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Tópicos de Macro, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.

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Tópicos de Macroeconomia, UFRPE - Prof. Luiz Flávio Maia Filho


( luiz_maia@yahoo.com )
3a e 4a Semanas:
Solow com Tecnologia, com Capital Humano e a Empírica. Cap. 2 e 3 do Jones.

I – Modelo de Solow com Tecnologia:

● Para gerar crescimento sustentado na renda per capita, Solow percebeu a


necessidade de introduzir hipóteses relativas ao avanço das técnicas de
produção, algo que inexistia na versão original do modelo;
● Isso se dá pela introdução de uma nova variável ao modelo, A,
representando uma espécie de grau de eficiência do trabalhador... com
técnicas melhores, uma hora de trabalho do funcionário passa a gerar mais
produto se A1>A0;
● O progresso tecnológico ocorre se A aumenta ao longo do tempo;
● A função de produção se torna: Y = F(K, AL) = Kα(AL)1-α (2.7)

● Ao invés de estudar aspectos das decisões nos países que estimulam ou


inibem o progresso teconológico, Solow adota uma hipótese simplificadora
(e irrealista): suponha que a tecnologia avança independente das decisões
no país... em outras palavras, a tecnologia é exógena:
.
A/A = g <=> A = A0 . egt

... onde g é um parâmetro que representa a taxa de crescimento da tecnologia. A


equação de acumulação de capital continua a mesma, como abaixo...
.
K/K = sY/K – d (2.8)

Mas a expressão para a produção per capita fica um pouco diferente de antes:

y = kα . A(1 – α) (2.2)

Se aplicarmos logaritmo natural e derivarmos a expressão em relação ao tempo:


. . .
y/y = α k/k + (1 – α) A/A (2.9)
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― Note: a) Da expressão (2.8), deduz-se que a taxa de crescimento de K será


constante apenas se Y/K também for constante;
b) Se Y/K for constante, y/k também será constante e ambas variáveis
estarão variando conforme a mesma taxa;
c) Uma situação em que o estoque de capital (K), a produção (Y) e o
consumo (C) crescem a uma mesma taxa é chamada de trajetória de
crescimento equilibrado – de grande interesse empírico.
.
― Usemos a notação gx = x/x e vejamos que, para uma trajetória de crescimento
equilibrado, a expressão (2.9) exige que:
gy = gk = g (2.10)

... ou seja, no modelo de Solow com tecnologia, ao longo da trajetória de


crescimento equilibrado, o produto per capita e o capital per capita crescem à
taxa de crescimento da tecnologia g – ainda que nada nos garanta, até aqui, que a
economia se comportará dessa forma.

― Reiterando: A trajetória de crescimento sustentado, com renda per capita


crescendo ao ritmo do progresso tecnológico, é UMA HIPÓTESE, por enquanto;

― Para desenvolvermos a análise gráfica nesse modelo, vamos definir uma nova
variável; nossa opção na versão anterior (k), agora cresce ao longo do tempo...
vamos definir uma outra, que tenda a permanecer constante:

~ ~y≡Y/AL)
k ≡ K/AL = k / A (façamos logo, também

Note que к, a razão capital-tecnologia, é constante numa trajetória de


crescimento sustentado porque k e A crescem, por definição, no mesmo ritmo.
~
Chamaremos ainda y≡Y/AL de razão produto-tecnologia.

― Reescrevendo a função de produção:

~ ~
y = k  (2.11)
o que é bem diferente de...
y = kα (2.2)

~ ~ ~
Como k ≡ K/AL, então k / k  K / K  A / A  L / L ; além disso, podemos substituir
a equação (2.8) e as definições de “g” e “n” nessa expressão para obtermos (como
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demonstrado em sala):
~ ~
k . s~
y  ( n  g  d )k
― Finalmente, temos o par de equações que nos interessa:

~ ~ (2.11)
y  ( k )
~ ~
k  s~
y  ( n  g  d )k (2.12)

― E, com isso, temos um diagrama bastante análogo ao anterior:

― A interpretação desse gráfico é também semelhante: se a economia parte de uma


razão capital-tecnologia inferior à ótima, o volume de capital-tecnologia que está
sendo produzido (pela decisão de poupança dos agentes, sў) é superior ao
necessário apenas para compensar o crescimento populacional (n), o avanço
tecnológico (g) e a depreciação do capital(d);

Uma pausa para reflexão:


