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Estudo Completo - Carta Aos Efésios PDF
Estudo Completo - Carta Aos Efésios PDF
A MENTE DE PAULO
Epístolas da Prisão – Estudo da Carta aos Efésios
Esta epístola é destinada aos santos e fiéis em Cristo Jesus. E é uma descrição
inspirada da vivência com Cristo e com o Espírito Santo, e do propósito de Deus
para o mundo através da igreja.
Capítulo I
Deus tem nos abençoado em Cristo. Este trecho apresenta diversos fatos
importantes sobre o plano eterno de Deus para nossa salvação. Entre eles:
V: 7-9 - Deus nos concedeu sua gloriosa graça no seu amado Filho. A história da
salvação é uma história de graça e amor. Temos a redenção/remissão dos pecados
pelo sangue de Cristo. “... sem derramamento de sangue, não há remissão". Deus
derramou sobre nós abundantemente sua rica graça pela revelação de sua
vontade. Deus nos oferece a salvação que ele preparou desde a eternidade.
V: 12 - A mesma salvação que Deus ofereceu aos judeus foi também concedida
aos gentios (são todos aqueles que não são Judeus, somos nós). Eles foram
selados com o mesmo Espírito da promessa (marca da Promessa). Judeus e
gentios recebem a salvação da mesma fonte e pertencem ao mesmo Espírito.
Para se ter uma vida cristã saudável, é de vital importância seguir o exemplo de
Paulo. Se conservamos juntos o louvor (gratidão) e a oração, nos ajudará a manter
o nosso equilíbrio espiritual.
Muitas pessoas confiam na oração, mas não entendem o poder dela. O poder não
está na oração em si, nem na pessoa que a faz. O poder permanece naquele que
ouve e responde às orações (Efésios 3:20). Eu creio no poder da oração!
A essência da oração de Paulo aos efésios é “para saberdes” (v:18). Assim Paulo
reúne três grandes verdades que deseja que saibamos.
Para que Deus nos chamou? Seu chamamento não era algo sem sentido ou sem
propósito. Deus tinha um objetivo quando nos chamou: para termos comunhão com
Cristo, sermos santos e livres do pecado, para termos um novo estilo de vida e
para o seu Reino e Glória.
A segunda parte da oração de Paulo é para que saibamos a riqueza da sua herança
nos santos. Se o chamamento de Deus aponta para o começo da nossa vida cristã,
a herança de Deus aponta para frente, para o seu fim. Somos herdeiros de Deus
e Co-herdeiros com Cristo.
Capítulo II
Paulo também usa a expressão “Éramos por natureza filhos da ira”. A palavra
natureza indica nossa condição natural, quando deixados por conta própria. E
filhos da ira significa que todos os homens estão pelo seu pecado, exposto à ira
divina. E esta ira não é como a do homem, ou seja, não é mau humor e nem
vingança; ela é apenas a reação divina a apenas um único fato: o mal ou o pecado.
Mas quem crê no Filho tem a vida eterna, e o que se mantém rebelde, virá sobre
ele a ira de Deus.
A ira de Deus é descrita de uma maneira sentimental na história do filho pródigo.
Fugindo de casa ele busca seus próprios prazeres, e escravizando-se neles. Mas
longe de casa, está o seu pai esperando. É uma ira cheia de amor, mas que não
pode atravessar aquela distância até que o filho amado caia em si (o que a bíblia
chama de arrependimento).
V:5- Deus nos deu vida com Cristo; no original (vitalizados com Cristo). Se nós
em nossa morte nos reconhecemos como mortos, podemos nos aliar com o corpo
inerte de Jesus no túmulo para sentirmos a mesma força que levantou Jesus para
novidade de vida. A nossa morte em pecado é cancelada pela mesma força que
cancelou o poder que deteve Jesus no sepulcro.
