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Gleiciane Rodrigues Cesário

PRINCIPAIS ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO MELASMA

Palmas – TO
2015
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Gleiciane Rodrigues Cesário

PRINCIPAIS ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO MELASMA

Monografia apresentada como requisito parcial da


disciplina TCC em Ciências Farmacêuticas do Curso de
Farmácia do Centro Universitário Luterano de Palmas,
sob coordenação da Profª MSc. Grace Priscila Pelissari
Setti, pelo Centro Universitário Luterano de Palmas
(CEULP/ULBRA).

Orientadora: M.Sc. Juliane Farinelli Panontin

Palmas – TO
2015
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Gleiciane Rodrigues Cesário

PRINCIPAIS ATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO MELASMA

Monografia apresentada como requisito parcial da


disciplina TCC em Ciências Farmacêuticas do Curso de
Farmácia do Centro Universitário Luterano de Palmas,
sob coordenação da Profª. MSc. Grace Priscila Pelissari
Setti, pelo Centro Universitário Luterano de Palmas
(CEULP/ULBRA).

Orientadora: M.Sc. Juliane Farinelli Panontin

Aprovado em: ____/____/2015.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Profª. MSc. Juliane Farinelli Panontin
Orientadora – CEULP/ULBRA

____________________________________________________________
Profª. MSc. Grace Priscila Pelissari Setti
Examinadora – CEULP/ULBRA

____________________________________________________________
Profª. MSc. Isis Prado Meirelles de Castro
Examinadora – CEULP/ULBRA

Palmas – TO
2015
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DEDICATÓRIA

Dedico essa vitória a minha rainha, amada e querida mãe Benilde Rodrigues Neto de Souza,
que superou junto comigo essa trajetória e hoje tenho o prazer de concedê-la!
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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, por esse sonho concretizado, por me guiar, proteger e
segurar na minha mão nos momentos mais difíceis dessa trajetória.

A minha rainha, minha base, mãe Benilde Rodrigues Neto de Souza a qual dedico essa vitória
e agradeço todos os dias da minha vida por existir, pela dedicação, apoio incondicional,
paciência e por tudo. Se não fosse pela senhora não chegaria onde cheguei, TE AMO!!

Ao meu pai, Pedrocino Cesário de Souza que esteve comigo, sempre me dando todo apoio
necessário, me incentivando e protegendo. Te amo Pai!

Aos meus irmãos, Glebson Rodrigues Cesário e Ruguebson Rodrigues Cesário por estarem
junto comigo durante todo esse tempo, me aturando e me ajudando em tudo que eu precisava.
Obrigado, amo muito vocês!

A todos os meus familiares, avós, tios (segundos pais), primos, obrigado pelo apoio e por me
incentivar sempre. Guardo vocês no meu coração!

Aos meus amigos, que partilharam comigo todo esse tempo, os que estão mais próximos e os
distantes, cada um com sua importância única. Obrigado meus amores!

Aos meus eternos colegas e amigos farmacêuticos, foram muitas alegrias, tristezas, lágrimas,
festas, noites e noites acordados estudando, todos os momentos juntos ficaram pra sempre na
minha memória e no meu coração. Obrigado por tudo!! Sem vocês com certeza não
conseguiria realizar o meu sonho. Meu coração já estremece de saudades...

A minha querida orientadora MSc. Juliane Farinelli Panontin, por me acolher e me ajudar na
realização desse sonho tão esperado. Obrigado pela paciência, dedicação e apoio.

A minha querida e mãezona MSc. Grace Priscila Pelissari Setti que esteve me apoiando e
incentivando durante toda essa trajetória.

Aos meus amados e inesquecíveis mestres, que trilhou esse caminho e me proporcionou um
ensinamento de vida. Obrigado, nunca esquecerei de cada um de vocês!

Enfim, a todas as pessoas que direta ou indiretamente passaram pela minha vida e hoje
celebram comigo essa vitória! OBRIGADOO!
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“...Dentro de mim
Minha alma se abateu
Mas Tua mão contudo me escondeu
Em tua presença, oh Deus
Quando eu chorar, vou me lembrar
Que até aqui Tua mão me sustentou
Digo à minha alma "espera em Deus"
Pois ainda O louvarei, eu O louvarei...”
Bruna Karla
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RESUMO

CESÁRIO, Gleiciane Rodrigues. Principais ativos utilizados no tratamento do melasma.


2015. 55 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Farmácia, Centro
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), Palmas-TO, 2015.

Melasma é uma discromia comum, caracterizada pela hiperpigmentação facial adquirida, que
afeta na maioria das vezes mulheres. Se predispõem de fatores relacionados à genética,
exposição à radiação solar, gravidez, terapias hormonais, dentre outras. O objetivo desse
estudo foi verificar os ativos alternativos à hidroquinona que possam ser utilizados na
potencialização ou substituição da ação despigmentante no tratamento do melasma, estudar a
melanogênese, bem como, identificar a problemática do uso da hidroquinona. No período de
março a junho de 2015, pesquisou-se o tema proposto em livros didáticos e artigos científicos
publicados na base de dados do Google acadêmico, SCIELO, CAPES e periódicos, nos
idiomas inglês, espanhol e português. O tratamento do melasma é difícil, fazendo-se
necessária a prevenção e utilização de protetores solares de amplo espectro. A indicação dos
dermatologistas para esse distúrbio pigmentar soma-se da aplicação de diversos agentes
despigmentantes clareadores, sendo o principal e o mais comum a hidroquinona tópica,
peelings químicos e tratamentos a lasers. Conclui-se, que dos despigmentantes usados no
tratamento do melasma, isolados ou em combinações, com diversas concentrações e
diferentes formas farmacêuticas, ao ser comparados com a ação da hidroquinona, se destacam
o ácido azeláico, ácido glicólico, ácido retinóico ou tretinoína, fosfato de ascorbil magnésio,
ácido kójico, ácido mandélico, ácido ascórbico ou vitamina C, todos com ação semelhante à
hidroquinona. Já os ativos que potencializam a ação despigmentante da hidroquinona, são o
ácido glicólico tamponado, antioxidantes como a vitamina C e E, ácido kójico, ácido
glicólico, tri-retinol, tretinoína ou ácido retinóico, acetato de hidrocortisona, butirato de
hidrocortisona, usados isoladamente ou associados à hidroquinona. E por fim, dos
despigmentantes apresentados, os que agem alternativamente à hidroquinona, estão em maior
relevância o ácido azeláico, ácido glicólico, gel de adapeleno, tretinoína ou ácido retinóico,
ácido lático, dexametasona, monometil éter de hidroquinona, hidrocortisona, vitamina C, soro
de rucinol, ácido alfa-hidroxi, niacinamida e o ácido tranexâmico, ambos usados por fornecer
uma maior segurança ao paciente, reduzindo os riscos de desenvolver efeitos adversos.

Palavras-chaves: discromias, hiperpigmentações, tratamento do melasma, despigmentantes.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Corte histológico das camadas da pele composta pela epiderme e


derme.........................................................................................................................................15

Figura 2 – Corte histológico identificando as camadas que compõe a epiderme: camada


córnea, granulosa, espinhosa e basal e a localização dos melanócitos e queratinócitos na
camada basal da
epiderme....................................................................................................................................16

Figura 3 – Corte histológico da junção dermoepidérmica, evidenciando a separação da


epiderme da derme pela membrana basal.................................................................................17

Figura 4 – Melanogênese..........................................................................................................18

Figura 5 – Processo de migração da melanina através dos melanócitos na camada


epidérmica.................................................................................................................................19

Figura 6 – Exemplos de discromias: hipocromia (pitiríase versicolor), acromia (vitiligo


misto), hipercromia (efélides) e leucodermia (poliose), respectivamente................................21

Figura 7 – Manchas acastanhadas do melasma. Regiões: A. Região malar, nasal e supra-nasal.


B. Testa, bochecha e nasal. C. Fronte e bochecha. D. Testa, bochecha, lábio superior e
queixo........................................................................................................................................23

Figura 8 - Exemplos de acromia em confete (A) e ocronose exógena (B) com manchas
castanho-escuras e castanho-acinzentadas na face, desenvolvida pelo uso prolongado de
hidroquinona.............................................................................................................................30
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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classificações das discromias por desordem de produção de


melanina....................................................................................................................................20

Tabela 2 – Tabela de Fitzpatrick...............................................................................................22

Tabela 3 – Fotoprotetores solares recomendados para cada tipo de


pele............................................................................................................................................25

Tabela 4 – Ativos usados nas formulações de fotoprotetores orgânicos e inorgânicos............26

Tabela 5 – Ativos utilizados no tratamento do melasma..........................................................27

Tabela 6 – Hidroquinona e Monometil éter de hidroquinona (Mequinol) com suas formas


farmacêuticas e concentrações usados no
melasma....................................................................................................................................28

Tabela 7 – Artigos que comparam o uso da hidroquinona com formulações contendo


hidroquinona e outros ativos dermatológicos para o tratamento do
melasma....................................................................................................................................34

Tabela 8 – Artigos que apresentam ativos dermatológicos usados que potencializam o efeito
da hidroquinona no tratamento do
melasma....................................................................................................................................35

Tabela 9 – Artigos que apresentam ativos despigmentantes que substituem a hidroquinona no


tratamento do melasma.............................................................................................................38
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

JDE - Junção dermoepidérmica


DOPA - Diidroxifenilalamina
O2 - Oxigênio
UV - Ultra Violeta
UVB - Ultra Violeta B
HQ - Hidroquinona
QS - Quality-Switched
FPS - Fator de Proteção Solar
AHA - Ácido alfa-hidroxiácidos
TXA - Ácido tranexâmico
CTP - Combinação tripla de creme
DOPA - Diidroxifenilalamina
S - Enxofre
TRP2 - DOPA cromo taumerase
TRP1 - 5,6-diidroxiindol oxidase
ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
ATA- Ácido tricloroacético
VC-PMG - Fosfato de ascorbil magnésio
MMEH - Monometil éter da hidroquinona
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 13
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 13
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 13
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 14
4 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15
4.1 Pele ..................................................................................................................................... 15
4.2 Melanogênese ..................................................................................................................... 17
4.3 Discromias .......................................................................................................................... 20
4.3.1 Melasma .......................................................................................................................... 22
4.3.1.1 Fatores determinantes .................................................................................................. 23
4.3.1.2 Tratamentos .................................................................................................................. 24
4.3.1.2.1 Comparações entre os ativos despigmentantes utilizados no tratamento do melasma33
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 44
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45
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1 INTRODUÇÃO

