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Características ondulatórias e

corpusculares da luz

OBJETIVOS GERAIS
Prover conceitos fundamentais para a compreensão da dualidade da luz (onda-partícula)
relacionando-os com fenômenos biológicos, a nível macroscópico, celular e molecular.
Estabelecer a ligação didática entre o que hoje conhecemos por “luz” e o desenvolvimento da
pesquisa e tecnologia, baseada na observação e experimentação dos fenômenos.

METODOLOGIA
 Aula predominantemente expositiva com retroprojetor
 Resolução de exercícios em aula
 Demonstrações práticas com experimentos simples

EMENTA
Características ondulatórias e particulares (corpusculares) da luz. Campo elétrico e magnético e
radiações eletromagnéticas. Noção de espectro eletromagnético. Aplicações tecnológicas e
biológicas: microscópio eletrônico, tratamentos de saúde. Funcionamento da visão baseada na
dualidade da luz.

CONTEÚDO DA AULA
Introdução

Questão geradora: “O que é luz, afinal?”

Onda? Partícula? Não sabemos! Ainda!

Por que é importante aprendermos este tema? Visão,


tratamentos de saúde com radiações, microscópio eletrônico...

Luz: onda?

Luz branca visível é composta por inúmeras tonalidades de cores, que vão do
vermelho ao violeta.

 Demonstração 1: Dispersão da luz através de um CD.

Luz é uma radiação do “Espectro Eletromagnético”. A luz visível (cores) é uma


pequena parte do inteiro espectro composto por todas as radiações conhecidas.

1
Comprimento de onda (m)

108 104 1 10-2 10-6 10-9 10-12 10-16


Ondas Ondas de Infravermelho Luz Ultravioleta Raios X Raios gama
longas rádio vis.
10 105 1011 1015 1018 10 21 1024

Freqüência de onda (Hz)

Radiação “eletro” “magnética”: campo elétrico e campo magnético (invisíveis).

 Demonstração 2: Campo elétrico (bastão de PVC eletrizado) e do campo


magnético (ímã).

Toda a radiação, inclusive a luz, é uma interação entre estes campos, gerando
uma onda eletromagnética. Exemplos: antenas, raios, eletroímãs, etc.

 Demonstração 3: Onda eletromagnética e os planos perpendiculares de


seus campos elétrico e magnético.

O que difere uma radiação de outra? Basicamente o comprimento de cada onda


().

 

Exemplos:

1) O comprimento da onda da luz visível é da ordem de: 1 mm dividido em 1000


partes e novamente dividido em 10 partes! Em notação científica: 10-7 m.

2
2) O comprimento da onda de um determinado raio X é da ordem de: 1 mm
dividido em 1000 partes e novamente dividido em 1000 partes e novamente
dividido em 10 partes! Em notação científica: 10-10 m (lembrando: 10-10 m = 1 Å).

Luz vermelha: 7 x 10-7 m (0,0000007 m ou 7000 Å ou 700 nm)


Luz violeta: 4 x 10-7 m (0,0000004 m ou 4000 Å ou 400 nm)
Raio X: 1 x 10-10 m (0,0000000001 m ou 1 Å ou 0,1 pm)

Comparações das dimensões:


Átomo de H possui 10-10 m
Vírus possui no máximo 2 x 10-7 m (1000 vezes maior que o átomo H)
Bactéria possui entre 0,2 x 10-6 m e 1,5 x 10-6 m (10 vezes maior que vírus)
Partícula de poeira possui 10-4 m (100 vezes maior que bactéria)

Toda radiação eletromagnética possui a maior velocidade do Universo: 3 x 10 8


m/s. Para a onda:
V=f Onde:

V = velocidade da onda (para luz e outras r.e.: v = c = 3 x 10 8 m/s)


 = comprimento da onda (metros – m)
f = freqüência da onda, em número de oscilações a cada segundo (Hertz – Hz)

Como a velocidade para todas as ondas eletromagnéticas é a mesma, podemos


dizer que as radiações dependem também das suas freqüências.

Quanto maior a freqüência da radiação, menor o comprimento da sua onda.

 Exercício resolvido 1: Quais são as freqüências das ondas do exemplo


anterior (luz vermelha, violeta e raio X)?
V =  f ou f = V / 

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Luz vermelha: Luz violeta: Raio X:
V = 3 x 10 8 m/s V = 3 x 10 8 m/s V = 3 x 10 8 m/s
 = 7 x 10 -7 m  = 4 x 10 -7 m  = 1 x 10 -10 m
f=? f=? f=?

f=V/ f=V/ f=V/


f = 3 x 108 / 7 x 10-7 f = 3 x 108 / 4 x 10-7 f = 3 x 108 /1x 10-10
f = 0,43 x 108 x 10 7 f = 0,75 x 108 x 10 7 f = 3 x 10 8 x 1010
f = 4,3 x 10 14 Hz f = 7,5 x 10 14 Hz f = 3 x 10 18 Hz

Luz: partícula?

Recentemente descobriu-se que a luz (e as demais radiações eletromagnéticas)


também se comporta como partícula quando analisadas sob condições especiais.

Isto foi proposto por Einstein em 1905, com a apresentação de um trabalho sobre a
teoria quântica da luz, baseada em experimentos com o efeito fotoelétrico, o que lhe
garantiu o Prêmio Nobel de Física em 1921.

Embora pareça complicado, podemos simplificar dizendo que a energia de qualquer


radiação eletromagnética (inclusive a luz) não se distribui uniformemente pelo
espaço ao se propagar. Ela se concentra em pequenos corpúsculos ou “pacotes” de
energia, chamados de “quanta” ou “fótons”.

A luz pode ser tratada como onda quando vista a distância (em conjunto), mas só
pode ser compreendida em todas as suas características quando vista de perto, se a
encararmos como partículas, ou corpúsculos.

A luz é como uma torcida organizada com regras de coreografia (ôla!!): quando vista
de longe, parece ser uma onda, mas olhando de perto, vemos os torcedores
individuais. Reconhecemos seus efeitos e até os medimos, mas ainda não sabemos
as regras da “coreografia” dos fótons.

Por exemplo, quando a luz passa do ar para o vidro, é possível determinar


matematicamente a porcentagem de quantos fótons irão atravessar a superfície de
vidro e quantos irão se refletir. Mas é impossível sabermos qual fóton vai refletir e qual
vai refratar. É como uma pesquisa eleitoral: é possível prever o vencedor de uma
eleição, mas nunca saberemos o voto de cada eleitor.

Os fótons de radiações diferentes possuem energias diferentes. Por exemplo, a luz


branca possui cores desde o vermelho até o violeta. Cada cor possui seus próprios
fótons com sua energia bem definida. A mistura de todas as freqüências ou fótons

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energéticos resulta na luz branca. É como analisar uma foto de jornal, composta de
inúmeros pontos de mesmo tamanho, mas de tonalidades diferentes.

Assim, como podemos calcular a energia de um único fóton de uma determinada


radiação? Através da equação de Plank.

E=hf ou, como f = v /  e v = c: E=hc/ Onde:

E = energia do fóton (Joules – J)


h = constante Plank (h = 6,63 x 10 -34 J.s)
f = freqüência da radiação (Hertz – Hz)
c = velocidade da luz (c = 3 x 108 m/s)
 = comprimento da onda (metros – m)

 Exercício resolvido 2: Qual é a energia de um fóton da luz vermelha?

f = 4,3 x 10 14 Hz E=hf
h = 6,63 x 10 -34 J.s E = 6,63 x 10 -34 x 4,3 x 10 14
E=? E = 2,85 10 -19 J

Luz: onda ou partícula?

