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Solução Lista 2

2/2015
01 – Uma pessoa coloca a mão para fora de um automóvel que
se desloca com uma velocidade de 105 km/h (29,2m/s) numa
atmosfera estagnada. Qual é a máxima pressão que atua na mão
exposta ao escoamento?
Usando (1) para pressão em um ponto a montante da mão
da pessoa e o ponto (2) para um ponto sobre a mão, sendo
a linha de corrente horizontal aplica-se a Equação de
Bernoulli:
1 2 1 2
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2
2 2
Sendo p1 a pressão atmosférica a montante, portanto
usando pressão relativa p1=0; z1=z2; e v2=0, pois o ar se
choca com a mão gerando aumento de pressão tem-se:
1 1
𝜌𝑣12 = 𝑝2  𝑝2 = ∗ 1,22 ∗ 29,2 2
= 520,1𝑃𝑎
2 2
02 – Água escoa na torneira localizada no
andar térreo do edifício mostrado na Figura 2
com velocidade máxima de 6,1 m/s.
Determine as velocidades máximas dos
escoamentos nas torneiras localizadas no
subsolo e no primeiro andar do edifício. (3)
Admita que o escoamento é invíscido e que a
altura de cada andar seja igual a 3,6m.

A água escoa como jato livre portanto nas


saídas e no nível do reservatório a pressão é a (2)
atmosférica.
Aplicando a Equação de pressão total
exatamente nos bocais de cada torneira, tem-
se:
p1=p2=p3
z1=0 z2=3,6m z3=7,2m (1)
v1= v1 v2=6,1m/s v 3= v 3

1 1 1
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣12 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣22 = 𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣32
2 2 2
1 2 1 2 1 2
𝜌𝑣 = 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2 = 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣3
2 1 2 2
Igualando a pressão do ponto 1 ao ponto 2:
1 2 1 2
𝜌𝑣1 = 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2
2 2
2
500𝑣1 = 9810 ∗ 3,6 + 500 ∗ 6,02
35316 + 18000
𝒗𝟏 = = 𝟏𝟎, 𝟑𝒎/𝒔
500

Igualando a pressão do ponto 3 ao ponto 2:


1 2 1 2
𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2 = 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣3
2 2
9810 ∗ 3,6 + 500 ∗ 6,1 2 − 9810 ∗ 7,2
𝑣32 =
500
𝟐 35316 + 18000 − 70632
𝒗𝟑 =
500
= −𝟑𝟒, 𝟔 (água não chega na 3ª torneira, quando todas estão abertas)
03 – Água escoa em regime permanente na
tubulação mostrada na Figura 4. Sabendo que o
manômetro indica a pressão relativa nula no ponto
1 e admitindo que os efeitos viscosos são
desprezíveis, determine a pressão no ponto 2 e a
vazão em volume neste escoamento.
Aplicando a Eq de pressão total ao
escoamento e o bocal sendo jato livre
temos:
p1=0 p2=p2 p3=0
z1=0 z2=0,61m z3=-0,92m
v 1= v 1 v2=v2 v 3= v 3 .
(3)
Q1=Q2=Q3  v1A1=v2A2=v3A3

Sendo A2=A1 então v2=v1

1 2 1 2 1 2
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2 = 𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣3
2 2 2
p1=0 p2=p2 p3=0
z1=0 z2=0,61m z3=-0,92m
v1= v1 v2=v2 v3= v3
Q1=Q2=Q3  v1A1=v2A2=v3A3
Sendo A2=A1 então v2=v1

Então igualando a pressão total dos


pontos (1) e (2) temos: .
1 2 1 2 (3)
0 + 𝛾0 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣1
2 2
Então :
𝑝2 = −𝛾𝑧2 = 9810 ∗ 0,61
= 𝟓𝟗𝟖𝟒, 𝟏𝑷𝒂
p1=0 p2=p2 p3=0
z1=0 z2=0,61m z3=-0,92m
v 1= v 1 v2=v2 v 3= v 3
Q1=Q2=Q3  v1A1=v2A2=v3A3
Sendo A2=A1 então v2=v1
igualando a pressão total dos pontos (1) e (3) temos:
1 𝑄2 1 𝑄2
0 + 𝛾0 + 𝜌 = 0 + 𝛾(−0,92) + 𝜌
2 𝐴1 2 𝐴3
.
𝑄 2 𝑄 2 (3)
500 = −9025,2 + 500
0,0011 0,00075
−8,79𝑥108𝑄2 + 4,33𝑥108𝑄2 = −9025,5
2
−9025,5
𝑄 = = 2,03x10−5
−4,46𝑥108

