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Planejamento Estratégico e Competitividade

Gestão Estratégica e Informação

Profa. Me. Cristiane Marques de Mello


Olá, sejam bem-vindo!

Assista ao primeiro vídeo para conhecer os principais temas que serão


apresentados nesta aula.

Introdução

Nesta aula você conhecerá a importância dos sistemas de informação,


especialmente das informações estratégicas, e da análise do ambiente interno
e externo para o planejamento estratégico e para a competitividade das
organizações frente ao mercado.

Também trataremos da gestão do processo estratégico e suas etapas, e


de alguns tipos específicos de estratégias.

Tenha uma excelente aula!

Gestão Estratégica e a Informação

Existe organização sem fluxo de informação?

Pense nisso!

O gestor precisa desenvolver a habilidade de implementar estratégias


utilizando informações advindas da rede de relacionamentos da organização. O
planejamento estratégico é um mapa de informações que responde a perguntas
sobre a maneira pela qual a organização deve operar.

Podemos dizer que a informação é estratégica porque:

 É fonte para tomada de decisão;

 Não estamos em todos os lugares da organização ou na sua relação com o


ambiente e necessitamos estar informados constantemente;

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 É recurso tão importante quanto a terra, o capital, o trabalho, as pessoas;

 As decisões a serem tomadas figuram em um ambiente turbulento e incerto.

Entretanto, lembramos que não basta ter a informação, mas é necessário


saber utilizá-la, e esse é o maior desafio.

As características da informação
 As fontes de informação são infinitas, por isso, cuidado! Procure sempre
conhecer a fonte das informações e analise se elas são realmente válidas e
confiáveis.

 Sua administração está sujeita a desafios específicos.

 A sua utilidade é subjetiva e limitada pelo momento. Nem sempre poderei


utilizar a mesma informação em semestres ou em anos diferentes, por
exemplo, pois, provavelmente, a cada período algumas informações
precisarão ser atualizadas.

Estamos vivendo uma era de intensa circulação de informação, não é


mesmo? Veja mais reflexões sobre isso no vídeo a seguir.

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Tipos de informações disponíveis

Informação Geral
Informação Potencial

Informação Estratégica
Informação
Crítica

Sobrevivência ?

O que me dá vantagem?

O que me permite gerir o negócio?

O que é lixo?

Figura 1 - Tipos de informações

Fonte: Adaptado de Moresi (2000, p. 15).

Na figura 1, podemos ver os diversos tipos de informações que estão


disponíveis para as organizações e as questões que precisam ser levantadas, a
fim de que seja feita uma seleção das informações mais relevantes.

Por exemplo, quando temos informações gerais, precisamos fazer o


seguinte questionamento: o que é lixo? Ou seja, algumas informações sem
valor e não pertinentes à organização deverão ser descartadas.

Quando olhamos para a informação estratégica, a pergunta é: o que me


dá vantagem? Preciso avaliar as informações que estrategicamente poderão
representar algum tipo de vantagem para a empresa.

Táticas para a gestão da informação


Há algumas táticas que podem facilitar a gestão da informação, como
você verá a seguir.

 Comunicar que a informação é valiosa.

 Tornar claras as estratégias e os objetivos da organização.

 Identificar as competências necessárias ligadas à informação.

 Concentrar-se na administração das informações essenciais.

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 Atribuir responsabilidades pelo comportamento informacional.

 Apresentar a todos os problemas do gerenciamento das informações.

A gestão estratégica envolve o gerenciamento da relação entre


ambiente, informações e pessoas para ações em direção aos resultados. Por
isso é tão importante compreender o valor das informações nesse processo.

Que contextos possíveis poderão influenciar nosso negócio no


futuro?

Essa é a questão que precisa ser feita no momento da realização da


análise dos ambientes! Para uma breve reflexão sobre essa questão, assista
ao vídeo a seguir.

Análise dos Ambientes

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Ao analisar os ambientes, identificamos o potencial da empresa perante
o mercado no qual ela atua. Vamos ver na sequência as principais variáveis
ambientais.

Variáveis ambientais
 Políticas e legais – estão relacionadas com as seguintes variáveis: leis,
setor monetário, regulamentações e legislações, área trabalhista, tributação,
entre outras.

 Econômicas – envolve as seguintes variáveis: taxa de inflação, taxa de


juros, câmbio, crédito, PIB (produto interno bruto) e afins.

 Sociocultural – situação socioeconômica, nível de escolaridade, estilo de


vida, etnias, valores sociais, crenças e costumes.

 Demográfica – engloba variáveis como densidade, faixa etária, taxa de


crescimento, renda, classe social, distribuição da população.

 Tecnológica – envolve variáveis como a aquisição de tecnologia,


desenvolvimento tecnológico, marcas e patentes.

 Ecológica – está relacionada às seguintes variáveis: desenvolvimento


ecológico, índices de poluição, legislações ambientais.

Quando é feita uma análise ambiental, é importante que se pense em


algumas questões que devem ser levantadas, a fim de que a empresa possa
direcionar suas ações estratégicas de modo mais específico e mais eficiente.

Quem é mesmo nosso cliente?

Quais são nossos concorrentes?

Quais são nossos fornecedores?

O que há no ambiente de ameaças e oportunidades?