Broglie, em 1924, vinte anos após Einstein ter proposto as características


corpusculares das ondas, especulou sobre o inverso também ser verdadeiro. Ou seja,
a teoria de que a matéria possui tanto características ondulatórias como
corpusculares. Ele propôs:

mV=h/ Onde:

m = massa do corpo ou partícula (kilogramas – kg)


V = velocidade da partícula (que nunca deverá atingir 3 x 10 8 m/s)
h = constante Plank (h = 6,63 x 10 -34 J.s)
 = comprimento da onda (metros – m)

Esta propriedade é conhecida como dualidade onda-partícula. O termo mV


representa o caráter corpuscular e o termo h /  o caráter ondulatório. Esta equação
não funciona para os fótons, pois eles não têm massa (m = 0).

A interação entre a matéria e as diferentes radiações com freqüências abaixo do


visível revela que, quanto menor a freqüência, maior a manifestação do aspecto
ondulatório, menor a manifestação como partícula, e menor a energia transportada
por cada fóton. O inverso também é verdadeiro.

Retomando a questão: a luz é onda ou partícula? Teriam dito os cientistas: “A luz seria
onda às segundas, quartas e sextas; e seria partícula às terças, quintas e sábados. No
domingo, folgaria para reflexão.”

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 Exercício resolvido 3: Qual é o comprimento de onda de um elétron disparado a
uma velocidade de 5 x 107 m/s? Dado: massa do elétron = 9,11 x 10 -31 kg.

m = 9,11 x 10 -31 kg mV=h/


V = 5 x 107 m/s 9,11 x 10 -31 x5x107 =6,63 x 10 -34 / 
h = 6,63 x 10 -34 J.s 45,55 x 10 -24 = 6,63 x 10 -34 / 
=?  = 6,63 x 10 -34 / 45,55 x 10 -24
 = 1,46 x 10 -11 m

Assim como é possível calcular o comprimento de onda associado a um corpo em


movimento, podemos também calcular a sua energia de movimento, assim como
fizemos com os fótons. Porém, não usaremos a equação de Plank, pois ela só é válida
para os fótons, que não possuem massa.

Como calcular a energia de uma partícula em movimento? Relembrando: qualquer


partícula em movimento possui energia cinética, e é dada por:

Ec = ½ m V 2 Onde:

Ec = energia cinética da partícula (Joules – J)


m = massa do corpo ou partícula (kilogramas – kg)
V = velocidade da partícula (que nunca deverá ser 3 x 10 8 m/s)

Como o fóton não possui massa (m = 0, apesar de ser considerado uma partícula),
não podemos usar a equação acima, pois ela só é válida para corpúsculos com
massa.

 Exercício resolvido 4: Qual é a energia cinética de um elétron disparado a uma


velocidade de 5 x 107 m/s? Dado: massa do elétron = 9,11 x 10 -31 kg.

m = 9,11 x 10 -31 kg Ec = ½ m V 2
V = 5 x 107 m/s Ec = ½ x 9,11 x 10 -31 x ( 5 x 107 )2
Ec = ? Ec = 1,14 x 10 -15 J

Uma unidade de medida de energia amplamente utilizada na Física Moderna é o


elétron-volt (eV). Um elétron-volt é a energia adquirida por um elétron ao atravessar,
no vácuo, uma diferença de potencial elétrico igual a 1 volt. Vale a relação:

1 eV = 1,6 x 10 -19 J

 Exercício resolvido 5: Calcule o valor da energia do elétron do exercício anterior


em elétron-volt.

1 eV = 1,6 x 10 -19 J
X = 1,14 x 10 -15 J

X = 1,14 x 10 -15 / 1,6 x 10 -19 J

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X = 7,1 x 10 3 eV ou 7,1 keV

Aplicações

Microscópio Eletrônico

O funcionamento do microscópio eletrônico se baseia nas propriedades ondulatórias


do elétron.

