Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
AS MÁQUINAS E OS
ACIDENTES DE TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
RISCOS E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES EM MÁQUINAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
REQUISITOS MÍNIMOS
PARAPROTEÇÃO DE MÁQUINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
MÉTODOS DE PROTEÇÃO
DE MÁQUINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
E PREDITIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
-4-
INTRODUÇÃO “fatalidade” fora do controle das ações huma-
nas. Pior ainda, pois sugere que é um evento
O objetivo desta publicação é auxiliar os tra- impossível de ser evitado. Mas sabemos que
balhadores e seus representantes, membros de os acidentes ocorrem devido a uma interação
CIPA, sindicatos, comissões de fábricas e de vários fatores que estão presentes no
outros profissionais, a identificar os principais ambiente ou na situação de trabalho muito
riscos mecânicos e medidas básicas para pre- antes do seu desencadeamento. São, portanto,
venção de acidentes do trabalho com máqui- eventos previsíveis. Uma vez eliminados estes
nas. fatores, que dão origem aos acidentes se pode
Com a introdução da robótica e das novas eliminar ou reduzir a ocorrência desses even-
tecnologias nas grandes empresas dos países tos. São portanto eventos preveníveis.
industrializados, os riscos mecânicos vem
sendo gradativamente superados e substituí- Os acidentes de trabalho
dos por outros riscos mais diretamente relacio- e a industrialização
nados à organização do trabalho. Um grande
número de indústrias com utilização de tecnolo- No final do século XIX Marx já diagnosti-
gias e máquinas obsoletas tem sido exportadas cava que, nas fábricas que surgem, os traba-
para os países em desenvolvimento. Nos pro- lhadores se transformam em um complemento
cessos tecnológicos mais avançados, onde vivo de um mecanismo morto. Desde aquele
ocorre a introdução da robótica, são os traba- tempo, quando ocorre a Revolução Industrial
lhadores de manutenção os mais expostos aos na Europa, o trabalho na fábrica exaure os
riscos mecânicos. Estes riscos estão presentes nervos ao extremo, suprime o jogo variado dos
ainda em setores de serviço, na indústria do músculos, e confisca toda a atividade livre,
lazer, onde a automação tem ainda pequena física e espiritual do trabalhador. “Amáquina ao
influência, e é nas pequenas empresas e indus- invés de libertar o trabalhador do trabalho, des-
trias mais antigas que permanecem os proble- poja o trabalho de todo interesse”. Na produção
mas tradicionais de segurança em máquinas. capitalista ocorre o fenômeno de subjugação do
Neste contexto, estes riscos estão ficando homem ao maquinário.1
menos visíveis e menos óbvios, reforçando a No Brasil, saúde, condições de trabalho e
necessidade de maior atenção e uma melhor acidentes são preocupações dos trabalhadores
identificação dos mesmos. desde o início do processo de industrialização.
Para a segurança em máquinas é possível Neste período - que tem muita semelhança
descrever risco de acidente como sendo a com o ocorrido na Europa - verifica-se as péssi-
chance de um acidente particular ocorrer em mas condições de trabalho, com jornadas pro-
determinado período de tempo, associado com longadas, baixos salários, emprego de crianças
o grau ou severidade da lesão resultante e alto índice de acidentes do trabalho.
(RAAFAT, 1989). Levantamentos efetuados pelo Departa-
Infelizmente o termo “acidente” utilizado na mento Estadual do Trabalho de S. Paulo2 sobre
nossa língua sugere que este evento ocorre por a problemática dos acidentes do trabalho no
obra do destino, como algo imprevisível, uma país, indicam que já no início do século XX, a
-5 -
Análise de riscos
questão dos acidentes com máquina ganha relações de trabalho no Brasil, marcadas pelo
relevância e é objeto de preocupação dos corporativismo e autoritarismo, não tem possi-
órgãos públicos. Segundo este levantamento, bilitado uma atuação mais democrática dos tra-
de 1912 a 1917 ocorrem 11.895 acidentes balhadores e de seus representantes no interior
sendo 76% considerados leves, 22,2% graves das empresas, em defesa da saúde, uma vez
e 1,1% fatais, e quanto à localização, é obser- que não se garante a auto tutela e a auto prote-
vado que a maioria dos acidentes de trabalho ção por parte dos principais interessados: os
ocorre nas fábricas, oficinas, depósitos e casas trabalhadores.
comerciais, que respondem por 41,1% dos Estudo conduzido por Grunberg (1983)3
locais dos acidentes, sendo que os operários comparou duas fábricas de montagem de auto-
representam a maior parcela dos atingidos: móveis sendo uma situada na França e outra
16%. As causas apuradas por este levanta- na Inglaterra, produzindo o mesmo tipo de
mento mostram que as máquinas são respon- carro, com tecnologias equivalentes. A taxa de
sáveis por 26,3% (435 trabalhadores atingidos) acidentes na fábrica da França, com fraca orga-
(FALEIROS,1992). nização sindical, foi de cerca de 60 vezes
Os acidentes do trabalho constituem a face maior que a taxa encontrada na Inglaterra. A
visível de um processo de desgaste e destrui- diferença foi explicada pelos diferentes graus
ção física de parcela da força de trabalho no de sindicalização e força dos trabalhadores nas
sistema capitalista. Segundo a Organização duas fábricas. (DWYER,1991)
Mundial de Saúde os acidentes e doenças do No Brasil é prática corrente nas empresas,
trabalho são responsáveis por mais de 120 investigações que atribuem a ocorrência do aci-
milhões de lesões e pelo menos 220 mil mortes dente a comportamentos inadequados do tra-
por ano no plano mundial (WHO,1997). balhador (“descuido”, “imprudência”, “negligên-
O Brasil, depois de ocupar durante a cia”, “desatenção”, etc.) Estas investigações
década de 70 o título de campeão mundial de evoluem para recomendações centradas na
acidentes de trabalho, continua, com base nos mudança de comportamento: “prestar mais
dados da Organização Internacional do Traba- atenção”, “tomar mais cuidado”, “reforçar o trei-
lho - OIT de 1995, posicionado entre os dez namento”. Este tipo de concepção pressupõe
piores no plano mundial, ao lado da Índia, que os trabalhadores são capazes de manter
quanto ao índice de acidentes em relação ao elevado grau de vigília durante toda a jornada
número de trabalhadores empregados na de trabalho, o que é incompatível com as carac-
indústria (ISTOÉ- 1997). terísticas bio-psico-fisiológicas humanas. Em
A despeito das medidas de controle e cam- conseqüência, a integridade física do trabalha-
panhas implantadas no país para redução dos dor fica na dependência quase exclusiva de
acidentes a partir da década de 70, os resulta- seu desempenho nas tarefas. (BINDER&
dos obtidos até aqui revelam as limitações do ALMEIDA,2000)
aparato de engenharia e de medicina do traba- A teoria do “ato inseguro” no fundo pressu-
lho montado no interior das empresas e a ser- põe que o processo de trabalho deve ser visto
viço das mesmas, bem como do sistema de fis- como algo imutável e perene, tendo o trabalha-
calização do Estado. Revelam ainda que as dor que se adaptar a tais condições, transfe-
3 L. Grumberg. 1983 The effects of social relations of production on produtivity and worker´s safety: an ignored set of relations-
hips. International Journal Health Services 13(4): 621 - 634.