V:6- “juntamente com Ele nos ressuscitou”. Este poder da ressurreição é uma
força que nos transforma, do interior para fora. E “nos faz assentar nos
lugares celestiais em Cristo”, no seu trono. Desse trono emana toda a força que
vence o pecado, a morte e a força satânica. Este poder estar ao nosso alcance
porque Cristo venceu todas as forças escravizadoras. Assumindo a nossa culpa, se
fazendo pecado por nós. Ele foi identificado com os transgressores, (Is 53), mas
por ter vencido, nos oferece participação em sua conquista. Por isso Paulo afirma
que somos mais que vencedores.
Deus nos salvou, para que, de agora em diante andemos realizando boas obras. A
bíblia diz que por onde Jesus andava, Ele ia fazendo o bem. As boas obras aqui
mencionada, nos falam de um novo estilo de vida, no qual nosso propósito é o de
produzir bons frutos.
Não há aqui qualquer idéia de realizar boas obras para a salvação. Não somos
salvos por causa de obras, e sim pela graça (v: 8-10). Deus agiu nos dando vida,
movido pela sua misericórdia, graça e bondade.
As boas obras que a igreja de Cristo precisa produzir são as atuações de Cristo,
através de nossos corpos, de nossas mentes. Essas boas obras são sempre algo
impulsionado e motivado pelo amor de Cristo. Jesus disse que o mundo nos
reconheceria como seus discípulos, pelo amor.
V: 15 - Paulo nos fala da obra de Cristo e como foi feita. Criando uma nova
humanidade. Deus criou em “si mesmo, um novo homem”. Em Cristo agora existe
uma nova raça humana. (somos novas criaturas).
V:19- : Deixamos de ser estrangeiros, peregrinos, pessoas sem rumo, sem raízes
e sem o abrigo de uma pátria; para sermos “concidadãos dos santos”, ou seja,
membros com muitos outros do reino de Deus. A nova sociedade de Deus tem as
características básicas de uma família (igreja).
Os restantes das pedras desse edifício (igreja), somos todos nós, partes
integrantes desta nova construção de Deus, e que junto a muitas outras pedras
construímos esse grande edifício, que cresce continuamente, e no qual Ele habita.
Cada pessoa ( que em Hebreus, chama de “pedras vivas”), descobre seu
verdadeiro lugar e função relativamente a Cristo, à medida que vai sendo
edificada n’Ele. Ou seja, cada pedra é encaixada n’Ele.
Capítulo III
“Sou prisioneiro por amor a vós...” - Paulo diz que é um privilégio ser um
“prisioneiro de Cristo Jesus”. Humanamente falando, ele era prisioneiro de Nero,
pois apelara ao imperador romano, e aguardava o resultado da sua apelação.
Se alguém pensa que no ministério não tem sofrimento, que o chamado de Cristo é
para uma vida sem aflição, está enganado. Paulo diz em Col 1:24 que é um
sofrimento alegre e que dar prazer. Ele se regozija por estar sustentando a vida
de muitos discípulos com sua intercessão e com os seus ensinamentos.
Se você foi chamado para o ministério de servir aos outros através do evangelho,
prepara-se, pois haverá sofrimento alegre e agradável na sua vida. Esse
sofrimento é o de investir tudo, aguardando receber uma grande realização
espiritual. E é por isso que Paulo chama este privilégio de “graça” (um favor
alegre e imerecido).
V: 2 – “...Dispensação da Graça”:
Dispensação tem a ver com o cuidar das riquezas da casa, ter a chave do cofre.
Paulo recebera do Senhor o privilégio de distribuir as riquezas de Deus para
aquelas pessoas de Éfeso. Isto é graça, ter sido honrado com as chaves de toda a
casa do Senhor. Esta graça focaliza o ministério.
Na aula que vem no capítulo 4:7, veremos que esta graça foi concedida a cada um.
Todos nós temos o privilégio da dispensação da graça, o privilégio de sermos
transmissores da riqueza e da glória do Senhor; e Paulo reconhece que essa graça
foi no seu caso, uma graça pioneira. Ele está à frente da longa fila dos santos que
têm edificado a Casa do Senhor.