Os distúrbios hiperpigmentares na pele, como o melasma, incomodam e afetam a auto


estima do paciente, causando desde estresse emocional, ansiedades e doenças sistêmicas até
patologias mais graves como depressão (ABDEL-HAFEZ et al., 2009; AVRAM et al., 2008;
BAUMANN et al., 2004; FINLAY et al., 2012; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Dos pacientes que desenvolvem distúrbios na pele, estima-se que cerca de um terço
sofrem de problemas emocionais e psicológicos, na maioria das vezes é devido ao aspecto das
lesões, por permanecerem visíveis, problema esse que afeta o relacionamento pessoal, social e
profissional do paciente ao se relacionar com outras pessoas, sendo necessária uma
preocupação maior na avaliação dos fatores que influenciam nas alterações que afetam à
qualidade de vida desses pacientes, como estas desordens hiperpigmentares, como a história
natural da doença, as características do indivíduo, a área do corpo em que está localizada a
patologia e o diagnóstico prévio da doença (ABDEL-HAFEZ et al., 2009; AVRAM et al.,
2008; FINLAY et al., 2012).
A terapia do melasma pode ser frustrante para os pacientes, levando a estresses
emocionais, como também gera uma preocupação para os médicos, devido a certa dificuldade
no clareamento das manchas com aplicações de diversos ativos dermatológicos e métodos,
tendo apenas uma pequena melhora no clareamento das manchas hiperpigmentadas na
maioria das vezes (AVRAM et al., 2008; BAUMANN et al., 2004).
Todos os tipos de pele estão propícios ao desenvolvimento dos distúrbios pigmentares,
porém, em pacientes com pele mais escura a terapia geralmente é dificultada, exigindo
aplicação tópica de agentes despigmentantes como a hidroquinona, prevenção e proteção solar
e às vezes, aplicações de peelings químicos, com o intuito de reduzir a hiperpigmentação,
tomando um certo cuidado no clareamento indesejado da pele normal (AVRAM et al., 2008;
BAUMANN et al., 2004; KAKITA; LOWE, 1998).
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Comparar estudos do uso associado e isolado da hidroquinona bem como descrever os


ativos alternativos que potencializam ou substituam a ação despigmentante da hidroquinona
no tratamento do melasma.

2.2 Objetivos específicos

 Estudar melanogênese;
 Identificar a problemática da hidroquinona;
 Apresentar ativos que potencializam ação despigmentante da hidroquinona.
14

3 METODOLOGIA

A pesquisa realizou-se durante o período do mês de março ao mês de maio de 2015,


por meio de livros didáticos e bases de dados: Google acadêmico, SCIELO, Portal de
Periódicos da CAPES, PubMed, nos idiomas inglês, espanhol e português. Foram incluídos
artigos e periódicos a partir do ano de 1981 até 2015 que evidenciaram o assunto para o
estudo de revisão, considerando o objetivo proposto no trabalho e excluídos os artigos que
não abordam o assunto. O local da pesquisa englobou a biblioteca do Centro Universitário
Luterano de Palmas (CELP/ULBRA) e a da Universidade Federal do Tocantins (UFT). As
palavras-chaves utilizadas foram: discromias, hiperpigmentações, tratamento do melasma,
despigmentantes.
15

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Pele

O maior órgão do corpo humano é a pele, correspondendo a 16% do peso corporal,


com a principal função de manter o equilíbrio do organismo pela capacidade de renovação e
reparação das células, secreção, proteção, isolamento dos componentes orgânicos do meio
extracelular, protege contra radiação solar, conservando a homeostasia e também sintetiza a
vitamina D. Constitui-se por uma porção epitelial que tem origem a partir das estruturas
epiteliais, neurais, epiderme e derme, tecido adiposo e anexos cutâneos (GONCHOROSKI;
CÔRREA, 2005; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008; RIBEIRO, 2010; SAMPAIO; RIVITTI,
2007).
Basicamente, este órgão se divide em duas camadas principais (Figura 1) com
funções específicas: epiderme e derme (BAUMANN et al., 2004; JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2008).

Figura 1 – Corte histológico das camadas da pele composta pela epiderme e derme.

Epiderme

Derme

Fonte: GUTIÉRREZ-PASCUAL et al., (2009)

A camada mais superficial é a epiderme, constituída de diferentes camadas, com


estruturas e funções diferentes, composta pela camada basal germinativa, espinhosa (também
chamada de Malpighi), granulosa e extrato córneo (Figura 2). Sua principal função é a
formação de uma barreira, que serve de defesa contra fatores externos, como microrganismos,
substancias químicas e os demais agentes nocivos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008;
LEONARDI et al., 2008; RIBEIRO, 2010; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
16

Figura 2 – Corte histológico identificando as camadas que compõe a epiderme: camada


córnea, granulosa, espinhosa e basal e a localização dos melanócitos e queratinócitos na
camada basal da epiderme
Camada córnea
Camada granulosa
Camada espinhosa Queratinócitos

Camada basal

Melanócitos

Fonte: MIOT et al., (2009)

O extrato, ou camada córnea superficial, atua como barreira semipermeável que


protege a pele, prevenindo o transporte da água e mantendo a homeostasia do tecido, evitando
a desidratação. Constitui-se pelos queratinócitos, células mortas, empilhadas, achatadas e
anucleadas, responsáveis pela queratinização da pele. A camada granulosa é formada por
células cheias de grânulos, que servem de resistência e estrutura da pele. Os desmossomos e
queratinócitos, encontram-se na camada espinhosa, responsável pela adesão no interior das
células, maior resistência da pele ao atrito e por sua coloração (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2008; LEONARDI et al., 2008; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
Internamente, encontra-se a camada basal, também chamada germinativa, constituída
pelas células basais, queratinócitos e os melanócitos, composta por uma estrutura de adesão
entre a epiderme e a derme, responsável pela manutenção e suporte de toda a camada
epidérmica, através da atividade constante de renovação celular dos queratinócitos. Os
melanócitos são células derivadas dos melanoblastos na crista neural e constituem-se de um
núcleo pequeno e citoplasma transparente, responsável pela produção do pigmento que dá cor
à pele, a melanina (GOMES; DAMAZIO, 2009; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008;
SAMPAIO; RIVITTI, 2007; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
Separando a epiderme da derme, encontra-se a junção dermoepidérmica (JDE) (Figura
3), camada irregular, sendo envolvida pelos queratinócitos e melanócitos, células da
membrana basal e responsáveis pela forma, suporte, disposição das camadas epidérmicas,
dentre outras funções (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999; SAMPAIO; RIVITTI,
2007).
17

Figura 3 – Corte histológico da junção dermoepidérmica, evidenciando a separação da


epiderme da derme pela membrana basal.

Epiderme

Junção dermoepidérmica -
Membrana basal
Derme
Fonte: BAUMANN et al., (2004)

Por fim, mais profundamente encontra-se a derme, constituída principalmente de


colágeno e sua composição é dividida em três porções: derme papilar (tecido conjuntivo
frouxo), perianexial e reticular (tecido conjuntivo denso), no qual distribui-se de nervos, vasos
sanguíneos e os órgãos (glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos). Essa estrutura
promove a nutrição da epiderme, e tem função na resistência, sustentação, elasticidade,
regulação térmica, proteção e irrigação da camada dérmica, funções essenciais para manter o
equilíbrio e bem estar da pele, sendo uma das preocupações do ser humano, principalmente as
mulheres (BAUMANN et al., 2004; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008; LEONARDI et al.,
2008).
Os distúrbios ou transtornos pigmentares são ditos como patologias, porém, não são
necessariamente uma doença, por serem comuns atualmente. São chamados assim por
causarem estresse e incômodo esteticamente, dentre outros problemas, e são tratados com
produtos que contenham em sua formulação ativos que reparam a integridade normal da pele,
minimizando por exemplo o envelhecimento desse órgão, desencadeado principalmente pelas
radiações solares. Estas radiações também estimulam a melanogênese que causará uma
hiperpigmentação do tecido, sendo a quantidade de melanina na camada epidérmica maior em
indivíduos de pele negra (ALCHORNE; ABREU, 2008; AVRAM et al., 2008;
HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999; SMIT et al., 1998).

4.2 Melanogênese

A melanogênese (Figura 4) é um processo que ocorre nos melanossomas, no interior


dos melanócitos, com estimulação de luz solar. O substrato inicial é a tirosina, aminoácido
armazenado, que sofre oxidação pela enzima tirosinase, formando um complexo enzimático
cúprico-proteico, envolvidos pelo melanossomos, no qual são sintetizados nos ribossomos e
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transferido através do retículo endoplasmático para o complexo de Golgi. Em presença de


oxigênio (O2), a enzima tirosinase oxida o complexo enzimático em diidroxifenilalamina
(DOPA), e este em dopaquinona (MIOT et al., 2009; RIBEIRO, 2010; ROCHA; MORERIA,
2007; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Figura 4 – Melanogênese

O2

O2
Tirosinase
O2

Cisteínase

LeucoDOPAcromo
DOPAcisteína

O2

Feomelanina DOPA cromo


tauromerase (TRP2)

O2 5,6-diidroxiindol
oxidase (TRP1)

Melanina

Fonte: Adaptado de BAE et al., (2006); CARDEN et al., (1998); RIBEIRO, (2010); ROCHA;
MORERIA, (2007); SAMPAIO; RIVITTI, (2007);

No decorrer do processo a DOPAquinona será degradada e seguirá por duas vias. Na


primeira via será formado a DOPAcisteína em presença do enxofre (S) e com reação
catalisada pela enzima cisteínase, formará no final do processo a feomelanina. Na segunda
via, ocorrerá a formação do leucoDOPAcromo e este em DOPAcromo na presença apenas de
O2, composto este que será dividido em duas vias para a formação do produto final a
eumelanina (BAE et al., 2006; MIOT et al., 2009; MURISIER; BEERMANN, 2006;
RIBEIRO, 2010).
19

O primeiro processo é formado através da enzima DOPAcromo taumerase (TRP2)


formará o ácido carboxílico 5,6-dihidroxiindol (DHICA), em seguida pela ação da enzima
5,6-dihidroxiindol oxidase (TRP1) formará o ácido carboxílico 5,6-dihidroxiindolquinona,
resultando na formação da eumelanina. No segundo processo, o composto DOPAcromo será
convertido em 5,6-dihidroxiindol, ocorrendo em seguida uma reação catalisada pela enzima
tirosinase resultando na formação da eumelanina. As duas formas de melaninas podem ser
encontradas na pele, independentemente de sua coloração (BAE et al., 2006; GOMES;
DAMAZIO, 2009; MIRANDA; CASTRO; SILVEIRO, 2014; RIBEIRO, 2010).
A melanina é um polímero pigmentado que proporciona a coloração acastanhada do
tecido cutâneo. No qual a absorção dos radicais livres no interior dos queratinócitos, são
funções da eumelanina, polímero de coloração que varia de marrom ao preto, e as
feomelaninas, compostos amarelo-avermelhados, sofre degradação pela ação das radiações
ultravioletas. Em pessoas com pigmentação mais escura da pele, os melanócitos são maiores e
produzem maior quantidade de melanina, que sofrem uma baixa degradação, se comparado
aos indivíduos de pele mais clara (GOMES; DAMAZIO, 2009; MIOT et al., 2009; RIBEIRO,
2010; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Ao término da formação da melanina, esta é armazenada nos melanócitos que se
encontram na camada basal, e envolvidos pelo complexo de Golgi intracelular, onde é
formado, utilizam-se dos filamentos de miosina e dos prolongamentos dendríticos para
transportar a melanina para o interior dos queratinócitos (Figura 5) a qual, permanece sobre os
núcleos das células epiteliais, com a função de proteger o DNA. O deslocamento da melanina
acontece por processos de fagocitose, endocitose, ou injeção direta (AZULAY; AZULAY;
AZULAY-ABULAFIA, 2008; GOMES; DAMAZIO, 2009; JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2008).