-6-
rindo a responsabilidade da empresa para o tra- zação do trabalho em sentido amplo, pelas rela-
balhador. É ainda comum encontrarmos nas ções de trabalho e pela correlação de forças
empresas cartazes, com o dedo apontado para existentes numa determinada sociedade. Desta
o trabalhador, com dizeres: forma a ameaça do desemprego, a pressão da
“Você é o responsável pela sua Segu - chefia exigindo mais produção, as condições do
rança!”; maquinário, as condições do ambiente (como
“ASegurança depende de Você!!” presença de ruído, calor), a redução das equi-
Infelizmente esta cultura que tenta culpabili- pes com aumento da sobrecarga dos trabalha-
zar as vítimas pelos próprios acidentes ocorri- dores, a realização de horas extras, são todos
dos é ainda predominante no meio produtivo, componentes importantes que devem ser anali-
nos tribunais e mesmo em escolas de capacita- sados, quando se pretende entender e prevenir
ção em nosso país. a ocorrência dos acidentes. Entendemos por-
Nossa concepção parte de outro princípio: tanto os acidentes como fenômenos multi-cau-
que os seres humanos são limitados do ponto sais, socialmente determinados, previsíveis e
de vista psíquico, físico, e biológico, sendo preveníveis. No campo da prevenção de aci-
necessários dispositivos de segurança para dentes com máquinas, não são suficientes as
garantir que as falhas humanas possam ocor- ações tradicionais de engenharia, com a sim-
rer, sem que gerem lesões ples instalação de dispositivos de
aos trabalhadores. É o segurança. Por outro lado são
princípio denominado de totalmente desfocadas as
falha segura 4. Neste sen- campanhas e ações “edu-
tido podemos dizer que cativas” ou intimidatórias
uma máquina segura é que visam punir os ditos
aquela a prova de erros e “atos inseguros”, que no
falhas humanas. fundo colocam a culpa do
Os acidentes de traba- acidente na própria vítima.
lho ocorrem em determi- A abordagem que
nadas condições de traba- orienta a CUT e seus
lho dentro de um contexto representantes na ação
de relações estabelecidas sindical é a de que a pre-
entre patrões e emprega- venção de acidentes só
dos no processo de produ- será efetiva se for acompa-
ção. Os acidentes de tra- nhada do aumento dos
balho são influenciados espaços de atuação dos
portanto por fatores rela- trabalhadores e seus repre-
cionados à situação ime- sentantes no interior das
diata de trabalho, como o empresas. Organização no
maquinário, a tarefa, o Local de Trabalho – OLT: o
meio ambiente de traba- melhor remédio contra os
lho, e também pela organi- acidentes e doenças!
4 M.C.P. BINDER & I. M. ALMEIDA: Investigação de Acidentes de Trabalho – Mimeo, Jan. 2000. 15p.
-7 -
Análise de riscos
-8 -
dados, as máquinas, equipamentos e apare- seja para alimentação, para retirada das peças
lhos representam 14,2% dos fatores causais, ou em ambas situações. Observa-se que esse
enquanto que quedas, choques ou perda de acesso `as zonas de prensagem é feito sem
equilíbrio representaram 38,5%. Os autores nenhum mecanismo de atenuação, como corti-
alertam no entanto para a limitação das infor- nas de luz, barreiras, sensores de proximidade,
mações retiradas dos campos “objeto causa- ou dispositivos de afastamento, caracterizando
dor” e “descrição do acidente” das CATs perigo ao trabalhador. Segundo os autores “-
(Comunicados de Acidentes do Trabalho), que nenhuma máquina era dotada de dispositivo de
por sua superficialidade e ausência de critérios proteção, que atenuasse o risco durante o
técnicos, não permitem uma exploração ade- acesso na zona de prensagem”
quada da causa dos acidentes de trabalho (- (MAGRINI&MARTORELLO,1989).
ALMEIDA&BINDER&TOLOSA, 1993). Em 1997 levantamento feito em São Paulo,
Outro estudo com 4.895 acidentes “típicos” capital, constata que 70% das prensas mecâni-
identificados pelo Programa de Saúde dos Tra- cas operam com acesso das mãos na Zona de
balhadores da Zona Norte de São Paulo, classi- Prensagem, apelidada de “Boca do Leão”.
fica como graves 790 acidentes, sendo que Acordo tripartite com participação do setor
neste conjunto, as máquinas são responsáveis patronal, dos trabalhadores e dos órgãos públi-
por 196 casos, ou seja 24,8%, demonstrando cos é assinado neste ano visando a retirada
uma importante associação entre a ocorrência das mãos do trabalhador das zonas de opera-
de acidentes graves e o correspondente envol- ção das máquinas, através de mecanismos de
vimento de máquinas em sua geração. As proteção como alimentação em plano inclinado,
máquinas mais perigosas, do ponto de vista da gavetas, sistema de tambor giratório e outros.
gravidade dos acidentes gerados - com ampu- Estudo feito pelo Sindicato dos Trabalhado-
tações e esmagamentos - são as prensas, as res Químicos e Plásticos de São Paulo no ano
guilhotinas, os cilindros e calandras, as impres- de 1992 constata que as máquinas injetoras de
soras, as serras e as injetoras de plástico plástico respondem por metade dos casos de
(SILVA, 1995). acidentes do setor plástico, encami-
Analisando as condições ope- nhados para reabilitação profissio-
racionais de prensas mecânicas nal junto ao Centro de Reabilita-
na Zona Norte de S. Paulo, são ção Profissional do INSS da
investigadas em 1989, 290 Capital - São Paulo. Depois de
prensas mecânicas, consta- 3 anos de negociação, envol-
tando que 52,75% das máqui- vendo os fabricantes de máqui-
nas são acionadas por pedais, nas, os Sindicatos da Industria
e 26,55% por meio de botoeiras de Plástico, e instituições liga-
simples. Somente 43 máquinas das à Saúde do Trabalhador,
operam com comandos bi- foi assinada uma Convenção
manuais. A pesquisa avalia Coletiva de Segurança em
ainda os riscos junto aos pontos Máquinas Injetoras do Setor
de operação de 74 máquinas, Plástico do Estado de São
verificando que 37,8% destas Paulo. A Convenção entre
máquinas exigem o acesso das outros avanços estabelece
mãos na zona de prensagem, prazo para as empresas insta-
-9 -
Análise de riscos
larem dispositivos de segurança nas máquinas, acompanhamento do funcionamento dos meca-
garante o emprego de trabalhadores sequela- nismos de segurança.
dos, a capacitação dos operadores de máquina Além dos riscos mecânicos, que são mais
e a fiscalização do acordo por parte das CIPAs enfocados neste trabalho, as máquinas podem
e dos Sindicatos através de uma Comissão representar outros riscos aos trabalhadores
Permanente de Negociação. Novo levanta- (ruído, calor, vibração, radiação, etc) conforme
mento junto ao CRP no ano de 1996 já aponta discriminado no roteiro para avaliação de riscos
a redução para 27% da participação das injeto- ao final do texto.
ras no total dos casos de Reabilitação Profissio-
nal junto ao INSS. Após 2 anos de acordo 3029 Riscos decor rentes de movimentos
operadores de máquina injetora já haviam par- e ações mecânicas das máquinas 5
5 Texto base “Machine Safeguarding” de Kenneth Gerecke da Encyclopaedia of Occupational Health and Safety – 4ª Edição, Vol.