Podemos dizer que este é o mistério de Cristo, pois antes o evangelho só era
pregado para os Judeus, mas a Paulo foi revelado este mistério: o de divulgar as
boas novas para outros povos, e esse evangelho chegou até nós.
* Talvez dentro de você tenha um chamado/vocação para um povo específico –
Ex: casais etc...
V: 8-11 – Agora ele nos fala acerca do seu segundo privilégio, o de proclamar a
verdade do evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Paulo se sentiu honrado
e diante deste privilégio e se diz ser “o menor de todos os santos”. (penso se
ele foi o menor, onde é que eu me encontro?).
* Paulo não quis visibilidade... Ser pequeno no reino de Deus é ser grande. ( maior
é aquele que serve).
V: 13 – Paulo faz parte do corpo de Cristo. Seus sofrimentos na prisão são os
sofrimentos daqueles irmãos também. Tudo que acontecia a Paulo, também
afetava todo o corpo.
Quando um membro do corpo sofre, sente dor, todo o corpo sente, e é afetado.
Ex: Se um dedo quebrar, todo o restante do nosso corpo sentirá a dor. Também
tem que ser assim no corpo de Cristo, se um irmão está sofrendo, todos sofremos
juntos...
V: 14-15 - Parece que a carta de Efésios foi escrita de Joelhos. Mas uma vez
Paulo demonstra seu anseio de que as verdades profundas que acabara de ensinar
fossem implantadas pelo Espírito Santo em nosso “homem interior”, que necessita
de constante fortalecimento do poder de Deus.
Nesta oração Paulo pede para que eles “fossem fortalecidos pelo Seu Espírito”.
Esta palavra está no passivo. Notemos que não nos fortalecemos a nós mesmos,
mas temos que ser fortalecidos. A fonte desta força é sempre o Espírito Santo.
E onde este fortalecimento ocorre? É no nosso “homem interior”. Paulo fala em
(II Co 4:16), que o homem exterior ( o que vemos com o olhos), se desfalece a
cada dia, mas o nosso homem interior está se renovando a cada dia. O homem
aberto à ação do Espírito está sendo fortalecido mais e mais.
O termo plenitude faz referência mais direta à perfeição de Deus, como também
à de Jesus. Paulo ora para que sejamos tomados ou enchidos, de toda a plenitude
de Deus, ou seja, que a perfeição (santidade) – “sede santos...” que existe em
Deus faça gradualmente parte da nossa vida.
V: 20 – No fim da oração Paulo diz: “Pensam que estou pedindo muito?” Deus é
poderoso para fazer muito mais do que acabamos de pedir, pensar e imaginar.
Segundo o seu poder que em nós opera.
Até esta geração de hoje, não sei quantas já se passaram desde Paulo, mas ele
orou por nós e por todas as gerações que virão!
Capítulo IV
Em sua carta aos Efésios, Paulo compara a igreja como um corpo humano, formado
de muitos membros. E neste capítulo, ele nos chama individualmente a reconhecer
qual é a nossa parte dentro do corpo de Cristo.
V: 1-6 - “Andai de modo digno da vocação (dom especial para cumprir algo)
a que fostes chamados...”
O segredo da igreja é que Cristo vive nela. E a vocação da igreja é tornar visível o
Cristo invisível. É ser testemunha de Cristo. Para exercemos essa vocação
devemos ser unidos e mantermos a mansidão, humildade, longanimidade (a virtude
de suportar aqueles que não nos parecem ser tão bons), e a unidade que é o
vínculo da paz.
Dons Espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo a cada membro
do corpo para a edificação da igreja.
Devemos ser mordomos dos dons. E o ministério é a área o qual o dom se insere.
É preciso que zelemos pelos dons que Deus nos deu. Devemos aperfeiçoá-los
através de cursos especiais, leituras e contatos com pessoas que tenham o mesmo
dom. Eles devem ser regados com muita espiritualidade, não apenas conhecimento
técnico, mas com muita oração e palavra.
