Você está na página 1de 16

1.

Pandalelê
Recolhido pelo Pandalelê - Laboratório de Brincadeiras
Procedência: Minas Gerais

Pandalelê
é depan depi
Tapetá perruge
Pandalelê
é depan depi
Tapeta perru

Nesse brinquedo de escolha, os brincantes se dispõe em roda com as mãos


fechadas, formando um círculo. Enquanto cantam, um dos brincantes
começa "batendo" a sua mão em sua boca e, em seguida, nas mãos de
cada um dos participantes. A música terminará em uma das mãos, esta
será retirada, ficando a outra. Assim a brincadeira acontecerá até que uma
só pessoa fique com uma das mãos estendidas. Este brincante será o
"vencedor". Uma variação é a de qua a primeira pessoa qua as duas mãos
forem retiradas seja a escolhida para fazer algum papel importante numa
brincadeira.

2. Da abóbora faz melão


Transmitido por: Participantes de uma oficina no Colégio Batista Mineiro
Procedência: Belo Horizonte, MG

Da abóbora faz melão


do melão faz melancia.
Da abóbora faz melão
do melão faz melancia.
Faz doce, Sinhá. Faz doce,
Sinhá. Faz doce, Sinhá Maria.
Faz doce, Sinhá. Faz doce,
Sinhá. Faz doce, Sinhá Maria.
Quem quiser dançar vai na casa do Juquinha.
Quem quiser dançar vai na casa do Juquinha.
Ele pula, ele roda, ele faz requebradinha.
Ele pula, ele roda, ele faz requebradinha.

Nesta roda, um brincante sai dançcando pelo centro, enquanto canta-se a


música. Quando chegar em "faz doce Sinhá", ele pára em frente a alguém
da roda e faz, com as mãos, uma imitação de panela. Em quem ele parou
fica fazendo de conta que está mexendo o doce da panela. Quando a
música chegar em "quem quiser dançar...", esses brincantes saem pelo
centro da roda de mãos ou braços dados. No momento em que se canta
"ele pula, ele roda, ele faz requebradinha" eles ficam de frente um pro outro
e fazem o que a letra está pedindo. Recomeça-se a música e esses dois
saem pela roda para convidar mais dois brincantes a entrarem na
brincadeira. Assim vai acontecendo até que todos entrem na roda.

3. Corre cutia
Recolhida pelo Pandalelê
Procedência: Minas Gerais

Corre Cutia
De noite e de dia
Debaixo da cama
da Dona Maria
Tem um cachorrinho
Chamado Totó
Ele pula
Ele dança
De uma perna só
(Totoró totó. totoró totó
Um, dois três acabou sua vez)

Para esta brincadeira deve-se escolher um objeto (um lenço, um chapéu,


uma bola etc). Depois de escolhido o objeto, todos os brincantes ficam
sentados em roda de olhos fechados. Um deles com o lenço, por exemplo,
na mão, deve correr em volta da roda,enquanto os outros recitam o texto
até o seu final. Quando terminar (ou antes de terminar) o lenço é colocado
atrás de alguéda roda. Todos abrem os olhos e quem está com o objeto
atrás deverá apanhá-lo e correr para pegar quem o colocou. Se quem está
com o lenço conseguir pegar o outro, antes que ele sente no seu lugar, ele
deverá ir para o centro da roda e todos começam a recitar: "Galinha choca,
comeu pipoca, saiu pulando, feito pipoca"! Se aquele que colocou o lenço
conseguir sentar primeiro no lugar do outro, será o próximo a rodar com o
lenço na roda para recomeçar a brincadeira.

Durante a recitação do texto é importante que todos da roda estejam de


olhos fechados, para a brincadeira ficar mais divertida.

