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Criterios para A Selecao de Guindastes em
Criterios para A Selecao de Guindastes em
PARAMOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................5
2.REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................7
3. CRITÉRIOS DE PROJETO PARA OPERAÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA..........8
3.1 Lista de Símbolos....................................................................................................................8
3.2 Peso e Fatores de Majoração................................................................................................9
3.3 Tabelas de Capacidade de Carga........................................................................................13
3.4 Folgas Geométricas recomendadas.....................................................................................18
3.5 Determinação do Fator de Utilização....................................................................................20
4. RECOMENDAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE RIGGING.........................22
4.1 Introdução.............................................................................................................................22
4.2 Tabela RESUMO..................................................................................................................28
4.3 Recomendações Gerais .......................................................................................................30
5. DETERMINAÇÃO DAS PRESSÕES NO SOLO ...................................................................31
5.1 Comentários Gerais ..............................................................................................................31
5.2 O uso adequado de MATs ....................................................................................................34
6. COMENTÁRIOS REFERENTES À AÇÃO DO VENTO DURANTE OPERAÇÕES DE
IÇAMENTO.................................................................................................................................39
6.1 Lista de Símbolos.................................................................................................................39
6.2 Conceitos..............................................................................................................................39
6.3 Consideração do vento nos Planos de Rigging...................................................................41
6.4 Observações e comentários adicionais ................................................................................47
7. COMENTÁRIOS, OBSERVAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DE CARÁTER GERAL...........48
8. ANEXOS.................................................................................................................................53
8.1 Exemplo de um Plano de Rigging elaborado com base nos critérios da ODEBRECHT.....54
8.2 Exemplo de uma conversão de capacidade ANSI (85%) para DIN/ISO (75%) ...................55
Lista de Figuras
Figura 1 – Cargas e acessórios...................................................................................................10
Figura 2 – Exemplo de acessórios agregados à lança (Peso adicional).....................................12
Figura 3 – Exemplo de Tabela ANSI (85%) para um guindaste LIEBHERR (LTM 1130-5.1).....14
Figura 4 – Exemplo de Tabela DIN/ISO para um guindaste LIEBHERR (LTM 1130-5.1)..........15
Figura 4 – Exemplo de Tabela DIN/ISO para um guindaste TEREX (AC 200-1).......................16
Figura 5 – Distâncias mínimas para a montagem. .....................................................................19
Figura 6 – Escala gráfica indicativa para os valores do Fator de Utilização (FU). .....................22
Figura 7 – Exemplo de um plano de rigging. .............................................24
Figura 8 – Exemplo de croquis com arranjo da lingada. ..........................25
Figura 9 – Exemplo de NOTAS GERAIS relevantes. .................................26
Figura 10 – Exemplo de indicação da pressão a ser aplicada no solo, com o uso de MATs.
................................................................................................... 27
Figura 11 – Exemplo de Tabela RESUMO. ...............................................29
Figura 12 – Exemplo de cálculo analítico da pressão sob as esteiras. ........32
Figura 13 – Exemplo de cálculo analítico da pressão sob as patolas (com ou sem o uso de
MATs).................................................................................... 33
Figura 14 – Distribuição de carga com o uso de MATs ................................34
Figura 15 – Exemplo de aplicação de MATS com um guindaste de esteiras.
.................................... 35
Figura 16 – Recomendações de boa prática para o uso correto de MATs - EMPILHAMENTO.
........ 36
Figura 17 – Recomendações de boa prática para o uso correto de MATs - DISPOSIÇÃO.
................ 37
Figura 18 – Projeto para “modularização” do MATs, facilitando sua manipulação e transporte.
.... 38
Figura 19 – Efeitos deletérios da ação do vento sobre o guindaste.
................................................. 40
Figura 20 – Procedimento para correção da velocidade limite de vento, adotado pela
LIEBHERR. . 43
Figura 21 – DIAGRAMA 1: Obtenção da área de arrasto Aw (m2) em função da carga (em t).
......... 44
Doc. No. PI-MC-P-002 – Rev. 0
Engenharia Industrial Page 4 of 59
P-MC-P-002 Critérios para seleção de Guindastes.docx
Figura 22 – DIAGRAMA 2: Obtenção da pressão qw (N/m2) em função da velocidade (em m/s).
.... 45
Figura 23 – Perfil de velocidade do vento (Variação com a altura sobre o terreno / Cota z).
.......... 47
Figura 24 – Escopo da movimentação.
.............................................................................................. 48
Figura 25– Cargas atuantes no guindaste em operação.
................................................................... 49
Figura 26– Acidente por falha estrutural da lança.
........................................................................... 51
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Fator de Amplificação Dinâmica (FAD).
.............................................................................. 9
Tabela 2 – Escala BEAUFORT de Intensidade do vento.
