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2.

Propaganda Eleitoral
(Lei nº 9.504/97 - Artigos 36 a 57)

É permitido na propaganda eleitoral:

A propaganda eleitoral é permitida a partir do dia 6 de julho de


2006, devendo encerrar-se até 24 horas antes da eleição.

No segundo semestre do ano da eleição é permitida a veiculação


de propaganda eleitoral exclusivamente no tempo destinado pela
Justiça Eleitoral aos partidos políticos. Nesse período é proibido
qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão
bem como a veiculação de propaganda partidária gratuita prevista
em lei.

É permitida a veiculação de propaganda eleitoral em bens


particulares por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas
ou inscrições, desde que autorizada pelo proprietário da área. Nessa
hipótese não é necessário obter licença municipal e autorização da
Justiça Eleitoral, sendo necessária a autorização do proprietário.

A colocação em bens particulares de placas, cartazes ou outro tipo


de propaganda eleitoral, em tamanho, características ou quantidade
que possa configurar uso indevido, desvio ou abuso do poder
econômico, pode ser objeto de apuração e de punição, nos termos do
art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 1990.

É permitida a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição


de folhetos, santinhos, volantes, flâmulas, bandeirolas, displays
(cartão, cartaz e folder) e outros impressos, inclusive para utilização
em veículos. Esses materiais e assemelhados só podem ser
encomendados pelo partido, coligação ou candidato e nos mesmos
deve ser impresso o número do CNPJ da empresa contratada para a
sua fabricação.

É permitido o uso de adesivos em veículos.

É permitida a colocação de bonecos e de cartazes e faixas não


fixos ao longo das vias públicas, desde que não dificultem a
visibilidade e o bom andamento do trânsito.
O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som em
veículos somente é permitido entre as 8 e as 22 horas, guardada a
distância de 200 metros de sedes dos Poderes Executivo e
Legislativo, quartéis, hospitais e casas de saúde, bibliotecas, escolas,
igrejas e teatros, quando em funcionamento.

É permitida a divulgação paga, na imprensa escrita, de


propaganda eleitoral, em até um oitavo de página de jornal padrão e
um quarto de página de revista ou tablóide, para cada candidato,
partido político ou coligação, até a antevéspera das eleições.

Não caracteriza propaganda eleitoral a divulgação de opinião


favorável a candidato, a partido político ou a coligação pela imprensa
escrita, desde que não seja matéria paga, e que não contenha abusos
ou excessos.

É permitido aos partidos políticos comercializarem bens, tais como


bonés, chaveiros e camisetas, desde que contenham,
exclusivamente, símbolo e número da instituição partidária (PPS /
23), sendo vedado qualquer tipo de referência a candidato do partido
que esteja concorrendo a um dado cargo eletivo (nome do candidato,
número do candidato, slogan de campanha e cargo em disputa).
Trata-se de comercialização de material de divulgação institucional,
unicamente.

A propaganda nas dependências do Poder Legislativo está a


critério da Mesa Diretora da respectiva Casa.

É permitido aos candidatos manter página na Internet coma


terminação “can.br” ou com outras terminações, como mecanismo de
propaganda eleitoral.

No dia da eleição, é permitida a manifestação individual e


silenciosa da preferência do cidadão por partido político, coligação ou
candidato, incluída a que se contenha no próprio vestuário ou que se
expresse no porte de bandeira ou de flâmula ou ainda pela utilização
de adesivos em veículos ou objetos de que tenha posse.

É proibido na propaganda eleitoral:

É proibida a veiculação de propaganda de qualquer natureza,


inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes,
faixas e assemelhados, em bens públicos e bens de uso comum, tais
como postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros locais ou
equipamentos urbanos. Penalidade: Em caso de descumprimento
cabe notificação e multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$
8.000,00 (oito mil reais), além da restauração do bem.
Considera-se bens de uso comum todos aqueles bens definidos no
Código Civil e também aqueles que a população em geral tem acesso,
tais como cinemas, clubes, lojas, shoppings, igrejas, ginásios,
escolas, faculdades, hotéis, etc., ainda que de propriedade privada.

É proibida também a fixação de propaganda com arames em


locais de trânsito de pedestres.

As placas devem respeitar a dimensão de até 4 m² (quatro


metros quadrados).