Q=0,0045m3/s
04 – Água escoa na concentração
axisimétrica mostrada na Figura P3.30.
Determine a vazão em volume na
contração em função de D sabendo que a
diferença de alturas no manômetro é
constante e igual a 0,2 m. (1) (2)

Aplicando a Eq. Bernoulli aos pontos (1) e (2):


1 2 1 2
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2
2 2
Tem-se que:
Z1=Z2
p1-p2=Δh*(ϒágua-ϒar)  diferença de pressão do manômetro diferencial
Q1=v1A1 Q2=v2A2 v2=Q/A2 v1=Q/A1

𝑄2
∆𝑕 𝛾𝑎𝑔𝑢𝑎 − 𝛾𝑎𝑟 + 500(02 ) = 500 2
𝐴2

RESOLVER
(1)
05 – Água escoa em regime
°
permanente na tubulação
mostrada na Figura P3.48.
Alguns experimentos revelaram (2)
que o trecho de tubulação com °
parede fina (diâmetro interno
(3)
=m 100 mm) colapsa quando a
pressão interna se torna igual a °
externa menos 10 kPa. Até que o
valor de h a tubulação opera
convenientemente?
Comportamento de jato livre
A pressão total aos pontos 1, 2 e 3 será:
1 1 1
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣12 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣22 = 𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣32
2 2 2
p1=0 p2=-10x103Pa p3=0
z1=1,22m z2=0 z3=-h
v1= 0 v2=v2 v3= v3
Comportamento de jato livre
A pressão total aos pontos 1, 2 e 3 será:
1 1 1
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣12 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣22 = 𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣32
2 2 2
p1=0 p2=-10x103Pa p3=0
z1=1,22m z2=0 z3=-h
v1= 0 v2=v2 v3= v3

Assim:
1 2 1
0 + 9810 ∗ 1,22 + 𝜌0 = −10000 + 𝛾0 + 1000 ∗ 𝑣22
2 2
9810 ∗ 1,22 + 10000
= 𝑣22
500
𝑣2 = 6,6𝑚/𝑠
v2A2=v3A3  v3=v2A2/A3 Igualando as pressões totais do ponto 3 ao ponto 2 tem-
se:
2
1 2
1 0,12
−10000 + 1000 ∗ 6,6 = 0 + 9810(−𝑕) + 1000 6,6 ∗
2 2 0,1522

h=0,78m o negativo se deve ao referencial z2=0m


06 – A vazão de água que é bombeada de um lago, através de
uma tubulação com 0,2 m de diâmetro, é 0,28 m3/s. Qual é a
pressão no tubo de sucção da bomba numa altura de 1,82 m
acima da superfície livre do lago? Admita que os efeitos viscosos
sejam desprezíveis.
Aplicando a equação de pressão total ao longo da p2 .
linha de corrente da superfície do lago/bocal do
tubo até a altura de 1,82m tem-se: h= 1,82m
Q=0,28m3/s
1 1 p1 D=0,2m
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 2 𝜌𝑣12 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 2 𝜌𝑣22

Onde: p1= 0 (atmosfera/relativa) ; z1= 0; v1=0


p2= ?; z2=1,82m

v2=Q/A  v2=0,28/{[3,14*(0,2^2)]/4}=8,91m/s

Então:
1 1
0 + 𝛾0 + 2 𝜌02 = 𝑝2 + 𝛾1,82 + 2 𝜌8,912
p2= -(9810*1,82)-(500*(8,91^2))= -57,5kPa
07 – A velocidade e o gradiente de pressão no ponto A de um escoamento de ar
são iguais a 20 m/s e 100 N/m3. Estime a velocidade do escoamento no ponto B
que pertence à mesma linha de corrente e que está localizado a 0,5 m à jusante
do ponto A.

