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Dial8 Teste Global 2
Dial8 Teste Global 2
Avaliação Professor(a)
Grupo I
TEXTO A
Sê original. Lê os livros.
1. Seleciona, em cada item (1.1. a 1.7.), a opção correta relativamente ao sentido do texto.
a. modo imperativo.
c. presente do indicativo.
a. feches.
b. apoies noutros.
c. deites.
TEXTO B
Da casa do Nicolau viam-se as árvores do Palácio de Cristal. Ela própria era um palácio: tinha
quatro andares, quartos e salas sem número, que o Daniel não conhecia, um jardim de onde se avis-
tava o rio, lá em baixo. Entrava-se por uma porta – tão alta, que o topo ficava ao nível do cimo das
janelas do rés do chão elevado – para um átrio de granito polido. Subiam-se seis degraus, também
5 de granito, e, abrindo a porta dupla, de vidros foscos com lírios gravados, chegava-se ao segundo
átrio, de chão de madeira encerada e paredes forradas a um papel que não era papel.
Era seda japonesa, disse o Nicolau. Caríssima. Tudo naquela casa era caríssimo.
– O papá diz que o barato sai caro. Ele diz que o dinheiro dos pobres vale menos. Tu és pobre?
A escadaria para os andares de cima ficava mesmo em frente. À esquerda, havia um salão que
10 estava fechado. E, continuando pelo corredor ao lado esquerdo das escadas, chegava-se à cozinha,
onde caberia o apartamento do Daniel e da Beatriz no Bairro das Águias. Do lado direito, estava o
quarto de brinquedos, que era só do Nicolau. Era uma casa onde poderiam viver, à vontade, dez
famílias.
[…]
15 – Queres ir à torre da mamã? – perguntou o Nicolau.
– Torre? Como a do meu bairro?
O Nicolau riu.
– Não tem quinze andares. É uma torre baixa. Queres ir? Queres ir ver onde ela passa as tardes?
– A fazer o quê?
20 – Ah, tu não sabias? A mamã é escritora. Quer dizer, não é mesmo, só faz de conta.
[…]
Na torre, sentado numa almofada no chão, ao lado do Nicolau, o Daniel fantasiava e sonhava
enquanto a Mariana lia. Eram muitas as histórias: uma lamparina concedia três desejos a quem a
esfregasse; um homem tinha um elevador para trazer a comida da cozinha para a sala e o elevador
25 ficava encravado, e também tinha um gira-discos que repetia a mesma coisa vezes sem conta; havia
uma menina que era do mar; e dois irmãos que iam andar de barco sem a mãe saber; e uma outra
menina que se enfiava num buraco e encontrava um coelho que andava de colete e tinha um relógio
de algibeira. A voz séria da mãe do Nicolau adoçava-se quando a personagem era uma menina que
trincava uma maçã mágica; e era cortante como uma faca quando a bruxa má prendia o menino na
30 gaiola. Era um papel de embrulho grosso e lustroso se as palavras tinham sentidos carregados ou
imprevistos. E quando falava algum homem mau, algum lobo ou criminoso, a voz dele vinha lá do
fundo, era rouca e tão assustadora que até fazia arrepios.
O Daniel olhava de soslaio para aquela leitora e não via a mãe do Nicolau, a patroa da sua mãe.
Via bruxas, coelhos falantes, meninos desobedientes e atrevidos, um cavalo negro, um cão que
35 puxava trenós. Via-os a cores e em movimento; alguns fugidios, teimando em não se fixarem, como
personagens de sonhos breves, outros tão nítidos que lhe pareciam amigos de sempre, vizinhos
encontrados todos os dias ao sair de casa. E ao fim de cada história, a folha em branco para o Daniel
encher com as formas e as cores que quisesse.
2.1. A descrição da casa é feita seguindo uma determinada ordem. Indica a ordem seguida:
a. de uma visão de conjunto para os pormenores ou o contrário?
b. do interior para o exterior ou o contrário?
2.2. Transcreve as expressões utilizadas para ordenar e situar no espaço os elementos descritos.
4.1. A voz de Mariana modifica-se ao longo da leitura. A que se devem essas transformações?
Qual o seu objetivo?
4.3. Comenta os sentimentos de Daniel durante a audição das histórias que Mariana conta.
Grupo II
3. Observa os complexos verbais destacados nas frases da primeira coluna. De seguida, indica a
forma como cada um é constituído (coluna da direita).
c. Em criança, ela tinha escrito uns contos. 2. verbo auxiliar da passiva + verbo
principal
d. Ela vai ler uma história aos dois miúdos.
3. verbo auxiliar temporal + verbo
e. Mariana era vista por Daniel como uma personagem principal
das histórias.
Grupo III
Na sua obra Como um romance, Daniel Pennac indica dez direitos do leitor, entre os quais os
seguintes: “O direito de saltar páginas”, “O direito de ler não importa o quê” e “O direito de amar os
‘heróis’ dos romances”. Num texto bem estruturado, com um mínimo de 190 e um máximo de 240
palavras, expõe a tua opinião sobre um destes direitos.
Cotações