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TEMA: Talude
Discentes:
Arcénio Artur Munguambe
Aloísio Euclides Gimo
Élson Jeremias Mário Majate
Joseph Eugeny Zitha
Pedro Lazaro Comé
Docente: _______________
1.2. Definições...................................................................................................................... 2
2. Talude ....................................................................................................................................... 4
i
2.3.4. Escorregamentos por percolação de água ................................................................ 18
3. Conclusão ............................................................................................................................... 32
ii
Índice de figuras
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1. Introdução
O presente trabalho em como tema em foco, estabilidade de taludes. Como exemplo dessas
aplicações, podemos citar engenharia de minas, as obras de construção e recuperação de rodovias.
Visando assegurar as condições de conforto, segurança e economia na construção de uma rodovia,
além das condicionantes geométricas de traçado, é imprescindível proceder às investigações de
natureza geológica e geotécnica da região a atravessar, as quais constituem os fundamentos dos
estudos de drenagem e de estabilidade dos cortes e túneis, aterros e seus terrenos de suporte,
fundações de obras de arte e dimensionamento dos pavimentos.
O dicionário livre de geociências define talude como um termo mais aplicado em estudos
geotécnicos, sendo sinônimo de vertente no caso de talude natural e apresenta ainda a definição de
talude artificial, como aquele feito pelo homem, podendo ser devido à remoção de material, neste
caso é chamado de talude de corte; ou acúmulo de material, chamado de talude de aterro.
1.1. Objectivos
1.1.1. Gerais
1.1.2. Específicos
_ Conceituar Talude;
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1.1. Metodologia
Para a prossecução dos objectivos acima mencionados foi elaborado um plano de estudo
consistindo nas seguintes fases nomeadamente: fase da Revisão Bibliográfica e a fase do Trabalho
de Gabinete. Estas fases consistiram na obtenção de informações através de documentos em
formato electrónico do tipo PDF, Artigos científicos, Brochuras, e informações da internet
referentes ao tema em estudo.
1.2. Definições
Plataforma da estrada
Superfície do terreno ou terrapleno compreendida entre os dois pés dos cortes, no caso de seção
em corte, compreendida entre crista a crista do aterro, no caso de seção em aterro, ou compreendida
entre pé do corte a crista do aterro, no caso de seção mista. No caso dos cortes a plataforma
compreende também a sarjeta.
Talude escalonado
Talude alto com prática construtiva de bermas ou banquetas com vista à redução da velocidade das
águas pluviais superficiais para facilitar a drenagem e aumentar a estabilidade do maciço.
Faixa terraplanada
Faixa correspondente à largura que vai da crista a crista do corte, no caso de seção plena em corte.
Do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena em aterro. E da crista do corte ao pé do
aterro no caso de seção mista. É a área compreendida entre as linhas de “Off sets”.
Material de 1ª categoria
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Solos em geral residuais, sedimentares seixos e ou outros facilmente escavados segundo as
operações de escavação, com emprego de equipamentos com baixa potência de corte. 3.10
Material de 2ª categoria
Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior a rocha mãe não alterada, cujo
corte deve ser realizado conforme a combinação de processos de equipamentos de baixa potência
a média potência a uso de baixa carga de explosivos. Incluem nessa categoria blocos de rocha em
volume inferior a 2 m³, matacos e entre outros.
Material de 3ª categoria
Materiais que oferecem resistência ao desmonte mecânico, similar a rocha mãe não alterada, cujo
corte deve ser realizado conforme a combinação de processos de equipamentos de baixa potência
a alta potência ao corte e emprego contínuo de explosivos.
Terra planagem
Terra planagem é a movimentação de quantidades de solo com o objetivo de atender a
um projeto topográfico. Ela utiliza procedimentos de limpeza para escavação do solo, rochas ou
associações desse tipo.
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2. Talude
Os taludes ou as encostas naturais são definidos como superfícies inclinadas de maciços terrosos,
rochosos ou mistos (solo e rocha), originados de processos geológicos e geomorfológicos diversos,
podendo apresentar modificações antrópicas, tais como cortes, desmatamentos, introdução de
cargas, etc. (De acordo com Filho e Virgili (1998, p. 243)
Os taludes naturais são comumente conhecidos como encostas e sua denominação feita através
de estudos geotécnicos. Formados há muitos milhões de anos e encontrados principalmente nas
encostas de montanhas.
