087 0,021598 1,6430

4 1,1475 0,014794 1,9388

5 1,1877 0,010785 2,2878

6 1,2293 0,008172 2,6996

7 1,2723 0,006355 3,1855

8 1,3168 0,005034 3,7589

9 1,3629 0,004043 4,4355

10 1,4106 0,003280 5,2338

11 1,4510 0,002683 6,1759


12 1,5111 0,002299 7,2876

13 1,5640 0,001828 8,5994

14 1,6187 0,001518 10,1472

15 1,6753 0,001266 11,9737

16 1,7340 0,001058 14,1290

17 1,7947 0,000886 16,6722

18 1,8575 0,000744 19,6733

19 1,9225 0,000625 23,2144

20 1,9898 0,000526 27,3930

21 2,0594 0,000443 32,3238

22 2,1315 0,000374 38,1421

23 2,2061 0,000316 45,0076

24 2,2833 0,000267 53,1090


25 2,3632 0,000225 62,6686
26 2,4460 0,000190 73,9490
27 2,5316 0,000161 87,2598

28 2,6208 0,000136 102,9666


29 2,7119 0,000115 121,5005
30 2,8068 0,000098 143,3706
31 2,9050 0,000083 169,1774

32 3,0067 0,000070 199,6293


33 3,1119 0,000059 235,5625
34 3,2209 0,000050 277,9638
35 3,3336 0,000042 327,9973

Fórmulas: i = taxa anual

Índice 1 e 3: VC = VD(1+i/100)1 Vc = Valor corrigido

Vd = Valor desejado

n = tempo em anos

Índice 2: PM = VF[ i/100 n PM = parcela mensal

(1+i/100) – 1 VF = valor futuro

i = taxa mensal

n= tempo em meses
Livros recomendados pelo autor:
Considerações finais:

Se você vem tentando de tudo para conseguir melhorar seu patrimonio, sua conta
bancária, seu controle financeiro e não está dando resultado experimente seguir os
conselhos expostos nesse livro.
Não deixe de ler os livros recomendados no final, eles me deram o impulso necessário
para começar essa jornada rumo a minha independencia financeira, talvez seja o que
está faltando para você também.
Muitas vezes você poderá ser repreendido pelos seus amigos que não tem a mesma linha
de pensamento que os seus e eles te dirão que você só fala em dinheiro, e repetirão todas
as frases negativas em relação a dinheiro e prosperidade que você já deve conhecer,se
isso acontecer meus amigos, siga esse conselho, é hora de você trocar de amizades.
Conhece o velho ditado: digas me com quem andas que te direi quem és, sim é verdade,
a gente tende a levar a mesma vida daqueles que nos cercam, copiar uns dos outros o
mesmo estilo de vida, para ser aceito pelo grupo, se você acerta na loteria e fica
milionário, vai acabar desfazendo de todo o premio para continuar na mesma situação
de antes e não perder seus amigos, portanto se quer ficar rico procure novas amizades
com pessoas que já são ou que fazem de tudo para chegar lá, juntos é mais fácil seguir
na mesma direção, se não for capaz de ir sozinho como eu fiz, procure outras pessoas
com o mesmo objetivos e se afaste daquelas pessoas que tem pensamentos negativos em
relação a prosperidade, tenha sempre a certeza que você vai chegar lá, não sei qual é seu
número, se um milhão, dez ou quinhentos mil mas com certeza você vai chegar lá com
persistencia e determinação.
Nunca deixe de estudar tudo que te leva nessa direção, leia tudo que te impulsione para
lá, anote seus objetivos numa planilha e vai reajustando, lembre-se, não é fácil, terá que
mudar muitos planos, mas não se sacrifique demais em prol de seus objetivos, pague a
você um premio cada vez que atingir uma meta, rumo a seus objetivo final.
Conte a seus amigos que você está progredindo e divida suas experiencias, crie
entusiasmo para ir em frente e não fique olhando para tras, para o seu passado de
problemas financeiros, esqueça-os agora, rilhe o caminho do sucesso e da prosperidade
e tenha sempre em mente que a mesquinhez é o oposto da prosperidade, ninguém vai
ficar rico sendo mesquinho, guardando tudo para si, aprender a distribuir a benção é o
principal passo para o sucesso financeiro, tenha a certeza disso.
Vou dividir com vocês uma experiencia muito linda que descobri nesse caminho para a
prosperidade, o que você quer ter, primeiro você tem que dar. Exemplo: se você quer ser
respeitado, não tem que respeitar primeiro. Se quer ser amado, precisa aprender a amar.
Se quer ter dinheiro tem que aprender a doar.
Eu te garanto, quando mais você doar mais receberá.
Não vai ir numa dessas igrejas que tem por aí e doar tudo o que tem, não é isso.
Não negue uma esmola, doe pras campanhas serias que existem tantas, doe para uma
igreja que você frequenta, só não retenha tudo para si e nem seja um ganancioso.
O universo vai perceber que não está com medo de ficar pobre abrindo a mão e não vai
poupar em generosidade com você.
A melhor coisa de ser rico e perceber que você pode vestir alguem que precisa, matar a
fome de alguem e salvar alguem em apuros.
Aprenda a fazer isso de vez em quando, procure ser o anjo da guarda na vida de alguem
e sem esperar nada em troca, afinal, você não precisa.
E nunca se esqueça de agradecer a Deus pelo seu sucesso.
Fim

Você também pode gostar