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Trabalho de Português em grupo

Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 2

2. A Era Moderna ............................................................................................................................ 3

2.2. Marcos da transição característicos da Éra Moderna ........................................................... 6

2.3. Nova visão de mundo na Época Moderna ............................................................................ 7

2.4. Renascimento ....................................................................................................................... 7

3. Modernismo ................................................................................................................................ 7

3.1. Modernismo em Portugal ..................................................................................................... 7

3.2. Características Gerais do Modernismo ................................................................................ 9

4. Primeira fase ou Geração de 22 (1922-1930) ............................................................................. 9

5. Conclusão.................................................................................................................................. 13

6. Bibliografia ............................................................................................................................... 14

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1. Introdução
O presente trabalho tem por finalidade refletir acerca da Era Moderna no intuito de contribuir
para a compreensão de modernismo. Para tal, apresentam-se alguns elementos da organização
social e econômica deste período. A Idade Moderna é um período específico da História do
Ocidente que se inicia no final da Idade Média. Embora os limites cronológicos sejam objecto de
debate, a linha temporal deste período estende-se do final do século XV até à Idade das
Revoluções no século XVIII; muitos historiadores assinalam o início desta idade na data de 29
de maio de 1453, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, incluindo
assim o Renascimento e a Era dos Descobrimentos (incluindo as viagens de Colombo que
começaram em 1492 e a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em
1498), e data de término com a Revolução Francesa no dia 14 de Julho de 1789.

Historiadores à escala mundial nas décadas mais recentes têm argumentado que de uma
perspéctia mundial, o caracter mais importante que deu início à idade moderna foi a
globalização. Este período da história moderna está caracterizado pela exploração e colonização
do Continente Americano e o estabelecimento de contactos sólidos entre civilizações espalhadas
pelo mundo. As potências mundiais envolveram-se umas com as outras através do comércio, à
medida que bens, plantas, animais e alimentos viajavam do Velho Mundo para o Novo Mundo e
vice-versa.

Novas economias e instituições emergiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente


articuladas à medida que o tempo foi passando. Este processo começou nas cidades-estado
medievais do norte da Itália, particularmente Génova, Veneza e Milão. Este período da história
humana também inclui o estabelecimento de uma teoria económica dominante, o mercantilismo.
A colonização europeia dos continentes americano, asiático e africano ocorreu desde o século
XV até ao século XX, disseminando a religião cristã por todo o mundo.

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2. A Era Moderna
A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente que se inicia no final da Idade
Média. Embora os limites cronológicos sejam objecto de debate, a linha temporal deste período
estende-se do final do século XV até à Idade das Revoluções no século XVIII; muitos
historiadores assinalam o início desta idade na data de 29 de maio de 1453, quando ocorreu a
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, incluindo assim o Renascimento e a Era dos
Descobrimentos (incluindo as viagens de Colombo que começaram em 1492 e a descoberta do
caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498), e data de término com a
Revolução Francesa no dia 14 de Julho de 1789.

Historiadores à escala mundial nas décadas mais recentes têm argumentado que de uma
perspéctia mundial, o caracter mais importante que deu início à idade moderna foi a
globalização. Este período da história moderna está caracterizado pela exploração e colonização
do Continente Americano e o estabelecimento de contactos sólidos entre civilizações espalhadas
pelo mundo. As potências mundiais envolveram-se umas com as outras através do comércio, à
medida que bens, plantas, animais e alimentos viajavam do Velho Mundo para o Novo Mundo e
vice-versa.

Novas economias e instituições emergiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente


articuladas à medida que o tempo foi passando. Este processo começou nas cidades-estado
medievais do norte da Itália, particularmente Génova, Veneza e Milão. Este período da história
humana também inclui o estabelecimento de uma teoria económica dominante, o mercantilismo.
A colonização europeia dos continentes americano, asiático e africano ocorreu desde o século
XV até ao século XX, disseminando a religião cristã por todo o mundo.

