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Contabilidade Financeira I e Contabilidade Geral I

1.ª Parte | Enunciados dos Casos

Cursos de Licenciatura:
Auditoria e Fiscalidade
Contabilidade
Gestão e Administração Bancária
Gestão e Administração de Serviços de Saúde
Gestão de Empresas

Docente:
José Farinha

1.º Semestre
Ano Letivo
2017/2018

Contabilidade Financeira I – 2017/2018 Página 1


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Este bloco de Casos Práticos teve o contributo dos


Docentes da Unidade Departamental de Ciências
Empresariais:

Dr.ª Carla Joaquim


Dr. Daniel Oliveira

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Enunciado dos Casos1:
CASO 1 - Luís Simões ............................................................................................................................................................................................4

CASO 2 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade (A)......................................................................................................................8

CASO 3 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade – “Acrab, Lda”............................................................................................ 10

CASO 4 – Elementos do Património, Património Liquido, Resultados .......................................................................................... 11

CASO 5 – Ativo/Passivo – “Octans, Lda”..................................................................................................................................................... 13

CASO 6 – Fluxos Financeiros/Fluxos Económicos/Fluxos de Tesouraria....................................................................................... 14

CASO 7 – Fluxos Financeiros/Fluxos Económicos/Fluxos de Tesouraria – “Pagatudo, Lda.”................................................ 15

CASO 8 – Factos Patrimoniais Permutativos e Factos Patrimoniais Modificativos................................................................... 17

CASO 9 – Composição e Valor do Património- “F. Soares, Lda.” ..................................................................................................... 19

CASO 10 – Variações Patrimoniais - “Alfa, Lda.” ..................................................................................................................................... 21

CASO 11 – Operações/Factos Patrimoniais............................................................................................................................................... 23

CASO 12 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade (B) ................................................................................................................ 24

CASO 13 – Galp Energia .................................................................................................................................................................................... 25

CASO 14 – FEPSA.................................................................................................................................................................................................. 29

CASO 15 - Portucel Soporcel .......................................................................................................................................................................... 33

CASO 16 – Conta – Titulo/Código................................................................................................................................................................. 40

CASO 17- Delta Cafés ........................................................................................................................................................................................ 41

CASO 18 – Razão – “Alfa, Lda.”....................................................................................................................................................................... 44

CASO 19 – Diário/Razão – “XPT, Lda.”......................................................................................................................................................... 45

CASO 20 – Diário/Razão/Balancete – “CL, Lda.”...................................................................................................................................... 47

CASO 21 – “A Companhia das Coisas, Lda.” ............................................................................................................................................. 48

CASO 22 – “A BragaVidros, Lda.”................................................................................................................................................................... 50

CASO 23 – “Matos & Dias, Lda.” .................................................................................................................................................................... 52

CASO 24 – “J. Santos, Lda.” .............................................................................................................................................................................. 54

1 Estes casos foram preparados com base na consulta das fontes mencionadas em cada um deles. Foram construídos exclusivamente
para fins pedagógicos, numa perspetiva académica. Algumas das informações qualitativas e quantitativas e as questões apresentadas
são meramente hipotéticas. As denominações, marcas e logótipos são propriedade da(s) entidade(s) mencionada(s).

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CASO 1 - Luís Simões2
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História de um «Império» que nasceu com Couves e uma Carroça
Visualização do vídeo Luís Simões : www.luis-simoes.com/page/mediateca

Nota prévia
A Luís Simões (LS) é uma das empresas que atualmente lidera o setor de transportes e logística
a nível ibérico. O seu fundador, Fernando Luís Simões, foi homenageado em 2009 pelo
Presidente da República, Cavaco Silva, sendo condecorado com o grau de Comendador na
classe de Mérito Industrial. Faleceu em 12 de Julho de 2011 com 92 anos de idade.

História
A história da LS começou na década de 1930, quando Fernando Luís Simões e Delfina Rosa
Soares, ainda adolescentes, transportavam, de carroça, hortaliças e frutas produzidas pelas
suas famílias para os mercados abastecedores de Lisboa e da Malveira.

Casaram em 1945. Iniciaram o negócio hortícola e, paralelamente, abriram uma mercearia, que
ambos geriam. Em 1948 Fernando Luís Simões aventurou-se a tirar a carta de condução de
veículos pesados e o casal comprou o seu primeiro camião.

Década de 1950: Os primeiros camiões


Na década de 50 Fernando Luís Simões comprou mais camiões e diversificou os seus serviços
de transporte. Além dos produtos hortícolas começou a transportar também materiais de
construção.

2Fonte: www.luis-simoes.pt. As denominações, marcas e logótipos são propriedade da(s) entidade(s)


mencionada(s) no caso.

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Década de 1960: A primeira sociedade
No início da década de 60 intensificou-se a construção em Portugal. Na mesma altura houve
um considerável desenvolvimento do setor de alimentos compostos para animais, exigindo
um aumento da capacidade de transporte rodoviário.

Fernando Luís Simões especializou-se então no transporte de cereais a granel e no transporte


de materiais para a construção, sempre a par do negócio hortícola e comercial. Por imposição
legal, foi constituída em 1968 a empresa com a designação de «Transportes Luís Simões, Lda.»,
dando forma legal ao negócio existente.

Década de 1970: A passagem do testemunho


Em 1973 a gestão da LS foi cedida pelo casal fundador aos seus filhos Leonel, José Luís e Jorge.
Estes consideravam que «o importante não é possuir camiões mas servir clientes». Assim,
optaram pela subcontratação de cerca de 50% da frota, estratégia que se mantém até aos dias
de hoje.

Após a Revolução de Abril de 1974 o seu principal cliente faliu, o qual representava cerca de
80% do total da faturação da empresa. Deste acontecimento, os sócios retiram a sua primeira
grande lição: não depender de apenas um cliente. A partir de então diversificaram serviços e
clientes.

Década de 1980: A aposta em Espanha


Em 1983 Portugal foi assolado por uma profunda crise económica que afetou
consideravelmente o setor da construção, que representava, à época, cerca de 50% da
faturação da LS. Desta crise, os irmãos Simões tiraram a sua segunda grande lição: nenhum
setor deve representar mais do que 20% da faturação. A partir de então expandiram o seu
negócio para o país vizinho. Esta estratégia de internacionalização marcou definitivamente o
futuro da LS.

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Décadas de 1990 e 2000: O desafio da Logística
Na década de 90 a LS diversificou o seu negócio. Assim, a área de negócio de transporte foi
complementada com a logística. Foram instalados sistemas integrados de gestão de armazéns,
transportes e distribuição e procedeu-se à inauguração do Centro de Operações Logísticas do
Carregado, uma unidade de referência na Península Ibérica, à época. Em 1996 a LS
transformou-se em sociedade anónima de modo a facilitar a gestão do negócio.

Na década de 2000 a LS iniciou o negócio de logística em Espanha. Deu um novo salto


tecnológico com a introdução da Informática Embarcada e o Sistema de Posicionamento por
Satélite (GPS) nos veículos e a instalação da Rádio-frequência e a leitura ótica por código de
barras nos armazéns.

O Portal LSnet constitui-se como ferramenta tecnológica avançada em ambiente web na


gestão do relacionamento da LS com os seus clientes e fornecedores. Inaugurou um armazém
automático que melhorou a oferta de soluções logísticas e reforçou a marca de inovação e
pioneirismo da LS.

A Luís Simões hoje

Áreas de negócios da LS
Atualmente a LS atua em duas grandes áreas de negócio:
– Transporte: transporte de mercadorias por rodovia e, apenas em regime
complementar de alguns fluxos, por navio e comboio.
– Logística: desenvolvimento de atividades de logística integrada, incluindo transporte
primário, armazenagem, preparação de pedidos, controlo de inventários, distribuição
de produtos e outros serviços como a manipulação de produtos ou logística de
eventos promocionais.

Governação e Detenção do capital


O Conselho de Administração da LS é atualmente constituído por José Luís Simões, Leonel
Simões e Jorge Simões. A empresa LS é detida a 100% pela família Luís Simões.

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Alguns números que espelham a dimensão da LS
- 10 centros operacionais de transporte, 3 em Portugal e 7 em Espanha
- 15 centros operacionais de logística, 7 em Portugal e 8 em Espanha
- Uma frota de cerca de 2.000 veículos
- Cerca de 2.000 colaboradores
- 250.000 m2 de armazéns
- 145 milhões de kms percorridos/ano
- Cerca de 1.600 clientes de vários setores, incluindo produtos alimentares, papel, grande
distribuição, eletrodomésticos e setor automóvel

Questões:
1. Negócio
a. Qual é o negócio atual da LS?
b. Qual a forma legal do negócio da LS?
c. Qual a natureza do negócio desenvolvido pela LS?
d. Dê exemplos de atividades operacionais, de investimento e de financiamento
desenvolvidas pela LS?
e. Identifique alguns recursos que a LS utiliza no desenvolvimento do seu negócio?
f. Como podem ser financiados estes recursos?

