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História do origami

No ano 105, T'sai Lao, administrador no palácio do imperador chinês, começou a misturar cascas de
árvores, panos e redes de pesca para substituir a sofisticada seda que se utilizava para escrever. O
império chinês manteve segredo sobre as técnicas de fabricação do papel durante séculos, pois exportava
esse material a preços altos. No século VII, por intermédio de monges coreanos, a técnica para
fabricar papel chegou ao Japão como "um negócio da China", e um século mais tarde, os árabes
obtiveram o segredo desse processo. Na Europa a técnica chegou por volta do século XII, e dois
séculos mais tarde já se espalhava por todos os reinos cristãos.

Apenas na China e no Japão, onde desde os primeiros momentos era possível a prática de dobrá-lo, o
papel era de boa qualidade facilitando as dobraduras.. Só a partir do século XIV, a Europa conseguiu
fabricar um papel mais fino e flexível..

É certo que essa arte teve sua origem na China a partir do manuseio do papel. Mas, ao que se sabe, sua
prática não se tornou muito popular nesse país. No Japão, o origami (ori: dobrar / gami: papel)
converteu-se numa prática comum assim que o custo do papel caiu, sendo hoje considerada um
patrimônio da cultura japonesa.

A princípio tinha caráter simbólico nos rituais das cerimônias xintoístas. Os noshis, oferendas que se
faziam nos templos, eram envoltos em papel, cuja função era separar o puro do impuro. A evolução
desses envoltórios com dobras cada vez mais complexas e atraentes foi tanta que o origami deixou de ser
um meio para converter-se num fim. Assim, esses origamis foram sendo apresentados de maneiras
diferentes, seguindo algumas regras básicas, respeitadas por todos que dobravam.

Os japoneses transmitiam as figuras que criavam através da tradição oral, onde as formas eram passadas
de mãe para filha. Como nenhum desenho tinha sido registrado em livros até então,somente as
dobraduras mais simples eram mantidas. As primeiras instruções escritas sobre o Origami apareceram
em 1797 com a publicação do 'Senbazuru Orikata' (Como Dobrar Mil Garças). Só então, a partir da
fabricação do seu próprio papel, o restante da população começou a aprimorar essa arte secular do
Origami, que deixou de ser transmitida somente de pais para filhos, desde 1876, passando a fazer parte
integrante do currículo escolar desse país.

A palavra ' Origami ' foi cunhada em 1880 a partir das palavras 'ori' (dobrar) e 'kami' (papel). Antes
disto essa arte era conhecida como Orikata.

Uma das figuras representativas do origami é o grou (tsuru), que simboliza a eterna felicidade e é muito
popular entre os japoneses. O primeiro livro com instruções para dobrar – O segredo para dobrar mil
grous – apareceu em 1797 e descrevia a maneira de dobrar 49 grupos de grous unidos, às vezes com
cola, outras pelas asas.

Os árabes trouxeram o segredo da fabricação do papel para o Norte da África e, no século VIII os mouros
levaram este segredo até a Espanha.

A religião dos mouros proibia a criação de qualquer figura simbólica, de modo que as dobraduras em
papel eram usadas por eles apenas para estudar a Geometria presente nas formas e nas dobras. Depois
que os mouros foram expulsos da Europa, os espanhóis foram além dos desenhos geométricos
edesenvolveram a papiroflexia uma arte popular até hoje na Espanha e na Argentina.

As várias maneiras de se dobrarem papéis possuem diferentes siginificados simbólicos no Oriente. Assim,
pois, no Japão o sapo representa o amor, a fertilidade; a tartaruga, a longevidade, e o tsuru (ave-símbolo
do Origami), também conhecido por grou ou cegonha, siginifica boa sorte, felicidade, saúde. Diz ainda a
lenda que quem fizer mil tsurus, com o pensamento voltado para aquilo que deseja alcançar, terá bons
resultados.l.

Fonte: www.eduquenet.net e mvalentina.locaweb.com.br


0 Motivos para fazer origami
1. Desenvolvimento das habilidades motoras das duas mãos..
2. Desenvolvimento das habilidades intelectuais.
3. Desenvolvimento da criatividade
4. Ativação dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro.
5. Desenvolvimento da imaginação
6. Desenvolvimento da atenção.
7. Desenvolvimento da memória.
8. Desenvolvimento da paciência
9. Experiências estéticas e emocionais.
10. Alegira, satisfação e orgulho do seu próprio trabalho.