A equação de movimento de um partícula fluida ao longo da linha de corrente é:


𝑑𝑝 𝑑𝑣
−𝛾𝑠𝑒𝑛𝜃 − = 𝜌𝑣
𝑑𝑠 𝑑𝑠

𝑑𝑝
Sendo:  o gradiente de pressão ao longo da linha de corrente
𝑑𝑠
𝑑𝑣
𝑣  a aceleração da partícula fluida (as)
𝑑𝑠

Assumindo que a o escoamento se dá em uma linha de corrente horizontal tem-


se que θ = 0
𝑑𝑝 𝑑𝑣
Então: − = 𝜌𝑣 onde dv/ds será o gradiente de velocidade ao longo
𝑑𝑠 𝑑𝑠
da linha de corrente
𝑑𝑝
𝑑𝑣 𝑑𝑠 100
=− =− = −4,1/𝑠
𝑑𝑠 𝜌𝑣 1,22 ∗ 20
A variação de velocidade entre dois pontos do escoamento pode ser igualada
ao gradiente de velocidade e assim a diferença de velocidade será:
𝑑𝑣
∆𝑣 = ∗ ∆𝑠 = (-4,1)*0,5 = - 2,05 m/s
𝑑𝑠
A velocidade em um ponto a 0,5m é:
∆𝑣 = 𝑣𝑓 − 𝑣𝑖

𝑣𝑓 = 𝑣𝑖 + ∆𝑣

𝑣𝑓 = 20 + −2,05 = 18,05𝑚/𝑠

A velocidade tende a diminuir com diferencial de pressão positivo


08 - Qual o gradiente de pressão ao longo da linha de corrente, dp/ds,
necessário para impor uma aceleração de 9,14 m/s2 no escoamento
ascendente de água num tubo vertical? Qual o valor deste gradiente se o
escoamento for descendente?

A equação de movimento de um partícula fluida ao longo da linha de corrente


é:
𝑑𝑝 𝑑𝑣
−𝛾𝑠𝑒𝑛𝜃 − = 𝜌𝑣
𝑑𝑠 𝑑𝑠
Se o escoamento e ascendente θ=90°  sen 90° =1
Se for descendente θ=-90°  sen -90° = - 1
𝑑𝑣
Com 𝑣 = 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = 9,14 𝑚/𝑠2 em escoamento de água
𝑑𝑠

Então para escoamento ascendente:


𝑑𝑝
−9810 ∗ 𝑠𝑒𝑛90 − = 1000 ∗ 9,14
𝑑𝑠
𝑑𝑝
= −18950,1 𝑁/𝑚3
𝑑𝑠
Então para escoamento descendente:

𝑑𝑝
−9810 ∗ 𝑠𝑒𝑛 − 90 − = 1000 ∗ 9,14
𝑑𝑠
𝑑𝑝
= 670 𝑁/𝑚3
𝑑𝑠
09 – Água escoa na curva bidimensional
mostrada na Figura 1. Note que as linhas de
corrente são circulares e que a velocidade é
uniforme no escoamento. Determine a pressão
nos pontos (2) e (3) sabendo que a pressão no
ponto (1) é igual à 40 kPa.

A equação de pressão total normal à linha de


corrente é dada por:
𝑑𝑧 𝜕𝑝 𝑣2
−𝛾 − =𝜌
𝑑𝑛 𝜕𝑛 𝑅
Fazendo o ponto (1) como referencial dn=dz,
𝑑𝑧
portanto 𝑑𝑛 = 1
O raio de curvatura do escoamento será uma
função de n (linha de corrente) assim:
R(n) = 6 – n  quando n=0 o raio será 6 m, ou
seja ponto (1).

A velocidade do escoamento é  v=10m/s

A pressão em (1) é de 40kPa.


