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Cálculo de custos na industria gráfica

Cálculo de custos na indústria gráfica.


Por Donisete Guimarães

Índice remissivo Página

Problemas na indústria gráfica 3


Sistemas de levantamento de custos 5
Encargos sociais 6
Horas extras 7
Depreciação de equipamentos 7
Despesas de manutenção e materiais auxiliares 8
Despesas diretas e despesas indiretas 9
Método de rateio de despesas 10
Cálculo do número de horas produtivas (NHP) 11
Criação de centros produtivos 14
Modelo de mapa de custos 15
Vantagens do segundo e terceiro turno 16
Total do custo fixo X Ponto de equilíbrio 17
Alíquotas de impostos 18
Cálculo do preço de venda 19
Cálculo da contribuição marginal 20
Custos na indústria gráfica (artigo) 26
Podemos ser alheios aos avanços tecnológicos (artigo) 28
Devo comprar ou locar um software? (artigo) 29

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Problemas na indústria gráfica


A indústria gráfica nacional enfrenta uma série de problemas de ordem econômica, mas o
maior problema é o desconhecimento da forma correta do levantamento de custos e
formação do preço de vendas. Dentre alguns problemas podemos destacar :

• Cálculo de custos/hora de forma incorreta


Por desconhecimento utiliza-se de métodos errôneos e arcaicos de custeio de orçamentos.
Cálculos por milheiro, cálculo errado do fechamento de preço de venda etc...

• Carência na análise de custo fixo e ponto de equilíbrio.


Falta de compreensão básica de gestão de negócios.

• Vendas sem análise de crédito


Muitas vezes o empresário com necessidade de fazer capital vê um pedido e sem analisar a
idoneidade do cliente simplesmente pega o pedido, comprometendo seu capital de giro no
futuro.

• Super dimensionamento na avaliação da capacidade produtiva(horas/mês).


Ao levantar o mapa de custos utiliza um número excessivo de horas produtivas esquecendo-
se da ociosidade média, feriados, lanches, banheiro, manutenção de equipamentos e outras.

• Vendas muito abaixo da capacidade produtiva prevista.


Ao se calcular o mapa utiliza-se uma capacidade produtiva prevista acima da capacidade de
venda média da empresa.

• Compra de equipamentos sem necessidade.


Sem uma análise correta das necessidades do mercado e do rol de clientes e trabalhos,
compra-se equipamentos que ficarão ociosos por às vezes mais da metade do mês. Isto
geralmente é feito para evitar terceirizações, sem avaliar o problema do excesso de
imobilização de capital.

• Compra de equipamentos comprometendo o capital de giro.


Muitas vezes o empresário compromete seu capital de giro comprando equipamentos e
esperando pagá-lo com o lucro obtido do mesmo, sem levar em consideração o tempo
necessário para se abrir novo mercado para o equipamento.

• Excesso de estoques.
Imobiliza-se grande quantidade de capital em estoques sem análise do volume médio de
consumo, comprometendo o capital de giro e a capacidade de negociação.

• Venda acima da capacidade de capital de giro.


Vende-se sem possuir capital de giro suficiente para suportar prováveis inadimplências e
necessidade de reposição de estoques e compra de matéria prima, tendo que recorrer a
descontos de duplicatas.
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• Desvio de recursos para fora da empresa de forma não planejada.


Muitas vezes o empresário confunde a empresa com sua vida particular, não estipulando
metas para crescimento, reservas de capital para reposição de equipamentos, manutenção,
encargos etc., fazendo retiradas fora da possibilidade da empresa, comprometendo o futuro
a médio e longo prazo.

• Desconto de duplicatas.
Após o erro do cálculo de custo, talvez este seja um dos maiores problemas dos empresários
brasileiros. Além de comprometerem seu capital de giro com os itens acima citados,
recorrem a descontos de duplicatas com taxas de juros astronômicas para fazer dinheiro de
forma instantânea, esquecendo-se que o lucro líquido médio de uma empresa geralmente
não ultrapassa 10 a 15%.

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Sistemas de levantamento de custos


Existem vários sistemas de levantamentos de custos para indústria, ABC, Burden, RKW.
Os sistemas que mais se adaptou à industria gráfica foram o Burden e o RKW, sendo o
Burden apenas uma variação do RKW.
O RKW é um sistema de cálculo de custos criado na Alemanha e que é utilizado
amplamente na indústria gráfica.
Basicamente o sistema de levantamento de custos tem por objetivo levantar o custo hora
dos centros de produção de uma empresa, o custo hora obtido será utilizado no cálculo do
orçamento.
Para isto é necessário dividir a gráfica em centros produtivos, que são:
Arte final, fotolito, gravação, impressoras, acabamento, guilhotina etc..

Para calcular o mapa antes é necessário fazer o levantamento de todas as despesas.


Toda indústria possui 3 tipos de custos ou despesas :

DESPESAS FIXAS : As despesas fixas são aquelas que não variam de acordo com o
volume de produção. Como exemplos destas despesas temos : Aluguel, salários, vale
transporte, telefone etc..