Já os taludes artificiais são os declives de aterros diversos construídos pelo homem, onde as ações
humanas alteram as paisagens primeiras, atuando sobre os fatores ambientais, modificando a
vegetação, alterando topografias, podendo inclusive alterar o clima da região.
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Figure 2. Mina - Talude Artificial (fonte: Google)
Um talude é uma superfície inclinada do solo que limita um platô. Os taludes também são
chamados de encostas, rampas ou morros, podem ser naturais ou construídos artificialmente pelo
homem.
Talude é “toda e qualquer superfície inclinada que limita um maciço de terra, rocha ou de ambas,
distinguindo igualmente talude natural (encostas ou vertentes) e artificial (cortes e aterros) ”.
(Carmignani e Fiori (2009))
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As encostas são formadas por um manto de material decomposto ou manto de intemperismo sobre
uma superfície rochosa. Em algumas situações entre o manto de intemperismo e o substrato
rochoso há um limite gradativo. Os fatores naturais podem atuar isolados ou em conjunto durante
o processo de formação de um talude natural respondendo pela estrutura característica destes
maciços. Podemos classificar esses fatores em dois grupos: Geológicos e ambientais.
2.1.1. Geológicos
Litologia, estruturação e geomorfologia: São responsáveis pela constituição química, organização
e modelagem do relevo terrestre; à ação deles, soma-se a dos fatores ambientais. Assim, a litologia,
com os constituintes dos diversos tipos de rocha, a estruturação dos maciços – através dos processos
tectônicos, de dobras, de falhamento, etc., e a geomorfologia – tratando da tendência evolutiva dos
relevos.
2.1.2. Ambientais
Clima, topografia e vegetação: Não devem ser considerados isoladamente dos fatores geológicos,
e tem como principal agente a erosão, influenciada pelo clima, topografia e vegetação.
Figure 4. força da água que corre superficialmente e produz a erosão do terreno (fonte Google)
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Na figura acima a força S é a força da água que corre superficialmente e produz a erosão do terreno
e em alguns casos a voçoroca. A força E é a força denominada EMPUXO e ela empurra uma parte
do terreno para fora do talude, causando desastres. A força N é a força da água que percola (anda)
dentro do maciço do talude. A força da água arrasta as partículas finas da terra deixando no lugar
vazios que irão produzir o adensamento do terreno. Forma-se lama dentro do talude e este desliza
sobre essa lâmina de lama.
2.2.1. EQUIPAMENTO
As escavações de corte devem ser executadas mediante a utilização racional de equipamento
adequado, que possibilite a execução dos serviços sob condições específicas. Antes do início dos
serviços, todo equipamento deve ser examinado e aprovado pela fiscalização da Arteris. O
equipamento básico para a execução de cortes em geral em solos de 1ª, 2ª e 3ª categoria,
compreende as seguintes unidades:
a) Tratores de esteira equipados com lâminas;
b) Escavadores conjugados com transportadores diversos;
c) Caminhão basculante;
d) Motoniveladoras pesadas equipadas com escarificador;
e) Tratores empurradores (“pushers”);
f) Perfuratrizes pneumáticas ou elétricas;
g) Explosivos e detonadores;
h) Retroescavadeiras e escavadeiras.
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2.2.2. Desenvolvimento e manutenção de Acessos
Os acessos são os principais meios de ligar as várias frentes de lavra. Os acessos principais são
utilizados para escoamento de minério. Assim, são construídos de modo que fiquem acima do nível
dos depósitos, a fim de facilitar a drenagem dos mesmos. Estes acessos são confeccionados, para
garantir o máximo desempenho dos caminhões de transporte e possuem uma largura padrão na
ordem de 16 m.
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2.2.4. Drenagens
As drenagens são confeccionadas durante e após o desenvolvimento dos acessos. Os canais de
drenagem são desobstruídos rotineiramente de modo a permitir a passagem e direcionamento da
água para os sump’s ou gabiões.
A realização das operações de esgoto tem como objectivo a combinação dos seguintes aspectos:
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_ Melhorar as condições de trabalho; (frente de extracção)
_ Proteger a qualidade da água e dos aquíferos. (não contaminação das águas dos rios tanto como
dos lenções freáticos)
Sistemas de Isolamento
Constituem em impedir o fluxo de água para o interior das cavidades, e são compostos
essencialmente, por valas, diques e tubagens.
O objectivo destes elementos é conduzir a água pelo exterior da mina, descarregando-as no ponto
de menor cota. Para tal, definem-se valas de cintura para escoamento, limitadas internamente por
diques de material impermeável, impedindo o galgamento pelas águas em situações extremas de
escorrência.
