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ÍNDICE

Introdução……………………………………………………………………………......1

Objectivos………………………………………………………………………………..2

Metodologia……………………………………………………………...………………2

Memória descritiva e justificativa……………………………………………………….3

Especificações técnicas…………………………………………………………………..7

Memória de cálculo…………………………………………………………………….19

Referencias bibliográficas……………………………………………………………...47

Anexos………………………………………………………………………………….48

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1. INTRODUÇÃO
O presente projecto insere-se no âmbito da disciplina de Construções Metálicas
e de Madeira e destina-se a construção de uma estrutura de atravessamento da
conduta adutora a ser construída sobre o Rio Incomati no distrito da Moamba na
Província de Maputo.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivos gerais

Permitir a melhor aplicação das meterias teóricas com vista a aproximar o


estudante a vida do dia-a-dia do engenheiro.

2.2.Objectivos específicos
 Fazer o dimensionamento dos diversos elementos que compõem a estrutura de
atravessamento da conduta adutora;
 Elaboração e desenho peças relacionadas com a estrutura de atravessamento da
conduta adutora;

3. METODOLOGIA

O presente trabalho foi feito na base dos conhecimentos adquiridos em:

 Pesquisas feitas na internet;


 Bibliografias especializadas e recomendadas;
 Perguntas feitas aos engenheiros que leccionam a disciplina de CMM;

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4. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

4.1.LOCALIZAÇÃO DA OBRA

Refere-se a presente memória descritiva e justificativa, ao projecto de construção de


uma estrutura de atravessamento da conduta adutora, no distrito da Moamba, província
de Maputo.

4.2. CARACTERÍSTICAS E CONDICIONANTES DO LOCAL

A fim de manter a navegabilidade actual do rio Incomáti, pretende-se que a estrutura a


projetar tenha um vão de 50m e com estrutura em uma viga simplesmente apoiada e
com comportamento isostático, com disposição que formarão uma secção rectangular
composta e no seu interior na parte inferior é que será instalada conduta.

Tanto a largura como a altura da secção transversal da viga, foram pensadas para além
dos condicionantes de segurança estrutural e de funcionalidade para permitir o acesso
das pessoas para montagem da tubagem e posteriormente a manutenção, tanto da viga,
como do sistema estrutural.

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4.3. ARQUITECTURA

O projecto foi executado com a disposição interna previamente estudada para que se
obtivesse a funcionalização desejada e uma construção económica.

4.4. IMPLANTAÇÃO
Deverá ser feita a rigor, segundo a planta de implantação e respeitando as
prescrições
locais. Foi dada especial atenção à implantação a adotar para a ponte, tendo em
conta o seu impacto, quer em planta, quer em perfil.

Após serem equacionadas várias alternativas para o alinhamento da ponte, optou-se pelo
traçado representado na figura abaixo.

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4.5. MATERIAIS E PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO
4.5.1. LIMPEZA DO TERRENO

O terreno deverá ser desmatado e/ou limpo, mas dever-se-á ter em conta que apenas
serão removidas as árvores que estiverem localizadas dentro do perímetro da
construção.
Dever-se-á ter atenção ao destroncamento de raízes e ao tratamento a ser dado
(saneamento devido) a fossas sépticas, depósitos de lixos, drenos ou latrinas que
eventualmente poderão existir no perímetro da obra.

4.5.2. MOVIMENTO DE TERRAS

Poderão ser feitos manual ou mecanicamente segundo o desejo do empreiteiro.


As escavações deverão ser levadas às profundidades indicadas nos desenhos e com
as
áreas necessárias à correta execução dos trabalhos.
Antes da execução das fundações, os leitos das escavações deverão ser regularizados
e
compactados a maço ou por meios mecânicos, de acordo com o empreiteiro.
Os aterros deverão ser compactados e construídos por camadas de terra isentas de
quaisquer substâncias de natureza orgânica, com humidade e espessuras adequadas à
energia de compactação disponível pelo empreiteiro, maços, cilindros ou placas
vibradoras.

4.5.3. FUNDACOES

Foram projectadas fundações directas com maciços de fundação em betão armado da


(B25/A400).

4.5.4. ESTRUTURA METÁLICA


A estrutura Metálica da estrutura de atravessamento da conduta adutora será
executada segundo os cálculos de estabilidade.

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4.5.5. CONDUTA ADUTORA

A conduta será montada na parte interior da treliça e fixada por meio de abraçadeiras
apropriadas. Esta será em tubo de aço DCI com revestimento em betume com 300 mm
de diâmetro.

4.5.6. ACABAMENTOS

Estrutura metálica

A estrutura metálica será pintada com tinta apropriada, resistente aos agentes
atmosféricos e que garanta a devida protecção contra a corrosão do aço.

Conduta de aço (DCI)

A será revestida interiormente com betume e exteriormente por tinta apropriada,


resistente aos agentes atmosféricos e que garanta a devida protecção contra a corrosão.

4.6. SEQUÊNCIA DO PROCESSO CONSTRUTIVO

Equacionando as características específicas do local e da estrutura, o processo


construtivo sugerido consiste nas seguintes fases:

1. Limpeza do local;

2. Construção de aterros nas margens do rio;

3. Execução das fundações;

4. Montagem da estrutura metálica;

5. Colocação da conduta;

6. Construção dos acessos

7. Pinturas e restantes acabamentos;

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5. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

5.1. I – GENERALIDADES

As especificações seguintes referem-se à execução do Projecto de Construção de uma


estrutura de travessia de uma conduta adutora no distrito da Moamba na província de
Maputo.