2. Intervenientes no negócio
a. Quem são os investidores na LS?
b. Quem são os gestores da LS?
c. Quem são os clientes da LS?
d. Quem são os fornecedores da LS?
e. Que outros credores poderá ter a LS?

3. Negócio e contabilidade:
a. Qual a importância da compreensão do negócio para a contabilidade?
b. Qual a importância da contabilidade para a gestão do negócio?

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CASO 2 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade (A)

Das diferentes respostas assinale com um X a correta:


1. O Património Individual é constituído por:
a. bens
b. bens, direitos e obrigações
c. obrigações e direitos
d. bens e direitos

2. Um Empréstimo Obtido pela empresa representa:


a. um direito
b. uma obrigação
c. um bem
d. um bem e um direito

3. O Valor do Património comercial resulta de:


a. bens + direitos + obrigações
b. bens + direitos - obrigações
c. activo + direitos - obrigações
d. bens + direitos

4. A Mercadoria em armazém é:
a. um bem
b. um direito
c. uma obrigação
d. um direito de terceiros

5. O Ativo é constituído por:


a. bens e direitos
b. direitos
c. créditos sobre terceiros
d. dívidas a terceiros

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6. O Capital Próprio resulta de:
a) Ativo + Passivo
b) Ativo - Passivo
c) Passivo - Ativo
d) Ativo + Património

7. Numa Compra a Prazo constitui-se:


a) um direito sobre o cliente
b) um direito sobre o fornecedor
c) uma obrigação para o cliente
d) uma obrigação para a empresa

8. Uma Venda a Prazo origina:


a) um direito sobre o cliente
b) um direito sobre o fornecedor
c) um direito para o cliente
d) uma obrigação para a empresa

9. Um Depósito a Prazo origina:


a) um ativo
b) um aumento de activo
c) um aumento de património
d) uma obrigação para com o banco

10. Venda a prazo de mercadorias por 2.200,00€ que estavam valorizadas em armazém
por 1.500,00€:
a) um aumento de ativo e de passivo de igual montante
b) um aumento de passivo
c) um aumento do património ou aumento do capital próprio
d) um aumento de ativo

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CASO 3 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade – “Acrab, Lda”

Com base nas informações que se apresentam, determine o valor do Ativo, Passivo e Capital
Próprio da empresa “Acrab, Lda”:

Rubricas Valor

01. Dívidas de clientes 590.000,00€

02. Equipamentos administrativos 32.500,00€

03. Dívidas a fornecedores de mercadorias 441.000,00€

04. Empréstimo bancário 125.000,00€

05. Mercadorias em armazém 80.500,00€

06. Depósitos à ordem 21.600,00€

07. Dívidas ao Estado 11.000,00€

08. Dívidas aos sócios 23.000,00€

09. Equipamentos de transporte 62.500,00€

10. 500 ações da empresa “ZZ, SA” 7.500,00€

11. Dinheiro em caixa 400,00€

12. Quota na sociedade Lua, Lda 5.000,00€

1. Total de Ativo:

2. Capital Próprio

3. Total de Passivo

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CASO 4 – Elementos do Património, Património Liquido, Resultados

1. Identifique os elementos patrimoniais, gastos e rendimentos, assinalando o respetivo valor.


2. Determine o valor do património líquido e dos resultados.

Valor Ativos Passivos Gastos Rendimentos

01. Dívidas de clientes 155.000,00

02. Máquinas industriais 125.000,00

03. Viaturas ligeiras 30.000,00

04. Consumo de eletricidade 7.500,00

05. Trespasse de estabelecimento 40.000,00

06. Dívidas ao Estado 29.300,00

07. Dívidas aos fornecedores 110.000,00

08. Juros suportados e pagos 1.500,00

09. Custo das mercadorias vendidas 400.000,00

10. Mercadorias em armazém 47.500,00

11. Empréstimos bancários 25.000,00

12. Venda de mercadorias 473.000,00

13. Equipamento básico 45.000,00

14. Depósitos à ordem 30.000,00

15. Rendas suportadas 6.500,00

16. Dinheiro em caixa 4.300,00

17. Combustíveis consumidos 4.250,00

18. Acções da sociedade X 25.000,00

19. Dívidas ao pessoal 7.500,00

20. Ordenados e encargos sociais 90.000,00

21. Consumo de material de escritório 3.250,00

Total

1. Valor do património ativo

2. Valor do património passivo

3. Valor do património líquido *

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4. Valor dos Rendimentos (1)

5. Valor dos Gastos (2)

6. Resultados (3=1-2)

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CASO 5 – Ativo/Passivo – “Octans, Lda”

Suponha que recolheu as seguintes informações relativas à empresa “Octans, Lda”:

Rubricas Valor Ativo Passivo

01. Dívidas de clientes 235.000,00

02. Viaturas ligeiras 60.000,00

03. Software de produção 120.000,00

04. Dívidas a fornecedores 175.000,00

05. Alvará 10.000,00

06. Utilização de descoberto bancário 100.000,00

07. Edifício fabril 270.000,00

08. Dinheiro em caixa 2.000,00

09. Empréstimo bancário 570.000,00

10. Matérias-primas em armazém 90.000,00

11. Viatura pesada 75.000,00

13. Produtos em vias de fabrico (em curso) 25.000,00

14. Equipamentos fabris 245.000,00

16. Produtos acabados em armazém 40.000,00

18. Depósitos bancários 35.000,00

19. Dívidas ao Estado e à Segurança Social 15.000,00

21. Edifício dos escritórios 125.000,00

22. Mobiliário e equipamento administrativo 28.000,00

Total

1. Pretende-se que identifique as rubricas de Ativo e Passivo

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CASO 6 – Fluxos Financeiros/Fluxos Económicos/Fluxos de Tesouraria

Considerando a empresa ContaEuro, Lda, identifique os fluxos de:


 Financeiros (Receita / Despesa).
 Económicos (Rendimentos / Gastos);
 Tesouraria (Recebimentos / Pagamentos);

1. 7 /10/ N – Fatura n.º 44, referente à compra de matérias-primas, no valor de 20.000,00€;


2. 8 /10/ N – Aquisição, por 25.000,00€, de uma viatura para transporte de mercadorias.
Fatura/recibo n.º 789/N;
3. 10 /10/ N – Incorporação de 50% das matérias-primas adquiridas em 07.10.N, no processo
de fabrico do produto acabado ZONAR (admita que não existem outros custos no processo
de fabrico deste produto e que os produtos estão concluídos em 10.10.N);
4. 15 /11/ N – Venda a crédito de 25% dos produtos acabados. Fatura n.º 900, no valor de
5.000,00€;
5. 18 /11/ N – Pagamento da fatura n.º 44;
6. 19 /11/ N – Fatura/recibo n.º 12987 da “Combustíveis Lda”, relativo à compra de gasóleo
no valor de 40,00€ (consumido em 19 e 20 de novembro de N);
7. 25 /11/ N – Aquisição a pronto pagamento (p.pag.) de 10.000,00€ da mercadoria ABOR.
Fatura/recibo n.º 15432;
8. 26 /11/ N – Um incêndio do armazém de mercadorias provocou danos irrecuperáveis em
4.000,00€ de mercadorias;
9. 27 /11/ N – Fatura/recibo n.º 23456, de 95,00€, da Auto-Aluga, Lda relativo ao aluguer de
uma viatura por três dias.
10. 30/11/N – Pagamento de juros de empréstimo, relativo ao período de 1/10/N a 30/11/N,
no montante de 300,00€.

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CASO 7 – Fluxos Financeiros/Fluxos Económicos/Fluxos de Tesouraria –
“Pagatudo, Lda.”

A empresa “Pagatudo, Lda”, vende pranchas de “surf” a pequenos retalhistas. Durante o mês
de dezembro de N, efectuou as seguintes operações:

1. Dia 1 – Compra a 90 dias de 60 pranchas de “surf” ao fornecedor “PX, Lda”, por 1.200,00€
(fatura n.º 96);
2. Dia 2 – Venda de 50 pranchas de “OndaMar, Lda” no valor de 2.000,00€, sendo 50% a
pronto pagamento e o restante a crédito. As pranchas vendidas haviam sido adquiridas por
1.000,00€;
3. Dia 4 – Receção e pagamento das faturas do consumo de água, da eletricidade e do
telefone de outubro e novembro no valor de 1.750,00€;
4. Dia 5 – Envio da nota de encomenda ao fornecedor “Boapraia, Lda”, referente a 60 pranchas
de “surf”;
5. Dia 7 – Pagamento da prestação do empréstimo bancário de longo prazo (6 anos),
contraído em 7 de novembro de N-1, sendo 4.000,00€ de amortização do capital em dívida
e 2.000,00€ de juros;
6. Dia 9 – Recebimento de juros no valor de 90,00€ relativos a um depósito a prazo
constituído em 9 de setembro de N;
7. Dia 10 – Fatura/recibo do Advogado relativa a prestação de serviços no montante de
200,00€. Pagamento por transferência bancária;
8. Dia 15 – Venda de uma viatura de transporte de mercadoria por 6.000,00€, cujo valor
registado na contabilidade da empresa é de 5.000,00€, recebimento por transferência
bancária;
9. Dia 31 – Sinistro – danificaram-se 5 pranchas de “Surf”, que haviam sido adquiridas por
100,00€.
Classifique as operações indicadas em Gastos, Rendimentos, Despesas, Receitas, Pagamentos
e Recebimentos, por datas e valores. Utilize o quadro, inserindo o valor no campo respetivo.