4. A caminho de Viseu
Transmitido por: Raquel Marques Simões.
Canções para a Educação Musical. Lisboa: Valentim de Carvalho.
Procedência: Portugal

Indo eu, indo eu,


A caminho de Viseu
Indo eu, indo eu,
A caminho de Viseu

Encontrei o meu amor


Ai, Jesus, que lá vou eu
Encontrei o meu amor
Ai, Jesus, que lá vou eu
Ora zuz truz truz

Ora zas traz traz


Ora zus truz truz
Ora zaz traz traz

Ora chega, chega, chega


Ora arreda lá pra trás
Ora chega, chega, chega
Ora arreda lá pra trás

Todos em roda, escolhem sua dupla para brincar. Durante a primeira


estrofe todos andam para um lado, girando a roda. Na segunda estrofe,
vira-se para o sentido contrário em que a roda estava girando. Na estrofe
"ora zuz truz truz...", as duplas viram-se de frente e batem palmas um com
o outro, cruzando as mãos (direita com direita e esquerda com esquerda) e
também batendo palma consigo mesmo. Na estrofe final, a roda faz o que a
letra sugere. Terminada a última estrofe, volta-se ao início da música,
cantando-a cada vez mais rápido.

5. Tic tac carambola


Transmitido por: Tereza Castro
Procedência: Belo Horizonte, MG

Tic tac
Carambola
Um de dentro
Um de fora.

Os brincantes fazem uma roda, sentados ou em pé. Uma pessoa irá


apontar, no ritmo da música, para os outros, enquanto todos cantam.
Inevitavelmente a letra terminará num brincante, este sairá da roda. A
brincadeira terminará quando ficar somente uma pessoa, aquela que está
apontando ou uma outra da roda.

6. Entrei na roda
Versão recolhida pelo pandalelê
Procedência: Minas Gerais

Ah! Eu entrei na roda


Ah! Eu entrei na roda-dança
Eu não sei como se dança
Eu não sei dançar
Namorei um garotinho
Do Colégio Militar
O danado do garoto
Só queria me beijar

Batatinha quando nasce


Toma conta do jardim
Eu também tô procurando
Alguém pra cuidar de mim

Lá do céu invém caindo


Três cartilhas do ABC
A do meio vem dizendo
Que eu me caso é com você

Todo mundo se admira


Da macaca fazer renda
Eu já vi um avestruz
Ser o caixa de uma venda

Sete cravos, sete rosas


Sete cravos de alecrim
Sete cartas de lembrança
Que meu bem mandou pra mim

Atirei água pra cima


Aparei com uma caneca
Menininha bonitinha
Cinturinha de boneca

Em roda, todos os brincantes, de mãos dadas, cantam o refrão enquanto


fecham e abrem a roda. Ao final do estribilho, um brincante fica no centro
da roda e canta um verso, qunquanto a roda gira (para a direita ou
esquerda), terminando o verso, todos cantam novamente o estribilho,
trazendo quem estava ao centro para a roda e deixando outra pessoa. E
assim todos os participantes que quiserem podem ir ao centro cantar um
verso diferente.

Use a imaginação e crie os seus próprios versos.

7. Mazu
Transmitido por: Ione de Medeiros, Guilherme Nogueira e alunos do CP-
UFMG
Procedência: Belo Horizonte, MG

Para dentro e para fora, mazu, mazu.


Para dentro e para fora, mazu, mazu, mazu.
Eu limpo essa janela, mazu, mazu.
Eu limpo essa janela, mazu, mazu, mazu.
Eu pego um companheiro, mazu, mazu.
Eu pego um companheiro, mazu, mazu, mazu.
Eu danço engraçadinho, mazu, mazu.
Eu danço engraçadinho, mazu, mazu, mazu.

Todos fazem uma roda. Um brincante sai passando por dentro e por fora,
fazendo um ziguezague em todos da roda enquanto cantam "Para dentro e
para fora". Quando começam a cantar "Eu limpo essa janela", o brincante
que saiu faz movimentos com as mãos diante dos companheiros, imitando o
que o texto pede. Na hora em que cantam "Eu pego um companheiro...",
ele escolhe um outro brincante e, enquanto cantam "eu danço
engraçadinho...", dançam, um de frente ao outro, no centro da roda. Ao
recomeçar a música, o que saiu primeiro volta para a roda e o outro
continua a brincadeira, fazendo os mesmos movimentos.