OBJECTIVOS

O objectivo das especificações que a seguir se apresentam é de definir em geral, os


procedimentos a seguir durante a realização dos trabalhos. Nos aspectos omissos, o
Empreiteiro é obrigado a usar a boa prática de Engenharia.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS – NORMAS E ESPECIFICAÇÕES

Todos os materiais e equipamentos a serem incorporados nos trabalhos e na sua


fabricação deverão estar de acordo com as Normas e Especificações aplicáveis,
estabelecidas e aprovadas no país ou, quando não o forem, devera ser convenientemente
justificado.

MOBILIZAÇÃO/DESMOBILIZAÇÃO

O Empreiteiro deverá fornecer e manter as instalações necessárias para executar os


trabalhos de acordo com as normas aplicáveis e boa prática de engenharia. Admite-se
que o Empreiteiro, para formular a sua proposta, se tenha inteirado completamente das
condições locais, não só em tudo o que possa ser considerado como condicionamento de
produção, mas como também do actual estado de estrutura e das instalações existentes,
pelo que não serão aceites quaisquer reclamações sobre eventuais dificuldades que
possam surgir na execução dos trabalhos por alegado desconhecimento e/ou
insuficiência de informação. Da mesma forma, deverá o Empreiteiro, para a elaboração
da sua Proposta, procurar inteirar-se, junto do dono da obra, da melhor localização para
o estaleiro da obra.

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TRABALHOS PRELIMINARES

Na presente secção são definidas as condições técnicas relativas aos trabalhos


preparatórios ou acessórios a serem executados pelo Empreiteiro dentro do âmbito da
Empreitada.

Nesta secção não se apresentam todas as condições relativas às instalações,


equipamentos e obras auxiliares e trabalhos preparatórios.

 Sinalização das áreas de trabalho

O Empreiteiro procederá à sinalização de toda a área afectada pelos trabalhos, limitando


o acesso a pessoas estranhas pela introdução de uma vedação. A solução deverá ser
aprovada pela Fiscalização.

 Placa da obra

O Empreiteiro procederá à montagem de uma placa de obra metálica em local a acordar


com a Fiscalização. Esta placa deverá conter em forma visível a informação respeitante
ao dono da obra, Financiador, Fiscalização, Empreiteiro e Projectista e será aprovada
pela Fiscalização.

 Instalação para escritório

O Empreiteiro deverá providenciar instalações de escritórios para o seu pessoal e para a


Fiscalização.

Os escritórios deverão ter água potável canalizada.

O Empreiteiro também deverá providenciar sanitários para o seu pessoal e para a


fiscalização.

O empreiteiro deverá garantir a limpeza e manutenção dos escritórios e sanitários.

O Empreiteiro deverá providenciar um armazém coberto para guardar equipamentos e


materiais, devendo este ser aprovado pela Fiscalização.

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 Vazadouro e/ ou depósito

Constitui obrigação e encargo do Empreiteiro levar a vazadouro ou a depósito os


produtos resultantes das operações de:

 Solos sobrantes dos movimentos de terra;


 Limpeza;
 Outros quaisquer que resultantes dos trabalhos se encontrem no estaleiro
sem utilidade.

 Material removido

Todo o material eventualmente removido é propriedade do dono da obra. Este ou o seu


representante dará indicações sobre o destino a dar a esses materiais.

 Ordem de execução das actividades

As catividades decorrentes da construção da estrutura de travessia da adutora devem ser


organizadas e sequenciadas de modo funcional.

5.2. II – MOVIMENTOS DE TERRA

ESCAVACAO MECÂNICA
Os serviços de escavação mecânica deverão ser executados a 6 metros das margens do
rio. A escavação servirá para a colocação dos maciços. Esta folga é necessária para os
serviços iniciais da estrutura.

5.3. III - BETÃO SIMPLES OU ARMADO

OBJECTIVO

A presente especificação estabelece as condições técnicas gerais a que devem satisfazer


os materiais, o fabrico, o transporte, a colocação e cura do betão de cimento a utilizar
em obras de betão simples ou armado a que se não exigem técnicas especiais.

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NORMAS DE EXECUÇÃO

Os materiais a utilizar e as regras de execução devem obedecer ao expresso na


especificação e às normas e regulamentos oficiais em vigor.

MATERIAIS

 Cimento

Salvo determinação expressa em projecto, o ligante a empregar deverá ser de presa


normal. Só será admitida a utilização de cimento que se encontre em boas condições de
aplicação. Não é autorizado o uso de ligante com elevadas temperaturas resultantes de
fabrico, com grânulos endurecidos que se possam desfazer com a pressão dos dedos; ou,
qualquer outra característica que ponha em perigo o tipo, classe e qualidade do betão
pretendido.

 Recepção e Armazenamento

O cimento poderá ser recebido no estaleiro em sacos de linhagem ou de papel


impermeabilizado. Os sacos devem ser armazenados em lotes, correspondentes a cada
fornecimento, para permitir o seu emprego por ordem cronológica e para facilitar a sua
identificação em face de eventuais ensaios de recepção. Os sacos serão conservados até
à sua utilização em armazém, ou contentor exclusivamente destinado a esse fim,
devidamente fechado, coberto e pavimentado com um estrado ligeiramente sobrelevado
do chão, contendo todas as disposições necessárias para evitar a ação da humidade.