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Quadro para resolução

Datas Recebimento Pagamento Receita Despesa Rendimento Gasto

1 dezembro N

2 dezembro N

4 dezembro N

5 dezembro N

7 dezembro N

9 dezembro N

10 dezembro N

15 dezembro N

31 dezembro N

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CASO 8 – Factos Patrimoniais Permutativos e Factos Patrimoniais Modificativos

Classifique os seguintes factos patrimoniais (permutativos e modificativos), apresentando a


respetiva a justificação:
1. Compra a crédito de uma viatura por 25.000,00€, fatura n.º 4585 do fornecedor
“RodaLeve, Lda”;
2. Compra de mercadorias no montante de 9.000,00€, com pagamento de 50% e o
restante no prazo de 60 dias;
3. Pagamento da fatura n.º 225 do mês anterior do fornecedor “Alfa” no montante de
200,00€, sabendo que a fatura foi registada no respetivo período;
4. Venda a prazo de mercadorias por 5.000,00€ que haviam custado 3.500,00€, nossa
fatura n.º 3256 ao cliente “MF, Lda”;
5. Pagamento por transferência bancária da fatura n.º 4585 do fornecedor “RodaLeve,
Lda” relativo à viatura referida em 1);
6. O cliente “MF, Lda” liquidou a nossa fatura n.º 3256, tendo sido concedido um desconto
de por antecipação de pagamento de 2%;
7. Pagamento de parte do empréstimo bancário no montante de 10.000,00€, acrescido
de juros no valor 750,00€;
8. Venda de uma viatura de mercadorias por 15.000,00€ com o valor na contabilidade de
20.000,00€;
9. Incêndio no armazém da empresa, tendo os prejuízos sido avaliados em 12.000,00€
dos quais apenas 80% estavam cobertos pelo seguro;
10. Compra a crédito de mercadorias por 18.000,00€, fatura n.º 125/A do fornecedor “AXZ,
Lda”;
11. Oferta de mercadorias ao cliente “MF, Lda”, no montante de 150,00€;
12. Pagamento da fatura n.º 125/A, através de cheque, tendo obtido um desconto de 5%
por antecipação de pagamento;
13. Depósito no Banco XX de 500,00€ em notas e moedas que estavam no cofre da
empresa;
14. Devolução de mercadoria ao fornecedor que haviam sido adquiridas por 150,00€;

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15. Empréstimo bancário no montante de 20.000,00€;
16. Pagamento de despesas bancárias relativas ao empréstimo no montante de 220,00€;
17. Aquisição a pronto pagamento de uma máquina (equipamento básico) por 25.000,00€.

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CASO 9 – Composição e Valor do Património- “F. Soares, Lda.”

O património da empresa “F. Soares Lda.”, era em 1/12/N constituído por:


- Edifício no valor de 100.000,00€;
- Dividas a fornecedores no valor de 40.000,00€;
- Empréstimo bancário no montante de 80.000,00€;
- Mercadorias no valor de 24.000,00€;
- Numerário 1.000,00€;
- Dividas ao Estado no montante de 20.000,00€;
- Viatura no valor de 40.000,00€;
- Dívidas de clientes no montante de 60.000,00€;
- Depósitos à ordem de 15.000,00€.

Durante o mês de dezembro ocorreram os seguintes factos patrimoniais:


a) Compra a crédito de mercadorias no valor de 8.000,00€;
b) Venda a pronto (transferência bancária) da viatura por 42.000,00€,;
c) Compra a crédito de uma viatura para transporte de mercadorias por 50.000,00€;
d) Venda a pronto (transferência bancária) de mercadorias por 18.000,00€, que haviam
custado 14.000,00€;
e) Pagamento, com cheque, da divida a um fornecedor na importância de 12.000,00€;
f) Recebimento (transferência bancária) da divida de um cliente na importância de
40.000,00€;
g) Pagamento (transferência bancária) de parte de empréstimo bancário no montante de
15.000,00€ acrescido de juros no montante de 2.000,00€;
h) Pagamento da viatura referida em c), com cheque.

Pretende-se que calcule o valor do Património da empresa “F. Soares, Lda”:


1. Em 1/12/N, evidenciando os elementos patrimoniais.
2. Em 31/12/N, classificando os diversos factos patrimoniais

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MAPA TRABALHO CASO PRÁTICO Nº 9

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CASO 10 – Variações Patrimoniais - “Alfa, Lda.”

A sociedade “ALFA, Lda”, que se dedica ao comércio de equipamento informático, iniciou a sua
atividade em 1/1/N com um capital de 10.000,00€, o qual foi integralmente depositado no
Banco Nacional.

Durante o mês de janeiro efetuou as seguintes operações:


1. Levantamento do banco para caixa (cheque nº 1) do montante de 1.000,00€;
2. Compra de um computador para os seus serviços administrativos por 1.800,00€,
pagamento com cheque, fatura/recibo n.º 6859 do fornecedor ”FZ”;
3. Compra de mercadorias a crédito no valor de 6.000,00€, fatura n.º 458 do Fornecedor "F1";
4. Pagamento, em dinheiro, das despesas com telefone, no valor de 180,00€, referentes ao
presente mês, fatura/recibo n.º 256 da operadora “T”;
5. Empréstimo bancário obtido no Banco Nacional no montante de 15.000,00€;
6. O Banco Nacional emitiu uma nota de lançamento relativa às despesas bancárias do
empréstimo obtido, no montante de 120,00€ (montante descontado na conta de depósitos
à ordem);
7. Pagamento, por transferência bancária, da fatura n.º 458 ao fornecedor "F1";
8. Compra a prazo ao fornecedor "F2" de 5 computadores ao preço unitário de 700,00€,
sendo 4 para venda e 1 para utilização nos serviços administrativos fatura n.º 3568;
9. Venda de mercadorias a prazo ao cliente "C1" por 5.000,00€, que haviam custado
3.000,00€, nossa fatura n.º 1;
10. O cliente "C1" liquidou a fatura n.º 1, por transferência bancária, tendo sido concedido um
desconto de 5% por antecipação de pagamento.

Pretende-se que:
Indique as variações patrimoniais e calcule o valor do património da empresa em 31/1/N,
evidenciando os elementos patrimoniais. Utilize o mapa de trabalho apresentado na pagina
seguinte.

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CASO 11 – Operações/Factos Patrimoniais

ATIVO = SIT. LÍQUIDA + PASSIVO

Equip.. Equip. Edíf. e O. Dep. à Situação Liquida Out.


Transp. Admi. Const. Mercadorias ordem Caixa Fornec. credores

Inicial Adquirida

0 +40.000 +10.000 +50.000

1 +1.500 -1.500

2 +18.000 +18.000

3 +5.000 -2.000 +3.000

4 +20.000 +20.000

5 -2.000 -2.000

6 -17.500 +500 -18.000

7 -400 +400

8 -4000 +6.000 +2.000

9 +20 +20

10 -1.800 -600 -1.200

11 -250 -250

Pretende-se que:
1. Descreva as operações mencionadas;
2. Identifique os factos patrimoniais modificativos e os permutativos;
3. Indique qual o valor do ativo, passivo e situação líquida no final das operações indicadas.

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CASO 12 – Conceitos Fundamentais da Contabilidade (B)

Leia e classifique como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:

1. O Capital Próprio de uma empresa resulta da diferença entre os seus bens e as suas
obrigações.
2. Quando o Passivo de uma empresa é inferior ao seu Ativo, a Situação Líquida diz-se Passiva.
3. O Balanço de uma empresa precisa sempre de ser datado.
4. O Balanço de uma empresa é uma igualdade entre três membros.
5. Os elementos patrimoniais ativos são ordenados no Balanço por ordem crescente da sua
liquidez.
6. Numa empresa industrial as existências são constituídas por mercadorias.
7. O capital inicial é o Capital Próprio no início da atividade de uma empresa.
8. Quando há pagamento de uma dívida a um fornecedor há uma diminuição do ativo e
consequentemente uma diminuição da Situação Líquida de uma empresa
9. Os elementos patrimoniais passivos são ordenados no Balanço por ordem crescente da sua
exigibilidade.
10. Em geral a conta de Fornecedores regista as obrigações a médio e longo prazo duma
empresa.
11. O Balanço em dispositivo horizontal apresenta o Ativo, o Capital Próprio e o Passivo
dispostos em coluna.
12. Os depósitos bancários são uma conta de meios financeiros líquidos.