8. Lá em cima do Piano
Lá em cima do piano
tem um copo de veneno.
Quem bebeu, morreu,
De menos eu.
O azar foi seu.

Todos os brincantes em pé ou sentados em roda escolhem um que vai


conduzir a brincadeira. Todos recitam o texto e quem está conduzindo
aponta primeiro para o alto e depois para cada um dos brincantes na roda.
Quando o texto acabar, o brincante que está sendo apontado sai da roda ou
é o escolhido para realizar alguma coisa previamente combinada.

9. Pandalelê (vinheta)
10. Milho cozido / Cumadre
cumpadre
Transmitido por: Adelsin e Ramon Alves Ferreira
Procedência: Belo Horizonte, MG
Texto adaptado por: Sammer Procópio e Thiago Franco

A brincadeira do milho cozido tem três momentos: inicia-se com os


participantes em fileira, de mãos dadas, formando uma meia-lua. Dois
brincantes, um em cada extremidade da fila, fazem um diálogo:

A:- Ei, cumpadre!


B:- Ei, cumpadre, bão?
A:- Bão e a família?
B:- A família tá boa demais. Como é que tá sua horta?
A:- A minha horta tá boa demasi, tá tudo virdim que dá gosto?
B:- Ê beleza, heim? E sua criação de pato?
A:- Minha criação de pato tá muito boa, cumpadre. Cê precisa de vê.
B:- Ê, ai ai, heim? Ah! Tô tendo um monte de coisa, tudo verdim que dá
gosto.
A:- Tô sabendo que ocê tá criando pato.
B:- É, tá tudo gordim que dá gosto.
A:- Pra eles ficarem gordim, ocê dá o que de comer?
B:- Dô milho cozido.
A:- E pra beber?
Todos cantam:

Águas do Rio Fon-fon


Da cor de limão
De Nossa Senhora da Conceição.
E de rim-fin-fin
É de rim-fon-fon
É da cor de limão
É de Nossa Senhora da Conceição.

Enquanto cantam, o cumpadre (A) vai 'costurando' a fila. Para 'costurar',


ele passa debaixo do braço do primeiro brincante na extremidade oposta, e
esta pára de braços cruzados. Depois de passar pela primeira, dá a volta
por trás da meia-lua, passa pela segunda, depois pela terceira e assim por
diante até que todos fiquem de braços cruzados. Vale lembrar que todos
estarão de mãos dadas, portanto, o cumpadre (A) estará sempre puxando
os outros, formando uma corda cheia de nós, onde cada um é um nó. Neste
momento, depois de todos costurados, retoma-se o diálogo:

A:- Mas essa água então é muito boa!


B:- É sim.
A:- E ocê vai me arrumá um pato desses pra eu fazer um cozido bem bão lá
em casa, né?
B:- Claro, ué.
A:- É... Será que ocê num tem uma panela grande pra eu fazer esse cozido,
não?
B :- Tenho, Ih! Mas ela tá furada.
A:- Mas uma faca boa ocê tem pra me emprestar, né?
B:- Tenho. Ah, mas tá com a ponta quebrada.
A:- Puxa! Mas uma corda, pra eu amarrar umas madeiras que tá
esparramada lá em casa, ocê tem, né?
B:- Tenho, mas tá cheia de nó.
A:- Uai, então vamo desdá esses nó?
B:- Vamo.

Nesse momento, cada um dos cumpadres brincantes puxa a fila para um


lado, afim de arrebentá-la. Ninguém deve soltar as mãos.

11. Bate o monjolo


Transmitido por: Maria Cecília Resende
Procedência: Belo Horizonte, MG
Bate o monjolo no pilão.
Pega a mandioca pra fazer farinha.
Onde foi pará meu tostão?
Ele foi para a vizinha.

Todos os brincantes sentados em roda escolhem um para ficar no centro de


olhos fechados. Quem está na roda põe a mão esquerda, aberta, sobre o
joelho do colega da esquerda. A mão direita, em forma de pinça, vai mover
de um lado ao outro. O movimento é semelhante ao bater de um pilão. O
brincante que está no centro deve ficar de olhos fechados pelo tempo
combinado. Enquanto todos cantam a música e fazem o movimento de um
lado ao outro - de sua mão à mão do colega -, uma moeda vai passando de
mão em mão. Essa moeda poderá ser passada para qualquer lado. Depois
de cantar a música algumas vezes, todos se calam e fecham as mãos para
esconder a moeda. O brincante do centro, já de olhos abertos e não
percebendo anteriormente onde está a moeda, tem três chances para
descobrir em qual mão ela está. Se errar, pode até pagar uma prenda,
desde que todos tenham combinado previamente. A brincadeira continua e,
quem estava com a moeda na mão, vai para o centro da roda.