DESPESAS SEMI-FIXAS : São aquelas em que variam de acordo com o volume de


produção mas por serem difíceis de serem mensuradas a cada orçamento, estipulamos um
valor fixo baseado na média dos últimos meses. Como exemplo destas temos : Energia
elétrica, materiais auxiliares de produção como estopa, gasolina, blanquetas etc.

DESPESAS VARIÁVEIS : Despesas que variam de acordo com o volume de produção e


podem ser determinadas com precisão no momento do cálculo do orçamento. Como
exemplo destas despesas temos : Papéis, chapas, tinta, impostos, comissões, serviços de
terceiros etc..
OBS: As despesas variáveis NUNCA são utilizadas no momento do levantamento do mapa
de custos. Elas devem ser calculadas para cada orçamento em questão.

As despesas indiretas ou administrativas, sejam elas fixas, semi-fixas ou variáveis serão


rateadas nos centros produtivos de forma que estes absorvam os valores para compor o
custo hora que será utilizado no orçamento.

O valor total de despesas diretas produtivas mais as despesas indiretas(rateadas) será


dividido pelo número de horas produtivas de cada centro produtivo, calculando assim o
custo hora.

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Encargos sociais
Sobre os salários de seus funcionários o empregador ao governo em benefícios para o
empregado uma carga de tributos chamados encargos sociais.
Estes índices variam de acordo com o tipo de indústria, mas podemos de maneira geral
classificar a industria gráfica no seguinte esquema de encargos sociais :
Os índices abaixo são todos mensais.

Empresas NÃO cadastradas no sistema SIMPLES :


Encargo social Percentual Forma Pgto
Férias 8,96 Anual
Adicional constitucional 2,98
Adicional de assiduidade 2,69 Anual
13o salário 8,96 Anual
INSS 20,00 Mensal
FGTS 8,00 Mensal
Seguro acidentes 3,00 Mensal
Salário educação 2,50 Mensal
SESI/SESC/SENAI 2,50 Anual
SEBRAE 0,60 Anual
Incidência cumulativa 8,68
Aviso prévio/rescisão(média) 6,18 Demissão
Total 75,05

Empresas cadastradas no sistema SIMPLES :


Encargo social Percentual Forma Pgto
Férias 8,96 Anual
Adicional constitucional 2,98
Adicional de assiduidade 2,69 Anual
o
13 salário 8,96 Anual
FGTS 8,00 Mensal
Seguro acidentes 3,00 Mensal
Salário educação 2,50 Mensal
Aviso prévio/rescisão(média) 6,18 Demissão
Total 43,27

Os percentuais acima deverão ser considerados no mapa de custos como parte integrante do
salário no momento do levantamento do custo hora.

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Horas extras
Existem basicamente 2 tipos de horas extras.

1) A hora extra para suprir um problema de prazo de entrega motivada por uma deficiência
na programação ou promessa para entrega rápida.
2) A hora extra para fazer um trabalho de grande volume que estoura a capacidade
produtiva normal da gráfica se esta somente trabalhar em horário normal.

Os dois tipos de hora extra acima são radicalmente diferentes. O primeiro pode representar
um prejuízo ou diminuição do lucro da empresa porque o trabalho é feito em regime de
hora extra quando poderia estar sendo produzido em hora normal. Neste caso a empresa
trabalha na hora extra e no próximo ou nos próximos dias tem ociosidade de máquina.
O segundo é benéfico e age como um “segundo turno” porque vem a complementar o
quadro produtivo. A empresa continuará trabalhando normalmente no horário normal.

OBS : As horas extras NÃO deverão ser computadas no cálculo do mapa de custos.

Depreciação de equipamentos
Existem dois tipos de depreciação :
Contábil e Gerencial
A depreciação contábil é feita de acordo com a legislação em vigor e não interessa para a
composição do mapa de custos.
A depreciação gerencial é a que utilizaremos para a composição do nosso mapa de custos.
Devemos avaliar o equipamento e seu tempo de vida para que ao final de um determinado
tempo a empresa possa repor ou comprar um equivalente ao equipamento em questão.
Lembramos que o equipamento deve ser depreciado sempre pelo seu valor quando novo e
ajustes devem ser feitos para atualizar este valor sempre para o valor atual(novo) de
mercado dele mudar.
Este valor NÃO deve ser ajustado com o passar do tempo para baixo como muitos
imaginam, caso contrário no final do período não haverá reservas suficientes para repô-lo.
A menos que o equipamento novo sofra um ajuste para cima ou para baixo.
Exemplo : Suponhamos que temos um equipamento novo de 300.000 R$ que terá uma
durabilidade de 10 anos(120 meses).
Após este período ele poderá ainda ser vendido por 25% do seu valor atual, este valor é
chamado de residual. Então o cálculo da depreciação será feito da seguinte maneira:

Depreciação = (Valor Novo – Residual) / Tempo Vida(meses)


Depreciação = (300.000 – 25%*300.000) / 120
Depreciação = (300.000 – 75.000 ) / 120
Depreciação = 225.000 / 120
Depreciação = 1.875,00

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Ou seja, todos os meses você deverá contabilizar para este equipamento uma despesa de R$
1.875,00 para efeito de depreciação.
Muitos gráficos não utilizam a depreciação nos seus cálculos como forma de
competitividade no mercado. Este é um erro imperdoável que comprometerá a empresa a
médio e longo prazo. Pois ao cabo de 5 ou 10 anos a empresa não terá reservas suficientes
para repor e modernizar seus equipamentos.
O valor da depreciação deveria ser depositado em uma conta especial no final do mês e
utilizado com o único objetivo de repor o parque industrial.