 Dosagens Mínimas
A dosagem mínima de cimento a empregar na fabricação de betão, deve ser estabelecida
por estudos prévios, tendo em vista a resistência, durabilidade, agressividade do meio,
impermeabilidade, trabalhabilidade de um betão da classe especificada no projecto.
Quando não forem realizados estudos prévios de composição do betão, para que este
possa ser considerado da classe B20, terá de ser fabricado com a dosagem mínima de
300 kg de cimento Portland Normal por metro cúbico de betão.

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 Água

A água a empregar nas amassaduras ou na lavagem de inertes, deverá ser doce e limpa,
isenta de substâncias orgânicas, de cloretos, sulfatos e outros sais em percentagens
prejudiciais, bem como óleos ou outras impurezas. As águas captadas na zona das obras
poderão ser utilizadas, desde que obedeçam aos documentos normativos sobre o seu uso
e após aprovação da Fiscalização.

 Areia

Considera-se areia, o inerte resultante da desagregação de rochas, natural ou provocada,


composto por partículas de dimensões compreendidas entre 0,06 e 5 mm de diâmetro. A
areia a empregar no fabrico de betão, deverá, de preferência, ser natural, de grãos
siliciosos e arredondados, sem conter elementos alongados ou achatados. A curva
granulométrica da areia deve englobar, quase na totalidade, o intervalo das dimensões
de areias apresentado, ou seja, não será permitido o uso somente, nem de areias muito
finas, nem muito grossas. Deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a
boa ligação com os outros materiais, tais como: argilas (especialmente as aderentes ao
grão ou em nódulos), mica, carvão, conchas, detritos, partículas vegetais ou outras
matérias orgânicas, cloretos, sulfatos, ou outros sais em percentagem prejudicial. A
Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em
condições ou promover a remoção imediata do material rejeitado por encargo do
Empreiteiro.

 Pedra

A pedra para o fabrico de betão poderá ser obtida por britagem ou pela simples extração
de depósitos naturais. Sempre que possível, deverá ser dada preferência à pedra britada.
Britas provenientes de rochas ígneas, poderão ser aceites, quando satisfaçam o exigido
nos documentos normativos. Pedra proveniente de depósitos naturais deverá tanto
quanto possível, ser de natureza siliciosa, e as superfícies não devem apresentar-se
excessivamente polidas. A pedra a utilizar deverá ser isenta de quaisquer substâncias
que prejudiquem a boa ligação com os outros materiais, tais como: argilas,
(especialmente as aderentes à pedra ou em nódulo), mica solta, carvão, detritos,

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partículas vegetais ou outros materiais orgânicos, cloretos, sulfatos ou outros sais em
percentagens prejudiciais. Deverá ser rija, apresentar especto homogéneo, não ser
margosa nem geladiça, porosa ou quebradiça, alongada ou achatada. A pedra deverá ser
separada ou ensilada por granulometrias, de forma a não se misturarem no decorrer dos
trabalhos. A dimensão máxima da pedra deve ser de 1 ½’. A Fiscalização pode impedir
a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições ou promover a
remoção imediata do material rejeitado, por encargo do Empreiteiro. A Fiscalização
poderá permitir a lavagem da pedra, quando se verificar que da lavagem resulta a sua
recuperação. No caso de a pedra ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente
deverá ser usada água doce, potável.

 Armazenamento de Inertes

Os inertes das diversas categorias devem ser armazenados separadamente por lotes,
tomando-se os cuidados necessários para que não haja mistura dos inertes entre si ou
com substâncias estranhas. Cada lote não deverá conter mais de 10% em peso, de
partículas fora das suas dimensões limites, nem mais de 10%, também em peso, de
elementos lamelares.

 Humidade dos Inertes

A humidade dos inertes, na ocasião do fabrico do betão, deve ser tão uniforme quanto
possível. Esta humidade, medida pelo teor em água total, deve ser devidamente tida em
conta no estabelecimento da quantidade de água a utilizar na amassadura em face da
dosagem fixada na composição do betão.

CARACTERÍSTICA DOS BETÕES

 Composições do Betão

As composições do betão devem ser estabelecidas de modo que satisfaçam as


características que a sua utilização impõe - tipo, classe e qualidade - tendo em atenção
os componentes disponíveis, as condições particulares de fabrico, transporte, colocação
e cura. Qualquer que seja a composição do betão a utilizar, ela carece da aprovação da

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Fiscalização, que poderá exigir a apresentação dos estudos que conduziram às dosagens
propostas para cada um dos componentes.

FABRICO DO BETÃO

 Medição dos Componentes

A medição dos ligantes deve ser sempre efetuada por pesagem ou por número de sacos
de embalagem de origem. De igual modo, a medição dos inertes deve ser feita em peso,
podendo, em casos a aprovar pela Fiscalização, ser feita em volume. A precisão da
medição dos componentes a utilizar em cada amassadura, deve ter em conta, a
qualidade do betão que se pretende.

 Amassadura

O Empreiteiro é obrigado a equipar-se com os meios necessários à satisfação das


quantidades de betão a colocar. Todos os betões, qualquer que seja o seu tipo ou a sua
aplicação, serão fabricados mecanicamente. Deve utilizar-se equipamento que promova
a mistura homogénea dos componentes e que não dê lugar à segregação, assentamento
ou fratura dos inertes. A saída das amassaduras das betoneiras deve ser feita com esta
em rotação, e, de modo a não provocar a desagregação total ou parcial dos materiais.

