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ISSN 2316-5081
Faculdade de Colider – FACIDER, Avenida Ivo Carnelós, 1039 – Setor Leste Colider - MT, 78500-000
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e-mail: brunoalencar2612@gmail.com.
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo apresentar os direitos e garantias do delator, além
de suas origens e evolução histórica no ordenamento jurídico brasileiro, com foco especial na lei n°
12.850/13 lei do combate ao crime organizado, abordando os métodos usados pelo instituto da
delação, trazendo de forma clara a importância para o combate às organizações criminosas, uma vez
que bem estruturada, dificultando seu combate por meios comuns de investigação. Dessa forma, no
ordenamento jurídico brasileiro, o legislador trouxe em vários momentos a delação em legislações
variadas, mas sempre deixando lacunas para supostos entendimentos, chegamos à lei atual do
combate as organizações criminosas que trouxe inovações e facilidade ao seu entendimento, para
que de modo eficaz, seja aplicada. O trabalho apontara pontos críticos dos direitos, e das garantias
que a lei fornece ao delator como meio de obter de forma efetiva sua colaboração, para que atinja os
resultados que a lei define, obtendo sucesso nas investigações. Será analisado o instituto como
beneficio ao delator, que preenchendo os requisitos necessários pode desfrutar do prêmio, no qual
será definido pelo grau de eficácia da colaboração homologado pelo magistrado. Por fim será um
tema de grande relevância social no atual momento, precisando analisar pontos contrários e
favoráveis apontados pela doutrina com relação ao instituto.
ABSTRACT: This article aims to present the rights and whistle-blower guarantees, as well as its
origins and historical evolution in the legal system, with particular focus on Law No. 12,850/13 fight
against organized crime, addressing the methods used by the whistleblower institute bringing clearly
the importance in combating organized crime, as well structured and with the latest technology,
making it difficult to combat by joint investigation means. Thus the legislator within the Brazilian legal
system that brings at various times in various whistleblowing legislation, but always leaving gaps for
alleged understandings we reached current law criminal organizations fighting that brought
innovations and facilitating their understanding in order to efficiently is applied. Aim critical points of
the rights of the rights and guarantees that the law gives the whistleblower as a means to effectively
its collaboration to achieve results in which the law defines succeeding in investigations. Analyzing the
institute as benefit the snitch, which fulfilling the necessary requirements can enjoy the award in which
will be defined by the effective collaboration of degree approved by the magistrate. Finally presenting
a topic of great relevance partner at the moment, need to analyze contrary and favorable points raised
by the doctrine regarding the institute.
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1. INTRODUÇÃO
Após a introdução da delação premiada pela lei n°. 8072/90, diversas leis
penais esparsas também contemplaram a hipótese de aplicação do
instituto, não obstante a total falta de uniformidade nos critérios
mencionados nesses diplomas (BRITO, 2016, p. 45).
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Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288
do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à
autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento,
terá a pena reduzida de um a dois terços.
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Vale ressaltar que a delação também foi prevista pela lei n° 10.409/02, que foi
revogada pela lei 11.343/06 que em seu art. 41 prevê apenas a diminuição de pena
de um a dois terços, não sendo possível o perdão judicial. Por fim a lei n° 12.850/13
figura em destaque, no combate ao crime organizado, pois trouxe inúmeras
novidades, entre elas o conceito de crime organizado, muito utilizado nos dias atuais
contra crimes políticos. Vejamos que a delação está incluída no rol de meios de
obtenção de provas, e prevista em seu art. 4° a colaboração premiada, denominação
utilizado na referida lei.
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O Brasil hoje é um refúgio ideal para criminosos de altos níveis, uma vez
que, contamos com estruturas precárias de investigações internacionais,
bem como de acompanhamento interno de pessoas e de movimentações
financeiras suspeita, tal fato os atrai vir para o Brasil e trazer consigo
parte de suas estruturas criminosas (AGUIAR, 2014. p. 03).
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Devido o atual momento em que o nosso país passa, com vários escândalos,
envolvendo organizações criminosas, devemos destacar o papel do magistrado na
atuação da colaboração premiada regida pela lei nº 12.850/13 (das organizações
criminosas).
Destaca-se a sua imparcialidade, princípio supremo do processo, aonde o
magistrado não participa do acordo, que é deixado a cargo dos órgãos competentes
sobre a investigação, sendo ele o Ministério Publico ou o Delegado de policia, o
dispositivo que destaca tal imparcialidade se encontra já no mencionado artigo 4º,
paragrafo 6º da referida lei.
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Art. 5 São direitos do colaborador:
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica;
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais
preservados;
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e
partícipes;
IV - participar das audiências sem contato visual com os outros
acusados;
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem
ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;
VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus
ou condenados.
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colaborador, que prevê que deverá ser cumprida em estabelecimento penal diverso
dos demais condenados envolvidos na organização criminosa. Uma das garantias
do delator durante sua delação, em todos os atos processuais da colaboração é que
o mesmo deverá estar acompanhado de seu defensor.
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Trata-se de providencia que atende especialmente o principio
constitucional da ampla defesa, mas também do devido processo legal,
nos termos do artigo 5°, LIV e LV, da CF. A assistência do advogado dá
mais segurança e tranquilidade ao colaborador, ao mesmo tempo que se
converte em prova de maior valorização a ser avaliada no seu tempo
certo (MENDRONI, 2014, p.48,49).
6. A HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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