2) Serviço – são aqueles que só tem sentido quando entra em ação (ministério
– serviço, socorro, governo, exortação, presidir, misericórdia e
generosidade – contribuição).
Facilmente a omissão desses dons é notada na igreja. Se eles não são
postos em prática, centenas de detalhes da vida da igreja deixam de ser
executados, e a igreja sente o reflexo, tais como: desorganização, sujeira,
liderança estressada.
3) Sinais – eles envolvem uma ação extraordinária de Deus. (milagres, curas,
línguas e interpretação).
Efésios 4:11
APÓSTOLO
PROFETA
A palavra profeta vem da raiz grega que significa “fazer brilhar” e que está
ligada ao prefixo pro “a frente” – ver a frente, o que vai acontecer... Tem o
sentido de proclamar ou interpretar uma revelação divina ao povo.
EVANGELISTAS
Tem o dom de comunicar o evangelho com facilidade e tocam com suas palavras
àqueles que ainda não são cristãos. Eles têm facilidade em fazer amizades e têm
comunicação fácil.
PASTOR
MESTRE
PALAVRA DE SABEDORIA
PALAVRA DE CONHECIMENTO
MINISTÉRIO (Serviço)
MISERICÓRDIA
SOCORRO
FÉ
Alguns cristãos são dotados de uma fé especial que os leva a “ver” aquilo que os
outros não vêem, mesmo que pareça impossível aos demais. Também discernem
com grande convicção a vontade de Deus relacionada à sua vida e o futuro da
igreja. Pode ser aplicado em grupos de oração, equipe de planejamentos, fundação
de igrejas etc...
DONS DE CURAR
É a habilidade especial concedida a certos cristãos de servirem como
instrumentos de Deus para restaurar a saúde de pessoas doentes com propósitos
definidos. Tem sensibilidade em perceber que um determinado caso de doença
pode ser usado para a glória e proclamação do evangelho.
Habilidade especial de ser usado por Deus para a operação de atos poderosos e
sobrenaturais, que ultrapassam a lei da natureza.
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITO
VARIEDADE DE LÍNGUAS
Tem origem da palavra gene e glossôn que significa variedade de línguas e idioma
(dialeto) falado de um povo. Habilidade de falar uma língua que nunca se aprendeu
antes.
DOM DE LÍNGUAS
Não devemos confundir o dom de línguas, que é a capacidade de falar uma língua
estrangeira (de um povo), nunca antes aprendida. Com as línguas estranhas que
alguns afirmam ser um dom obrigatório para todos os cristãos.
Quem fala em línguas se edifica a si mesmo. Mas se na igreja alguém se levanta
para proferir uma mensagem em línguas, deve-se pedir ao Senhor que alguém
receba a interpretação, para a edificação de toda a igreja.
INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
GOVERNO
PRESIDIR
EXORTAÇÃO
A mente que não recebe uma nova atitude que vem de Cristo, é uma mente oca. A
palavra no grego para mente significa “inútil, vazia” É uma mente que não se
preocupa com nada de valor. Paulo nos convida a termos a mente de Cristo. É uma
mente que trata de valores permanentes, renovando-a através do canal da Palavra
e do Espírito.
Os nossos momentos particulares (devocionais) com Cristo nos permitem a abrir
os ouvidos do coração à mente de Cristo. “Senhor, o que Tu queres que eu faça ?”
Como Tu queres que eu aja em determinada situação?
A cebola tem uma casca seca por fora; tira-se a casca para poder comê-la, mas
interessante é que tirando a primeira casca, é possível tirar outra, e outra e
ainda outra, e nunca acaba, a não ser que acabe a cebola. Este conceito dar à
idéia de renovação contínua que põe fora a parte do velho homem (nossas velhas
práticas e as velhas atitudes). O Espírito Santo tirou a 1ª casca seca e a cada
passo da nossa vida somos motivados a deixar cair mais uma casca do nosso velho
homem, deixando o Espírito renovar a cada dia o nosso homem interior, à nossa
mente.