2 pags. 58.1 – 58.82 (1998). Texto e figuras adaptadas e modificadas pelo autor.
- 10-
mentação e partes auxiliares da máquina. 1. partes com eixos paralelos podem girar
Uma ampla variedade de movimentos em direções opostas. Estas partes podem estar
mecânicos e ações podem apresentar perigos em contato (produzindo assim um ponto
para os trabalhadores. Estes movimentos entrante) ou em proximidade íntima um para o
mecânicos e ações são básicas outro, onde a alimentação de
1 PONTOSENTRANTES
a quase todas máquinas, e o COMUNSEM PARTES material entre os rolos produz
GIRATÓRIASDEMÁQUINAS
reconhecimento dos riscos que os pontos entrantes (de belis-
representam é o primeiro passo cão). Este perigo é comum
para a proteção dos trabalhado- em maquina com engrena-
res. gens, moinhos giratórios,
Movimentos mecânicos calandra de borracha, cilin-
que representam riscos: dros de secagem de papel,
Há três tipos básicos de movi- cilindros de massa na indus-
mento mecânico: tria alimentícia, como mostrado na Figura 1.
2. outro tipo de ponto entrante é criado entre
movimento giratório; partes móveis girantes e tangenciantes, como o
movimento alternado (vai e vem); ponto de contato entre uma correia de transmis-
retilíneo ou transversal. são de força e sua polia; uma corrente e uma
roda dentada; ou
Movimento giratório PONTOS
uma coroa e um
2
ENTRANTES pinhão, como mos-
ENTRE
O movimento mesmo lento, de ELEMENTOS
trado na Figura 2.
partes giratórias pode ser perigoso GIRATÓRIOS 3. pontos entran-
podendo gerar ferimentos graves. Setas tes também podem
giratórias lentas podem agarrar vesti- existir entre partes
mentas e forçar um braço ou a mão em giratórias e partes
uma posição perigosa. Anéis, junções, fixas que criam um
engates, embreagens, volantes, tosquiamento, esma-
pontas, fusos e eixo horizontal ou verti- gamento ou ação de
cal são alguns exemplos típicos de mecanis- irritação. Exemplos incluem discos manuais ou
mos giratórios que podem ser perigosos. Existe volantes com raios, roscas transportadoras
perigo adicional quando pinos, facas, lixas, abertas ou a periferia de um disco abrasivo e
chaves, roscas ou parafusos um suporte ajus-
3 PONTOS ENTRANTESENTRECOMPONENTES
fixos estão expostos em ROTATIVOS E COMPONENTESFIXOS
tado incorreta-
partes giratórias das maqui- mente, como mos-
nas, podendo atingir uma trado na Figura 3.
pessoa ou ser arremessadas
durante o giro das mesmas. Movimento
Pontos entrantes (de alternado
beliscão) em correntes são
criados pelas partes giratórias Pode ser peri-
da maquina. Há três tipos principais de pontos goso porque durante a ida e a volta ou movi-
entrantes (de beliscão): mento de subida e descida, um trabalhador
-11 -
Análise de riscos
pode ser golpeado por ou pode ser pego entre ponto de operação podendo ocorrer ferimento
uma parte móvel e uma parte estacionária. Um no corpo do trabalhador.
exemplo é mostrado na Figura 4 . Elevadores Além de mãos e dedos, outras partes como
de carga da construção civil são exemplos de a cabeça, olhos e face podem ser atingidos por
equipamentos com cavacos ou fagulhas arre-
movimento alter- 4 M OVIMENTOS messados, causando feri-
ALTERNADOS
nado vertical. PERIGOSOS mentos.
Exemplos típicos de
Movimento máquinas com ação de
retilíneo corte perigosa incluem
serras de fita, serras circu-
Movimento em lares, fresadoras, plainas,
uma reta, linha con- furadeiras, tornos mecâni-
tínua, cria um cos e moinhos. Figura 5.
perigo pois o traba- 5 AÇÃODE
lhador pode ser gol- CORTEEM Ação de
MÁQUINAS
peado ou pode ser puncionamento
pego em um ponto
de aperto ou ponto Ocorre quando é apli-
de corte por uma cada força a um êmbolo,
parte móvel. Um pistão ou martelo com a
exemplo de movi- finalidade de amassar,
mento retilíneo peri- repuxar ou estampar metal
goso é o movimento ou outros materiais. O risco
de uma esteira deste tipo de ação reside
aberta que pode no ponto de operação onde
arrastar ou ferir uma 6 o material é inserido, segu-
pessoa. rado e retirado pela mão.
AÇÃODE
Ações Mecâni- PUNCIONAMENTO Máquinas típicas que usam
cas e seus riscos: ação de puncionamento
Há quatro tipos são prensas mecânicas
básicos de ação nos trabalhos metalúrgicos.
mecânica: (Figura 6)
Ação de corte,
Ação de punciona- Ação de
mento, cisalhamento
Ação de cisalhamento,
Ação de dobramento ou flexão. Ocorre na aplicação de força em uma
lâmina ou faca visando aparar ou tosquiar metal
Ação de corte ou outros materiais. O perigo acontece no
ponto de operação onde o material é propria-
Envolve movimentos giratórios, alternados mente inserido, segurado e retirado. Exemplos
e transversais. A ação cortante cria perigos no típicos de maquinas usadas para cisalhar são
-12 -
as guilhotinas, tesouras mecânicas motoriza- Ter estabilidade no tempo
das, tesouras hidráulicas e pneumáticas
(Figura 7). As proteções e dispo-
7 AÇÃODECISALHAMENT O sitivos de segurança
Ação de dobra devem ser feitos de mate-
ou flexão rial durável que suporte
as condições de uso,
Ocorre quando é sendo firmemente afixa-
aplicada força a uma dos à máquina. Somente
lâmina para amoldar, pessoas autorizadas, nor-
puxar ou estampar malmente só o pessoal de
metal ou outros mate- manutenção ou teste
riais. O perigo acon- pode, temporariamente,
tece no ponto de ope- remover, deslocar, ou reti-
ração onde o material rar uma proteção.
é inserido, segurado e
8
retirado. Equipamen- Proteger
tos que usam ação de AÇÃO de queda
DE
dobra incluem pren- DOBRA de objetos
sas mecânicas, vira-
deiras e dobradeiras. A proteção deve asse-
(Figura 8). gurar que nenhum objeto
possa cair nas partes
REQUISITOS móveis, danificando o
MÍNIMOS PARA equipamento ou se tor-
PROTEÇÃO DE nando um projétil, que
MÁQUINA pode ser arremessado
contra uma pessoa cau-
Aproteção de uma sando ferimento.
máquina têm que
atender aos seguintes Não criar
requisitos para garan- perigos
tir segurança contra novos
os riscos mecânicos:
Uma proteção perde
Pr ev enir contato seu objetivo quando cria em si um perigo adi-
cional, tal como um ponto de cisalhamento,
A proteção tem que impedir ou prevenir uma extremidade dentada ou uma superfície
que as mãos, braços ou qualquer parte do inacabada. Sistemas de alimentação automá-
corpo ou vestimenta de um trabalhador tica como robôs, podem ser usados como pro-
entre em contato com as partes móveis teção desde que o movimento de seus braços
perigosas, eliminando a possibilidade de por exemplo não representem riscos aos traba-
acidentes. lhadores.