Qualquer evento eleitoral, como comícios, carreatas,


manifestações, etc., deve ser comunicado pelo candidato, partido ou
coligação à autoridade policial, com antecedência mínima de 24 horas
a fim de que haja garantia da utilização do espaço e horário.

A realização de comícios e a utilização de aparelhagem de


sonorização fixa são permitidas entre as 8 e 24 horas.
No dia da eleição é proibida a realização de carreata, uso de
amplificadores de som, alto-falantes, comício, arregimentação de
eleitor, boca de urna, divulgação de qualquer espécie de propaganda
de partido ou de candidato mediante cartazes, publicações, ou
quaisquer outros assemelhados. Penalidade: detenção de 6 meses a
1 ano e multa de 5 a 15 mil UFIRs.

É proibido, aos candidatos a cargos em disputa, a confecção,


utilização e distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas,
calendários de bolso, brindes, cestas básicas ou outros bens que
proporcionem vantagem ao eleitor, durante a campanha eleitoral.
Penalidade: as condutas que se caracterizam como captação de
sufrágio (vedado na Lei), tais como o candidato doar, oferecer,
prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem
ou vantagem pessoal de qualquer natureza, submetem-se à multa de
1.000 a 50.000 UFIRs, e cassação do registro ou do diploma, além da
observação do procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar
nº 64, de 18 de maio de 1990.

São proibidas quaisquer doações em dinheiro, bem como de


troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie feitas por candidato,
entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas.

É proibida a veiculação de propaganda fixa, por meio de faixas,


placas, cartazes, inscrições à tinta ou assemelhados, em ônibus, táxi
e em quaisquer bens que dependam de cessão ou permissão do
Poder Público para funcionar (alvará de funcionamento), ou que a ele
pertençam, tais como bares, boates, Igrejas, Hospitais, escolas e
estabelecimentos comerciais. A ressalva é para a panfletagem, que
independe da obtenção de licença municipal e de autorização do
Poder Público. Penalidade: descumprida essa regra, após a
notificação e comprovação da infração, o responsável deve restaurar
o bem e, caso não cumprida no prazo definido, à multa no valor de
R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 reais.

É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado


(tal como a exibição de DVD's, CD's, telões ou quaisquer referências
artísticas), bem como a apresentação remunerada ou não de artistas,
com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. Estão
permitidas a circulação de trios elétricos, carros de som apenas para
que veiculem informações úteis à escolha do candidato, seja por meio
de fala, discurso gravado, jingles, etc...

É proibida a utilização de outdoors, cartazes luminosos (front-


light), painéis com imagens (mídia board) ou assemelhados. A
empresa detentora do espaço publicitário que conceder o espaço para
o fim eleitoral está sujeita a multa no valor de 5.000 a 15.000 UFIRs.

É proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios


por parte da Administração Pública, no ano em que se realizar
eleição. Esta regra não se aplica nos casos de calamidade pública, de
estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e
já em execução orçamentária.

É proibido o uso de simuladores de urna eletrônica.

É proibida a propaganda escrita em leito de rua ou rodovias


públicas.

“(...) 1. A fim de verificar a existência de propaganda subliminar,


com propósito eleitoral, não deve ser observado tão-somente o texto
dessa propaganda, mas também outras circunstâncias, tais como
imagens, fotografias, meios, número e alcance da divulgação. (...)”
(Ac. no 19.905, de 25.2.2003, rel. Min. Fernando Neves.)

“(...) Entende-se como ato de propaganda eleitoral aquele que


leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a
candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se
pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o
beneficiário é o mais apto ao exercício de função pública. Sem tais
características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em
determinadas circunstâncias a configurar abuso de poder econômico,
mas não propaganda eleitoral. (...)”
(Ac. no 16.183, de 17.2.2000, rel. Min. Eduardo Alckmin; no
mesmo sentido o Ac. no 15.732, de 15.4.99, do mesmo relator, e o
Ac. no 16.426, de 28.11.2000, rel. Min. Fernando Neves.)

3. Arrecadação e aplicação de recursos pelo candidato e


comitê financeiro
Resolução nº 22.160, de 2006, do TSE.

A arrecadação de recursos e a realização de gastos só poderão


ocorrer após:

solicitação de registro dos candidatos;


registro do comitê financeiro;
inscrição do comitê financeiro no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) e porte dos recibos eleitorais fornecidos pelo partido.

Penalidade: rejeição das contas eleitorais.

São considerados recursos de campanha, ainda que fornecidos


pelo próprio candidato:

Cheque ou transferência bancária; título de crédito (ações, notas


promissórias); bens e serviços estimáveis em dinheiro; recursos do
próprio candidato.

Os recibos eleitorais são documentos oficiais que tornam legítima


a arrecadação de recursos para a campanha.

É imprescindível que o candidato e o comitê financeiro arquivem


todos os recibos emitidos quando da aquisição de bens ou serviços de
terceiros para a campanha, sob pena de não conseguir,
posteriormente, justificar a movimentação financeira efetuada, e
sofrer rejeição das contas eleitorais.

A confecção dos recibos eleitorais deve ser executada antes do


início da arrecadação de recursos para a campanha, sob a
responsabilidade dos diretórios nacionais dos partidos políticos,
devendo ser distribuídos aos comitês e repassados aos candidatos.

4. Comitês Financeiros dos Partidos Políticos


(Lei Eleitoral, Lei nº 9.504/97, arts. 19, 28, §§ 1º e 2º, e 29)

Havendo candidato à Presidência da República, deverá o partido


político registrar comitê financeiro nacional para a administração da
campanha.

Não havendo candidato à eleição presidencial, o partido político


deverá efetuar o registro de comitê financeiro em cada um dos
Estados da Federação e no Distrito Federal onde houver candidatos
aos cargos de Governador e vice, deputado federal, estadual e
distrital, e senador.

Os comitês financeiros devem ser constituídos até dez dias úteis


após a escolha dos candidatos pela convenção.
A finalidade dos comitês financeiros é arrecadar recursos e aplicá-
los nas campanhas eleitorais.

Para cada comitê financeiro deverá ser designado um presidente e


um tesoureiro.

São atribuições do comitê financeiro:

arrecadar e aplicar recursos de campanha; distribuir aos


candidatos os recibos eleitorais; fornecer aos candidatos orientação
sobre os procedimentos de arrecadação, aplicação de recursos e
orientar a prestação de contas; encaminhar à Justiça Eleitoral a
prestação de contas dos candidatos às eleições majoritárias, bem
como a de seus vices e suplentes; encaminhar à Justiça Eleitoral a
prestação de contas dos candidatos às eleições proporcionais, caso
não o façam diretamente.

O registro dos comitês financeiros deve ser feito na circunscrição


em que se registrou a candidatura. Esse registro deverá ser feito nos
Tribunais Regionais Eleitorais, se a circunscrição for o Estado e no
Tribunal Superior Eleitoral, se houver candidato à Presidência da
República .

5. Conta bancária
(Lei nº 9.504/97, art. 22, caput).

É obrigatória a abertura de conta bancária específica em nome de


cada candidato para que se registre todo o movimento financeiro de
sua campanha. O movimento financeiro abrange recursos do próprio
candidato e também oriundos da comercialização de produtos e
realização de eventos. É proibido o uso de conta bancária
preexistente.
A movimentação bancária de qualquer natureza será feita por
meio de: cheque nominal e transferência bancária.

A movimentação bancária de qualquer natureza será feita por


meio de cheque nominal ou transferência bancária.

O uso de recursos financeiros para pagamento de gastos eleitorais


que não provenham da conta específica implicará a desaprovação da
prestação de contas do partido ou candidato; comprovado abuso do
poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou
cassado o diploma, se já houver sido outorgado.

6. Origem e arrecadação de recursos


(Lei nº 9.504/97 - art. 24, incisos I a VII)

São recursos destinados às campanhas eleitorais:

Recursos próprios, doações de pessoas físicas, doações de


pessoas jurídicas, doações de outros candidatos, comitês financeiros
ou partidos, repasses de recursos provenientes do Fundo Partidário,
receita decorrente da comercialização de bens, ou da realização de
eventos. O TSE pronunciou-se contrariamente à comercialização de
camisetas e bonés.

É vedado a partido e a candidato receber, direta ou


indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro de:

órgão da administração pública direta e indireta, ou fundação


mantida com recursos provenientes do poder público;
entidade ou governo estrangeiro; concessionário ou
permissionário de serviço público; entidade de direito privado que
receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória em
virtude de disposição legal; entidade de utilidade pública; entidade de
classe ou sindical; pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba
recursos do exterior; entidades beneficentes e religiosas; entidades
esportivas que recebam recursos públicos; organizações não-
governamentais que recebam recursos públicos; organizações da
sociedade civil de interesse público.

