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DICAS E

TÉCNICAS DE ESTUDO
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS DE TOLEDO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

SISTEMA DE MENTORIA PARA O ENSINO TÉCNICO, TECNOLÓGICO E SUPERIOR

Responsável Técnico

Me. Nádia Coldebella Modanhese

Psicóloga CRP 08/08174

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SUMÁRIO

Introdução 4 Capitulo 3 – Elaborando um plano de estudos 34

Capitulo 1 – Aspectos gerais 5 3.1 Definição de plano de estudos 34

3.2 Condições para a elaboração de um 34


1.1 Ambiente de estudo 5 plano

1.2 Material de estudo 5 3.3 Elaboração do plano de estudos 36

1.3. Etapas do planejamento de estudo 6 3.4 Modelo de um plano de estudos 37

1.4 Organização do estudo 7

1.5 Resolução de exercícios 8 Capitulo 4 – Condições para o estudo eficaz 39

1.6 Motivação para o estudo 8 4.1 Horas de sono 39

1.7 Estudo antes da prova 10 4.2 Alimentação 40

1.8 Hora da prova 11 4.3 Atividade Física 41

1.9 Revisão após as provas 12 4.4 Prevenção do cansaço e da fadiga 42

1.10 Uso das técnicas de estudo 12 4.5 Controle da ansiedade 43

Capitulo 02 – Técnicas de estudo 15 Referências 47

2.1 Resumo de textos 15

2.2 Estudo Multitarefa 16


Anexo 01 - Roteiro para a preparação de seu
2.3 Definição de conceitos-chave 17 tempo de estudo 48

2.4 Elaboração de questões discursivas 19


Anexo 02 - Passo-a-passo para a preparação
2.5 Método de estudo integrado 20 de um plano de estudo 49

2.6 Método de estudo de “Robinsom” (EPL2R) 20 Anexo 03 – Exemplo de um plano de estudo 50

2.7 Método SQ3R 22


Anexo 04 - Dicas para aumentar a
2.8 Sublinhar um texto 23 capacidade de concentração e memória 51

2.9 Esquematizar 24 Anexo 05 – Dicas para estudar sozinho 52

2.10 Anotar durante as aulas 26


Anexo 06 - Dicas para resolver o problema
2.11 Mapas conceituais 29 da procrastinação (deixar para depois) 53

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INTRODUÇÃO

O Estudo é a tentativa sistemática de compreender, assimilar, gravar e

recordar os conteúdos do objeto de aprendizagem. O ato de estudar envolve

uma certa complexidade e deve ser fruto de uma intera ção adequada entre

pais, alunos e professores, além de preparo e conhecimento. Neste sentido,

percebeu-se a necessidade de um material prático e objetivo, que pudesse ser

utilizado no cotiano dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Este pequeno manual consiste em um trabalho de compilação de

técnicas e dicas importantes para que o estudante tenha sucesso em seus

estudos. Portanto, a sua utilização deve ser prática e n ão teórica. O objetivo é

que o aluno aplique as técnicas e conselhos em seu dia a dia. Para os mais

interessados, outras informações podem ser encontradas em sites e livros

especializados, além das referências citadas ao final deste manual.

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CAPITULO I

ASPECTOS GERAIS

1.1. AMBIENTE DE ESTUDO

O local em que o aluno estuda é muito importante para se aprender

adequadamente. Este local deve ser:

• bem iluminado, de preferência com luz natural;

• arejado;

• tranquilo e silencioso (rádio, TV, celular e aparelhos desligados);

• com poucas ou nenhuma interrupção;

• mobiliado adequadamente.

1.2. MATERIAL DE ESTUDO

Antes de iniciar o estudo, o aluno deve

providenciar todo o material de que irá necessitar,

sem exageros:

• Estudar com livros e apostilas

recomendados pelos professores;

• Ter a mão um dicionário para eventual consulta;

• Utilizar uma caderneta para anotar dúvidas ou pontos a serem

aprofundados;

• Ter caneta, lápis, borracha, cadernos e livros a disposição.

O uso de um suporte de leitura é recomendado, pois evita o esfor ço da

coluna e pescoço, prevenindo dores. Sobre a mesa de estudo devem estar

apenas os materiais necessários para a sessão de estudo e um rel ógio digital, se o

aluno precisar controlar o tempo de estudo. Qualquer outra coisa deve ser

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suprimida para não provocar distrações É também interessante que o aluno

anote as dúvidas na medida em que elas forem surgindo, procurando san á-las o

mais breve possível.

1.3. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO ESTUDO

Para que o estudo renda mais, é preciso de planejamento. Para planejar, é

preciso:

• Fazer um levantamento de todas as atividades que executa, com

dias e horas;

• Mensurar as horas disponíveis semanalmente;

• Constituir blocos de estudo de duas horas, a serem preenchidos

pelas diversas disciplinas. Se for estudar mais, após duas horas, o

aluno deve permitir-se um intervalo de quinze minutos.

• Mensurar quantos blocos devem ser atribuídos a cada matéria.

Para tanto deve-se considerar o tamanho do conteúdo a estudar,

as dificuldades do aluno e/ou seu conhecimento prévio do

conteúdo.

• Selecionar as disciplinas da semana.

• Manter uma rotina diária, com horas fixas de estudo.

Para o melhor aproveitamento do tempo de estudo, pode-se sugerir ao

aluno a eliminação de tempos mortos (p.ex., viagens de ônibus, filas) com leituras.

Durante a organização da rotina de estudo, atividades como exercícios físicos

ou práticas de lazer devem ser mantidas ou inseridas. É importante preservar a

qualidade de vida e dar vasão para a ansiedade. Intercalar o estudo de

diferentes disciplinas permite que o aluno mantenha sua concentração e

interesse por mais tempo, aumentado a fixação do aprendizado e a qualidade

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de seu estudo. Mais detalhes sobre planejamento de estudo ser á abordado a

diante.

1.4. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Estudar exige uma série de providências para facilitar a prática:

• Estudar matérias alternadamente. Estudar

uma mesma matéria durante várias horas

prejudica o rendimento do aluno, porque não

conseguimos manter um alto nível de

concentração e interesse estudando um

mesmo assunto durante tanto tempo.

• Fazer rodízio de matérias bem diferentes. Ou seja, alternar mat érias

que exigem tipos de inteligência e atividades distintas. Deve-se

procurar intercalar sessões de estudo de disciplinas que exigem

concentração na leitura e memorização, com outras disciplinas

que exigem um raciocínio lógico-matemático.

• Controlar o tempo. Para isso é importante que o aluno registre as


horas de estudo, pois isso o auxiliará a ver o tempo que

efetivamente estudou. Nesse sentido, ele deve anotar a hora em

que iniciou o estudo (não a que sentou-se para estudar, mas a

que realmente começou a estudar) e a hora em que interrompeu.

Anotar o tempo de estudo permite ao aluno visualizar seu tempo

real e se educar para não usar de subterfúgios na hora de estudar.

No final de um dia, ele deve ter estudado pelo menos duas horas.

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1.5. RESOLUÇÃO DE EXERCICIOS

Exercícios permitem uma maior familiaridade com o conteúdo,

possibilitando ao aluno o aprofundamento, a revisão e, principalmente, o

esclarecimento de dúvidas. Para os exercícios serem eficazes, seus resultados

devem sempre ser conferidos com o gabarito, pois assim o aluno pode

investigar os pontos em que errou. Também devem ser bastante diversificados.

A diversidade possibilita o preparo para diferentes situações.

O estudo de matérias distintas

exige esforço de partes diferentes do

cérebro, o que facilita a manutenção de

um alto nível de atenção e

concentração, diminuindo o cansaço.

Quando o aluno resolve questões sem

ter gabarito, corre o risco de errar

pensando que está certo e repetir o erro

na hora da prova.

1.6. MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO

O aprendizado se torna mais fácil e produtivo quando o aluno tem

afinidade com a disciplina. Essas preferências se desenvolvem por v árias raz ões:

a empatia por um professor, que explica a matéria de um jeito estimulante; às

vezes, é um interesse trazido desde os primeiros anos de escola; outras vezes o

aluno tem afinidade com certo conteúdo decorrente de outras viv ências, como

sua experiência pessoal e/ou profissional. De uma forma geral, quanto maior a

dificuldade de compreensão, menos interesse e mais “ódio” pela matéria. Esse é

um círculo vicioso do qual ele precisa sair.

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Para superar esse problema, o aluno deve

aproximar os conteúdos da disciplina à sua realidade

cotidiana. Quando consegue construir pontes entre a

teoria da matéria e a vida, certamente ele terá mais

interesse pela disciplina e começará a se abrir para

aquele conhecimento. Além disso, sugere-se algumas

estratégias que tem por finalidade aumentar a

motivação do aluno:

• Fazer ligações entre os conteúdos estudados e sua experiência

pessoal ou profissional.

• Listar, de forma objetiva, argumentos que mostram a importância

do estudo da disciplina em questão.

• Ignorar as pré-concepções a respeito do conteúdo e tentar partir

do zero, como se estivesse aprendendo pela primeira vez.

• Reforçar os pequenos avanços que o aprendizado de algo que

não se sabe pode trazer, pois isto gera sentimentos positivos e o

aluno sente-se mais motivado para dar seguimento ao estudo.