A equação de pressão total será:
𝑑𝑝 𝑣2
= −𝜌 −𝛾
𝑑𝑛 𝑅(𝑛)
𝑣2
𝑑𝑝 = −𝜌 𝑑𝑛 − 𝛾𝑑𝑛
𝑅 𝑛
Integrando a equação diferencial de p1 a p2 e n1=0 a n2=n ; com
𝛾, 𝜌 𝑒 𝑣 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 TEM-SE:

𝑝2 𝑛2 𝑛2
𝑑𝑛
𝑑𝑝 = −𝜌𝑣 2 −𝛾 𝑑𝑛
𝑝1 0 6−𝑛 0
A solução será:
6
𝑝2 − 𝑝1 = − 𝜌𝑣 2 ln − 𝛾𝑛
6−𝑛

𝑑𝑥 1
= (𝑎𝑥 + 𝑏)
(𝑎𝑥 + 𝑏) 𝑎
Para n=1m
6
𝑝2 − 40000 = − 1000 ∗ 102 ln − 9810 ∗ 1
6−1

𝑝2 = 11,9kPa

Para n=2m
2
6
𝑝3 − 40000 = − 1000 ∗ 10 ln − 9810 ∗ 2
6−2

𝑝3 = −20,2kPa

A pressão sai de ~40kPa para ~-20KPa de uma extremidade para outra


no tubo a redução de pressão é necessária para que o fluido possa
fazer a trajetória.
11 – O manômetro de pressão diferencial conectado a um tubo de pitot foi
modificado para fornecer a velocidade do escoamento diretamente (em lugar da
diferença entre a pressão de estagnação e a estática). A calibração do conjunto foi
realizada com ar na condição atmosférica padrão. Entretanto, o conjunto foi
utilizado para medir a velocidade num escoamento de água e, nesta condição,
indicou que a velocidade era igual a 102,9 m/s. Determine a velocidade real do
escoamento de água.
A função do tubo de pitot é medir a velocidade a partir da diferença de pressão
de acordo com a equação:

2.∆𝑝 1
𝑣=  ∆𝑝 = 𝜌𝑣 2
𝜌 2

A diferença de entre a velocidade do ar e da água é devido à massa específica


do fluido usado para calibrar, usando a diferença de pressão para a
velocidade de 102,9 como sendo a do ar e igualando ela à diferença de
pressão do escoamento da água pode-se corrigir a velocidade .
∆𝑝𝑎𝑟 = ∆𝑝á𝑔𝑢𝑎
1 1
1,22 ∗ 102,9 = 1000 ∗ 𝑣 2
2
2 2
V=3,6m/s  velocidade da água correta
13 - A Figura seguinte mostra o
esboço de um grande tanque que
contém água e óleo (densidade = (4) .
0,7). Admitindo que os efeitos
viscosos são desprezíveis e que o
(1) . (3) .
regime de operação é próximo do
permanente, determine a altura do
(2) .
jato de água (h) e a pressão do
escoamento no tubo horizontal.

Igualando a pressão total dos pontos


(1) e (4) tem-se:
1 2 1 2
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝4 + 𝛾𝑧4 + 𝜌𝑣4
2 2
Sendo: z1=0 p1=700*9,81*4=27468Pa (pressão da coluna de óleo)
v1=v4=0 p4=0
1 2 1 2
27468 + 𝛾0 + 𝜌01 = 0 + 𝛾á𝑔𝑢𝑎𝑧4 + 𝜌04
2 2
z4=h=27468/9810=2,8m
Resolvido em sala de aula
14
Água escoa em regime permanente na
tubulação mostrada na Figura P3.37. Determine,
para as condições indicadas na figura, o
diâmetro do tubo de descarga (D). Admita que
os efeitos viscosos são desprezíveis.
14

(1)

(2)

Aplicando a equação de Bernoulli nos pontos 1 e 2


teremos:
1 2 1 2
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2
2 2
p1= atm=0 (relativa); ϒ=1000.9,81=9810 N/m3;
v1=6,1; z1=3,05m;
p2=ϒh; v2=?; z2=0;
1
14 0 + 9810 𝑥 3,05 + [ 1000𝑥(6,1)2 ]
2
1
= (4,57 𝑥 9810) + 𝛾0 + 1000𝑣22
2
O Problema solicita determinar para as condições
dadas o diâmetro D:
Sabe-se que a vazão é constante, portanto Q1=Q2:
v1A1=V2A2  v2= V1.A1/A2

𝜋𝐷 2
𝑣1 . 6,1𝐷 2
𝑣2 = 4 = =
𝜋(38,1𝑥10 ) −3 2 (38,1𝑥10 )−3 2
4
14 1
0 + 9810 𝑥 3,05 + [ 1000𝑥(6,1)2 ]
2
1
= (4,57 𝑥 9810) + 𝛾0 + 1000𝑣22
2

1
9810 𝑥 3,05 + [ 1000𝑥 6,1)2
2
2 2
1 6,1𝐷
= (4,57 𝑥 9810) + 1000
2 38,1𝑥10−3 2
29920,5 + 18605 = 44831,7 + 500 17,659𝑥106 𝐷 4
500 17,659𝑥106 𝐷 4 = 29920,5 + 18605 − 44831,7
4 3693,8 4
𝐷= 9
= 4,184𝑥10−7 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝒎
8,829𝑥10
15

Água escoa, em regime permanente, na tubulação


mostrada na Figura P3.71. Admitindo que a água é
incompressível e que os efeitos viscosos são
desprezíveis, determine o valor de h.

(2)

(1)
15
l
(2)

(1)

 Assumindo que o ar é um fluido incompressivel e que a variação de


pressão para pequenas alturas é nula tem-se que a pressão na
interface água/ar será a mesma nas duas interfaces do manômetro
em U;
 O ponto (2) é o bocal contrário ao escoamento, portanto é ponto de
estagnação com velocidade igual a 0 m/s;
 Igualamos a diferença de pressão do manômetro diferencial à
equação de pressão total, ambas rearranjadas em p1-p2 encontra-se
h
15
Aplicando a equação de Bernoulli aos pontos 1 e 2 teremos:
1 1
𝑝1 + 𝛾𝑧1 + 𝜌𝑣1 = 𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣22
2
(I)
2 2

Sendo: z2= 0 referencial


z1= - 0,91m v1=Q/A1=1,46 m/s
v2=0 ponto de estagnação
Assim a equação (I) fica:

1
𝑝1 − 𝑝2 = −𝛾𝑧1 − 𝜌𝑣12 (I)
2

No sistema há um manômetro diferencial entre os ponto 1


e 2, assim a pressão diferencial entre os pontos é dado por:
𝑝2 − 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑙 − 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑕 + 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑙 + 𝛾á𝑔𝑢𝑎 0,91 = 𝑝1

−𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑕 + 𝛾á𝑔𝑢𝑎 0,91 = 𝑝1 − 𝑝2 (II)


15

Igualando (I) e (II):


1 2
−𝛾𝑧1 − 𝜌𝑣1 = −𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑕 + 𝛾á𝑔𝑢𝑎 0,91
2
1 2
𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑧1 + 𝜌𝑣1 + (𝛾á𝑔𝑢𝑎 (−0,91))
𝑕=
2
𝛾á𝑔𝑢𝑎
h=0,11m
17

𝑑
𝜌𝑑𝑉 + 𝜌𝑣. 𝑛𝑑𝐴 = 0
𝑑𝑡
𝑣𝑐 𝑠𝑒

Da equação de conservação de massa temos que:


- Primeiro termo representa a taxa de variação
temporal do volume de controle.
- Segundo termo representa a variação de vazão
em massa do fluido que atravessa a fronteira do
sistema.
𝑑
𝜌𝑑𝑉 + 𝜌𝑣. 𝑛𝑑𝐴 = 0
𝑑𝑡
𝑣𝑐 𝑠𝑒
Integrando o primeiro termo de V = 0 litros até
V= VC l (volume de controle=área da base vezes a
altura h):
𝑑𝑉
𝜌
𝑑𝑡
O a integração do segundo termo nos dá a
variação de vazão em massa do sistema ( o que sai
menos o que entra:
𝑚2 − 𝑚1
Como não há saída de fluidos do sistema, a vazão
em massa que saí do sistema é nula, pois todo o
fluido é acumulado no interior da piscina.
Assim a equação acima fica:
𝑑𝑉
𝜌 − 𝑚1 = 0
𝑑𝑡
Dividindo os termos por massa específica termos:
𝑑𝑉
− 𝑄2 = 0
𝑑𝑡
A vazão de entrada (Q2) é igual à variação temporal de volume
do volume de controle de o até a altura h. Rearranjando a
equação na forma diferencial, tem-se:
𝑑𝑉 = 𝑄𝑑𝑡
Integrando o primeiro termo de h=0 até a altura h=1,5, e o
segundo termo de t=0 até t=t correspondente a altura h, com
a vazão constante de 1l/s (1x10-3m3/s):
Sendo que V é uma função de h: V=Ab.h
𝑕=1,5 𝑡
𝑑(𝐴𝑏 𝑕) = 𝑄𝑑𝑡
0 0
𝐴𝑏 . 1,5 = 𝑄. 𝑡
𝛑𝟓𝟐
. 𝟏, 𝟓
𝟒
𝐭= = 𝟐𝟗𝟒𝟎𝟎𝐬 = ~𝟖 𝐡𝐨𝐫𝐚𝐬
𝟏𝐱𝟏𝟎−𝟑
18

