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Os alunos poderão elaborar uma tabela como se apresenta na questão que se segue ou
mesmo construir um esquema que apresente o modo como se reproduzem os coelhos ao
longo de 10 meses e registar em cada mês o número de casais obtidos.
A tabela poderá logo ser elaborada na questão anterior e depois seguindo o mesmo
raciocínio ampliada até se atingir a quantidade de casais de coelhos obtidos ao fim de 1
ano de criação.
À sucessão 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, ... foi dada o nome de Sucessão
de Fibonacci, pois trata-se da sucessão de números associada à resposta do problema
formulado por Fibonacci. Trata-se pois de uma sucessão de recorrência de ordem dois
(porque parte de dois termos iniciais: u1 e u2), cuja equação de recorrência é dada por
, com u1 =1 e u2 = 1. Outra apresentação que lhe podemos dar, é
Com o que foi dito, significa que na realidade haverá pois um número máximo de
coelhos o qual não poderá ser ultrapassado, pois caso contrário porá em risco a
existência da própria espécie, se não houver predadores. Se houver predadores no
habitat dos coelhos, serão eles que poderão controlar o índice de crescimento dos
coelhos. Também as doenças quando surguem, desde que não afecte toda a população,
podem também funcionar como agente controlador da taxa de reprodução da espécie.
O que daqui se depreende é que o número de caminhos possíveis para cada célula
numericamente adjacente é um consecutivo número de Fibonacci. Se denominarmos por
o número de caminhos possíveis para a n-ésima célula, observamos que c0 = 1, c1 =
2, c2 = 3 = 1 + 2, c3 = 5 = 2 + 3, c4 = 8 = 3 + 5, c5 = 13 = 5 + 8, c6 = 21 = 8 + 13, ...
Deste modo podemos dizer que , com c0 = 1 e c1 = 1, é a
expressão matemática que nos possibilita obter o número de caminhos possíveis que a
abelha pode tomar para se deslocar para uma dada célula do favo de mel.
Com as observações acima expostas, os alunos podem então contactar que 3, 5 e 8 são
pois os 4º, 5º e 6º termos da sucessão de Fibonacci, respectivamente. Podemos deste
modo dizer que o número de folhas existentes no período destas três plantas são um
exemplo de um modelo natural dos primeiros termos da sucessão de Fibonacci.
É sabido que cada espécie de planta tem o seu próprio modelo de desenvolvimento, não
obstante estar sujeita a uma variedade ocasional dentro da espécie. Os números de
Fibonacci são encontrados quando procedemos a um estudo do arranjo das folhas - a
que se dá o nome de phyllotaxis - de algumas plantas. Existem também excepções, mas
os números de Fibonacci ocorrem com tanta frequência que eles não podem ser
explicados ao acaso. É necessário fazer um estudo que neste caso permite a intervenção
da Botânica e da Matemática, esta última que procura interpretar, com base nas suas
teorias, as particularidades ou fenómenos que se deparam no estudo do Mundo Vegetal
que a primeira procura desvendar com base nas suas técnicas e ajuda de outras ciências.
ângulo compreendido entre cada par de folhas consecutivas é 144 = . Temos pois
5 ângulos de 144 desde a folha L1 até à L6, o que perfaz os 720 que é o valor do
período.
x y = sen(x)
0 0
/2 1
0
3 /2 -1
2 0
Tabela 1: Valores da função y = sen (x)
x y = f(x)
0 0
/2 0 < y1< 1
1
3 /2 0 < y2 < 1
2 0
Tabela 2: Valores da função a descobrir y = f(x)
É preciso salientar que a função que os alunos poderão chegar não é de modo algum
única, sendo possível determinar outras tais como:
;
;
.
Os alunos com o recurso à calculadora gráfica, poderão obter a representação gráfica da
Este exercício é apenas uma simples aplicação de uma das propriedades que podem ser
descobertas entre os números de Fibonacci. Os alunos apenas terão que observar como
podemos usufruir desta propriedade para casos particulares, bem como o seu
significado.