• Estudar muito a matéria que não gosta, porque é necess ário que o

aluno passe por essa etapa para que chegue onde quer.

• Anotar os horários de estudo: o inicio, as interrupções, os retornos.


Assim, o aluno vai ter controle do seu estudo diário e n ão vai se

iludir com ele, pois lhe mostrará o quanto perde de tempo no

telefone, vendo TV, enrolando, etc. Ele identificará os porquês de

um dia não ter rendido tanto, e saberá minimizar aquilo que o

prejudicou para nos próximos dias não repetir os mesmos

desperdícios de tempo.

• Estudar no momento em que sentir vontade, sem esperar para a

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hora de estudar específica, pois assim aproveita sua disposição

interna e passa a habituar-se com o estudo.

Nossa capacidade de compreensão e assimilação de um conteúdo é

influenciada por nossas sensações e emoções envolvidas no momento do

aprendizado. Fazendo a aplicação do conhecimento teórico na vida e

aproximando o conteúdo da realidade, ainda que só na imaginação, fica tudo

mais fácil para o aluno e seu cérebro se abre para o aprendizado. Além disso, a

divisão do conteúdo em pequenas partes permite um maior controle do que se

estuda e, por consequência, uma diminuição da ansiedade.

1.7 ESTUDO ANTES DAS PROVAS

Antes das provas, é interessante que o estudante reveja seu cronograma

de estudo, considerando suas principais dificuldades e a data das provas. Assim,

quanto maior o conhecimento do aluno na disciplina, menor o tempo de estudo

reservado para ela; quanto maior a dificuldade apresentada ou a necessidade

de recuperar nota, maior o tempo de estudo.

Se o aluno apresenta dificuldades de concentração ou de entendimento

do conteúdo, alguns pequenos ajustes podem ser feitos para otimizar seu

aprendizado:

• Antes de tudo, deve ser feita uma leitura geral do conteúdo, para

que o aluno identifique do que se trata o assunto e de que forma

esse assunto se liga com o que ele já estudou antes. Nessa leitura,

devem ser consideradas, também, os temas (itens, subtítulos) que o

conteúdo aborda.

• Em seguida, o grande conteúdo deve ser dividido em partes

menores e cada parte estudada de cada vez. Se, por exemplo, o

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aluno não consegue ficar duas horas estudando, ele pode se

aplicar durante 30 ou 45 minutos naquela parte específica do

conteúdo, fazer uma pausa, retornar para a parte seguinte e assim

por diante.

• É importante que, a cada etapa do conteúdo, o aluno fa ça

anotações dos pontos principais. Ao passar para a parte seguinte,

as anotações das partes anteriores devem ser retomadas, para que

ele possa ter o entendimento integral do conteúdo.

• A resolução de exercícios também deve ser

prevista no tempo de estudo. Os exercícios

devem ser de vários níveis (fácil, médio e

difícil). As duvidas que surgirem devem ser

anotadas e resolvidas o mais breve possível.

• O aluno pode colar lembretes dos pontos que exigem maior

retenção na memória (formulas, regras, etc.) em locais estratégicos,

a fim de que estes pontos sejam revistos várias vezes durante o dia.

1.8 HORA DA PROVA

Algumas pessoas ficam muito ansiosas na hora da prova. Podem sentir

sede, fome ou vontade de ir ao banheiro. As vezes, fica mais f ácil perder a

concentração. As dicas a seguir podem auxiliar nesse momento:

• O aluno pode levar consigo balas, uma barra de cereal, água.

• Deve ir ao banheiro antes da prova.

• Deve sentar num local da sala escolhido com cuidado, que

promova sua concentração.

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• O aluno deve procurar ser ativo fazendo a prova, não deixando a

ansiedade o dominar.

• Marcar expressões chaves no enunciado do exercício, para

prender a atenção. Ler o enunciado quantas vezes for necess ário e

ser objetivo na resposta (responder aquilo que o enunciado pede).

1.9 REVISÃO APÓS AS PROVAS

Geralmente, após uma prova, o aluno

tende a esquecer tudo o que estudou. Assim, que

receber a correção da prova, é importante que

ele a revise, identificando os erros que cometeu e

os motivos para isso.

Algumas vezes, o aluno vai perceber a falta de dom ínio de conte údo.

Outras, que errou por falta de atenção. Em outras ainda, vai notar que esteve

muito ansioso na hora da prova e isso reduziu sua concentração e produtividade.

De qualquer forma, identificando os motivos dos erros, é possível que o aluno se

prepare para que eles não aconteçam novamente.

1.10 USO DE TÉCNICAS DE ESTUDO

Mapas mentais, resumos, lembretes, etc., são técnicas que facilitam muito

a vida do aluno. Ajudam a fixar conteúdo manter ativa a memória e revisar

perto da prova. Para serem eficazes, eles devem ser pessoais. Quando s ão

digitados, fica muito impessoal e difícil de lembrar na prova. Para um bom

recurso, este deve:

• Ser feito com a letra do aluno. Escrevendo, ele lembrar á muito mais

fácil e perderá menos tempo os fazendo.

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• Ser colorido, o mais “cheguei” possível,

com cores bastante variadas de um

resumo/anotçao para o outro. Na hora

da prova, o aluno vai lembrar

exatamente das cores, da cara do

resumo/anotação, etc.

• Ter cores diferentes para coisas

diferentes (p. ex. Vermelho para

exceção, verde para um aspecto

importante, rosa para abreviaturas,

etc.).

• Ser pequeno, rápido, com pouca coisa em cada um. Quanto mais

limpo o papel, melhor. Se for grande, deve ser dividido em v árias

folhas.

• Usar desenhos coloridos, sinais, símbolos. Chamar atenção para o

que se quer ver.

• Devem ser lidos muitas vezes, principalmente na semana da prova.

Além dos recursos visuais, outra maneira que auxilia o aluno é ensinar.

Quem ensina, visualiza o conteúdo de outra forma, pois utiliza outras áreas do

cérebro no processo. Ensinar possibilita que o conteúdo seja rememoriado, que

dúvidas sejam resolvidas. O aluno terá percepções que antes n ão tinha e

compreenderá o matéria de uma forma que antes não compreendia.

O ridículo e o mau gosto são as regras a serem seguidas nos recursos. O

cérebro gosta disso. Se os materiais forem todos com as mesmas cores e padrão,

será muito mais difícil lembrar na prova. Os resumos devem ser limpos (sem

coisas demais) porque o cérebro precisa de espaço para se organizar e fazer

suas associações. E resumos são ótimos para serem lidos rapidamente, naqueles

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momentos em que se espera alguma coisa (consult ório m édico, no carro

esperando alguém, na hora do almoço, no trabalho etc).

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CAPITULO II

TECNICAS DE ESTUDO

2.1. RESUMO DE TEXTOS

Nem todas as matérias devem ser estudadas do mesmo jeito, mas, para a

maioria das matérias, resumos são excelentes para fixar o conte údo. Para tal,

deve-se seguir as seguintes etapas:

a) 1° passo: Leitura com grifos. De posse do material de referência para

cada disciplina, a preparação deve ter início com o estudo dos capítulos dos

livros, para ir avançando o aprendizado por assuntos. O primeiro passo é uma

leitura atenta dos capítulos, grifando os pontos principais. Usa-se uma caneta

marca-texto, de uma cor que chame a atenção, para grifar os trechos mais

importantes. Os grifos auxiliarão o estudante a fazer um resumo do cap ítulo

posteriormente. Não se deve grifar tudo, apenas o essencialmente importante. O

objetivo deste método é fazer com que o aluno só precise ler o livro uma vez

para apreender o conteúdo.

b) 2° passo: Resumo. O resumo é uma

ferramenta que auxilia a maioria dos

estudantes bem sucedidos. Depois de concluir

a leitura do capítulo do livro, grifando

atentamente as partes mais importantes, o

aluno deve fazer um resumo à mão daquele

capítulo, num caderno.

Assim, para relembrar esse conteúdo, não será preciso reler o cap ítulo

inteiro do livro, mas apenas seu resumo. Na hora de fazer provas discursivas, esse

tipo de memória é ainda mais importante, pois o indivíduo acaba construindo

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um banco de dados na memória com todos aqueles argumentos que já

escreveu anteriormente nos resumos.

Quando se lê um argumento, usa-se uma determinada parte do c érebro;

já quando se escreve aquele argumento, usa-se outras partes e o corpo é

colocado em movimento para escrever aquela ideia, o que traz uma mem ória

sinestésica do assunto, facilitando o aprendizado. Portanto, o simples fato de

escrever as partes mais importantes do conteúdo aumentará a capacidade de

assimilação da matéria. O resumo, portanto, é uma atividade cognitiva que

explora a função motora no aprendizado.

c) 3° passo: Resolver questões relacionadas ao conte údo. Após todo

esse estudo da parte teórica da matéria, o aluno deve fazer muitos exerc ícios

para testar sua assimilação e para conhecer nuances diferentes do assunto.

Deve-se fazer o máximo de exercícios fechados (objetivos) que se conseguir.

Para tanto, é recomendável o intervalo de alguns dias entre o término do

resumo e os exercícios, para “forçar” a memória. Os exercícios depois de

alguns dias servirão de mapeamento do aprendizado: deve-se voltar àquelas

questões que se errou e rever esse trecho da matéria no resumo, para fixar a

resposta correta e os pontos tratados na questão. A resolução de exercícios,

também atividade motora, simula o tipo de tarefa que o aluno enfrentar á na

prova e envolve o desafio de testar o conhecimento adquirido.

2.2 ESTUDO MULTITAREFA

A ideia de estudo multitarefa é outra ferramenta que possibilita o

aumento da produtividade dos estudos. Primeiramente, ela parte da

constatação de que estudar não é só ler um livro ou assistir a uma aula.

O “pulo do gato” dessa técnica é aproveitar as diferentes tarefas para

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tornar o estudo mais interessante e melhorar o aprendizado. A técnica do

Estudo Multitarefa ajuda a melhorar a produtividade do estudo ao alternar o

tipo de tarefa que exigimos do nosso cérebro. Assim:

• A leitura de livros exige muto esforço e concentração. Para

melhorar o aproveitamento, o aluno deve alternar entre a leitura

do conteúdo, o resumo do que leu e a resolu ção de exerc ícios

sobre o assunto.

• O estudo por longos períodos dificilmente

possibilitará uma atenção elevada durante

todo o tempo e certamente a qualidade

ficará comprometida. Portanto, depois de um

período de leitura, o ideal é que o aluno

alterne seu estudo com a resolução de

questões ou redigindo seus resumos.

• Ao alternar as tarefas envolvidas no estudo, o aluno estará

estimulando partes diferentes do cérebro contribuindo para a

manutenção de sua concentração e interesse.

2.3 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS-CHAVE

Consiste na identificação dos principais conceitos-chave do capítulo,

para os quais o aluno construirá pequenas definições. Em provas discursivas,

normalmente são cobrados os principais conceitos de um tema. Portanto, depois

de ler o capítulo e fazer seu resumo, o aluno deve, inicialmente, identificar os

principais conceitos do tema. Esta etapa é interessante, pois, ao realizar essa

seleção, o aluno se colocará momentaneamente no papel de avaliador,

identificando quais são os pontos mais relevantes da disciplina, que poderiam ser

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alvo de questão de prova.

Escolhidos os principais conceitos, o aluno deverá defini-

los, tal como se estivesse construindo uma resposta à questão

discursiva que os mencionasse. Para cada capítulo ou assunto

da matéria, devem ser escolhidos de cinco a quinze conceitos-

chave, dependendo da importância do tema, e construídas

pequenas definições desses conceitos, usando-se de duas a

cinco linhas.

Para identificar esses conceitos mais importantes, o aluno deve se fazer a

seguinte pergunta: “se o professor fizer uma pergunta aberta sobre esse assunto,

o que ele pode cobrar?” Uma questão discursiva dificilmente trar á uma pergunta

sobre um detalhe da matéria. O objetivo é verificar se o aluno é capaz de

construir uma argumentação clara e coerente sobre as principais ideias da

teoria.

A ideia central dessa técnica de estudo é criar um pequeno catálogo de

informações para o aluno e desenvolver argumentações por escrito

antecipadamente. Essas pequenas definições serão muito úteis, pois

provavelmente você terá que construir uma argumentação em que precisará

usá-las. Naturalmente, o ato de identificar os principais conceitos e construir

definições que poderiam ser usadas na prova já ajudará a fixar esses conceitos.

Além disso, essa lista de conceitos-chave será uma ótima fonte de revis ão nos

dias que antecedem a prova. À medida em que o aluno avançar em sua

prática, perceberá que dificilmente são construídas provas que fogem das ideias

centrais de cada assunto

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2.4. ELABORAÇÃO DE QUESTÕES DISCURSIVAS

Na hora de praticar a questão discursiva, o ideal é que

o aluno encontre uma questão de provas anteriores sobre

aquele tema, para que esse exercício se aproxime ao

máximo do dia da prova. Nesta impossibilidade, o próprio

aluno pode elaborar a questão a ser respondida. O

importante é tratar dos temas principais. Desse modo, a

preparação será mais eficaz.

Para construir sua solução à questão discursiva elaborada, o aluno pode

lançar mão de sua lista de conceitos-chave. Se a lista foi feita com propriedade

e o aluno elaborou um enunciado pertinente, com certeza a reda ção far á

referência a alguns dos conceitos principais contidos na lista, uma vez que tais

conceitos tratam das ideias centrais do tema. Portanto, o aluno terá a

oportunidade de praticar e desenvolver sua capacidade de argumentação,

usando os conceitos-chave e formulando um texto que apresente um

encadeamento lógico dessas ideias.

Para praticar a elaboração de questões discursivas e poder desenvolver

suas habilidades de redação, a correção dos textos é muito importante e

contribui enormemente para o progresso do aluno. Ele pode produzir muitos

textos, elaborar várias questões e achar que está escrevendo bem, quando na

verdade pode estar cometendo vários erros repetidamente. Portanto, é muito

importante que o aluno tenha alguém para corrigir suas redações feitas como

treinamento. O ideal é que tais textos sejam corrigidos por professores, que

apontem os erros e sugiram caminhos para que ele se aprimorar. Contudo, se

isso não for possível, colegas podem fazer este papel. Mesmo que alguns erros

possem despercebidos, essa correção será útil para identificar os trechos que

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não ficaram claros e podem ser melhorados. A correção oportuniza a percepção

dos erros e o caminho para melhorar o texto. No momento da revisão, por meio

de uma segunda leitura mais atenta, é possível identificar erros e fazer ajustes

necessários. Neste caso, a leitura em vóz alta mostra-se muito eficaz.

2.5. MÉTODO DE ESTUDO INTEGRADO

O Estudo Integrado permite que o aluno se prepare simultaneamente, de

maneira complementar e sinérgica, para diversos tipos de provas (objetivas e

discursivas), sem que seu desempenho fique prejudicado em nenhuma delas. É

adequado para disciplinas que exijam muita leitura e o aprendizado de

argumentos técnicos; no entanto, pode não ser adequado para estudar

disciplinas que envolvam cálculos e raciocínio lógico-matemático.

Para o estudo integrado, pode-se seguir os seguintes passos:

1. Ler os capítulos, grifando os trechos mais importantes;

2. Fazer um resumo, transcrevendo para o papel as partes grifadas;

3. Elencar os conceitos-chave do capítulo;

4. Resolver questões fechadas de provas anteriores;

5. Elaborar e resolver uma questão discursiva do assunto.

2.6. METODO DE ESTUDO DE “ROBINSOM” (EPL2R)

EPL2R é uma sigla que abrange cinco momentos fundamentais deste

processo metodológico: explorar, perguntar, ler, rememorar e repassar.

• Explorar: A primeira coisa a fazer quando começamos a estudar

uma área de conhecimento é explorar o material de referência

que forma o seu corpo, indagar quais são as finalidades e os

propósitos que levaram os autores a escrevê-lo. Surge então uma

20
pergunta que nos manterá em suspense durante toda a leitura

subsequente: será que os autores chegarão aos objetivos a que se

propuseram?

• Perguntar: À medida que o participante lê, vai fazendo perguntas

que o autor ainda não respondeu. Dessa maneira o participante

adota uma atitude crítica e ativa; ele não recebe passivamente o

que o autor ou instrutor diz, mas dialoga com ele, relacionando o

que lê com os seus interesses pessoais.

• Ler: Ler é equivalente a analisar e saber resumir.

Uma leitura ativa induz aos participantes a

sublinhar, a fazer anotações e a elaborar

esquemas. Significa ser capaz de descriminar o

essencial do acessório, saber distinguir as ideias

principais das secundárias ou dos simples detalhes.

• Rememorar: Ao final de cada capítulo ou de cada parágrafo

importante, o aluno de ser capaz de resumir para si mesmo aquilo

que lê. Isso ajuda a gravar as idéias mais importantes e evita

transformar a leitura em um exercício mecânico e pouco

profundo. Além disso, a rememoração potencializa nossa memória

e nossa atenção, mantendo o interesse desperto. Permite, ainda,

descobrir erros e lacunas, mostrando-nos algo que não

entendemos corretamente.

• Repassar: Colocar em prática o que se lê ou estuda é a melhor

maneira de garantir a memorização; contar aos outros o que se

está lendo ou estudando também ajuda a repassar. É bom

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repassar as anotações em sala de aula, refletir sobre elas, discuti-

las com os colegas o quanto antes, mesmo que por apenas

alguns minutos.

2.7. METODO SQ3R

A sigla se refere as iniciais das palavras inglesas: s urvey, question, read,

repeat e review, ou seja, reconhecer, questionar, ler, repetir e revisar.

• Survey: panorama geral. Para se ter uma ideia do que se deve

estudar, a primeira coisa é fazer um reconhecimento preliminar.

Essa atitude é importante. Deve-se começar dando uma vista

geral sobre o assunto.

• Question: perguntar, questionar. Volte ao que está

estudando com perguntas elaboradas e procure

definir melhor as respostas. Ter dúvidas faz parte de

qualquer boa aprendizagem.