-13-
Análise de riscos
-14-
tar qualquer impacto que possa receber, garan- completamente o acesso do operador ao ponto
tindo uso prolongado. Barreiras ou proteções de operação.
fixas devem ser presas à máquina por meio de A Figura 9 mostra uma proteção fixa com
parafusos, porcas etc, de modo que só possam chapa e grade que protege uma correia e uma
ser retiradas com o uso de polia de uma unidade de
ferramentas. Por causa da 9 P ROTEÇÃOOU BARREIRA FIXA transmissão de força.
EMUMJOGO DEPOLIAS E CORREIAS
sua simplicidade e perma- Um painel de inspeção
nência são normalmente superior é previsto para
preferíveis a todos os minimizar a necessidade
outros tipos de proteção de remoção da barreira.
(ver Quadro 1). Barreiras Telas podem minimizar o
fixas construídas com aquecimento dos com-
material vazado como ponentes.
telas, grades, etc devem Na figura 10 são
ser construídas respei- mostradas proteções
tando as distâncias de fixas em uma serra de
segurança. Segundo a Norma Brasileira NBR fita. Estas barreiras protegem os operadores
13928 (1997) as proteções devem ser projeta- das polias giratórias e da lâmina móvel. Normal-
das, construídas e posicionadas de forma a mente, a única ocasião de retirada ou abertura
impedir que qualquer parte das barreiras seria para
do corpo atinja a área de uma troca de lâmina ou
10
perigo. Distâncias de para manutenção.
PROTEÇÕES
Segurança e aberturas FIXAS
devem obedecer a NBR APLICADAS Barreiras ou Proteções
EMUMA
13761(1996). Por exemplo SERRADE interligadas
FITA
uma malha de uma tela ou de intertravamento
quadrada usada em uma
barreira ou proteção fixa Quando as barreiras
não pode permitir a passa- ou proteções interligadas
gem de um dedo para pro- são abertas ou são remo-
teger o acesso de mãos vidas, o mecanismo de
em uma zona de risco. acionamento e ou de
A barreira ou proteção potência automatica-
fixa pode ser usada, por mente desliga ou desen-
exemplo, em uma prensa gata, impedindo o funcio-
mecânica, quando fecha namento da máquina ou
completamente o ponto de o término de um ciclo, até
operação. O material é ali- que a barreira regresse à
mentado lateralmente, com a retirada de peças sua posição fechada. Porém, recolocando a prote-
ao centro e com a saída de retalhos pelo lado ção na posição fechada a máquina não deve auto-
oposto. A Figura 21 mostra um sistema de ali- maticamente reiniciar seu funcionamento. Barreiras
mentação automático em uma prensa mecâ- interligadas podem usar mecanismos de aciona-
nica, com proteção tipo barreira fixa que impede mento elétricos, mecânicos, hidráulicos ou pneu-
-15 -
Análise de riscos
máticos, ou qualquer 11 PROTEÇÃO INTERLIGADA A Figura 12 mostra
EMUMAMÁQUINADEDESBASTE
combinação destes. uma proteção ajustável tipo
IND . TÊXTIL
Um exemplo de telescópica, usada para
uma barreira interligada proteger o movimento da
é mostrado na figura lâmina de uma serra de fita.
11. O mecanismo bate-
dor de uma máquina de Barreiras ou proteções
desbaste (usada na auto - ajustáveis
indústria têxtil) é coberto
por uma barreira interli- As aberturas das barrei-
gada. Esta barreira não ras auto- ajustáveis são
pode ser levantada com determinadas pelo movi-
a máquina em funciona- 12 mento do material. À medida
mento. A máquina só que o operador move o
pode ser reiniciada com material para a área de risco,
a barreira na posição a proteção é puxada para
fechada. Outro exem- trás ou para cima, possibili-
plo são as barreiras tando uma abertura que é
deslizantes ou portas grande o suficiente somente
utilizadas nas máquinas para o material. Depois que
injetoras de plástico. PROTEÇÃO o material é removido, a pro-
AJUSTÁVEL
Quando a porta é TIPO TELES- teção retorna à posição de
CÓPICAEM
aberta, possibilitando o UMASERRA
descanso. A Figura 13
acesso à zona de pren- DEFITA mostra uma serra de braço
sagem, o dispositivo de radial com barreira tipo coifa
potência da máquina é auto – ajustável. Assim que a
desligado, sendo utiliza- 13 lâmina é empurrada ao
das duas chaves elétri- material, a proteção move
cas de fim de curso para cima, ficando em con-
para cada porta, além tato com o mesmo.
de uma válvula hidráu-
lica e uma proteção Proteção com
mecânica adicional que dispositivos
impede o fechamento
P ROTEÇÃO
do molde com a porta AUTO- A JUSTÁVELEM Há cinco tipos básicos
aberta (NBR 13.536, UMASERRADEDISCO de dispositivos de segu-
1995). rança conforme resumido
no Quadro 2 (página 21).
Proteção ajustável.
Dispositivos sensores de posição
Barreiras ou proteções ajustáveis permitem
flexibilidade acomodando vários tamanhos de São apresentados a seguir três tipos de dis-
materiais. positivos sensores que param a máquina ou
- 16-
QUADRO 1
Proteção n Assegura uma n Pode ser cons- n Operador pode entrar na zona
ajustável barreira que pode truída para se adaptar de risco. A proteção pode não
ser ajustada para a muitas aplicações ser completa em todo momento
facilitar uma varie- específicas n Pode requerer manutenção e
Proteção n Assegura uma bar- n Podem ser encon- n Nem sempre asseguram uma
auto- reira que move de tradas avulso para proteção máxima
ajustável acordo com o tama- venda no mercado n Podem interferir na visibilidade
-17 -
Análise de riscos
interrompem o ciclo de trabalho quando um tra- obstrução que a impede de se posicionar a
balhador ingressa na zona de perigo: uma distância predeterminada, o circuito de
☛ O Dispositivo fotoelétrico é um dispositivo controle não aciona o ciclo de máquina. Figura
óptico detetor de presença, que usa um sis- 15 mostra um dispositivo sensor eletro-mecâ-
tema de fontes luminosas e controles que nico em uma máquina de ilhós. A sonda sen-
podem interromper o ciclo de operação da sora em contato com o dedo do operador
máquina. Se o feixe de luz é interrompido pela também é mostrada.
presença de uma pessoa, a máquina pára e ☛ Dispositivos de arraste ou de restrição – São
não irá operar. Este dispositivo deve ser usado dispositivos que utilizam uma série de cabos
somente em máquinas que podem ser paradas presos `as mãos ou pulsos do operador, e são
antes que o trabalhador usados principalmente
alcance a área de perigo. 14 DISPOSITIVO em máquinas com ação
F OTOELÉTRICO
Isto exige que a máquina SENSOR DE de pistões ou martelos.