Neste problema a vazão de saída não é a mesma de


entrada. Como Qs<Qe haverá acúmulo de água na
represa. O que o problema pede é para determinar
a altura da coluna de água após 24horas ou
86400segundos.
Área= 583 km2=583x106m2
18 Da equação de continuidade sabemos que a solução do
primeiro termo nos dá a variação temporal do volume de
controle e que o segundo termo dos dá variação da vazão em
massa:
𝑑
𝜌𝑑𝑉 + 𝜌𝑣. 𝑛𝑑𝐴 = 0
𝑑𝑡
𝑣𝑐 𝑠𝑒

𝑑
𝜌𝑉𝑣𝑐 + 𝑚𝑠 − 𝑚𝑒 = 0
𝑑𝑡
Com Vvc sendo o volume de controle (igual a Asuperfixh) e 𝑚 = 𝑄𝜌
Podemos dividir a equação por massa específica e torna-la em
uma equação diferencial:
𝑑𝑉𝑣𝑐 = (𝑄𝑒 −𝑄𝑠 )𝑑𝑡
𝑑(𝐴𝑠𝑢𝑝 . 𝑕) = (𝑄𝑒 −𝑄𝑠 )𝑑𝑡
(𝑄𝑒 −𝑄𝑠 )
𝑑𝑕 = 𝑑𝑡
𝐴𝑠𝑢𝑝
Integrando o primeiro termo de h=0 até h=h e de t=0 até t=86400
𝑕
18
(𝑄𝑒 −𝑄𝑠 ) 86400
𝑑𝑕 = 𝑑𝑡
0 𝐴𝑠𝑢𝑝 0
(𝑄𝑒 −𝑄𝑠 )
𝑕= 86400
𝐴𝑠𝑢𝑝
A equação acima nos fornece a altura h que será
preenchida na represa considerando a área,
vazão de entrada e de saída e o temo dado no
problema.
(1274 − 227)
𝑕= 86400
583x106
h=~0,16m
24
Água é retirada do tanque mostrado na
Figura P3.64 por um sifão. Determine a
vazão em volume no escoamento e as
pressões nos pontos (1), (2) e (3). Admita
que os efeitos viscosos são desprezíveis.

(0)

(4)
24

Assumindo que o z=0 corresponde ao ponto 0 na


superfície livre e fazendo o eixo positivo apontando
verticalmente para baixo, a pressão no ponto 1 é a
pressão devido a coluna de fluido acima do ponto 1,
portanto:
p1=ρgh
p1=𝛾. 𝑧0 − 𝑧1 = 9810 2,44 = 23936,4Pa=23,9kPa

