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FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
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FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
FOLHA DE APROVAÇÃO
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Profa. MSc. Tereza Miranda Rodrigues
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Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes
Coordenadora do Curso
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Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos
Coordenadora de Monografia
FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
DEDICATÓRIA
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Este trabalho dedico especialmente à equipe multiprofissional do CAPS AD SER II, onde
durante um ano de minha vida tive a oportunidade de apreender e por em prática meus
conhecimentos na área da Saúde Mental. Área em que se tem poucos profissionais que busquem
ampliar seus conhecimentos e desenvolver trabalhos para que possam melhorar a qualidade de
vida de usuários do serviço público de saúde.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço especialmente a três tão grandes profissionais que fizeram despertar a grande
afinidade que hoje tenho pela área da Saúde Mental, Enfermeira Adriana Queiroz, Psicóloga
Soraia Pracianio e Terapêuta Ocupacional Kátia Lacerda que foram grandes exemplos de
profissionais as quais tomei por referência para me tornar a profissional que hoje sou. E a
Universidade Federal de Santa Catarina a qual me proporcionou ampliar cada vez mais meus
conhecimentos a cerca da enfermagem na Saúde Mental.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 08
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 09
3 MÉTODO............................................................................................................................ 11
4 RESULTADO E ANÁLISE.............................................................................................. 12
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 13
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 14
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta uma experiência que foi vivenciada em unidade de atendimento
especializada a usuários de álcool e múltiplas drogas – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e
Drogas (CAPS AD) no município de Fortaleza Ceará. Muitos dos usuários que nos últimos anos
estavam procurando o serviço, na sua maioria estavam perdendo a continuidade ao longo do
tratamento. Na roda de conversa começaram a surgir os questionamentos. Usuários tornaram um
serviço de ajuda, resgate, incentivo ao abandono das drogas sem assistencialismo, utilizando o
serviço como ajuda social, ponto de apoio durante o dia.
Esta unidade situa-se no município de Fortaleza- CE e atende adultos e idosos de classe
média dentro do cronograma do Programa Sistema Único de Saúde (SUS), contando com uma
estrutura física de 3 (três) salas disponibilizadas para a consulta de enfermagem, 1 (uma) para
médicos, 1 (uma) para realização atendimento psicológico, 1 (uma) para o SAMI, 1 (uma) de
procedimentos de enfermagem, 1 (uma) unidade de internação 24h, 1 (uma) destinada à farmácia
e 3 (três) para atendimentos em grupo, que nelas são atendidas com livre demanda diária de
segunda feira a sexta feira. A população atendida compreende indivíduos que se disponibilizaram
a ser acolhidos na unidade, de ambos os sexos, todos maiores de 18 anos.
A realidade do Brasil frente ao consumo de drogas é crescente e que cada vez mais os
jovens abaixo de 20 anos buscam a primeira utilização do cigarro, álcool, ou até mesmo a
maconha. Acima desta idade direcionam sua experiência para a cocaína. Cerca de 6% dos
brasileiros já inalaram algum tipo de solvente ou inalante. São os inalantes muito usados entre
crianças e adolescentes em situação de rua, enquanto jovens adultos tendem a usá-los na forma de
lança-perfume ou “loló” (DUARTE, STEMPLIUK e BARROSO, 2009).
Em meninos em situação de rua a presença de inalantes e de maconha é seguida pela
cocaína no sul do país e psicotrópicos em regiões nordestinas. No Ceará é visível o crescente
número se adolescente usuário de algum tipo de droga seja ela licita ou ilícita, pois o número de
mortes, onde de alguma maneira as drogas estão envolvidas, é crescente nos jornais,
caracterizando um aumento cada vez maior da violência.
Na unidade o diferencial do acolhimento é deixar de toná-lo como um serviço de triagem,
onde se marcava como um organizador do processo de trabalho para potencializar o atendimento
de modo a provocar a mudança de um modelo assistencial centrado na doença para um novo
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Projeto Terapêutico Singular (BRASIL 2007; BRASIL, 2009) pode servir de ferramenta
“capaz de provocar processos de reflexão/ação nos trabalhadores de saúde abrindo possibilidades
destes repensarem seu processo de trabalho, suas práticas e a instituição na qual estão inscritos”
(OLIVEIRA, 2007, p. 59 apud CADORE e BECK, 2011).
Cadore e Beck (2011) em seu estudo “Processo terapêutico em um CAPS AD: a visão dos
trabalhadores” alegam a utilização da denominação processo terapêutico ao invés de tratamento
como forma de superar o modelo tradicional de atenção em saúde mental, baseado no princípio
doença-cura.
O acolhimento será a base para a elaboração do PTS, que se divide em quatro momentos:
o diagnóstico que deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social, trabalhar nela os
interesses e desejos, assim como trabalho a cultura e a família. Posteriormente definir metas,
sejam elas a curto, médio ou longo prazo que é negociado com o usuário. O próximo passo
deverá ser fixado à divisão de responsabilidades, estabelecendo com clareza as tarefas de cada
um dos envolvidos. Após um período de 20 dias deverá ocorrer a reavaliação, momento em que
será analisado a evolução bem como as devidas correções, pois onde existe possibilidade de
tratamento (BRASIL, 2008). Desta forma o investimento da equipe em saúde fará a diferença no
resultado. O encorajamento e o apoio podem contribuir para evitar uma atitude passiva por parte
do usuário.
De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o
usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento (BRASIL,
2005).
Da mesma maneira deve ser trabalhado o acolhimento em Saúde Mental na Unidade
Básica de Saúde mesmo sabendo que neste local não se realiza o PTS, porém ocorre o
referênciamento. Muitos dos usuários são encaminhados a vários serviços a fim de encontrarem
respostas aos seus questionamentos e iniciar o tratamento, porém recebem informações incorretas
ou muitas das vezes os profissionais respondem a eles de maneira arrogante Trabalhar a
humanização no serviço de saúde em todas as instâncias é de suma importância na área de Saúde
Mental.
As implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas do uso de drogas não são
consideradas na compreensão global do problema e a percepção distorcida da realidade do uso de
álcool e outras drogas acabou por promover a disseminação de uma cultura que associa o uso de
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drogas à criminalidade.
Segundo (Cadore e Beck, 2011, p. 128),
3 MÉTODO
O instrumento utilizado para realizar o acolhimento foi o próprio material que já existe e
é adotado pela unidade acima citada nos acolhimentos de livre demanda. Tal instrumento foi
criado para a aplicação e realização de acolhimento diário de pacientes nessa unidade.
A partir das informações fornecidas pelos pacientes através do questionário e com base
nesses relatos foram elaborados os PTS individuais de cada paciente, com proposição de
atividades dentro e fora da instituição, além de atividades na comunidade, bem como dentro do
serviço. Isso tudo planejado em conjunto, usuário e serviço, com o intuito que o paciente possa
ser reabilitado e reinserido a sociedade.
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4 RESULTADO E ANÁLISE
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS