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01/03/2018 Resumos para estudo: Lei das Contravenções Penais

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Resumos para estudo


segunda-feira, 8 de agosto de 2011 Seguidores
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Lei das Contravenções Penais
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LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS – DECRETO-LEI Nº 3.688/41


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Resumo da lei de contravenções penais
▼ 2011 (8)
Noções Gerais:
O que é uma contravenção penal? ▼ Agosto (8)
Conceito – lei de introdução ao Código penal: art. 1º: O crime é a infração penal Resumo - Genocídio
punido com reclusão ou detenção. A contravenção penal é a infração penal
Resumo - Genocídio
punida apenas com prisão simples e/ou multa.
Para o legislador penal brasileiro, adotado o critério bipartido, as infrações Comentários - Lei 11.340/06
penais classificam-se em crimes e contravenções. A opção mostra-se evidente
LFG - palestra nova lei de
no artigo 1.º da Lei de Introdução ao Código Penal e na Lei das Contravenções prisões - parte III de ...
Penais (Dec.-lei n. 3.914/41):
“Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou LFG - palestra nova lei de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena prisões - parte II de I...
de multa; contravenção, a infração penal que a lei comina, isoladamente, pena Nova lei de prisões – 12.403/11
de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.
Conclui-se da definição legal que os crimes e as contravenções distinguem-se, tão-só, pela Lei das Contravenções Penais
maior ou menor gravidade dos comportamentos descritos nos tipos penais, reservando-se
Evolução histórica do
sanções menos severas para as contravenções penais.
Constitucionalismo - Marcos
...
Obs.: As penas privativas de liberdade podem ser de reclusão e de detenção.
A reclusão difere da detenção, entre outros motivos, pelo regime de cumprimento da pena, sendo que a
pena de reclusão é bem mais rigorosa.

O Código Penal somente reconhece duas espécies de pena privativa de liberdade (art. 33 CP): reclusão e Quem sou eu
detenção. A diferença entre elas está no regime penitenciário a que a pena está sujeita.
Resumos
O Dec-lei nº 3.688/41 divide-se em duas partes: Visualizar meu perfil completo

1º - Parte geral – lida com todas as contravenções penais;


2º - Parte especial – contravenções previstas em espécies.

Obs.: Leis especiais também trazem alguns tipos de contravenções penais.

Veja: A multa é um fator distintivo das penas de reclusão, detenção e de prisão


simples. Se a conduta indica apenas pena de multa (em abstrato), evidentemente
que será uma contravenção penal.

Ontologicamente, segundo Flávio Monteiro de Barros, não há diferença entre


crime e contravenção penal, pois o que é crime?
É o fato típico e antijurídico e a culpabilidade surge como pressuposto de
aplicação da pena. A contravenção idem.

Qual o critério que o legislador utilizou para determinar que uma


conduta é crime ou contravenção penal?

O critério de escolha foi feito exclusivamente por política criminal,


conforme seja, em tese, a sua importância. Assim, se uma conduta deva receber
uma relevância penal, que seja tão grave socialmente, por exemplo, ela
determinará se a conduta deverá ser crime ou uma contravenção penal. Isso
ocorre por uma questão de contenção social, ordem pública ou qualquer conduta
que afeta o controle social.

Exemplo: o porte de arma de fogo até 1997 era apenas uma contravenção penal.
Daí então passou a ser crime.

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Obs.: há uma certa crítica sobre a transformação de algumas condutas
contravencionais para crimes e infrações administrativas em crimes. Exemplo: a
falsificação de batom, hoje, é crime hediondo. Se você vender um batom
falsificado, a sua pena será de reclusão de até 15 anos

Veja:

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de


produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273,
caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no
9.677, de 2 de julho de 1998)

O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos
de “farinha”, que foram colocados no mercado consumidor.
Cumpre ressaltar que o estudo do artigo 273 do Código Penal deve ser feito de
maneira integral.
Deve-se ficar atento aos possíveis questionamentos acerca do inciso. A falsificação
de cosméticos, de saneantes ou de produtos usados em diagnóstico são crimes hediondos por
incrível que pareça.
(...) Lei 11.705/08 – lei seca – alterou dispositivos da lei 9.503/97 CTB para
inibir o consumo de bebidas alcoólicas por condutor de veículo automotor. E o
art. 165 desta lei estabelece a pena de multa, além de infração administrativa.
Temos ainda, a caracterização de um crime: embriaguez ao volante, art. 303
CTB.

(...) Lei de Drogas – 11.343/06, art. 28 – estabelece duas condutas criminosas:


1º Guardar, transportar, adquirir drogas sem autorização para consumo pessoal e
agora,
2º plantio de drogas para consumo pessoal.
Essa duas condutas são genericamente utilizadas como portar
ilegalmente droga para o consumo pessoal. A conduta de usar drogas não está
previsto em lei. O que está previsto é portar, trazer consigo; adquirir, é nesse
sentido. Esse art. 28 na verdade estabeleceu um problema, pois o art. 1º da lei
de Intr. ao CP traz uma dicotomia e diz o seguinte: o crime é apenado com
reclusão e detenção e a contravenção é apenado com prisão simples. Essa é uma
distinção teórica. Porém, atualmente não existe mais esse apego rigoroso ao
conceito de crime, ele é apenas formal, o que foi rompida agora e pela primeira
vez com a lei de drogas, mas continua sendo crime.

Hoje o art. 28, da lei de drogas apenas traz a previsão de penas restritivas
de direito para o portador de drogas para consumo pessoal:

I – advertência sobre os efeitos das drogas;


II – prestação de serviço á comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

Não traz mais a pena privativa de liberdade como a reclusão. Traz apenas a
previsão de penas restritivas de direitos.

QORE 430.105 – STF já consagrou o entendimento na questão de ordem em


recurso extraordinário que houve a despenalização da conduta: esse recurso
extraordinário foi o carro-chefe, o precedente piloto do STF.

“Houve a despenalização dessa conduta. Não é mais apenada com cadeia.


Contrariamente não houve a descriminalização da conduta. Assim, continua
sendo crime. Essa distinção, lá do art. 1º da lei de introd. Ao CP é estritamente
formal. A lei é de 1941, com excesso de formalidades”

Todas as contravenções penais se caracterizam como infrações de menor


potencial ofensivo. Qual a importância disso? Qual a importância de se saber
que uma contravenção é de menor potencial ofensivo? Em que isso vai afetar na
vida prática?

Primeira situação:

A autoridade policial vai lavrar um termo circunstanciado diante de uma


contravenção, jamais ele irá lavrar auto de prisão em flagrante. Exemplo: uma
palpadela no ônibus.

A prisão em flagrante é um ato complexo: se tem o ato de prisão em flagrante


(voz de prisão), a condução do agente perante a autoridade, a lavratura da prisão
em flagrante e por último a nota de culpa.

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No caso das contravenções o que ocorre:

Se a pessoa for pega praticando uma contravenção a autoridade policial não


lavra o auto de prisão em flagrante, apenas será feita a lavratura do TC. Se o
agente for imediatamente encaminhado ao Juizado Especial ou se essa pessoa
assumir o compromisso de comparecer em Juízo.

Assim, tem-se , com isso, a utilização de medidas despenalizantes. Evitando-se


o início de um processo que sobrecarregará o Poder Judiciário.

As contravenções estão prevista em no Decreto-lei 3.688/41 que prevê uma


parte geral trazendo regras que são aplicadas a todas as contravenções, ex., a
retenção indevida de documento individual. E uma parte especial elas estão
separadas em capítulo num total de 8, envolvendo várias contravenções, levando
em consideração o bem jurídico protegido pela contravenção penal: pessoa,
patrimônio, incolumidade pública, etc.

Uma pessoa pode ser presa por cometer uma contravenção?

Presa ela será. O ato de prisão existe. O que não será feito é o auto de prisão em
flagrante se o agente cumprir uma das duas hipóteses referidas acima.

OBS.: o art. 28, da lei de drogas não prevê a prisão em flagrante em nenhum
caso. Seria um contra-senso prender alguém quando o próprio dispositivo não
prevê essa prisão.
No Juizado Especial há uma fase preliminar: composição de danos (civil) ou
conciliação de caráter penal (transação penal). Feito isso, o agente recebe
imediatamente uma pena alternativa evitando todo um processo. Caso não tenha
nenhum acordo, o processo segue o seu rito normal (sumário).

Competência:

A competência para julgar uma contravenção é da Justiça Estadual Comum.


Nunca será da Justiça Federal. Está previsto na CF art. 109, IV.

Mesmo se afetar um interesse, um bem ou qualquer ente federal – súmula 38: a


competência será sempre da justiça Estadual (JECRIM’s).

CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA - busca proteger bens


jurídicos como a vida, a integridade física.

Arma : Os art. 18 e 19 Porte de arma e fabricação ilegal de arma - foram


tacitamente revogados pelo Estatuto do Desarmamento. A lei fala
genericamente, ou seja, qualquer arma.

A Lei 10.826/03 derrogou o art. 19 e fulminou o art. 18 – passou a ter


tratamento jurídico no estatuto.

Arts. 14 e 16 – porte ilegal de arma de fogo, munição ou acessório (permitido e


restritivo). Não trazem tão-somente a conduta de portar arma de fogo e, sim 14
verbos.

Situação: garoto que leva em sua mochila para a escola uma arma de fogo do
seu pai. Que tipo de crime isso caracteriza?

Omissão de cautela na guarda de arma de fogo. A lei não fala nada de munição.
A conduta, atualmente é atípica.

No ECA, art. 242 – diz respeito a armas – toda a vez que se entrega arma a
criança ou adolescente, continua sendo aplicado em relação a armas brancas.
Toda vez que vc adotar essa conduta em relação a arma de fogo, munição e
acessórios, esta conduta está prevista, agora, como crime no art. 16, § único, V.
do desarmamento penal.

Art. 20 - Anúncio de meio abortivo – o crime de aborto é um crime doloso


contra a vida de tal maneira que não é possível admitir qq conduta que admita,
prestigia essa conduta.
Por outro lado, temos o crime hediondo, art. 273 2 §§ -

Art. 21 - Vias de fato - qualquer contato físico, bruto (violento) que não provoca
ferimentos e no qual o agente não tenha animus ledendi, vulnerandi, de ferir, ex.,
tapa na cara, chutar, empurrar, chacoalhar, etc. não obstante, haverá a tentativa
de lesão corporal.

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Veja:

Lesão corporal: exige representação para o processo.

Temos três formas de iniciar o processo penal:

O MP, o procurador da república, independentemente da manifestação de


qualquer pessoa pode oferecer uma peça acusatória – ação penal pública
incondicionada.
No segundo caso temos a necessidade da representação da vítima, não deixando
de ser pública – ação penal pública condicionada a representação da vítima ou
de seu representante legal.
No terceiro caso somente a vítima ou seu representante pode promover a cão
penal (queixa-crime) – ação penal privada.

O crime de lesão corporal culposa e crime de lesão corporal leve exigem


representação da vítima ou de seu represente legal para iniciar o processo.

A questão que se estabelece é a seguinte:

Vias de fato X lesão corporal leve – em tese esta última é mais grave que a vias
de fato.

Vias de fato – STF calcado no art. 17 da LCP – toda contravenção penal é de


ação penal pública incondicional.

Doutrinadores entendem que, se nas vias de fato, que é menos grave que a lesão
corporal leve ou culposa, deveria exigir representação.

Lei Maria da Penha, 11.340/06 – a lei refere-se à violência doméstica e familiar


contra a mulher.

Cuida, na verdade de uma categoria criminosa, contravencional, ela traz alguns


aspecto que procura resguardar a mulher que está envolvida em um quadro de
violência doméstica e familiar: ameaça, lesão corporal, constrangimento ilegal
até mesmo crime patrimonial, ex., o marido pega o cartão de crédito da mulher e
começa a gastar; crime contra honra, etc. esses crimes têm a incidência das
medidas prevista na Lei Maria da Penha.

Art. 41 – não se aplicam aos crimes praticados no âmbito doméstico e familiar


as medidas da Lei 9.099/95. (transação penal, TC, flagrante).

A doutrina criticando um pouco essa solução estabeleceu de forma pacificada


que, em se tratando em contravenção penal não seria aplicado esse comando.
Seria uma analogia malam parte. Pois a lei fala em crimes, excetuando
contravenções.
CC 102571 / MG
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
CONTRAVENÇÃO PENAL
(VIAS DE FATO). ARTS. 33 E 41 DA LEI MARIA DA PENHA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA
VARA CRIMINAL.
1. Apesar do art. 41 da Lei 11.340/2006 dispor que "aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995", a expressão "aos crimes" deve ser interpretada de forma a não afastar a intenção do
legislador de punir, de forma mais dura, a conduta de quem comete violência doméstica contra a mulher,
afastando de forma expressa a aplicação da Lei dos Juizados Especiais.
2. Configurada a conduta praticada como violência doméstica contra a mulher, independentemente de sua
classificação como crime ou contravenção, deve ser fixada a competência da Vara Criminal para apreciar e
julgar o feito, enquanto não forem estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, consoante o disposto nos arts. 33 e 41 da Lei Maria da Penha.
3. Conflito conhecido para declarar-se competente o Juízo de Direito da Vara Criminal de Vespasiano-MG,
o suscitado.