BETONAGEM

 Plano de Betonagem

Antes do início das betonagens, o Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o plano


das betonagens a executar, onde se indique, claramente, a localização das juntas de
trabalho.

 Transporte

Os processos a utilizar para o transporte ou o transbordo do betão, desde a descarga da


betoneira até ao local de aplicação, deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização.
O intervalo de tempo entre a amassadura e a colocação do betão deve ser o menor
possível, com o limite máximo de 20 minutos. Não será permitido qualquer processo de
transporte ou transbordo que possa causar segregação, assentamento ou fratura dos

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inertes, excessiva secura, exagerada exposição à chuva e ao sol ou quaisquer outros
inconvenientes que prejudiquem a sua qualidade. No caso de evidência de segregação, o
fiscal pode rejeitar a amassadura. As amassaduras rejeitadas devem ser inutilizadas.

 Colocação

Os meios a utilizar para colocar o betão "in situ", deverão estar em correspondência
com as restantes instalações, com os volumes exigidos, o tipo, classe e qualidade de
betão, bem como, o local da sua aplicação. Só se deverá colocar o betão no espaço que
o irá conter, depois de se verificar que este está em condições de o receber.

A colocação deve ser efetuada de modo a evitar a segregação e desagregação do betão e


em condições de temperatura e humidade, que permitam que a presa e o endurecimento
do betão se realizem normalmente. O enchimento deve processar-se tanto quanto
possível de modo contínuo. No caso da interrupção, a escolha da localização desta e a
preparação da superfície de betão para o recomeço da colocação, devem ser objecto de
cuidados especiais. O enchimento deve fazer-se por camadas de espessura
proporcionada aos meios de compactação. Em caso algum a espessura das camadas
deve exceder 50 cm. O espalhamento do betão para formar estas camadas, poderá ser
efetuado por meios manuais ou mecânicos, mas nunca por vibração. Todas as operações
de transporte, depósito e colocação propriamente ditas, deverão realizar-se antes de se
iniciar a presa do betão. Durante a colocação e a posterior compactação do betão, não
será permitido transitar directamente sobre as armaduras, se as houver, ou, por qualquer
outra forma, modificar a sua posição em relação aos elementos estruturais.

 Compactação

Salvo determinação em contrário, todo o betão será compactado com vibração mecânica
à massa ou, no caso de peças pouco espessas, com vibração especial por meio de águas
ou chapas vibradoras, ou ainda, nos casos justificáveis e devidamente autorizadas pela
Fiscalização, por qualquer sistema de vibração a cofragem. A vibração deverá ser
caracterizada por alta frequência e pequena amplitude. O número, a massa e a potência
dos vibradores deverão estar de acordo com o volume de betão a vibrar. Cada camada
deve ser vibrada até que, depois de obtido o refluimento da água e das partículas mais
finas, cesse a libertação de bolhas de ar. A compactação do betão deve, portanto, ser
feita de modo que o betão venha a constituir, dentro dos moldes, uma massa
homogénea. Após a desmoldagem ou descimbramento, as superfícies do betão deverão
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ficar sem pedras à vista, ninhos de pedras, poros, concavidades ou convexidades. O
tempo para a desmoldagem das peças de betão após a sua betonagem completa e início
de processo de cura é de 2 dias para os pilares e 7 dias para as vigas.

 Interrupção de Betonagem

Não serão permitidas as interrupções da betonagem por períodos superiores a 1 hora.


Períodos de tempo superior ao indicado, poderão ter que ser encerrados como juntas de
trabalho ou de betonagem.

 Juntas de Trabalho ou de Betonagem

Quando houver necessidade de criar juntas de betonagem, estas devem ser localizadas,
tanto quanto possível, nas secções menos esforçadas das peças e ter orientação
sensivelmente perpendicular à direcção das tensões principais de compressão. O
empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização, o plano de localização das
juntas, caso estas não se possam evitar.

CURA DO BETÃO

A cura deve processar-se em condições que favoreçam a presa e o endurecimento do


betão. Para tal, tomar-se-ão logo após a betonagem, as medidas convenientes face à
temperatura do ambiente ou outros factores que possam provocar a perda de água do
betão ou que impeçam a sua reacção com o ligante. Os cuidados a ter com a cura do
betão deverão ser objecto de aprovação da Fiscalização. Em qualquer circunstância e
nada sendo determinado em contrário, deverão ser observadas as normas seguintes:

- Perda de água do betão por evaporação deve ser evitada, usando-se os seguintes
meios;

- Manter as superfícies do betão protegidas pelos moldes, não os retirando


prematuramente;

- Quando os moldes forem permeáveis, conservá-los humedecidos;

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- Revestir as superfícies pelas quais se dá a evaporação, com materiais
impermeáveis ou com materiais humedecidos;
- Manter continuamente molhadas as superfícies expostas.

As medidas de protecção contra a perda de água por evaporação devem ser mantidas,
durante os seguintes períodos, a partir da betonagem:

- betões de cimento "Portland" de ferro 7 dias;

- betões que utilizem outros ligantes 14 dias;

5.4. IV - AÇOS EM ARMADURAS

4.1 OBJECTIVO

Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre a
execução e colocação de armaduras de aço correntes em obras de betão armado.