Com a tomada de Constantinopla, em 1453, que marca o início a Idade Moderna, que vai até a
Revolução Francesa, em 1789, “fecha-se um longo ciclo histórico e prepara-se outro, igualmente
longo e talvez ainda inconcluso, que é geralmente designado como Modernidade” (CAMBRI,
1999, p. 105). Nesta perspectiva, Monroe afirma que a transição entre uma velha cultura e a nova
nunca ocorre de modo repentino. Mesmo em face do surgimento e triunfo de um novo espírito
não acarreta o desaparecimento repentino do velho e isso, “tanto nos interesses educativos
quanto nos mais amplos que envolvem o intelecto e o espírito humanos, os velhos métodos de
pensamento, e as velhas ideias e ideologias continuaram ativos por muitos séculos” (MONROE,

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1970, p. 148). Ou seja, enquanto o “momento novo” aparece como superação do “momento que
passou”, também há permanências de elementos do “momento velho”, que vão transmutando-se,
articulando-se com novos elementos, configurando-se o movimento e a transformação. Assim, se
“o velho” já vai carregando germes novos, “o novo” não significa a eliminação por completo do
velho.

2.1. A organização social na Era Moderna

Registra-se inicialmente que uma das características deste período é o surgimento dos Estados
Nacionais, o fortalecimento da burguesia e a expansão marítimo-comercial. Os Estados
Nacionais referem-se à aliança entre o rei e a crescente burguesia, no qual o primeiro deixa de
ser simplesmente um grande nobre, passando a centralizar o poder político (de mando) sobre
vários feudos. Com isso, as inúmeras leis existentes de acordo com cada feudo são substituídas
por leis nacionais, válidas para todos os que habitavam o território de seu domínio. Este fato
contribuiu para viabilizar e potencializar o desenvolvimento do comércio, pois, para transitar de
um feudo para outro os mercadores (a burguesia comercial) não necessitavam mais ficar pagando
tarifas alfandegárias aos senhores feudais.

Contudo, trata-se de um processo e, portanto apesar de que, nos século XV e XVI, ocorrem
intensas transformações e muitos camponeses deslocam-se para as cidades, a esmagadora
maioria dos europeus continua a viver do trabalho de cultivo do campo. Sendo assim, pode-se
pressupor que continuavam submetidos às obrigações feudais enquanto ocorria a fuga do homem
do campo e se desenvolvia a urbanização e industrialização.

Os Estados Nacionais e a centralização política incentivou o mercantilismo que predominou


entre os séculos XV e XVIII, caracterizado como um conjunto de ideias e práticas econômicas
benéficas ao Rei e a burguesia comercial. A união entre os interesses da burguesia mercantil,
aliada aos interesses do rei em expandir os seus territórios e da religião em conquistar novos fiéis
impulsionou as grandes navegações (iniciada no século XV), que contornou a África, alcançou o
oriente e aportou na América. Os resultados destas incursões para além-mar foi a acumulação de
riquezas advindas do comércio. Buscava-se, principalmente, por metais preciosos (especialmente
ouro e prata) e o comércio vantajoso das especiarias. Todavia, não se pode esquecer que por trás
disso, encontra-se o trabalho humano e a sua capacidade de produzir um excedente que

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possibilita a ampliação da produtividade. Por conseguinte, “do ponto de vista do capitalista, esta
potencialidade multilateral dos seres humanos na sociedade é a base sobre a qual efetua-se a
ampliação do seu capital” (BRAVERMAN, 1980, p. 58).

Constata-se, desta forma, com base nas palavras de Marx e Engels, que “impelida pela
necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade o globo. Necessita estabelecer-se em
toda parte, explorar em toda parte, criar vínculos em toda parte” (1987, p. 79). Ressalta-se, nesta
perspectiva, que “a propriedade capitalista típica será não mais a terra e sim a propriedade dos
instrumentos de produção (que não são dádivas da terra) e do sobre trabalho. Assim, a
propriedade burguesa não é só alguma coisa para possuir, para usufruir, mas, sobretudo para
vender, para trocar” (BUFFA, 1991, p. 15). É importante salientar que para os membros da
classe burguesa, a única atividade que de fato conta, segundo Berman Marshall, com base em
Karl Marx “é fazer dinheiro, acumular capital, armazenar excedentes; todos os seus
empreendimentos são apenas meios para atingir esse fim, não têm em si senão um interesse
transitório e intermediário” (1986, p. 92).

