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referência ano
Engenharia, Coordenação e 002 10
Gestão Técnica de Obras, Lda

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

fase
licenciamento
especialidade
arquitectura
projecto
UNIDADE INDUSTRIAL - TORREFACÇÃO
Travessa do Pinheirinho, A-do-Barbas, 2405-001 Maceira Lra

requerente
Maria de Lurdes dos Santos
C. M. Leiria – processos associados
P.º 1003/93, P.º 138/2004, P.º LINDAC 3/05
NIPC e Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Leiria nº 508411483 Capital Social 5.000,00€

INTRODUÇÃO

Segue-se uma nota introdutória aludindo ao histórico de elementos anteriores ao processo presente.

Resumo de Processos existentes na Câmara Municipal de Leiria

P.º 1003/93

O processo de licenciamento é aberto em Abril de 1993, por iniciativa de Maria de Lurdes dos Santos,
referindo-se «(...) à apresentação detalhada das construções existentes de uma indústria de torrefação
de amendoim, bem como as que se irão levar a efeito, escritórios e instalações sanitárias(...)». Ao
projecto de arquitectura apresentado então, encontra-se anexada uma declaração da Junta de Freguesia
de Maceira datada de 5 de Agosto de 1993: «Como a referida Senhora possui um muro e barracões, já
antigos, naquele local, que dificultam o alargamento da Rua, a Junta, em contacto verbal com a Senhora,
deliberou solicitar o alargamento do caminho com a concessão de dois metros de terreno, tendo-se
chegado a total acordo.»

A 20 de Abril de 1994, e apesar de haver já pareceres favoráveis da Autoridade de Saúde, da Junta de


Freguesia de Maceira e da Inspecção Regional de Bombeiros do Centro, o processo inicial é substituído,
mais uma vez por iniciativa de Maria de Lurdes dos Santos: «(...) venho solicitar a V.Exa se digne
substituir todo o processo inicial por um outro que se junta cinco exemplares, uma vez que ao abrigo do
Dec.25/93 e de acordo com a Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral, foram necessárias
introduzir alterações dentro do sistema fabril, conseguindo um aproveitamento maior da área existente e
um melhoramento na funcionalidade da indústria, (...)».

Rua Principal, 16A, Edifício Sol Maceira, Escr.1, Mangas, 2405-018 Maceira LRA Tel. 96 017 78 28 Tel/Fax 244 772 713 margarida.ruivaco@sapo.pt
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Com novos pareceres favoráveis da Autoridade de Saúde, Junta de Freguesia de Maceira e Direcção
Regional de Agricultura da Beira Litoral, o Departamento de Obras e Urbanismos da Câmara Municipal
de Leiria dá deferimento ao processo, projecto de arquitectura, em 4 de Outubro de 1994 com respectivo
deferimento do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Leiria a 13 de Outubro de 1994.
Do parecer da Junta de Freguesia de Maceira destaca-se: «(...) e é de referir que a requerente já
ofereceu espaço para o alargamento da rua.»

Os projectos de especialidades – rede de águas, betão armado, isolamento térmico, rede telefónica –,
são aprovados pelo Departamento de Obras e Urbanismos do Município de Leiria, de acordo com
pareceres favoráveis das respectivas entidades competentes, a 15 de Janeiro de 1995 e pelo Sr.
Presidente da Câmara Municipal de Leiria a 17 de Janeiro de 1995.

O Alvará de Licença de Utilização para o Estabelecimento Industrial é emitido a 10 de Agosto de 2001.

A 6 de Dezembro de 2002 o Departamento de Obras Particulares do Município de Leiria emite o


seguinte: «Segundo informação dada pela entidade coordenadora, realizou-se recentemente uma
vistoria ao estabelecimento industrial, tendo-se detectado alterações relativamente ao projecto aprovado.
«Ao 22 para informar:
«1) A obra cumpre com o projecto aprovado e telas finais.
«2) Em caso negativo, proceder em conformidade relativamente ao requerente e técnico responsável.»
Com data de 21 de Janeiro de 2003 surge então a informação 22: «No local verificamos que a obra não
cumpre com o projecto aprovado e condições de licenciamento, pelo que, foram feitas as participações
n.º 4019 e 4020.»

No seguimento das participações referidas e ofícios informativos ao requerente, indicando a necessidade


de apresentação de elementos que permitissem avaliar a possibilidade de legalização de obras em
desacordo com projecto aprovado, surge o Proc.º 138/04.

P.º 138/04

Na sequência do Proc.º 1003/93, a 12 de Janeiro de 2004 é apresentado por Maria de Lurdes dos
Santos na Câmara Municipal de Leiria o Projecto de Arquitectura para legalização de obras de
alterações ao projecto aprovado. É acompanhado pela declaração da Junta de Freguesia de Maceira, de
5 de Fevereiro de 2003: «(...) o barracão que a Senhora Maria de Lurdes dos Santos, possui na
Travessa do Pinheirinho, no lugar de A-do-Barbas, desta Freguesia de Maceira, junto ao Caminho
Público e anexo à Indústria de Torrefacção, foi reconstruído em 1993 com autorização da Junta de
Freguesia de Maceira, nos termos acordados entre as duas partes, conforme declaração enviada à
Câmara Municipal de Leiria, junta ao processo de obras n.º 1003/93.»

