Você está na página 1de 5

CASA PIA DE LISBOA

CED de D. Nuno Álvares Pereira

-- TESTE DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS --

Educando: Ano / Turma: N.º:


Avaliação:
As professoras: O Enc. de Educ.:

GRUPO I

Recorda o que aprendeste sobre a notícia. Lê-a com atenção e responde às questões.

Neurocientista Rui Costa estuda Cérebro


1,6 ME PARA ESTUDAR DIFERENÇAS
ENTRE CRIATIVIDADE E ROTINA
O neurocientista Rui Costa recebeu uma bolsa de 1,6 milhões de euros para tentar descobrir,
nos próximos cinco anos, as diferenças a nível cerebral entre as ações novas e as praticadas por
rotina ou compulsividade. A bolsa foi entregue ao investigador principal no Programa de
Neurociências da Fundação Champalimaud, no Instituto Gulbenkian de Ciência – pelo European
Research Council (ERC), o mais importante organismo europeu de apoio à ciência e à
investigação.
"Já tínhamos evidências de que diferentes áreas do cérebro estão envolvidas nas ações
intencionais, quando fazemos coisas novas que nunca fizemos, e nas rotinas ou hábitos", disse o
investigador à agência Lusa.
"Agora, estamos a propor utilizar ferramentas moleculares, de circuito, para estudar que
partes do cérebro, que moléculas, que recetores é que estão envolvidos nas ações intencionais e
nas de rotina", acrescentou.
Na sua perspetiva, o trabalho poderá contribuir para compreender melhor não só o
funcionamento do cérebro, a interação com o mundo ou como se praticam determinadas ações e
não outras, mas também as doenças do foro neurológico e psiquiátrico, em que as pessoas não
conseguem criar rotinas, ou as criam em demasia, como nos comportamentos compulsivos.
"É importante percebermos que partes do cérebro é que controlam a capacidade de fazermos
coisas que nunca fizemos, e mesmo a criatividade, e que partes é que fazem com que
automatizemos uma coisa que fizemos uma vez de uma forma nova, como por exemplo conduzir
um automóvel de casa para o trabalho", afirmou.
Sobre a sua reação à atribuição da bolsa, chamada "Starting Grant", Rui Costa diz ter ficado
"obviamente muito satisfeito".
"Será bom para nós, para os próximos cinco anos de trabalho, para a equipa multidisciplinar
que tenho a trabalhar comigo, e é também bom para as instituições portuguesas e para
Portugal", assinalou.
Este ano na sua segunda edição, esta bolsa tem por objetivo apoiar investigadores em início de
carreira, com três a oito anos de experiência de investigação doutorada, que demonstrem
capacidade de liderança científica na realização de projetos de investigação científica inovadores,
sendo a excelência o principal critério de avaliação das candidaturas.
Rui Costa, 37 anos, é doutorado em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto e pela
Universidade da Califórnia em Los Angeles, e fez o pós-doutoramento em Neurobiologia na
Universidade de Duke, também nos EUA.
Regressou este ano a Portugal para integrar, como investigador principal, o Programa de
Neurociências da Fundação Champalimaud, depois de ter dirigido durante anos a secção de
Neurobiologia da Ação nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, onde recebeu
o prémio de Jovem Investigador da Fundação Nacional de Neurofibromatose Americana, em
2001, e foi finalista do Prémio Donald B. Lindsey da Sociedade de Neurociência dos Estados
Unidos, em 2003.
Expresso online, 26 de agosto de 2009 (adaptado)

1. Identifica a estrutura desta notícia. (Fá-lo diretamente na notícia)

2. A que perguntas responde o Lead?

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________

3. Encontra as respostas às restantes perguntas que fazem parte integrante da estrutura da


notícia.

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________

_______________: ___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
4. Por palavras tuas, refere em que consiste o trabalho deste neurocientista português.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

5. Na perspetiva de Rui Costa, que significado tem a bolsa que recebeu?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

6. Refere, de forma sucinta, o objetivo que se pretende atingir com a atribuição da bolsa
"Starting Grant".
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

GRUPO II

Lê, com atenção, o texto O Jornal, de José Jorge Letria e José Goulão.