4.2 GENERALIDADES

As classes e características dos aços deverão obedecer às condições estipuladas no


"REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO", Decreto nº47723, de
20 de

Maio de 1967 rectificado pelo Decreto nº47842, de 11 de Agosto de 1967. As classes e


diâmetros a utilizar, serão os calculados de execução do projecto. As armaduras devem
ser executadas dentro das tolerâncias dimensionais admissíveis. Durante o período de
betonagem, dever-se-á evitar o mais possível a deslocação e deformação das armaduras.
Será por isso obrigatória a utilização de arames recozidos a fim de atar os varões das
armaduras, de forma a manter entre os varões o posicionamento e o afastamento
indicado em projecto, como também, de forma a que o conjunto de armaduras apresente
a rigidez suficiente para não sofrer deformações, além das tolerâncias admissíveis, quer
durante a betonagem e a respectiva vibração e compactação, quer durante as operações
complementares da betonagem. Recorrer-se-á a ferros complementares, mesmo quando
não indicados em projecto, sempre que necessários à manutenção da indeformabilidade
necessária às armaduras. De igual modo, recorrer-se-á a calços, os quais serão
intercalados entre as armaduras e a face interior dos moldes, que assegurem o

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recobrimento regulamentar as armaduras ou o indicado em projecto, quando este for
superior à dimensão de recobrimento regulamentar. De preferência, estes calços serão
pré-fabricados com material que possa ficar incorporado na peça a betonar - desde que
não interfiram na sua estabilidade - de espessura constante e contendo já o arame de
atar. Os varões colocados em obra devem estar convenientemente limpos de ferrugem
solta, de qualquer material destacável, de matérias orgânicas, óleos ou outros materiais
que possam afetar a aderência dos varões ao betão ou a sua durabilidade.

4.3 EXECUÇÃO

As dobragens dos varões devem seguir o especificado na regulamentação em vigor. Os


ganchos terminais dos varões lisos devem ter a forma semicircular, com os diâmetros de
curvatura mínimos pelo menos igual a quatro vezes o diâmetro do varão. A amarração
dos varões, salvo indicação expressa do projectista, deverá ser feita, prolongando-se dos
comprimentos de amarração indicados na regulamentação em vigor e que são expressos
em diâmetros dos varões. As amarrações dos varões do tipo liso, serão terminados por
ganchos, excepto em armaduras longitudinais de pilares quando as armaduras não
estejam especialmente indicadas em projecto. Nas amarrações de varões de tipo
nervurado é dispensável o uso de ganchos, excepto no caso de armaduras de tirantes. Os
varões devem ser emendados o menos possível. As emendas a executar sê-lo-ão em
zonas em que a tensão seja relativamente baixa. Numa mesma secção não será
permitida a emenda de mais do que um terço dos varões lá existentes. Nas emendas por
sobreposição, os comprimentos de sobreposição dos varões, devem, no mínimo, ser os
indicados no quadro correspondente aos comprimentos de amarração, sendo obrigatório
que os varões do tipo liso, terminem por ganchos, excepto no caso dos pilares. Secções
consecutivas onde existam emendas por sobreposição, devem ficar separadas pelo
menos de uma distância igual ao comprimento de amarração dos varões. Estas emendas
devem ficar sempre convenientemente envolvidas por armaduras transversais (estribos
ou cintas). Dever-se-á ainda evitar o contacto direto entre varões, pois tal conduz, regra
geral, a dificuldades em realizar o conveniente envolvimento das armaduras pelo betão.

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5.5. V -PERFIS DE AÇO LAMINADO

Perfis INP e L de abas iguais

5.1 OBJECTIVO

Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre a
execução e colocação dos perfis INP e perfis L de abas iguais

GENERALIDADES

Os tipos e características dos aços deverão obedecer às condições estipuladas no


"REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE AÇO PARA EDIFICIOS”.

5.3 EXECUÇÃO

 Ligações soldadas e aparafusadas

Deverão ser executadas de acordo com o especificado no capitulo V do REAE (Regulamento


de Estruturas de Aço para Edifícios)

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3. MEMÓRIA DE CÁLCULO
3.1.ACÇÕES

3.1.1. Acções permanentes

3.1.1.1. Tubo

De acordo com o catálogo de aço DCI, o tubo adutor que será de aço do tipo DCI tem
um peso próprio de 50.8 kg/m equivalente a 0,5 Kn.

3.1.1.2. Pavimento metálico

O pavimento escolhido para a estrutura destina se ao suporte do tubo e dos operários


durante a construção. Este elemento será fixado na estrutura constituindo desta forma
uma carga permanente. De acordo com as tabelas técnicas ( Brazão Farinha) para
atender as exigências do projecto foi escolhida uma grelha metálica de abertura igual a
3 3 . O peso próprio deste material foi de a 0.24 kN/ .
Este resultado é demonstrado a seguir:

3.1.1.3. Perfis

O peso dos perfis faz parte do peso próprio, até esta fase o seu valor é desconhecido
porque ainda não foi feito o pre-dimensionamento. Ao longo do trabalho esta carga foi
incluída na verificação dos estados limites últimos, todas as vezes que se alterava de
secção dos perfis, a carga devido ao peso próprio dos perfis era actualizada.

3.1.2. Acções variáveis

3.1.2.1. Sobrecarga

Com base no Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edificios e Pontes


(RSA) no artigo 35.o a acção variável considerada devido a eventuais movimentações
dos operários e outros agentes sobre a estrutura foi de 2 kN/ .

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3.1.2.2. Vento

A outra acção variável que se fara sentir na estrutura ao longo da vida útil é o vento. Por
se tratar de uma viga articulada (estrutura aberta) considera-se que a superfície da
estrutura em contacto com o vento será muito menor e consequentemente as cargas
devido a esta a acção serão também menores. Foram deste modo desprezadas as forças
provocadas pelo vento na estrutura.