• Read: ler. É fundamental a leitura cuidadosa do que está

estudando, prestar atenção nos argumentos, nos títulos e

subtítulos, nos gráficos e tabelas.

• Repeat: repetir. Às vezes, não se entende nada de um texto na

primeira leitura. Ler apenas não é estudar. Estudar exige a releitura,

que não é uma técnica de decorar, mas sim a de compreender.

Ao reler, podem-se fazer anotações e resumos.

• Review: revisão. Algum tempo depois do primeiro estudo, deve ser

feita a revisão. A revisão é essencial no fecho do ciclo de estudos. É

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a hora em que se vai buscar dentro da gente aquilo que

aprendemos, reavivando tudo. Nesse momento, vale muito ter

resumos e anotações, consultar as partes que estão um pouco

apagadas da memória. É essencial fazer muitos exercícios revendo

alguns feitos anteriormente. Verifique se você ainda sabe fazer

“aquele difícil” ou se ele agora não parece muito mais óbvio.

2.8. SUBLINHAR UM TEXTO

Costuma-se sublinhar uma palavra ou express ão quando se quer

chamar a atenção do leitor para aquele trecho ou para enfatizar um

termo ou frase. Usa-se, também, para se referir a algum termo que est á

sendo usado de maneira inadequada ou pouco adequada etc.

Portanto use o sublinhamento com moderação, uma vez que, se esse

meio de marcar o texto for muito utilizado, acaba esgotando sua fun ção.

O desenvolvimento da técnica de sublinhar passa por algumas etapas,

então algumas noções básicas de sublinhar são essenciais, conforme

segue abaixo:

• A primeira leitura serve para a compreensão do assunto e como

forma de esclarecimento das dúvidas que surgiram na leitura.

Nesta fase é preferível não sublinhar, no entanto se idéias

importantes foram encontradas, coloque à margem um sinal

convencional: “x”, “*”, “(.)”, “I” etc.

• Reler o texto e identificar a ideia principal, os detalhes importantes,

os termos técnicos, as definições, as classificações, as provas;

23
• O leitor deve habituar-se a sublinhar depois que releu um ou dois

parágrafos, para saber exatamente o que irá sublinhar. Usar como

ajuda os sinais colocados à margem, para escolher o que sublinhar

com mais segurança. Deve-se sublinhar ideias principais de uma

cor, ideias secundárias de outras, características importantes com

uma terceira cor;

• Sublinhar as ideias centrais, utilizando dois traços para as palavras-

chaves e um para os detalhes mais importantes;

• Nos tópicos mais importantes deve-se assinalar, à margem do texto,

com uma linha vertical. E nos argumentos discutíveis deve-se

assinalar um ponto de interrogação, também a beira do texto;

• A cada palavra não compreendida deve-se consultar o dicionário

e, se necessário anotar o significado para melhor entendimento do

texto.

• Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido. Assim cada

parágrafo deve ser reescrito a partir das palavras destacadas;

• Por fim, deve-se reconstruir o texto, em forma de esquema ou

resumo, baseando-se nas palavras sublinhadas.

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2.9. ESQUEMATIZAR

Esquema é a apresentação do texto,

colocando em destaque os elementos de maior

importância. Sua finalidade é difundir mais

amplamente as informações facilitando para o

leitor sua compreensão. Utiliza-se o esquema

como meio facilitador para a memorização e a

explicação do texto, usam-se muito pra tal feito

linhas, setas, círculos colchetes, entre símbolos

diversos.

Um esquema deve conter as ideias do autor, sem modifica ção ou

pontos de vistas pessoais; partir sempre da ideia principal, depois para

seus respectivos detalhes; o esquema deve ser flex ível, adaptado ao

tipo de matéria a ser estudada; deve facilitar a pesquisa assim como sua

revisão, deixando em evidencias seus pontos chaves; e, finalmente, ter

um cunho pessoal, já que cada um tem seu jeito pr óprio de fazer

esquemas. Algumas recomendações podem ser observadas ao se

elaborar um esquema:

• Captar a estrutura da exposição do autor quer se trate de

um livro, de uma seção, de um capítulo. Pode-se obter o

esboço inicial a partir dos títulos, subtítulos e das epigrafes.

Estas funcionam como guias e indicadores.

• Colocar os títulos mais gerais numa margem e os subt ítulos

25
e divisões nas colunas subsequentes e assim sucessivamente,

caminhando da esquerda para a direita.

• Utilizar o sistema de numeração progressiva (1, 1,1, 1,2, 1.2.1, 2

etc.) ou convencionar o uso de algarismos romanos, letras

maiúsculas, minúsculas, números, etc., para indicar as divis ões

e subdivisões sucessivas.

• Usar alguns símbolos convencionais e convencionar

abreviaturas para poupar tempo e facilitar a capta ção

rápida das ideias.

2.10. ANOTAR DURANTE AS AULAS

Anotar o que se aprende em sala de aula, corresponde a fazer sinteses e

resumos. Se uma palavra aparece muito em um texto, é importante anotá-la,

pois ela pode ser carregada de sentido". Depois de separar a palavra, o

estudante deve buscar material sobre ela em um dicion ário ou em livros da

disciplina. A prática de manter um caderno com as anotações pode facilitar na

26
hora da prova. Pegar o livro ou a apostila para rever todo o conte údo costuma

ser mais demorado do que ler o que foi anotado durante a aula ou durante as

horas de estudo.

Anotar ajuda a memorizar a leitura e as aula, são fontes de dicas do que

o professor considera mais importante, ajuda a se concentrar na sala de aula e

são fontes de informação para se preparar para as provas. Além disso, o

caderno terá informações que não estão em qualquer outro material. Para

anotar, é preciso concentrar-se na aula ou no material de leitura; escrever com

consistência, sem preguiça; ser seletivo com as informações; escrever o que foi

dito ou lido com as próximas palavras; ser organizado; escrever apenas os

pontos importantes, usar letra legível e não se preocupar com a corre ção

gramatical.

Entre os métodos de anotação, podem-se destacar cinco:

• Cornell: O aluno divide o espaço do papel

em três: para informações principais, palavras-

chave e para relações entre os conteúdos.

Pode ser usado em aulas ou palestras em

geral. O método facilita a revisão de

conteúdo para as provas e exames

posteriores; sistematiza as anotações e facilita

a revisão de conteúdos; economiza tempo,

pois não é preciso passar o texto a limpo.

• Linhas gerais: Consiste em anotar as informações com travessões e

margens. A informação mais geral começa na esquerda; as mais

específicas, ganham indentações. É ideal para ser usada quando

há tempo suficiente para pensar antes de colocar a informa ção no

27
papel. O formato é eficiente quando a habilidade de tomar notas

já está afiada. É um método organizado se for utilizado

corretamente. As margens mostram as relações entre os conteúdos

anotados. Fica fácil de observar os pontos principais e os

secundários. Exige mais reflexão durante a aula antes de escrever o

conteúdo no caderno. O método não é bom quando o professor

fala muito rápido.

• Mapeamento: Utiliza as habilidades de compreensão e de

concentração. Os mapas gráficos criados mostram a relação entre

os conteúdos. Funciona em palestras e aulas que exigem

participação. Com um gráfico, é mais fácil ter entendimento

imediato da matéria. Ajuda a prestar atenção à aula. Com cores

diferentes, fica fácil visualizar os pontos principais do conteúdo na

hora da revisão para a prova. A transição dos pontos principais

para pontos secundários podem ser esquecidas na hora de anotar

o conteúdo.

• Tabelas: Consiste em arranjar os dados em uma tabela, com

divisões em categorias. É apropriado para fatos históricos,

conteúdos de biologia ou de geografia, por exemplo. Empregado

quando o assunto tem categorias, é denso e apresentado

rapidamente. Funciona quando o aluno já pensou nas divisões da

matéria. Encontrar informações relevantes fica bem fácil. Funciona

bem para memorizar fatos ou características do assunto quando

se tem uma avaliação. A maior dificuldade é dividir as anotações

em categorias. Pode ser necessário elaborar a tabela antes de a

aula começar.

28
• Sentenças ou frases: Cada pensamento,

fato ou tópico é escrito em uma linha

separada. É bom para aulas organizadas,

com conteúdo denso e ministrado

rapidamente. É mais organizado do que o

parágrafo e absorve muita informação. Com

essa técnica, não é possível diferenciar

pontos principais dos secundários

2.11 Mapas Conceituais

Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas,

que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. Representam uma

estrutura que vai desde os conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos.

São utilizados para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos

conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno.

A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na ideia

fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a

aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na

estrutura cognitiva do aluno. Novas ideias e informações são aprendidos, na

medida em que existem pontos de ancoragem. Aprendizagem implica em

modificações na estrutura cognitiva e não apenas em acréscimos. Segundo esta

teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:

• As entradas para a aprendizagem são importantes.

• Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.

• Novas ideias e conceitos devem ser “potencialmente

significativos” para o aluno.

• Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do

29
aluno fará com que os novos conceitos sejam relembrados.