Figura 5 – Processo de migração da melanina através dos melanócitos na camada epidérmica.


Melanina Melanócitos
s
Epiderme

Derme

Fonte: Adaptado de BAE et al., (2006)


20

Ao desenvolver a estimulação das células epiteliais na camada epidérmica por fatores


internos ou externos, ocorre a diferenciação e renovação destas. Regulando com isso, a
quantidade de grânulos de melanina pela produção de melanócitos, que vão sendo degradados
no interior dos queratinócitos. Esse processo ocorre, devido os grânulos de melanina
protegerem o núcleo, especificadamente o DNA dos melanócitos contra as radiações solares,
principalmente. Podendo assim, desenvolver alterações na coloração da pele relacionadas à
melanina, levando às discromias (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008; RIBEIRO, 2010;
SOUTOR; HORDINSKY, 2015).

4.3 Discromias

As discromias são lesões elementares de alterações na coloração da pele, ou seja, são


distúrbios relacionadas à alteração e produção na quantidade de melanina, outros pigmentos e
substâncias na pele. Caracterizam-se por máculas irregulares de forma circular ou manchas
localizadas sem relevo ou depressão, resultantes na diminuição ou aumento da melanina
(GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005; GOMES; DAMAZIO, 2009; LEONARDI et al., 2010;
NICOLETTI et al., 2002; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
As discromias cutâneas por alterações na produção da melanina podem ser divididas
em quatro classes (Tabela 1) e apresentadas (Figura 6), de acordo com as características
morfológicas na alteração de coloração (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008;
SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Tabela 1 – Classificações das discromias por desordem de produção de melanina


Discromia Características Coloração

Hipocromia Diminuição de melanina Manchas claras.

Acromia Ausência de melanina Manchas brancas.

Hipercromia Excesso de melanina Azul, azulado-acinzentado,


azulado-castanho, cinza, preto.
Leucodermia Mistura de hipercromias, hipocromias Branco-marfim, branco-nácar.
e acromias
Fonte: AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, (2008); SAMAPIO; RIVITTI, (2007)
21

Figura 6 – Exemplos de discromias: hipocromia (pitiríase versicolor), acromia (vitiligo


misto), hipercromia (efélides) e leucodermia (poliose), respectivamente.

Fonte: FRAMIL et al., (2010); FROES; PEREIRA, (2009); LUZ; SANTOS; PARTATA, (2014);
NEVES et al., (2010).

Lesões hipocrômicas, também conhecidas como hipopigmentadas ou hipomelanoses,


apresentam uma concentração diminuída de melanina, resultantes da ausência dos
melanócitos e problemas na formação dos melanossomas, produzindo manchas mais claras,
como a pitiríase versicolor, podendo ser localizadas ou generalizadas. Desenvolvem-se por
hereditariedade, congenitamente ou podem ser adquiridas (AZULAY; AZULAY; AZULAY-
ABULAFIA, 2008; GOMES; DAMAZIO, 2009; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
As acromias se assemelham às hipocromias, porém tem coloração branca, com
ausência de melanina e formas irregulares. O albinismo, vitiligo, as síndromes Chediak-
Higashi e a hanseníase são exemplos de acromias. As discromias acrômicas também podem
ser denominadas leucomelanodermias, por apresentar uma zona hiperpigmentada em volta da
mancha (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Já as hipercromias ou também chamada de hipermelanose se constituem por uma lesão
hiperpigmentada. São desenvolvidas pela estimulação dos melanócitos por fatores internos e
externos em que ocorre o aumento da atividade, produção e número desses, desenvolvendo a
coloração azulada ou castanha-azulada. Podem ser hereditárias (congênitas ou não) ou
adquiridas, e ainda localizadas ou difusas. Exemplos de discromias hipercrômicas são o
melasma, fitofotodermalite, efélides ou sardas, hiperpigmentações pós-inflamatórias, lentigo,
doença de Addison, dentre outras (RIBEIRO, 2010; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Além das desordens pigmentares por melaninas, existem hiperpigmentações por outros
pigmentos, as meladormias (excesso de depósito de hemosiderina), icterícias (pigmentos
biliares), carotenodermias (caroteno), lípides, escurecimento temporário da pele (queratina),
drogas subcutâneas e tópicas (pigmentação de cinza a preto). Porém, os despigmentantes não
agem nesses distúrbios pigmentares (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008;
SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Todos os tipos de pele podem desenvolver os distúrbios de pigmentação, com uma
maior relevância em indivíduos de pele mais escura. Essas pigmentações podem ser
22

constitucionais, determinadas pela quantidade de melanina na ausência de exposição solar, e


opcionais, relacionadas com os pigmentos que refletem a capacidade de bronzeamento da
pele. Baseado no tipo e cor da pele humana, Fitzpatrick classificou seis fototipos específicos
de pele (Tabela 2), de acordo com a sensibilidade pigmentar à luz ultravioleta (UV) e fator de
proteção solar mínimos recomendados pelos especialistas. No Brasil, a cor da pele é dividida
em branco, negro, pardo, amarelo e indígena, com a incidência da população avaliada entre os
fototipos IV e VI, identificadas a partir da anamnese (ALCHORNE; ABREU, 2008;
AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN et al., 2004; GOMES;
DAMAZIO, 2009; HADDAD et al., 2003; PURIM; LEITE, 2010).

Tabela 2 – Tabela de Fitzpatrick


Fototipos Cor da pele Resposta ao sol Sensibilidade
I Branca clara Sempre queima, nunca pigmenta Muito sensível
II Branca Sempre queima, pigmenta pouco Muito sensível
III Branca a morena-clara Queima e pigmenta Sensível
moderadamente
IV Morena escura Queima pouco, sempre pigmenta Pouco sensível
V Parda Raramente queima, sempre Pouquíssima
pigmenta sensível
VI Negra Nunca queima, sempre pigmenta Menos sensível

Fonte: AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, (2008); PURIM; LEITE, (2010)

A dermatologia utiliza de diversos sistemas de classificações para a coloração da pele,


sendo o mais utilizado de Fitzpatrick, o qual define os fototipos de pele, orientando os
pacientes na escolha dos protetores solares aplicados nas despigmentações, quanto a
sensibilidade da pele e a exposição pela radiação solar. A pele com capacidade reduzida de
produção de melanina se torna mais sensíveis, sendo que, umas das funções desse órgão é a
proteção contra essas radiações, que podem causar os distúrbios pigmentares (ex.: melasma)
dentre outras patologias (AVRAM et al., 2008; GOMES; DAMAZIO, 2009; NICOLETTI et
al., 2002; SAMPAIO; RIVITTI, 2007; YON et al., 1997).

4.3.1 Melasma

Melasma, também conhecido como cloasma ou melanodermia é uma palavra derivada


do grego melas, que significa negro, e é a denominação de lesão hipercrômica maculosa
adquirida, uma desordem hiperpigmentada comum, principalmente na pele das mulheres.
Originam-se em três diferentes locais, camada epidérmica, dérmica e dermoepidérmica ou
melasma misto, sendo o melasma epidérmico mais responsivo ao tratamento. Caracteriza-se
23

por manchas irregulares, com intensidade de cor discreta ou mais acentuada, castanho-clara a
escura, dependente da quantidade de melanina e tecido afetado (AVRAM et al., 2008;
BAUMANN et al., 2004; LEE, 2014; SEHGAL et al., 2011).
As manchas hiperpigmentadas apresentam-se com bordas irregulares e mal definidas
de cor marrom escuro, localizadas em áreas de exposição frequente ao sol, como face, colo e
membros inferiores, tendo como padrões típicos três regiões, centrofacial: bochechas, testa,
lábio superior, nariz e queixo (Figura 7); região malar: nariz e bochechas; e região
mandibular, a menos comum. A região dorsal do braço é a menos afetada (AVRAM et al.,
2008; AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; NARDIN; GUTERRES, 1999;
SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Figura 7 – Manchas acastanhadas do melasma. Regiões: A. Região malar, nasal e supra-nasal.


B. Testa, bochecha e nasal. C. Fronte e bochecha. D. Testa, bochecha, lábio superior e queixo.

A B C D
Fonte: MIOT et al., (2009); SAMAPIO; RIVITTI, (2007)

As manchas se desenvolvem em maior quantidade frequentemente nos meses do


verão, sendo a fotodermatose o fator desencadeante e agravante mais importante, com
patogenias desconhecida. Podem surgir após intensa e prolongada exposição a luz solar, tendo
como principal defesa física a proteção pela melanogênese ou bronzeamento, onde ocorre a
absorção de radicais livres produzidos pelas radiações solares (ACHAR; RATHI, 2011;
AVRAM et al., 2008; AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008).
Quando esta radiação entra em contato com as camadas epidérmicas da pele,
desenvolve a excitação da tirosinase, que sofre interferências pelo controle genético,
ambiental e hormonal, aumentando o número de melanócitos ativos, na produção da melanina
(AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN et al., 2004).