3.1.2.3. Água

No que diz respeito a água considerou se o peso da água na conduta quando esta estiver
cheia por ser a situação mais gravosa. Através dos cálculos abaixo obteve se uma carga
devido a água dentro da conduta de 0.63 kN/m.

= 9.81 = 0.63 kN/m

4. DIMENSIONAMENTO DAS TRANSVERSINAS

Para dimensionar a transversina considerou-se uma viga simplesmente apoiada com 1m


de vão. Determinou-se as cargas sobre a viga e diagramas resultantes são apresentados
na figura 1.

Sendo:

– Largura de influencia ( 1.25 m )

- Carga variável devido ao material i

- Carga permante devido ao material i

Obteve se as seguintes cargas sobre a viga:

kN

kN

kN/m

kN/m

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Total:

Carga concentrada: 0.63+0.79=1.42 kN

Carga distribuida: 2.5+0.3=2.8 kN

Figura 1: Diagrama de esforços


Pré-dimensionamento

≥ ↔ ≥ =

Opções:

40 40 6 ↔

45 45 5 ↔

Seja: 2 L 45 45 5 ↔ = 15.66 = 4.86 C = 10 mm

Peso próprio de 2 LNP 45 45 5 3.38 kg/m = kN/m

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Incluindo peso próprio:

Figura 2. Diagrama dos esforcos na transversina incluindo peso proprio.

= = = 216. 05 Mpa < 235 Mpa ok

Solução para as transversinas: 2 L 45 45 5

Verificação da flecha das transversinas

= =

A flecha instalada para as presentes condições é:

= 1.99 mm < = ok

5. DIMENSIONAMENTO DA TRELIÇA PRINCIPAL

A carga em cada nó é igual a reacção das transversinas. Devido a redução da largura de


influência nos nós extremos ( de 1.25 m para 0.625 m ) da viga principal as cargas
nestes nós são menores comparativamente aos nós intermédios.

= = 1.05 kN

= 2.1 kN

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Figura 3. Viga simplesmente apoiada com cargas nos nós.

 Esforços sem considerar o peso próprio da estrutura

Figura 4. Esforços normais sem considerar o peso próprio da estrutura.

 Esforços máximos

Tabela: Resumo dos esforços máximos

Esforços de Compressão
Esforços de tracção (kN)
(kN)
Banzos 262.5 261.8
Diagonais 48.3 45. 8
Montantes _ 2.1

Tabela 1 Esforcos maximos sem considerar o peso proprio.

 Pré-dimensionamento dos banzos (perfil INP)

kN

≥ ↔ ≥ =

Seja: INP 160 ↔ A = 22.8 massa = 17.9 kg/m = kN/m

23
 Pre-Dimensionamento das diagonais

kN

≥ ↔ ≥ =

= = 1.54

Seja: 2 L25 25 5 ↔ = 2.26 m = 1.77 kg/m ↔ Total = 0.0017 kN/m

 Pré-dimensionamento dos montantes

kN

≥ ↔ ≥ =

= = 0.067

Seja: 2 L25 25 5 ↔ = 2.26 m = 1.77 kg/m ↔ Total = 0.0017


kN/m

 Cálculo de esforços incluindo peso próprio das barras

Uma vez conhecida as seccoes dos perfis da trelica retirou se das tabela tecnicas os
respectivos pesos proprios por unidade de comprimento. Atravez dos calculos abaixo
determinou se as cargas que os banzos, diagonais e montantes exercem nos nós da
estrutura. O esquema de carregamento encontra se na figura 6 e os comprimentos das
baras na figura 5.

Figura 5. Comprimentos das barras

24
Contribuição dos pesos das barras nos nós

Sendo:

( )

– Comprimento da elemento (m) i.

Obtem se:

Banzos: = = 0.113 kN

Montantes: 0.017 =0.084kN

Diagonais: √ =√ = 2.36 m

= = 0.22 kN

Nos extremos: = 0.084 + 0.02 + 0.113 = 0.22 kN

Nos extremos = 0.084 + 0.02 2 + 0.113 2 = 0.35 kN

Cargas Totais :

= 0.22 + 1.05 = 1.27 kN

0.35 + 2.10 = 2.45 kN

Figura 6. Carregamento incluindo peso proprio

25
 Esforços Máximos

Figura 7. Esforcos incluindo peso proprio.

Tabela: Resumo dos esforços máximos

Esforços de Compressão
Esforços de tracção (kN)
(kN)
Banzos 334.5 333.66
Diagonais 61.54 58.38
Montantes _ 2.45

Tabela 2. Esforcos maximos incluindo peso proprio.

 verificação da resistência dos banzos

O perfil obtido do pré-dimensionamento é INP 160 ↔ A = 22.8

= 334.5 kN,

= = = 220.07 Mpa < 235 Mpa ok!

26
 Verificação da resistência das diagonais

O perfil obtido do pre-dimensionamento e 2 L25 25 5 ↔ = 2.26

= 61.54 kN,

= = = 204.23 MPa < 235 MPa ok!

 Verificação das dimensões dos montantes

O perfil obtido do pré-dimensionamento é o mesmo que o obtido para as diagonais, ou


seja:

2 L25 25 5 ↔ = 2.26 ↔ = 2 2.26 = 4.52

= 2.45 kN

= = = 8.13 Mpa < 235 Mpa ok!

