Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Síntese da Sessão:
A biblioteca escolar no contexto da mudança
Foram objectivos desta sessão:
• Definir e entender o conceito de biblioteca escolar no contexto da mudança.
• Perspectivar práticas adequadas a estes novos contextos.
• Entender o valor e o papel da avaliação na gestão da mudança.
As tarefas propostas consistiram:
Numa primeira fase, com base no fornecimento de uma tabela matriz e partindo da leitura dos
textos obrigatórios e dos conhecimentos prévios dos formandos enquanto professores
bibliotecários, foi‐lhes solicitado que perspectivassem a situação actual das bibliotecas escolares
portuguesas, identificando pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças, de acordo com
um conjunto de áreas dadas.
Na fase final da sessão, foi solicitado a cada formando que seleccionasse o contributo de um dos
colegas e fizesse um comentário fundamentado à análise por ele efectuada.
Realização das tarefas:
Em relação à realização das tarefas, devemos dizer a turma esteve de parabéns. Dos 35 formandos
desta acção apenas 4 (Ana Cardoso, Graça Castro, Laura Saraiva e Luísa Martins) não realizaram as
tarefas pedidas, embora tenham participado na sessão; os restantes 31 elaboraram a tabela
matriz e fizeram, independentemente da sua heterogeneidade, algum tipo de comentário ao
trabalho de um colega. Houve ainda 8 formandos que não cumpriram o prazo na realização da
primeira tarefa e um que não cumpriu o prazo na realização da segunda tarefa.
Houve também algumas dificuldades com aspectos técnicos na realização das tarefas (envio para
fórum errado, mensagens fora do tema do fórum) que podemos considerar normais numa
primeira sessão on‐line neste modelo de formação. Dada a quantidade (taxa de execução de 89%)
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de
Bibliotecas Escolares Sessão 2
e qualidade das participações, podemos considerar que os objectivos da sessão foram plenamente
alcançados.
Os trabalhos realizados reflectiram tanto a leitura da documentação fornecida, citando
inclusivamente muitas vezes algumas frases ou expressões dos documentos, como um
conhecimento Da(s) BE que os formandos coordenam. Por outro lado, os comentários foram
igualmente bastante enriquecedores, e permitiram não só descobrir problemas e linhas de acção
comuns, como partilhar preocupações e expectativas.
Síntese do preenchimento das tabelas:
Os aspectos mais insistentemente assinalados, embora muitas vezes em áreas e categorias
diferentes da Tabela e que, por isso mesmo, aqui tivemos de agregar foram:
no que diz respeito aos aspectos críticos referenciados na literatura,
• O tipo e nível de conhecimentos, competências e atitudes do coordenador da BE
• A integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular através de um trabalho
colaborativo com os docentes e órgãos de gestão pedagógica
• O desenvolvimento de programas eficazes de promoção da leitura e de literacia de
informação, em ligação com o currículo
• A assumpção da BE como um espaço formativo orientado para o sucesso educativo, a melhoria
das aprendizagens e a construção do conhecimento
• A existência de condições de espaço/tempo para uma boa utilização da biblioteca
• A qualidade, quantidade, variedade e adequação e os sistemas de optimização e rentabilização
dos recursos documentais, designadamente através do desenvolvimento de bibliotecas digitais
e de um maior aproveitamento das potencialidades do trabalho em rede e da Web2.0
• A recolha de evidências para aferição da eficácia e impactos da BE junto do público‐alvo nos
diferentes domínios da sua intervenção
No que diz respeito às bibliotecas escolares
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de
Bibliotecas Escolares Sessão 2
• Foram sobretudo considerados os seguintes pontos fortes e/ou oportunidades:
o existência de professores‐bibliotecários a tempo inteiro e equipas de trabalho
o representação da BE nos CP
o progressos verificados em termos gerais, ao nível do número, qualificação e
apetrechamento das BE
o disponibilidade de documentação de apoio ao trabalho e avaliação das BE
o apoios financeiros da RBE e do PNL
o suporte das BM, SABE, coordenadores e interconcelhios, Grupos de Trabalho
Concelhios, etc.