Pode-se afirmar que o desenvolvimento (crescimento e fortalecimento) do comércio desembocou


no surgimento da Revolução Industrial (1750) que ocorre junto com a exploração do trabalho
infantil, das mulheres, da classe trabalhadora assalariada. Nada podia frear o trabalho das
indústrias, que iriam se utilizar de quaisquer meios para atingir o seu fim, que é o lucro a
qualquer preço. Assim sendo, compreende-se que “a burguesia submeteu o campo ao domínio da
cidade. Criou grandes centros urbanos; aumentou prodigiosamente a população das cidades em
relação à dos campos e, com isso, arrancou uma grande parte da população do embrutecimento
da vida rural” (MARX; ENGELS, 1987, p. 80). Pois, de acordo com Harry Braverman, o
capitalista sabe que seu lucro depende da compra do tempo da força-de-trabalho (porção
variável) que encarece a produção. Logo, “torna-se portanto fundamental para o capitalista que o
controle sobre o processo de trabalho passe das mãos do trabalhador para as sua próprias” (1980,
p. 59).

Por conseguinte, deste modo, aos poucos o modo de produção capitalista vai se constituindo,
“como a estrutura hierárquica, a mediação da função do capital que é a

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exploração da força-de-trabalho para obtenção de mais-valia4” (FÉLIX, 1987, p. 45). Em O


Capital, Marx analisa exaustivamente e concomitantemente as dimensões histórica e lógica da
expansão capitalista. Sobre O Processo de Produção do Capital, Marx, no volume I, Livro
primeiro, explicita a origem e o funcionamento da manufatura em que muitos trabalhadores
passam a trabalhar no mesmo local de trabalho, pois, “o costureiro, o serralheiro, o coureiro etc.,
que se ocupam apenas com a feitura de carruagens, perdem pouco a pouco com o costume a
capacidade de exercer seu antigo ofício em toda sua extensão” (1985, p. 254). Por suposto, “na
manufatura a produção de uma mercadoria, que antes resultava do trabalho de um só artesão, é
subdividida em vários passos, consumindo o trabalho de vários artesãos, cada um deles
realizando uma operação específica até chegar ao produto final” (FRANCO, 1987, p. 09). Por
tudo isso, pode-se afirmar que a “Revolução Industrial garantiu a vitória do projeto societário
burguês” (FERREIRA Jr & BITTAR, 2008, p. 234).

Com efeito, destaca-se que a Idade Moderna apresenta-se:

Como revolução social, promove a formação e a afirmação de uma nova classe: a burguesia,
que nasce nas cidades e promove o novo processo econômico (capitalista), assim como delineia
uma nova concepção do mundo (laica e racionalista) e novas relações de poder (opondo-se à
aristocracia feudal e aliando-se à coroa, depois entrando em conflito aberto também com esta e
com seu modelo de Estado-patrimonial e de exercício absoluto do poder) (CAMBI, 1999, p.
197).

2.2. Marcos da transição característicos da Éra Moderna


 Economia: declínio do feudalismo e ascensão do capitalismo (grandes navegações e
descoberta de novos continentes).
 Sociedade: crescimento da burguesia.
 Política: formação do Estado Moderno.
 Religião: surgimento da Reforma Protestante (quebra da unidade cristã).
 Cultura: movimento renascentista.

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2.3. Nova visão de mundo na Época Moderna


 Humanismo (em oposição ao teocentrismo).
 Individualismo (em oposição à coletividade universal cristã).
 Racionalismo (em oposição à fé religiosa).

2.4. Renascimento
 Movimento tipicamente urbano europeu dos séculos XV e XVI, marcado pela inspiração
na cultura da Antiguidade clássica.
 Fatores que influenciaram o Renascimento: movimento humanista, desenvolvimento da
imprensa, ação dos mecenas.
 Alcance intelectual: artes, ciências, filosofia.

3. Modernismo
Pode-se entender o Modernismo como um movimento literário e artístico que teve início no
século XX com o objetivo de romper com o tradicionalismo. Buscavam a libertação estética, a
experimentação constante e, acima de tudo, a independência cultural do país.