POSIÇÃO
tenha uma embreagem EMUMA
Quando o martelo vai
de fricção ou outro meio PRENSA para cima, é permitido
MECÂNICA
eficaz de freio para parar acesso do operador ao
de modo imediato. A ponto de operação.
Figura 14 mostra um dis- Quando o martelo
positivo fotoelétrico começa a descer, um
sensor de presença, encadeamento mecânico
usado em uma prensa assegura automatica-
mecânica. mente a retirada das
☛ Dispositivo de pre - mãos do ponto de opera-
sença por capacitor de ção. Possuem muita
15
rádio-freqüência usa um resistência ao seu uso
feixe de ondas eletromag- devido ao aprisiona-
néticas que é parte do cir- mento literal do trabalha-
cuito de controle da dor à máquina.
máquina. Quando o
campo capacitante é Dispositivos de controle
interrompido, a máquina de segurança
pára ou não é acionada. DISPOSITO S ENSOR
DEPOSIÇÃO
Este dispositivo só deve ELETRO-MECÂNICO Todos estes dispositi-
EMUMAMÁQUINADE
ser usado em máquinas COSTURA
vos de controle de segu-
que podem ser paradas rança são ativados
antes que o trabalhador possa alcançar a área manualmente e devem ser reajustados para rei-
de perigo. Isto exige que a máquina tenha uma niciar manualmente a máquina:
embreagem de fricção ou outro meio eficaz ☛ Controle de Segurança por impacto como
para parar. barras de pressão, barras de impacto e cordas
☛ O dispositivo sensor electro-mecânico tem de impacto são controles manuais que propor-
uma sonda ou barra de contato que se posi- cionam meios rápidos para desativar a máquina
ciona a uma distância predeterminada quando em uma situação de emergência.
o operador inicia o ciclo de máquina. Se há uma ☛ Barras de pressão são sensores que
-18 -
quando pressionados, 16 BARRADE 18 mostra uma enroladeira
SEGURANÇA
irão desativar a equipada com este tipo de
EMUMA
máquina no caso do CALANDRADE controle.
BORRACHA
operador ou qualquer ☛ Controles bi-manuais
pessoa tropeçar, perder requerem pressão simultâ-
o equilíbrio ou ser nea e constante das duas
jogado para a máquina. mãos do operador para
O posicionamento da acionar a máquina, até que
barra é importante, pois termine o seu movimento
deve parar a máquina de risco. Quando instalado
17
antes que uma parte do em prensas mecânicas a
T RIPÉDE
corpo alcance a área de DESENGATE
fricção, estes controles
perigo. A Figura 16 DESEGU - usam uma embreagem de
RANÇA
mostra uma barra de EMUMA ciclo parcial e um monitor
CALANDRA
pressão localizada na de freio, como mostrado na
frente de um misturador Figura 19. Com este tipo
de borracha (calandra). de dispositivo, as mãos do
☛ Dispositivos de Segu - operador são mantidas em
rança tipo Vareta de uma localização segura
Desengate são dispositi- (em botões de controle) e a
18
vos que desativam a uma distancia de segurança
C ABOS
máquina quando aperta- da área de perigo, enquanto
DE
dos pela mão. Asua locali- SEGURANÇA a máquina completa seu
EM
zação é muito importante ENROLADEIRA
ciclo final. Para prensas tipo
pois elas têm de ser acio- de engate por chaveta, por
nadas pelo operador não possuir sistema de freio
durante uma situação de e por apresentar falhas
emergência. A conhecidas como
Figura 17 mostra “repique”, devem
19
uma vareta de possuir a zona de
COMANDO
desengate localizada BI -MANUAL
operação fechada e
sobre uma calandra EMUMA o controle bi-manual
PRENSA
de borracha. MECÂNICA não é um dispositivo
☛ Cabos de segu - de segurança
rança são localiza- válido.
dos ao redor do ☛ Portas são dispo-
perímetro, ou pró- sitivos de controle
ximo à área de risco de segurança que
e tem a função de possuem uma bar-
parar a máquina, reira móvel que pro-
quando acionados. tege o operador no
O operador deve poder alcançar o cabo com ponto de operação antes que dê início ao ciclo
qualquer mão para parar a máquina. A Figura da máquina. Portas são projetadas freqüente-
- 19-
Análise de riscos
mente para serem operadas com cada ciclo da localização, se for garantida uma distância de
máquina. A Figura 20 mostra uma porta em segurança para proteger as mãos do trabalha-
uma prensa mecânica. dor. Um triturador de
20
Se a porta não estiver alimentos de cozinha
na posição completa- industrial ou da indus-
mente fechada a tria de alimentos deve
prensa não irá funcio- ter seu cone com com-
nar. Outra aplicação de primento tal que a mão
portas é o uso como do operador não
um componente de sis- possa alcançar a zona
tema de segurança de PORTA DE de risco.
SEGURANÇA
um perímetro de segu- NAZONADE
Controle de posi-
rança onde as portas OPERAÇÃODE cionamento. O posi-
UMAPRENSA
ou cancelas garantem cionamento do opera-
a proteção para os dor de uma cabine de
operadores e para o tráfego de pedestres. Os controle apresenta o potencial de proteção atra-
elevadores de carga, nas obras da construção vés da localização. A cabine de operação pode
civil devem dispor de cancelas que só abrem ser localizada a uma distância segura da
quando a caçamba do elevador estiver no nível. máquina, se não existe necessidade do opera-
O elevador por outro lado só se movimenta dor estar acompanhando de perto a mesma.
quando a cancela estiver na posição fechada.
Métodos de alimentação
Proteção pela localização e extração de segurança:
ou pela distância
Muitos métodos de alimentação e de extra-
Para proteger uma máquina através da ção do material não exigem que os operadores
localização, a máquina ou suas partes móveis coloquem as mãos na área de perigo. Em
perigosas devem ser de tal modo posicionadas alguns casos o trabalhador não tem nenhum
que as áreas perigosas não sejam acessíveis envolvimento com a máquina depois que é
ou não apresentam um perigo para o trabalha- dada a partida e regulagem da mesma. Em
dor durante a operação normal da máquina. outras situações os operadores necessitam ali-
Isto pode ser conseguido com paredes de mentar manualmente o material ou com a ajuda
fechamento, com uma localização planejada, de um mecanismo de alimentação. Alguns
ou com cercas que impedem o acesso às métodos de alimentação e de extração podem
máquinas. Outra possibilidade é localizar as criar riscos adicionais, tais como o robô que
partes perigosas no alto o bastante (acima de pode criar um perigo adicional pelo movimento
2,50m. acima do piso ou plataforma) para estar de seu braço (Ver Quadro 3)
fora do alcance normal de qualquer trabalhador. O uso de um dos cinco métodos seguintes
Seguem alguns exemplos de aplicação do de alimentação e de extração, não elimina a
princípio de proteção através da localização necessidade de outras barreiras ou outros dis-
com distância de segurança. positivos, que devem ser usados na medida do
Processo de alimentação . O processo de necessário para assegurar a proteção contra os
alimentação pode ser protegido através de riscos mecânicos.