Despesas de manutenção prevista de equipamentos


Todo equipamento necessita de manutenção de tempos em tempos.
Então como fazer para apropriar o valor da manutenção no mapa de custos?.
Em um determinado mês pode-se ter um alto valor de manutenção e no próximo mês não
haver gasto nenhum.
Se apropriarmos o valor gasto cada mês no mapa teremos uma oscilação do custo hora a
cada mês, o que não é bom.
Portanto devemos fazer uma média dos últimos 6 ou 12 meses de valores gastos com
manutenção. O ideal é que estes valores sejam apurados por equipamento e não no total,
desta forma poderemos apropriar na conta de cada máquina o valor médio de sua
manutenção.
No mapa você apropriará o valor médio de manutenção por mês e independente do valor
realmente gasto este valor será utilizado no mapa.
De 12 em 12 meses é bom fazer uma reavaliação desta média.

Materiais auxiliares de produção


São aqueles materiais que por serem de difícil avaliação no momento do cálculo do
orçamento devem ser apropriados pela média mensal, constando assim do custo hora.
Os materiais auxiliares devem ser levantados por centro de produção, ou seja, cada centro
produtivo deverá ter seu valor de material auxiliar médio calculado.
Exemplo :
Centro de produção Materiais auxiliares
Arte final Toner, disquetes, papel, vegetal etc...
Gravação de chapas Reveladores, gomas, químicos em geral etc..
Fotolito Químicos, durex, restauradores etc..
Impressoras Estopa, querosene, restauradores, blanquetas, graxa, etc.
Acabamentos Cola, fitas adesivas, grampos, papel para pacotes, rótulos etc..
Guilhotina Régua, cera, afiação de facas etc..
Para obter estes valores faça uma média dos últimos 3 meses.

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Despesas diretas da produção


As despesas específicas da produção deverão ser separadas por centros produtivos. Elas
serão a base para as chaves de rateio que serão explicadas posteriormente.
Das despesas diretas de produção temos:

Salários da produção: Arte finalistas, gravadores de chapas, impressores, auxiliares de


impressão, brochuristas, cortadores etc..

Depreciação: Depreciação da arte, impressoras, equipamentos do acabamento, guilhotina


etc..
Materiais auxiliares: Gastos em cada centro produtivo.

Manutenção média: Para cada centro produtivo.

Além das despesas supra citadas ainda podem existem despesas diretas com certos centros
produtivos como aluguel de equipamentos, contrato de assistência.

Despesas indiretas (administrativas)


Todas as demais despesas serão consideradas indiretas.
As despesas indiretas serão rateadas nos centros produtivos de acordo com critérios que
serão explicados posteriormente.
Estes critérios de rateio é que caracterizam o sistema RKW.
Alguns exemplos de despesas fixas e semi-fixas indiretas temos :

• Água,
• Aluguel
• Assistência médica
• Associação de classe
• Brindes e donativos
• Contratos de assistência e manutenção
• Correios
• Despesas bancárias
• Energia elétrica
• Fretes e carretos
• Honorários profissionais(Contadores/advogados)
• Taxas anuais(parcela mensal)(IPTU, Alvarás, etc..)
• Lanches
• Materiais de escritório
• Perdas diversas
• Retirada de sócios

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• Seguros
• Telefones
• Transporte (gasolina, óleo, ...)
• Transporte (Manutenção automóveis)
• Vale transporte
• Outras despesas fixas

Método de rateio de despesas

Existem alguns métodos básicos para ratear as despesas indiretas nos centros produtivos.
A principal pergunta a ser feita é:
Quanto cada centro produtivo deverá absorver das despesas indiretas?

De alguns dos métodos de rateio que podemos usar destacam-se os seguintes :


Método de rateio Observações
Pela área ocupada Cada centro produtivo absorverá a despesa de acordo com a área
ocupada por ele dentro da fábrica. Pode ser utilizado para ratear
por exemplo o aluguel.
Pela potência elétrica Pode ser utilizado por exemplo para ratear energia elétrica.
Pelo valor imobilizado Pode ser utilizado para o rateio de seguros.
Pelo subtotal de despesas Soma-se todas as despesas diretas do centro produtivo e utiliza
este valor como chave para o rateio das despesas

Após anos trabalhando com mapa de custo a conclusão a que chegamos é que alguns
métodos de rateio apenas dificultam o levantamento do mapa, influindo muito pouco na
forma em que o custo hora será levantado.
Portanto aconselho utilizar somente o método do subtotal de despesas que é o mais simples
e funcional.
Os demais métodos demandam um enorme trabalho extra na prospecção de dados de área,
potência elétrica etc., e no final o resultado é praticamente o mesmo.