Para elaborar um mapa conceitual, podem ser seguidos os seguintes


passos:
• Identificar os conceitos pertinentes. Quais são os conceitos mais

importantes sobre o tema a ser considerado? Selecionar entre 15-

20 conceitos e fazer uma lista. Esses conceitos devem ser

compostos, preferencialmente, por uma única palavra (usar, no

máximo 2 ou 3 palavras para designar um conceito). Se for

necessário usar mais do que 20 conceitos, considerar a

possibilidade de preparar 2 mapas, subdividindo do tema inicial

em 2 sub-temas.

• Ordenar os conceitos selecionados. Organizar a lista de conceitos

grupo, colocando na parte superior da lista os conceitos mais

amplos e gerais, deixando na parte inferior da lista os conceitos

mais específicos.

• Organizar os conceitos do MC. Começar o MC colocando os

conceitos mais gerais na parte superior da folha de sulfite.

Frequentemente, há somente 1, 2 ou 3 conceitos gerais na parte

superior do MC.

Escolher os conceitos mais gerais! Evitar usar mais do que 3

conceitos no início do MC (parte superior), pois isso pode dificultar

a leitura das proposições.

• Incorporar outros conceitos. Agora, selecionar outros 2, 3 ou 4 sub-

conceitos para adicionar embaixo dos conceitos gerais. Evitar

colocar mais do que 3 ou 4 conceitos embaixo de qualquer outro

conceito. Quando existirem 5 ou mais conceitos relacionados com

um conceito mais amplo, pode-se adicionar um conceito

30
intermediário entre eles, criando um outro nível de hierarquia no

mapa. Incluir mais conceitos se achar necessário.

Pode-se relacionar um conceito geral com mais do que 4

conceitos da lista; nesse caso deve-se pensar num conceito

intermediário. Esse exercício fará o aluno refletir profundamente

sobre as ideias dos textos. Além disso, se for pertinente, pode-se

incluir mais conceitos no MC: durante a montagem.

• Ligar os conceitos com Conexões Explicativas. fazer setas (linhas

que indicam o sentido de leitura) entre os conceitos unindo-os 2 a

2. Sobre essa linha, escrever uma ou poucas palavras que definam

uma relação entre os conceitos. Essa conexão deve criar sentido,

formando uma unidade semântica. Por exemplo: inseto --tem um

par de--> antenas. A leitura da proposição (conceito inicial +

conexão explicativa + conceito final) deve fazer sentido. Sempre

utilizar um verbo para expressar a relação entre dois conceitos.

Tomar cuidado com o uso de conceitos no singular e/ou plural: o

verbo do termo explicativo deve concordar com os conceitos. Por

exemplo:

aluno de Ciências -- gosta muito do --> professor Amparo, ou

alunos de Ciências -- gostam muito do --> professor Amparo.

• Revisar e alterar o mapa. O aluno pode pode incluir, retirar ou

alterar os conceitos gerais e específicos. Esse momento é muito

valioso, pois vai acelerar seu aprendizado: quanto mais tentar

melhorar o mapa, mais aprenderá sobre o assunto em questão.

Revisar um MC é muito mais valioso do que fazer um MC. Nessa

revisão, o aluno fortalecerá seu aprendizado e encontrará forma de

31
deixar a relação entre os conceitos ainda mais clara.

• Verificar possíveis ligações cruzadas. Após refletir sobre o MC, o

aluno pode achar importante ligar conceitos que estão em

diferentes partes do mapa. Neste caso, deve adicionar novas

ligações entre os conceitos: as ligações cruzadas podem ajuda-lo a

observar novas maneiras de relacionar os conceitos, ajudando-o

no seu aprendizado. Essas relações entre conceitos distantes no

MC são identificadas quando se faz a revisão do mapa. Nesse

ponto, ele vai além de um mero "resumo de texto", que apresenta

uma sequência linear de conceitos e ideias. e mais

• Incorporar exemplos específicos a alguns conceitos. O aluno pode

adicionar exemplos específicos a alguns conceitos do mapa para

que consiga relacioná-lo com partes específicas do seu tema de

interesse.

• Entender o MC. É possível elaborar diferentes mapas para o mesmo

32
conjunto de conceitos. Por isso, o aluno não precisa se preocupar

em buscar a “resposta certa”, pois ela não existe. O MC é pessoal e

ele certamente vai mudando na medida em que o aluno adquirir

conhecimentos. Assim, é natural que se mude o mapa de conceitos

ao longo do desenvolvimento dos estudos.

• Identificar a pergunta que o MC responde. Todo MC tenta

responder uma pergunta por meio de proposições que relacionam

conceitos. Após a revisão, ler o MC em voz alta e pensar: qual a

pergunta que o MC responde? O aluno pode pensar em várias

perguntas, mas deve selecionar aquela que é melhor respondida

pelo seu mapa. Ao definir a pergunta, esta deve ser colocada em

destaque na parte de cima da folha. Isso permitirá ao leitor do seu

MC saber qual pergunta você responde por meio dos conceitos e

das proposições propostas.

33
CAPÍTULO III

Elaborando um Plano de Estudo

3.1 DEFINICÃO DE PLANO DE ESTUDO.

Um plano de estudo é a espinha dorsal do

hábito de estudar. Um plano de estudo é uma guia

que ajuda o aluno a manter a disciplina e facilita o

acompanhamento dos estudos, pois é um modelo

sistemático, isto é, é o conjunto das disposições

necessárias, que estabelecem as várias etapas para

atingir um objetivo específico, para executar um

projeto.

3.2. CONDIÇOES PRÉVIAS À ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE ESTUDO

Antes de partir para a elaboração pratica de um plano de ensino, é

preciso que o aluno tenha um claro conhecimento de sua rotina, para ter

consciência da sua disponibilidade para os estudos. Além disso, ser ão necess ários

alguns ajustes nesta rotina, uma vez que o estudo deve ocorrer em hor ário

ótimo, ou seja, num horário em que memória, disposição e aten ção do aluno

estejam mais apuradas.

Para o conhecimento da rotina, o estudante deve fazer uma planilha

semanal, em que constem seus horários e as atividades realizadas nele, como

no exemplo 1.1: Esta distribuição possibilita verificar com quem o aluno gasta seu

tempo. O aluno também passa a ter consciência da distribuição deste tempo e

da quantidade efetiva que dispensa para o estudo. No caso em quest ão,

34
vemos que o adolescente tem um relativo investimento de tempo em

atividades não estruturadas. O plano de ensino foi implementado em parte

destes horários. Em caso de o aluno ter seu tempo preenchido por diversas

atividades e na impossibilidade de haver a reestruturação dos hor ários destas

atividades, o plano de ensino pode ser fracionado em várias partes, a fim de se

encaixar adequadamente na rotina do aluno.

horário segu ter qua qui sex sab dom


06:30:00 acorda acorda acorda acorda acorda acorda
6:40-7:00 Café da manha Café da manha Café da manha Café da manha Café da manha Café da manha
7:00-7:15 Higiene pessoal Higiene pessoal Higiene pessoal Higiene pessoal Higiene pessoal Higiene pessoal
7:15-7:30 Trajeto da escola Trajeto da escola Trajeto da escola Trajeto da escola Trajeto da escola Trajeto da escola
7:30-12:00 escola escola escola escola escola escola Acordar 12:00
12:00-12:15 Trajeto para casa Trajeto para casa Trajeto para casa Trajeto para casa Trajeto para casa Trajeto para casa almoço
12:15-13:00 almoço almoço almoço almoço almoço almoço descanso
13:00-14:00 descanso descanso descanso descanso descanso descanso descanso
14:00-17:00 Internet/tv/trabalhos Internet/tv/trabalhos Internet/tv/trabalhos Internet/tv/trabalhos Internet/tv/trabalhos Internet/tv/trabalhos da Internet/tv/passeio
da escola da escola/passeio da escola da escola/passeio da escola escola/passeio com os com os
com os com os amigos/dormir/comer amigos/dormir/come
17:00-17:15 Trajeto para amigos/dormir/comer Trajeto para amigos/dormir/comer Trajeto para r
academia academia academia
17:15-18:30 academia academia academia
18:30-20:00 casa/dormir/passeio/t casa/dormir/passeio/t casa/dormir/passeio/t casa/dormir/passeio/t casa/dormir/passeio/t casa/dormir/passeio/tv/
v/internet v/internet v/internet v/internet v/internet internet
20:00-21:00 jantar jantar jantar jantar jantar balada
21:00-24:00 Tv/internet Tv/internet Tv/internet Tv/internet Tv/internet
24:00-6:00 dormir dormir dormir dormir dormir dormir
06:00:00 dormir dormir dormir dormir dormir dormir dormir

Exemplo 1.1. Rotina diária de um adolescente do ensino m édio.

Uma vez conhecida a rotina do aluno, é preciso definir o horário ótimo em

que o plano de ensino será implementado. O estudo pode ser realizado em dois

ou três períodos de uma hora e meia a duas horas no decorrer do dia. Mais do

que isso pode levar a uma fadiga mental, uma vez que h á um decl ínio da

atenção concentrada.

O local deve ser o ponto a ser observado em seguida é o local de

35
estudo, que deve ser calmo, iluminado e livre de interrup ções. Na

impossibilidade de o aluno encontrar estas condições em casa, sugere-se o uso

de bibliotecas ou de outros recursos que estejam a seu alcance. Deve-se evitar

estudar na cama ou em frente ao computador ou televis ão, pois

comprometem a atenção do aluno.