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CASO 13 – Galp Energia3


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Galp Energia: A Energia Positiva


Visualização de vídeo sobre a Galp Energia ( vídeo institucional):
www.galpenergia.com/PT/Media/videos-audios/Institucional/Paginas/GalleryDetail.aspx?itemld=3

Nota prévia
A Galp Energia é o maior projeto industrial português e uma das maiores empresas com ações
admitidas à cotação em bolsa. É uma empresa integrada de energia, sendo a única empresa
ibérica capaz de fornecer aos seus clientes todas as formas de energia: petrolífera, gás natural
e eletricidade. É uma empresa reconhecida pelas suas políticas de sustentabilidade, fazendo
parte do Dow Jones Sustainability Index.

História
A génese da Galp Energia (Galp) remonta ao século XVIII. Em 1780, Lisboa começa a ser
iluminada com os primeiros candeeiros a azeite. Do azeite ao carvão, da iluminação a gás ao
petróleo e ao gás natural, passaram-se anos de evolução técnica, económica e social. Ao ritmo
do aparecimento destas novas fontes de energia surgem várias empresas (CRGE, Sonap, Sacor,
Cidla, SPP e Petrosul) que traçam os destinos do sector energético em Portugal e darão mais
tarde origem à Galp.

A Galp foi constituída em 22 de Abril de 1999, na altura com a designação de GALP – Petróleos
e Gás de Portugal. Esta empresa, totalmente detida pelo Estado português, passa a agregar a
Petrogal, a única empresa refinadora e a principal distribuidora de produtos petrolíferos em
Portugal, e a GDP - Gás de Portugal, importadora, transportadora e distribuidora de gás natural
em Portugal.

3 Fontes: www.galpenergia.pt. As denominações, marcas e logótipos são propriedade da(s) entidade(s)


mencionada(s) no caso.

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A Galp foi privatizada em 2006. Foi realizada uma oferta pública inicial e as ações passaram a
estar admitidas à cotação em bolsa. A Galp é atualmente uma das maiores empresas de
Portugal, controlando cerca de metade do comércio de combustíveis e a totalidade da
capacidade refinadora de Portugal. Recentemente adotou uma estratégia agressiva de
expansão no mercado espanhol de retalho e prossegue as suas atividades de exploração de
hidrocarbonetos no Brasil e em Angola.

Em 2007 deu-se a maior descoberta de petróleo dos últimos 30 anos, na Baía de Santos, no
Brasil (descoberta Tupi). A Galp tem uma participação de 10% no consórcio que explora este
bloco, do qual fazem parte também a operadora Petrobras, com 65%, e o BG Group, com 25%.
A produção comercial neste bloco teve início no ano 2010.

Negócio
A Galp é atualmente um operador integrado de energia presente em toda a cadeia de valor
do petróleo e do gás natural e cada vez mais ativo nas energias renováveis. As suas atividades
vão desde a exploração e produção de petróleo e gás natural, à refinação e distribuição de
produtos petrolíferos, à distribuição e venda de gás natural e à geração de energia elétrica. A
Galp desenvolve as suas atividades em 13 países de 4 continentes.

Seguidamente apresentam-se alguns indicadores da atividade desenvolvida pela Galp


retirados das suas demonstrações financeiras consolidadas do ano N, com o comparativo de
N-1.

(milhares de euros)

Indicadores N-1 N

Volume de vendas 13.747.406 16.362.671

Ativo total 9.147.515 10.155.417

Capital próprio atribuível aos acionistas da Galp 2.613.209 2.885.483

Resultado líquido atribuível aos acionistas da Galp 451.810 432.682

Nº de colaboradores 7.311 7.381

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Acionistas
O capital da Galp é composto, no final do ano N, por 829.250.635 ações. Os acionistas de
referência são a Amorim Energia, a italiana Eni, a Parpública e a Caixa Geral de Depósitos.

Acionistas País Sede Nº de Ações % Capital

Participações Qualificadas

Amorim Energia. Holanda 317.934.693 38,34%

Caixa Geral de Depósitos Portugal 8.292.510 1,00%

Eni. Itália 235.009.629 28,34%

Parpública Portugal 58.079.514 7,00%

Free-float

Restantes acionistas Diversos 209.934.289 25,32%

As ações da Galp são negociadas desde 2006 na NYSE Euronext Lisbon. São um dos títulos
mais transacionados e uma das maiores capitalizações bolsistas do mercado acionista
português. Poderá consultar informação adicional e visualizar vídeos sobre a Galp no website
www.galpenergia.com.

Questões:
1. Sistema contabilístico
a. O que é o sistema contabilístico da Galp?
b. Qual é o output da contabilidade financeira da Galp?
c. Efetue a ligação lógica entre uma letra maiúscula (A, B, C), uma letra minúscula (a,
b), um ou mais números (1, 2, 3, 4) e um dos pontos (i, ii ou iii).

Tipo de contabilidade Dimensão Tipo de utilizador Normativo

A – Contabilidade financeira a – Interna 1 – Gestores i – IRC

B – Contabilidade de gestão b – Externa 2 – Investidores ii – IFRS/SNC

C – Fiscalidade 3 – Credores iii – Sem normas

4 – Estado

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2. Demonstrações financeiras (consolidadas)
a. Qual o normativo contabilístico que a Galp deve utilizar na preparação das suas
demonstrações financeiras (consolidadas)? Porquê?
b. Quais as demonstrações financeiras (consolidadas) que a Galp deve apresentar?
c. Qual o objetivo destas demonstrações financeiras? O que representa cada uma
delas?
d. Se a Galp não tivesse as suas ações admitidas à negociação em bolsa de valores,
que demonstrações financeiras (consolidadas) teria que apresentar?
e. Efetue a ligação lógica entre uma letra maiúscula (A, B, C) e uma letra minúscula (a,
b, c, d).

Demonstrações financeiras Palavras-Chave

A – Demonstração dos fluxos de caixa a – Posição financeira


B – Demonstração dos resultados b – Operações com acionistas
C – Anexo / Notas c – Entradas e saídas de caixa
D – Balanço / Demonstração da posição financeira d – Resultado líquido
C – Demonstração das alterações no capital próprio e – Informação adicional

f. Dê exemplos de ativos e de passivos que possam estar incluídos na Demonstração


da posição financeira (Balanço) da Galp.
g. Qual a diferença entre o ativo e o capital próprio atribuível aos acionistas da Galp
no final do ano N? Qual o seu significado económico?

3. Utilizadores das demonstrações financeiras


a. Quais são os utilizadores das demonstrações financeiras da Galp?
b. Quem são os acionistas da Galp?
c. Qual a utilidade das demonstrações financeiras da Galp para os seus acionistas?
d. Quais as necessidades de informação dos restantes utilizadores das demonstrações
financeiras da Galp?

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CASO 14 – FEPSA4
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FEPSA: Chapéus sem Fronteiras


 Informação sobre a FEPSA em www.fepsa.pt
 Vídeo sobre «Public Enemies» em www.youtube.com/watch?v=Q8xOgO7_eT8

A FEPSA - Feltros Portugueses S.A. foi criada em 1969 e é líder mundial no fabrico de feltros
de topo de gama, o material que dá corpo ao chapéu.

Johnny Depp, Christian Bale, Clint Eastwood, George W. Bush, Vladimir Putin, Robert de Niro,
Nicolas Cage, Harrison Ford/Indiana Jones (último filme) e elementos dos Black Eyed Peas são
algumas das personalidades que usaram e/ou têm chapéus produzidos com feltros da Fepsa.

A título de exemplo, os cerca de 80 chapéus que se veem no filme «Public Enemies»,


protagonizado por Johnny Depp e Christian Bale, são de feltro produzido pela Fepsa em S.
João da Madeira. A Fepsa também fornece marcas de alta-costura como a Hermès.

4(*) Fontes: www.fepsa.pt;


www.labor.pt/noticia.asp?idEdicao=189&id=9512&idSeccao=1989&Action=noticia
As informações apresentadas são hipotéticas, meramente para fins pedagógicos e académicos. As
denominações, marcas e logótipos são propriedade das entidades mencionada no caso, às quais
agradecemos a compreensão, colaboração e cortesia.

Contabilidade Financeira I – 2017/2018 Página 29


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Todavia, a grande maioria dos 450 mil feltros produzidos anualmente na Fepsa destinam-se a
grupos étnicos e a fardamentos de instituições. No primeiro, pontuam os judeus ortodoxos,
cowboys, australianos, tiroleses e povos dos Andes. Nos fardamentos, a Fepsa fornece feltro
para os chapéus da Real Polícia Montada Canadiana, da Força Aérea da Nova Zelândia, dos
carteiros e da alfândega suíços.
Questões
1. Demonstrações financeiras
Admita, por hipótese, que a Fepsa apresentou os seguintes documentos relativos ao ano N.
Quais integram as demonstrações financeiras, preparadas de acordo com o SNC?

Documentos

 Balanço social  Ata da assembleia-geral


 Relatório de gestão  Balanço
 Demonstração dos fluxos de caixa  Demonstrações das alterações no capital próprio
 Relatório de auditoria  Relatório de sustentabilidade
 Anexo  Relatório da comissão de renumerações
 Demonstração dos resultados  Estatísticas para o INE

2. Conteúdo das demonstrações financeiras


Admita, por hipótese, que as demonstrações financeiras da Fepsa apresentam, entre outros,
os seguintes elementos relativos aos anos N e N+1.