Exemplo prático de como ratear valores:


Suponhamos 3 centros produtivos: Solna, Gto, KBA

Achamos primeiro o subtotal das despesas diretas de cada um dos centros produtivos.
Centro prod. Salários Depreciac. Manut. Mat.Auxiliar Sub-total
Solna 1200,00 400,00 200,00 120,00 1920
Gto 800,00 300,00 120,00 80,00 1300
KBA 1800,00 2.000,00 300,00 240,00 4.340
Total 7.560

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Suponhamos agora que o total de despesas indiretas foi R$ 15.000,00.


Para saber quanto cada centro produtivo deverá absorver fazemos a seguinte conta:

Rateado = (Subtotal c.produtivo / Total despesas produtivas) * Total despesa indireta

No caso acima
Centro produtivo Conta a fazer Rateado
Solna (1920/7560)*15000 3.809,52
Gto (1300/7560)*15000 2.579,36
KBA (4340/7560)*15000 8.611,12
Total 15.000,00

O valor rateado deverá ser somado com o valor do sub-total de despesas de cada centro
produtivo para se calcular o total de despesa apropriado para cada centro.
Este valor será dividido pelo número de horas produtivas mensal encontrando-se assim o
valor hora.
Centro produtivo Sub total Rateado Total
Solna 1.920,00 3.809,52 5.729,52
Gto 1.300,00 2.579,36 3.879,36
KBA 4.340,00 8.611,12 12.951,12
Custo fixo 22.560,00

A soma da coluna “total” mostrará o total de despesas fixas ou custo fixo da gráfica.
Este número será utilizado posteriormente para mostrar o ponto de equilíbrio da empresa.

Número de horas produtivas


A determinação do número de horas produtivas é crucial na precisão do levantamento do
custo hora.
O total obtido no item anterior Total=(sub-total+rateado), deverá ser dividido pelo número
de horas produtivas para se obter o custo hora do centro produtivo.
Entende-se por “Número de horas produtivas”, o número de horas efetivamente trabalhadas
pelo centro de custo.
Para calcular este número devemos levar em consideração vários fatores :
• Número de dias úteis do ano
• Número de feriados do ano
• Tempo inicial para entrada no trabalho e preparação da máquina (15 mins)
• Tempo final para saída do trabalho, deixando a máquina limpa p/ prox. dia.
• Lanche, banheiro, cigarro etc..
• Tempo médio para manutenção de máquina.
• Folgas,
• Faltas.

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A tabela a seguir demonstra como cálcular do número de horas produtivos máximo para
uma indústria no Brasil.

Dias do ano 365


Sábados e domingos do ano -104
Feriados(média por ano) -12
Manutenção de máquina média em dias/ano -4
Número de dias úteis no ano =245
Número de horas trabalhadas/dia 8,5
Entrada (10 mins) -0,15
Lanches (15 mins) -0,25
Banheiro(10 mins) -0,15
Ociosidade entre trabalhos(30 mins) -0,5
Saída/prep.maq.p/prox.dia(10mins) -0,25
Número de horas líquidas por dia =7,2
Total de horas do ano (245 dias * 7,2h) 1764,0
Número de horas médio/mês ( 1764 / 12) 147,0

Portanto 147 horas é o número máximo de horas efetivamente produtivas em um turno.


Este é o número de horas que devemos utilizar no mapa de custos.
Suponha a tabela anterior que as máquinas solna e gto trabalham apenas 1 turno e que a
KBA trabalha 2 turnos, então poderíamos concluir que o custo/hora das máquinas seria:

Centro produtivo Sub total Rateado Total NHP Custo/hora


Solna 1.920,00 3.809,52 5.729,52 147 38,9
Gto 1.300,00 2.579,36 3.879,36 147 26,3
KBA 4.340,00 8.611,12 12.951,12 294 44,0

OBS : O segundo turno geralmente não pode ser considerado com o mesmo número de
horas(147) do primeiro turno. Geralmente a quantidade de horas trabalhadas é um pouco
menor. Para efeito de simplificação considerei os 2 turnos com 147 horas cada.

Por que devemos utilizar o número de horas efetivamente produtivas e não podemos usar o
tempo integral de trabalho?.
Porque quando calculamos um orçamento, utilizamos no cálculo o tempo que a máquina ou
funcionário estarão produzindo, acerto, impressão etc., sem nos preocuparmos com os
tempos ociosos.

Dados para exemplo de cálculo de mapa


Trabalharemos agora com dados de uma gráfica hipotética para podermos calcular o custo
hora aplicando os conceitos acima.
O primeiro passo é levantar todos os dados de custos da empresa.

