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CONTEÚDO
PROFº: PANTOJA
02 GRÉCIA - ESPARTA
A Certeza de Vencer KL 190208
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contra a dominação dos assírios, com tropas mercenárias equipadas pêlos gregos.
Portanto, estreitamente ligadas ao comércio marítimo desenvolveram-se as atividades metalúrgicas. Além delas
também se desenvolveu a produção de vinho e de azeite, que acabou por incrementar a fabricação da cerâmica,
especialmente e ânforas utilizadas para o armazenamento desses líquidos.
odas essas transformações na economia provocaram modificações na organização social. Os artesãos, por
exemplo, tornaram-se fundamentais para a economia da polis. Enriqueceram e passaram a ter acesso ao
exército - conquistaram pela riqueza a participação em uma instituição que exercia muita influência na
polis, e da qual, até então, faziam parte apenas os membros da aristocracia.
As tensões originárias das transformações sociais e das crises econômicas deram origem a reformas sociais e a
soluções políticas, que na Grécia Antiga se apresentaram segundo dois modelos: o ateniense e o espartano.
Trataremos primeiro de Atenas, por ser o modelo adotado por muitas colônias e por outras cidades que se
desenvolveram comercialmente.
Atenas
A primeira forma de governo em Atenas foi uma
monarquia na qual o rei, um chefe militar, assumia toda a
responsabilidade pelas decisões tomadas, acumulando as
funções de chefe militar, político e religioso. O rei podia
consultar uma assembléia da qual participavam outros
guerreiros e pessoas comuns, mas a decisão final era sua.
Essa forma de governo foi substituída por outra na quais
as decisões cabiam a um pequeno grupo, ou seja, constituiu-se
uma aristocracia, que quer dizer “governo dos melhores”.
A aristocracia funcionava da seguinte maneira: o rei
(basíleus) continuou a existir, mas sua função era apenas a de
presidir as cerimônias religiosas. O governo estava nas mãos de
um grupo de pessoas denominadas eupátridas (que quer dizer
“os bem-nascidos”), reunidas numa assembléia – o areópago. Para conduzir os assuntos da justiça e do exército eram
designadas duas pessoas. O responsável pela justiça era denominado arconte, e o chefe militar, polemarco.
Porém, o abuso de poder da aristocracia provocou revoltas e reivindicações entre os excluídos das decisões
políticas: os artesãos e comerciantes enriquecidos e os pequenos proprietários explorados. Essas reformas acabaram por
transformar a forma de governo aristocrático em uma democracia através do seguinte processo: Instalou-se uma crise
social, resolvida parcialmente por reformas que impediram a grande exploração dos camponeses pelos eupátridas, a
escravização por dívidas e a perda das propriedades, o que ocorria devido à escassez de terras e à perda das colheitas.
Além disso, atendendo às reivindicações, houve uma distribuição de obrigações e poder entre as várias classes sociais.
Essas mudanças, feitas pelo legislador Sólon, não eliminaram as diferenças entre as classes sociais, mas
distribuíram o poder de acordo com as riquezas, o dinheiro substituiu a terra como fonte de poder. Sua reforma
estabeleceu quatro classes de cidadãos, de acordo com a renda: a primeira, os pentakosiomédimnoi (capazes de possuir o
equivalente a 500 medidas de grãos); a segunda, os hippeï, ou cavaleiros (300 medidas); a terceira, os zeuglfai (200
medidas); e a quarta classe, os tetas, ou thétes (sem rendimento, a não ser o salário).
O exército essa divisão se fazia sentir, pois só as duas primeiras classes contribuíam com impostos específicos
para despesas militares e participavam da cavalaria, mantendo o próprio cavalo. A terceira classe (zeugítai) pagava as
contribuições ordinárias e participava da infantaria pesada, dos hoplüas, com armamento próprio. Os tetas estavam
isentos de impostos, mas tinham o direito de participar da infantaria ligeira, cujo equipamento podia custear, e de ser
remadores na marinha.
Apesar das reformas promovidas por Sólon, as tensões persistiram, favorecendo o aparecimento dos tiranos,
tanto em Atenas como nas outras cidades. Os tiranos eram aristocratas que tomavam o poder sustentados por forças
militares mercenárias e com o apoio das classes inferiores, às quais prometiam favorecer, diminuindo os privilégios da
aristocracia.
Depois do período das tiranias, surgiu um outro reformador, Clístenes, que atacou diretamente o principio do
direito familiar, que Sólon deixara intocado, e redividiu o território ateniense com o intuito de misturar pessoas de
diferentes classes sociais. Clistenes definiu três tipos de divisão administrativa:
)As tribos, as trítiase os demos, que deveriam seguir o principio da igualdade. Os demos eram a menor divisão
do território. Todos os atenienses deveriam estar registrados em algum deles. O conjunto de demos dava origem a
agrupamentos maiores, as trítias, que eram trinta: dez para a cidade, dez para o litoral e dez para o interior. As trítias, por
sua vez, eram agrupadas em dez tribos, da seguinte maneira: cada tribo compreendia todos os tipos de trítia; assim, as
tribos misturavam os cidadãos das várias regiões, reunindo pessoas da cidade, do litoral e do interior, e com diferentes
graus de riqueza. No ponto central da cidade cada tribo era representada no bouleuthérion, sede de uma assembléia
composta por cinqüenta representantes de cada tribo, perfazendo um total de quinhentos elementos, a boulé. Cada tribo
exercia o poder durante uma pritania, ou seja, uma das dez frações de tempo em que se dividia o ano, e que durava 35 ou
36 dias. Além disso, durante esse tempo, presidia uma outra assembléia, a ekklesía, composta por todos os cidadãos com
VESTIBULAR – 2009