12. A serpente
Transmitido por: Amanda Viana Machado
Procedência: Minas Gerais (escotismo, SESC). (Encontrada no México e na
Argentina com algumas variações de texto e de melodia)

Essa é a história da serpente,


que desceu do morro para procurar
um pedaço do seu rabo.
E você é... e você é... e você é
um pedaço do meu rabão.

Todos fazem uma grande roda. Um dos brincantes sai e começa passear
pelo centro da roda, acompanhando o ritmo da música, como se fosse a
'serpente'. Na parte da letra que diz "e você é... e você é... e você é um
pedaço do meu rabão", esse brincante deve parar em frente de qualquer
outro da roda e abrir as pernas para que o outro possa passar por debaixo
delas. Depois, quem passou vai para as costas do outro, segurando na
cintura da pessoa da frente, formando uma fila. Recomeça a música e quem
está de frente escolhe mais um pessoa da roda que deverá passar por
debaixo dos dois, e depois outro e mais outro são escolhidos para ir
formando o rabo da serpente. Quando o rabo da serpente já estiver grande
e enquanto um brincante estiver passando por debaixo das pernas, pode-se
prolongar o "ão" do rabão, cantando assim "do meu rabãããããão...", até ele
conseguir sair na ponta final do rabo da serpente.

13. Casinha de bambuê


Transmitido por: participantes de uma oficina com o Pandalelê.
Procedência: Itaúna, MG

Casinha de bambuê
é cercada de bambuá
A menina foi à feira
pra comprar, o que é que há!, maracujá.
Quem mexê vai apanhar.
Tem catinga de gambá, misturada com fubá.

Em roda ou espalhados, todos os brincantes recitam o texto fazendo


movimentos livres ou dançando. Um brincante começa a conduzir a
brincadeira, dando à música vários ritmos e andamentos para que todos o
acompanhem. Ao terminar a recitação todos fazem estátuas individuais.

14. Periquito
Transmitido por: alunos da Fundação de Educação Artística
Procedência: Belo Horizonte, MG

Periquito, periquito
parece com seu pai
Periquito, periquito
parece com seu pai

Para cima, para baixo


para frente e para trás
Para cima, para baixo
para frente e para trás

Todos os brincantes iniciam a brincadeira em roda. Um deles vai até o


centro e dança movimentando-se dentro da roda, enquanto todos cantam a
primeira estrofe. Ao final desta, e início da segunda, a pessoa do centro
pára na frente de alguém da roda e com os dedos polegares das duas mãos,
os dois fazem o que texto sugere: "para cima, para baixo...". Ao terminar
esta estrofe, os dois brincantes saem de braços dados para o centro da
roda, com todos cantando novamente a primeira parte. Quando voltar à
segunda, cada um desses dois escolherá mais outros dois para fazer os
gestos com os polegares, repetindo a música até que todos os brincantes
fiquem no centro da roda.

15. Pisa no chicletes


Transmitido por: Sílvia Lima e Marina Moreira
Procedência: Belo Horizonte, MG

Pisa no chicletes
Dá uma rodadinha
Chifre de capeta
Dança da galinha
Coci, coci, coci, coci, coçá
Quem parar de perna aberta tem que rebolar.

Todos em roda vão cantando a música e fazendo o que se pede. "pisa no


chicletes" todos põem o pé para frente e fingem 'pisar num chicletes'. 'Dá
uma rodadinha' 'Chifre de capeta' representa-se da mesma forma que pede
o texto. Quando a música chegar em "Coci, coci, ...", todos vão pulando e
cruzando e descruzando as pernas, parecendo com "polichinelos", sem o
movimento dos braços. Quando terminar a música, todos param e quem
estiver com pernas abertas (descruzadas), vai até o centro da roda rebolar
até chegar o chão. Nessa hora canta-se uma música para essa pessoa
rebolar. Em seguida, ela retorna à roda, continuando a brincadeira.
Algumas vezes, pode-se variar o andamento ao cantar a música, cantando-
a mais rápido ou mais lento.