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Segue uma relação do que é necessário se obter:

• Relação de imobilizado administrativo com seus respectivos valores de aquisição.


Computadores, fax, telefones, ar-condicionado, veículos etc...
• Relação de imobilizado produtivo com seus valores de aquisição. Impressoras,
guilhotinas, dobradeiras, grampeadeiras, etc...
• Relação de funcionários administrativos com seus respectivos salários.
• Relação de funcionários produtivos e seus salários. Neste caso os funcionários deverão
ser separados de acordo com a função e as máquinas que trabalham. Ex. João da Silva
(impressor GTO).
• Relação de despesas fixas mensais, tal como mostrado anteriormente.

Imobilizado administração Valor Vida(meses) Residual Depreciação


1 aparelhos de fax 600,00 36 0% 16,7
Móveis da administração 5.000,00 96 0% 52,0
Automóvel 12.000,00 60 40% 120,0
Computadores 8.000,00 36 20% 177,0
Total 365,7
Imobilizado produção Valor Vida(meses) Residual Depreciação
Computadores arte final 5.000,00 36 20% 111
Gravadora de chapas 4.000,00 96 0% 41
Impressora GTO 80.000,00 96 40% 500
Impressora Roland 00 120.000,00 96 40% 750
Impressora KBA 240.000,00 96 40% 1500
Dobradeira/Gramp/Pic/... 25.000,00 96 40% 156
Guilhotina 60.000,00 120 50% 250

*O cálculo da depreciação foi feito conforme explicado anteriormente.


Funcionários da Salário Encargos Bonificação Total
administração (75%)
Orçamentista 1500,00 1125,00 300,00 2925,0
Financeiro 1000,00 750,00 1750,0
Auxiliar 450,00 337,50 787,5
Secretária 350,00 262,50 612,5
Office boy 130,00 97,50 100,00 327,5
Total 6402,5

Funcionários da Salário Encargos Bonificação Total Total


produção (75%) Centro
Arte finalista 600,00 450,00 1050,0 1050,00
Gravador de chapas 400,00 300,00 700,0 700,00
Impressor GTO 800,00 600,00 100,00 1500,0 1500,00
Impressor Roland 00 1000,00 750,00 1750,0 1750,00
Impressor KBA 1o turno 1200,00 900,00 2100,0
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Impressor KBA 2o turno 1200,00 900,00 2100,0


Auxiliar KBA #1 400,00 300,00 700,0
Auxiliar KBA #2 400,00 300,00 700,0 5600,00
Brochurista #1 350,00 262,00 612,0
Brochurista #2 350,00 262,00 612,0
Brochurista #3 350,00 262,00 612,0
Brochurista #4 350,00 262,00 612,0 2448,00
Cortador 500,00 375,00 875,0 875,00
Total 13923,0 13923,0

Despesas fixas mês Valor mês


Água 60,00
Aluguel 1200,00
Energia 800,00
.......demais despesas..... ...........
Total despesas 20.000,00

Centro produção Manutenção Mat.Auxiliar


Arte final 50,00 120,00
Gravação de chapas 20,00 80,00
GTO 100,00 80,00
Roland 00 200,00 160,00
KBA 400,00 320,00
Acabamentos 50,00 120,00
Guilhotina 50,00 120,00

O próximo passo é dividir os centros de custos produtivos da gráfica.

Criação dos centros de custo produtivos


Dividir a empresa em centros de custo é uma tarefa aparentemente óbvia mas que requer
um certo cuidado e análise.

Regras básicas :

a) Procure não criar um centro de custo que não possua pelo menos um funcionário
trabalhando no centro.
b) Não crie centros de custo para as máquinas de acabamento. Estas serão englobadas em
um único centro chamado “Acabamentos”.
c) Procure englobar as máquinas tipográficas no centro “Acabamentos”. Geralmente estas
máquinas só são utilizadas para numerar e corte/vinco.
d) Junte máquinas com características similares em um único centro produtivo. Exemplo :
Se você possui 2 impressoras mono formato ½ folha, crie um centro um centro chamado

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“Mono Formato 2” ao invés de criar um centro para cada uma. Desta forma elas terão o
mesmo custo hora.
e) Se você não possuir um sistema de cálculo de orçamentos informatizado será mais fácil
tratar a guilhotina e suas despesas como administrativas, desta forma ela será rateada no
custo hora dos demais centros de produção e não haverá necessidade de se calcular
guilhotina no orçamento.
No exemplo acima a divisão de centros seria:
1) Arte final
2) Gravação de chapas
3) GTO
4) Roland 00
5) KBA
6) Acabamentos
7) Guilhotina

Modelo de mapa de custos


No mapa abaixo você deverá criar uma linha para cada centro de custo produtivo, contendo
as seguintes colunas.