Os poços de bombeamento podem ser localizados dentro e fora do perímetro da cava da mina.
Quando projetados circundando as paredes da cava, estes trabalham como barreiras externas para
evitar a entrada de fluxo de água ao interior da cava ou para aproveitar situações de evidentes
gradientes hidráulicos.
Dependendo dos requerimentos, os poços perfurados são base da cava ou desde as bermas dos
taludes, com profundidades entre 20 a 400m.
Figure 8. Representação esquemática dos poços de bombeamento (exterior e interior) na cava com
seu respectivo sistema de drenagem superficial ( fonte: Google)
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Portanto, estes drenos horizontais são furados em bermas em direção dos taludes da cava onde há
ou já houve ocorrência de fluxo de águas, seja devido a precipitações ou infiltrações de águas.
Essa inclinação permite que os furos tenham livre drenagem e estejam predominantemente em
gravidade.
As principais vantagens deste sistema são a rapidez de execução, o relativo baixo custo
de instalação, o consumo de energia nulo, pois a drenagem faz-se por gravidade, o baixo
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A indústria minera que emprega este tipo de extração, geralmente necessita remediar estas áreas e
recuperá-las, minimizando os impactos ambientais gerados e evitando danos ao meio ambiente.
Nestes casos, as solucoes para a tal minimizacao são as obras de estabilização, proteção e
recuperação de taludes e cavas antes, durante e depois da exploração.
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pilhas de minérios sólidos;
deposições em forma de lamas;
deposição em tambóres ou condutos;
Pereira et al. 2008, Keller 2012) sugerem que os fatores considerados como mais contributivos
para a instabilidade de um talude são os seguintes:
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Composição geológica;
Morfologia;
Clima;
Vegetação;
Água;
Tempo;
Atividade Antrópica.
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Figure 13. padrões para talude (fonte: Google)
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As descontinuidades geológicas, presentes nos maciços rochosos e em solos de alteração,
constituem também planos ao longo dos quais pode haver escorregamento, desde que a orientação
desses planos seja em sentido à rodovia.
2.3.2.5.Escorregamento em aterro
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O projeto de um aterro implica na consideração das características do material com o qual vai ser
construído, como também das condições de sua fundação. Quando construídos sobre rochas
resistentes, os aterros se mostram, em geral, estáveis por longo tempo. No caso de aterros sobre
solos moles, como argila marinha ou argila orgânica, o seu projeto e construção devem obedecer a
técnicas adequadas, de modo a impedir que ocorram recalques exagerados, deixando as pistas com
ondulações e provocando rompimentos ou deslizamentos de canaletas, bueiros e galerias. Nos
aterros bem projetados e construídos sobre solos resistentes, somente a má execução do maciço
poderá acarretar problemas. Escorregamentos podem ocorrer nas laterais do aterro, devido à má
compactação, mas, geralmente, de pequenas proporções.
O material solto tende a escorregar e, se não houver tratamento, poderá evoluir por
erosão.
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Figure 18. rochas armadilhadas(fonte: Google)
2.4.2.2.Cortes
Intervenção no meio físico efetuada geralmente em solo de alteração de rochas, por meio de
equipamentos e máquinas, criando uma superfície plana e inclinada, com o objetivo de estabelecer
uma situação mais estável em face de prováveis processos de instabilização produzidos por
movimentos gravitacionais de massa (escorregamento).
2.4.2.3.Solo Reforçado
Consiste na introdução de elementos resistentes na massa de solo, com a finalidade de aumentar a
resistência do maciço como um todo. O método de execução é o chamado “Down-Top” (de baixo
para cima). Durante a execução do aterro a ser reforçado, a cada camada de solo compactado
executada, faz-se o intercalamento com uma camada de elementos resistentes. À medida que o
aterro vai sendo alteado, o talude reforçado vai tomando forma. Geralmente, a face do talude
reforçado recebe um revestimento, para que problemas, como erosão, possam ser evitados.
2.4.1.3.Aterro compactado
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Estrutura de disposição de solo e/ou fragmentos de rocha, em aterro, produzindo diminuição de
volume e conseqüente redução de porosidade, o que determina o aumento de densidade (por meio
de compactação) e a redução da permeabilidade. A compactação do material de um aterro é
executada para prevenir a ocorrência de erosão e escorregamento e, ainda, atenuar o desconforto
associado ao impacto visual causado pela presença de grandes volumes de material dispostos de
maneira não uniforme.