4.3.1.1 Fatores determinantes

Na maioria das vezes, a história familiar e deficiência nutricional são fatores que
predispõem o melasma, com a hiperpigmentação mais frequente em mulheres de pele
castanha a parda, acima de 25 anos de idade e menor frequência no sexo masculino, com
24

cerca de 10% nas regiões da América Central e do Sul, Oriente Médio, Índia, Caribe ou Ásia
Oriental (AVRAM et al., 2008; BAUMANN et al., 2004; GRIMES, 1995; SAMPAIO;
RIVITTI, 2007).
Além de mulheres jovens, essa patologia pode surgir em mulheres em período
reprodutivo e ao fazer uso de pílulas anticoncepcionais que contenham hormônios exógenos
(estrógenos e/ou progesterona). Durante a gravidez, pode haver um estímulo da
melanogênese, causando aumento da pigmentação na aréola mamária, podendo desaparecer
dentro de alguns meses após o parto (BAUMANN et al., 2004; GRIMES, 1995; SAMPAIO;
RIVITTI, 2007).
A menopausa, períodos pré-menstruais, distúrbios ovarianos, drogas
fotossensibilizantes, psoralênicos, antiepilepsia (Hydantoinfe®, Dilantin®), cosméticos e
produtos derivados do petróleo, calor, cera quente, também são fatores que podem
desencadear o melasma (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN
et al., 2004).
Para um tratamento efetivo desta patologia é necessário a realização da dermatoscopia,
um exame histopatológico específico, que auxilia no diagnóstico e é realizado através da
lâmpada de Wood, quando não se diferencia a olho nu a coloração normal da pele e a área
hiperpigmentada, demonstrando uma cor mais clara no local da mancha. Exame que avalia a
profundidade da localização da melanina e dos pigmentantes melânicos (AVRAM et al.,
2008; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).

4.3.1.2 Tratamentos

A terapia do melasma é difícil e na maioria das vezes frustrante para o dermatologista


e o paciente, pois além disso, vários meses são necessários para que haja uma mudança
apreciável na coloração da mancha. A melhora pode ser apenas parcial e baseia-se na
fotoproteção e administração de agentes despigmentantes tópicos e a laser, com o objetivo de
clarear ou remover as manchas, sendo que o melasma misto e dérmico respondem com menor
eficácia à terapia. Ativos dermatológicos isolados ou em associações são recomendados na
hiperpigmentação, peelings orgânicos e inorgânicos e lasers, sendo indispensável o uso de
protetores solares de amplo espectro e evitar sempre a exposição solar (ARORA et al., 2012;
AVRAM et al., 2008; BAUMANN et al., 2004; KHANNA; RASSOL, 2011; SAMPAIO;
RIVITTI, 2007; SEHGAL et al., 2011).
Evitar a exposição à radiação solar é o fator mais importante para prevenir manchas
hipercrômicas e outras patologias, pois a radiação emitida pela luz UV é a primeira causa de
25

doenças como câncer de pele, envelhecimento cutâneo, rugas, e manchas ao decorrer dos
anos. É recomendado o uso de roupas, chapéus, barracas protetoras, janelas com películas
protetoras, dentre outras formas de proteção. Indica-se dermatologicamente, em primeiro
lugar, a fotoproteção para que não se desenvolva as patologias pelas radiações solares, sendo
estes divididos em dois grupos, filtros solares orgânicos e filtros solares inorgânicos
(AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; HERNANDEZ; MERCIER-
FRESNEL, 1999; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
Na fotoproteção orgânica, as substâncias podem absorver a variação mais ampla da luz
UV, visível e infravermelha ao entrar em contato com a pele. Já na fotoproteção inorgânica,
os óxidos metálicos que, ao ter exposição imediata e significativa à radiação UV, refletem,
dispersam e absorvem uma faixa de raios em áreas específicas da pele, agindo como uma
barreira protetora (DIFFEY; GRICE, 1997; HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999;
RIBEIRO, 2010).
Os fotoprotetores são dermatologicamente desenvolvidos para cada tipo de pele, pela
resposta ao sol (Tabela 3) e com o fator de proteção mínimo recomendado para cada tipo de
pele especificadamente (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; DIFFEY;
GRICE, 1997; HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999).

Tabela 3 – Fotoprotetores solares recomendados para cada tipo de pele


Fototipos Resposta ao sol Fator de Protetor Solar (FPS) mínimo
recomendado
I Sempre queima, nunca pigmenta 15
II Sempre queima, pigmenta pouco 10
III Queima e pigmenta moderadamente 08
IV Queima pouco, sempre pigmenta 06
V Raramente queima, sempre pigmenta 04
VI Nunca queima, sempre pigmenta 02
Fonte: AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, (2008); PURIM; LEITE, (2010).

Dependendo da característica da pele, utiliza-se uma quantidade do FPS, a qual é


determinada pelo coeficiente de proteção, responsável por evitar que a pele tenha uma maior
pigmentação e queime, sendo indicados os protetores entre 15 e 30 ou mais (BAUMANN et
al., 2004; DIFFEY; GRICE, 1997; RIBEIRO, 2010; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
Na produção e manipulação dos fotoprotetores são utilizados diversos ativos. Os
ativos existentes mais utilizados nas formulações e suas respectivas concentrações encontram-
26

se especificados na Tabela 4 (FLOR; DAVOLOS; CORREA, 2007; HERNANDEZ;


MERCIER-FRESNEL, 1999; RIBEIRO, 2010).

Tabela 4 – Ativos usados nas formulações de fotoprotetores orgânicos e inorgânicos


Fotoprotetores Ativos
Cinamatos; benzimidazoles; salicilatos; PABA e seus ésteres;
Orgânicos benzilidêneo-cânfora e derivados, ácido sulfônico, fenil
benzimidazol, benzofenonas, antranilato de metila, parsol 1789 e
derivados do benzoilmetano.
Inorgânico Óxido de zinco; dióxido de titânio; sulfato de bário; cério; talco;
caulim; zircônio.
Fonte: FLOR; DAVOLOS; CORREA, (2007); HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, (1999);
RIBEIRO, (2010); SOUTOR; HORDINSKY, (2015).

As formulações são enriquecidas com substâncias umectantes, hidratantes e


despigmentantes, com o intuito de evitar o ressecamento da epiderme e as vitaminas A e E
com a finalidade de combater o envelhecimento prematuro da pele e são veiculados nas
formas de cremes, géis, emulsões, leites, mousses, géis em bastões para lábios (Sticks),
porém, deve se enfatizar que para ter uma fotoproteção eficaz necessita-se da aplicação
correta do produto na pele, utilizando uma quantidade estimada de 30 a 40 gramas para um
indivíduo (DIFFEY; GRICE, 1997; HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999; SOUTOR;
HORDINSKY, 2015).
No tratamento do melasma, além da fotoproteção, utiliza-se em formulações tópicas,
despigmentantes com o intuito de clarear as manchas hipercrômicas. Na Tabela 5, encontram-
se listados os ativos, e suas devidas concentrações, usados no tratamento do melasma
(SAMPAIO; RIVITTI, 2007; SOUZA; DANIEL JUNIOR, 2009).
27

Tabela 5 – Ativos utilizados para o tratamento do melasma


Classe Ativos Concentrações
usuais (%)
Hidroquinona 5 – 10
Derivados Mequinol 5 – 10
fenólicos Arbutim 3
Hidrocortisona 1

Tretinoína tópica 0,05 – 0,1


Retinóides Ácido azélico 20

Ácido ascórbico -
Ácido kójico 2–7
Outros ativos
Sulfoximina, butionina e -
isopropilcatecol
Compostos de ervas: extrato de -
alcaçuz

Esfoliantes e Peeling: resorcina, fenol, ácido 25 – 35%


dermatoabrasivos tricloroacético, ácido glicólico,
ácido lático
Fonte: SAMPAIO; RIVITTI, (2007); SOUZA; DANIEL JUNIOR, (2009)

Além da fotoproteção, que auxilia tanto na profilaxia quanto no tratamento do


melasma, são utilizadas também diversas classes de despigmentantes, sendo eles os derivados
fenólicos, os retinóides, os esfoliantes e dermatoabrasivos e outros ativos dermatológicos
(ARORA et al., 2012; AVRAM et al., 2008; KHANNA; RASSOL, 2011; SEHGAL et al.,
2011).
Os derivados fenólicos são uma das classes mais eficaz de despigmentante, dentre essa
classe encontra-se a hidroquinona (HQ), o mequinol e o arbutin (ambos análogos da
hidroquinona), a hidrocortisona (corticóide), o éter monobenzílico de hidroquinona, que
também é um derivado fenólico, porém, não é mais utilizado, devido desencadear inúmeras
reações adversas nos pacientes e por seu auto risco de toxicidade e os demais derivados
fenólicos que passam por estudos e necessitam de comprovação (AZULAY-ABULAFIA et
al., 2003; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
A HQ foi descoberta por Oettel em 1936 e a mais de 50 anos é o principal
despigmentante para o tratamento tópico de hiperpigmentação e discromias (melasma), com
uma maior ação e efeito imediato dentre os derivados fenólicos. É usado na concentração de
2% e prescrições de 4%, porém, a menor concentração é a preferencial por menos efetiva que
seja, devido ser menos irritante e com probabilidades baixas de ocorrer efeitos colaterais
28

(COSTA et al., 2010; COSTA et al., 2011; ENGASSER et al., 1981; NICOLETTI et al.,
2002; NORDLUND; GRIMES; ORTONNE, 2006).
O mecanismo de ação baseia-se na inibição reversível da oxidação da enzima
tirosinase, que converte a proteína tirosina em DOPA, precursores da melanina, impedindo
assim sua formação em até 90%. Como também age de forma mais lenta no metabolismo
celular, provoca uma mudança na estrutura na membrana dos melanócitos, acelerando a
degradação e retardando a proliferação dos melanócitos, afetando a síntese de DNA e RNA. E
pode ainda converter a tirosina em metabólitos tóxicos, gerando radicais livres que lesão as
membranas dos melanócitos, causando a morte celular (AZULAY-ABULAFIA et al., 2003;
COSTA et al., 2010; COSTA et al., 2011; FRASSON; CANSSI, 2008; NICOLETTI et al.,
2002; RIBEIRO, 2010; SATO et al., 2004).
Comercialmente, a HQ e seus ésteres são manipulados em diferentes formas
farmacêuticas (Tabela 6) e concentrações (SAMPAIO; RIVITTI, 2007; SOUZA; DANIEL
JUNIOR, 2009).