Em um microscópio óptico, há o problema da difração da luz: ela é desviada


quando encontra obstáculos ou aberturas, ocorrendo interferências construtivas e
destrutivas.

Ao se examinarem objetos de tamanhos iguais ou menores que o comprimento de


onda da luz visível (entre 400 nm e 700 nm), a difração da luz ao redor da amostra
torna a imagem borrada.

 Demonstração 4: Tente visualizar uma lâmpada através de uma pequena fenda


entre os dedos, e observará sucessivas zonas finas claras e escuras. É a
difração.

 Demonstração 5: Visualize a difração com um CD e uma caneta laser. Ao


passar pelos minúsculos “furos” das trilhas do CD (cada mm possui 600 trilhas),
a luz vermelha do laser sofre a difração.

O microscópio eletrônico supera estas dificuldades, pois


emite feixes de elétrons, cujos comprimentos de onda a eles
associados são muito menores que os da luz visível,
garantindo a visualização de objetos menores que 10 -6 m.

Simplificando: é como se um barco em alto mar


experimentasse ondas de diferentes comprimentos. Ondas
de comprimentos pequenos são refletidas pelo casco, mas
ondas de comprimentos maiores que o barco o atravessam
como se nada houvesse ali, e não são refletidas. Do mesmo
modo, para enxergarmos um objeto, as ondas luminosas precisam ser refletidas. Caso
o comprimento da onda seja maior que o objeto, não o enxergaremos, pois a onda não
será refletida.

Ampliações do microscópio óptico: até 2000 vezes.


Ampliações do microscópio eletrônico: até 350.000 vezes.
Tipos de microscópios eletrônicos: varredura (imagens tridimensionais) e
transmissão (por cortes).

 Demonstração 6: Veja um exemplo de um microscópio deste tipo e seus


resultados na revista Scientific American Brasil, ano 2, nº 15, p.90-91, agosto
2003.

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Termoterapia

A aplicação de calor é utilizada em várias condições patológicas, sendo a aplicação


por Calor Radiante apenas um dos exemplos dela.

Radiações de comprimento de onda acima de 700 nm são invisíveis, pois começam


as radiações infravermelhas. Quando absorvidas, imprimem oscilações nos elétrons
orbitais, provocando o aquecimento da matéria.

A faixa útil varia entre 750 nm a 50.000 nm. A penetração média dos IV na pele é:

De 750 nm a 2.000 nm : por volta de 1 mm


De 2.000 nm a 10.000 nm : por volta de 0,2 mm
De 10.000 nm a 40.000 nm: por volta de 3 cm a 5 cm (menor , menor interação)

Outro exemplo da aplicação de calor é a Diatermia, que utiliza ondas na faixa rádio
(ondas curtas e microondas). Utilizam-se 4 comprimentos de onda rigorosamente
controlados, por se tratar de freqüências próximas da radiocomunicação: 22 m; 11 m;
7,5m; 0,122 m.

Visão

O globo ocular, de diâmetro 24 mm. experimenta a dualidade da luz. Como onda, o


meio refrator do olho (córnea, humor-aquoso, cristalino, humor vítreo) forma a imagem
dos objetos na retina, obedecendo às leis da refração. O cristalino, por exemplo,
possui uma estrutura com cerca de 22.000 camadas transparentes, finíssimas,
superpostas, semelhante à uma cebola. Como partícula, uma película fotossensível
composta por células nervosas transforma a energia do fóton em pulso elétrico, que é
enviado ao cérebro.

Na retina, com espessura de 0,5 mm, há milhões de células nervosas fotossensíveis:


Cones (fótons de cores e detalhes) e Bastonetes (variação na quantidade de luz). A
extremidade dessas estruturas, sensível à luz, está mergulhada em uma zona escura,
a coróide, pigmentada, para absorver o excesso de luz.