No ponto 4, descarga do sifão, a água sai devido ao peso


da coluna de fluido, ou seja em jato livre, assim:
2 2
𝑣4 = 2𝑔𝑕 = 2𝑔 𝑧4 − 𝑧0
2
𝑣4 = 2𝑥9,81𝑥 0,91 − 0 =4,22m/s
24
Como o diâmetro do sifão é de 51 mm nos pontos de
descarga, ponto 3 e ponto 2 (entrada), podemos
concluir que para vazão ser constante (conservação de
massa) as velocidade v4=v3=v2.
Lembre que v=Q/A, sendo A4=A3=A2, então v4=v3=v2
Aplicando a equação de Bernoulli aos pontos 2, 3 e 4,
teremos:
1 2 1 2 1 2
𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2 = 𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣3 = 𝑝4 + 𝛾𝑧4 + 𝜌𝑣4
2 2 2
Levando em conta que:
Z2=2,41m; p2=?; v2=4,22m/s; 𝛾 = 9810𝑁/𝑚3
Z3=0m; p3=?; v3=v2=4,22m/s;
Z4=0,91m; p4=0; v4=v2=4,22m/s;
24 Igualando o primeiro termo ao último termo da
igualdade acima, teremos:
1 2 1 2
𝑝2 + 𝛾𝑧2 + 𝜌𝑣2 = 𝑝4 + 𝛾𝑧4 + 𝜌𝑣4
2 2
Como v4=v2=4,22m/s e p4=0, temos:
𝑝2 + 𝛾𝑧2 = 𝛾𝑧4
𝑝2 = 𝛾𝑧4 − 𝛾𝑧2
𝑝2 = 𝛾 𝑧4 − 𝑧2
Sendo: 𝛾 = 9810𝑁/𝑚3; z4=0,91m e Z2=2,44m:
𝑝2 = 9810 0,91 − 2,44 = −𝟏𝟓, 𝟎𝟏𝒌𝑷𝒂

A pressão negativa é responsável por sugar a agua e


fazê-la sair na descarga.
24 Igualando o segundo termo ao último termo da
igualdade acima, teremos:
1 2 1 2
𝑝3 + 𝛾𝑧3 + 𝜌𝑣3 = 𝑝4 + 𝛾𝑧4 + 𝜌𝑣4
2 2
Como v3=v2=4,22m/s e p4=0, temos:
𝑝3 + 𝛾𝑧3 = 𝛾𝑧4
𝑝3 = 𝛾𝑧4 − 𝛾𝑧3
𝑝3 = 𝛾 𝑧4 − 𝑧3
Sendo: 𝛾 = 9810𝑁/𝑚3; z4=0,91m e Z3=0m:
𝑝3 = 9810 0,91 − 0 = 𝟖, 𝟗𝟑𝒌𝑷𝒂

𝜋 0,0512
𝑄 = 𝑣. 𝐴 = 4,22 ∗ = 8,6𝑥10−3 m3/s
4
Extra
Da equação de continuidade sabemos que a solução do primeiro
termo nos dá a variação temporal do volume de controle e que o
segundo termo dos dá variação da vazão em massa:
𝑑
𝜌𝑑𝑉 + 𝜌𝑣. 𝑛𝑑𝐴 = 0
𝑑𝑡
𝑣𝑐 𝑠𝑒

𝑑
𝜌𝑉𝑣𝑐 + 𝑚𝑠 − 𝑚𝑒 = 0
𝑑𝑡
Com Vvc sendo o volume de controle (igual a Asuperfixh), 𝑚 = 𝑄𝜌 e
vazão de entrada igual a zero pois só há saída de fluidos, podemos
dividir a equação por massa específica e torná-la em uma equação
diferencial:
𝑑𝑉𝑣𝑐 = (−𝑄𝑠 )𝑑𝑡
𝑑(𝐴𝑠𝑢𝑝 . 𝑕) = (−𝑄𝑠 )𝑑𝑡
(−𝑄𝑠 )
𝑑𝑕 = 𝑑𝑡
𝐴𝑠𝑢𝑝
Integrando o primeiro termo de h=h1 até h=h2 e de t=t1 até t=t2
𝑕2
(−𝑄𝑠 ) 𝑡2
𝑑𝑕 = 𝑑𝑡
𝑕1 𝐴𝑠𝑢𝑝 𝑡1
−𝑄𝑠
𝑕1 − 𝑕2 = 𝑡1 − 𝑡2
𝐴𝑠𝑢𝑝
A equação acima nos fornece a altura h para
qualquer intervalo de tempo do gráfico dado no
problema.
Q(m3/s) Area (m2) d (saída) h1 h2 t1 (s) t2(s)
1 1 14,99 0,564m 3 2 0 15
2 0 14,99 0,564m 2 2 15 25
3 0,2 14,99 0,564m 2 25 115
4 1 14,99 0,564m 115 130