Elementos N N+1

Ativo 260.000 335.000

Passivo 100.000 150.000

Rendimentos 300.000 310.000

Gastos 260.000 265.000

Distribuições de dividendos 15.000 20.000

Caixa 10.000 25.000

Recebimentos 280.000 275.000

Pagamentos 270.000 260.000

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a. Prepare o Balanço, a Demonstração dos resultados e a Demonstração dos fluxos de
caixa em N+1, considerando apenas os principais elementos que constituem cada
uma destas demonstrações financeiras.
b. Admitindo que, no final de N, o capital da Fepsa totaliza 50.000 u.m. e que no ano
N+1 não houve alterações de capital, apresente uma decomposição do capital
próprio da Fepsa no final de N e N+1.
c. Explique a variação que ocorreu no capital próprio de N para N+1.
d. Qual o elo de ligação entre o Balanço e a Demonstração dos resultados?
e. Qual a diferença entre lucro e resultado líquido?
f. A variação de caixa é igual ao lucro obtido? Porquê?

3. Elementos das demonstrações financeiras


Admita, por hipótese, que o Balanço e a Demonstração dos resultados da Fepsa no ano
N+2 incluem os seguintes elementos.

Elementos Valor Ativo Passivo

1. Equipamentos industriais 70.000

2. Edifício fabril 125.000

3. Mobiliário de escritório 5.000

4. Software (adquirido) 15.000

5. Armazém de matérias e produtos 60.000

6. Dívidas a fornecedores 55.000

7. Dívidas de clientes 40.000

8. Patente (adquirida) 20.000

9. Dinheiro depositado em bancos 10.000

10. Empréstimos bancários obtidos 125.000

11. Matérias-primas em armazém 10.000

12. Produtos acabados em armazém 35.000

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Elementos Valor Rendimento Gasto

1. Vendas a clientes 347.000

2. Custo das matérias-primas consumidas 80.000

3. Despesas com telecomunicações 8.000

4. Despesas com energia elétrica 12.000

5. Despesas com combustíveis 5.000

6. Depreciações e amortizações 60.000

7. Encargos com os trabalhadores 120.000

8. Juros dos empréstimos bancários 11.000

9. Juros de depósitos bancários 3.000

10. Renda paga pelo uso dos escritórios 4.000

a. Classifique estes elementos em Ativos e Passivos e determine o total do ativo,


passivo e capital próprio.
b. Classifique-os em rendimentos e gastos e determine o resultado líquido do período.

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CASO 15 - Portucel Soporcel


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Portucel Soporcel: a liderança no papel

Visualização do vídeo Portucel Soporcel - Website: www.portucelsoporcel.com

Nota prévia
O grupo Portucel Soporcel é estruturante para a economia nacional, tem um modelo de
negócio verticalmente integrado – floresta, pasta de celulose, energia renovável e papel -
alicerçado na investigação florestal, industrial e de produto, na inovação tecnológica e de
processos e no desenvolvimento de produtos com uma proposta de valor diferenciada e
reconhecida como tal pelo mercado global.

O grupo Portucel Soporcel é um dos três maiores exportadores de Portugal. Vende para 120
países nos 5 continentes, com destaque para a Europa e EUA. É líder europeu na produção de
pasta branqueada de eucalipto e na produção de papéis finos de impressão e escrita. É
também o maior produtor português de “energia verde” a partir de biomassa.

História
A génese do grupo Portucel Soporcel remonta aos anos 50 do século XX, quando uma equipa
de técnicos da Companhia Portuguesa de Celulose de Cacia tornou possível que esta empresa
fosse a primeira no mundo a produzir pasta branqueada de eucalipto ao sulfato.

Em 1976 foi constituída a Portucel EP como resultado do processo de nacionalização da


indústria de celulose. Contudo, em 1995, foi novamente privatizada uma parte significativa do
capital desta empresa.

Com o objetivo de reestruturar a indústria papeleira em Portugal, a Portucel adquiriu a Papéis


Inapa, em 2000, e a Soporcel, em 2001. Estes movimentos estratégicos foram decisivos e deram

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origem ao grupo Portucel Soporcel que hoje dá cartas no mundo como produtor de pasta
branca de eucalipto e de papéis finos não revestidos. Em 2003, teve início a segunda fase do
processo de privatização da Portucel e, em 2004, a Semapa, grupo de relevo de capital
português, adquire a maioria do capital da Portucel.

Complexos industriais
O grupo Portucel Soporcel dedica-se à I&D aplicada à sua atividade, à produção de plantas
florestais certificadas e à gestão responsável dos espaços florestais. Dedica-se também à
produção de pasta de papel, de papel e de energia renovável através de três complexos
industriais, em Setúbal, Figueira da Foz e Cacia, os quais são uma referência internacional em
dimensão e sofisticação tecnológica.

O complexo industrial de Setúbal inclui três unidades industriais que funcionam de forma
integrada: uma fábrica de pasta branqueada de eucalipto e duas fábricas de produção e
transformação de papéis de impressão e escrita não revestidos (papel de escritório e para a
indústria gráfica). Este complexo integra ainda uma central termoelétrica a biomassa e uma
central de cogeração de gás natural de ciclo combinado associada à nova fábrica de papel.

O complexo industrial da Figueira da Foz constitui uma das mais eficientes unidades fabris de
pasta e papel da Europa. A operação da fábrica também se encontra integrada verticalmente,
da floresta ao papel, que é transformado internamente em folhas para a indústria gráfica
(grandes formatos) e para escritório (A4 e A3). Este complexo integra uma central de cogeração
a biomassa.

O complexo industrial de Cacia dedica-se à produção de pasta de papel e insere-se no coração


da maior mancha florestal de eucalipto do País. A proximidade da matéria-prima constitui um
trunfo que esta unidade tem sabido capitalizar em termos de competitividade e valorização
do seu produto. Este complexo integra igualmente uma central termoelétrica a biomassa.

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Floresta e biodiversidade
Um dos mais importantes pilares para a sustentabilidade da atividade do grupo Portucel
Soporcel reside na gestão responsável da floresta. O Grupo encara a floresta como uma fonte
de riqueza estratégica para o País, tendo em conta que as fileiras florestais constituem hoje o
terceiro sector exportador nacional, com elevado valor ambiental e social.

O grupo Portucel Soporcel dispõe de um Instituto de Investigação Florestal próprio, líder


mundial no melhoramento genético do Eucalyptus globulus. O Grupo acrescenta valor aos
120.000 hectares de floresta certificada que gere em Portugal, tendo sido a primeira entidade
no país a usufruir da gestão florestal certificada simultaneamente pelos prestigiados sistemas
FSC® (Forest Stewardship Council) e PEFC (Programme for the Endorsement of Forest
Certification).

Com uma política ativa de desenvolvimento e valorização da floresta nacional, é responsável


pela produção anual do maior número de árvores certificadas em Portugal e assegura a gestão
de um vasto património florestal, de Norte a Sul do País. O eucalipto ocupa 73% desta área,
designadamente o Eucalyptus globulus, a espécie considerada mundialmente como a árvore
de fibra ideal para papéis de alta qualidade.

Além da produção de eucalipto para abastecer as necessidades industriais, a intervenção


florestal do Grupo também envolve um conjunto diversificado de atividades, que vão desde a
caça, cortiça, vinha e mel às plantas ornamentais. Neste quadro, a defesa da floresta contra
incêndios é uma prioridade para o grupo Portucel Soporcel, que investe anualmente cerca de
3 milhões de euros na prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais, a maior
contribuição privada de meios humanos, materiais e financeiros neste domínio.

Demonstração da posição financeira


A demonstração da posição financeira do grupo Portucel Soporcel representa a sua posição
financeira no final de cada ano. Seguidamente apresenta-se a demonstração da posição
financeira deste grupo empresarial no final de 2011, com o comparativo de 2010.

