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Centro de Desenvolvimento de
Recursos Humanos Norte-Nordeste
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Outubro/97
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FICHA CATALOGRÁFICA
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A Completação de Poços no Mar
A Perfuração de Poços no Mar
1.1. Introdução
A perfuração de um poço de petróleo no mar pode ser executada em duas modalidades
básicas (Figura 1), com características operacionais bem distintas:
• perfuração através de unidade apoiada no fundo do mar (plataformas fixas ou
plataformas auto-elevatórias);
• perfuração através de unidade flutuante (semi-submersíveis ou navios-sonda),
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subdivididas em:
• unidades ancoradas;
• unidades com posicionamento dinâmico.
Na perfuração através de unidade apoiada no fundo do mar (plataformas fixas ou
plataformas auto-elevatórias) observa-se uma maior similaridade com a perfuração em
terra firme, pois, não havendo movimentos da plataforma em relação ao fundo do mar,
cada coluna de revestimento se estende até a superfície, onde fica instalado o BOP (ou
ESCP - Equipamentos de Segurança de Cabeça de Poço).
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A Completação de Poços no Mar
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A Perfuração de Poços no Mar
Apesar dos revestimentos estarem ancorados no fundo do mar, isto não significa
contudo, que não haverá um cabeçal de superfície. Este porém, terá apenas a função de
vedação secundária e de sustentação do peso dos tubos de revestimentos que se
encontram acima do fundo do mar (riser).
As cabeças de revestimento e os carretéis utilizados no mar, quanto a aspecto e
funcionamento, são idênticos aos equipamentos utilizados em terra.
Durante muito tempo foi utilizado no Brasil o sistema OBS (Ocean Bottom Suspension
System), desenvolvido pela FMC e fabricado no Brasil pela CBV, no qual os
revestimentos descidos ficam ancorados logo acima do revestimento anterior.
Posteriormente aparecerem dois outros sistemas: o ML-C (Mudline Compact) da Vetco
e o SD-1 (Stack-Down) da FMC/CBV. A evolução básica dos sistemas ML-C e SD-1
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em relação ao sistema OBS é que a configuração dos sistemas é do tipo stack down, ou
seja, os revestimentos ficam ancorados de uma maneira tal que o revestimento seguinte
fica ancorado mais abaixo que o revestimento anterior.
Resumindo, os sistemas mudline já utilizados pela PETROBRÁS são os seguintes:
• CBV/FMC:
OBS-HO : não permite desconexão na altura do mudline
OBS-C : permite desconexão;
SD-1 : permite desconexão;
• VETCO:
MLC : permite desconexão (padrão internacional);
MLC-B : permite desconexão (adaptado para a Petrobrás).
O sistema OBS, amplamente empregado no passado, está hoje obsoleto, fora de
fabricação, restando alguns poucos conjuntos a serem descidos.
Os sistemas de cabeça de poço submarinos que não necessitam qualquer tipo de
desconexão ao nível do mudline, são aqueles utilizados na perfuração de poços após o
lançamento da jaqueta. Este tipo de perfuração traz dois grandes inconvenientes:
• é necessário aguardar a fabricação da jaqueta para perfuração dos poços;
• a estrutura deve ser robusta o suficiente para suportar a sonda especificada para a
perfuração (sonda modulada - SM) para executar estas operações (basicamente, o
ponto mais crítico é o manuseio das colunas de revestimentos) e o peso acumulado
de todos os trechos não cimentados destas colunas.
Menos usual, porém ainda possível, é a perfuração de poços por uma plataforma auto-
elevatória (PA) com a jaqueta já lançada ou sendo lançada pela própria PA, sendo que
nesta condição todos os procedimentos se equiparam à perfuração com uma sonda
modulada (SM) instalada sobre uma jaqueta.
O desenvolvimento de um campo offshore requer estudos de engenharia detalhados,
muito tempo consumido para construir equipamentos e trabalho offshore caro. Este tipo
de desenvolvimento, com base em plataformas fixas, pode levar quatro ou cinco anos:
estudo, instalação, perfuração, completação, conexão e produção.