3.1. Modernismo em Portugal


O Modernismo em Portugal costuma ser dividido em duas partes, Orfismo (primeira geração) e
Presencismo (segunda geração), muito embora alguns estudiosos considerem os movimentos
neorrealistas e surrealistas como vertentes modernistas. A recusa por admitir o Neorrealismo e o
Surrealismo nesse período deve-se, sobretudo, ao fato de que, enquanto os escritores
neorrealistas buscavam uma literatura de caráter social, muito próxima do Realismo, os
escritores surrealistas apelavam para uma literatura que prezava pelos conteúdos oníricos,
modificando assim as estruturas da realidade, ambos se afastando da literatura psicológica e da
literatura inspirada nas correntes de vanguarda europeias.

Orfismo (1915-1927):

Orfismo (1915-1927): Também conhecido como a primeira fase do modernismo em Portugal, o


Orfismo surgiu para o público e crítica literária com a publicação do primeiro número da Revista
Orpheu em março de 1915. Fundada por Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada
Negreiros, Luís de Montalvor e o brasileiro Ronald de Carvalho, esse último responsável pela

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publicação no Brasil, a Revista Orpheu teve duração efêmera, apenas duas edições, o que não
impediu que ela deixasse uma imensurável contribuição para a divulgação dos ideais dos
primeiros modernistas. Entre esses ideais, a busca por uma literatura inovadora influenciada pelo
Futurismo e pelo Cubismo, o rompimento com o passadismo da literatura de caráter histórico e a
retratação do homem e seu espanto de existir.

Presencismo (1927-1940):

Presencismo (1927-1940): Também conhecido como a segunda fase do modernismo em


Portugal, o Presencismo foi representado pelos escritores José Régio, esse considerado o grande
teórico do grupo, João Gaspar Simões, Miguel Torga, Irene Lisboa, entre outros nomes de menor
destaque. Tal qual o Orfismo, o Presencismo contou também com uma publicação responsável
por difundir seus ideais, a Revista Presença, fundada em 1927. Considerada como a publicação
literária de maior êxito em Portugal (foram 54 números até a sua extinção em 1940), a Revista
Presença ajudou a consolidar o movimento modernista, apresentando para o público e crítica
literária uma literatura intimista, voltada para a introspecção e distante do programa
ideologizante defendido pelos orfistas.

Neorrealismo (1940-1974):

Neorrealismo (1940-1974): Seus principais representantes foram Alves Redol, Manuel da


Fonseca, Afonso Ribeiro, Joaquim Namorado, Mário Dionísio, Vergílio Ferreira, Fernando
Namora, Mário Braga, Soeiro Pereira Gomes ou Carlos de Oliveira, entre outros. O
Neorrealismo surgiu em um conturbado contexto histórico-social: a Europa sofria com as
consequências de uma forte crise econômica, da tirania imposta pelos regimes totalitários e de
uma constante tensão motivada pela Segunda Guerra Mundial.

Surrealismo (1947-1974):

Surrealismo (1947-1974): Considerado por alguns estudiosos como a última fase do modernismo
português, teve como principais representantes os escritores Antônio Pedro, José Augusto
França, Alexandre O'Neill, Mário Cesariny de Vasconcelos, entre outros de menor destaque,
influenciados pelas teorias de Andre Breton, idealizador do Surrealismo.

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3.2. Características Gerais do Modernismo:

 Liberdade de expressão
 Incorporação do quotidiano
 Linguagem coloquial
 Inversões técnicas ( que teve como principais conquistas :o verso
livre, A destruição dos nexos , A enumeração caótica , O fluxo de consciência
, A colagem e montagem cinematográfica , A eliminação dos sinais de pontuação . )
 A ambiguidade

Entre as características mais marcantes do Modernismo podem ser destacados o repúdio ao


Parnasianismo; a espontaneidade criativa, marcada pelo verso livre; o antigramaticalismo, isto é,
o aproveitamento da riqueza da língua nacional, com a liberdade até mesmo de transgressões
ortográficas; o afastamento entre o belo artístico e o belo natural (considerando-se o primeiro
tanto mais rico quanto mais afastado do segudo); síntese e bom humor; nacionalismo crítico; e
utilização de paródias.