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Demonstração da Posição Financeira Consolidada da Portucel Soporcel


Valores em euros Notas 31-dez-11 31-dez-10

ATIVO

Ativos não correntes

Goodwill 15 376.756.384 376.756.384

Outros ativos intangíveis 16 2.776.759 94.486

Ativos fixos tangíveis 17 1.529.709.225 1.604.129.728

Ativos biológicos 18 110.769.306 110.502.616

Ativos financeiros disponíveis para venda 19 126.031 126.074

Investimentos em associados 19 1.778.657 516.173

Ativos por impostos diferidos 26 46.271.758 22.963.945

2.068.188.120 2.115.089.406

Ativos correntes

Inventários 20 188.690.926 172.899.681

Valores a receber correntes 21 242.257.094 212.839.536

Estado 22 54.684.123 32.228.030

Caixa e equivalentes de caixa 29 267.431.715 133.958.910

753.063.858 551.926.157

Ativo Total 2.821.251.978 2.667.015.563

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital e reservas

Capital social 24 767.500.000 767.500.000

Ações próprias 24 -42.154.975 -26.787.706

Reservas de justo valor 25 -523.244 78.040

Reserva legal 25 57.546.582 47.005.845

Reservas de conversão cambial 25 -485.916 881.575

Res. líquidos de exercícios anteriores 25 499.721.012 304.020.378

Resultado líquido exercício 196.331.389 210.588.080

1.477.934.848 1.303.286.212

Interesses não controlados 13 220.660 216.755

1.478.155.508 1.303.502.967

Passivos não correntes

Passivos por impostos diferidos 26 193.236.695 164.998.958

Obrigações com pensões de reforma 27 16.682.785 13.713.756

Provisões 28 19.602.592 25.213.377

Passivos remunerados 29 566.813.031 729.696.907

Outros passivos 29 18.109.324 24.271.153

814.444.427 958.094.151

Passivos correntes

Passivos renumerados 29 164.085.292 91.250.000

Valores a pagar correntes 30 284.893.379 264.839.433

Estado 22 70.673.372 49.329.012

528.652.043 405.418.445

Passivo total 1.343.096.470 1.363.512.596

Capital próprio e passivo total 2.821.251.978 2.667.015.563

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Poderá consultar informação adicional e visualizar vídeos sobre a Portucel Soporcel no website
www.portucelsoporcel.com

Questões:
1. Elementos da demonstração da posição financeira
a. Identifique e defina os três principais elementos da demonstração da posição
financeira da Portucel Soporcel.
b. Qual a proporção do ativo que, no final de 2011, era financiada por capital próprio
e por capital alheio?
c. Efetue a ligação lógica entre uma letra maiúscula (A, B, C) e uma ou mais letras
minúsculas (a, b, c, d,…)

Elementos Palavras-Chave

A - Capital próprio a- Recurso


B - Ativo b - Presente
C- Passivo c- Interesse residual
d - Controlo
e- Acontecimentos passados
f- Saída de recursos
g- Financiamento
h- Benefícios económicos futuros
i- Obrigação

2. Classificação dos ativos e passivos


a. Os ativos e os passivos da Portucel Soporcel são apresentados na demonstração da
posição financeira classificados em correntes e não correntes. Qual a diferença
entre estas duas categorias de ativos e de passivos?
b. Identifique os principais ativos correntes e não correntes assim como os passivos
correntes e não correntes da Portucel Soporcel no final de 2011.
c. Qual é, no final de 2011, a proporção dos ativos não correntes relativamente ao
total do ativo?

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d. Admita, por hipótese, que a demonstração da posição financeira da Portucel


Soporcel inclui, entre outros, os seguintes ativos. Classifique-os em ativos fixos
tangíveis, ativos intangíveis, inventários e ativos biológicos, apresentando a
definição de cada um destes elementos.

Ativos

Fábrica da Figueira da Foz

Edifício de escritórios

Plantação de eucaliptos

Pasta de eucalipto

Software de contabilidade

Cães de guarda

Bobines de papel

Marca Navigator

Armazém de papel

Troncos de eucalipto

Videiras

Resmas de papel

e. Efetue a ligação lógica entre uma letra maiúscula (A, B, C) e uma ou mais letras
minúsculas (a, b, c, d,…).

Ativos Palavras-Chave

A- Ativos fixos tangíveis a- Obtenção de rendas


B- Ativos intangíveis b- Mais do que um período contabilístico
C- Mercadorias c- Uso na produção ou fornecimento de bens
D- Matérias-primas d- Inexistência de substância física
E- Produtos acabados e- Venda sem transformação
F- Propriedades de investimento f- Valorização do capital
g- Aplicação na produção

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h- Venda com transformação

3. Efeito das transações nos elementos da demonstração da posição financeira

Admita, por hipótese, que a Portucel Soporcel pondera construir uma nova unidade industrial.
Este investimento decorre das opções estratégicas delineadas para os próximos anos e vem
garantir a capacidade de produção necessária para aumentar a posição desta entidade no
mercado internacional. O custo desta nova unidade estima-se em 500 milhões de euros. Para
financiar este investimento, a administração pondera três cenários alternativos:

a. Aumento do capital no valor de 500 milhões de euros, realizado em dinheiro.


b. Obtenção de um empréstimo bancário no valor de 500 milhões de euros, a
reembolsar em vinte prestações anuais, senda a primeira no valor de 25 milhões de
euros.
c. Obtenção de um empréstimo bancário no valor de 500 milhões de euros, a
reembolsar no prazo de um ano.

Discuta o efeito deste investimento e do respetivo financiamento na demonstração da posição


financeira da Portucel Soporcel

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CASO 16 – Conta – Titulo/Código

1. Considere a conta com o código 433.


a. Indique a classe a que pertence.
b. Indique o código da respetiva conta coletiva.
c. Indique o título da conta a que o
código se refere.
2. Considere agora a conta com o código 2511 e complete convenientemente os espaços
no quadro seguinte:

TITULO CODIGO

Classe

Conta de 1º grau

Conta de 20 grau

3. Complete convenientemente os espaços seguintes:

TÍTULO DA CONTA CODIGO DA CONTA CODIGO DA CONTA DE 1º GRAU

211

Fornecedores c/c

Clientes títulos a receber

231

2711

Equipamento administrativo

435

Material de Escritório

263

44

Encargos sobre remunerações

Transporte de mercadorias

6224

6234

Nota: Na resolução deste exercício deverá ter em consideração o código de contas, anexo ao
SNC.
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CASO 17- Delta Cafés 5


___________________________________________________________________________________________________
Delta Cafés: Uma Empresa de Rosto Humano
 Vídeo «História da Delta Cafés»:
http://www.youtube.com/watch?v=uM2a9e4dbZM
 Vídeo «Como se faz o café….»:
http://www.youtube.com/watch?v=v7D2EstmYhM&feature=mfu_in_order&list=UL
 Vídeo «Delta Cafés Caso de Sucesso: Jornal da Noite da SIC»:
http://www.youtube.com/watch?v=kHxR3HeAcbo

A empresa

A Delta Cafés é uma empresa portuguesa especializada na torra, empacotamento e comercialização


de café. Tem sede em Campo Maior, Alentejo, e faz parte do Grupo Nabeiro.

Esta empresa foi fundada em 1961 pelo comendador Rui Nabeiro, num pequeno armazém de
50m2, com duas bolas de torra com 30kg de capacidade e três funcionários.

Na segunda metade dos anos 70 consolidou o seu negócio com a adaptação às novas exigências
do mercado: desenvolvimento de novos produtos e serviços de qualidade global.

5 Fonte: http://www.delta-cafes.pt e http://www.planetadelta.pt/#/por/planeta-delta/mundo-delta . Este caso


foi construído exclusivamente para fins pedagógicos, numa perspetiva académica. Algumas das informações e as
questões apresentadas são meramente hipotéticas. As denominações, marcas e logótipos são propriedade da(s)
entidade(s) mencionada(s) no caso.
Este caso foi construído exclusivamente para fins pedagógicos, numa perspetiva académica. Algumas das
informações e as questões apresentadas são meramente hipotéticas.

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A Delta Cafés é líder de mercado em Portugal desde 1994. Está presente em 40 países, tendo maior
presença em Espanha, país onde tem 16 departamentos comerciais. Selecciona origens (grãos de
café) provenientes dos quatro cantos do mundo. Tem 41.000 clientes directos e 3.000 funcionários.
É considerada uma empresa com gestão de rosto humano, adotando desde o início a filosofia «Um
Cliente Um Amigo», assente em valores como a Honestidade, Lealdade, Humildade, Qualidade
Total, Solidariedade e Cidadania. Adota e pratica uma atitude responsável para com o futuro do
planeta.
A Delta Cafés recebeu a primeira distinção em Portugal de Responsabilidade Social. A campanha
«Um café por Timor» foi a campanha que deu mais visibilidade à empresa em área da
Responsabilidade Social.

A Delta Cafés é, há vários anos, marca de confiança no Estudo European Most Trust Brands, da
Selecções do Reader’s Digest. A NovaDelta SA foi a primeira empresa certificada no seu sector, pelo
sistema de normas NP 29002.

Por tudo isto, a Delta Cafés é reconhecida como uma Marca de Rosto Humano.

Questões:
1. As contas e a análise das transações
a. O que é uma conta?
b. Dê exemplos de contas que possam ser apresentadas no Balanço da Delta Cafés? O que
representam essas contas?
c. Quais os princípios essenciais a ter em conta na análise das transações da Delta Cafés?
d. Admita, por hipótese, que você decide criar uma empresa de torra e comercialização de
café na mesma área de negócio da Delta Cafés. Escolhe o nome da empresa: Telda
Coffee & Tea, SA. Antes de iniciar as operações que se traduzem na obtenção de lucro
(atividades operacionais), terá que obter financiamento e terá que fazer a «arquitetura»
e «construir» a empresa, isto é, terá de realizar um investimento. Admita que durante
este processo ocorrem as seguintes transações:

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i. Constituição da Telda Coffee & Tea, SA com um capital de 350.000 u.m., que foi
integralmente realizado em dinheiro depositado no banco Narta.
ii. Compra a pronto pagamento de instalações fabris por 150.000 u.m.
iii. Compra de uma linha de torrefação e embalagem de café por 120.000 u.m., a pagar
num prazo inferior a um ano.
iv. Compra do direito de exploração de uma fazenda de café no Brasil por um período
de 20 anos. Este direito foi pago de imediato no valor de 100.000 u.m..
v. Compra de uma patente de produção de café gourmet, com pagamento imediato
no valor de 50.000 u.m.
vi. Obtenção de um financiamento bancário no valor de 80.000 u.m. a pagar em
prestações anuais mas com início no final do segundo ano de atividade da empresa.
vii. Compra de uma participação financeira numa empresa de distribuição, com a qual
será realizado um contrato de distribuição exclusiva dos cafés da Telda, SA no
mercado espanhol. A compra efetuou-se a pronto pagamento e no valor de 60.000
u.m.