2.4.1.4.Terra Armada
Os elementos de reforço são tiras metálicas, que recebem tratamento especial anticorrosão. Estas
tiras são presas a blocos de concreto que protegem a face,
para que se evite deslocamento excessivo das mesmas. Cabe lembrar aqui que estes blocos de
concreto não possuem função estrutural.
2.4.1.5.Geossintéticos
Atualmente, estes materiais vêm sendo amplamente utilizados e novos tipos dos mesmos vem
sendo desenvolvidos. Podem ser utilizados com diferentes
finalidades: separação de materiais, reforço de aterros, filtração, drenagem e barreiras
impermeáveis. Os mais utilizados como elementos de reforço em solo são:
a)Geogrelhas;
b)GeoNets (“geo-redes”);
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Figure 21. GeoNets (“geo-redes”)( fonte: Google)
pressão, que penetra nos vazios do solo, formando um bulbo, e ancorando as barras metálicas. As
placas são acondicionadas e os tirantes protendidos. Em seguida, é feita a escavação da segunda
linha. A carga de protenção aumenta conforme a profundidade. Cargas muito altas podem causar
rupturas. Os tirantes se localizam a uma distância que varia entre 1,20 e 1,40 m. Outro ponto
fundamental é a manutenção das cortinas, pois apesar de exigirem menos cuidados, é necessário
avaliar se os tirantes estão intactos e se não há vazamentos. Com a movimentação do maciço, as
variações de temperatura e a eventual infiltração de água por trás do maciço, o concreto pode
fissurar e provocar infiltrações e vazamentos. Além disso, o tirante poderá oxidar. A cortina
atirantada e o solo grampeado são considerados métodos de ancoragem. Isso porque se apoiam no
interior do solo que estabilizam. Nesses casos, é importante aprofundar os tirantes ou chumbadores
até que fiquem fora da zona de movimentação. Caso contrário, a estrutura é carregada em caso de
deslizamento. O ponto crítico dessas estruturas é a barra de aço, que deve ser protegida com
argamassa ou nata de cimento a fim de evitar corrosão e consecutivo rompimento do tirante ou
chumbador. Por utilizar o terreno vizinho para o apoio, também é essencial a autorização do
proprietário para a execução da obra. Tanto por questões legais quanto para evitar que os tirantes
sejam removidos em caso de obras futuras.
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2.4.2.5.Solo Grampeado (ou Pregado)
É menos dispendioso que a cortina atirantada. É aplicável apenas em solos firmes, caso contrário
corre-se o risco da terra escorrer por entre os grampos. Consiste na introdução de barras metálicas,
revestidas ou não, em maciços naturais ou em aterros. Sua execução é composta das seguintes
fases:
2.6.1.5.Muros de Arrimo
Muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical, apoiadas em uma
fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenaria (tijolos ou pedras) ou em concreto
(simples ou armado), ou ainda, de elementos especiais. Os muros de arrimo podem ser de vários
tipos: gravidade (construídos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus), de flexão (com ou sem
contraforte) e com ou sem tirantes.
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2.3.1.6. Gabiões
O muro funciona da mesma maneira que o muro de arrimo. As gaiolas são preenchidas com pedra
britada. Isso garante que a estrutura seja drenada e deformável.
Durante a execução é importante a disposição das pedras, de modo que o arranjo fique
denso. A proteção da estrutura metálica pode ser feita com PVC ou pelo argamassamento da
superfície externa. A experiência de colegas do grupo aponta para o uso de formas no preparo do
muro. As formas auxiliam para que o gabião fique montado de acordo com sua gaiola. Outro ponto
que deve ser observado é a base, que conforme o terreno deve ter um preparo prévio. Em alguns
casos, usa-se o gabião tipo colchão Reno de base e o tipo caixa para execução do muro.
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2.3.1.7.Crib-walls
Esse método surgiu para melhorar o uso de concreto e aço, barateando o
processo. É composto de peças de concreto que se encaixam, formando uma gaiola. O formato
final lembra a estrutura de uma fogueira, de onde deriva o nome. Para preencher as caixas é
utilizado o próprio material retirado no corte.
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Figure 26. Solo ensacado (Fonte: Google).