.................................................................... 41
Tabela 3 – Exemplo de especificação da intensidade de vento para uma máquina
MANITOWOC. . 46
1. INTRODUÇÃO
Este documento tem como propósito a definição, de uma forma clara e sintética, dos critérios
adotados pela ODEBRECHT para a seleção e utilização de guindastes designados à execução
de
serviços de movimentação de cargas pesadas em obras industriais, de infra-estrutura e
OFFSHORE,
visando-se:
A uniformização/padronização/difusão destes critérios dentro da Organização ODEBRECHT,
no contexto dos diversos contratos em todas as áreas de atuação da empresa;
O auxílio no treinamento dos novos integrantes (Engenheiros e Técnicos) que irão
trabalhar com este recurso na movimentação de cargas nas diversas obras da Organização;
A clara definição e apresentação dos critérios adotados pela ODEBRECHT para a
movimentação de cargas pesadas às empresas de locação de guindastes que
eventualmente nos ofertarem os seus serviços, já que muitas vezes estas têm seus próprios
critérios e métodos, os quais normalmente são conflitantes com aqueles aqui apresentados
no que tange a segurança das operações, no sentido desfavorável (o que levaria à
especificação de equipamentos de menor porte/capacidade).
Em linhas gerais, este documento aborda os seguintes tópicos, cuja aplicação não raro é
motivo de dúvidas freqüentes e/ou considerações equivocadas:
− Critérios para a determinação do peso total de projeto a ser içado;
− Uso de Tabelas de Capacidade de Carga;
− Determinação da capacidade de carga e fator de utilização de guindastes;
− Diretrizes para a construção dos Planos de Rigging;
− Determinação das Pressões no solo;
− Considerações acerca dos efeitos do vento nas operações de içamento;
− Comentários acerca da utilização de guindastes embarcados.
Este texto está organizado da seguinte forma:
− Na Seção 2, listam-se as referências normativas que fundamentam esta especificação;
− A Seção 3 é dedicada à apresentação dos critérios adotados pela ODEBRECHT nas
operações de movimentação de cargas. Abordam-se, entre outros temas, a determinação
da carga a ser içada, a utilização das tabelas para a determinação da capacidade do
guindaste, a definição do fator de utilização adequado e outras recomendações de
segurança;
− Na Seção 4, apresenta-se uma sugestão de como representar graficamente de forma clara
e adequada as informações referentes ao planejamento da operação de movimentação de
cargas, resumidas nos Planos de Rigging;
− Na Seção 5, aborda-se a determinação das pressões no solo sob a base do guindaste
(patolas ou esteiras), citando-se alguns cuidados relacionados a esta verificação;
− Na Seção 6, discute-se qual a influência do vento nas operações de movimentação de
carga, com algumas recomendações visando-se a segurança das mesmas;
− Finalmente, na Seção 7, apresentam-se alguns comentários gerais, esclarecimentos
adicionais e práticas recomendadas referentes ao uso de guindastes e às operações de
içamento.
− Na Seção 8 (ANEXO), apresentam-se exemplos de Plano de Rigging elaborados com base
nos critérios da ODEBRECHT.
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1 Introdução
O Plano de Rigging é o documento formal que representa todo o planejamento da operação de
movimentação de carga a se realizar. Sua elaboração consiste literalmente em se “construir no
papel” a operação desejada. O desenho deve necessariamente conter, para uma operação
típica (ver Figura 8):
A vista em planta mostra o arranjo geométrico geral (ou LAY-OUT) da região onde ocorrerá
a instalação e montagem da peça a ser içada, que deve ser representado em uma escala
adequada .
Esta representação em planta deve contemplar (em uma ou mais vistas) todas as fases da
operação, desde a retirada do equipamento de transporte (trailers, carretas, skids), giros
(com a indicação de sentido) e movimentações do guindaste, até a instalação final no local
designado. A representação em planta é necessária para a verificação de interferências com
bases, fundações e equipamentos já instalados, verificações de trajeto (carretas e guindaste),
definição de acessos e áreas de pré-montagem e armazenamento, definição de HOLDS de
montagem.
2. VISTA EM CORTE
As vistas em corte são necessárias para checar as distâncias mínimas estabelecidas entre
carga e lança e entre carga e obstáculo fixo (cujos limites foram apresentados no Item 3.4).
3. TABELA RESUMO
Nesta tabela, apresentam-se os dados, características e informações principais referentes à
operação de içamento planejada, os quais permitem caracterizar univocamente o equipamento
e a configuração requerida para este fim, bem como aferir a segurança da operação.
Uma descrição mais detalhada do que deve ser apresentado na Tabela RESUMO será
apresentado na seqüência – Ver Item 4.2.