O uso de recursos recebidos das fontes acima indicadas constitui


irregularidade insanável, cuja conseqüência leva à rejeição das
contas, ainda que o valor seja restituído.
Para a comercialização de bens ou a promoção de eventos que se
destinem a arrecadar recursos para campanha eleitoral, o comitê
financeiro ou candidato deverão comunicar a realização, formalmente
e com antecedência mínima de cinco dias, ao tribunal eleitoral;
comprovar a realização do evento na prestação de contas,
apresentados todos os documentos a ele pertinentes, inclusive de
natureza fiscal; os recursos arrecadados coma venda de bens ou
coma realização de eventos serão considerados doações, e estão
sujeitos aos limites legais e à emissão de recibos eleitorais. O
montante da arrecadação deverá ser depositado na conta bancária
específica, antes de seu uso.

Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de


sua preferência, até a quantia equivalente a um mil Ufir, não sujeitos
a contabilização, desde que não reembolsados.

7. Doações
(Lei nº 9.504, de 1997 – artigo 23, §1º, incisos I e II e artigo 81,
§1º)

Pessoas físicas e jurídicas com a identificação de seu nome de seu


número de inscrição no CPF ou no CNPJ, só podem efetuar doações
após o registrado do comitê financeiro de campanha, por meio de:

Cheque cruzado e nominal ou transferência eletrônica de


depósito; Depósito em espécie devidamente identificado até o limite
estipulado para pessoa física ou jurídica.

As doações e contribuições ficam limitadas a:


10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição,
inclusive do próprio candidato, quando efetuada por pessoa física;
2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição, quando efetuada
por pessoa jurídica.

A utilização de recursos financeiros do próprio candidato não pode


ultrapassar o valor máximo informado à Justiça Eleitoral.

Toda doação a candidato ou a comitê financeiro, inclusive


recursos financeiros do próprio candidato aplicados na campanha,
deverá ser efetuada mediante recibo eleitoral.

Doação acima desses limites sujeita o infrator ao pagamento de


multa no valor de 5 a 10 vezes a quantia em excesso, sem prejuízo
de responder o candidato por abuso do poder econômico, nos termos
do art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 1990 combinado com os
arts. 23, § 3º, e 81, § 2º da Lei nº 9.504, de 1997.

A pessoa jurídica que ultrapassar o limite de doação está sujeita à


proibição de participar de licitações públicas e de celebrar contratos
com o poder público pelo período de cinco anos, por decisão da
Justiça Eleitoral, em processo no qual seja assegurada a ampla
defesa.

As doações realizadas por um candidato a seu comitê financeiro e


vice-versa devem ser feitas mediante recibo eleitoral e não estão
sujeitas aos limites fixados às pessoas física e jurídica, à exceção
daquelas doações oriundas de recursos próprios dos doadores, se
candidatos.

As doações realizadas entre candidatos são limitadas a 10% do


rendimento bruto auferido no ano anterior pelo doador, pessoa física.

8. Gastos eleitorais permitidos

São considerados gastos eleitorais e devem ser pagos


exclusivamente com recursos da conta bancária específica da
campanha:

Confecção de material impresso de qualquer natureza;


propaganda e publicidade direta ou indireta, destinada a
conquistar votos; aluguel de locais para a promoção de atos de
campanha eleitoral; despesas com transporte ou deslocamento de
candidato e pessoal a serviço das candidaturas; correspondência e
despesas postais; despesas de instalação, organização e
funcionamento de comitês e serviços necessários às eleições;
remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que
preste serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais; montagem
e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
produção de programas de rádio, televisão ou vídeo destinados à
propaganda eleitoral gratuita; realização de pesquisas ou testes pré-
eleitorais; aluguel de bens particulares para veiculação, por qualquer
meio de propaganda; custos com a criação e inclusão de sítios na
Internet; multas aplicadas aos partidos ou candidatos por infração do
disposto na legislação eleitoral; produção de jingles, vinhetas e
slogans para propaganda eleitoral.

São proibidos gastos eleitorais com:

Propaganda política paga no rádio e na televisão;


veiculação de propaganda de qualquer natureza, como pichação,
inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e
assemelhados, em bens públicos (postes de iluminação pública e
sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de
ônibus e outros locais ou equipamentos urbanos); fixação de
propaganda com arames em locais de trânsito de pedestres; placas
com dimensão superior a 4 m² (quatro metros quadrados).