Ao nos despojarmos do velho homem tiramos a nossa velha humanidade, como uma
roupa suja e podre. Ao vestirmos a “roupa nova” ganhamos em Cristo uma nova
humanidade.
2- “Não fiquem irados, a não ser com a certeza de que essa ira é justa”
(v: 26-27)
É restrita àquilo que Deus desaprova. Jesus quando se irritou no episódio
da exploração dos sacerdotes que vendiam sacrifícios por duas ou três vezes
mais que o preço normal. Pois não era lícito sacrificar nenhum outro animal senão
o que recebesse a vistoria oficial do sacerdócio. Essa injustiça provocou em
Jesus a ira, mas limitada, Jesus não pecou ( não havia fruto da carne misturado a
essa ira) e não deixou o sol se pôr sobre a sua ira. Isso quer dizer que não
guardou e alimentou essa ira em seu coração.
Em Salmos 4:4 diz “consultai no travesseiro o vosso coração e
sossegai”. Paulo sabia que essa conversa era impossível a menos que se tivesse
posto a ira de lado antes de se deitar. O perigo da ira é com o que precede, de
dá lugar ao diabo, ela oferece “uma porta meio aberta”. Pois quem não limita a sua
ira, abre o seu coração para o diabo.
4- “Não usem a boca para o mal, mas sim para o bem” (v: 29-30).
O nosso modo de falar não pode ser impuro ou malicioso, mas construtivo e
edificador. Devemos desenvolver novos padrões de conversação. Ao invés
de ferir pessoas com as nossas palavras, devemos usá-las para ajudar,
encorajar, estimular e consolar.
5- “Não sejam maldosos ou amargos, mas sim bondosos e amorosos” (v: 31-
5: 2). Amargura, gritaria, blasfêmias e malícia, devem permanecer longe
de um cristão. Antes, devemos ser uns para com outros benignos,
compassivos e perdoadores.
Nossa vida deve ser caracterizada por ações de graças, que é o nosso
reconhecimento prático da generosidade e da graça perdoadora de Deus.
(Efésios 5:7-14)
Paulo fala nesses versículos de alguém que vive na prática desses pecados, e não
daqueles que um dia já cometeram eles. O arrependimento é o caminho para o
perdão e para a reconciliação com Deus. Aqui somos chamados a andar como
“filhos da luz”, produzindo frutos da bondade, da justiça e da verdade de Deus
(V: 9). Provando sempre o que é agradável ao Senhor.
Viver como filho da luz não é compactuar com as obras infrutíferas das trevas,
pois são estérieis e maléficas.
Paulo nos ensina que a nossa vida cristã exige cuidados e atenções especiais:
* As pessoas sábias tiram maior proveito do seu tempo, aproveitando da melhor
maneira possível cada oportunidade que surge (V: 16)
*As pessoas sábias discernem (procuram compreender) a vontade de Deus (V: 17)
Todo o homem nascido de novo tem o Espírito Santo dentro de sua vida. Todavia
ter o Espírito Santo não significa ter a plenitude (ou ser cheio) do mesmo. Ser
cheio do Espírito Santo é uma simples questão de decisão. Ë preciso que saibamos
que muito mais do que minha vontade de ser Cheio do Espírito, é vontade do
próprio Deus que isso aconteça. Para se ter uma vida continua na plenitude do
Espírito de Deus, é preciso manter uma comunhão diária com o próprio Deus. Isso
se dá através da Palavra, oração e principalmente vivendo a vida de Cristo a cada
momento de sua vida.
* Falando entre nós com salmos e cânticos. Ou seja, falando uns com os outros
coisas que edificam e que constroem. E dando Graças a Deus por tudo (tendo um
coração mais grato por tudo).