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Leia a tese de doutorado (PHD) dos psicólogos Katrin and Yuri Shumakov

"Inter hemisférica assimetria funcional do cérebro na dinâmica da atividade bimanual em crianças 7-11
anos durante os trabalhos com origami " Ph.D. tese por Katrin e Yuri Shumakov

Cinco perguntas sobre os benefícios do Origami


1- Quais estímulos que recebemos quando estamos fazendo uma dobradura?

Nível corporal : As duas mãos se movimentando ao mesmo tempo inviam impulsos para o seu cérebro,
e ativam os hemisférios direito e esquerdo. As zonas Táteis, visuais e motoras estão ativas.

Nível emociaonal : Suas emoções estão ativas e o trabalho é feito com alegria, satisfação e orgulho .
Esses sentimentos desenvolvem sua auto estima.

Nível mental : Sua memória, raciocínio não-verbal, atenção, compreensão espacial e a imaginação estão
trabalhando duro.

2- Qual a idade ideal para a prática do origami?

A pratica do Origami é boa para qualquer idade: crianças, jovens e adultos que começam a dobrar
sòzinhos e adultos que gostam de desenvolver a sua própria individualidade.

3- Quem pode praticar o origami?

Todos aqueles que gostam de desafios, para os que gostam de estudar algo novo, os que amam a beleza,
e para todos os que gostam de fazer trabalhos manuais.

4- Em que áreas o origami pode ser trabalhado?

Educação, Desenvolvimento, terapias

5- Quem pode usar origami para nessas áreas?

Educador, Professor, Psicólogo, Médico, Pais

Fonte: http://www.oriland.com
Versão Oriental

Origami é uma arte milenar de origem japonesa, que tem como base a criação de
formas através da dobradura de papéis, sem o uso de cortes.

Não se tem registro exato de quando surgiu o Origami, mas acredita-se ter sido um
costume religioso de épocas antigas, quando as divindades, representadas em papel,
decoravam os templos.

A prática do Origami favorece a concentração, destreza manual e paciência, além da


satisfação pessoal de poder criar formas apenas com um pedaço de papel.

Simbologia do TSURU (Grou)


A figura do Tsuru em Origami é uma das mais populares.
A sua forma básica serve de base para outras figuras de papel, desde animais até
plantas.
Antigamente costumava-se pendurar estas aves de papel, no teto, para distrair as
crianças, especialmente os bebês.
Eram oferecidas também nos templos e altares, juntamente com as orações, para
pedir proteção.
Acredita-se que originalmente elas tinham apenas a função decorativa, e só mais
tarde foram associadas às orações.
Atualmente, nas festas de Ano Novo, casamento, nascimento e em comemorações
festivas em geral, a figura do Grou está presente nos enfeites ou nas embalagens
de presentes, simbolizando saúde e fortuna.
Costuma-se dizer que esta ave é o símbolo da longevidade. Quando uma pessoa
se encontra hospitalizada, oferece-se mil dobraduras de Grou para que ela se
restabeleça o quanto antes. Ao dobrar cada figura, a pessoa deposita nela toda a
fé e esperança na recuperação do doente.
Nos monumentos a Paz em Hiroshima, onde caiu a bomba atômica há vários conjuntos de mil Grous,
vindos de todas as partes do Japão. São feitos por alunos de escolas, associações, enfim por um grupo de
pessoas que se uniram para pedir uma coisa: Paz.
Para a confecção destas mil aves é preciso união, esforço e fé de muitas pessoas formando-se assim uma
corrente de pensamento positivo.

A História de Sadako
Depois da destruição de Hiroshima em 1945, muitas doenças surgiram entre os
sobreviventes. Uma das vítimas Sadako Sassaki, com dois anos no dia da explosão,
começou a sentir os efeitos da Bomba Atômica aos 12 anos; seu diagnóstico:
Leucemia. Quando Sadako estava no hospital, um amigo trouxe-lhe alguns papéis
coloridos e dobrou um pássaro (TSURU).
Disse que esse pássaro é sagrado no Japão, vive mil anos e tem o poder de conceder
desejos. Se uma pessoa dobrar mil Tsurus e fizer seu pedido a cada um deles, seu
pedido será atendido. Sadako, começou então a dobrar Tsurus e pedir para sarar,
porém sua enfermidade se agravava a cada dia. Sadako então desejou pedir para a
Paz Mundial.
Sadako dobrou 964 Tsurus até 25/10/1955, quando morreu. Seus amigos dobraram
os Tsurus restantes a tempo para seu enterro. Mas eles queriam mais, desejaram
pedir pôr todas as crianças que estavam morrendo em conseqüência da explosão da Bomba Atômica.
Então formaram um clube e começaram a pedir dinheiro para um monumento.
Estudantes de mais de 3.000 escolas no Japão e de 9 outros países contribuíram, e em 5 de maio de
1958, o Monumento da Paz das Crianças foi inaugurado no parque da Paz de Hiroshima. Todos os anos no
Dia da Paz (06/08) pessoas do mundo inteiro enviam Tsurus de papel para o Parque.
As crianças desejam espalhar ao mundo a mensagem esculpida à base do monumento de Sadako:
Este é nosso Grito
Esta é nossa oração:
Paz no mundo
Sadako onde estiver, saiba que sua mensagem está sendo conhecida no mundo todo, esperamos que
seja também cumprida .

