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Processo Civil - Princípios

Caderno: Resumo - Processo Civil I


Criada em: 06/04/2018 17:10 Atualizada em: 06/04/2018 21:19

Princípios do Processo Civil:


Ponto de partida: devido processo legal

Outros Princípios: isonomia; juiz natural; inafastabilidade da jurisdição; contraditório; motivação das decisões judiciais; duração
razoável do processo.

Princípio da inafastabilidade da jurisdição: "[A]ssegura o amplo e universal acesso ao judiciário" (Câmara). Não se exclui a
jurisdição voluntária, devendo esta ser buscada por todos os profissionais do direito em todos os momentos do processo

Princípio da duração razoável do processo: "[A] solução da causa deve ser obtida em tempo razoável" (Câmara). Observe-se,
porém, que a celeridade do processo não pode comprometer as garantias fundamentais. abre aspas e isto porque um processo
que respeita as garantias fundamentais é necessariamente um processo que demora algum tempo ponto fecha aspas

Princípio da primazia da resolução do mérito: Os obstáculos no decorrer do processo devem ser superados no sentido de
garantir a resolução do mérito da causa.

Princípio da boa-fé objetiva: Espera-se que os sujeitos do processo se comportem de acordo com a conduta esperada do
sujeito médio. Inclui-se aqui a vedação de comportamentos contraditórios e a segurança de comportamento duradouros
(vedação do comportamento contraditório;  supressio e surrectio).

Princípio do contraditório:  É a nota essencial do processo, sua característica fundamental. Constitui uma dupla garantia:
garantia de participação na formação do resultado do processo e garantia de não surpresa. Disso decorre que só há
legitimidade da decisão judicial se houver sido produzida com respeito ao contraditório, exceto quando se decide a favor de
uma das partes sem ouvi-la. 

Há porém três exceções à exigência de oitiva prévia da parte contra quem se decide. 
A primeira é a tutela provisória de urgência, legitimada pelo princípio do acesso à justiça. 
Há exceção também nos casos de tutela da evidência (art. 311, incisos II e III). 
O primeiro caso é o da demanda repetitiva que, frise-se, não constitui uma decisão definitiva, já que há a
possibilidade de promoção do distinguishing (demonstração de diferença entre o caso submetido a
julgamento e o que gerou precedente) e também do overruling (superação do precedente). 
O segundo caso é o da demanda relacionada à contrato de depósito, quando comprovado
documentalmente.
 A última exceção está nos casos em que se determina a expedição do mandado monitório. Uma consequência
da garantia de participação com influência no processo, decorrente do contraditório, é que ele deve ser
compreendido também como uma garantia de não surpresa.

Princípio da isonomia: "Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais no limite das desigualdades". Possui duas
consequências: 

a) Paridade de armas: "[N]o processo deve haver equilíbrio de forças entre as partes, de modo a evitar que cada uma
delas se sagre vencedora do processo por ser mais forte do que a outra." (Câmara)
b) Casos iguais devem ser tratados igualmente: A exigência é consequência da igualdade de todos perante a lei.
Constitui-se na aplicação da mesma norma jurídica, isto é, da mesma interpretação do texto normativo, a casos iguais.

Princípio da dignidade da pessoa humana: A garantia de que cada pessoa será tratada como um fim em si mesmo.

Princípio da razoabilidade:
Princípio da proporcionalidade:

Princípio da legalidade: Submissão da decisão judicial ao conteúdo de ordenamento jurídico. 

Princípio da publicidade: Os atos processuais devem ser praticados publicamente. Essa é uma garantia que permite o controle
difuso sobre o conteúdo dos atos processuais por parte de toda a sociedade.

Princípio da eficiência: Eficiência é a "razão entre o resultado do processo e os meios empregados para sua obtenção". O
princípio exige que se busque o mínimo dispêndio de energia para a produção de um resultado constitucionalmente legítimo.

Princípio da fundamentação das decisões judiciais: Todas as decisões devem estar fundamentadas no ordenamento jurídico,
não se aceitando "falsa fundamentação", isto é fundamentação que não estabeleça uma conexão entre a norma,  princípio ou
precedente do direito e o caso sub judice. Há também uma relação entre o princípio da fundamentação e o princípio do
contraditório, já que a decisão do magistrado deve enfrentar os argumentos trazidos pelas partes.

Ordem cronológica de conclusão: O artigo 12 estabelece que as sentenças e acórdãos sejam proferidos de acordo com a
ordem cronológica em que tenham sido enviados à conclusão.

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