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Com parecer favorável da Junta de Freguesia de Maceira, o projecto é indeferido: «1. Da análise do
projecto verifica-se que não são cumpridos os afastamentos regulamentares à via pública, previstos no
art.º 26.º do Regulamento do Plano Director Municipal;
«2. Existem divergências entre as confrontações registadas na certidão da Conservatória do Registo
Predial e as delimitadas em planta;
«3. Não apresenta documento comprovativo em como o processo de licenciamento industrial se
encontra devidamente instruído pela entidade coordenadora (Direcção Regional da Agricultura da Beira
Litoral) nem apresenta cópia da autorização de localização.»

Assim, apresentou-se a declaração da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral de 11 de


Novembro de 2004, comprovando a entrada nesses serviços do pedido de licenciamento industrial
devidamente instruído em nome de Maria de Lurdes dos Santos & Filhos, Lda.

P.º LINDAC 3/05

A 18 de Outubro de 2004 é apresentado na Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral o Projecto


de Licenciamento Industrial para «Indústria – Descasque e transformação de frutos de casca rija –
Comestíveis». A este encontram-se anexadas cópias do Alvará de «(...) instalação de armazenagem de
produtos derivados de petróleo bruto, Reservatórios – Comb. Gasosos (GPL) (...)» emitido pela Direcção
Regional do Centro do Ministério da Economia a 12 de Maio de 2003, bem como da comunicação do
parecer favorável emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro do
Ministério das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional a 15 de Dezembro
de 2004 (despacho de 6 de Dezembro de 2004). Apresentam-se ainda cópias do parecer favorável de 26
de Novembro de 2004 do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho –
Delegação de Leiria, bem como da Autoridade de Saúde do Concelho de Leiria a 3 de Novembro de
2004.

Deste modo é emitido o parecer final da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral a 30 de
Dezembro de 2004, aprovando o projecto e concedendo licença de instalação.

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Localização e área do edifício

O edificado que se descreve no processo que se apresenta tem como destino o licenciamento e
legalização de alterações e ampliações efectuadas em unidade industrial no lugar de A-do-Barbas,
freguesia de Maceira, concelho de Leiria.
Os edifícios em causa têm uma área bruta de construção de 516,72m².

Implantação

A implantação do edificado é viabilizada face à regulamentação aplicável dada a sua inclusão em tecido
consolidado. O edifício que não cumpre o afastamento ao eixo de via, de data anterior à vistoria que
concede a licença de utilização, localiza-se na zona de muros e barracões antigos, que dificultavam o
alargamento da rua. Assim, foi reconstruído após a cedência acordada de área para o alargamento da
estrada. O requerente não apresentou qualquer projecto prévio, dada a sobreposição parcial com o
preexistente, então demolido. Esta situação é atestada pela Junta de Freguesia de Maceira, que
confirma a demolição de barracões antigos, a cedência para o alargamento da estrada e posterior
reconstrução, conforme acordado.

De referir ainda que o redução de largura da estrada não é feito neste local, mas sim a montante e que
se trata de uma rua sem saída e de serventia apenas às propriedades confinantes. Para todos os efeitos
está garantida a circulação de veículos pesados, como os que são afectos ao transporte das matérias-
primas e produtos acabados.

Valores de referência

• área bruta de construção: 516,72m²

• área útil total: 460,02m²

• área de implantação: 502,05m²

• altura máxima do edifício: 7,31m


• n.º de pisos abaixo da cota de soleira: 0
• n.º de pisos acima da cota de soleira: 2
Índices: espaço urbano, área habitacional ou residencial – índice aplicado 0,6
Confrontações:

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EDIFICAÇÃO

Descrição geral

O edificado existente é utilizado como Unidade Industrial de Torrefacção de Amendoim e Produção de


Outros Aperitivos.
Os edifícios encontram-se associados à moradia da requerente, ainda que sem continuidade espacial
entre os mesmos.

No piso térreo funcionam as diversas áreas de armazenamento, produção e embalagem, bem como uma
área de lavagem e instalações sanitárias. No piso superior funciona apenas o escritório e áreas sociais
de instalações sanitárias com vestiário e balneário.

Os elementos de suporte, enchimento e revestimento manter-se-ão inalterados, procurando dar


cumprimento às exigências funcionais estabelecidas para o efeito.

Quadro de áreas

piso 0
# designação área útil [m2]
01 armazém de matéria-prima 24.48
02 embalagem 46.73
03 armazém de produto acabado e embalado 52.58
04 torrefacção de amendoim com casca 69.55
05 armazém de matéria-prima 116.05
06 fornos para pistácio e pevides 65.76
07 alpendre de lavagem 54.90
08 instalações sanitárias 4.34

área útil piso 0 434.39

piso 1
# designação área útil [m2]
09 acolhimento 15.01
10 instalações sanitárias 1.97
11 instalações sanitárias com vestiário e balneário 8.65

área útil piso 1 25.63

área útil TOTAL 460.02

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Aspectos Construtivos

Os elementos de suporte, enchimento e revestimento manter-se-ão inalterados, procurando dar


cumprimento às exigências funcionais estabelecidas para o efeito. Os edifícios existentes têm uma
construção do tipo tradicional, com estrutura mista de betão e metal, alvenaria de tijolo rebocado e
pintado, com as áreas húmidas interiores devidamente revestidas a materiais impermeáveis.

CONCLUSÕES

Em tudo o mais que não foi definido na presente memória e nos desenhos complementares, são
respeitadas as normas específicas e demais portarias. Pede-se assim deferimento.

O Técnico Responsável

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