O Bullying é um termo em inglês que significa intimidar alguém,
perseguir, incomodar ou prejudicar outra pessoa, causando dano e medo de maneira frequente, representando-se por atitudes agressivas, intencionadas e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais indivíduos contra outros, causando dor, angústia e sensação de inferioridade. O Bullying pode ser físico, verbal, material, moral, psicológico, sexual e o que acontece, mais frequentemente, o ciberbullying. “Ciber” porque acontece num meio tecnológico e “bullying” uma vez que é um conceito que apareceu recentemente cujo comportamento que nele está adjacente sempre existiu, nomeadamente, nas escolas. Na nossa opinião, os pais e professores pensam que os jovens, de hoje em dia, se encontram seguros e que se sentem bem, no entanto, e na verdade, na maioria das vezes, isso não acontece, havendo uma grande percentagem de jovens que sofre todos os dias, principalmente, na escola. Uns por serem frágeis, outros por estudarem demasiado, outros porque são gordos, ou por outros motivos. Normalmente, estes jovens mantêm-se calados, sem contar os seus problemas, isolam-se, por medo do “bully”, que é o agressor, ou também porque já tentaram fazer queixa e, infelizmente, não foram ouvidos. Às vezes, os adultos não valorizam a situação, achando que é coisa de miúdos. Os professores e os pais nem sempre conseguem aperceber-se da existência de situações desta natureza e os colegas desvalorizam. O Bullying apresenta várias consequências: a vítima torna-se frágil, apresentando dificuldades de comunicação para com os outros, o que influencia negativamente a capacidade de desenvolvimento em termos sociais, profissionais e emocionais. Para além disso, a sua autoestima baixa, apresenta medo, angústia, tem pesadelos e mostra falta de vontade em ir à escola, assim como rejeição da mesma, ansiedade, dificuldades de concentração, dores de cabeça, vómitos, mudanças de humor, choro, insónias,… Entendemos que os jovens que sofrem de bullying vão crescendo traumatizados, assumindo sempre para si a culpa da situação, ou por se acharem demasiado feios, gordos, ou por qualquer outro motivo… Obviamente, falamos aqui do bullying psicológico que, a nosso ver, é o pior de todos, o que nos deixa com as cicatrizes mais profundas, não fisicamente, mas na alma podendo a pessoa chegar ao suicídio. Infelizmente, a escola nem sempre se apercebe destas situações de forma a evitar o pior. Muitas vezes, sabe destes casos, mas deixa passar pensando que são pontuais e que, supostamente, não vão voltar a acontecer, porém o pior é que quase sempre continuam a acontecer. Nós, cidadãos comuns, temos de ter uma atitude para combater esta situação, por isso alertamos-te: se te perseguirem ou se sentires que és vítima de bullying ou, se por outro lado, és testemunha de um ataque contra outros colegas ou amigos, há várias coisas que podes fazer. Não podes é ficar calado! Conversa com um adulto de confiança e lembra-te de que pedir ajuda não é acusar, é ajudar alguém. Tal como alguém disse um dia “quando as pessoas te tentam deitar abaixo, isso apenas quer dizer que és superior a elas.”