Geralmente os estudos de viabilidade técnica e econômica (EVTE) sugerem a
explotação de um campo offshore com a instalação de jaqueta em água consideradas
rasas, já que o aumento da lâmina d’água eleva exponencialmente o custo de aquisição e
instalação da plataforma. O custo de manutenção da produção é sempre inferior para
plataformas fixas (e completações secas) quando comparadas com completações com
árvore de natal molhada (ANM).
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A Completação de Poços no Mar
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A Perfuração de Poços no Mar
desenroscar com giro para a direita, no abandono) e o sub de retorno terá rosca à direita
(para enroscar com giro para a direita, no retorno).
A cada revestimento descido corresponde um carretel no cabeçal de superfície, onde
ocorre seu acunhamento e vedação, o que é feito após cada cimentação. Todo o cabeçal
é previamente montado, mesmo sem os revestimentos correspondentes, que são
ancorados após cada fase. Para o acunhamento, o cabeçal é aberto na posição
apropriada, são assentadas as cunhas, é liberado o peso da coluna até seu acunhamento e
só então é feito o corte do revestimento, o encamisamento de seu topo com a bucha de
vedação e o reaperto do carretel.
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A Completação de Poços no Mar
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A Perfuração de Poços no Mar
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A Completação de Poços no Mar
Figura 9 - Template
O template é instalado, com auxílio de uma barcaça ou uma semi-submersível, no local
designado para a plataforma e fixado ao solo, de modo geral por estacas. Tais estacas
também mantém a estrutura na horizontal, por meio de macacos hidráulicos, que travam
o template sobre as estacas.
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A Perfuração de Poços no Mar
Para a perfuração dos poços, o condutor de 30" é descido junto com o housing de 30" e
ligado ao template, recebendo mais tarde o housing de 18.3/4" no qual os suspensores
(casing hangers) dos revestimentos seguintes são ancorados e o BOP de perfuração é
conectado.
A Petrobrás aplicou este princípio recentemente nos Campos de Carapeba, Pargo e
Vermelho, do Polo Nordeste da Bacia de Campos, onde cerca de 120 poços foram pré-
perfurados com o uso de cinco templates a partir de plataformas semi-submersível (SS's)
enquanto as cinco plataformas estavam sendo construídas. Estas plataformas foram
então ajustadas sobre os templates e os poços conectados à superfície.
As características e vantagens de utilização do template estão listadas a seguir:
• permite fácil localização dos poços;
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A Completação de Poços no Mar
♦ HB-3
• Sistema 16.3/4";
• Necessidade de alargamento para descer revestimento 13.3/8";
• Não era para H2S;
• Máxima pressão de trabalho de apenas 5000 psi;
• Existia uma ferramenta para cada diâmetro de suspensor (não era universal);
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A Perfuração de Poços no Mar
♦ SG1
• Necessita de dois BOP'S (21.1/4" e 13.5/8");
• Duas colunas de risers;
• Dois alojadores de alta pressão 13.5/8" para 5000 e 10000 psi;
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A Completação de Poços no Mar
O SG-5 foi o mais utilizado por muitos anos na PETROBRÁS e tinha motivos técnicos
para isto:
• sistema confiável;
• ferramentas simples e em pouco número;
• quantidade pequena de sobressalentes;
• a mesma ferramenta para todos os suspensores (dita então “universal”);
• conjunto de vedação universal (CVU);
• perfil externo dos suspensores eram iguais, permitindo por exemplo assentar o
suspensor 9.5/8" no lugar do de 13.3/8" sem nenhuma alteração;
• equipamentos de emergência [emergency seal assembly (ESA), external pack-off
(EPO)].
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Entretanto mesmo com todo este potencial, o sistema sofreu inúmeras alterações a
pedido da PETROBRÁS e acatadas pela VETCO, que permitiram o sistema sobreviver
até 1990 (último descido jan/94).