Estabelecido o horário e local de estudo, é preciso entender quais as

principais áreas de dificuldade do aluno. Isto pode ser feito a partir de uma

conversa. Muitas vezes, o aluno apresenta mais tendencia para um certo tipo

de área. Outras vezes, alimenta preconceitos em relação a determinada

disciplina, ou tem uma base fraca. De qualquer forma, estas dificuldades

devem ser consideradas e contempladas no plano de estudo.

Por fim, é preciso estabelecer um método ótimo de estudo, que resulte

numa maior aprendizagem e com economia de tempo. Para tanto, o aluno

pode experimentar diferentes técnicas ou aplicar a forma de estudo a que se

encontra mais adaptado.

Uma vez que estas pré-condições estejam estabelecidas, parte-se para a

elaboração do plano de estudo efetivamente.

3.3. PASSO-A-PASSO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE ESTUDO

Para a elaboração do plano de estudos, segue-se os seguintes passos:

1. Definição de objetivos. Os objetivos a serem definidos devem estar

em sintonia com as necessidades do aluno. O aluno pode definir

metas a curto prazo e estas devem estar em sintonia com o ritmo

da matéria dada em classe. Quando as metas são cumpridas à

risca, a motivação do aluno motivação se mantém em alta.

2. Organização do plano. Deve ser montada uma tabela semelhante

36
ao horário escolar. Deve ser marcada em cada dia as disciplinas

que o aluno irá estudar e, conforme a matéria é dada em classe,

os conteúdos ou metas devem ser detalhados numa tabela. O

estudo das matérias preferidas com as que o aluno não gosta

devem ser intercaladas. Deve ser evitadas, por exemplo, estudar

Matemática e Física em seguida, já que as duas exigem cálculos.

Outra opção é estudar uma única matéria por dia. Alguns

consideram essa forma cansativa; outros apreendem melhor. O

aluno é quem deverá conhecer o próprio ritmo.

3. Controlar o cumprimento do plano. Tique na tabela cada tarefa

realizada. O que não foi feito no período determinado deve ser

realizado em um horário extra na próxima semana. Devem ser

deixados períodos livres para eventuais reposições, mas sugere-se

que não haja postergação de tarefas.

3.4. MODELO DE PLANO DE ESTUDO

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom


14:00 português matemática física química biologia RESERVA* leitura
14:30 português matemática física química biologia RESERVA* leitura
15:00 português matemática física química biologia RESERVA*
15:30 português matemática física química biologia RESERVA*
16:00 português matemática física química biologia
16:30 trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares
17:00 trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares trabalhos escolares
* Para utilizar quando ocorrerem imprevistos durante a semana

1) Meta semanal para português (semana 01)

• casos em que se usa a crase

• casos em que não se usa a crase

• exercícios de fixação

2) Meta semanal para matemática (semana 01)

37
• o que é função exponencial

• propriedades e características das funções exponenciais

• exercícios

Obs.: Deverão ser traçadas metas semanais para cada disciplina.

38
CAPITULO IV

CONDIÇOES PARA UM ESTUDO EFICAZ

4.1. HORAS DE SONO

O estudante deve dormir de sete a nove horas,

embora a quantidade de sono seja diferente para cada

pessoa. No entanto, mais que a quantidade de sono, importa

a qualidade. Nesse sentido, algumas dicas são importantes:

• Manter o quarto arejado durante o dia e bem escurecido a noite. O

quarto deve ser conservado limpo e com temperatura adequada em

relação ao clima.

• Álcool ou cafeína (café, chá preto, refrigerantes) devem ser evitadas

nas horas próximas de iniciar o sono.

• Evitar soníferos de controle de venda nas farmácias. Os ansiol íticos,

tranquilizantes e soníferos podem criar hábitos indesejáveis para a

conciliação do sono regular.

• Antes de ir para a cama, só fazer refeições leves. Carboidratos leves

(uma torrada, uma fruta) ajudam a manter um bom ritmo de sono.

• Evitar exercícios físicos nas horas próximas de ir para cama, mas

manter uma rotina de exercícios diurnos, pois auxiliam num bom

sono.

• Horários regulares para dormir e acordar devem ser estabelecidos e o

ritmo biológico de cada um deve ser respeitado.

• Evite usar, duas horas antes de dormir, computadores e Internet, pois

tendem a deixar a pessoa . Para alguns, TV e leitura podem ajudar na

39
indução do sono. É preciso saber o que é melhor para cada um.

• Banho morno e relaxante ajuda a dormir.

• Nunca se alimentar na cama. Evitar também o aparelho de TV

quando estiver deitado na cama.

• Usar roupas confortáveis para dormir e manter uma boa higiene.

• Deve-se ir para a cama somente quando

se estiver com sono.

• Procurar acordar sempre no mesmo horário,

para regularizar o relógio biológico.

• Ao acordar, expor-se a luz natural da

manha.

4.2. ALIMENTAÇÃO

Uma alimentação equilibrada, rica em fósforo, cálcio e

vitaminas é absolutamente imprescindível para um bom

rendimento intelectual. A desnutrição e a alimentação

desequilibrada ou tóxica podem provocar distúrbios

funcionais e até orgânicos, tanto no cérebro como em

todo o sistema nervoso. Neste sentido, algumas dicas

podem auxiliar o aluno:

• Não fazer uma alimentação baseada em um único tipo de

alimento ou nutriente;

• Mesmo tendo exagerado nos dias anteriores, fazer, pelo menos, 5

refeições por dia;

• Evitar salgadinhos, bolacha recheada ou outros alimentos

industrializados. Preferir barrinhas de cereal ou bolachinhas

40
integrais (no máximo 3 unidades).

• Comer de 2 a 3 frutas diariamente.

• Comer doces em pequena quantidade. O açúcar em demasia

interfere no bom funcionamento do sistema nervoso central e

prejudica concentração e memória.

• Comer uma refeição balanceada, em que constem todos os

grupos alimentares, mas não exagerar na quantidade.

• Não beber refrigerantes, água gaseificada ou bebidas isotônicas

em demasia, pois podem interferir no processo digestório.

• Beber muita água e sucos naturais.

• Comer legumes todos os dias.

• Dar preferência aos alimentos naturais

• Bebidas alcoólicas devem ser consumidas esporadicamente e em

pequena quantidade.

• Evitar os fast-food. Os alimentos servidos são normalmente ricos em

gorduras e não contribuem para o bom funcionamento do

organismo

4.3 ATIVIDADE FISICA

Alternar uma rotina de estudos com a prática de exerc ícios ajuda na

concentração, na postura e no bem-estar de quem estuda. Entre outros

benefícios, os exercícios físicos propiciam:

• Queima de calorias e perda de peso;

• Manutenção da tonificação dos músculos;

• Melhoria da postura;

• Melhoria na circulação;

41
• Melhoria nas funções cardíacas e pulmonares;

• Aumento do autocontrole;

• Redução do estresse;

• Aumento da habilidade de concentração;

• Melhoria na aparência;

• Redução da depressão;

• Aumento da concentração, atenção e

memoria.

• Melhoria na qualidade do sono;

• Prevenção de pressão sanguínea e colesterol altos e diabetes.


Para a prática adequada de exercícios físicos, o estudante deve evitar

as horas mais quentes do dia, principalmente se o exercício escolhido for

praticado ao ar livre; usar filtro solar e roupas adequadas; não fazer exerc ícios

de estomago muito vazio ou cheio demais e manter-se sempre hidratado.

Também deve alongar-se antes de inciar a atividade física e ao termin á-la. Por

fim, deve respeitar seu limite, procurando iniciar a atividade devagar e

aumentado sua intensidade aos poucos, mantendo sempre uma regularidade.

4.4 PREVENÇÃO DO CANSASO E DA FADIGA

Em certo momento, o estudante pode sofrer sintomas de cansa ço e da

fadiga mental enquanto estuda. Nestas situações, deve parar de estudar para

não se sobrecarregar. O aluno deve descansar o tempo necess ário e realizar

atividades não relacionadas ao estudo. Se o aluno for inquieto e nervoso, mais

ou menos “hiperativo”, será melhor estudar por períodos mais curtos, alternando

períodos de 20 a 30 minutos de estudo com um pouco de descanso entre eles.

42
Além disso, existem situações e

circunstancias especiais que predispõem ao

cansaço, como alguns tipos de afecções

orgânicas, uma alimentação insuficiente,

alterações mentais, crise do crescimento,

trabalho intelectual realizado com métodos

inadequados, crises emocionais, problemas

psico-afetivos, etc.

4.5. CONTROLE DA ANSIEDADE

A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva

excitação do Sistema Nervoso Central, consequente da interpreta ção de uma

situação de perigo. Pode ser distinguida do medo pelo fato deste ter um fator

desencadeante real e palpável, enquanto, na ansiedade, o fator de estimulo

teria características mais subjetivas e psicológicas.

O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma

situação de conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de

bem estar. Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo,

acontece o estado ansioso. O que interpretamos como perigo hoje transcende

o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econ ômico,

de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar

interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para

disparar o estado ansioso. Em estados de desequilíbrio emocional, o simples

contato com o novo, com situações inesperadas, estressantes e desconhecidas

são o suficiente para disparar estados ansiosos.