Efésios 5:22-23
A submissão que Paulo recomenda às esposas, aos filhos e aos servos não é
sinônimo de inferioridade. Os maridos e as esposas, os pais e os filhos, os patrões
e empregados têm dignidade igual, mas papéis diferentes na vida. Essa
autoridade vem de Deus. Devemos nos submeter até o ponto em que a obediência
à autoridade humana não envolva desobediência a Deus. Ela deve ser exercida
com responsabilidade sempre em prol dos outros.
Esposas:
Mulheres se submetam aos seus maridos (submissão significa colocar-se debaixo
da mesma missão de outra pessoa); tornem-se realmente pessoas que estão
prontas a consumir todas as energias, o tempo e os interesses para apoiar seu
marido.
A esposa e os filhos são para o marido a Igreja de Cristo na rua onde mora.
Sendo a Igreja de Cristo, o marido, como cabeça do lar representa “cristo” para
a esposa e filhos.
O lar se constrói para ser um lar de alegria e harmonia como uma pequenina
igreja. A esposa precisa agradar, elogiar seu marido, caso contrário “outra”
poderá fazê-lo. Lembre-se o que diz a Palavra que “a mulher sábia edifica a sua
casa”. É necessário que se tenha entre os cônjuges, diálogo e comunicação.
V: 22 - “... como ao Senhor” - fala do modo como à mulher deve encarar a sua
submissão ao seu marido, ou seja, da mesma forma como todos nós nos
submetemos à autoridade de Jesus, entendendo que Ele, por sua vez, recebeu
essa autoridade de Deus-Pai.
Maridos
V: 25- Paulo dá muita atenção à responsabilidade do marido. Ele precisa amar
sua esposa, sendo ela a pessoa mais importante no mundo. A palavra amar é a
palavra “ágape”, que é o amor que “dá a si mesmo”. É o amor comportamental e
não emocional apenas, pois é um amor que contraria as emoções do marido.
Muitas vezes o marido não quer dar a si mesmo, como Cristo Se deu pela igreja na
cruz. Esse amor no lar vai muito além do amor egoísta. Quando o amor se torna
sacrificial, ao ponto do auto-sacrifício ou da desistência daquilo que eu quero,
começa a surgir a harmonia celestial no lar.
O marido deve amar a esposa de modo que ela não possa ter alegria em nada mais
que não seja neste amor. O amor santifica o lar. Quando o marido aprende
realmente a amar, ele começa a santificar a mulher para si. Através do amor as
intenções do coração são santificadas. Há renúncia diária e perdão. (este é o
mistério que purifica a esposa). E a esposa também tem a mesma
responsabilidade.
Paulo emprega duas analogias para ilustrar o amor com qual os maridos devem
amar suas mulheres.
1- Amar como Cristo amou a Igreja e a Si mesmo se entregou por ela (v:
25)
Como foi que Cristo amou a sua igreja? R: Sacrificou-se por ela, cuidou e
continua cuidando dela constantemente, tendo como única fonte de motivação
o Seu amor.
Pais e Filhos
Cap. 6:1-4 - Os filhos devem ser os primeiros discípulos dos pais. Por que será
tão difícil discipular um filho, quando é relativamente fácil discipular os filhos
dos outros?
Os filhos não têm nenhuma escolha quanto à obediência e a honra que devem a
seus pais (6:1).
Nos relacionamentos pais e filhos, ocorrem frequentemente atritos, devidos
algumas vezes ao excessivo autoritarismo ou completa passividade dos pais, ou à
falta de percepção dos filhos sobre os seus deveres para com seus pais, entre os
quais o de honrá-los.
Os pais são ensinados a não usar nossa autoridade para irritar os filhos. Paulo
reconhece que os filhos necessitam do amor e do estímulo positivo dos pais para
uma formação equilibrada e harmoniosa. Assim ele ensina: “... criai vossos filhos
na disciplina e na admoestação do Senhor”. Criar significa nutrir ou alimentar.
Podemos ler o texto contemporaneamente da seguinte maneira: “Alimentem seus
filhos com amor, atenção e incentivos para que eles formem uma
personalidade saudável”. Este é o significado de nutrir.