O partido político que recebe verbas do Fundo Partidário pode


assumir e contabilizar, por meio do diretório nacional, despesas com
luz, água, telefone, aluguel, correios, pessoal e encargos sociais dos
diretórios estaduais que, por decisão da Justiça Eleitoral, tiveram
suspensas as cotas do Fundo Partidário.

A contratação de pessoal para prestação de serviços nas


campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato
ou partido contratantes. É obrigatório que os comitês financeiros de
campanha, contratantes do serviço, descontem 11% do valor total
pago pelo serviço realizado pelos contratados (de acordo com o valor
declarado no recibo eleitoral emitido ao prestador do serviço).

Caberá ao partido político, pessoa jurídica, e aos candidatos, uma


vez que são equiparados à empresas, providenciarem a inscrição
junto à Previdência Social, da pessoa física contratada para a
prestação de serviços em campanhas eleitorais, na qualidade de
contribuintes individuais.

No ato do registro dos candidatos junto à Justiça Eleitoral, os


partidos políticos deverão comunicar a ela os valores máximos de
gastos que farão por candidatura em cada eleição em que
concorrerem.

9. Prestação de contas:
(Lei nº 9.504, de 1997 - art. 29, inciso III)

A prestação de contas deve ser feita à Justiça Eleitoral até o


trigésimo dia posterior à eleição.
A prestação de contas dos candidatos às eleições proporcionais
será feita pelo comitê financeiro ou pelo próprio candidato,
diretamente à Justiça Eleitoral.

Partidos políticos, candidatos e coligações são obrigados, durante


a campanha eleitoral, a divulgar pela Internet, nos dias 6 de agosto e
6 de setembro de 2006, relatório discriminando os recursos em
dinheiro, ou estimáveis em dinheiro, que tenham sido recebidos para
o financiamento da campanha eleitoral e os gastos que realizarem,
em sítio criado pela Justiça Eleitoral. A indicação dos nomes dos
doadores e dos respectivos valores doados somente será indicada na
prestação de contas final.

A Justiça Eleitoral é encarregada de criar sítio virtual adequado à


disponibilização das contas.

A Justiça Eleitoral conhecerá a prestação de contas e decidirá


sobre sua regularidade.

A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos deve ser


publicada em sessão até 8 dias antes da diplomação. Nenhum
candidato poderá ser diplomado até que suas contas tenham sido
julgadas.

Qualquer partido político ou coligação pode representar à Justiça


Eleitoral, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de
investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as
normas da Lei Eleitoral.
Será negado diploma ao candidato, ou cassado se já houver sido
outorgado, caso sejam comprovados a captação de recurso ou gastos
ilícitos, para fins eleitorais.

O partido político que, por intermédio do comitê financeiro,


descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de
recursos fixadas na Lei nº 9.504/97, bem como nas instruções
emitidas pelo TSE, perderá o direito ao recebimento da quota do
Funda Partidário do ano seguinte, sem prejuízo de os candidatos
beneficiados responderem por abuso de poder econômico.

10. Conduta Vedada aos Agentes Públicos

Aos parlamentares que concorrerão a cargos do Poder Legislativo


é permitida a presença em inaugurações de obras públicas desde que
guardem os princípios da Administração Pública da impessoalidade
(não pode constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal), legalidade, publicidade, eficiência e moralidade,
previstos no art. 37, §1º da Constituição Federal.

Candidatos às vagas do Poder Executivo Federal e Estadual e seus


respectivos vices estão proibidos de participarem de inaugurações de
obras públicas nos três meses que antecedem o pleito.

11. Orientação
Durante a campanha de 2006, outras questões que suscitem
dúvidas e não possam ser respondidas de maneira precisa pela
assessoria técnica do PPS serão submetidas ao procedimento de
consulta junto ao TSE ou aos TRE’ s de maneira que a Lei Eleitoral
seja cumprida e a conduta dos parlamentares do PPS não seja
questionada por possíveis irregularidades.

12. Atualizações
Este roteiro será atualizado, se necessário, ao longo da campanha
eleitoral de 2006, de acordo com novas Resoluções do TSE no site do
PPS: www.pps.org.br

Atualizado em 04 de julho de 2006.

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