Uma pessoa com ansiedade manifesta sintomas de caráter físico e

psíquico. Como sintomas físicos, pode-se destacar taquicardia (batedeira),

43
sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urin árias e fecais)

aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça), entre outros. A

principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma

aceleração do pensamento, como se o indivíduo estivesse elaborando,

planejando uma maneira de se livrar do perigo da maneira mais r ápida

possível. Este movimento, na maioria das vezes, acaba causando uma certa

confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo

e de incapacidade de se livrar deste perigo.

Configura-se, portanto, um círculo vicioso, pois

esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado

ansioso. Este movimento impulsivo da mente se

acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder

usufruir a sensação de repouso e conforto, faz com que

ela se excite e se o problema não tiver uma solu ção

mental imediata como o que acontece na maioria dos

casos teremos a chamada ansiedade patológica, que

tende a se cronificar e piorar com os anos.

Antes de se tratar um estado ansioso, é preciso entender que a

ansiedade é um fato normal quando não é exagerada, pois é uma forma de o

sistema nervoso descarregar um acúmulo de energia. Nestes momentos, existe

uma necessidade de se movimentar fisicamente, a respira ção acelera-se e o

pensamento fica agitado.

Nos casos patológicos existem três tipos de medicamentos, vendidos sob

prescrição médica, que podem ajudar a controlar e diminuir a ansiedade:

ansiolíticos, antidepressivos, tranquilizantes maiores ou antipsicóticos. Os

ansiolíticos são substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade

44
neuronal diminuindo a capacidade de excitação emocional e s ão muito úteis

quando a ansiedade esta muito alta ou descontrolada, ou quando provocam

insônia. O segundo tipo aumenta o nível de energia psíquica, faz a pessoa se

sentir mais forte, diminui a quantidade de preocupações e de medo, aumenta a

percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo ela se sentir mais segura e

portanto menos ansiosa e resulta em excelentes resultados quando

acompanhado de psicoterapia. O terceiro tipo de medicação são os chamados

tranquilizantes maiores ou antipsicóticos, que devem ser prescritos em casos

mais graves, onde a ansiedade atinge picos altíssimos e est ão associados a

doenças mentais mais grave, com alteração do pensamento e até da

sensopercepção, ou por estados desencadeados por drogas alucinógenas.

Uma vez identificado este estado e sendo

ele normal, o indivíduo deve concentrar-se em

diminuir sua frequência respiratória. Deve se inspirar

lentamente e encher o pulmão em mais ou menos

75%. Em seguida deve-se expirar e tirar todo o ar

do pulmão (inclusive com a ajuda do diafragma),

também de forma lenta.

A entrada de oxigênio tem a particularidade de produzir um relaxamento

da ação do sistema nervoso central. Este tipo de exercício deve ser feito por

pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça vazia. Os

pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado.

Outras dicas podem auxiliar no controle de estados ansiosos não-

patológicos:

• Diante da manifestação da ansiedade, o indivíduo deve respirar

fundo, lenta e compassadamente, pelo maior tempo em que for

45
capaz. Isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e por

consequência a mente.

• A pessoa precisa procurar entender que, quando um problema

novo se configura a sua frente, a solução não est á na sua mente,

não esta no seu pensamento, e sim no fato em si. Não deve buscar

referencias anteriores, pois isto aumentará a ansiedade. Se não for

possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista),

deve procurar não pensar nele, tentar distrair a mente com outra

coisa.

• A falta de controle sobre todos os eventos da vida é um fato. O

indivíduo precisa compreender que não pode controlar tudo.

Crenças religiosas podem auxiliar neste sentido.

• Problemas e novidades se resolvem com ação e não com

pensamento. Para que algo seja resolvido, é preciso agir de forma

planejada, focada e realista. O que esta além do melhor esfor ço

não pode ser controlado.

• A busca desesperada pelo ganhar a qualquer custo acelera a

mente e aumenta a chance de derrota. É preciso aceitar a

possibilidade de perder.

• Não ter pressa para se livrar da insegurança, mas aprender a

conviver com ela. Nestas condições, a mente se acalma e

aproveita as saídas possíveis para a situação.

• Frear pensamentos que provoquem ansiedade. Neste

caso, deve-se pensar racionalmente sobre a situação,

considerar as opções e tentar decidir (se este for o

caso) com a melhor lógica possível.

46
REFERENCIAS

Livros

Tierno, B. As melhores técnicas de estudo. Martins Fontes, 2003.

Fernandes, M.N. Técnicas de estudo. Epu, 1979.

Sites

http://www.dcc.unicamp.br/~hans/mc111/textos/tecest.html

http://www.comoestudar.com.br/

http://estudolegal.com/

http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/toq39_luciano_oliveira.pdf

http://concurseirosdobrasil.net/dicas/tecnicas-de-estudo-parte-1/

http://pt.scribd.com/doc/20451819/Livro-Tecnicas-de-Estudo

http://estrategiaparaconcursos.blogspot.com.br/2009/09/bibliografia-e-tecnicas-de-

estudo-afrf.html

http://www.edulinks.com.br/Tecnicas_de_Estudo/

http://pt.scribd.com/GilsonFilho/d/281967-Tecnicas-de-Memorizacao-e-Estudo-Eficaz

Videos
http://www.youtube.com/watch?v=Ir1cRlHNiKE – técnicas de estudo

http://www.youtube.com/watch?v=LmxJRAGzFoI&feature=related – planejamento do tempo 01

http://www.youtube.com/watch?v=1byyHGz0fPY&feature=related – planejamento do tempo 02

http://www.youtube.com/watch?v=DET-ZdkRCII&feature=related – planejamento do tempo 03

http://www.youtube.com/watch?v=ernXcd180qA&feature=related – dicas de memorização

http://www.youtube.com/watch?v=kJI77qCe1PU&feature=fvwrel – enfrentamento da ansiedade

47
ANEXO 01

Roteiro de Preparação para seu tempo de estudo

A. ESTRATÉGIAS A1. ALVO: Metas em anos


A2. PRAZO: Longo prazo
A3. INSTRUMENTO: “Bússola”
A4. TEMPO DE ESTUDO: Planejamento
B. TÁTICAS 1. ALVO: Objetivos mensais e semanais
B2. PRAZO: Médio e curto prazos
B3. INSTRUMENTO: Calendário
B4. TEMPO DE ESTUDO: Programa mensal e semanal de estudo
C. TÉCNICAS C1. ALVO: Compromissos diários
C2. PRAZO: Curtíssimo prazo
C3. INSTRUMENTO: Relógio
C4. TEMPO DE ESTUDO: Horário semanal e diário de estudo

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Anexo 02

Passo-a-passo para a preparação para o estudo


1. Identifique o que o motiva a estudar.
2. Faça um Planejamento de Estudos de longo prazo (definição da sua meta)
3. Faça um Planejamento de Estudos de médio prazo (definição dos objetivos que vão ajud á-lo a
alcançar
sua meta).
4. Faça um Planejamento de Estudos de curto prazo (horário de estudos)
5. Certifique-se de que você está em boas condições de saúde para estudar com intensidade e para
fazer atividades físicas moderadas (atividades esportivas). Só faça atividades físicas sob a
orientação de um médico especializado.
6. Sempre revise seu planejamento de estudo e as matérias estudadas.
7. Tenha uma alimentação saudável, balanceada e equilibrada.
8. Tenha um período de sono regular e suficiente para seu descanso.
9. Coloque no seu horário diário algum tipo de atividade física.
10. Verifique se sua posição de estudo está confortável.
11. O lugar de estudo deve ser silencioso, com temperatura agradável.
12. Faça um levantamento de todas as disciplinas que você precisa estudar.
13. Reúna o material que será lido e estudado.
14. Todo seu material de estudo deve estar reunido e próximo ao local de estudo.
15. Todo tempo de estudo, ainda que mínimo, é importante.
16. Sempre revise a matéria.
17. Converse com alguém sobre o que você está estudando. Assim voc ê poder á tirar
dúvidas, aprofundar a matéria e revisá-la enquanto discute com alguém.
18. Avise as pessoas de sua casa que você vai estudar e que você n ão quer ser incomodado.
19. Estude sempre no mesmo lugar.
20. Antes de começar a estudar lembre daquilo que o motiva a estudar.
21. Beba água antes, durante e depois do estudo.
22. Estude aquilo que estava previsto no horário.
23. Faça intervalos regulares durante seu período de estudo.
24. Não estude disciplinas parecidas num mesmo per íodo de estudo (matem ática e estat ística), uma
atrás da outra. Estude, português e matemática, ou direito e estat ística. Isto evita causar confus ões
nas disciplinas.
25. Faça anotações coloridas nos textos de estudo ou nos seus cadernos.
26. Estudo ouvindo música clássica – música barroca. A musica cantada distrai; a musica cl ássica
barroca favorece a aprendizagem.
27. Estude as matérias mais difíceis e mais chatas nos hor ários em que você estiver mais desperto e
mais descansado.
28. As matérias que você mais gosta estude nos horários em que voc ê est á mais cansado.
29. Utilize a tecnologia para incrementar seu estudo (vídeos, MP3, internet, computadores, Palms,
cursos on-line).
30. Revise a matéria ao fim do período de estudo
31. Não estude vendo TV.
32. Não atenda o telefone durante seu período de estudo.
33. Não estude muito tempo sem intervalos de descanso, pois o rendimento cai e voc ê n ão aproveita o
tempo de estudo ao máximo.
34. Nunca deixe de revisar a matéria.
35. Não estude matérias parecidas, uma depois da outra. Você poderá confundir os tópicos.