Tabela 6 – Hidroquinona e Monometil éter de hidroquinona (Mequinol) com suas formas


farmacêuticas e concentrações usados no melasma
Ativos Formas farmacêuticas Concentrações (%)
Hidroquinona Cremes, géis, loções e 2–5
loções alcoólicas

Mequinol Cremes, géis ou loções 2–4


Fonte: SOUZA; DANIEL JUNIOR, (2009)

Nas formulações contendo ambos os ativos, a indicação se deve às hiperpigmentações


em geral, principalmente no melasma. Pela HQ sofrer auto oxidação, acrescenta-se
antioxidantes na formulação, como o bissulfito e metassulfito de sódio ou associações de
vitamina C e vitamina E. Preferencialmente, as preparações são armazenadas em geladeira,
devido a temperatura baixa diminuir a velocidade da oxidação, sendo esta orientação feita
pelo farmacêutico, o profissional que tem o contato diretamente com o paciente após a
prescrição da medicação (ENGASSER et al., 1981; SAMPAIO; RIVITTI, 2007; SOUZA;
DANIEL JUNIOR, 2009; VIEIRA, 2007).
Os pacientes devem ser informados que o tratamento é apenas parcial, pois vários
meses são necessários para que seja observada a melhora na pigmentação, tendo resultados
apreciáveis em 6-8 semanas e o tratamento não deve ser no período maior que três meses.
Aplica-se duas vezes ao dia, no período da manhã e noite, e se houver irritações intensas,
29

somente a noite (ENGASSER et al., 1981; FRASSON; CANSSI, 2008; SAMPAIO; RIVITTI,
2007; SOUZA; DANIEL JUNIOR, 2009).
A HQ não deve ser usada durante a gravidez, pois desenvolve efeitos adversos no feto
e não há estudos adequados em humanos, o que a classifica como medicamento da categoria
C (BAUMANN et al., 2004; HADDAD et al., 2003; SAMPAIO; RIVITTI, 2007; SOUZA;
DANIEL JUNIOR, 2009).
Além disso, Engasser e colaboradores (1981) relataram que mulheres que
desenvolveram o melasma no período da gravidez não devem utilizar agentes clareadores
como tratamento, pois, na maioria das vezes as manchas escuras desaparecem facilmente,
podendo ser retardado o aparecimento desta patologia evitando exposição ao sol, juntamente
com uso de protetores solares.
Ao utilizar cremes de HQ em concentrações elevadas (≥ a 5%) e sobretudo em tempo
prolongado de tratamento mesmo em baixas concentrações (2%) pode-se desencadear
discromias ou efeitos colaterais pelo uso prolongado devido essa molécula ser um metabólito
do benzeno e possuir propriedades mutagênicas, sendo o mais preocupante efeito observado a
pigmentação dos olhos e dano permanente da córnea, e os efeitos mais moderados como a
dermatite de contato, alergias, irritabilidade, prurido, queimação, ardência, ocronose exógena
(citotóxico), melanose conjuntival e despigmentação em confete (AZULAY; AZULAY;
AZULAY-ABULAFIA, 2008; COSTA et al., 2011; GUPTA et al., 2006; SOUZA; DANIEL
JUNIOR, 2009).
A ocronose exógena ocorre após o uso prolongado e constante da HQ, fenol ou
resorcina, se apresenta como máculas azul-enegrecidas hiperpigmentadas, assintomáticas
localizadas na área de aplicação da HQ, com coloração negro-azuladas (Figura 8). Esta
patologia é desencadeada pela inibição da enzima, que oxida o ácido homogentísico,
resultando em um acúmulo desse ácido, na área afetada, como também nos tecidos e urina, o
qual se polimeriza, formando pigmentos ocronóticos nas cartilagens (orelha, laringe,
traqueia), esclerótica, córnea e tecidos conjuntivo. Ocorre geralmente em pacientes com pele
mais escura (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN et al., 2004;
ROMERO et al., 2011).
30

Figura 8 - Exemplos de acromia em confete (A) e ocronose exógena (B) com manchas
castanho-escuras e castanho-acinzentadas na face, desenvolvida pelo uso prolongado de
hidroquinona

A B
Fonte: AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, (2008); SAMAPIO; RIVITTI, (2007)

Em relação às dermatites de contato, encontram-se as dermatites não-eczematosas


hipocromiante, forma mais comum de resposta da pele à substância irritante ou sensibilizante,
ocorrendo hipocromia desencadeada por contato com compostos fenólicos derivados da HQ e
alguns componentes da borracha (SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Com o objetivo de melhorar e aumentar a eficácia terapêutica, bem como reduzir a
irritação da pele causada pela HQ usada em monoterapia, são usadas associações deste
fármaco com outros ativos, com o intuito de inibir com eficácia a produção de melanina sem a
destruição dos melanócitos (BAUMANN et al., 2004; GUPTA et al., 2006; SAMPAIO;
RIVITTI, 2007).
O Mequinol ou monometil éter de hidroquinona, também é um derivado fenólico e
análogo químico mais potente da HQ, obtido sinteticamente. Sua ação como despigmentante é
semelhante ao da HQ, inibindo competitivamente os precursores na síntese de melanina. É
usado nas formulações em concentrações de 2,0 a 4,0%. Uma de suas vantagens é o fato de
apresentar menos efeitos adversos após sua administração, se comparado à HQ e ao
monobenzil éter de hidroquinona (AZULAY-ABULAFIA et al., 2003; GOMES; DAMAZIO,
2009; RIBEIRO, 2010; SOUZA; DANIEL JUNIOR, 2009).
O hidroquinona-O-beta-D-glucopironosida (arbutin), outro composto fenólico e
derivado da HQ, metabólito isolado de plantas naturais, principalmente da uva ursina, tem seu
efeito despigmentante reduzido, se comparado aos demais derivados fenólicos, porém, é um
despigmentante eficaz no tratamento tópico de hiperpigmentações da pele. Seu mecanismo de
ação é semelhante ao da HQ, inibindo a oxidação da tirosina em DOPA, bloqueando a ação da
tirosinase, principal enzima precursora da melanina. São usados em concentrações de 1,0 a
3,0% e geralmente administrados em associações com ácidos alfa hidroxiácidos (AHA) (BAE
et al., 2006; NICOLETTI et al., 2002; SAMPAIO; RIVITTI, 2007; RIBEIRO, 2010; SOUZA;
DANIEL JUNIOR, 2009).
31

Segundo Kang; Chum; Lee (1998) em um realizado durante quatro meses em 25


mulheres coreanas, em que aplicaram uma formulação contendo a hidrocortisona 1%
associada a outros despigmentantes, observaram-se atraves dos resultados, que a
hidrocortisona é eficaz como despigmentante na terapia do melasma recalcitante, como
também, tem ação no aumento da produção do colágeno na área em que foi administrada a
formulação.
Outra classe de fármacos muito utilizada são os retinóides, sendo os principais ativos,
o ácido retinóico (tretinoína) e o ácido azeláico. Essa classe de despigmentantes é usada
geralmente como alternativas para pacientes que não toleram a HQ (BAUMANN et al., 2004;
HERMANDEZ et al., 1999; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
O ácido retinóico, vitamina A ou tretinoína como são denominados, apresenta-se como
um polímero que controla liberação de ativos irritantes, o qual garante a segurança na
aplicação e menor probabilidade de desenvolver efeitos irritantes no tecido cutâneo. São
descritos diversos mecanismos de ação envolvendo o ácido retinóico: dispersão dos grânulos
de melanina no interior dos queratinócitos, interfere na transferência dos melanossomos e
aceleração da renovação celular, aumentando a perda do pigmento. Além disso, há evidências
de que ele possa inibir a produção da tirosinase e a melanogênese e ainda aumenta a síntese de
colágeno. Ao ser associado com a HQ, aumenta a penetração desta no tecido cutâneo e
diminui a atividade dos melanócitos. Sua administração deve ser evitada em grávidas e
lactentes. Utiliza-se nas formulações de cremes a concentração de 2% (MAGALHÃES et al.,
2010; RENDON et al., 2006; SOUZA; DANIEL JUNIOR, 2009).
A formulação contendo o ácido azeláico é uma das mais utilizadas na terapia do
melasma. Seu mecanismo de ação, baseia-se no bloqueio competitivo e não definitivo da
enzima tirosinase, inibe a síntese de DNA e ainda atua na regulação e modificação dos fatores
de crescimento, diferenciação e ativação dos queratinócitos, células localizadas na camada
córnea. Também promovem a esfoliação da pele, síntese de colágeno na camada dérmica e
angiogênese. Usados em formulações tópicas nas concentrações de 15 a 20%, em
monoterapia ou associado à HQ, tretinoína e outros despigmentantes, indicados
dermatologicamente como um despigmentante eficaz no tratamento de inúmeras patologias
dermatológicas, principalmente nas hiperpegmentações. Porém, uma das suas desvantagens é
por notar-se os efeitos adversos causados, como vermelhidão, descamação e tumefação na
pele, sintomas ocorridos no primeiro mês, e em geral desaparecem rapidamente, mas podem
prolongar-se com o uso repetido do mesmo (FITTON; GOA, 1991; HERMANDEZ et al.,
1999; KAKITA; LOWE 1998; RIBEIRO, 2010).
32

Dentre os demais agentes despigmentantes, se destaca o ácido ascórbico (vitamina C),


podendo ser associado à HQ ou outros ativos. Inibe a formação da melanina por agir na
tirosinase, e reduzir a sua oxidação. Age ainda absorvendo a radiação solar por mecanismo de
defesa, devido não penetrar completamente na pele e é usado também como antioxidante,
além de ser útil como um cofator na síntese de colágeno, melhorando a elasticidade do tecido
cutâneo (BAUMANN et al., 2004; HUH et al., 2003; LEONARDI, 2008; RIBEIRO, 2010;
SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
O ácido kójico, um derivado fúngico do Acetobacter sp, Aspergillus sp e Penicillium
sp, obtido por fermentação de carboidratos. Produz seu efeito inibindo a tirosinase não-
competitivamente, pela quelação dos íons de cobre, impedindo a formação do complexo
enzimático cúprico-proteico, bloqueando os processos oxidativos e suprimindo a formação da
melanina, levando a despigmentação da pele. São usados nas concentrações de 1 a 4%,
porém, sua ação poderá ser aumentada pelo aumento da concentração no preparo das
formulações (AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN et al., 2004).
Já o extrato de alcaçuz, composto obtido a partir de sementes, casca, folhas de frutos
ou por fontes minerais. Tem como componente principal a glabridina, age na melanogênese,
inibindo a tirosina e inflamação da pele. Usado na concentração de 2 a 10% (BAUMANN et
al., 2004; GOMES; DAMAZIO, 2009; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).
Além dos despigmentantes tópicos, são usados os peelings químico (ácidos) e
mecânicos (abrasivos), métodos aplicados em qualquer tipo de pele, agindo de acordo a
classificação relacionada à profundidade em que a substancia irá atingir ao ser aplicada na
pele (AVRAM et al., 2008; BAUMANN et al., 2004; GOMES; DAMAZIO, 2009;
TABORDA, 2004).
Os peelings químicos classificam-se em quatro tipos, quanto a profundidade: muito
superficial (camada córnea), superficial (epiderme), médio (derme papilar) e profundo (derme
reticular). E agem induzindo a descamação do tecido cutâneo com a aceleração da renovação
das células danificadas pela exposição prolongada ao sol ou patologias, destruindo e
removendo a camada superficial do extrato córneo e as células envelhecidas. Já os peelings
mecânicos ou abrasivos, agem através de substâncias que arrastam as células mortas do
estrato córneo por atrito (AVRAM et al., 2008; GOMES; DAMAZIO, 2009; VELASCO et
al., 2004).
As hiperpigmentações são de difícil tratamento, principalmente em pessoas de pele
mais escura. A utilização dos peelings são mais seguros em pacientes de pele mais clara, ou
seja, com fototipos I e III, já nas peles mais escuras, fototipos IV e V, são realizadas as
33