-20 -
QUADRO 2
Célula n Máquina não dá partida n Possibilita n Não protege contra falhas mecâni-
Fotoelétrica quando o campo de luz é liberdade de cas da máquina
interrompido movimento ao n Pode requerer constante alinha-
n Ao acessar a zona de operador mento e calibração
risco, interrompe-se o n Vibração excessiva pode causar
feixe de luz, acionando obstrução de filamentos e destrui-
imediatamente o sistema ção prematura
de freio n Limitado a máquinas que podem
parar antes de completar o ciclo
Capacitor n Máquina não dá partida n Possibilita n Não protege contra falhas mecâni-
de Rádio- quando o campo capaci- liberdade de cas da máquina
freqüência tor é interrompido movimento ao n Sensibilidade da antena deve ser
n Ao acessar a zona de operador adequadamente ajustada
risco, interrompe-se o n Limitado as máquinas que podem
campo capacitor, acio- parar antes de completar o ciclo
nando imediatamente o
sistema de freio
- 21-
Análise de riscos
Controle n Uso concorrente das n Mãos do ope- n Requer uma máquina de ciclo par-
bi-manual duas mãos é requisitado rador estão a cial com freio (não se aplica a
prevenindo o acesso do uma distância prensa mecânica com chaveta)
operador na zona de risco pré – determi- n Alguns controles podem ser anula-
nada fora da dos pelo braço ou bloqueados, pos-
zona de risco sibilitando o acesso de uma mão na
n As mãos do zona de risco
operador ficam n Protege somente o operador
livres após que n Pode requerer afixação especial
uma metade do Pode ser danificado com vibração
ciclo é comple- da máquina
tada
Porta/ n Assegura uma barreira n Pode prevenir n Pode requisitar inspeção e manu-
cancela entre área de risco e o o acesso ou a tenção freqüente
operador ou outras pes- entrada dentro n Pode interferir na visibilidade
soas da área de risco
Alimentação automática 21
Alimentação
Semi-automática
AAlimentação automá-
tica reduz a exposição do Com a alimen-
operador durante o pro- tação semi-automá-
cesso de trabalho, e fre- tica, como no caso
qüentemente não requer de uma prensa
nenhum esforço do mesmo ALIMENTAÇÃOAUTOMÁ- mecânica, o opera-
após a programação e fun- TICAEMUMAPRENSA dor usa um meca-
MECÂNICACOMZONADE
cionamento da máquina. A OPERAÇÃOFECHADACOM nismo para colocar
PROTEÇÃOFIXA
prensa mecânica na a peça que é pro-
Figura 21 tem um meca- cessada debaixo do
nismo de alimentação automática com uma pro- martelo a cada golpe. O operador não precisa
teção fixa transparente na área de risco. acessar a área de perigo, e a área de perigo é
-22 -
completamente fechada. A Figura 22 mostra então prende a peça processada e empurra a
uma alimentação por rampa onde cada peça é peça em uma rampa de descarga. Quando o
colocada manual- martelo abaixa para a
mente. A alimenta- 22 próxima prensagem, o
ção com rampa incli- ALIMENTAÇÃOEM prato extrator move para
nada em uma prensa PLANOINCLINADOEM fora da área de atuação.
UMAPRENSA – AS
facilita a centraliza- MÃOS E DEDOSFICAM
FORADAZONADE
ção da peça, que OPERAÇÃO
Extração
desliza para o interior Semi-automática
da zona de prensa-
gem, e pode também De modo análogo à
simplificar o pro- alimentação semi-auto-
cesso de extração. mática vários mecanis-
Outros tipos de ali- mos como gaveta, prato
mentação semi-auto- giratório, ou braço
mática incluem ali- empurrador podem
mentação por 23 EXTRAÇÃO ser usados para reti-
AUTOMÁTICA
gaveta, por tambor COMPRATO rar as mãos da área
EXTRATOR
giratório e bascu- de risco, desde que a
lante. Todas podem zona de operação
assegurar o seja fechada para a
ingresso do mate- entrada das mãos e
rial para a zona de dedos do operador.
operação, que por
sua vez deve ser Robôs
fechada impedindo o 24 ALIMENTAÇÃO
acesso das mãos do AUTOMÁTICACOM São dispositivos comple-
ROBÔ COMÁREA
operador. DEMOVIMENTAÇÃO xos que alimentam e retiram
PROTEGIDA
peças das máquinas,
POR
Extração automática CERCA montam peças, transferem
objetos ou executam traba-
Extração automá- lhos anteriormente feitos por
tica pode empregar um operador, eliminando
ar comprimido ou um deste modo a exposição do
aparato mecânico operador a perigos. Eles são
para remover a peça usados em processos de
pronta de uma prensa, e pode ser interconec- alta produção que requerem rotinas repetitivas,
tada com os controles operacionais para preve- podendo proteger os operadores contra outros
nir a operação da máquina até que a extração perigos. Robôs podem criar riscos adicionais,
seja concluída. O mecanismo tipo prato extrator sendo necessário a instalação de proteções
mostrado na Figura 23 move sobre a peça específicas. A Figura 24 mostra um exemplo de
pronta assim que ocorre o levantamento do um robô alimentando uma prensa protegido por
martelo para a posição superior. O extrator uma cerca e cancela de segurança.
-23 -
Análise de riscos
QUADRO 3
Extração n Peças prontas são n Elimina a n Pode criar um risco com cavacos
automática extraídas por sopro de ar necessidade de arremessados
ou por outros meios envolvimento n O tamanho do material pode limi-
mecânicos do operador na tar o uso do método
zona de risco n Sopro de ar pode causar ruído
Extração n Peças trabalhadas são n Operador não n Outras proteções são requeridas
semi-auto- extraídas por meio mecâ- necessita entrar para a proteção do operador
mática nico que são iniciados na área de risco n Podem não ser adaptáveis à
pelo operador para retirar variação do material trabalhado
peça pronta
Robôs n Realizam o trabalho n Operador não n Pode criar riscos adicionais neces-
feito pelo operador necessita entrar sitando de proteções específicas
na zona de n Requer manutenção máxima
risco n Se aplicam somente em opera-
n São desejá- ções específicas
veis em opera-
ções com fato-
res altamente
estressantes,
como ruído e
calor excessivos
-24 -
Outros Mecanismos mãos do disco, a alavanca de empurrão ou blo-
auxiliares de proteção queio pode garantir uma margem de segurança
ao operador.