Entre as alterações mais importantes podem ser citadas:
• o conjunto de vedação universal passou do tipo T para o tipo LTR (torque para
low torque retrievable);
• o tipo torque para ser energizado precisava de um torque mínimo de 18000 a
20000 lb.pé e quando recuperado parte do mesmo ficava no poço. O
LTR, além de precisar um torque menor para energizamento (14000 a 16000
lb.pé) era recuperado integralmente evitando pescaria;
• a ferramenta de recuperação do conjunto de vedação universal (CVU) passou a ter
pino na extremidade inferior permitindo a utilização de cauda (melhor
centralização);
• o emergency seal assembly (ESA) que anteriormente necessitava de enroscamento
total para promover vedação (3.1/2 a 4 voltas) passou a fazê-lo com apenas 1 volta
(abertura de mais dois canais para o-ring na extremidade inferior). Sofreu rebaixo no
ombro, permitindo assentá-la mesmo com conjunto de vedação universal (CVU)
acima da posição;
• a ferramenta de recuperação do conjunto de vedação universal (CVU) passou a ter
trava no sub superior, evitando que o mesmo viesse a desenroscar do corpo quando
do giro à esquerda para desenroscar o conjunto de vedação universal (CVU);
• a ferramenta do alojador de alta passou a ter perfil tipo CAM-ACTUATED,
eliminando a rosca. Este perfil hoje é padronizado para todos as fabricantes;
• com a alteração, a ferramenta do alojador passou também a testar o BOP a baixa
pressão;
• para teste do BOP com alta pressão, o sistema contava apenas com o test plug,
ferramenta que não isola o conjunto de vedação universal (CVU) durante o teste,
dando margem a dúvidas no caso de vazamentos. Partiu-se então para a criação da
ferramenta de teste do BOP tipo II, que além de isolar o conjunto de vedação
universal (CVU) pode ser assentada sobre as buchas de desgaste;
• fabricou-se uma ferramenta estampadora, para permitir verificar o desnível entre o
topo do suspensor e o topo do conjunto de vedação universal (CVU) garantindo o
total enroscamento do mesmo;
• o anel de travamento do suspensor passou a ser fixado por 3 parafusos em canal
oblongo, evitando a queda durante a descida do revestimento.
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mercado internacional.
O alojador de 30", que também é padronizado, foi adaptado para esta base, provendo
uma larga flexibilidade operacional, sendo possível a partir da superfície:
• conexão remota dos cabos;
• troca de qualquer poste;
• recuperação integral da base;
• reassentamento da base, inclusive orientando-a;
• recuperação da capa e assentamento da base de abandono em única manobra;
• reassentamento da base e recuperação da capa de abandono em única manobra.
A recuperação da base não implica em manobra adicional e dispensa a substituição de
sobressalentes para a reutilização. Além, dessas características vantajosas, obteve-se
também a otimização em formas de quantidade de matéria prima utilizada na confecção
das bases, resultando em menores custos de aquisição.
Um grande número de bases (35 bases até 1994) já foram recuperadas e reutilizadas em
outros poços, reduzindo grandemente os pedidos de compra de bases, com substancial
economia para empresa.
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A Completação de Poços no Mar
• na retirada da coluna do poço, após completar a fase, não era possível jatear a cabeça
do poço e isto muitas vezes contribuía na perda de manobra na recuperação da bucha
de desgaste.
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A Perfuração de Poços no Mar
lay-out para comportar a coluna de riser 18.3/4" com os flutuadores. O navio não
chegou a furar um único poço completo.
O passo seguinte partiu da PETROBRÁS, buscando encontrar o que seria necessário
mudar para se dispor de um sistema 16.3/4" que permitisse passar com broca 16" e
posteriormente descer revestimento 13.3/8", sem alargar.
A partir de então foram feitas gestões junto aos fabricantes no sentido de buscar uma
solução definitiva, aumentando do drift de passagem do sistema 16.3/4", de maneira a
passar com broca de 16", broca esta que também teria que ser desenvolvida pelos
fabricantes. A modificação teria que ser feita sem que o alojador perdesse suas
capacidades mecânicas, principalmente a de ancoragem (especificada em 3500000 lbf)
já que com o aumento do drift, o ombro de carga onde apoia o suspensor 13.3/8" seria
diminuído.
A VETCO criou um anel tri-partido de material mais duro montado internamente no
alojador de modo a manter o ombro de carga com características e capacidades
mecânicas adequadas ao sistema MS-700 10 PB. Já a DRIL-QUIP emprega um
tratamento térmico localizado na região do ombro de assentamento assegurando as
capacidades mecânicas (sistema SS 10C).