São cerca de 130 milhões de bastonetes e 7 milhões de cones, distribuídos num


arco de 180º no fundo do olho, na retina, que são sensibilizados ao serem atingidos
pelos fótons.

São três famílias de cones, cada uma mais sensível à detecção de certa uma faixa
de freqüências com picos máximos no: vermelho, verde e azul. Os cones verdes têm
mais sensibilidade que os demais e atuam na faixa central do espectro, enquanto os
cones azuis possuem menor sensibilidade.

Fótons IV não possuem energia suficiente para sensibilizar as células fotossensíveis.


Fótons UV teriam energia para isso, mas são absorvidos antes de atingirem a retina.

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Quando 50 a 60 fótons incidem na córnea, cerca de 80% a 90% são absorvidos,
refletidos ou refratados, e apenas cerca de 10 fótons chegam à retina. Se houver uma
chance de 50% de choques úteis com os bastonetes, apenas 2 a 5 fótons são
capazes de provocar sensação luminosa.

 Exercício resolvido 6: Calcule: a) a energia de um fóton da luz verde-azulada de


510 nm de comprimento de onda; b) a energia de cinco fótons desta luz; c) a
energia de um pedaço de papel de 1 mg caindo de apenas 1 cm de altura
(lembre-se que Epg = mga); d) compare as duas energias e calcule quantos
pulsos luminosos seria possível provocar com tal energia.

a) h = 6,63 x 10 –34 J.s


c = 3 x 108 m/s
 = 510 nm = 510 x 10 –9 m
E=?

E=hc/
E = 6,63 x 10 -34 x 3 x 10 8 / 510 x 10 –9
E = 3,9 x 10 -19 J

b) 5 x 3,9 x 10 -19 = 1,95 x 10 -18 J

c) m = 1 mg = 1 x 10 -6 kg
g = 10 m/s2
a = 1 cm = 1 x 10 -2 m

Epg = mga
Epg = 1 x 10 -6 x 10 x 1 x 10 -2
Epg = 1 x 10 -7 J

d) Comparando: E / Epg = 1 x 10 -7 / 1,95 x 10 -18 = 50 x 109 de pulsos luminosos, ou


seja, 50 bilhões de pulsos. Com tal energia, seria suficiente impressionar os olhos
de todos os habitantes humanos desde o início da civilização.

Ultra-violeta (UV)

As substâncias com átomos e moléculas energizados com UV, participam com mais
facilidade de reações bioquímicas, aumentando o ritmo geral das reações de um
sistema biológico e até surgindo novos caminhos metabólicos.

No laboratório, UV é usada para acelerar a polimerização de plásticos, reações


fotossensíveis, esterilização, etc.

Nos países tropicais, há abundância de UV do Sol, efetivamente na faixa de 290 nm a


320 nm.

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FORMULÁRIO

Constantes: Fórmulas:
10-10 m = 1 Å V=f
c = 3 x 108 m/s Ec = ½ m V 2
1 eV = 1,6 x 10 -19 J
massa do elétron = 9,11 x 10 -31 kg E=hf
Luz vermelha: E=hc/
 = 7 x 10-7 m
f = 4,3 x 10 14 Hz mV=h/
Luz violeta:
 = 4 x 10-7 m E = m c2
f = 7,5 x 10 14 Hz

OBSERVAÇÃO:
Relacione as duas equações: E = h c /  e m V = h / . Suponha que um corpo de massa m
atinja uma velocidade V igual a da luz, ou seja, V = c. Neste caso, a segunda equação
ficaria: m c = h / . Substitua-a em E = h c /  , e o resultado seria: E = m c c, ou seja:
E = m c2

ATIVIDADES PROPOSTAS

1) Calcule o comprimento de onda da radiação eletromagnética associada a um fóton de 5 eV.