Identifique o efeito de cada uma destas transações nas contas do ativo, do passivo e do
capital próprio da Telda Coffee & Tea.

2. Registo do efeito das transações nas contas: diário e razão


a. O que é o diário de uma empresa?
b. Efetue o registo do efeito de cada uma das transações da Telda Coffee & Tea no seu
diário.
c. Qual a diferença entre o diário e o razão?
d. Efetue o registo do efeito de cada uma das transações da Telda Coffee & Tea no razão
e apure o saldo de cada conta.
e. Prepare o Balanço da Telda Coffee & Tea após o registo de todas as transações.

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CASO 18 – Razão – “Alfa, Lda.”

A sociedade “Alfa, LDA.” iniciou a sua atividade com um capital social de 25.000,00€,
integralmente realizado em dinheiro depositado no Banco C.T.I.. Tem como actividade
principal a comercialização de computadores pessoais.

Durante o primeiro mês de atividade a empresa efetuou as seguintes operações:

1. Aquisição de mobiliário de escritório. Fatura n.º 67 da “Móvel, Lda.”, no valor de 2.500,00€;


2. Fatura n.º 3543 da IBMX relativa à compra de 20 computadores. Valor global de 17.500,00€;
3. Reforço de caixa no valor de 500,00€. Cheque nº 575999 s/ C.T.I.;
4. Emissão do cheque n.º 576000 s/ C.T.I. no valor de 1.000,00€, para pagamento parcial da
fatura n.º 67;
5. Nossa fatura nº1 s/ cliente Zacarias no valor de 1.250,00€, referente à venda de um
computador. O computador vendido tinha sido adquirido por 875,00€;
6. Contratualização de um empréstimo bancário de 150.000,00€. Aviso de lançamento n.º
12987 do C.T.I.;
7. Compra a pronto, por transferência bancária, das instalações para a sede da empresa, no
valor de 140.000,00€;
8. Nosso recibo n.º 1 s/ cliente Zacarias no montante de 625,00€;
9. Fatura/recibo n.º 898 da “Auto Lisboa, S.A.”, referente à aquisição de uma viatura ligeira de
passageiros no valor de 22.000,00€ (cheque nº576001 s/ C.T.I.);
10. Nosso cheque nº576002 s/ C.T.I., para pagamento de 30% da dívida à IBMX;
11. Aviso de lançamento do C.T.I., no valor de 25,00€, relativo a juros da nossa conta de
depósitos à ordem (juros a nosso favor).

Pretende-se que:
a. Registe as operações indicadas no razão;
b. Elabore o balanço simplificado.

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CASO 19 – Diário/Razão – “XPT, Lda.”

A empresa XTP, Lda. que se dedica à prestação de serviços de táxis, em 1 de janeiro de N


apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
 Uma viatura 60.000,00€
 Depósito à ordem 3.500,00€
 Dinheiro em caixa 600,00€
 Dívidas de clientes (cliente W) 1.400,00€
 Dívidas a fornecedores (fornecedor Z) 2.800,00€
 Equipamentos administrativos 3.000,00€
 Empréstimo bancário 40.000,00€
 Dívidas ao Estado 700,00€
Durante o mês de janeiro ocorreram os seguintes factos patrimoniais:
Dia 10 de janeiro
1. Prestação de Serviços no valor 1.00,00€ e seu recebimento;
Dia 17 de janeiro
1. Prestação de serviços do valor de 900,00€ e seu recebimento;
2. Receção da fatura relativa à compra, a crédito, de gasóleo ao fornecedor “Y” no montante
de 1.500,00€;
Dia 29 de janeiro
1. Pagamento ao fornecedor “Y” de 1.000,00€ com cheque;
2. Receção e pagamento da fatura de telefone no montante de 120,00€ em dinheiro;
3. Recebimento, por transferência bancaria, de 600,00€ do cliente W;
4. Pagamento da prestação do empréstimo no montante de 800,00€, sendo 600,00€ para
pagamento de capital em dívida e o restante de juros suportados.

Pretende-se:
1. O registo no diário e no razão;
2. A elaboração do balancete analítico.

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Diário de Movimentos

Movimentos a
Nº de Débito Movimentos a Crédito

Data Registo Descrição Conta Importância Conta Importância

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EXERCICIOS PARA AULAS TEORICO/PRATICAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA I: ISCAC I ANO LECTIVO 200 8/2009 12

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CASO 20 – Diário/Razão/Balancete – “CL, Lda.”

A empresa “CL, Lda”. foi constituída em 1/10/N com um capital de 80.000,00€, tendo sido
realizado da seguinte forma: um armazém avaliado em 40.000,00€ e o restante depositado no
Banco M. Durante o mês de outubro deu início à sua atividade e realizou as seguintes
operações:

1. 2/10 — Aquisição de equipamento administrativo no valor de 17.850,00€ (fatura n.º 895


do fornecedor de Investimento Matias & Filhos, Lda.);
2. 5/10 — Aquisição de uma viatura comercial por 39.900,00€. A viatura foi adquirida da
seguinte forma: 80% a crédito (fatura n.º 478 do “Stand Dias, Lda.”) e o restante através do
cheque n.º 7800 s/ o Banco M;
3. 7/10 — Aquisição a pronto pagamento de mercadorias. N/ cheque nº7801 s/ o Banco M
— 5.000,00€;
4. 10/10 — Aquisição de material de escritório, a pronto pagamento, no montante de
125,00€. Fatura/recibo n.º 145 da Papelaria Sarabando. Pagamento por Multibanco;
5. 15/10 — Venda de mercadorias a pronto pagamento por 4.000,00€ (fatura/recibo n.º 101).
O custo desta mercadoria foi de 2.500,00€;
6. 21/10 — Liquidação da fatura n.º 895 do fornecedor Matias & Filhos, Lda. através do
cheque n.º 7802 s/ o Banco M;
7. 25/10 — Pagamento da fatura da água, através de transferência bancária, no montante de
500,00€, fatura/recibo n.º 1254;
8. 26/10 — Constituição de um empréstimo bancário no valor de 13.000,00€. Aviso de
lançamento n.º 432 do Banco M.

Pretende-se que :
1. Elabore o diário do mês de outubro da empresa “CL, Lda”;
2. Proceda à abertura das contas nos “T" e registe os factos patrimoniais ocorridos;
3. Elabore o Balancete analítico.

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CASO 21 – “A Companhia das Coisas, Lda.”

“A Companhia das Coisas, Lda.”, com sede em Cascais, é uma empresa que se dedica à venda
de artigos para estofos decorações e alcatifas.

Por consulta da informação financeira da empresa, obtiveram-se os seguintes dados:

Balanço da “A Companhia das Coisas, Lda.” em 1-1-N (Valores em Euros)

ATIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Ativo não corrente Capital Próprio


Ativos fixos tangíveis 7.000,00 Capital 10.300,00

Total do Capital Próprio 10.300,00


Ativo corrente
Inventários Passivo Corrente
Mercadorias 4.000,00 Dívidas de Terceiros c/prazo

Dívidas de Terceiros c/prazo Financiamentos obtidos 5.000,00


Clientes 5.000,00 Fornecedores 5.500,00

Total do Passivo 10.500,00


Depósitos à ordem e caixa 4.800,00

Total do Capital Próprio e


Total do Ativo 20.800,00 Passivo 20.800,00

Informação: o valor no Banco Ambiente é de 4.000,00€ e o valor em caixa é de 800,00€

Durante a primeira quinzena de janeiro, a empresa realizou as seguintes operações:


1. Dia 4 – Depósito no Banco do Ambiente (guia de depósito n.º 6210) no montante de
600,00€;
2. Dia 4 - Aviso de débito do Banco do Ambiente referente a juros de empréstimo no montante
de 125,00€;
3. Dia 5 – Compra, a pronto pagamento, à “Trafec, S.A.”, de máquina de esticar alcatifa (sua
fatura/recibo n.º 93) pela quantia de 1.500,00€, pagamento por transferência bancária;
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4. Dia 6 – Compra de mercadorias, a 30 dias, à “Filtêxtil, S.A.” (sua fatura n.º 127) no valor de
4.300,00€;
5. Dia 8 – Aquisição de livros e documentos técnicos (fatura/recibo n.º 1047) da “Papelaria Liz”
por 45,00€, pagamento por multibanco;
6. Dia 10 – Devolução à “Filtêxtil, S.A.”, de mercadorias (sua nota crédito n.º 27) no montante
de 500,00€;
7. Dia 11 – O cliente “Sousa Lima Lda”, enviou o cheque n.º 212145 sobre o Banco do Ambiente
para liquidação da sua dívida (n/recibo n.º1) na quantia de 4.000,00€;
8. Dia 12 – Compra, a pronto pagamento, de mercadorias a “A. Bento, Lda” (s/fatura-recibo n.º
82), transferência bancaria de 3.800,00€;
9. Dia 13 – Pagamento por cheque ao fornecedor J. Lemos (s/recibo n.º 172) no montante de
3.000,00€;
10. Dia 14 – Compra de mercadorias, a 30 dias, à fábrica de “Têxteis da Covilhã Lda” (sua fatura
n.º 19) por 5.400,00€;
11. Dia 15 – Aquisição de artigos de publicidade para oferecer a clientes (fatura/recibo n.° 717)
no montante de 100,00€, pagamento por multibanco;

Pretende-se que:
1. A partir do balanço da “A Companhia das Coisas, Lda.”, proceda à abertura de contas no
razão esquemático;
2. Registe, no diário e no razão esquemático (contas do 1º grau), as operações realizadas pela
empresa;
3. Elabore o balancete de verificação, com as contas do 1º grau.