C.Custo Salário Deprec. Manut M.Aux. Outras Subtotal Rateado Total NHP Custo/h
C.Custo 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C.Custo 2
....
C.Custo n
Totais TsubT Trateio Cfixo

Descrição das colunas do mapa


1. Total de salários e encargos sociais daquele centro de produção.
2. Total de depreciação do centro produtivo.
3. Manutenção mensal prevista para o centro.
4. Material auxiliar previsto para o centro.
5. Outras despesas específicas do centro produtivo.
6. Subtotal das despesas diretas do centro.
7. Soma das colunas (1) a (5).
8. Valor absorvido do total de despesas indiretas. O valor é feito segundo a seguinte
fórmula : Rateado = (SubTotal/TsubT) * TotDespInd, onde SubTotal é o total de
despesas diretas do C.Produtivo(colunas 1 a 5), TsubT é a soma dos subtotais de
todos os C.Produtivos e TotDespInd é o total das despesas indiretas.
9. É a soma da coluna 6 e 7. A soma desta coluna é o custo fixo mensal total da gráfica,
que será utilizado para o acompanhamento do ponto de equilíbrio.
10. NHP é o número de horas produtivas do centro de custo.
11. Custo hora. Calculado dividindo-se o valor da coluna 8 pela coluna 9

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Na página seguinte você verá a distribuição dos dados de exemplo mostrados anteriormente
no mapa de custos.
Distribuição de dados no mapa

Salários + encargos da adm. 6402,5


Depreciação administrativa 365,7
Despesas fixas administrativas 20.000,0
Total a ratear(desp.indiretas) 26.768,2

C.Custo Salário Deprec Manut M.Aux. O. Subtotal Rateado Total NHP Custo/h
Arte final 1050 111 50 120 1331 1865,25 3196,25 147 21,74
G.chapas 700 41 20 80 841 1178,57 2019,57 147 13,73
GTO 1500 500 100 80 2180 3055,03 5235,03 147 35,61
Roland 00 1750 750 200 160 2860 4008,08 6868,08 147 46,72
KBA 5600 1500 400 320 7820 10958,97 18778,97 294 63,87
Acabam. 2448 156 50 120 2774 3887,49 6661,49 588 11,32
Guilhotina 875 250 50 120 1295 1814,81 3109,81 147 21,15
Totais 13923 3308 870 1000 19101 26768,2 45869,2

Na coluna Custo/h encontramos os custos horas dos centros produtivos. Este custo será
utilizado no cálculo do orçamento.

Vantagens do segundo e terceiro turno


Suponha duas gráficas com mesmo parque industrial, funcionários com mesmo nível
salarial e despesas fixas semelhantes.
É possível uma delas ter o custo/hora das máquinas menor que a outra?
Sim, se uma delas trabalhar dois ou mais turnos.
A vantagem dos demais turnos é a melhor diluição das despesas indiretas e da depreciação
que permanecerá praticamente constante.
Olhando-se o mapa de custos teríamos um acréscimo na coluna salários dos funcionários
produtivos para o segundo ou terceiro turno.
Também haveria um acréscimo nas colunas de manutenção e material auxiliar.
A coluna de depreciação permaneceria a mesma, pois a depreciação é independe do número
de turnos.
As despesas indiretas aumentariam muito pouco, porque a maioria delas independe da
quantidade de horas trabalhadas.
Por exemplo o aluguel, a depreciação dos bens administrativos e a administração não
necessitará de funcionários para os 2 ou 3 turnos. Portanto estes valores serão diluídos em
um maior número de horas produtivas.
A coluna NHP terá um acréscimo, aumentando o divisor e portanto diminuindo o
custo/hora.
OBS : Um segundo turno só pode ser considerado se a empresa possuir um volume de
vendas para preencher as horas produtivas previstas e ela efetivamente ocorrer.

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Cálculo de custos na industria gráfica

Total de custo fixo x ponto de equilíbrio.


Toda empresa gráfica possui um custo fixo, ou seja, um custo que independente do volume
de vendas e que deverá ser pago.
Estes custos foram explicados anteriormente, que são: Salários, aluguel, energia, telefone
etc..
A empresa só obterá lucro quando o volume de vendas for suficiente para cobrir todas estas
despesas. Até então a empresa estará trabalhando apenas para cobrir estes custos.
Quando a empresa tem um volume de vendas tal que todos os custos mensais fixos foram
cobertos, dizemos que a empresa atingiu o “ponto de equilíbrio” ou seja nem é lucrativa e
nem está em prejuízo.
As vendas a partir deste ponto computarão o lucro da empresa, não no valor total mas não
soma das contribuições marginais.
Baseado neste conceito podemos perguntar :
Se a empresa tiver um faturamento no valor dos custos fixos mensais, então ela atingiu o
ponto de equilíbrio?
NÃO.
Isto se dá porque nos custos fixos no mapa não estão computados os valores que dependem
do volume de faturamento, que são :
• Matéria prima (papéis, chapas, tintas, etc..)
• Serviço de terceiros (plastificações, corte/vincos, etc..)
• Comissões (vendedores, agências)
• Impostos (ISS, PIS, Cofins, imposto de renda, etc..)