O JORNAL

1 Eu sou o jornal. Chamo-me assim e é assim que gosto que me chamem. Não é preciso outro nome
para toda a gente saber o que sou e o que faço, o que digo e a razão por que o digo.
Sou feito de papel, tinta e notícias. Tantas notícias quantas as que couberam no meu corpo de
fotografias e letras onde as pessoas procuram saber novidades do que se passa na sua vila, na sua
5 cidade, no seu país, no mundo.
Todas as manhãs, muito cedinho ou então no princípio da tarde, saio à rua com o meu fato preto e
branco ou a cores e conto a quem me quer ler as notícias fresquinhas que me chegam de todo o
mundo.
Preciso de notícias como vocês precisam de ar, de água e de pão para viver. As notícias são o meu
10 ar, a minha água, o meu pão. São, afinal, o meu alimento. E também o alimento de quem quer saber
mais do que aquilo que se diz e se conta no emprego, no café, na escola ou na rua.
Se há coisa que não suporto é que me chamem mentiroso. Ando sempre à procura da verdade. Por
isso as notícias de que me alimento e que depois faço chegar às mãos de toda a gente são notícias
verdadeiras. Não gosto de inventar. Acredito que é bonito sonhar, imaginar, ver para além daquilo que
15 os olhos podem ver. Mas acho que não deve ser o jornal a inventar. Que inventem os poetas, os
músicos, os pintores, as palavras, os sons e as cores de que o sonho é feito. Inventar assim é que está
certo.
Ando de mão em mão e não me importo. Depois de me lerem deitam-me fora, esquecem-se de
mim, mas também não me importo, porque, quando isso acontece, já cumpri a minha função. Quero
20 dizer: já contei a muita, muita gente tudo aquilo que sabia e não queria guardar só para mim.
Usam-me para fins diferentes daqueles para que fui feito: para embrulhar coisas, para forrar
caixotes, para manter as castanhas quentinhas, para fazer chapéus de bico nas bancadas dos estádios
em dias de sol. Mas eu não me importo, porque só me fazem isso depois de terem olhado para mim,
depois de terem deixado que eu contasse um pouco, às vezes muito pouco, da vida de quem vive
25 neste mundo que é o nosso.
Como me alimento de notícias, fico gordo ou magro consoante a quantidade de notícias que como.
A minha gordura ou magreza podem medir-se no número de páginas que tem o meu corpo.
Olha-se para a minha cara, umas vezes triste outras alegre, e vêem-se as letras grandes dos títulos,
as pequenas das notícias e ainda as fotografias, que também são uma maneira de dar notícias.
30 Eu sei que há quem não goste de mim, daquilo que eu digo, daquilo que eu faço. Mas também sei
que as pessoas se sentiriam mais pobres se eu não existisse, se eu não saísse todos os dias para a rua
a contar as novidades que sei.
José Jorge Letria e José Goulão, Eu Sou o Jornal - Vega

O questionário que se segue fornece-te, para cada questão, várias hipóteses de resposta.
Assinala de forma inequívoca a alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto.

1. Na opinião do enunciador do discurso,

A. ninguém sabe quem ele é. C. poucas pessoas o reconhecem.


B. é desagradável ser deitado fora.D. toda a gente sabe o que é e para que serve.

2. A função do jornal

A. não está bem definida. C. é andar de mão em mão.


B. é divulgar informação. D. é inventar notícias.

3. Na frase “As notícias são o meu ar, a minha água, o meu pão (…)” estão presentes os
seguintes recursos expressivos:

A. Comparação e metáfora. C. Metáfora e enumeração.


B. Comparação e enumeração. D. Nenhuma das anteriores.

4. A comparação “Preciso de notícias como vocês precisam de ar, de água, de pão para viver”
quer dizer:

A. que o ar é essencial à vida.


B. que as notícias são essenciais: quem não se informa, não vive de facto.
C. que, sem notícias, o jornal pede a sua razão de existir, pois não está a cumprir a missão para
que foi criado.
D. que, sem informação, o mundo não avança.

5. Completa.
O enunciador do texto é ___________________________________________________.

6. Carateriza o referido enunciador, ilustrando a tua resposta com elementos textuais.


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7. Em que consiste o fato preto e branco ou a cores de que se fala no terceiro parágrafo?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

8. Explica por que motivo o enunciador do texto diz: Não gosto de inventar.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

9. A quem reconhece o enunciador o direito de inventar? Concordas com ele?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

GRUPO III
Verdadeiro ou falso?
V F
1) O texto da notícia é geralmente muito desenvolvido, sendo a notícia uma narrativa
de um acontecimento atual.
2) A notícia deve despertar a curiosidade do público a que se destina.
3) A notícia tem, obrigatoriamente, um antetítulo, um título e um subtítulo.
4) A entrevista e a notícia são muito semelhantes em termos de estrutura.
5) A notícia deve conter várias apreciações e comentários do jornalista.
6) A linguagem da notícia deverá ser clara, correta, direta e acessível ao maior número
possível de leitores.
7) O título da notícia deverá ser bastante atrativo, mas deverá evitar esclarecer o leitor.
8) A notícia é o género fundamental do jornalismo.

Pontos-extra!
Que nome se dá…

A. a um jornal publicado uma vez por semana? ____________________________________


B. a um jornal que sai todos os dias? ____________________________________________
C. a um jornal vendido numa determinada região? _________________________________
D. a um jornal que sai ao final da tarde? __________________________________________
E. a um jornal que sai de manhã? _______________________________________________

As professoras Florbela Lopes & Magda Costa

Você também pode gostar