Patrões e Empregados
1- Obedecem ao seu patrão da mesma forma que vocês obedecem a Cristo. (v: 5)
2- Façam qualquer serviço com o propósito final de mostrar que vocês são servos
de Cristo, e que querem fazer de coração. (v: 6)
3- Executem suas tarefas com boa vontade, como se as tivessem realizando para
o Senhor. (v:7)
4- Esperem a recompensa final apenas do Senhor (v:8)
1- Proceder para com seus empregados da mesma forma como espera que
seus empregados procedam para com ele.
2- Relacionar-se com seus empregados sem ameaças, ou seja, não deve abusar
da sua posição de autoridade ameaçando de castigos.
3- Deve sempre se lembrar que ele e seus empregados pertencem a um mesmo
Senhor, o qual não faz acepção de pessoas.
V: 14- “Vistam a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e
permaneçam inabaláveis”
O dia mau faz parte da vida de todo homem. Na ocasião em que escreve isto o
apóstolo vivia o seu dia mau (estava preso a um soldado romano, e ele olha para
esse soldado e começa a relatar a roupa que ele estava vestindo). Ele sabia que
precisava ser revestir de Deus para que pudesse não só resistir, como
permanecer inabalável (ficar de pé). No meio da pressão/luta (diz o apóstolo)
fiquem firmes, revestem suas vidas.
Devemos estar fortalecidos e armados para entrar nesta luta que não vemos.
Paulo começa a falar de cada parte dessa armadura, onde são usadas para defesa
e para o ataque.
* As sandálias de um soldado romano, possuíam cravos na sola para que ele não
escorregasse na luta. As sandálias do evangelho estão fincadas na rocha que é
Cristo.
Um das possíveis traduções deste versículo é: “Deixe que o evangelho da paz seja
como sapatos em seus pés, para te dar firmeza.”. O Evangelho é a boa notícia que
trouxe a vida e a Paz de Deus ao nosso coração. Em meio às lutas precisamos ter
essa certeza dentro de nós, como uma ancora que segura um barco no lugar num
dia de tempestade.
Viver o “dia mau” muitas vezes gera incertezas em nossas mentes. Quando
lutamos, nem sempre acertamos, nem sempre vamos até o fim. Muitas vezes
somos duramente atingidos, e isso nos da a sensação de que perdemos a luta pelo
caminho- Seja por nossa desistência ou por nossos erros - Por isso o apóstolo diz
que precisamos ter uma certeza: O que nos foi dado por Deus, não nos será
tirado, mesmo que tenhamos parado no meio do caminho. Precisamos entender que
a Salvação parte de Deus, e não de nós mesmos. Tenhamos a certeza de que em
Cristo o amor de Deus pelas nossas vidas “já esta consumado.”. Isso é a Graça de
Deus.
Diz o texto que a Palavra é uma espada. Antigamente numa luta armada, a espada
era o principal artefato de um soldado. A espada o permitia o contra-ataque. Da
mesma forma é a Palavra de Deus que me faz anular os ataques lançados contra
minha vida. Mas não a palavra falada (conhecer versículos) mas a palavra
encarnada ( viver o que conhecemos). Há autoridade na Palavra de Deus, e quando
a vivemos, essa mesma autoridade se manifesta em nossa vida. Vivamos a Palavra,
dentro da nossa casa, na rua, nos negócios, na faculdade, nas angustias, no ganho,
na perda; e descobriremos que muitos laços e correntes estarão se rompendo por
causa do poder da palavra (espada).
confiar o tempo todo, é buscar acertando ou errando não mais viver por si mesmo.
“Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”.
Essa é chave da vitória de nossas lutas; sabermos que somos simples soldados, e
que tudo que deve ser feito é ouvir e obedecer às ordens do nosso General.
“Pois embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As
armas com que lutamos não são humanas; ao contrário, são armas poderosas em
Deus para destruir fortalezas.” (II Co 10: 3- 4).