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CLONAGEM HUMANA
ENFOQUE JURÍDICO
Objetivo do estudo:
Mostrar a falta de legislação específica sobre este assunto; a possibilidade de analogia
com legislações similares, e buscar uma aplicação bíblica.
INTRODUÇÃO
Os textos da Epístola aos Romanos acima mencionados lançam bastante luz sobre
um enfoque jurídico e legal do assunto "clonagem". No capítulo 13, o apóstolo Paulo
fala da necessidade do cristão estar sujeito às autoridades constituídas.
No capítulo 4, temos a máxima que Paulo esboça de que "onde não há lei, não há
transgressão" (4.15), e isto faz parte de um brocardo jurídico que diz: "se não há lei,
não há crime". O capítulo 2 procura argumentar que, mesmo não tendo leis formais,
como os judeus, alguns gentios seguiam leis naturais e procuravam fazer o que era
correto.
Todos estes princípios bíblicos nos ajudarão no enfoque jurídico que vamos fazer
sobre a clonagem humana, assunto novo, e outros assuntos da bioética, que ainda
não estão regulamentados por leis específicas, mas que reclamam uma
regulamentação urgente.
1 - ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
Quando nossa atual Constituição foi elaborada e aprovada, o primeiro ser humano
gerado em proveta (in vitro), uma menina, estava com cerca de 10 anos. Hoje está
com 23 anos e tem vida normal.
Apesar disso, a nossa Carta Magna não entrou em detalhes sobre assuntos genéticos,
mesmo sendo este um passo decisivo para a clonagem. No entanto, deixou um inciso
no art. 225 sobre genética que dá condições para qualquer regulamentação.
Trata-se do inciso II, do parágrafo 1°., do art. 225, que diz: "Para assegurar a
efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: Inciso II: Preservar a diversidade
e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à
pesquisa e manipulação de material genético".
Logo depois, o Decreto no. 1.752, de 20 de dezembro de 1995, regulamentou esta lei
e criou a Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), que ficou subordinada ao
Ministério da Ciência e Tecnologia.
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Pelo seu art. 8°., inciso II, entende-se que esta lei não permite o uso de "células
germinais humanas", processo que foi usado, por exemplo, na clonagem da ovelha
Dolly. E nada mais específico sobre clonagem surgiu.
A legislação não é específica sobre clonagem, mas esta parte, com certeza, pode ser
aplicada a ela.
Vai surgir também o problema de embriões que deverão ser rejeitados por questões
de seleções genéticas, e que vão ocasionar aborto, mesmo ainda em laboratório, e
outros problemas análogos.
Mesmo assim, se a clonagem humana tornar-se um ato rotineiro, o que parece que vai
acontecer, leis específicas terão que surgir, quer proibindo, quer regulamentando para
limitar e controlar.
• E o clone? Se der certo, será a cópia da outra pessoa. Terá ele direitos
hereditários? Será herdeiro de bens do irmão-cópia?
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• E o registro civil do novo ser? Será filho de quem? Quem será o pai e quem
será a mãe?
• Suponhamos que o doador, que quis obter uma cópia de si mesmo, morra
durante o processo de desenvolvimento da clonagem. Ou, o que é pior, que os
cientistas e o laboratório desapareçam ou seja levado à falência, no período da
gestação. Quem será o responsável pelo novo ser?
CONCLUSÃO
Estes são alguns poucos questionamentos que podemos agrupar no momento. Assim,
desde a decisão legal de permitir ou não permitir a clonagem humana, até às
regulamentações de todo o procedimento e de todas as suas consequências, haverá
ainda muita discussão.
Legislações específicas deverão surgir. Mas antes, é preciso que haja uma ampla
discussão do assunto, principalmente no campo ético, pois a lei não pode atentar
contra os princípios éticos.
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