~
Esse modelo baseado em k , e não mais na relação capital-trabalho (k) tem por base o fato de que
a tecnologia e o avanço tecnológico são “aumentadores” ou “potencializadores” de trabalho:
quando A cresce, 1 hora de dedicação passa a representar mais “trabalho efetivo” empregado...
assim, a relação capital-tecnologia ou capital-trabalho-efetivo cairia se apenas A crescesse, sem
uma contrapartida de mais K.
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― Antes de discutirmos os efeitos de mudanças na situação de equilíbrio


representada no último gráfico, vamos chegar à solução do modelo, com base
~
nas equações (2.11), (2.12) e com a condição para equilíbrio k  0 :

~ ~
k  s~y  ( n  g  d ) k  0
~ ~
Então... sk   ( n  g  d ) k  0
~
s /( n  g  d )  k 1
~
E, finalmente... k *  [ s /( n  g  d )]1 /(1 )

O que pode ser substituído na equação (2.11) para obtermos...

~
y *  [ s /( n  g  d )] /(1 )

― A interpretação da expressão acima fica mais fácil se a reescrevermos em termos


de PIB per capita (ao invés de PIB por trabalhador efetivo); como ў≡Y/AL e
y≡Y/L, e lembrando que essas variáveis evoluem com o tempo, chegamos a:

y (t )*  A(t ).[ s /( n  g  d )] /(1 ) (2.13)

― Com isso, a taxa de crescimento do PIB per capita será a mesma taxa do
crescimento tecnológico, já que no lado direito da expressão (2.13) apenas a
variável A(t) muda ao longo do tempo (o resto é só parâmetro, números fixos)”;

― Note bem:
(1) A taxa de poupança/investimento (s), a taxa de crescimento populacional (n),
a taxa de depreciação (d) e o parâmetro da função de produção (α) afetam o
NÍVEL da renda per capita... elas dizem se o país parte de um patamar de US$
9.000,00 por habitante, como em países latinoamericanos... ou de US$ 45.000,00
por pessoa, como nos Estados Unidos;
(2) A taxa de crescimento tecnológico (g) também afeta o nível da renda per
capita – por compor o segundo termo do lado direito da equação – mas, mais
importante que isso, ela DETERMINA a taxa de crescimento de y, uma vez que
expressa o ritmo de crescimento de A(t).

Agora sim, podemos fazer o primeiro exercício de estática comparativa...


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Vale perguntar: O que aconteceria se a taxa de poupança/investimento numa


determinada economia em Steady State fosse elevada (s´>s)?

Resposta: a economia passa a poupar mais do que o suficiente para compensar o


crescimento populacional, a depreciação do capital e o ritmo de avanço da efetividade
do trabalho (tecnologia)... com isso, a razão capital-trabalho-efetivo começa a crescer...

Vale perguntar: Como se dá a transição? Bom, para ver a resposta, reescrevemos a


equação (2.11)...
~ ~ ~
k / k  s~y / k  ( n  g  d )
... como y = k~ ...
~
~ ~ ~
k / k  sk  1  (n  g  d ) ... que vai para o gráfico:
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O que pode ser visto na taxa de crescimento da renda per capita, temporariamente
elevada...

... e, também da renda per capita:

Recapitulando:

― Mudanças em políticas públicas que afetem s, n ou d têm efeitos apenas no nível


de renda per capita; países como os EUA tem renda per capita mais elevada que
o Brasil porque, historicamente, investem maior parcela da renda e tem menor
ritmo de crescimento populacional;
― O que afeta a taxa de crescimento da renda per capita é o ritmo do progresso
tecnológico; países como os EUA registram taxas de crescimento da renda per
capita da ordem de 2% a.a. nos últimos 100 anos porque contam com progresso
tecnológico em todo o período;
― O efeito do avanço tecnológico é impedir que a queda do produto marginal do
capital leve a economia a estagnar-se, em termos de renda e capital per capita;
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II – A Contabilidade do Crescimento (Decomposição em Fatores):

― Em 1957, Solow publicou outro artigo, de caráter empírico, em que perguntava


se seria possível identificar a participação dos diversos fatores relevantes para o
crescimento...
― Supõe-se uma função de produção global, representando toda a produção de um
certo país, em formato ligeiramente diferente da anterior:

Y  BK  L1
Aplicando log e derivando em relação ao tempo, temos...

Y / Y  B / B   ( K / K )  (1   ) L / L (2.14)

― Essa expressão nos diz que a taxa de crescimento do PIB será uma média
ponderada da taxa de crescimento do estoque de capital, da força de trabalho e
do termo B, chamado Produtividade Total dos Fatores (PTF);

― Esse termo B é usualmente interpretado como consolidador de condições gerais


e tecnológicas da sociedade que afetariam, de forma difusa, a produtividade das
atividades econômicas como um todo...