π(4,37)2/4 0,564m

−1
1) 3 − 𝑕2 = 0 − 15
14,99
−𝑕2 = 1 − 3
𝑕2 = 2𝑚
−0
2) 2 − 𝑕2 = 15 − 25
14,99
𝑕2 = 2𝑚
Q(m3/s) Area (m2) d (saída) h1 h2 t1 (s) t2(s)
1 1 14,99 0,564m 3 2 0 15
2 0 14,99 0,564m 2 2 15 25
3 0,2 14,99 0,564m 2 0,8 25 115
4 1 14,99 0,564m 0,8 -0,2 115 130

π(4,37)2/4 0,564m

−0,2
3) 2 − 𝑕2 = 25 − 115
14,99
−𝑕2 = [−0,01334𝑥 −90 ] − 2
−𝑕2 = 1,20 − 2
𝑕2 = 0,8𝑚
−1
4) 0,8 − 𝑕2 = 115 − 130
14,99
−𝑕2 = 1,00 − 0,8
−𝑕2 = 0,20
𝑕2 = −0,2𝑚
o valor de - 0,2 equivale à altura da tubulação de saída, uma vez que a
altura do reservatório é de 3m.
t(s) h(m) O Problema pede um gráfico da variação de
0 3 altura com o tempo para a vazão e as
15 2 dimensões do reservatório. Como a vazão é
25 2 constante em cada intervalo de tempo
115 0,8
especificado a variação de altura será linear
assim o gráfico terá a seguinte forma:
130 -0,2

3.4
3.2
3.0
2.8
2.6
2.4
2.2
2.0
1.8
Altura (m)

1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.2
-0.4
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
Tempo (s)
Aplicações da Equação de Bernoulli

Exemplo 3:

51
A vazão total QT é igual à soma da vazão por
cada orifícios simultaneamente.
Lembre-se que o escoamento se comporta como
jato livre, então:
𝑄𝑇 = 𝑞1 + 𝑞2 + 𝑞3
𝑉 𝑑𝑕
𝑄𝑇 = = −𝐴 𝑇
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑞1 = 𝐴𝑜 2𝑔𝑕 = 𝐴𝑜 2𝑔 𝑕
𝑞2 = 𝐴𝑜 2𝑔(𝑕 + 𝑙2 ) = 𝐴𝑜 2𝑔 (𝑕 + 𝑙2 )
𝑞3 = 𝐴𝑜 2𝑔(𝑕 + 𝑙3 ) = 𝐴𝑜 2𝑔 (𝑕 + 𝑙3 )

52
𝑄𝑇 = 𝑞1 + 𝑞2 + 𝑞3

𝑑𝑕
−𝐴 𝑇 = 𝐴𝑜 2𝑔 𝑕 + 𝐴𝑜 2𝑔 (𝑕 + 𝑙2 ) + 𝐴𝑜 2𝑔 (𝑕 + 𝑙3 )
𝑑𝑡

Rearranjando a Equação temos:

𝐴𝑇 1
𝑑𝑡 = − 𝑑𝑕
𝐴𝑜 2𝑔 𝑕 + (𝑕 + 𝑙2 ) + (𝑕 + 𝑙3 )

Integrando a Equação de t1=0 a t2=t e h1=h até h2=0

𝑡 0
𝐴𝑇 1
𝑑𝑡 = − 𝑑𝑕
0 𝐴𝑜 2𝑔 𝑕 𝑕 + (𝑕 + 𝑙2 ) + (𝑕 + 𝑙3 )
53
A solução da integral pode ser mais fácil usando o método de
integração numérica: regra do trapézio;

𝑡 0
𝐴𝑇
𝑑𝑡 = − 𝑓 𝑕 𝑑𝑕
0 𝐴𝑜 2𝑔 𝑕
Sendo:
1
𝑓 𝑕 =
𝑕 + (𝑕 + 𝑙2 ) + (𝑕 + 𝑙3 )
Faz-se:

𝑓 𝑕 = 𝑓 𝑕1 + 𝑓 𝑕𝑖 ∗ (𝑕𝑖 − 𝑕1 /2

Indo de h1=0,051 até hi=0 soma-se a n f(h) como solução da


integração.
54
55

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