O art. 17 proíbe que sejam aplicadas penas como cestas básicas. Evita-se um
círculo vicioso, multa isoladamente, ou prestações pecuniárias.

Art. 25 – posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de


furto.

Crítica – é razoável estabelecer que uma pessoa condenada pro furto ser pega
com esses instrumentos? Quebraria a isonomia. Inconstitucional

Art. 26 – violação de lugar ou objeto - crime próprio – só pode ser cometido por
serralheiro, chaveiro.

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Art. 31 – omissão de cautela na guarda de animal – contravenção penal culposa.

CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA

Por diversos anos foi o que mais ocupava o Judiciário antes do advendo da lei
9.099/95 e do Estatuto do desarmamento.

Art. 31. Desparo de arma de fogo – hoje é crime previsto no art. 15 do estat. Do
desarmaemento.

Soltar balão art. 42 da lei dos crimes ambientais. Não é mais uma contravenção
penal
Direção de veículo automotor – raxa, pega, excesso de velocidade, eram todos
contravenções do art. 34. Com o CTB (e alteração com a lei seca), retirou-se
algumas condutas da LCP e transformou em crimes. Assim, tudo que não se
encaixar no CTB, será contravenção penal. Exemplo: competição não
autorizada, art. 308, etc.

CONTRAVENÇÕES PENAIS EM ESPÉCIE – PARTE II

Associação Secreta – art. 39 – grupo composto por + de 5 pessoas que


intencionalmente e regularmente se reúne e busca ocultar a sua existência e/ou
finalidade. É necessário que haja a regularização para a sua caracterização.

Quadrilha ou bando do art. 288, CP – grupo composto por 4 ou + pessoas para


cometer crimes (no plural).

Obs.: Quadrilha ou Bando – Artigo 288 do Código Penal


“Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim
de cometer crimes:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Poluição Sonora –
Art. 54 – crime de poluição (crimes ambientais)
É a poluição genérica, qualquer poluição? Não é todo tipo de poluição.
É a poluição do ar, hídrica, do solo, etc.
Em relação algumas condutas relação a algumas condutas que caracterizam
poluição sonora.
No art. 59 havia essa proibição. Foi vetado pelo Presidente da República
motivado pela pressão da bancada evangélica.
Nesse caso, determinadas condutas se enquadram no art. 42 da LCP referente à
perturbação do sossego alheios.
Art. 45 – simulação da qualidade de funcionário público
É uma conduta estritamente subsidiária.
Se tiver como finalidade obter alguma vantagem ou causar algum prejuízo,
induzindo alguém em erro, caracteriza o de falsa identidade.
Se tiver a finalidade de obter alguma vantagem patrimonial caracteriza o crime
de estelionato e não seria mais uma contravenção.
Se efetivamente essa pessoa executa a função pública aí teremos o crime de
usurpação da função pública.
Art. 47 – exercício ilegal de profissão ou atividade
Exemplo: taxista, pessoa que está desempregada e usa o seu carro particular para
ser taxista.
E o falso médico? Estaria cometendo uma contravenção penal? Não, porque a
lei prevê a sua tipificação no art. 282 do CP.
E a falta da carteira da OAB, pode advogar sem essa autorização?
Com relação ao exercício ilegal da medicina, as conseqüências desse fato serão
muito mais graves do que a do falso taxista ou advogado sem a sua carteira.
Assim, a lei penal tipicou como crime por ser conduta muito mais grave
consequentemente, art. 282 do CP.
Polícia de Costumes – consiste na prática encarregada da convivência social, em
zelar pelos bons costumes.
Art. 50 – Jogos de azar – ocorre quando o ganho ou aperda dependem
exclusiva ou principalmente da sorte.
Máquinas de caça-níqueis – toda a vez que uma conduta deixa vestígios é
necessário o exame de corpo de delito.