2) Qual é a energia de um fóton da luz amarela, sabendo-se que sua freqüência é de 6 x 10 14
Hz?
3) Calcule a energia de uma ave de 500 g a 10 m/s.
4) Calcule o comprimento de onda associado a um animal de 1 kg, cuja velocidade é de
1 m/s. Comente o resultado.
5) Calcule o comprimento de onda associado a um elétron disparado no interior de um
microscópio eletrônico a uma velocidade de 70% da velocidade da luz.
6) A clorofila é um importante objeto de estudo em Biologia. A sua coloração corresponde
à luz verde, que possui uma freqüência média de 5.5 x 10 14 Hz. Qual é a energia de
cada fóton de uma radiação nesta faixa verde da luz visível? Calcule também o
comprimento de onda desta luz verde.
7) Um microscópio eletrônico usa elétrons com energia de 1.6 x 10 -17 J (ou 102 eV).
Admitindo que os elétrons movem-se à velocidade da luz, calcule a menor estrutura
que este microscópio pode resolver, uma vez que o comprimento de onda determina o
poder de resolução dele. Sabendo-se que vírus e moléculas possuem um tamanho
entre 10 -9 e 10 -7 metros, responda se este microscópio é capaz de “enxergar” estas
estruturas.

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8) Um cirurgião tenta colar uma retina descolada usando pulsos de raio laser com
duração de 20 ms, com uma potência de meio Watt (0.5 W). Quanta energia e quantos
fótons são emitidos em cada pulso se o comprimento de onda deste raio laser
corresponde à coloração azulada de 497 nm? Lembre-se que P = E / t.
9) Uma das preocupações com relação à extinção da vida é um impacto contra a Terra
de um corpo celeste, tal como um meteoróide ou um cometa. Assumindo a massa de
um corpo desta natureza com 10 toneladas e vindo de encontro com o nosso planeta
a uma velocidade constante de 25200 km/h, calcule a energia cinética deste corpo ao
atingir a superfície terrestre.
10)Com relação ao exercício anterior, caso o impacto seja no oceano, quantos litros de
água serão vaporizados no instante do choque, sabendo-se que são necessários 2,45
x 106 J para vaporizar 1 L de água?
11) A cada segundo o Sol converte 4 milhões de toneladas de matéria em energia.
Calcule o valor desta energia em Joules.
12)Sabendo-se que a usina Itaipu está projetada para fornecer 12000 MW (ou 12000 MJ
por segundo), calcule quantas vezes o Sol é mais “potente” que esta usina.
13)Se uma bomba atômica do tipo “H” libera uma energia equivalente a 1 x 10 18 J, calcule
quantas bombas deste tipo equivalem a energia liberada pelo Sol a cada segundo.
14)Para separar átomos de carbono e oxigênio que formam o monóxido de carbono, é
necessária uma energia de no mínimo 11 eV. Determine a freqüência mínima e o
comprimento de onda máximo da radiação necessários para dissociar a molécula de
CO.

CONTATO PARA DÚVIDAS


e-mail: prof.rodo@yahoo.com.br

Página pessoal na internet contendo material didático para as aulas:


http://geocities.yahoo.com.br/prof.rodo

REFERÊNCIAS BÁSICAS
DURÁN, J. E. R. Biofísica: fundamentos e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
HENEINE, I. F. Biofísica Básica. São Paulo: Atheneu: 1991.
OKUNO, E. e CHOW, C. Física para ciências Biológicas e médicas. São Paulo: Harbra, 1986.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
FISCHETTI, M. Foco Admirável. Scientific American Brasil. São Paulo, ano 2, nº 15, p.90-91, agosto
2003.

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FRUMENTO, A. S. Biofísica. Argentina: Intermédica, 1974.
GASPAR, A. Física Vol. 2. São Paulo: Ática, 2000.
GASPAR, A. Física Vol. 3. São Paulo: Ática, 2000.
GREF. Física Vol. 3. São Paulo: Edusp, 2002.
GREF. Física Vol. 2. São Paulo: Edusp, 2002.
MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna, 1997.

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