esfoliações químicas superficialmente. Dentre eles, destacam-se os AHA: ácido


tricloroacético, ácido glicólico, ácido lático, fenol, solução de Jessner e a resorcina (AVRAM
et al., 2008; AZULAY; AZULAY; AZULAY-ABULAFIA, 2008; BAUMANN et al., 2004;
GOMES; DAMAZIO, 2009; SARKAR et al., 2002; VELASCO et al., 2004).
Os AHAs são substancias que se encontram em frutas e outros alimentos, os mais
utilizados dermatologicamente são o ácido tricloroacético (ATA), fenol, ácido glicólico, ácido
lático. Formulados em concentrações variáveis de acordo o uso em monoterapia ou
associações. O ATA é obtido do triclorato do ácido acético, e usado em concentrações de 10 a
45%, age desnaturando a proteína. Provoca maior irritabilidade da pele, queimação e uma
intensa descamação se comparado aos demais ácidos e são contraindicados em pessoas de
pele negra ou sensíveis e grávidas (AZULAY-ABULAFIA et al., 2003; GOMES;
DAMAZIO, 2009; RIBEIRO, 2010).
Fenol um esfoliante químico com ação profunda e agente queratolítico (diluído), age
rompendo as pontes de enxofre da queratina, permitindo uma maior penetração e absorção na
pele, e ainda tem ação na coagulação da queratina. O ácido glicólico tem ação semelhante ao
do fenol, reduzindo a queratinização da pele, porém, seu mecanismo exato não é totalmente
elucidado. É o peeling mais utilizado dermatologicamente, podendo chegar a concentração de
até 10% nas formulações (LEONARDI, 2008; RIBEIRO, 2010; VELASCO et al., 2004).
Deve-se atentar ao pH da formulação que contenha os ácidos em geral, pois, de acordo
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o limite aceitável é de pH= 3,5 no
mínimo. E ao fazer uso desse tipo de tratamento, deve-se proteger do sol, devido haver
aumento da sensibilidade da pele (LEONARDI, 2008; RIBEIRO, 2010).
Segundo Avram e colaboradores (2008) o laser indicado e mais seguro no tratamento
do melasma é a fototermólise fracionada (Fraxel Laser), eficaz principalmente no melasma
epidérmico. Em um estudo com 10 pacientes, foi aplicado o laser Resurfacing ablativo, um
laser de érbio, resultando em uma melhora significativa, porém, desenvolveu complicação de
hiperpigmentação pós-inflamatória nos pacientes. Ambos são utilizados nos casos em que os
cremes tópicos e peelings não fazem o efeito desejado na terapia do melasma.

4.3.1.2.1 Comparações entre os ativos despigmentantes utilizados no tratamento do


melasma

Há vários estudos demonstrando a eficácia de ativos que potencializam ou substituem


o uso da HQ no tratamento do melasma, que são o ácido kójico, ácido azeláico, ácido
34

glicólico, retinóides, arbutin, mequinol e outros agentes despigmentantes, como também


peelings químicos, com o objetivo de reduzir os diversos efeitos colaterais causados pela HQ.
Nas tabelas 7, 8 e 9, encontram-se os principais artigos sobre o tema (BAUMANN et al.,
2004; COSTA et al., 2011; ENGASSER et al., 1981).

Tabela 7 – Artigos que comparam o uso da hidroquinona com formulações contendo a


hidroquinona e outros ativos dermatológicos para o tratamento do melasma.
Autores e ano Título Despigmentantes População Duração Conclusão
usados do estudo
BALIÑA; O tratamento de Ácido azeláico 329 mulheres 24 Não observaram
GRAUP, 1991 melasma com 20%, semanas diferenças de
ácido azeláico hidroquinona 4% tratamento
20% comparado creme expressivas em
ao creme de relação a
hidroquinona 4%. classificação
geral.
HURLEY et A eficácia do Hidroquinona 4%, 21 mulheres 8 Não houve
al., 2002 peeling de ácido peeling de ácido semanas aumento do efeito
glicólico no glicólico. despigmentante
tratamento do no tratamento do
melasma. melasma.
OTTO et al., Avaliação dos Hidroquinona, 13 2 meses A hidroquinona é
2004 despigmentantes ácido retinóico, dermatologistas o despigmentante
prescritos na fosfato de ascorbil de primeira
região de magnésio, ácido escolha prescrito
Piracicaba – São kójico, ácido pelos
Paulo. glicólico, ácido dermatologistas
mandélico entrevistados.
ESPINAL- A double blind Ácido ascórbico 16 mulheres 16 O ácido ascórbico
PEREZ; randomized trial 5%, creme de semanas pode
MONCADA; of 5% ascorbic hidroquinona 4% desempenhar um
CASTANEDO acid vs. 4% importante papel
-CAZARES hydroquinone in na terapia de
2004 melasma. melasma.

No estudo duplo cego com 329 mulheres, durante 24 semanas, avaliou-se o efeito
despigmentante do ácido azeláico a 20% em comparação com a HQ a 4%, no tratamento do
melasma, com adição de protetor solar em ambas as formulações. Durante o período de
tratamento o ácido azeláico demonstrou resultados relevantes, podendo ser utilizado com
segurança no melasma. Pelo fato de não se observar diferença na ação despigmentante em
relação à HQ no tratamento, referente a redução do tamanho da lesão e intensidade da
pigmentação, com ausência de reações adversas (BALIÑA; GRAUPE, 1991).
Em outro estudo comparativo, Hurley e colaboradores (2002) observaram o efeito do
creme de HQ 4% em relação à formulação com o creme de HQ juntamente com a aplicação
de peeling de ácido glicólico 20 a 30% no tratamento do melasma epidérmico e misto,
realizado em 21 mulheres latino-americanas, durante 8 semanas. As pacientes aplicaram em
35

apenas um lado do rosto o peeling a cada duas semanas, além de usarem duas vezes por dia o
creme de HQ e protetores solares. Concluindo, portanto, que ambas as formulações obtiveram
efeito significativo na redução da mancha no melasma, porém, a eficácia do peeling foi
inferior ao da HQ isoladamente na terapia do melasma.
Otto e colaboradores (2004), realizaram um estudo com 13 dermatologistas de
Piracicaba-SP, durante dois meses, aplicando um questionário com quatro questões
relacionadas aos despigmentantes mais utilizados no tratamento de hipercromias. De acordo
com as respostas dos médicos, a HQ foi o ativo mais prescrito e eficaz, seguido do ácido
retinóico e o fosfato de ascorbil magnésio (VC-PMG) um derivado da vitamina C. Citaram
ainda os ácidos kójico, glicólico e mandélico. Dentre as associações mais utilizadas pelos
dermatologistas destacou-se a HQ + ácido retinóico. Concluindo ser a HQ o despigmentante
de primeira escolha prescrito pelos médicos que participaram da pesquisa.
Verificou-se que o ácido ascórbico pode ser usado isoladamente ou em combinação
com outros despigmentantes no tratamento do melasma idiopático, através do estudo
realizado com dezesseis mulheres durante 16 semanas. No qual, as pacientes aplicaram creme
de ácido ascórbico 5% em um lado do rosto e creme de HQ 4% no lado oposto, sempre com
auxílio do protetor solar diariamente. Sendo que, os melhores resultados foram observados na
aplicação da HQ, se comparado ao do ácido ascórbico, porém, não apresentou diferenças
significativas da ação despigmentantes de ambos (ESPINAL-PEREZ; MONCADA;
CASTANEDO-CAZARES, 2004).
Assim, pode-se notar que em quatro estudos os autores compararam as formulações de
ativos despigmentantes e o creme de hidroquinona isolado, no qual observou uma eficácia na
pigmentação da mancha maior com a HQ, porém, em ambos os estudos o efeito dos demais
ativos são semelhantes ao da hidroquinona usada isoladamente ou em associações no
tratamento do melasma.
36

Tabela 8 – Artigos que apresentam ativos dermatológicos usados que potencializam o efeito
da hidroquinona no tratamento do melasma.
Autores e Título Despigmentantes População Duração Conclusão
ano usados do estudo
GUEVARA; A segurança e Hidroquinona 4%, 39 12 O creme com o
PANDYA, eficácia de ácido glicólico mulheres semanas em combinação é
2003 hidroquinona 4% tamponado a eficaz no
combinado com 10% 10%, vitamina C, tratamento do
ácido glicólico, vitamina E, e melasma
antioxidantes, e protetor solar epidérmico em
protetor solar no (Glyquin) mulheres
tratamento islâmicas de pele
de melasma. escura.
LIM, 1999 Tratamento de Ácido kójico 2%, 40 12 Com a adição do
melasma com ácido hidroquinona 2% mulheres semanas ativo melhorou
kójico em um gel e ácido glicólico ainda mais o efeito
contendo 10%. despigmentante do
hidroquinona e ácido melasma.
glicólico.
LIM; Peeling de ácido Ácido glicólico 10 26 Observou-se uma
THAM, 1997 glicólico no 10% e mulheres semanas acentuada melhora
tratamento do hidroquinona 2% no tratamento do
melasma entre melasma com
mulheres asiáticas. adição do ativo.
COHEN et Synergistic Micro 8 estudos 12 Esta combinação
al., 2012 combination of an in- hidroquinona de casos, semanas pode fornecer uma
office procedure and encapsulada 4%, tipos de opção eficaz,
home regimen for the tri-retinol, e pele II e III simples e de baixo
treatment of facial protetor solar com custo para
hyperpigmentation. fator de proteção pacientes com
solar (FPS) 30. melasma.
SARKAR et The combination of Ácido glicólico, 40 21 O peeling de ácido
al., 2002 glycolic acid peels hidroquinona 5%, pacientes semanas glicólico
with a topical tretinoína 0,05%, proporcionou um
regimen in the acetato de efeito adicional no
treatment of melasma hidrocortisona 1% tratamento
in dark-skinned melasma.
patients: a
comparative study.
TOURLAKI Combination of Hidroquinona 4%, 66 6 meses O estudo propõe a
et al., 2014 fractional erbium- ácido retinóico pacientes combinação do
glass laser and topical 0,03%, butirato de CTP como uma
therapy in melasma hidrocortisona terapia útil para
resistant to triple- 0,1%, laser de pacientes com
combination cream. érbio-vidro melasma
resistente.
37

PARK et al., Um estudo Fluocinolona _ 8 semanas A combinação


2008 controlado acetonida 0,01%, tripla apresentou
randomizado da hidroquinona 4% uma eficácia e
eficácia e segurança e tretinoína satisfação
de uma combinação 0,05%. superiores nos
fixa tripla pacientes asiáticos
(fluocinolona no tratamento do
acetonida 0,01%, melasma
hidroquinona 4%, moderado a grave.
tretinoína 0,05%) em
comparação com
creme de
hidroquinona 4% em
pacientes asiáticos
com melasma
moderado a grave.

