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Mas a expressão para a produção per capita fica um pouco diferente de antes:
y = kα . A(1 – α) (2.2)
― Para desenvolvermos a análise gráfica nesse modelo, vamos definir uma nova
variável; nossa opção na versão anterior (k), agora cresce ao longo do tempo...
vamos definir uma outra, que tenda a permanecer constante:
~ ~y≡Y/AL)
k ≡ K/AL = k / A (façamos logo, também
~ ~
y = k (2.11)
o que é bem diferente de...
y = kα (2.2)
~ ~ ~
Como k ≡ K/AL, então k / k K / K A / A L / L ; além disso, podemos substituir
a equação (2.8) e as definições de “g” e “n” nessa expressão para obtermos (como
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demonstrado em sala):
~ ~
k . s~
y ( n g d )k
― Finalmente, temos o par de equações que nos interessa:
~ ~ (2.11)
y ( k )
~ ~
k s~
y ( n g d )k (2.12)
~ ~
k s~y ( n g d ) k 0
~ ~
Então... sk ( n g d ) k 0
~
s /( n g d ) k 1
~
E, finalmente... k * [ s /( n g d )]1 /(1 )
~
y * [ s /( n g d )] /(1 )
― Com isso, a taxa de crescimento do PIB per capita será a mesma taxa do
crescimento tecnológico, já que no lado direito da expressão (2.13) apenas a
variável A(t) muda ao longo do tempo (o resto é só parâmetro, números fixos)”;
― Note bem:
(1) A taxa de poupança/investimento (s), a taxa de crescimento populacional (n),
a taxa de depreciação (d) e o parâmetro da função de produção (α) afetam o
NÍVEL da renda per capita... elas dizem se o país parte de um patamar de US$
9.000,00 por habitante, como em países latinoamericanos... ou de US$ 45.000,00
por pessoa, como nos Estados Unidos;
(2) A taxa de crescimento tecnológico (g) também afeta o nível da renda per
capita – por compor o segundo termo do lado direito da equação – mas, mais
importante que isso, ela DETERMINA a taxa de crescimento de y, uma vez que
expressa o ritmo de crescimento de A(t).
O que pode ser visto na taxa de crescimento da renda per capita, temporariamente
elevada...
Recapitulando:
Y BK L1
Aplicando log e derivando em relação ao tempo, temos...
Y / Y B / B ( K / K ) (1 ) L / L (2.14)
― Essa expressão nos diz que a taxa de crescimento do PIB será uma média
ponderada da taxa de crescimento do estoque de capital, da força de trabalho e
do termo B, chamado Produtividade Total dos Fatores (PTF);
― Dos termos acima, esse nível de produtividade abstrato (B) é o mais difícil de ser
calculado... mas, se sabemos a taxa de crescimento do PIB, do estoque de capital
e da força de trabalho, podemos obter a taxa de crescimento de B como o resíduo
do cálculo...
― Assumindo α=0,30 para a participação do capital na renda total da economia e
aplicando dados da economia americana, obteríamos:
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― O destaques da tabela acima é a redução significativa da PTF nos anos 70, que foi
atribuída a uma série de possíveis causas:
a) Choques do Petróleo? Bom, impactos foram revertidos na década de 80, sem
que a PTF voltasse aos patamares anteriores...
b) Mudanças setoriais, com trabalhadores migrando da indústria de
transformação (alta produtividade) para os serviços... hipótese apoiada pela
evidência de rápido avanço na produtividade industrial nos anos 80;
c) Queda no ritmo de despesas com P&D e queda do ritmo dos investimentos
públicos em infraestrutura;
d) Lenta adaptação da sociedade a um novo paradigma tecnológico, que viria se
manifestar a partir dos anos 90.
O mesmo tipo de análise foi aplicado para se tentar explicar o crescimento dos
chamados países emergentes, com destaque para os tigres asiáticos:
EXERCÍCIOS SUGERIDOS:
Anpec 2005:
Anpec 2003
Anpec 2006:
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(0) O item pode ser compreendido através de cálculos ou através do gráfico. Antes de tudo,
proponha-se a seguinte questão: se coubesse ao governo definir a taxa de poupança da
economia, e se o presidente quisesse escolher a taxa s mais favorável ao consumo e a satisfação
do povo, que taxa seria essa?
a) Zero? Bom, se fosse 0, a população comeria mundo esse ano, mas morreria de fome no
ano que vem...
b) 100%? Aí seria o caso contrário: amanhã haveria fartura, mas todos morreríamos hoje...
c) 80%? Puxa, será que a população ficaria satisfeita com apenas 20% da renda? Tudo bem
que a renda per capita de steady state seria muito alta, mas não lhe parece sacrifício
demais?
O fato é que podemos buscar, dentre as possibilidades oferecidas pela tecnologia atual, qual o
maior nível de consumo que pode ser sustentado de maneira permanente, o que se dá o nome
de Regra de Ouro (Golden Rule)... vejamos graficamente, primeiro:
y (n+d)k y = f(k) = kα
k* k
― Note ainda que, ao definir s*, o governo determinou o nível de capital per capita
k*, a renda per capita y* e o nível de consumo máximo c* = y* – (n+d)k* ... e que a
inclinação da função de produção no ponto f(k*) é, aparentemente, a mesma que
a da linha (n+d)k... será coincidência?
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f ( k ) ( n d ) 0
f ( k ) (n d )
Y K ( AH )1 (3.1)
onde, como antes, A indica uma tecnologia “aumentadora de trabalho” que
cresce à taxa “g”;
H e .u L (3.2)
onde L ≡ estoque de trabalho sem qualificação;
u ≡ fração do tempo que o trabalhador dedica à qualificação, definida de
maneira exógenas, da mesma forma que s – na prática, usamos o
número de anos de escolaridade média da força de trabalho;
ψ ≡ termo positivo e constante, indica quanto cresce o estoque de capital
humano com mais 1 ano de escolaridade média da força de trabalho;
― Note que se u=0, estaríamos de volta ao caso anterior, o modelo de Solow com
tecnologia aumentadora de trabalho; não é difícil mostrar que ∂H/∂u = ψH... ou
seja, supondo que u cresça em uma unidade (um ano adicional de escolaridade)
e que ψ=.10, o estoque de capital humano cresceria em 10%;
― O estoque de capital físico varia como já vimos nas outras versões do modelo:
K sK Y dK (3.4)
y k ( Ah)1 (3.5)
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― A solução do modelo vai ser obtida como antes, ou seja, igualando (3.7) a zero,
~
isolando k e chegando a:
~
k * [ sK /( n g d )]1 /(1 )
~
y * [ sK /( n g d )] /(1 )
e, como ~
y Y / LhA ...
y (t )* [ sK /( n g d )] /(1 ) .hA(t ) (3.8)
1. Países têm elevado patamar de renda per capita se apresentam uma alta taxa
de poupança/investimento em capital físico (sK), se têm uma baixa taxa de
crescimento populacional (n), se têm alto nível tecnológico (A)... e se passam
parte significativa do tempo acumulando habilidades, já que “u” significativo
implica “h” também grande;