16. Anel de pedra verde


Transmitido por: Conceição Nicolau
Procedência: Belo Horizonte, MG

Eu perdi o meu anel


no buraco da parede
quem achar me dá de volta
meu anel de pedra verde

Ora de frente, pra frente


Ora de trás, pra trás
Ora de frente, pra frente
Ora de trás, pra trás

Todos em roda. A roda gira para a direita ou para a esquerda enquanto os


brincantes cantam a 1ª estrofe. Ao iniciar a 2ª estrofe, a roda pára e todos
seguem os comandos sugeridos pelo texto da música: no trecho em que se
diz "ora de frente pra frente", os brincantes vão para o centro da roda e
batem duas palmas no ritmo junto com o "pra frente" e, quando cantam
"ora de trás pra trás" repetem a ação só que batendo as palmas de costas
para o centro da roda.

17. Tô no molhado
Transmitido por: Frei de Chico e Lira Marques
Procedência: Araçuaí, MG

Lá invém a chuva
Tô no molhado
A chuva invém
Tô no molhado
Toma e leva seu chapéu
Tô no molhado
Vem cá meu bem, oi
Tô no molhado
Toma e leva seu chapéu
Tô no molhado
Vem cá meu bem, oi
Tô no molhado

Em cima daquele morro


Passa boi, passa carneiro
Também passa moreninha
De matar rapaz solteiro

Moreno dos olhos verdes


Onde vai deixa sinal
Quem nunca sofreu rabicho
Quando sofre passa mal.

Cravo branco na janela


É sinal de casamento
Morena guarda seu cravo
Que ainda não chegou seu tempo

Lá do céu invém caindo


Duas tesouras de ouro
Uma pra cortar ciúme
Outra pra cortar namoro

Você diz que me quer bem


Você não me quer bem nada
Quem quer bem, dá coisa à gente
Você nunca me deu nada.

Todos em roda, um brincante vai ao centro com um chapéu na cabeça e


dança enquanto todos cantam o refrão. Quando cantam pela segunda vez
"tome e leva seu chapéu", este brincante escolhe uma pessoa da roda e a
convida para dançar, pondo o chapéu em sua cabeça. Enquanto dançam,
ele canta um verso. Ao terminá-lo, ele vai para a roda deixando a pessoa
convidada no centro. Recomeça-se o refrão e os gestos são repetidos dando
continuidade à brincadeira.

18. Ua tatá e Aram sam sam


Transmitido por: José Alfredo Debortoli
Procedência: Belo Horizonte, MG

Ua tatá ua tatá
Guli, guli, guli, guli
Ua tatá (3 vezes)
Auê, Auê
Guli, guli, guli, guli
Ua tatá (2 vezes)

Aram sam sam


Aram sam sam
Guli guli guli guli
Guli guli aram sam sam

Aravi aravi
Guli guli guli guli
Guli guli aram sam sam

Todos em roda cantam, fazendo os seguintes movimentos: na parte da letra


que diz "Ua tatá, Ua tatá", cada um bate as mãos nas próprias pernas, na
hora do "Guli, guli, guli, guli", coloca-se a mão direita em cima da cabeça e
mão esquerda embaixo do queixo, estalando os dedos. Na hora do "Auê
Auê", todos os brincantes erguem os braços balançando para os lados. Toda
vez que a música voltar para o "Guli" e o "Ua tatá", todos repetem os
mesmos movimentos que foram feitos no início da brincadeira. Quando
recomeçar a música, no "Ua tatá", em vez de bater nas próprias pernas,
bate-se as mãos nas pernas do colega da direita e faz-se o "guli, guli" no
colega da esquerda. Ao repetir a música muda-se de lado, isto é, o "ua
tatá" nas pernas do colega da esquerda e o "guli, guli", no colega da direita.
O desafio é fazer seguidamente a brincadeira, alternando os movimentos,
fazendo-os o mais rápido possível junto com a música.