4. Primeira fase ou Geração de 22 (1922-1930)


A década de 1920 ficou conhecida como “anos loucos”, dada a efervescência cultural provocada
pela difusão das vanguardas europeias, e essa primeira fase do Modernismo ficou caracterizada
exatamente pela tentativa de consolidação dos novos ideais defendidos por esses movimentos de
vanguarda. Vanguardista, combativa, revolucionária e experimentalista, a Geração de 22
defendia uma reconstrução da cultura brasileira a partir de bases nacionais, sendo fortemente
marcada pelo nacionalismo crítico.

Nessa fase, em que houve um predomínio da poesia, ganharam destaque algumas revistas
lançadas para divulgar as propostas modernistas, a saber:

Klaxon (1922-1923, SP): Primeiro órgão do movimento modernista, foi lançada pelos
responsáveis pela Semana de Arte Moderna.

A Revista (1925-1926, MG): Responsável pela divulgação do movimento em Minas Gerais,


tinha como principal redator Carlos Drummond de Andrade.

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Festa (1927, RJ): Reuniu o grupo “espiritualista”, que oscilava entre propostas simbolistas e
modernistas, do qual participaram, entre outros, Cecília Meireles e Murilo Mendes.

Revista de Antropofagia (1928-1929, SP): Tinha como principais redatores e responsáveis


Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Raul Bopp e Tarsila do Amaral.

Surgiram também alguns grupos culturais, que expressaram de diferentes formas o nacionalismo
típico do Modernismo, entre os quais se destacaram:

Pau-Brasil (1924, SP): Pregava a necessidade de integração das vertentes primitiva e erudita da
cultura brasileira. Destaque para o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, de Oswald de Andrade.

Verde-Amarelo (1926, SP): Defendia o nacionalismo primitivista e ufanista. Lideraram esse


grupo, entre outros, Menotti Del Picchia e Plínio Salgado.

Escola da Anta (1927, SP): Retomando o primitivismo xenófobo do grupo Verde-Amarelo, os


membros da Escola da Anta elegeram o índio tupi e a anta como símbolos da nacionalidade.

Antropofagia (1928, SP): Continuação do grupo Pau-Brasil, propôs a incorporação das


qualidades da cultura estrangeira, sem que se perdesse a identidade cultural brasileira.
Contrariando correntes modernistas que rejeitavam qualquer influência cultural estrangeira,
fazendo uma analogia aos rituais antropofágicos indígenas, Oswald de Andrade afirmava que era
preciso “devorar” a cultura estrangeira e incorporar as suas qualidades para robustecer a cultura
nacional.

Embora cada grupo apresentasse características próprias, eles tinham muitas características em
comum, típicas do Modernismo, como o direito à pesquisa estética; a liberdade formal e
temática; valorização da linguagem coloquial e do cotidiano; preferência por temas atuais;
nacionalismo crítico; ruptura com o passado; estabilização de uma consciência criadora nacional;
senso de humor; tematização da civilização tecnológica; teor anárquico, destruidor e iconoclasta;
e períodos curtos.

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Entre os autores dessa primeira geração merecem destaque os seguintes nomes:

Oswald de Andrade: Um dos escritores mais dinâmicos e controvertidos do Modernismo,


polêmico e revolucionário, foi jornalista, poeta, romancista e teatrólogo. Recuperando textos dos
cronistas portugueses do século XVI, reelaborou-os para criar poemas de caráter intertextual,
adotando um procedimento paródico semelhante aos ready-mades dos dadaístas, que tiravam
objetos de seu contexto natural para dar-lhes um novo sentido. Exemplo desse procedimento é o
poema As meninas da gare, elaborado a partir da Carta de Pero Vaz de Caminha.

Com uma linguagem bastante depurada, Oswald de Andrade escreveu textos poéticos
brevíssimos, denominados poemas pílula, em que eliminou o verbalismo exagerado e apresentou
frases marcadas pela omissão de termos, fragmentando completamente a linguagem escrita
(técnica inspirada no Cubismo). Em 1924 o escritor publicou Memórias sentimentais de João
Miramar, que, apesar de ser um texto mais longo, apresentava também certa fragmentação, na
medida em que continha capítulos bem reduzidos, denominados capítulos-flash.