Embora estes mecanismos auxiliares não
garantam a proteção completa dos riscos em MANUTENÇÃO PREVENTIVA
máquinas, eles podem proporcionar para os E PREDITIVA
operadores uma margem extra de segurança. É
necessário um julgamento cuidadoso na aplica- Além de aumentar o tempo de vida da
ção e uso dos mesmos. máquina, a manutenção preventiva e preditiva
(que se baseia no tempo de vida útil dos com-
Barreiras de advertência ponentes) é fundamental para assegurar a efe-
tividade dos dispositivos de segurança. A
Barreiras de advertência não garantem pro- manutenção preditiva e preventiva pode asse-
teção física, mas servem só para advertir os gurar que componentes como uma chave de
operadores que eles estão se aproximando da fim de curso de uma porta de segurança por
área de perigo. exemplo, seja substituída antes da sua danifi-
cação, evitando assim a ocorrência de aciden-
Escudos tes. Um programa de manutenção voltado para
a segurança das máquinas deve ser documen-
Podem ser usados escudos para assegurar tado em ficha, formulário específico ou livro
a proteção contra arremesso de partículas ou para cada máquina, que contenha minima-
cavacos, respingos de fluí- mente: data da revisão; ser-
dos, de metal ou gotículas. viços e trocas efetuadas;
25 E SCUDOSDEPROTEÇÃO
A Figura 25 mostra duas EMMÁQUINAS recomendação de data para
aplicações potenciais. próxima revisão; nome e
assinatura dos responsá-
Ferramentas manuais veis pelo serviço e autoriza-
ção ou permissão para o
Ferramentas manuais funcionamento da máquina.
são usadas para colocar e A atividade de manuten-
remover peças do ponto ção e teste da máquina
de operação de uma máquina. Diversos tipos expõe os trabalhadores desta atividade a riscos
podem existir com esta finalidade: alicates, específicos que não estão presentes na rotina
pinças, ganchos magnéticos. As ferramentas de funcionamento da máquina. Em algumas
manuais são considerados complementos de situações o trabalhador de manutenção tem
segurança e não devem substituir outras prote- que ingressar com o corpo inteiro na zona de
ções de máquina. operação de uma máquina. Para a realização
da tarefa de manutenção, todas as fontes de
Alavancas de empurrão ou bloqueio energia devem estar em situação neutra. Tais
fontes são a energia elétrica, fluídos hidráulicos
As alavancas podem ser usados para ali- sobre pressão, ar comprimido, molas, partes
mentar uma máquina, como uma serra de suspensas escoradas e outras fontes que
disco. Quando é necessário a proximidade das podem gerar um movimento mecânico inespe-
-25-
Análise de riscos
rado (SILVA,1995). Nestas situações é também Associação Brasileira de Normas Técnicas
importante que o operador possua o controle ABNT - Principais Normas de Segurança de
absoluto da energização do equipamento, Máquinas:
(recomenda-se a posse, pelo operador de ☛ Dispositivos de intertravamento associados
manutenção, de chave de acesso ao sistema a proteções, princípios para projeto e seleção
de acionamento, de modo a impedir o aciona- (NBR 13929/97);
mento acidental da máquina por terceiros). ☛ Dispositivos de comando bi-manuais aspec-
Quando forem realizados testes que necessi- tos funcionais e princípios para projetos (NBR
tam da energização da máquina, medidas adi- 14152/98);
cionais como calços ou barreiras mecânicas ☛ Distâncias de segurança para impedir o
provisórias podem ser necessárias para o acesso a zonas de perigo pelos membros supe-
ingresso do trabalhador em zona de risco. riores (NBR 13761/96);
☛ Distâncias de segurança para impedir o
BASES LEGAIS E NORMAS acesso a zonas de perigo pelos membros infe-
NACIONAIS SOBRE SEGURANÇA riores (NBR 13758/96);
DE MÁQUINAS ☛ Equipamentos de parada de emergência –
Aspectos funcionais – princípios para projeto
Convenção 119 da Organização Internacio- (NBR 13759/96);
nal do Trabalho – OIT de 25 de Junho de 1963 ☛ Princípios para avaliação de riscos (NBR
e Promulgada no Brasil pelo Decreto 1255 /94 : 14009/97);
Prevê que os países signatários deverão proibir ☛ Folgas mínimas para evitar esmagamento
a venda , a locação e utilização de máquinas de partes do corpo humano (NBR 13760/96);
que apresentem riscos aos usuários, decorren- ☛ Partes de sistemas de comando relaciona-
tes dos movimentos mecânicos perigosos tais das a segurança (NBR 14153/ 98);
como partes móveis, zonas de operação e ☛ Prevenção de partida inesperada (NBR
transmissão de força. 14154/98);
A Norma Regulamentadora nº 12 da Porta- ☛ Redução dos riscos à saúde resultantes de
ria nº 3214/1978 do Ministério do Trabalho e substâncias perigosas emitidas por máquinas
Emprego - “Máquinas e equipamentos” estabe- (NBR 14191 – 1/98);
lece critérios básicos sobre: ☛ Requisitos gerais para o projeto e constru-
☛ as instalações e áreas de trabalho das ção de proteções fixas e móveis (NBR
máquinas; 13928/97);
☛ os dispositivos de acionamento de partida e ☛ Temperatura de superfícies acessíveis –
parada de emergência das máquinas; dados ergonômicos (NBR 13970/97);
☛ sobre a proteção de máquinas; ☛ Prensas Mecânicas: requisitos de segurança
n sobre mesas e assentos; (NBR 13930/97);
☛ sobre a proibição da fabricação, importação, ☛ Máquinas Injetoras para plástico e elastôme-
venda e locação de máquinas sem os dispositi- ros – requisitos técnicos de segurança para pro-
vos de segurança; jeto, construção e utilização (NBR– 13536/95);
☛ sobre a manutenção e operação de máquinas; ☛ Máquinas de moldagem por sopro para arti-
☛ Em seus anexos I e II estão normatizados gos ocos de termoplástico – requisitos técnicos
respectivamente os dispositivos de segurança de segurança para projeto e construção (NBR
para Motosserras, e para Cilindros de Massa. 13996/97);
-26 -
☛ Condições de Segurança em Tupia (NBR Capítulo II: Da Seguridade Social, Seção II: Da
13181/ 94); Saúde);
☛ Cilindros de massa alimentícia – requisitos Lei Federal 8080 – 1990 – compete ao
de segurança (NBR 13865/97). SUS a participação na normatização, fiscaliza-
Constituição Federal – 1988 : passa a atri- ção e controle das condições da produção,
buir também ao Sistema Único de Saúde – extração, armazenamento, transporte, distri-
SUS, através de ações descentralizadas para buição e manuseio de substâncias, de produ-
os Estados e Municípios e com participação da tos, de máquinas e de equipamentos que
sociedade, ações de Vigilância em Saúde do representam riscos à saúde do trabalhador
Trabalhador (Título VIII: Da Ordem Social, (Artigo 6º, § III).
1) Riscos Mecânicos
-27 -
Análise de riscos
2) No ponto de operação da máquina (onde a máquina executa o trabalho a que se destina) existe
ação de:
corte
puncionamento
cisalhamento
dobra
-28 -
5) Outros movimentos de risco
Existem outros movimentos de risco ou possibilidade de arremesso de materiais ?
c Sim c Não
Em caso positivo existe alguma barreira ou mecanismo de proteção para prevenir contra esses
riscos ?
c Sim c Não
Em caso positivo, que tipo de proteção é usada?
..............................................................................
..............................................................................
..............................................................................