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CASO 22 – “A BragaVidros, Lda.”

A “BragaVidros, Lda.” Dedica-se à comercialização de objetos de vidro e, apresenta os


elementos ativos e passivos expressos no balanço.

Balanço da empresa “BragaVidros, Lda.” em 30/6/N (montantes em €)

ATIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Ativo não corrente Capital Próprio


Ativos fixos tangíveis 150.000,00 Capital 1.000.000,00
Ativos intangíveis 300.000,00 Total do Capital Próprio 1.000.000,00

450.000,00

Ativo não correntes


Inventários Passivo
Mercadorias 600.000,00 Passivo corrente

Dívidas de Terceiros c/prazo Financiamentos obtidos 500.000,00


Clientes 400.000,00 Fornecedores 300.000,00

Total do Passivo 800.000,00

Depósitos bancários e Caixa 350.000,00

Total do Capital Próprio e


Total do Ativo 1.800.000,00 Passivo 1.800.000,00

Nota: Conta de depósitos à ordem (Banco do Centro) – saldo devedor 300.000,00€ (único
banco)

Durante a primeira quinzena de julho, o comerciante realizou as seguintes operações:


1. Compra de mercadorias a 30 dias, à “Vidral, S.A.” (s/fatura n.º 47) por 200.000,00€;
2. Levantamento do Banco do Centro (n/cheque n.º 257967) na quantia de 100.000,00€;
3. Aquisição de equipamento básico à empresa “Geta S.A.” s/fatura n.º 893 por 350.000,00€;
4. Compra de mercadorias, a pronto pagamento, à “Sociedade Vidreira Lisbonense, SA”, pelo
montante de 80.000,00€, pagamento por transferência bancária;
5. Recebimento do cliente “Fernando Tavares” (n/recibo n.º 454) a quantia de 60.000,00€;
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6. Pagamento ao fornecedor “Vidral, S.A”, parte da fatura n.º 47 com cheque n.º 257968
s/Banco do Centro no montante de 60.000,00€;
7. Compra, a 30 dias, a “J. Almeida & Filhos, S.A.” de uma máquina de cortar vidros (s/fatura
n.º 39) pelo valor de 300.000,00€;
8. Contratação de um financiamento bancário no montante de 250.000,00€;
9. Pagamento à empresa “Geta S.A.” 60% da fatura n.º 893, pagamento por transferência
bancária.

Pretende-se que:
a) A partir do balanço inicial da “BragaVidros, Lda.”, proceda à abertura de contas no razão
esquemático,
b) Registe no diário e no razão esquemático, as operações efetuadas durante a primeira
quinzena da sua atividade.

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CASO 23 – “Matos & Dias, Lda.”

A sociedade “Matos & Dias Lda.”, de Alcácer do Sal, apresenta os seguintes elementos
patrimoniais, (devidamente registados nas respetivas contas):
 Ativos fixos tangíveis 15.000,00€
 Investimentos financeiros 5.000,00€
 Mercadorias 20.000,00€
 Clientes 5.800,00€
 Depósitos à ordem 1.500,00€
 Caixa 700,00€
 Fornecedores 6.000,00€
 Outros credores 8.000,00€
Nota: a empresa trabalha com um único banco – Banco Verde

Até ao fim do exercício económico as operações realizadas pela empresa foram as


seguintes:
1. Depósito de 200,00€ no Banco do Verde;
2. Compra de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000,00€;
3. Levantamento de 1.200,00€ do Banco Verde;
4. Pagamento de 800,00€ a fornecedores;
5. Venda, a pronto pagamento, de mercadorias por 9.500,00€, que haviam custado 6.500,00€;
6. Compra a pronto pagamento de equipamento administrativo por 6.000,00€;
7. Compra, a prazo (90 dias), de um veículo pesado por 20.000,00€,
8. Venda a prazo, de mercadorias, por 4.000,00€, que haviam custado 2.500,00€;
9. Financiamento bancário, a longo prazo, de 18.000,00€;
10. Pagamento de juros de empréstimo no montante de 400,00€.

Pretende-se que:
1. Registe as operações no diário e no razão esquemático (T's) das respetivas contas;
2. Elabore o balancete de verificação (contas do 1º grau);
3. Elabore o balancete retificado, sabendo que a empresa deve registar 1.500,00€ de

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depreciações de ativos fixos tangíveis;


4. Lançamento de apuramento de resultados, sabendo que a taxa de imposto sobre o
rendimento é de 20%;

5. Elabore o balancete final (contas do 1º grau);


6. Elabore a Demonstração, de Resultados por Natureza e o Balanço:

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CASO 24 – “J. Santos, Lda.”

A empresa “J. Santos, Lda.”, produz e comercializa brinquedos. A partir de 1 de dezembro de


N, passou a dispor de contabilidade organizada, sendo os elementos patrimoniais, os
seguintes:
 Caixa: 5.000,00€;
 Depósitos à Ordem no Banco Nacional: 10.000,00€;
 Fornecedores c/c: 65.000,00€;
 Empréstimos Bancários: 50.000,00€;
 Clientes c/c: 75.000,00€;
 Mercadorias: 25.000,00€;
 Máquinas: 50.000,00€;
 Capital: 50.000,00€.

Durante o mês de dezembro de N ocorreram os seguintes factos patrimoniais:


1. Compra a crédito ao fornecedor “F” de mercadorias por 10.000,00€, obtendo um desconto
comercial de 10%;
2. Devolução ao fornecedor “F” de mercadorias que haviam sido adquiridas por 500,00€;
3. Compra de mercadorias por 5.000,00€, tendo-se obtido um desconto de pronto pagamento
de 3%, pagamento em numerário;
4. Venda a crédito de mercadorias ao cliente “C” por 5.000,00€, que haviam custado 3.500,00€;
5. Devolução de mercadorias pelo cliente “C” que haviam sido faturadas por 1.250,00€;
6. Recebimento, em numerário, da dívida do cliente “C”. Foi concedido um desconto de
antecipação de pagamento de 3%;
7. Compra a crédito de máquina (para a produção) no montante de 50.000,00€;
8. Pagamento, por cheque s/ o Banco Nacional, das despesas de montagem da máquina
referida na alínea anterior, no montante de 5.000,00€;
9. Depósito na conta à ordem do Banco Nacional de 3.000,00€;
10.Pagamento, em numerário, da eletricidade consumida no presente mês no montante de
250,00€;

Contabilidade Financeira I – 2017/2018 Página 54


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11.Pagamento, com cheque sobre o Banco Nacional, do seguro de acidentes de trabalho no


montante de 500,00€;
12.O Banco Nacional creditou na conta de Depósitos à Ordem a importância de 50,00€
referente a juros de depósitos;
13.Compra, de selos de correio no valor de 25,00€, fatura/recibo n.º 545, pagamento em
numerário;
14.Aviso de débito do Banco Nacional no montante de 275,00€, referente a juros do
empréstimo contraído;
15.Pagamento de multa por infração ao Código da Estrada, no montante de 150,00€;
16.Venda a pronto pagamento, recebimento por transferência bancária, de mercadorias por
50.000,00€, que haviam custado 25.000,00€.

Pretende-se:
1. Lançamentos no diário e no razão, começando pelos lançamentos de abertura;
2. Elaboração de balancete de verificação;
3. Lançamento no diário das operações de retificação, tendo em consideração que as
depreciações do exercício, referentes aos ativos fixos tangíveis, atingem o montante de
21.250,00€;
4. Elaboração de balancete retificado;
5. Lançamentos no razão esquemático (TT), referentes ao apuramento de resultados; e
apuramento do imposto sobre o rendimento, considerando a taxa de 20%;
6. Elaboração da Demonstração de Resultados por Natureza;
7. Elaboração do balancete final e Balanço com reporte a 31/12/N.

Contabilidade Financeira I – 2017/2018 Página 55

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