4. ARRANJO DA LINGADA
Deve-se mostrar em croquis o arranjo concebido para a lingada, que deve incluir além dos
cabos devidamente especificados (diâmetro, classe, tipo de alma, material), a indicação das
manilhas e demais acessórios (pinos, balancins, revestimentos para eliminar atrito, patescas,
etc.).
5. DADOS COM INDICAÇÃO DA PRESSÃO NO SOLO
Deve-se apresentar nos desenhos dados e informações que permitam verificar se o
substrato sobre o qual o guindaste se apóia tem resistência e/ou rigidez adequada para
resistir às pressões as quais estará solicitado. As seguintes informações são necessárias
para a condição mais crítica:
Pressão prevista sob as esteiras (quando aplicável);
Força nas patolas (quando aplicável);
Dimensões requeridas para os MATS (fogueiras).
Para este fim, consultar também as recomendações do Item 5.
6. NOTAS GERAIS
Nas notas, listam-se todas as informações relevantes para a execução com segurança da
operação de içamento estudada, apresentando-se especificações, recomendações,
restrições ou qualquer tipo de esclarecimento adicional.
Um exemplo extraído de um Plano de Rigging é apresentado na Figura 10.
Figura 8 – Exemplo de um plano de rigging.
1
2
3
6
4
Figura 9 – Exemplo de croquis com arranjo da lingada.
Figura 10 – Exemplo de NOTAS GERAIS relevantes.
Figura 11 – Exemplo de indicação da pressão a ser aplicada no solo, com o uso de MATs.
4.2 Tabela RESUMO
A Tabela RESUMO deve no mínimo conter as seguintes informações, de preferência na ordem
apresentada:
i. Quanto aos equipamentos utilizados:
Fabricante e Modelo do Guindaste (Designação completa1);
Configuração adotada (Tipo de LANÇA, Comprimento, JIB c/ ângulos, Acessórios, etc.);
Contra-peso utilizado na operação.
ii. Quanto às condições de operação:
Raio de operação (sempre em relação ao centro de Giro da máquina);
CAPACIDADE DO GUINDASTE (CAP) nestas condições (cf. Norma DIN/ISO – 75%).
iii. Quanto à carga a içar:
Peso teórico (em t);
Contingência de peso adotada (F1 , cf. Item 3.2): Percentual e acréscimo de peso
(em t);
Fator de incerteza do C.G (F2 , cf.. Item 3.2): Percentual e acréscimo de peso
(ou igual a 1.0, se não aplicável);
Fator de Amplificação Dinâmica (F3 , cf. Item 3.2): Percentual e acréscimo de peso
(ou igual a 1.0, se aplicável);
Peso majorado, em t (igual a F1HF2HF3HW );
Peso dos Acessórios, em t (i.e. tudo o que houver entre a carga e a extremidade
superior da lança);
Peso total içado, em t (WTIP , cf. Item 3.2.
iv. Quanto ao desempenho da máquina e segurança da operação:
Fator de Utilização (FU , cf. Item 3.5).
1 Como se sabe, é comum haver máquinas de um determinado fabricante com o mesmo
nome, mas em versões
diferentes (normalmente designadas por números), as quais têm tabelas de carga distintas.
Na Figura 12, mostra-se um exemplo de uma Tabela RESUMO devidamente preenchida.
Figura 12 – Exemplo de Tabela RESUMO.
4.3 Recomendações Gerais
Evitar a apresentação de dados em excesso na Tabela RESUMO (por exemplo, com o uso
de planilhas muito genéricas, que cobrem uma ampla gama de problemas), privilegiando a
clareza das informações. O essencial a mostrar é o que está listado no Item 4.2;
Deve-se evitar a apresentação das diversas fases previstas para uma operação de
içamento
em um mesmo desenho, com superposição, tornando-o difícil de ler. É preferível separar
cada fase em vistas diferentes, ou representar somente aquelas mais críticas;
Deve-se indicar nos desenhos as posições previstas para as máquinas, cotando-se a
distância entre o centro de giro das mesmas (e patolas, quando for o caso) em relação a
algum ponto ou lugar geométrico aplicável que sirva como referência no campo (por
exemplo eixos de vias ou pontes, bases de equipamentos, alinhamentos de paredes ou
pilares, etc.) ou especificando-se suas coordenadas;
As vistas em elevação devem sempre mostrar uma projeção ortogonal da parte girante do
guindaste, de modo a permitir a verificação de possíveis interferências com a lança;
Utilizar dimensões em mm. O desenho deve necessariamente estar em escala, mas esta
não precisa ser indicada. Deve-se apenas representá-lo em uma escala apropriada em
relação ao formato escolhido (tendo-se em referência ao padrão de plotagem adotado), de
modo que detalhes, textos e dimensões resultem legíveis e com aspecto adequado;