2.3.1.9.Retaludamento
O retaludamento pode se destinar a um talude específico ou à alteração de todo o perfil de uma
encosta. Trata-se de intervenções para a estabilização de taludes, através de mudanças na sua
geometria, geralmente feito por meio de cortes nas partes mais elevadas com o intuito de regularizar
a superfície e, sempre que possível, recompor artificialmente condições de topografia de maior
estabilidade para o material que as constitui. Muitas das vezes são combinados a aterros compactos
para funcionar como
carga estabilizadora na base da encosta. Áreas retaludadas ficam frágeis, em virtude da exposição
de novas áreas cortadas, razão pela qual o projeto de retaludamento deve
incluir, indispensavelmente, proteção do talude alterado, através de revestimentos naturais ou
artificiais associados a um sistema eficaz de drenagem.
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Figure 27. área degrada
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2.3.1.10. Estabilização de blocos
Contudo, por mais simples que os processos da utilização da vegetação na engenharia possam
parecer, especialmente em operações de controle de erosão, demandam cuidado na escolha do tipo
de vegetação que será usado, ou pode não fornecer auxílio nenhum, pelo contrário, acelerando
processos erosivos e sendo contribuintes para instabilizações de taludes.
O uso da vegetação para controle de processos erosivos, portanto, deve ser criterioso, já que pode
interferir intensamente na transferência da água da atmosfera para o solo nas águas de infiltração e
nos sistemas de drenagem superficial.
Alguns pontos de interferência entre a estabilidade do solo e a vegetação devem ser ressaltados,
sendo pontos positivos:
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Caule / Folhas: Reduzem a erosão pelo Efeito Splash, reduzem a erosão laminar, aumentam a
rugosidade e, além disso, as plantas rasteiras recobrem eficientemente o solo
Raízes: Podem danificar estruturas cimentadas, raízes secas podem concentrar fluxo de água
pluvial, raízes finas e superficiais impedem a infiltração e desagregam partículas de solo (bambu).
Caule / Folhas: A existência de árvores em taludes, faz com que o peso próprio das árvores
aumente as forças atuantes provocando deslizamentos, plantas altas, de folhas largas, podem causar
erosão, vento em árvores produz forças sobre as massas de solo, ativando deslizamentos.
Factores económicos
- Interrupção das operações;
- Perda de Minerio;
- perda de equipamentos;
- Aumento de remocao de estéril;
- Custos adicionais de limpeza;
- Perda de mercado.
Factores ambientais e regulatórios
- Impacto ambiental;
- Aumento do rigor dos regulamentos;
- Impacto no fechamento da mina.
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3. Conclusão
Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível agregar um bom conhecimento sobre o que é
um talude e quais as formas e procedimentos para sua estabilização. Para isso foi de grande
importância o estudo de literatura especifica. As ilustrações esquemáticas sobre
as formas de estabilização dos taludes apresentadas no trabalho, proporcionou-nos uma melhor
compreensão do assunto.
Podemos perceber a importância da geologia, ou de um conhecimento básico sobre
essa ciência, para a formação e atuação bem-sucedida dos profissionais de engenharia civil e área
mineira, sobretudo em grandes obras, como construção de rodovias, ferrovias, túneis, barragens,
etc que exigem um bom conhecimento sobre estabilidade de taludes.
Portanto, mesmo que o engenheiro civil não atue diretamente nos estudos e
levantamentos geotécnicos, é imprescindível que ele entenda a linguagem dos profissionais
dessa área, pois as decisões sobre qual o tipo de obra a ser executada para a estabilização de
uma determinada encosta ou talude, e até mesmo a responsabilidade técnica dessa execução,
são de sua competência.
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Referência Bibliográfica
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11682:2009 –
Estabilidade de encostas. Informações de catálogo. Disponível em:
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=51490. Acesso em 15/09/2015.
CARMIGNANI, Luigi; FIORI, Alberto Pio. Fundamentos de Mecânica dos Solos e das
Rochas: aplicações na estabilidade de taludes. 2ª ed. rev. e ampl. – Curitiba: Ed. UFPR,
2009.
FILHO, Oswaldo Augusto; VIRGILI, José Carlos. Estabilidade de Taludes. In: OLIVEIRA,
Antônio Manoel dos Santos; BRITO, Sérgio Nertan Alves de. Geologia de engenharia. São
Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998.
Pereira, S., J. L. Zêzere, I. D. Quaresma and C. Bateira (2014). "Landslide incidence in the North
of Portugal: Analysis of a historical landslide database based on press releases and technical
reports." Geomorphology 214(0): 514-525.
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