Entre suas poesias, destacam-se Pau-Brasil, O escaravelho de ouro e Primeiro caderno do aluno
de poesia, Oswald de Andrade. Já entre os romances merece destaque, além de Memórias
sentimentais de João Miramar, a obra Serafim Ponte Grande; e entre as peças teatrais, O rei da
vela.

Mário de Andrade: Um dos principais articuladores da Semana de Arte Moderna, Mário de


Andrade foi poeta, contista, romancista, crítico literário e teórico da literatura. Adotava em suas
obras temática nacionalista, sociocultural e lírico-amorosa. Entre seus livros de poemas
destacam-se Paulicéia desvairada (no qual se encontra o manifesta literário Prefácio
interessantíssimo), Lira Paulistana e Clã do Jabuti. Entre seus livros de contos merecem destaque
Primeiro amor, Os contos de Belezarte e Contos novos; e entre os romances, Macunaíma
(considerado uma das obras-primas do Modernismo) e Amar, verbo intransitivo.

Manuel Bandeira: Um dos mais importantes poetas do Modernismo adotava como temática a
infância, o amor e a mulher amada, o sofrimento, a proximidade da morte, o cotidiano e a própria
poesia. Pode-se perceber que o autor promoveu um resgate de temas românticos, mas atribuiu a
esses temas um registro modernista. Tinha um estilo livre, com linguagem coloquial e grande
domínio da versificação.

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Entre suas obras, destacam-se Libertinagem, A cinza das horas, Estrela da manhã, Estrela da
tarde, O ritmo dissoluto, Belo belo e Vou-me embora pra Pasárgada, que se transformou em um
de seus poemas mais conhecidos. Em uma das seções de Estrela da tarde, denominada
Composições, Manuel Bandeira apresentou poemas formados a partir da distribuição de palavras
no papel, seguindo na linha da poesia concreta.

Cecília Meireles: Escritora de tendência intimista e linguagem musical e metafórica, Cecília


Meireles também é enquadrada na segunda geração modernista. Entre suas obras, destacam-se
Romanceiro da Inconfidência (romance épico que aborda a saga dos inconfidentes mineiros),
Viagem, Mar absoluto e Solombra.

Menotti Del Picchia: Ligado ao grupo verde-amarelo, escreveu o poema regionalista Juca
Mulato.

Entre os autores dessa primeira geração, merecem destaque, ainda, Alcântara Machado, Cassiano
Ricardo, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.

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5. Conclusão
A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente que se inicia no final da Idade
Média. Embora os limites cronológicos sejam objecto de debate, a linha temporal deste período
estende-se do final do século XV até à Idade das Revoluções no século XVIII; muitos
historiadores assinalam o início desta idade na data de 29 de maio de 1453, quando ocorreu a
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, incluindo assim o Renascimento e a Era dos
Descobrimentos (incluindo as viagens de Colombo que começaram em 1492 e a descoberta do
caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498), e data de término com a
Revolução Francesa no dia 14 de Julho de 1789.

O Modernismo em Portugal costuma ser dividido em duas partes, Orfismo (primeira geração) e
Presencismo (segunda geração), muito embora alguns estudiosos considerem os movimentos
neorrealistas e surrealistas como vertentes modernistas. A recusa por admitir o Neorrealismo e o
Surrealismo nesse período deve-se, sobretudo, ao fato de que, enquanto os escritores
neorrealistas buscavam uma literatura de caráter social, muito próxima do Realismo, os
escritores surrealistas apelavam para uma literatura que prezava pelos conteúdos oníricos,
modificando assim as estruturas da realidade, ambos se afastando da literatura psicológica e da
literatura inspirada nas correntes de vanguarda europeias.

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6. Bibliografia
 Jan De Vries, "The limits of globalization in the early modern world." Economic History
Review (2010) 63#3 pp: 710–733.
 Christopher Alan Bayly, The birth of the modern world, 1780–1914: global connections
and comparisons (2004).
 SCHMITZ, P. I. Migrantes da Amazônia: Tradição Tupiguarani. In: . Pré História do Rio
Grande do Sul – Documento 05. São Leopoldo: UNISINOS, 1991.

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