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Ambiente interno
O que a organização pode nos dizer?

Precisamos identificar as forças e as fraquezas da organização, e para


isso preciso buscar informações dentro da empresa.

O objetivo é o de colocar em evidência as deficiências e as qualidades


da organização.

Essas informações devem servir de comparação com as outras


organizações similares, concorrentes ou não. Lembre-se de que esses fatores
são dinâmicos.

As forças e as fraquezas podem ser avaliadas a partir da análise: da base


histórica; das opiniões pessoais; das opiniões de consultores e das comparações
com outras organizações concorrentes.

Gestão do Processo Estratégico

Uma ferramenta comumente utilizada nas organizações, especialmente


na gestão da qualidade e na gestão da estratégia, é o PDCA.

Figura 2 – PDCA.

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Fonte: <http://falandodegestao.wordpress.com/2009/12/20/o-metodo-indg/>.

A primeira letra é a P, que vem de Plan e significa planejar. O


planejamento prevê a elaboração de planos e ações que, posteriormente, serão
realizadas. Além de definir quais ações serão implementadas, também se
definem como, quando e quem irá realizá-las.

A letra D, que vem de Do, é o fazer, que prevê a execução do plano de


ação (PA). É o momento da implantação.

Já a letra C vem de check, que quer dizer checar, verificar, controlar.


Esse controle possibilita ao gestor verificar o alcance da meta e dos objetivos
estabelecidos no planejamento. Ou seja, é o momento de mensurar e
quantificar os resultados.

A letra A vem de action, ação. Essa ação permite a comparação do


planejado com os resultados, a fim de identificar as ações que obtiveram êxito e
aquelas que não foram positivas. Agir no sentido de tomar a ação corretiva
caso haja insucesso.

O ciclo PDCA foi introduzido no Japão após a Primeira Guerra Mundial


(década de 1920) por Walter A. Shewhart, mas quem o difundiu foi William
Edwards Deming, em 1950 (SERTEK; GUINDANI; MARTINS, 2011).

A figura 3 representa, sinteticamente, a gestão do processo estratégico.

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Figura 3 - Gestão do processo estratégico.

Podemos perceber que a elaboração das estratégias e do planejamento


estratégico está relacionada com a missão da organização.

Para entender melhor a figura e como ocorre esse processo, assista ao


vídeo na sequência.

Podemos pensar em estratégias também quanto à sobrevivência, à


manutenção, ao crescimento e à inovação. Veja a seguir.

 Sobrevivência – é adotada quando não existe outra alternativa. Deve ser


momentânea. Suas ações normalmente estão associadas à redução de
custos, ao desinvestimento e à redução do nível de atividades por meio de
redução de produtos/serviços, corte de departamentos e terceirização. Caso
a empresa não resista aos problemas ou às grandes dificuldades, o
resultado poderá ser a liquidação do negócio.

 Manutenção – empresa que utiliza estratégias de manutenção está


interessada em manter sua posição conquistada até o momento, faz

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investimentos moderados e suas ações são direcionadas para manter a
estabilidade e/ou buscar a especialização.

 Crescimento – os gestores visualizam as grandes oportunidades, buscam


alianças para fortalecer os pontos fracos, adotam a rápida expansão, e
procuram incrementar produtos ou mercados.

 Inovação – busca-se tanto inovações incrementais quanto radicais (menos


comum). Tanto as estratégias de crescimento quanto as de inovação visam
aumentar o nível de atividades, por meio de diversificação e/ou
desenvolvimento de produtos/serviços, fusão, alianças, parcerias e
aquisição.

Assista ao vídeo a seguir para melhor entendimento sobre inovações


como estratégias empresariais.

Veja o vídeo com Torrence Boone, diretor do Google, onde ele comenta
sobre como funcionam as inovações do Google. Essas inovações são utilizadas
como estratégias para melhor posicionamento no mercado onde atuam. Confira!

<www.youtube.com/watch?v=mxX5aPHrRsQ>

Síntese

Estamos chegando ao final da nossa aula. Para ver o resumo dos


principais assuntos tratados, assista ao vídeo a seguir.

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1. Com base no que foi abordado nesta aula sobre o uso de diferentes tipos de
informações, responda: qual é o maior desafio para a gestão estratégica da
informação?

a. Construir um banco de dados com informações provenientes de todos os


tipos de fontes, sem uma seleção prévia.

b. Ter um grande acúmulo de informações.

c. Saber utilizar as informações disponíveis.

d. Ter um sistema de informação.

2. Quando uma empresa pode adotar uma estratégia de sobrevivência?

a. Quando se pretende expandir o negócio.

b. Quando não existe outra alternativa e quando quer reduzir custos e


desinventimento.

c. Quando a empresa quer manter a estabilidade.

d. Quando a empresa quer diversificar.

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Referências

MORESI, E. A. D. Delineando o valor do sistema de informação de uma


organização. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 1, Abr. 2000.

OLIVEIRA, D. P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e


praticas. São Paulo: Atlas, 2004.

SERTEK, P.; GUINDANI, R. A.; MARTINS, T. Administração e planejamento


estratégico. Curitiba: Ibpex, 2011.

VIZEU, F. V.; GONÇALVES, S. A. Pensamento estratégico. São Paulo: Atlas,


2010.

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