Até aqui os alunos já conhecem que 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ... são os termos da
denominada sucessão de Fibonacci. Neste problema é pedido que descubram uma outra
sucessão que envolve igualmente estes termos: a sucessão dos quocientes entre números
consecutivos de Fibonacci.
a) Os alunos poderão identificar esta nova sucessão como bn = un+1/un, onde un e un+1
dois termos consecutivos da sucessão de Fibonacci. Desta forma, os alunos chegarão
aos seguintes resultados:
b1 = 1/1 = 1
b2 = 2/1 = 2
b3 = 3/2 = 1,5
b4 = 5/3 = 1,66...
b5 = 8/5 = 1,60
b6 = 13/8 = 1,625
b7 = 21/13 = 1,615...
b8 = 34/21 = 1,619...
...
É preciso notar que tendo em consideração o «problema dos coelhos», esta nova
sucessão dá-nos a taxa de crescimento dos coelhos por mês.
b) Os alunos, de acordo com os valores que foram obtendo em a), poderão constatar
facilmente que esta nova sucessão não é nem monótona crescente nem decrescente, logo
não é monótona. No entanto poderão afirmar que a subsucessão dos termos pares ( ) é
estritamente decrescente, enquanto que a subsucessão dos termos ímpares ( )é
estritamente crescente.
c) Primeiro que tudo convém salientar que a resposta que os alunos deverão dar a esta
questão será apenas de natureza intuitiva a partir das observações aos cálculos
efectuados.
De acordo com o comportamento das duas subsucessões (a dos termos pares e a dos
termos ímpares), os alunos poderão observar que ambas parecem convergir para um
dado limite e que esse limite será idêntico para ambas. No cálculo dos diferentes
quocientes, pode-se verificar que os valores a partir do 7º termo começam a estabilizar-
se em torno de um valor compreendido entre 1,60 e 1,62. Tendo ainda em consideração
tais cálculos, os alunos poderão afirmar que a sucessão bn é limitada: .
O primeiro passo que os alunos deverão dar é determinar qual o valor de uma aresta a
do decágono e daqui dar mais uns passos no sentido de estabelecer a conexão com os
números de Fibonacci.
Eles sabem que o seno de um ângulo num triângulo rectângulo é igual ao quociente
entre o cateto oposto e a hipotenusa, logo daqui vem que
Os alunos verão neste problema uma vez mais a relação entre a geometria e a sucessão
dos números de Fibonacci, mais propriamente o número d’ouro.
logo daqui concluem que , podendo assim afirmar que o ponto C divide o
segmento AD de acordo com a secção áurea (visto na curiosidade histórica). Mas
também pela definição de secção áurea, os alunos poderão chegar à conclusão de que
Assim, cada um dos segmentos, BC, AB, AC, AD é vezes mais largo que o segmento
precedente nesta sucessão.
Com isto os alunos podem então constatar que é possível inscrever sucessivamente
quadrados num rectângulo de ouro inicial, que a figura restante é sempre um rectângulo
d’ouro, pois basta verificar que a razão entre as medidas dos lados é verificada.
Ora, os alunos já conhecem estes resultados do estudo da sucessão dos quocientes entre
números consecutivos de Fibonacci, logo poderão inferir que a razão dos lados de
rectângulos áureos aproximam-se cada vez mais da razão áurea que é igual ao número
d’ouro.
b)Visto que 20 não é um número de Fibonacci, o primeiro jogador poderá ter a certeza
de poder vencer o jogo. Para determinar o seu primeiro movimento, ele exprime 20
como o somatório de números de Fibonacci, partindo do maior termo possível, que é
precisamente o 13, adicionando-lhe o próximo termo maior possível, 5, e depois o
próximo será o 2. Assim 20 = 13 + 5 + 2.
Todo o inteiro positivo pode ser expresso como um somatório único deste modo. Um
número de Fibonacci é expresso por um único número: ele próprio.
O último número, 2, é o número de fichas que o primeiro jogador deve retirar da pilha
para ganhar o jogo. O segundo jogador é, segundo as regras do jogo, impedido de tirar
mais do que o dobro de dois, e portanto não pode reduzir a pilha (que possui agora 18
fichas) ao número de Fibonacci, 13. Assumimos que o segundo jogador retira quatro
fichas. A pilha contém actualmente 14 fichas. Tal valor é igual à soma dos números de
Fibonacci 13 e 1, isto é, 14 = 13 + 1, e assim o primeiro jogador retirará uma ficha. Por
continuação desta estratégia ele terá a certeza que tomará no fim a última ficha,
ganhando assim a partida.
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prático presente neste tema e sua aplicação no contexto escolar