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Anexo 03

Exemplo de um plano de estudo

1. Tema: técnicas de estudo.

2. Objetivos gerais:

Conseguir uma maior eficiência estudantil.

3. Objetivos específicos:

3.1 Aprender técnicas eficientes de estudo.

3.2 Formar atitudes favoráveis ao estudo eficiente.

3.3 Desenvolver hábitos adequados de estudo.

4. Conteúdo: técnicas, atitudes favoráveis e hábitos adequados de estudo.

5. Método: PQRST (U).

6. Recursos: livro texto, apostila e caderno de anotações.

7. Estratégias:

1ª. Recapitulações: diárias, nunca deixando para estudar as v ésperas

das provas. O curso de graduação visa à formação profissional.

2ª. Distribuição do tempo: proporcional à dificuldade de cada

matéria (geralmente maior quantidade = maior dificuldade).

3ª. Quantidade de horas diárias de estudo: de acordo com as

necessidades e possibilidades de cada momento.

4ª. Uso da metodologia de estudos: em todas as ocasiões

7. Distribuição horária: segundas-feiras das 15h00m às 17h00m.

8. Avaliação: questionário dissertativo.

Obs.: Este plano tem como tema genérico “técnica de estudo”. No caso
de cada aluno, deve o tema e outros itens deve considerar as
necessidades deste aluno.

50
Anexo 04

Dicas para aumentar a capacidade de concentração e memória

1. Procure controlar a quantidade e os tipos de informações que você absorve - não é tudo o
que vemos e percebemos que fica acessível à nossa memória. Somente as informações que
têm algum valor para nós ficam alcançáveis facilmente; as outras, ficam “enterradas”,
inacessivelmente, em nosso cérebro. Por isso, selecione as informações realmente importantes
e concentre-se nelas, pois ficarão à disposição na “gaveta das lembran ças” prontamente
recordáveis.

2. Estabeleça prioridades, decidindo as informações que devem ser armazenadas na memória -


geralmente, quando o esquecimento não faz diferença, é sinal de que a informa ção n ão é
tão importante. Por exemplo: normalmente você se concentra mais no n úmero de telefone
de uma pessoa especial do que no de um tio chato. São as prioridades entrando em a ção.
Quando o assunto é interessante, fica mais fácil se concentrar e lembrar do que se quer.

3. Conheça suas necessidades e a real importância das informações na sua vida - se, por
exemplo, sua promoção está dependendo da elaboração de um projeto, automaticamente
aumentará sua atenção. Assim, seu poder de concentração ser á estimulado e fluir á.

4. Tenha uma estratégia de trabalho - identifique o que você quer realizar, quando e como. Ao
estimar prazos e meios, torna-se mais fácil encontrar uma forma de se concentrar nas
tarefas.

5. Concentre-se em uma coisa de cada vez - ler e assistir televisão, falar ao telefone e fazer
contas, conversar com alguém e ler, ao mesmo tempo, é praticamente imposs ível. Quando
nos sobrecarregamos de informações, não nos concentramos em nada direito e, ainda por
cima, não conseguimos guardar tudo o que nos foi apresentado.

6. Encontre um local tranquilo, mas não silencioso - o silêncio absoluto pode nos induzir ao
sono, enquanto alguns ruídos exigem um maior esforço de concentração. Do mesmo modo,
o barulho demasiado acaba sendo prejudicial à capacidade de concentração.

7. Opte por um ambiente que favoreça sua concentração - geralmente, deve ser ventilado,
sem temperaturas quentes ou frias.

8. Livre-se de pendências e/ou preocupações que possam comprometer seu trabalho -


quando estiver consciente de que determinada tarefa necessita de um grau maior de
cuidado e concentração, procure organizar-se para que nada o atrapalhe.

9. Evite consumir substâncias que prejudicam seu poder de concentração - nada de acreditar
que drogas ou álcool estimulam a concentração. Isso é um mito equivocado, pois tais
substâncias alteram as ondas cerebrais.

10.Realize as tarefas mais exigentes primeiro - sempre que possível, programe-se para agilizar
suas atividades mais complicadas durante os períodos do dia em que você se sente mais
disposto(a).

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Anexo 05

Dicas para estudar sozinho

1. Seja sincero. Identifique os pontos fortes – aquelas matérias mais fáceis – e as


dificuldades – disciplinas mais complexas.
2. Prepare o ambiente de estudo – pode ser no quarto, na sala, na cozinha, enfim, o lugar
que você mais se sente à vontade –, deixando o local com boa luminosidade e bem
arejado (agora que a temperatura fica mais elevada é melhor ter por perto um
ventilador ou um aparelho de ar-condicionado).
3. Ao interromper o estudo, deixe um sinal específico para retomar a aprendizagem
exatamente de onde parou, sem perda de esforço nem de tempo.
4. Escolha cadeiras confortáveis, que, depois de horas de estudos, não causem dores na
coluna, nos braços e nas pernas. Ficar deitado ou recostado na cama pode causar
problemas posturais.
5. Acostume-se a estudar no mesmo local e no mesmo horário.
6. Realize os estudos com duas intenções: aprender (primeiro objetivo) e recordar.
7. Inicie os estudos depois de pelo menos 10 minutos de relaxamento, período em que
você deverá se concentrar em pensamentos e sentimentos equilibradores. Pense sempre
positivo. Não brigue com a situação.
8. Evite movimentos e sons que tirem a concentração. Não é necessário se desligar
totalmente do mundo – uma música, por exemplo, em volume mais baixo é sempre uma
boa companhia –, mas resista a atender telefonemas, fique longe de conversas e evite
barulhos repetitivos.
9. Se for necessário decorar algum conteúdo, procure ler em voz alta a matéria e com
rapidez. Não se detenha em memorizar datas ou fórmulas.
10. Elabore seus próprios exemplos (ganchos), relacionando os conteúdos estudados. Pode
ser até a associação de uma matéria com alguma música que você pode cantarolar até
em um passeio no parque.
11. Aproveite o deslocamento em um ônibus ou o banho para repassar o que foi estudado.
12. Evite fixar-se em algum conteúdo ou exercício difícil até chegar a uma resposta. Prefira
seguir adiante, retomando esse tema complexo após ter passado por outros assuntos
que possam ajudar a resolver o impasse.
13. Não queira se transformar em um super-herói. Identifique os seus limites.
14. Faça esquemas, gráficos, mapas, resumos sempre que desejar dominar um conteúdo
extenso.
15. Procure ler jornais e revistas e assistir a programas de rádio e TV. Se tiver Internet, realize
pesquisas que possam servir como entretenimento e instrumento de aprendizagem.

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Anexo 06

Dicas para resolver o problema da procrastinação (deixar para depois)

1. Estabeleça prazos de início e conclusão. Sempre que você tiver pela frente
uma tarefa desagradável, dê um prazo para começar. A pressão dos prazos,
mesmo os auto-impostos, pode ser suficiente para criar uma ação de sua
parte.
2. Faça o desdobramento das tarefas. Muitas vezes uma tarefa difícil pode ser
desdobrada em tarefas menores e portanto mais fáceis de serem atacadas.
Desdobre a tarefa em sub-tarefas e comece a trabalhar nelas.
3. Não espere a inspiração chegar. Vá atrás dela. Em muitos casos uma tarefa
difícil é adiada porque exige de sua parte um pensamento criativo, que no
momento não está surgindo. Mas lembre-se que inspiração é 90% de
transpiração. Portanto comece já, não espere.
4. Procure saber tudo sobre a tarefa. O fato de você não estar animado no
momento pode decorrer de uma falta de motivação ou desinteresse. A n ão
familiaridade geralmente gera a falta de interesse. Quanto mais você sabe,
mais tende a se envolver e a se entusiasmar. Procure obter mais
informações, e envolver-se mais com o problema.
5. Descubra as causas de sua indecisão. Se você está indeciso procure saber
porque você não quer se definir. A indecisão ocorre quando as pessoas tem
um forte desejo de acertar, um desejo de evitar erros. Existe um tempo para
deliberar e um tempo para agir. O tempo para decidir é quando a
informação adicional irá acrescentar muito pouco à qualidade de sua
decisão. Faça o máximo de esforço para obter a melhor informação poss ível
dentro do tempo que você dispõe. Então tome a decisão e vá em frente.
Acima de tudo, não fique atormentando-se com a decisão tomada. E,
principalmente, não a refaça.
6. Evite o perfeccionismo. Não seja 100% perfeito. Contente-se em ser 90% ou
até 80% perfeito. Lembre-se que o ótimo é inimigo do bom. É melhor ter
cinco "bons", do que um "ótimo". Pense em tudo isso e comece a agir
agora.

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