CHAUDHA Efficacy of Hidroquinona 2%, 40 24 A combinação de


RY; DAVAL, combination of hidrocortisona pacientes semanas ativos e a
2003 glycolic acid peeling 1%, tretinoína formulação tópica
with topical regimen 0,05%, peeling de é eficaz e segura
in treatment of ácido glicólico no melasma.
melasma.

Avaliou-se a eficácia e segurança de uma formulação contendo creme de HQ 4% em


combinação com o ácido glicólico tamponado a 10%, antioxidante a vitamina C e a vitamina
E, juntamente com protetor solar (Glyquin), comparando-se ao creme contendo apenas o filtro
solar, ambos avaliados no tratamento do melasma em 39 mulheres durante 12 semanas de pele
com fototipos de III a V. De 20 pacientes, 15 obtiveram melhoras com a aplicação da
formulação em combinação de ativos. Enquanto que destas apenas dois melhoraram com o
creme contendo o protetor solar. Conclui-se, a melhor eficácia do creme em combinação de
agentes dermatológicos, por demonstrar uma diminuição significativa na pigmentação, se
comparado ao creme contendo o filtro solar sozinho e ambos são tolerados por mulheres de
pele escura de origem islâmica, se acompanhado com hidratação da pele, sendo útil na
despigmentação do melasma epidérmico (GUEVARA; PANDYA, 2003).
Em seu estudo, Lim (1999), verificou se havia melhora no tratamento do melasma
epidérmico com a incorporação do ácido kójico em um gel contendo HQ e ácido glicólico.
Ativos usados em 40 mulheres chinesas durante 12 semanas. Foi aplicada a formulação em
metade do rosto, e na outra metade utilizou-se a mesma formulação, mas sem o ácido kójico.
Observou-se que todas as pacientes obtiveram melhora na hiperpigmentação em ambos os
lados da face, porém, com maior relevância no lado do rosto que recebeu a formulação
contendo o ácido kójico. Dentre o total, em duas pacientes houve desaparecimento de toda a
mancha, na quais utilizaram a formulação com o ácido kójico. Alguns desenvolveram efeitos
adversos como vermelhidão, ardência e descamação, advindos dos agentes dermatológicos.
38

Lim e Tham (1997), realizaram um estudo com o objetivo de verificar a eficácia e


segurança do peeling de ácido glicólico e HQ a 2% usado no tratamento do melasma e
enrugamento facial em 10 mulheres asiáticas, no período de 26 semanas. Foram realizadas
aplicações de creme de ácido glicólico e HQ diárias, em ambos os lados do rosto, juntamente
com peeling de ácido glicólico a cada três semanas e protetores solares. Ao final de 26
semanas, houve uma melhoria da pigmentação e enrugamento facial fino nos rostos das
pacientes avaliadas. Portanto, observou-se que nas pacientes que usaram peeling a terapia foi
melhor, porém, os resultados não obtiveram melhoras significativas estatisticamente.
Avaliou-se em 12 semanas a eficácia e tolerabilidade do peeling químico superficial
aplicadas em manutenção tópica de oito estudos de casos, com pacientes de fototipo de pele II
e III, sardas leve a moderada e/ou melasma facial. Os despigmentantes usados foram a micro
HQ encapsulada 4%, tri-retinol, e protetor solar. Sendo que, todos os pacientes obtiveram
melhoras acentuadas na hiperpigmentação facial, e seis destes apresentaram melhora
significativas. Concluindo ser uma terapia simples, eficaz e barata para o tratamento de
hiperpigmentações (COHEN et al., 2012).
Sarkar e colaboradores (2002), avaliou se havia uma maior eficácia com a aplicação
do peeling de ácido glicólico combinado com creme tópico contendo HQ 5%, tretinoína
0,05% e acetato de hidrocortisona 1%, utilizados por 40 pacientes indianos de pele morena no
melasma epidérmico, durante 21 semanas. Os pacientes foram divididos em dois grupos, um
grupo recebeu o tratamento com o peeling e a combinação do creme tópico, e o outro grupo
recebeu apenas o creme tópico. Ao final do estudo, observou-se em ambos os grupos uma
diminuição significativa da mancha, sendo que os pacientes que aplicaram o peeling, a
melhora foi maior e mais rápida, verificando portanto, que o peeling de ácido glicólico pode
ser uma terapia adicional no tratamento da hiperpigmentação.
Tourlaki e colaboradores (2014), avaliaram a segurança e eficácia da terapia do
melasma resistente a combinação de creme triplo, com a fototermólise fracionada não-
ablativa (laser), em combinação com o creme contendo HQ 4%, ácido retinóico 0,03% e
butirato de hidrocortisona 0,1%, em 76 pacientes, durante 6 meses. Aplicou-se o creme
diariamente em 10 dias, acompanhadas de quatro sessões do laser em intervalos de 3 semanas,
sendo que, entre esses intervalos e 3 meses após a última aplicação do laser, a combinação de
creme tripla também foi aplicada diariamente. Ao final de 6 meses, observou-se uma melhora
significativa nas manchas, porém, a eficácia foi maior ao final do primeiro mês da terapia.
Portanto, a combinação do creme triplo com o laser é eficaz no tratamento do melasma
resistente ao creme triplo usado isoladamente, mas, o tratamento a longo prazo é limitado.
39

Park e colaboradores (2008), avaliaram e compararam a eficácia e segurança de uma


combinação tripla de agentes dermatológicos, contendo fluocinolona acetonida 0,01%, HQ
4% e tretinoína 0,05% comparado ao creme de HQ 4%, no tratamento do melasma moderado
a grave, em pacientes asiáticos, no período de 8 semanas. Os pacientes administraram
diariamente uma aplicação do creme triplo ou duas aplicações de HQ. O creme triplo
apresentou, neste estudo, eficácia superior ao creme de HQ, com satisfação do paciente
voltada também ao creme triplo, porém, desenvolveram as reações adversas maiores com o
creme triplo do que com a HQ, sendo a maioria leves. Portanto, através deste estudo, pode se
confirmar a eficácia e satisfação dos pacientes asiáticos com a combinação tripla se
comparado apenas ao tratamento da HQ 4% isoladamente.
Chaudhary e Daval (2003), avaliaram a eficácia da combinação do creme tópico de
HQ 2%, hidrocortisona 1% e tretinoína 0,05%, com o peeling de ácido glicólico, em 40
pacientes indianas, durante 24 semanas, usados na terapia do melasma. Os pacientes foram
divididos em dois grupos, sendo o primeiro tratados com o peeling e a combinação de
despigmentantes e o outro grupo, recebeu apenas a combinação de ativos. Verificou-se que
em ambos os grupos houve uma diminuição da mancha, porém, no grupo que aplicou o
peeling, o resultado foi melhor e mais rápido, concluindo uma maior eficácia da aplicação do
peeling de ácido glicólico se aplicado em combinação com o creme triplo de despigmentantes
na terapia do melasma.
Observando os oito estudos expostos, a hidroquinona tem o efeito despigmentante
potencializado pelos demais ativos dermatológicos usados no tratamento do melasma.
40

Tabela 9 – Artigos que apresentam ativos despigmentantes que substituem a hidroquinona no


tratamento do melasma.
Autores e ano Título Despigmentante População Duração Conclusão
usado do estudo
LOWE et al., Ácido azeláico 20% Ácido azeláico 52 24 Houve
1998 creme no 20% pacientes semanas eficácia e
tratamento de tolerabilidade
hiperpigmentação do creme no
facial de pacientes tratamento do
com pele mais melasma.
escura.
ERBIL et al., A eficácia e Peeling de ácido 28 28 A terapia
2007 segurança do glicólico, creme pacientes semanas combinada é
peeling de ácido tópico ácido eficaz e
glicólico e um azeláico 20% e segura no
regime tópico no gel de adapaleno tratamento do
tratamento de 0,1%. melasma
melasma recalcitrante.
recalcitrante.
MOREIRA et Estudo duplo cego Hidroquinona e 13 90 dias O ativo pode
al., 2010 comparativo entre extrato de uva- mulheres ser usado na
hidroquinona e ursina terapia
extrato de uva- alternativa,
ursina no no melasma.
tratamento do
melasma
RAFAL et al., Tretinoína tópica Tretinoína tópica 38 40 Observou-se
1992 (ácido retinóico) 0,1% (ácido mulheres semanas uma melhora
melhora melasma. retinóico) do melasma
Um ensaio clínico epidérmico
controlado com seu com o uso do
veículo. ativo.

SANDIN et al., Aplicação de Peeling de ácido 16 60 dias O ativo usado


2014 peeling de ácido lático a 82% pacientes é eficaz na
lático em pacientes terapia do
com melasma – um melasma
estudo comparativo resistente.
AZULAY- Tratamento tópico Monometil éter de 50 3 meses O tratamento
ABULAFIA et do melasma com hidroquinona pacientes combinado é
al., 2003 monometil éter da (MMEH) 10% eficaz e
hidroquinona seguro.
(MMEH). Estudo
de observação de
eficácia de clínica
HUH et al., 2003 A randomized, Vitamin C 29 12 O
double blind, mulheres semanas despigmentan
placebo-controlled te pode ser
trial of vitamin C eficaz na
iontophoresis in terapia do
melasma. melasma.
41

KHEMIS et al., Evaluation of Soro rucinol 0,3% 32 3 meses O ativo


2007 efficacy and safety mulheres obteve
of rucinol serum in eficácia
patients with significativa
melasma: a na terapia do
randomized melasma.
controlled trial.
KIM, 2013 Efficacy and safety Ácido alfa-hidroxi 25 8 semanas Foi verificado
of a new superficial (AHAs), pacientes eficácia e
chemical peel using Vitamina C segurança no
alpha-hydroxyl tratamento do
acid, vitamin C and melasma com
oxygen for o uso dos
melasma. ativos.
LEE et al., 2014 Reduction in facial Niacinamida 2%, 42 8 semanas A
hyperpigmentation ácido tranexâmico mulheres combinação
after treatment with 2% (TXA) de ativos
a combination of reduziu o
topical niacinamide aparecimento
and tranexamic de
acid: a randomized, pigmentação
double blind, irregular.
vehicle-controlled
trial.