A broca 16" foi desenvolvida e hoje já aparece na lista de brocas dos fabricantes. A
PETROBRÁS passou então a perfurar a fase com broca 16" e descer revestimento
13.3/8" convencional. Com isso foram eliminados todos os problemas citados
anteriormente, com ganho mínimo estimado por poço de 06 dias, viabilizando
definitivamente a perfuração de poços direcionais no sistema 16.3/4”, que é
importantíssimo para o desenvolvimento dos campos situados em lâminas d'água
profundas.
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A Completação de Poços no Mar
Filosofia de Completação
2. FILOSOFIA DE COMPLETAÇÃO
Grande parte da literatura de engenharia de petróleo ensina que uma boa completação é
aquela onde são observados os seguintes aspectos: de segurança, técnico/operacional e
econômico.
Sob o aspecto de segurança, um poço necessita pelo menos de duas barreiras de
segurança durante a sua vida (perfuração, completação e produção). Define-se barreira
de segurança como um sistema independente, dotado de uma certa confiabilidade,
formado por um conjunto solidário de elementos, capaz de manter sob controle o fluxo
de um poço de petróleo. A segurança de um poço de petróleo é a condição
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A Completação de Poços no Mar
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Métodos de Completação
3. MÉTODOS DE COMPLETAÇÃO
No mar apresentam-se duas situações distintas (Tabela 2). Na primeira delas, em águas
mais rasas, tem-se o caso em que é técnica e economicamente viável trazer a cabeça do
poço para a superfície, efetuando-se a completação convencional ou seca. Neste caso é
imprescindível escorá-la com uma jaqueta apoiada no fundo do mar ou tracionar o poço
a partir do convés de uma unidade flutuante especial (tension leg plataform). Em ambos
os casos tem-se uma sonda instalada sobre a plataforma para execução dos serviços de
completação.
Tabela 2 - Padrões de perfuração e completação
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A Completação de Poços no Mar
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Métodos de Completação
3.3.1. Simples
Caracteriza-se pelo poço possuir uma tubulação metálica, descida pelo interior do
revestimento de produção, da superfície até próximo à formação produtora. Esta
tubulação, acompanhada de outros equipamentos, denomina-se coluna de produção
(Figura 13.a).
Este tipo de completação possibilita produzir de modo controlado e independente
somente uma zona de interesse. Duas zonas podem ser colocadas em produção pela
mesma coluna, o que usualmente não é recomendado, pois prejudica o controle dos
reservatórios.
3.3.2. Seletiva
Neste caso é descido somente uma coluna de produção, equipada de forma a permitir a
produção de várias zonas ou reservatórios seletivamente, ou seja, uma por vez. Disto
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A Completação de Poços no Mar
resulta o perfeito controle dos fluidos produzidos em cada reservatório, bem como a
facilidade operacional de se alterar a zona em produção (Figura 13.b).
(a) (b) (c)
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3.3.3. Dupla
Este tipo de completação possibilita produzir simultaneamente, num mesmo poço, duas
zonas ou reservatórios diferentes, de modo controlado e independente, tanto no que diz
respeito a volumes produzidos como a pressões, razões gás/óleo e óleo/água, etc. Isto é
possível instalando-se duas colunas de produção com obturadores (packers) (Figura
13.c). Este tipo de completação ainda não foi utilizado em poços marítimos.
As principais vantagens deste método são:
• produção e controle de vários reservatórios produzidos simultaneamente;
• possibilidade de produção de zonas marginais que poderiam não justificar a
perfuração de poços somente para produzi-las;
• aceleração do desenvolvimento do campo;
• diminuição do tempo de utilização dos equipamentos e tubulações obtenção de uma
mesma produção acumulada do poço;
• liberação mais rápida do investimento para novas aplicações;
• diminuição do número de poços necessários para drenar as diversas zonas
produtoras.
As principais desvantagens do método são:
• maior dificuldade na seleção e utilização dos equipamentos, com maiores
possibilidades de problemas;
• as restaurações, embora menos frequentes, são mais complexas;
• maior dificuldade na aplicação dos métodos artificiais de elevação.
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
4.1. Investimento
É o conjunto de operações efetuadas durante a primeira intervenção em uma
determinada formação atravessada por um poço, após a conclusão dos trabalhos de
perfuração, visando a sua avaliação e posterior produção e/ou injeção de fluidos. Podem
ser operações de: avaliação, completação e recompletação.