6) Parada de emergência
Existem sistemas de parada de emergência?
c Sim c Não
Estes sistemas de parada de emergência estão acessíveis e ao alcance do trabalhador?
c Sim c Não
Quando acionados eles bloqueiam imediatamente o ciclo da máquina? (verificar na prática)
c Sim c Não
No caso de cilindros giratórios, a parada de emergência desengata os cilindros revertendo o movi-
mento de risco?
c Sim c Não
7) Manutenção:
A empresa realiza manutenção:
c Preditiva c Preventiva c Corretiva c outros
Existe um livro, ficha ou controle específico da manutenção de cada máquina?
c Sim c Não
Os profissionais que executam as atividades de manutenção são credenciados para esta ativi-
dade?
c Sim c Não
É anotado o nome e profissão do responsável pelos serviços?
c Sim c Não
Existe uma autorização formal de liberação para o funcionamento da máquina?
c Sim c Não
É indicada uma data para a próxima revisão?
c Sim c Não
Amanutenção é feita com a máquina parada e desligada e com todas formas de energia anula-
das?
c Sim c Não
Existem medidas especiais de segurança para as atividades de manutenção?
c Sim c Não
Quais?: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
..............................................................................
..............................................................................
- 29-
Análise de riscos
8) Capacitação em segurança
Os operadores de máquina são devidamente capacitados nos aspectos de segurança ?
c Sim c Não
Quantas horas é dedicado ao curso?
..............................................................................
É emitido um certificado formal de capacitação?
c Sim c Não
OUTROS
RISCOS NA Temperaturas
MÁQUINA extremas
- 30-
Verificar a existência de extintores de incên- feixes de neutrons. Alguns raios são utilizados
dio específicos para cada classe de fogo. em controle de qualidade de materiais.
Verificar se existem barreiras especiais que
Emissão de poeiras ou gases impeçam a exposição dos operadores.
Verificar existência de equipamentos de
Verificar se a máquina emite partículas ou avaliação de dose de exposição (dosímetros) e
gases ou névoas nocivas ou incômodas se existe monitoramento médico específico.
Neste caso verificar a existência ou neces- Radiações Não Ionizantes – Verificar a exis-
sidade de instalação de sistema de ventilação tência de fontes de radiação como raios lumino-
local exaustora, como proteção coletiva aos tra- sos de corte e solda, raios ultravioleta e infra-
balhadores. Os efluentes gasosos que repre- vermelho, radiações eletromagnéticas de radio-
sentam riscos só podem ser emitidos para a frequência, de microondas.
atmosfera após retenção de poluentes.
Medidas de controle médico específico Riscos
podem ser necessárias quando ocorre exposi- biológicos
ção dos operadores a poeiras e gases.
Verificar se a máquina ou equipamento é
Ergonomia utilizada para manipulação de material bioló-
gico, sangue, vírus, bactéria, fungos, etc.
Verificar se a máquina se adequa às Verificar existência de medidas de isola-
características e necessidades dos operado- mento ou controle coletivo. Podem ser neces-
res. Verificar se a operação da máquina sários medidas de ordem médica como vacina-
exige movimentos com excesso de força, ção dos operadores por exemplo.
movimentos repetitivos, posição estática e
ou incômoda ao trabalhador, existência de Riscos
quinas ou saliências que forçam grupos mus- elétricos
culares. Podem ser necessárias medidas de
organização do trabalho como pausas regu- Verificar se trabalhadores ficam em contato
lares de 10 minutos para cada hora traba- com alguma parte energizada (contato direto)
lhada, proibição de prêmios de produtivi- ou a ocorrência de falhas na máquina pode pro-
dade, minimização de jornada ou proibição vocar descarga elétrica em seus componentes.
de horas extras no caso de risco ergonômico Verificar se a máquina é aterrada e se existe
elevado. Verificar condições do mobiliário, malha de aterramento adequada.
existência de assentos adequados. Trabalho Verificar se o sistema de acionamento elé-
em pé requer bancos para os momentos de trico é protegido de modo a evitar sobrecargas
pausa. Outras exigências devem ser verifica- ou faíscas (acionamento deve ser feito com
das como esforço visual e iluminação, umi- chave blindada e não com chave de faca).
dade etc.
Trabalho em altura/
Radiações riscos de queda
-31-
Análise de riscos
de grande porte podem exigir que o operador derrapantes, sistema de guarda corpo e
acesse locais elevados para operação, inspe- rodapé e escadas fixas, com corrimão para
ção ou limpeza. Estes locais devem ser provi- acesso. Os pisos no solo devem ser regulares
dos de plataformas adequadas, pisos anti - e limpos.
-32 -
Referências Bibliográficas
-33 -
-34 -
Rua Caetano Pinto, 575 - Brás
São Paulo - CEP 03041-000
Tel.: (0XX11) 3272 9411
ramais: 153 e 291
Fax: (0XX11) 3272 9610
Homepage: www.instcut.org.br
E-mail: inst@instcut.org.br
Diretor responsável
Remigio Todeschini
EQUIPE TÉCNICA
Coordenador executivo
Domingos Lino
Consultor técnico
Nilton Freitas
Assessores técnicos
Fátima Pianta
Luiz Humberto Sivieri
EQUIPE DE FORMAÇÃO
Escola São Paulo
São Paulo/SP
Escola Sul
Florianópolis/SC
Escola Sete de Outubro
Belo Horizonte/MG
CENTRALÚNICADOS TRABALHADORES
Escola Centro Oeste
Rua Caetano Pinto, 575 - Brás - CEP03041-000 - São Paulo - SP- BRASIL
Goiânia/GO
Tel.: (0XX11) 3272 9411 - Fax: 3272 9610
Escola Marise Paiva de Moraes Homepage: www.cut.org.br - E-mail: executiva@cut.org.br
Recife/PE
Escola Amazonas
Belém/PA
EXECUTIVA NACIONAL DACUT - 1997/2000
Escola Chico Mendes Presidente: João Antonio Felício. Vice-Presidente: Mônica Valente.
Porto Velho/RO Secretário Geral: Carlos Alberto Grana . Primeiro Secretário: Remígio
Todeschini. Tesoureiro: João Vaccari Neto. Secretário de Relações
Capa Internacionais: Kjeld Aagaard Jakobsen. Secretária de Política Sindical:
Marco Godoy Gilda Almeida de Souza. Secretário de Formação: Altemir Antonio Tortelli.
Projeto gráfico e diagramação Secretária de Comunicação: Sandra Rodrigues Cabral. Secretário de
PIXEL Comunicação e Design Políticas Sociais: Pascoal Carneiro. Secretário de Organização: Rafael
Freire Neto. Diretoria Executiva: José Jairo Ferreira Cabral, Maria
Fotolito Ednalva Bezerra de Lima, Elisangela dos Santos Araújo, Luzia de Oliveira
Kingpress Fati, Rita de Cássia Evaristo, Lúcia Regina dos Santos Reis, Jorge Luis
Martins, Lujan Maria Bacelar de Miranda, Temístocles Marcelos Neto, José
Impressão
Maria de Almeida, Júnia da Silva Gouvêa, Wagner Gomes, Gilson Luis
Kingraf - gráfica e editora
Reis, Júlio Turra. Suplentes: José Gerônimo Brumatti, Francisco Alano,
Aldanir Carlos dos Santos, Wanderley Antunes Bezerra, Rosane da Silva,
OUTUBRO 2000 Dirceu Travesso, Mônica Cristina da S. Custódio.