Durante 24 semanas, Lowe e colaboradores (1998), avaliaram a eficácia, segurança e


tolerabilidade de um creme contendo ácido azeláico 20% comparando-o com um creme
contendo apenas o seu veículo, usados em 52 pacientes, no tratamento de hiperpigmentação
facial em pacientes de pele mais escura, com fototipos de IV a IV. Os pacientes tratados com
o ácido azeláico relataram melhora significativa e pele mais lisa, ficando satisfeitos em
comparação aos pacientes tratados com o seu veículo.
No estudo de Erbil e colaboradores (2007), observaram melhor efeito e margem de
segurança no tratamento do melasma recalcitrante, com a aplicação de uma formulação
contendo uma combinação de peeling de ácido glicólico, se comparado a formulação de
creme tópico de ácido azeláico e o gel de adapaleno. No qual, dividiram-se os pacientes em
dois grupos com um total de 28 pacientes, durante 28 semanas, o primeiro grupo recebeu
peeling de ácido glicólico em combinação com creme tópico de ácido azeláico e o gel de
adapaleno, e o grupo controle recebeu apenas o tratamento tópico contendo ácido azeláico e
adapaleno. Todos os pacientes toleraram os agentes dermatológicos tópicos, bem como a
pequena irritação observada nas semanas iniciais da aplicação. Portanto, o estudo realizado
sugere e leva em consideração a eficácia e segurança no tratamento do melasma recalcitrante
com a combinação do peeling de ácido glicólico, creme ácido azeláico e gel de adapaleno.
Em outro estudo, Moreira e colaboradores (2010), avaliaram e compararam a eficácia
e segurança entre a HQ e o extrato de uva-ursina no tratamento do melasma, com uma
42

população de 13 mulheres, durante o período de 90 dias. As pacientes receberam duas


formulações diferentes, uma aplicada no lado direito e outra no lado esquerdo da face. Do
total de pacientes, 10 demonstraram melhora clínica em geral. Das pacientes tratadas com
HQ, quatro tiveram melhora total e seis melhoras parciais; enquanto que nas pacientes
tratadas com o extrato de alcaçuz a melhora total foi em duas pacientes e parcial em seis.
Concluindo, não haver diferenças significativas entre os ativos, apesar da HQ ser o melhor
tratamento para esta patologia, o extrato de uva-ursina pode ser considerado uma terapia
alternativa para o tratamento do melasma, usada isoladamente ou em combinação com outros
ativos dermatológicos.
No estudo com 38 mulheres, durante 40 semanas, observaram uma melhora
significativa em apenas 24 semanas do tratamento, com a aplicação da tretinoína tópica (ácido
retinóico) como veículo na terapia do melasma. Alguns efeitos colaterais moderados foram
apresentados pelas pacientes que fizeram uso da tretinoína, como eritema e descamação, com
menor proporção que as pacientes tratadas com o veículo. Portanto, o estudo evidenciou uma
melhora clínica significativa produzida pela tretinoína tópica, devido a redução da
pigmentação principalmente na epiderme, porém, a melhora com esse ativo ocorre lentamente
(RAFAL et al., 1992).
Sandin e colaboradores (2014), realizaram um estudo com o objetivo de avaliara o
efeito da aplicação de peeling de ácido lático 82% no tratamento do melasma facial de
fototipos de III a V, em 16 pacientes, durante 60 dias. Dividiu-se as pacientes em dois grupos,
no primeiro encontra-se as pacientes que já estavam sendo tratadas com a formulação tripla
contendo HQ 4%, tretinoína 0,05% e dexametasona 0,05% e o segundo grupo são as pacientes
que não faziam uso de nenhum tratamento a mais de sessenta dias, o peeling de ácido lático
foi aplicada em todas as pacientes. Observou-se uma melhora na hiperpigmentação de todas
as pacientes, como também, não houve efeitos colaterais permanentes, demonstrando a
eficácia do agente dermatológico em estudo no tratamento do melasma resistente,
principalmente em pacientes com pele de fototipos III a V.
A eficácia e segurança do monometil éter de hidroquinona (MMEH) 10% foi avaliada,
em um estudo não comparativo, usado na terapia do melasma, em 50 pacientes, durante três
meses. Aplicou-se o MMEH em toda a face dos pacientes duas vezes ao dia, com auxílio do
uso do protetor solar diariamente durante todo o período de tratamento. Resultando em uma
eficácia e segurança satisfatória em quase todos os pacientes, com uso da combinação do
despigmentante e o protetor solar, justificando seu uso na terapia do melasma (AZULAY-
ABULAFIA et al., 2003).
43

Kang, Chum e Lee (1998), avaliaram em 25 mulheres coreanas, durante 4 meses, a


eficácia da formulação contendo ácido retinóico 0,1%, HQ 5% e hidrocortisona 1%, usada na
terapia do melasma recalcitrante. Sendo aplicado a formulação na face das pacientes duas
vezes por semana, para evitar os efeitos colaterais, desencadeados pela terapia. Após quatro
semanas do tratamento, verificou-se uma despigmentação significativa estatisticamente,
ocorrendo também um aumento na síntese de colágeno da área afetada, após a aplicação da
formulação contendo os despigmentantes.
Em outro estudo, realizado por Singh e colaboradores (2014), os quais verificaram a
eficácia do peeling de ácido lático 82%, em 20 pacientes, durante 24 semanas, usados na
terapia do melasma. O peeling foi aplicado no rosto por 12 semanas e avaliado através de
fotografias das manchas, em intervalos de tempo até o final das 24 semanas. A partir dos
resultados, concluíram a diminuição significativa da hiperpigmentação, afirmando a eficácia e
tolerabilidade do despigmentante usado, na terapia do melasma.
A vitamina C iontoforese, usada como despigmentante, poder ser considerada uma
terapia eficaz no tratamento do melasma, segundo o estudo realizado, em que avaliou durante
12 semanas, a eficácia desse despigmentante em 29 mulheres com melasma. No qual, aplicou-
se a solução em um lado do rosto das pacientes, e no lado oposto, foi usado água destilada
como controle. Verificando através dos resultados, uma diminuição significativa da mancha,
no lado do rosto que foi aplicado o despigmentante (HUH et al., 2003).
Segundo os resultados do estudo duplo-cego, realizado por Khemis e colaboradores
(2007), durante 3 meses, pode se verificar uma boa tolerabilidade e aceitação, com razoável
eficácia do soro rucinol se comparado ao seu veículo, usado na terapia do melasma. No qual,
foram fornecidos dois tubos idênticos de soro rucinol 0,3% ou seu veículo e administrado o
produto, em um dos lados do rosto de 32 mulheres, duas vezes ao dia, durante 12 semanas,
acompanhado do protetor solar diariamente. Seguido desse prazo, foi dada a opção aos
pacientes em usar o despigmentante, por um período adicional de 3 meses. Após as 12
semanas, observou que dos pacientes tratados com o soro de rucinol, a despigmentação foi
menor se comparado com os pacientes que usaram o veículo. Porém, ao final dos 3 meses,
houve uma melhora na redução da mancha em ambos os tratamentos, com despigmentação
significativa nos pacientes que foram tratados com o soro de rucinol.
Em outro estudo, Kim (2003), avaliou a eficácia e segurança de uma formulação de
despigmentantes, composta pelo peeling químico superficial, contendo ácido alfa-hidroxi
(AHAs), vitamina C e oxigênio, usados por 25 pacientes coreanos de fototipos de pele IV e V,
durante 8 semanas, no tratamento do melasma de moderado a grave. Foram aplicadas quatro
44

sessões de peeling, com intervalos de uma a duas semanas. Verificou-se uma melhora clínica
significativa na hiperpigmentação, podendo considerar a formulação em estudo, uma
alternativa eficaz e segura no tratamento do melasma, com nenhum efeito adverso observado.
Lee e colaboradores (2014), avaliaram a eficácia da formulação tópica hidratante,
contendo niacinamida 2% e ácido tranexâmico (TXA) 2%, administrada em 42 mulheres
coreanas, no período de 8 semanas, para o tratamento de hiperpigmentação facial irregular.
Desse total, 21 pacientes utilizaram a formulação em estudo, e as 21 restantes, aplicaram o
seu veículo, duas vezes ao dia, ambos acompanhado com protetor solar diariamente pela
manhã, até o período estabelecido. Observando a partir dos resultados, a melhor eficácia na
diminuição da hiperpigmentação, com a formulação tópica hidratante se comparado ao seu
veículo.
Já em dez estudos realizados, os ativos despigmentantes podem ser usados
isoladamente ou substituir a hidroquinona na terapia do melasma, devido a maior segurança
dos demais despigmentantes e menos efeitos adversos demonstrados pelos pacientes tratados.
45

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O melasma é desencadeado por fatores genéticos, terapias de reposição hormonal,


pílulas anticoncepcionais, gravidez e principalmente pela ação das radiações solares, fatores
estes, que por sua vez, estimula a síntese de melanina, pigmento relacionado a coloração da
pele. Sendo este formado pela melanogênese, processo desencadeado pela tirosinase, principal
enzima na síntese da melanina. No qual, os despigmentantes de maior ação, usados na terapia
do melasma, agem inibindo a tirosinase.
A HQ é o despigmentante mais utilizado na terapia do melasma, em concentrações
de 2% e 4% porém, verificou-se que este ativo não é seguro, por desenvolver inúmeras
reações adversas, como a ocronose exógena. Podendo ser substituído pelos demais
despigmentantes, pois isso minimizaria os efeitos adversos provenientes do seu uso.
Comparou-se e descreveu dos diversos estudos apresentados, a eficácia da HQ,
comparado aos demais despigmentantes usados no tratamento do melasma, usados
isoladamente ou em combinações, com diferentes formas farmacêuticas e concentrações.
Foi observado através dos resultados que os ativos que foram comparados com o
efeito despigmentante da HQ, destacam-se o ácido azeláico, ácido glicólico, ácido retinóico
ou tretinoína, fosfato de ascorbil magnésio, ácido kójico, ácido mandélico, ácido ascórbico ou
vitamina C, sendo que estes, tem efeito semelhante ao da HQ como despigmentante na terapia
do melasma.
Já os ativos que potencializam a ação despigmentante da HQ são o ácido glicólico
tamponado, antioxidantes como a vitamina C e E, ácido kójico, ácido glicólico, tri-retinol,
tretinoína ou ácido retinóico, acetato de hidrocortisona, butirato de hidrocortisona, podendo
estes serem usados em combinação com a HQ, para potencializar o seu efeito despigmentante
no tratamento da hiperpigmentação.
E por fim, dentre os despigmentantes apresentados, os que agem alternativamente à
HQ, estão em maior relevância o ácido azeláico, ácido glicólico, gel de adapeleno, tretinoína
ou ácido retinóico, ácido lático, dexametasona, monometil éter de hidroquinona,
hidrocortisona, vitamina C, soro de rucinol, ácido alfa-hidroxi, niacinamida e o ácido
tranexâmico, ambos usados por fornecer uma maior segurança ao paciente, reduzindo os
riscos de desenvolver efeitos adversos.
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