Então fazemos outra pergunta :


Quanto é necessário faturar para atingir o ponto de equilíbrio?
Esta pergunta não tem uma resposta matemática, porque os fatores acima são totalmente
variáveis.
Não é possível saber com antecedência o valor gasto com matéria prima. Cada serviço
poderá utilizar matérias primas diferentes com valores diferentes. Pode ou não haver
serviço de terceiros. Da mesma forma existem trabalhos com comissões e trabalhos não
comissionados.
Os impostos também variam de acordo com o trabalho em questão.

Para se saber se a empresa atingiu ou não o ponto de equilíbrio é necessário acompanhar


cada trabalho para saber o quanto este contribuiu para atingir os custos fixos.
Isto será explicado posteriormente em “Contribuição marginal”.

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Cálculo de custos na industria gráfica

Alíquotas de impostos
A legislação brasileira atual permite que a empresa opte por três tipos de tributação:

Tributação pelo LUCRO REAL


Calcula-se primeiro o lucro operacional = Total receitas – Despesas dedutíveis
Imposto Método de cálculo
COFINS 3% do total de receitas
PIS/PASEP 0,65% sobre o total de receitas
Cont.Social sobre lucro 12% sobre o lucro operacional
Imposto de renda 15% sobre o lucro operacional

Tributação através do LUCRO PRESUMIDO.


Neste caso o lucro operacional é presumido, independente das despesas operacionais, ou
seja os impostos serão pagos sobre o valor faturado.
Existem alíquotas de acordo com o faturamento anual da empresa.

Imposto até 120.000 / ano + 120.000/ano


COFINS 3% sobre o total de receitas 3% do total de receitas
PIS/PASEP 0,65% sobre o total de receitas 0,65% sobre o total de receitas
Cont.Social 0,44% que é 12% de 12% - 1%(*) 2,88% que é 12% de 32% - 1%
Imposto de renda 2,4% que é 15% de 16% 4,8% que é 15% sobre 32%
(*) –1% referente compensação aumento alíquota de COFINS de 2% para 3%.

Tributação através do SIMPLES


O simples consiste numa alíquota única que engloba os seguintes tributos federais : PIS,
COFINS, IRPJ, Cont.Social sobre lucro, IPI.
Além disto fica isento de: Encargos previdência(parte da empresa), SESI, SEBRAE,
SENAE, salário educação.
As alíquotas são estipuladas conforme as faixas de faturamento :
Faixa receita anual Alíquota p/ gráficas
Micro empresa Até 60.000 3,5%
Até 90.000 4,5%
Até 120.000 5,5%
Emp. Peq. Porte Até 240.000 5,9%
Até 360.000 6,3%
Até 480.000 6,7%
Até 600.000 7,1%
Até 720.000 7,5%
Restante ver IOB

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Cálculo de custos na industria gráfica

Cálculo do preço de venda


O cálculo do preço de venda é feito através da seguinte fórmula :

Preço de venda = Custo de produção / ( 1 – TotIndices/100 )

O custo de produção é o cálculo da matéria prima mais produção e serviço de terceiros.


Onde TotIndices é o total dos percentuais que deverão ser aplicados no orçamento:
Estes índices são : Impostos, comissões e margem prevista.

Exemplo :
Total
Impostos : ISS(3%), Outros(8,45%) 11,45
Comissões : Vendas(5%), agência(10%) 15,00
Markup ou margem prevista (15%) 15,00
Total 41,45

Suponha um custo de produção de : R$ 850,00.

Para se calcular o preço de venda aplicamos a fórmula :


Preço de venda = 850,00 / (1 – 41.45/100)
Preço de venda = 850,00 / (1 – 0.4145)
Preço de venda = 850,00 / (0,5855)
Preço de venda = 1451,75

Para se provar que a conta está correta basta subtrair do preço de venda calculado os
percentuais acima definidos, o valor deverá ser o custo de produção.
OBS : O Markup ou margem prevista é apenas uma previsão de lucro porque a empresa só
tem lucro real após atingir o ponto de equilíbrio. Até então todo o valor faturado será para
pagar as despesas fixas, impostos, comissões e matéria prima.

Determinação do menor preço de venda

Para determinar o menor preço de venda sem comprometer a empresa basta calcular o preço
de venda com lucro previsto = 0%. O problema é que você deverá vender todas as horas
disponíveis previstas do mês para ainda assim não ganhar um centavo. Cuidado com esta
abordagem.
Os fatores de risco e erros prováveis do mapa e de previsão de venda mostram que o
mínimo deveria ser pelo menos 5% para resguardar a empresa.

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Cálculo de custos na industria gráfica

Cálculo da contribuição marginal


Dado um preço de venda calculado, qual é o valor deste preço de venda que “sobrará”
para a gráfica para que ela cubra o custo fixo? ou seja, em quanto este orçamento
contribuirá para fechar o custo fixo da gráfica?.
Este valor é chamado de contribuição marginal do orçamento.
A soma das contribuições marginais dos trabalhos fechados mostrará o quanto a empresa já
cobriu do seu custo.
No final do mês a somatória das contribuições marginais poderá ser:

• Menor que o custo fixo. Neste caso a empresa teve um prejuízo operacional.
• Igual ao custo fixo. A empresa atingiu o ponto de equilíbrio e não teve nem prejuízo e
nem lucro.
• Maior que o custo fixo. A empresa teve lucro. O lucro será a diferença entre a somatória
das contribuições marginais e o custo fixo.