Matemática
A prática e o estudo do Origami envolve vários tópicos de relevo da matemática. Por exemplo, o
problema do alisamento da dobragem (se um modelo pode ser desdobrado) tem sido tema de estudo
matemático considerável.
A dobragem de um model alisável foi provado por Marshall Bern e Barry Hayes como sendo um problema
NP completo.
O problema do Origami rígido ("se o papel for substituído por metal será ainda possível construir o
modelo?") é de grande importância prática. Por exemplo, a dobragem Miura é uma dobragem rígida que
tem sido usada para levar para o espaço grelhas de painés solares para satélites.

GEOMETRIA DAS DOBRADURAS


De acordo com Rego, Rego e Gaudêncio (2003 p. 18):

O Origami pode representar para o processo de ensino/ aprendizagem de atemática um importante


recurso metodológico, através do qual os alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos
formais, adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do mundo, de objetos e
formas que o cercam. Com uma atividade manual que integra, dentre outros campos do conhecimento,
Geometria e Arte.

As dobraduras podem ser utilizadas de várias maneiras como um recurso interessante para a
exploração das propriedades geométricas das figuras planas e espaciais. A construção e utilização de
exemplos e sua análise detalhada trazem algumas sugestões, para bem aproveitar essa alternativa de
trabalho no ensino da Geometria.

A manipulação com objetos permite a construção dos modelos mentais dos diversos elementos
geométricos, tornando possível para o professor, estar incluindo um importante recurso metodológico
que é o Origami, surgido em 1980, a partir da união das palavras ori (dobrar) e kami (papel), sem
envolver colagens e cortes, para o ensino da geometria.

Explorando diferentes componentes curriculares

Matemática: Criar problemas, figuras geométricas, ângulos, linhas retas, medidas, cálculos, frações,
velocidade e tempo, plano cartesiano (batalha aérea ao invés de naval), sistema de medidas. Custos,
área e perímetro.

Português: Histórias infantis, diferentes cartas, estudo da gramática, construção de textos, redações.

Ciências: Estudos animais, ar, água, tipos de combustíveis, ventos, meios de transporte,
pressurização, aerodinâmica.

Artes: Máscaras, desenvolvimento de habilidade motora, percepção, teatro, cores, maquetes


envolvendo outras disciplinas.

Geografia: Latitude e altitude, relevo, pontos cardeais, localização, oceanos e mares, construção de
mapas e orientação solar.

História: História da navegação, origem do barco, descobrimento do Brasil, carta de Pero Vaz de
Caminha, descoberta da escrita e tipos de escritos (hieróglifos), história do Origami e do papel,
invenção do avião e da bússola.

Inglês: Tradução de palavras e textos, formação de frases.


Ed. Física: Diferentes esportes, simplesmente brincar sem regras, intervenções só por prazer (lúdico),
exercícios físicos com barco a remo.

Ensino Religioso: Limites, valores (respeito, responsabilidade, cooperação, amizade), paz x guerra,
desperdício, desmatamento, a história da arca de Noé.

REFERÊNCIAS

1. RÊGO, Rogéria Gaudêncio do; RÊGO, Rômulo Marinho;GAUDÊNCIO, Severino Júnior. A


Geometria do Origami. João Pessoa, PA: Editora Universitária/ UFPB, 2003.

2. OLIVEIRA, Fátima de Oliveira. Origami: Matemática e Sentimento. Disponível no site:


http://www.voxxel.com.br/fatima/origami/origami.pdf

3. SCANDIUZZI, Pedro Paulo. A história da geometria não contada na escola. Disponível no


site: http://www.ethnomath.org/resources/brazil/historia-da-geometria.pdf

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