O "Aram sam sam" brinca-se do mesmo modo que o "Ua tatá".

19. Degodin Degodan


Transmitido por: Mariana Mallol
Procedência: Argentina

- Degodin Degodan
De la vega
Vega dan
¿Del palácio
a la cosina
cuantos dedos
hay encima?
- Três (p.ex.)
- Se hubiera
dicho dos
no te haria
tanto mal
Degodin degodan
- ¿Cinco?
- Muy bien...!
Em duplas, um dos brincantes recita o texto enquanto faz, nas costas do
colega, movimentos com os dedos das mãos. No momento em que se
pergunta "¿cuantos dedos há encima?", o brincante que estava fazendo os
movimentos pára, deixando uma quantidade de dedos sobre as costas do
outro. Este tentará descobrir quantos dedos "hay en cima". Caso erre,
recita-se a segunda estrofe do texto "se hubiera dicho...", dando uma nova
chance de resposta. A cada vez que errar a quantidade de dedos, o texto
deverá ser recitado o mais rápido possível até que o outro acerte a
quantidade de dedos colocados em suas costas. Quando acertar, os
brincantes invertem de posição.

20. A carrocinha
Versão recolhida pelo Pandalelê
Procedência: Belo Horizonte, MG

A carrocinha pegou três cachorros de uma vez.


A carrocinha pegou três cachorros de uma vez.
Tralalá, que gente é essa?
Tralalá, que gente má.
Tralalá, que gente é essa?
Tralalá, que gente má.

Esta brincadeira inicia-se com todos os brincantes em roda. Escolhem-se


três para serem os "cachorros" que vão ao centro da roda e fazem também
uma pequena roda. As duas rodas começam a girar, em sentido contrário,
enquanto todos cantam a música. No momento do "tralalá que gente é
essa?", os "cachorros" param em frente a alguém e os dois dançam com as
mãos na cintura, balançando as pernas, até terminar a estrofe. Então, os
dois trocam de lugar e, quem era "cachorro" vai pra roda de fora e quem foi
escolhido vai pra roda de dentro, virando os novos "cachorros". Inicia-se
novamente a música para continuar a brincadeira.

21. Ip op
Transmitido por: Maria Cecília Resende
Procedência: Belo Horizonte, MG

Fui visitar minha tia em Marrocos, ip, op


fui visitar minha tia em Marrocos, ip op
fui visitar minha tia, fui visitar minha tia
fui visitar minha tia em Marrocos
No caminho eu encontrei um camelo ondulado
no caminho eu encontrei um camelo ondulado
no caminho eu encontrei, no caminho eu encontrei
no caminho eu encontrei um camelo ondulado

Ip au au au ip au/ ip op, ondulado


ip au au au ip au/ ip op, ondulado
ip au au au, ip au au au
ip au au au ip au/ip op, ondulado

No caminho eu bebi um guaraná, glup, glup...


ip au au au ip au/ ip op, ondulado, glup, glup...
no caminho eu encontrei um doutor, ai que dor...
ip au au au ip au? ip op, ondulado, glup glup, ai que dor, etc, etc, etc...

Para brincar, os brincantes ficam espalhados, desde que o condutor da


brincadeira seja visto e ouvido por todos. As pessoas vão cantando a
música e fazendo movimentos de acordo com o que a letra sugere.

Na parte do "Ip. Op.", todos movimentam os polegares para cima e para


baixo; quando começar a cantar "Ip au au au Ip au" deve se bater uma mão
na outra (como se estivessem limpando as mãos) e sempre que a letra da
música sugerir que algo foi encontrado deve-se fazer um movimento
referente ao objeto encontrado. E assim sucessivamente.