― Dos termos acima, esse nível de produtividade abstrato (B) é o mais difícil de ser
calculado... mas, se sabemos a taxa de crescimento do PIB, do estoque de capital
e da força de trabalho, podemos obter a taxa de crescimento de B como o resíduo
do cálculo...
― Assumindo α=0,30 para a participação do capital na renda total da economia e
aplicando dados da economia americana, obteríamos:
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― O destaques da tabela acima é a redução significativa da PTF nos anos 70, que foi
atribuída a uma série de possíveis causas:
a) Choques do Petróleo? Bom, impactos foram revertidos na década de 80, sem
que a PTF voltasse aos patamares anteriores...
b) Mudanças setoriais, com trabalhadores migrando da indústria de
transformação (alta produtividade) para os serviços... hipótese apoiada pela
evidência de rápido avanço na produtividade industrial nos anos 80;
c) Queda no ritmo de despesas com P&D e queda do ritmo dos investimentos
públicos em infraestrutura;
d) Lenta adaptação da sociedade a um novo paradigma tecnológico, que viria se
manifestar a partir dos anos 90.

O mesmo tipo de análise foi aplicado para se tentar explicar o crescimento dos
chamados países emergentes, com destaque para os tigres asiáticos:

― A correlação entre o crescimento do coeficiente PTF e o ritmo de crescimento da


renda per capita não é assim tão regular quanto se esperava...

― Os tigres asiáticos se encontram acima da linha de 45 graus: taxa de crescimento


da renda per capita é bem superior à taxa de crescimento da PTF... ou seja, o
ritmo de crescimento do estoque de capital e da força de trabalho parecem
explicar boa parte do “milagre econômico” desses países.
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EXERCÍCIOS SUGERIDOS:

Anpec 2005:

Anpec 2003

Anpec 2006:
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Respostas (discutidas em sala de aula):

Questão 8, 2005: F,V,V,V,F

Questão 13, 2003:

(0) O item pode ser compreendido através de cálculos ou através do gráfico. Antes de tudo,
proponha-se a seguinte questão: se coubesse ao governo definir a taxa de poupança da
economia, e se o presidente quisesse escolher a taxa s mais favorável ao consumo e a satisfação
do povo, que taxa seria essa?
a) Zero? Bom, se fosse 0, a população comeria mundo esse ano, mas morreria de fome no
ano que vem...
b) 100%? Aí seria o caso contrário: amanhã haveria fartura, mas todos morreríamos hoje...
c) 80%? Puxa, será que a população ficaria satisfeita com apenas 20% da renda? Tudo bem
que a renda per capita de steady state seria muito alta, mas não lhe parece sacrifício
demais?
O fato é que podemos buscar, dentre as possibilidades oferecidas pela tecnologia atual, qual o
maior nível de consumo que pode ser sustentado de maneira permanente, o que se dá o nome
de Regra de Ouro (Golden Rule)... vejamos graficamente, primeiro:

y (n+d)k y = f(k) = kα

y* = f(k*) s*y = s*kα

k* k

― Note que há um ponto em que a diferença entre o que é produzido e o que é


necessário para se investir para repor a razão capital-trabalho, é máxima... o
governo escolheria a taxa de poupança “s” que passasse por aquele ponto;

― Note ainda que, ao definir s*, o governo determinou o nível de capital per capita
k*, a renda per capita y* e o nível de consumo máximo c* = y* – (n+d)k* ... e que a
inclinação da função de produção no ponto f(k*) é, aparentemente, a mesma que
a da linha (n+d)k... será coincidência?
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― Do ponto de vista do cálculo, como em steady state sy=(n+d)k, temos que


maximizar a diferença entre o produto total e a poupança de reposição do
capital:
Max f ( k )  (n  d ) k
k

f ( k )  ( n  d )  0

f ( k )  (n  d )

― Retornando à frase da questão, temos exatamente sua constatação na última


expressão acima. Assim, a Regra de Ouro diz que o nível de consumo máximo
será alcançado se o governo estabelecer s* tal que f´(k)=(n+d).

Vejamos as outras afirmativas:

(1) As variáveis estacionárias, no modelo com progresso tecnológico, são ~


y  Y / AL
~
e k  K / AL ; sendo assim, para que a fração se mantenha constante, numerador e
denominador devem crescer no mesmo ritmo... AFIRMATIVA FALSA.

(2) FALSA: a poupança determina os patameres de capital e renda por trabalho


efetivo... quem determina a taxa de crescimento é o avanço tecnológico.

(3) VERDADEIRA: vide resposta anterior.