Fórmula de cálculo:

Cont.Marginal = Preço venda – Svc.3os – Mat.Prima – Impostos – Comissões

Exemplo : Suponha um orçamento com os seguintes dados :

Preço de venda 1800,00


Serviços de terceiros 200,00
Matéria prima 350,00
Comissões (15%) 270,00
Impostos (11,45%) 206,00

Cont.Marginal = 1800 – 200 – 350 – 270 - 206


Cont.Marginal = 774,00

R$ 774,00 é o valor que sobrará do orçamento vendido por R$ 1.800 para cobrir o custo
fixo da empresa.
Para cada ordem de serviço emitida no mês você deverá acumular o valor da contribuição
marginal, assim você saberá o dia em que a empresa atingiu o ponto de equilíbrio. A partir
daquele dia as ordens emitidas computarão lucro para a empresa.

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Cálculo de custos na industria gráfica

Nro Centros de produção Nº horas produtivas


01
02
03
04
05
06
07
08
09

Equipamentos administração Valor Vida útil % Residual Depreciação

Total

Equipamentos produção C.P. vida valor %Residual Depreciação

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Cálculo de custos na industria gráfica

Funcionários administração Salário Encargos Bonificac. Total


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
Total

Func. produção por CP C.P Salário Encarg Bonif. Total Total CP

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Cálculo de custos na industria gráfica

Despesas fixas mensais Valor


Água
Aluguel
Assistência média
Associação de classe
Brindes e donativos
Contratos de assistência e manutenção
Correios
Despesas bancárias
Energia elétrica
Fretes e carretos
Honorários profissionais(Contadores/advogados)
Impostos anuais(IPTU, Alvarás, etc..) dividido por 12
Lanches
Materiais de escritório
Perdas diversas
Retirada de sócios
Seguros
Telefones
Transporte (gasolina, óleo, ...)
Transporte (Manutenção automóveis)
Vale transporte
Outras despesas fixas mensais
Total

Total salários e encargos dos funcionários administração +


Total de depreciação da administração +
Total de despesas fixas do mensais +
Total despesas indiretas a serem rateadas =

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Cálculo de custos na industria gráfica

Centro de Custo Salário Deprec. Manut M.Aux. Outras Subtotal Rateado Total NHP Custo/h

Totais

Fórmulas :

Subtotal = Salário + Deprec + Manut + M.Aux. + Outras


TotSubTot = Total da coluna SubTotais
TotDespInd = Total das despesas indiretas (Salários e encargos Adm + Depreciação adm + Despesas fixas mês)
Rateado = (SubTotal/TotSubTot)*TotDespInd
Total = Subtotal + Rateado
Custo/h = Total / NHP

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Cálculo de custos na industria gráfica

Levantar o mapa de custo com os dados da gráfica exemplo abaixo :

Equipamentos administrativos e valores:


Equipamento Valor Equipamento Valor
Aparelho fax 500 Central telefônica 1000
5 computadores 7500 Móveis 5000

Equipamentos produtivos e valores:


Equipamento Valor Equipamento Valor
Computadores arte final 5500 Gravadora chapas 700
Mesa de luz 700 Multilith 15000
GTO 55000 Adast 725(bicolor Fto 2) 100000
Sormz(bicolor Fto 2) 250000 Heidelberg Leque 8000
Minerva 4000 Grampeadeira 3500
Picotadeira 2500 Dobradeira 35000
Guilhotina SMC120 75000

Funcionários administração e salários :


Funcionário Salário Bonific. Funcionário Salário Bonific.
João 1500 400 José 800 300
Marcos 400 Maria 400
Mara 250 Augusto 150

Funcionários produção e salários :


Funcionário Salário Bonific. Funcionário Salário Bonific.
Leonardo(arte) 600 Mauro(gravador) 450
Jair(multilith) 500 Armando(GTO) 600 200
André(adast) 1100 Vicente(adast) 200
Sérgio(sormz) 1200 400 Camilo(sormz) 200
Matias(sormz)2o t. 1200 400 Gustavo(sormz)2o t. 200
Carol(acab) 350 Eliana(acab) 350
Flávia(acab) 350 Almir(acab,HL,min) 500
Aldair(acab,dobr) 400 Orlando(SMC120) 500

Despesas fixas do mês :


Aluguel, água, energia, retirada sócios, ..... : Total = 20.000

Materiais auxiliares e manutenção média prevista :


Após dividir os centros de custo utilizar o valor que você achar suficiente.

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Cálculo de custos na industria gráfica




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Cálculo de custos na industria gráfica

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Cálculo de custos na industria gráfica

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