Exemplos dos movimentos:

No caminho eu encontrei um camelo ondulado: (imitar uma "onda" com o


braço)
No caminho eu bebi um guaraná, glup glup: (fazer um gesto de como se
bebesse algo, com o polegar apontando para a boca)
No caminho eu comi um biscoito, que delícia: (apertar a pontinha da orelha)
No caminho eu sofri um assalto, mãos ao alto: (levantar os dois braços para
o alto)
No caminho eu encontrei um doutor, ai que dor: (pôr as mãos na barriga
num gesto fingindo dor)
No caminho eu encontrei uma serpente. tsssss: (imitar com um dos braços
o movimento da serpente)
No caminho eu encontrei uma galinha, có có có: (com os dois braços imitar
uma galinha batendo asas)
No caminho eu encontrei um monstro, bruáááá: (imitar um monstro
terrível)

Uma dica: quem estiver brincando pode usar a imaginação e inventar novos
acontecimentos encontrados no caminho da casa da minha tia, em
Marrocos.

22. Pandalelê (vinheta)


23. Tumbalacatumba
Transmitido por: Talita Michue Bendezú
Procedência: Belo Horizonte

Esta brincadeira também é encontrada em Havana-Cuba, Maracáibo-


Venezuela, Buenos Aires-Argentina e Bogotá-Colômbia
Quando o relógio bate à uma
todas as caveiras levantam da tumba.
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às duas


todas as caveiras saem pelas ruas
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às três


todas as caveiras jogam xadrez
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às quatro


todas as caveiras tiram retrato
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às cinco


todas as caveiras apertam os cintos
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às seis


todas as caveiras imitam chinês
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às sete


todas as caveiras mascam chicletes
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às oito


todas as caveiras comem biscoito
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às nove


todas as caveiras quebram o pote
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às dez


todas as caveiras lavam os pés
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às onze


todas as caveiras sobem no bonde
Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às doze


todas as caveiras fazem uma pose
(Nessa parte, todas as pessoas fazem uma pose e viram estátuas)

Quando o relógio bate à uma


todas as caveiras voltam para a tumba
Tumbalacatumba lacatumba laduê
Para brincar, todos os brincantes devem estar espalhados e deitados no
chão. Antes de começar a cantar a música pode-se dar uma pequena
introdução como: "Era meia-noite, em um cemitério bem sombrio, um
homem com uma faca na mão... passava manteiga no pão" (ou então
inventa-se algo para dar um clima de medo e brincadeira). Cada brincante,
então, "se transforma em uma caveira" e, a cada estrofe, de forma livre,
todos devem fazer movimentos de acordo com o que se pede na letra.

24. Objeto
Transmitido por: Alana Barbosa
Procedência: Belo Horizonte, MG

- Há um monocórdio
Isto é um monocórdio
- O quê?
- Um monocórdio
- O quê?
- Um monocórdio

- Há um caxixi
Isto é um caxixi
- O quê?
- Um caxixi
- O quê?
- Um caxixi

- Há um bichinho
Isto é um bichinho!
- O quê?
- Um bichinho.
- O quê?
- Um bichinho.

Brinca-se em roda com os brincantes em pé ou sentado. Para cada pessoa


escolhe-se um objeto, preferencialmente, de tamanho pequeno e de fácil
manuseio (para este CD escolhemos objetos sonoros). Formando a roda,
uma pessoa será escolhida para começar a brincadeira. Esta pessoa terá
todos os objetos próximos, para um fácil alcance. Cada objeto será usado
de uma vez enquando se diz ritmicamente o texto. O condutor pega o
primeiro objeto (um monocórdio, por exemplo) com a mão esquerda,
aponta para o alto e diz: "há um monocórdio". Troca-o de mão, mostrando-
o, agora, para a pessoa da direita e diz: "isto é um monocórdio". O
brincante da direita pergunta: "o quê?" e é respondido: "um monocórdio".
Essa ação se repete por duas vezes, até trocar de objeto. Sempre que
alguém estiver com um objeto nas mãos, deve-se dirigir para a outra,
repetindo o primeiro gesto do condutor. Depois deste procedimento serão
colocados na roda os outros objetos, para que eles possam passar pelas
mãos de todos. Quando forem acabando os objetos, o condutor se dirige
novamente para a pessoa ao lado direito e diz: "não há nada, isto não é
nada". A seqüência será a mesma até que todos estejam sem objetos.
Num primeiro momento pode-se causar uma pequena confusão, porque
tem-se que prestar atenção no objeto que se diz e no objeto que é dito pelo
brincante do lado, que está nos passando um novo objeto.

Uma boa dica: seja persistente!

Você também pode gostar