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Então, se a máquina é periciada ocorrer 50/50 de chances de ganho temos a
contravenção de jogos de azar.
Se a máquina foi adulterada e a sua chance de ganho é de 49% estar-se diante de
crime de estelionato, pois a chance não superou a casa dos 50%.
E aquele jogo das bolinhas? Caracteriza crime de estelionato.
Art. 58. Jogo do Bicho – é uma contravenção penal.
A tentativa de contravenção não é punível, assim, se vc está preste a fazer o
jogo, não responde pelo crime, mas o banqueiro, a pessoa que distribui os
boletos, etc
Lembre-se: costume jamais revoga lei. o jogo do bicho nunca foi
descaracterizado como infração penal.
Dec-lei n.º 6.259/44 – toda a matéria referente a jogos de azar foi tacitamente
revogada, com exceção do art. 50.
Tentativa – a tentativa em contravenção penal não é punível.
O banqueiro tem pena diferenciada daquele que aposta.
Súmula 51 do STJ – para punição do intermediário não é necessário a
identificação do banqueiro.
Procedimento especial previsto pela lei 1.508/51 – via de regra, o jogo do bicho
tem o seu julgamento perante o JECRIM e, excepcionalmente deslocada essa
competência o rito é o da lei 1.508/51.

Art. 59 – vadiagem: a pessoa se entrega de forma habitual à ociosidade.


Mediante a seguinte peculiaridade: sendo válida para o trabalho. Manutenção da
ociosidade pela prática de atividade ilícita. Ex: o flanelinha.
A prostituta é vadia? Não, pois apesar da sua atividade imoral, ela não é ilegal.
Não caracteriza atividade ilícita.
Aspecto que tem sido de incontestável Inconstitucionalidade – há uma quebra da
isonomia em relação àqueles que são ricos e não faz nada (não são considerados
vadios), pois aqueles que são pobres e ociosos serão considerados vadios.
Art. 60 – Mendicância – existem grupos que se reúnem antes da mendicância
para distribuir crianças, por ex. nos semáforos, se for composta por seis pessoas
ou mais estará caracterizada a contravenção penal.
Obs. : Esse art. da mendicância foi considerado inconstitucional pelo STF.
LEI Nº 11.983, DE 16 DE JULHO DE 2009.
Revoga o art. 60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de
outubro de 1941 – Lei de Contravenções Penais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1o É revogado o art. 60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941 – Lei de
Contravenções Penais.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
________________________________________________________________
______
Art. 61 – importunação ofensiva ao pudor. Diferenças:
Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público. São as famosas
apalpadelas.
Não confundir:
Crime de importunação ofensiva ao pudor – temos uma vítima certa,
determinada;
Ofensa ao pudor público – número indeterminado de pessoas (mixar em
público). Exibir as suas vergonhas em público. (ato obsceno, sinal obsceno)
Atentado violento ao pudor – crime hediondo previsto no art. 214, CP – há o
emprego de violência ou grave ameaça a pessoa com a finalidade de praticar ato
libidinoso diverso da conjunção carnal.
Art. 65 – perturbação da tranqüilidade – local privado, pessoa certa – vizinho
que perturba fazendo barulho.molestar alguém por ato reprovável. Exemplo:
trote pelo telefone.
Art. 63 – bebidas alcoólicas - a doutrina entende que, por questão de redação,
se a bebida for alcoólica não configuraria o crime do art. 243, ECA e, sim,
contravenção penal do art. 62, I, LCP.
Obs.: o álcool não se confunde com substância proibida e causa dependência,
assim, o ECA estaria mais acertada.
Art. 64 – revogado pela lei dos crimes ambientais 9.685/98

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Ex.: rinha de galo, deixar de ordenhar a vaca, cortar as cordas vocais do cão para
ele não latir – caracterizam maus tratos.
.Contravenções contra a Administração Pública:
Art. 66 – omissão de comunicação de crime
Conivência – quando uma pessoa toma conhecimento de um crime, que já
aconteceu, está acontecendo ou vai acontecer, e não tem nenhuma obrigação de
comunicar a polícia. Chama-se também de participação negativa. Não acarreta
nenhuma responsabilidade criminal. Ex.: Pessoas que estão no bar tomando
café e ocorre um crime.
Existem duas situações no do art. 66 em que têm relevância no caso de
conivência: quando o funcionário público, no exercício de suas funções e
profissional da área de higiene sanitária, deixam de comunicar o crime.
Já no art. 13, § 2º, CP: temos três situações que caracteriza crime e não
contravenção penal:
Relevância da omissão

CP, 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;(pai, curador, tutor)

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;(por contrato ou não)

c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.(guia de cegos,


babá)

Art. 68 – recusa de fornecer dados a autoridade quando solicitado. Somente será


caracterizada se não houver um crime mais grave. Por exemplo, a pessoa no
momento de ser preso em flagrante dar o nome falso, para não ser reconhecida
como reincidente, etc, - falsa identidade.
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