(4) VERDADEIRA, mas cuidado(!): no modelo, taxas de crescimento populacional


maiores levam, em steady state, a taxas de crescimento da renda total mais elevadas;
na prática, porém, para que uma taxa de crescimento da renda seja maior que a outra,
a soma de seus componentes tem que ser maior... o ritmo de crescimento populacional
geralmente é de ordem inferior ao progresso técnico; na vida real, observa-se que
crescem mais rapidamente as rendas de países com taxas de crescimento populacional
relativamente modestas.

Questão 11, 2006: V, V, V, F, V


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III – O Modelo de Solow com Capital Humano (H):

― Em 1992, Gregory Mankiw, David Romer e David Weil reavaliaram o


desempenho do modelo de Solow em termos empíricos... concluindo que ele era
bom; mas descobriram que o desempenho – em se mostrar consistente com os
dados de diversos países – seria ainda melhor com a introdução de H, uma
medida de estoque de trabalho qualificado;
― Define-se a nova função de produção:

Y  K  ( AH )1 (3.1)
onde, como antes, A indica uma tecnologia “aumentadora de trabalho” que
cresce à taxa “g”;

― O estoque de trabalho qualificado cresce na medida em que os trabalhadores


alocam uma fração maior do seu tempo aprendendo novas habilidades,
conforme expressa a equação abaixo:

H  e .u L (3.2)
onde L ≡ estoque de trabalho sem qualificação;
u ≡ fração do tempo que o trabalhador dedica à qualificação, definida de
maneira exógenas, da mesma forma que s – na prática, usamos o
número de anos de escolaridade média da força de trabalho;
ψ ≡ termo positivo e constante, indica quanto cresce o estoque de capital
humano com mais 1 ano de escolaridade média da força de trabalho;

― Note que se u=0, estaríamos de volta ao caso anterior, o modelo de Solow com
tecnologia aumentadora de trabalho; não é difícil mostrar que ∂H/∂u = ψH... ou
seja, supondo que u cresça em uma unidade (um ano adicional de escolaridade)
e que ψ=.10, o estoque de capital humano cresceria em 10%;

― O estoque de capital físico varia como já vimos nas outras versões do modelo:

K  sK Y  dK (3.4)

com sK ≡ taxa de poupança/investimento em capital físico; d ≡ tx de depreciação;

― Dividindo os dois lados da equação (3.1) por L, substituindo (3.2) na expressão e


adotando a definição h=eψu, temos:

y  k  ( Ah)1 (3.5)
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― Adotando a estratégia empregada anteriormente, definimos variáveis de modo a


~
encontrarmos um sistema que tenha um steady state...: ~
y  Y / LAh ; k  K / LAh
Assim, (3.4) e (3.5) podem assumir as formas abaixo, com as quais já estamos
familiarizados:
~ ~ (3.6)
y k
~ ~
k  sK ~y  ( n  g  d )k (3.7)

― A solução do modelo vai ser obtida como antes, ou seja, igualando (3.7) a zero,
~
isolando k e chegando a:
~
k *  [ sK /( n  g  d )]1 /(1 )
~
y *  [ sK /( n  g  d )] /(1 )
e, como ~
y  Y / LhA ...
y (t )*  [ sK /( n  g  d )] /(1 ) .hA(t ) (3.8)

― A interpretação de (3.8) fica parecida com a sua versão anterior (modelo de


Solow com tecnologia, mas há novidades:

1. Países têm elevado patamar de renda per capita se apresentam uma alta taxa
de poupança/investimento em capital físico (sK), se têm uma baixa taxa de
crescimento populacional (n), se têm alto nível tecnológico (A)... e se passam
parte significativa do tempo acumulando habilidades, já que “u” significativo
implica “h” também grande;

2. Quanto à taxa de crescimento da renda per capita, nada mudou: o ritmo de


crescimento de A, ou seja, o ritmo de avanço da tecnologia (g), é quem define
a taxa de crescimento de y.

O que merece destaque na verificação empírica dessa versão do modelo:


a) O modelo tem desempenho relativamente bom para explicar as diferenças na renda per capita
dos países, mas as comparações envolvem hipóteses simplificadoras muito questionáveis... o
resultado é interessante, mas precisa ser lido com cuidado;
b) Os países mais ricos têm renda per capita 32 vezes mais elevadas que os países mais pobres...
a diferença entre taxas de investimento em capital físico consegue explicar 2 vezes... a diferença
em anos de escolaridade consegue explicar outras 2 vezes... sobra para a diferença em níveis
tecnológicos explicar 8 vezes... um grande desafio para os modelos de crescimento endógeno!

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