Logo as dimensões dos perfis obtidos do pré-dimensionamento verificam os estados


limites últimos de resistência.

6. VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO DA ESTRUTURA (ARTIGO 45º


REAE)
6.1.Limite da flecha:

Pelo artigo 45o do REAE no seu ponto 45.3 a) o limite da flecha é:

6.2.Flecha instalada:

Pelo programa de cálculo de esforços e deformações “Ftool” obteve-se:

Figura 8. Deformada

27
A flecha instalada na treliça é maior que a flecha admissível, isto é, não se verifica o
estado limite de deformação.

 Possíveis soluções:

1ª Aumentar as dimensões dos perfis;

2ª Aumentar a altura da treliça de modo a aumentar a inércia e consequentemente a


rigidez á flexão.

6.3. Exploração da 1ª solução

Sejam os seguintes perfis:

Banzos: INP240

Diagonais/Montantes: 2LNP45x45x5

6.3.1. Cálculo da deformação incluindo o aumento do peso próprio

 Pesos:

Banzos:

Montantes/diagonais:

Banzos:

Montantes:

Diagonais:

28
 Contribuição nos nós:

Nos extremos:

Nos intermédios:

Figura 9.

6.3.2. Verificação da deformação

Figura 10. Deformada

Com os perfis adoptados nesta fase a deformação máxima instalada na treliça, de acordo
com os dados introduzidos no programa “Ftool”, é:

29
A flecha instalada na treliça nas novas condições é maior que a flecha admissível, isto é,
não se verifica o estado limite de deformação.

 Solução: Aumentar as dimensões do perfil dos Banzos.

Sejam os seguintes perfis:

Banzos: INP280

Diagonais/Montantes: 2LNP45x45x5

6.3.3. Cálculo da deformação incluindo o aumento do peso próprio


 Pesos:

Banzos:

Montantes:

Diagonais:

 Contribuição nos nós:

Nos extremos:

Nos intermédios:

30
Figura 11: Cargas nos nós

6.3.4. Verificação da deformação

Figura 12: Deformada da treliça

Com os perfis adoptados nesta fase a deformação máxima instalada na treliça, de acordo
com os dados introduzidos no programa “Ftool”, é:

A flecha instalada na treliça, nas novas condições, é maior que a flecha admissível, isto
é, não se verifica o estado limite de deformação.

 Solução: Aumentar o número de cantoneiras nos montantes e diagonais.

Sejam os seguintes perfis:

Banzos: INP280

Diagonais/Montantes: 4LNP45x45x5

31
Para esta solução obteve-se sem contar com o aumento do peso próprio uma
deformação máxima:

 Solução: Aumentar as dimensões dos perfis mantendo o seu número.

Sejam os seguintes perfis:

Banzos: INP320

Diagonais/Montantes: 4LNP60x60x6

6.3.5. Cálculo da deformação incluindo o aumento do peso próprio


 Pesos:

Banzos:

Montantes:

Diagonais:

 Contribuição nos nós:

Nos extremos:

Nos intermédios:

32
Figura 13: Cargas nos nós

6.3.6. Verificação da deformação

Figura 14: Deformada da treliça

Com os perfis adoptados nesta fase a deformação máxima instalada na treliça, de acordo
com os dados introduzidos no programa “Ftool”, é:

A flecha instalada na treliça, nas novas condições, é menor que a flecha admissível, isto
é, está verificado o estado limite de deformação.

 Comentário:

Para vencer a deformação optou-se por aumentar o número e dimensões dos perfis que
constituem a treliça. Não se quer com isso dizer que esta é a melhor dentre todas as
soluções possíveis. Por exemplo, poder-se-ia ter aumentado a altura da treliça, mas um
dos riscos desta solução é o aumento do comprimento das barras e consequentemente a
sua esbelteza, aumentando as dificuldades no que diz respeito à verificação do estado
limite de encurvadura. Além disso, o peso próprio da estrutura aumentava
consideravelmente e, provavelmente, também aumenta o custo dos materiais e de
execução.

33
7. VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ULTIMO (ELU) PARA AS
ULTIMAS CONDIÇÕES (ARTIGO 41º)

7.1. Esforços finais

Os esforços máximos obtidos para a ultimas configurações e dimensões de perfis são


apresentados na tabela a seguir:

Tabela: Resumo dos esforços máximos

Esforços de Compressão
Esforços de tracção (kN)
(kN)
Banzos 647.5 645.88
Diagonais 119.12 113.01
Montantes _ 5.18

Tabela 3

O diagrama de esforços é apresentado a seguir:

Figura 15: Diagrama de esforços

34
7.2. Verificação da resistência dos Banzos

7.3.Verificação da resistência das diagonais

7.4.Verificação da resistência dos montantes

Como optou-se por se aplicar nos montantes a mesma composição de perfis aplicados
nas diagonais (já que estes contribuem para reduzir a deformação), e estes estão sujeitos
a um esforço menor comparativamente ao que ocorre nas diagonais, não há necessidade
de se verificar o ELU.

8. VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE ENCURVADURA


POR VAREJAMENTO (ARTIGO 42º REAE)
8.1. Diagonais

Os dados apresentam-se a seguir:

As diagonais estão travadas nos nós na direcção perpendicular ao plano da folha.

