Você está na página 1de 3

A proteína é a mais importante das macromoléculas biológicas,

compondo mais da metade do peso seco de uma célula. Está


presente em todo ser vivo e tem as mais variadas funções.

Ela é um polímero de aminoácidos que pode atuar


como enzimas, catalisando reações químicas, podem transportar
pequenas moléculas ou íons; podem ser motoras para auxiliar no
movimento em células e tecidos; participam na regulação gênica,
ativando ou inibindo; estão no sistema imunológico, entre outras
centenas de funções. Praticamente todas as funções celulares
necessitam de proteínas para intermediá-las.

Ao longo de bilhões de anos cada uma delas foi se especializando em


uma função distinta, o que depende da sua estrutura e forma.

Uma proteína é um grande polipeptídeo, ou seja, resíduos de


aminoácidos estão ligados entre si covalentemente, chamamos
de ligação peptídica. É a união entre o grupo carboxila de um
aminoácido com o grupo amina de outro aminoácido, liberando água.
Esta sequência de aminoácidos é única para cada proteína específica
e é determinada pelo gene.

Síntese proteica
A síntese proteica é um processo que se inicia no núcleo da célula, a
partir de uma sequência específica do DNA, que é o gene e esta
etapa chamamos de transcrição. A segunda etapa é a tradução,
realizada no citoplasma da célula
em organelas chamadas ribossomos. Após a última etapa pode haver
mudanças nas propriedades dela, através de modificações em seus
resíduos de aminoácidos. Existem vinte tipos de aminoácidos comuns
que se rearranjam para formá-las. Isso nos dá um número enorme
de tipos de proteínas, se pensarmos em um polipeptídeo com mais de
cem resíduos, aumenta ainda mais a diversidade.

Dependendo da natureza dos aminoácidos que compõem o


polipeptídeo, ela pode ter estruturas diferentes:

 Primária: Ao longo da cadeia polipeptídica os aminoácidos se


apresentam de forma linear. Esta é a estrutura mais simples de
uma proteína e é aquela determinada pelo gene.
 Secundária: Os aminoácidos estão ligados entre si
covalentemente na estrutura primária, mas as moléculas
podem sofrer rotações a partir do carbono alfa e a cadeia pode
interagir com ela mesma de três formas: alfa-hélice (formam-
se ligações de hidrogênio entre os aminoácidos); folhas-beta
(as ligações de hidrogênio entre um aminoácido e outro gera
uma estrutura folhear e rígida) e laços (formam-se fora do
dobramento da proteína, não é uma estrutura regular no
núcleo).
 Terciária: É a forma como o dobramento da estrutura
secundária se organiza no espaço de forma tridimensional.
Também é estabilizada por ligações de hidrogênio e dissulfeto,
o que garante maior estabilidade à proteína.
 Quaternária: Esta é uma interação entre moléculas de
proteínas, formando um complexo multi-proteico.

Alimentos ricos em proteínas. Foto: © iStock.com / ValentynVolkov

Se uma proteína perde sua estrutura, ela perde também sua função,
porque estão relacionadas. Esse processo chamamos
de desnaturação e ocorre em altas temperaturas, em grandes
variações de PH, com alguns solventes orgânicos, etc.

A quebra de uma molécula de proteína ocorre a partir da hidrólise


das ligações peptídicas. É o que acontece na nossa digestão, na qual
parte ocorre no estômago, com PH 2 (altamente ácido), através da
atividade da enzima pepsina, disponibilizando aminoácidos no final do
processo.

Fontes de proteínas
Como vimos, a proteína é essencial para o funcionamento de um
organismo. Alimentos de origem animal possuem proteínas mais
completas de aminoácidos essenciais. Elas também estão presentes
nos vegetais, mas não encontramos a quantidade diária necessária
de aminoácidos essenciais em um único vegetal. Saiba
mais: Conheça os aminoácidos essenciais e não essenciais, além de
suas funções.

Leia mais:

 Síntese de Proteínas
 Funções das Proteínas
 Composição química das Proteínas
 Técnicas de Desnaturação de Proteínas
 Procedimentos para identificação de Proteínas
 Desnaturação

Referências:

Alberts, B; et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2 ed. Porto


Alegre: Artmed, 2006. 119-167 p.

Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o


ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.82-154 p.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Proteína

http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/aminoacidos.html

Você também pode gostar