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alimentação
FLÁVIA GIANINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ela não protestou nua, nem fez greve de fome, nem abraçou
árvores, mas conseguiu uma vitória considerável para qualquer
ativista ecológico. Para provar a viabilidade da agricultura
sustentável e a importância de pensar a alimentação politicamente,
a escritora Bárbara Kingsolver e sua família viveram um ano só
comendo alimentos orgânicos que produziam na própria fazenda ou
trocavam com pequenos agricultores vizinhos.
Assim, os antigos planos para uma vida rural ficaram mais atraentes
a partir de 2004. "Bebíamos a água que as autoridades garantiam
ser potável, mas elas desaconselhavam o uso nos aquários porque
matavam os peixes", disse a filha mais velha do casal, Camille, 21,
em entrevista por telefone à Folha. A estudante de biologia garante
que a mudança foi compartilhada por todos. "Havia o plano de
produzir alimentos próprios. Mas o Arizona era um deserto com
poucas opções de culturas familiares viáveis."
Matar os frangos que criaram desde pintinhos também não era fácil.
"Conflitos morais eram inevitáveis no início, mas aprendemos a
valorizar o consumo consciente e a importância desses animais na
nossa alimentação durante o inverno", afirma Camille.
Receita possível
Site da família
www.animalvegetablemiracle.com
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1906200805.htm
Ingredientes
1 ovo batido
1/2 xícara de manteiga amolecida
1/2 xícara de açúcar mascavo
1/3 de xícara de mel
1 colher (sopa) de essência de baunilha
1 xícara de farinha de trigo integral
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de canela
1/2 colher (chá) de noz-moscada
1 xícara de abobrinha em fatias finas
340 g de gotas de chocolate
Preparo
Reserve a abobrinha e o chocolate. Junte o restante dos
ingredientes em uma pequena vasilha e mexa até obter uma
mistura líquida. Acrescente a abobrinha e as gotas de chocolate e
misture bem. Despeje colheradas da mistura em uma assadeira
untada e nivele cada biscoito com as costas de uma colher. Asse os
cookies a 175oC por aproximadamente 10 minutos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1906200806.htm
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19/06/2008 - 02h24
Julho
Uma forte chuva que durou o dia sete inteiro nos prendeu em casa,
forçando-me a voltar à minha escrivaninha onde alguns prazos
finais expiravam. Ao anoitecer, diferentemente dos últimos dias, não
estava tão esgotada com o trabalho na horta para cozinhar uma
refeição especial. Usamos vários quilos de pepinos e tomates para
fazer o primeiro gaspacho, nossa sopa fria favorita, temperada com
bastante coentro fresco. Para completar a refeição, misturamos
massa orzo morna com queijo ralado, bastante manjericão recém-
colhido e várias xícaras de abóbora em tiras. Após três meses
forçando ao máximo nossa criatividade para poder nos alimentar
localmente, chegáramos aos tempos bons.
Faz o corpo sair de casa por alguma parte de cada dia para
exercitar o coração, os pulmões e os músculos que você nem sabia
que existiam, fornecendo uma compensação saudável para aqueles
empregos de escritório que nos tornam seres inativos. Em vez de
precisar ir de carro até uma academia, subimos a colina para
levantar pesos livres com um forcado, fazer ioga de arrancar ervas
daninhas e praticar esteira de enxada. Nenhuma desculpa é válida.
As ervas daninhas poderiam sair vitoriosas.
Cultivar em casa
Se você tiver um quintal, por menor que seja, parte dele pode ser
transformado em uma horta. Você pode usar a parte mais
ensolarada para as verduras sazonais, ou escolher a opção mais
discreta de usar plantas perenes que produzem comida como parte
de seu paisagismo. As plantas frutíferas são encontradas em muitas
formas esteticamente atraentes, com escolhas apropriadas para
cada região do país.
Steven L. Hopp
Ele foi o marido ideal. Os tipos que tínhamos agora não mereciam
um segundo encontro. Ainda eram jovens, admitimos. Até mesmo
um bonitão precisa começar por algum lugar, ser enxotado para
dentro das ervas daninhas algumas vezes antes de encontrar seu
cavalheirismo interior. Examinamos minuciosamente nossos garotos
enquanto eles participaram de um jogo que decidiria sua
sobrevivência. Todos menos um acabariam sobre nossa mesa, e
não podíamos nos sensibilizar. Manter vários galos não é um ato
caridoso. Eles inevitavelmente acabam praticando um conhecido
esporte que é ilegal em 48 estados.
Então, certa manhã, ouvimos. Foi em julho, logo após transferir meu
quarto para a varanda fechada com mosquiteiro, meu ritual de
verão. As noites de verão são mornas e maravilhosas, embora seja
difícil dormir com tanta coisa acontecendo após o escurecer: grilos,
gafanhotos e vaga-lumes preenchem todos os espaços visíveis e
audíveis. As corujas emitem seus cantos de amor. Os veados às
vezes nos assustam com o estranho barulho nasal de sua chamada
de alarme. E, nas primeiras horas de uma certa manhã, enquanto
eu observava a encosta arborizada da colina passar lentamente de
cinza a verde, ouvi o que pensei ser uma nova espécie virginiana de
sapo: "Cro-oak!"
Ele sabia que eu não poderia estar falando sério. Em primeiro lugar,
os porcos são suficientemente inteligentes para impossibilitarem
seu abate. Seus olhos comunicam uma sensibilidade comovente
que os olhos das aves domésticas não conseguem, mesmo quando
criadas desde a mais tenra idade. Não precisamos de um porco
como animal doméstico.
Mas ali jazia essa pilha no balcão da cozinha, com seus parentes
apinhados em uma cesta no hall de entrada --vagando entre a horta
e a cozinha-- apenas esperando pelo sinal de que também
poderiam entrar aqui: as abobrinhas refugiadas.
O espírito do verão
Por Camille
SORVETE DE CEREJA
2 xícaras bem cheias de cerejas descaroçadas
3/4 de xícara de açúcar (ou mel a gosto)
2/3 de xícara de água
Enquanto uma pessoa descaroça as cerejas, outra pode colocar
açúcar e a água em uma panela e levar a fogo baixo. Agite até que
o açúcar dissolva completamente (a calda ficará transparente nessa
altura) e deixe a mistura esfriar. Quando as cerejas estiverem
descaroçadas, junte-as com a calda no liquidificador. Misture
lentamente até ficar homogêneo, depois refrigere a mistura até ficar
pronta para ser colocada em uma máquina de fazer sorvete.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u413299.
shtml
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