8.1.1. Comprimento de encurvadura

35
Figura 16

8.1.2. Esbelteza

8.1.3. Coeficiente de encurvadura

8.1.4. Verificação

Condição:

As diagonais, com os perfis adoptados anteriormente, verificam ao ELU de encurvadura


por varejamento.

36
8.2. Banzos

Os dados apresentam-se a seguir:

os Banzos estão travadas nos nós na direcção perpendicular ao plano da folha.

Figura 17

8.2.1. Comprimento de encurvadura

8.2.2. Esbelteza

8.2.3. Coeficiente de encurvadura

37
8.2.4. Verificação

Condição:

Os Banzos, com os perfis adoptados anteriormente, verificam ao ELU de encurvadura


por varejamento.

8.3. Banzos

Os dados apresentam-se a seguir:

os Banzos estão travadas nos nós na direcção perpendicular ao plano da folha.

Figura 18

Não é necessário verificar os ELU de encurvadura para o caso dos Montantes pois estes
sofrem tracção.

38
 Comentário:

Finalmente pode-se dizer que todas as barras da estrutura verificam o Estados Limites
Últimos de Resistência e de Encurvadura e também ao Estado Limite de deformação.
Portanto, os últimos perfis adoptados são os escolhidos para compor a estrutura de
atravessamento da conduta de abastecimento de água.

Pôde-se notar que o estado limite que condicionou o dimensionamento da estrutura foi,
principalmente, a deformação e, eventualmente, a encurvadura.

Apresenta-se a seguir o resumo das barras e dos esforços máximos, de tracção e


compressão, que nelas ocorrem.

Tabela: Resumo das barras e dos esforços máximos que nelas ocorrem

Esforços de Compressão Esforços de tracção


Perfil adoptado
(kN) (kN)
Banzos 647.5 645.88 INP 320
Diagonais 119.12 113.01 4LNP 60x60x6
Montantes _ 5.18 4LNP 60x60x6
Transversinas _ _ 2LNP 45x45x5

Tabela 4. Resumo de esforcos maximos

9. DIMENSIONAMENTO DAS LIGAÇÕES

No caso de ligações optou-se por dimensionar aquelas que são as mais solicitadas, isto
é, sujeitas aos maiores esforços em toda a estrutura. Para as restantes aplicar-se-ão as
mesmas ligações. Apresentam-se os cálculos a seguir:

9.1. LIGAÇÃO BANZO DIAGONAIS E MONTANTES

39
LIGAÇÃO APARAFUSADA

 Banzo diagonal:

REAE-“ para o cálculo da tensão de tração nos parafusos considera se a secção do


núcleo”

√ √

Parafuso (d= ⁄ )

Disposição dos parafusos (Artigo 20 REAE):

40
Obs: Ver a solução nos detalhes da estrutura

 Banzo montante:

√ √

Parafuso (d= ⁄ )

Disposição dos parafusos (Artigo 20 REAE):

Obs: Ver a solução nos detalhes da estrutura

41
LIGAÇÃO SOLDADA

√ ( ) ( )
∑ ∑

√ ( ) ( )

A situação apresentada acima é a mais crítica. Foram analisadas outras situações como
por exemplo a ligação nas extremidades da treliça principal e obteve-se comprimentos
do cordão menores que 120 mm. Portanto, aplicar-se-ão cordões de comprimento maior
ou igual a 120 mm em toda a estrutura.

Obs: Ver a solução nos detalhes da estrutura

42
9.2. LIGAÇÃO BANZO TRANSVERSINA OU CONTRAVENTAMENTO

LIGAÇÃO APARAFUSADA

Sabendo que: T = 2.1 Kn = 164.5 Mpa

Seja: n = 1

d > 3.49 mm

Seja: d = ⁄

Obs: Ver a solução nos detalhes da estrutura

LIGAÇÃO SOLDADA

= 10 mm

= min ( 10 : 10) = 10 mm

a > 3 mm

a < 0.7× = 0.7×10 = 7 mm

Seja: a = 7 mm

43

∑ ∑

√ < 164.5 Mpa

Seja:

O comprimento do cordão de soldadura será o minimi regulamentar, isto é, 40 mm.

Obs: Ver a solução nos detalhes da estrutura

10. CONTRAVENTAMENTO (Artigo 54 REAE)

 Acção horizontal para os perfis do contraventamento (Artigo 54 REAE)

 Verificação da resistência a compressão dos perfis do contraventamento

= = = 11.29 Mpa < 235 Mpa ok

 Verificação da encurvadura dos perfis de contraventamento

= 2.23 cm = 1.35 cm = 1.35 cm

=l=√ √ = 1.60 m

= = 0.34

44
{

11. DIMENSIONAMENTO DOS CHUMBADORES

 Esforços actuantes

Cálculo do diâmetro pela Acão da tração (compressão)

√ √

 Dimensões dos chumbadores

45
12. FASE CONSTRUTIVA

A construção da treliça será feita por pré-fabricação em elementos de 25 metros de


comprimento, montados entre si no local da obra até a finalização da estrutura total da
treliça. No caso de necessidade serão concebidas ensecadeiras durante a execução da
obra.

A seguir ilustra-se o processo construtivo da treliça:

O diagrama de esforços normais que surgem na treliça, na fase construtiva, apresenta-


se a seguir:

46
 Comentário:

Nota-se que os esforços máximos que surgem na treliça durante a fase construtiva são
muito menores que os esforços usados para o dimensionamento da mesma. Logo, as
dimensões adoptadas anteriormente verificam a segurança tanto na fase construtiva,
como na fase de serviço.

47
48

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