o oferta de formação
o actividades de animação do livro e da leitura
o avanços no tratamento documental e práticas de circulação e itinerância de fundos
o maior inclusão nos PA, reconhecimento e valorização do trabalho da BE no domínio das
aprendizagens e da literacia de informação
o possibilidade de actualização do parque informático das BE aproveitando Plano
Tecnológico para a Educação
o boas oportunidades de desenvolvimento de novos serviços e produtos assentes nos
novos ambientes digitais e tirando partido da motivação que estes meios geram junto
dos jovens
o existência de modelo de auto‐avaliação para as BE
• Como principais pontos fracos e/ou ameaças, foram considerados, entre outros:
o resistência à mudança e inovação, e falta de tempo
o instabilidade e fragilidade em número e horas, das equipas; crédito horário insuficiente
o falta de hábitos e de uma cultura colaborativa de articulação entre a BE, os
departamentos e os docentes, e de disponibilidade para a orientação conjunta das
actividades
o fraca divulgação e utilização de modelos e standards de literacia de informação
o défice de trabalho e formação, sobretudo nas áreas das literacias tecnológica, digital e
dos media
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de
Bibliotecas Escolares Sessão 2
o necessidade de um entendimento equilibrado do papel e lugar do livro e dos outros
suportes na BE, afastando os riscos de subalternização ou de sobrevalorização de uns
em relação aos outros
o políticas de gestão de colecções pouco consistentes
o insuficiência de verbas para actualização das colecções
o burocratização do trabalho da BE
o Desadequação dos equipamentos e da formação aos novos desafios tecnológicos.
• Como principais propostas de acção, foram apontadas, entre outras:
o Melhorar condições de estabilidade e trabalho das equipas
o Melhorar a comunicação BE/docentes
o Reforçar a articulação BE/ trabalho em sala de aula
o Maior investimento na formação do professor bibliotecário, das equipas, dos docentes
e dos utilizadores, em geral
o Aumentar diálogo com os órgãos de gestão
o Melhoria de currículos e programas, da articulação curricular e do apoio dado aos
utilizadores, designadamente no âmbito das NAC e da integração da literacia de
informação nos currículos
o Aposta mais forte em novos ambientes virtuais de aprendizagem e recursos de
informação digitais
o Desenvolvimento de políticas de gestão de colecções que definam uma verba anual
para a biblioteca, esclareçam procedimentos e explorem o trabalho em rede e uma
maior partilha de recursos;
o Reforço do trabalho colaborativo com os outros parceiros (internos e externos)
o Aprofundamento do trabalho em torno da recolha de evidências, melhorando e
generalizando o modelo de auto‐avaliação, implicando mais os utilizadores na avaliação
e dando mais visibilidade, através dos seus resultados, ao trabalho do professor
bibliotecário e da biblioteca
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de
Bibliotecas Escolares Sessão 2
Reforçando os documentos fornecidos sobre os processos de gestão da mudança, os desafios que
se colocam à BE e as oportunidades que lhe compete aproveitar, finalizamos esta síntese, citando
os aspectos‐chave que por que tem de passar esta mudança:
Factores de sucesso Obstáculos a vencer Acções prioritárias
Trabalho colaborativo;
Ausência de gestão de Reforçar a cooperação/articulação
Capacidade de envolver os evidências com os departamentos,
diferentes actores. professores e alunos
Falta de recursos
TIC como ferramenta de financeiros; Criação de um efectivo ambiente
ensino e aprendizagem de aprendizagem
Falta de recursos humanos
Valorização da BE pelos Órgãos Formação
de gestão da Escola Visão tradicionalista do
papel da BE como mero Programa de literacias a integrar
Formação, capacidade de armazém de recursos ou na acção curricular
liderança e de gestão do um repositório passivo de
coordenador; informação.; Iniciativas que integrem a BE nos
projectos curriculares das Escolas
A BE como centro de Renitência face às novas
aprendizagem e de produção tecnologias por parte de Utilização e produção de recursos
do conhecimento; muitos docentes. para meios digitais;
Incorporação e disseminação Criação de documentos de recolha
da utilização das novas Resistência dos professores de evidências
ferramentas e recursos na área ao trabalho colaborativo
da informação; com a equipa da BE Difusão de boas práticas.
Avaliação baseada em
evidências do trabalho
desenvolvido
Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todos a continuação de
um bom trabalho!
Os formadores
Carlos Pinheiro
Isabel Mendinhos
Novembro de 2009