4.1.1. Completação
Operação subseqüente à perfuração de um poço, quando o mesmo é condicionado,
canhoneado, avaliado e, se viável economicamente, equipado com uma coluna de
produção e um método de elevação artificial, se necessário.
4.1.2. Avaliação
Atividade executada visando definir os parâmetros da formação (permeabilidade, dano,
pressão estática, etc), identificar e amostrar o fluido da formação (composição, pressão
de saturação, viscosidade, grau API, densidade, etc), verificar a procedência dos fluidos
produzidos e o índice de produtividade (IP) ou injetividade (II) dos poços.
As operações de avaliação podem ser classificadas como:
• teste de formação à poço aberto (TF);
• teste de formação à poço revestido (TFR);
• teste de produção (TP);
• registro de pressão (RP);
• medição de produção (MP);
• amostragem de fluido produzido;
• perfilagem de produção.
4.1.3. Recompletação
Esta operação é executada em poços que podem produzir em mais de uma formação de
interesse. Assim, quando cessa o interesse em se produzir (ou injetar) em uma destas
formações, esta é abandonada e o poço é recompletado para produzir (ou injetar) na
outra. Também é executada quando se deseja converter um poço produtor em injetor (de
água, gás, vapor, etc.) ou vice-versa.
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A Completação de Poços no Mar
4.2.1. Avaliação
Operacionalmente é idêntica à avaliação de investimento. A diferença é que naquele
caso, o poço avaliado era recém-perfurado e nem necessariamente completado, visto que
a própria operação de avaliação é que definiria suas potencialidades. Na manutenção, o
poço já é produtor (ou injetor) e a operação de avaliação é realizada para monitoramento
do poço ou do reservatório.
4.2.2. Restauração
A restauração é um conjunto de atividades que visam restabelecer as condições normais
de fluxo do reservatório para o poço (retirada de dano de formação), eliminar e/ou
corrigir falhas mecânicas no revestimento ou na cimentação, reduzir a produção
excessiva de gás (alto RGO) ou água (alto RAO).
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
d) Falhas mecânicas
Detectando-se um aumento da razão óleo/água (RAO) e se suspeitando de um provável
vazamento no revestimento, a água produzida deve ser analisada e comparada com a
água da formação, confirmando ou não a hipótese de furo no revestimento. Entre as
falhas mecânicas pode-se citar: defeitos na cimentação, vazamento no revestimento,
vazamento em colar de estágio, etc.
A localização do vazamento pode ser feita com: perfis de fluxo, perfis de temperatura
ou testes seletivos de pressão usando packer e tampão mecânico recuperável (BPR).
e) Vazão restringida
Um poço que esteja produzindo com vazão menor do que a esperada necessita de
restauração. Esta restrição na vazão pode ser causada por dano de formação,
tamponamentos nos canhoneados e/ou na coluna, emulsões, etc.
Uma produtividade limitada, muito frequentemente, é causada pela redução da
permeabilidade em torno do poço. Este fenômeno denomina-se dano de formação. Para
resolver este problema, é necessário ultrapassá-lo. Os métodos mais usuais são o
recanhoneio, a acidificação de matriz e o fraturamento de pequena extensão.
Acidificação de matriz é a injeção de um ácido na formação com pressão inferior à
pressão de quebra da formação, visando retirar algum dano de formação. Logo após uma
acidificação o ácido deve ser retirado da formação, o que evita a formação de produtos
danosos à mesma (precipitados insolúveis).
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A Completação de Poços no Mar
4.2.3. Limpeza
A limpeza é um conjunto de atividades executadas no interior do revestimento de
produção visando substituir ou remover os equipamentos de subsuperfície, objetivando
um maior rendimento técnico e econômico.
Como exemplo de problemas geradores de intervenções para limpeza, podem ser
citados: furo em coluna de produção, vazamento no obturador, reposicionamento de
componentes da coluna de produção, vazamentos em equipamentos de superfície, entre
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outros.
4.2.5. Estimulação
A estimulação é um conjunto de atividades que objetiva aumentar o índice de
produtividade ou injetividade de um poço, em um reservatório.
O método mais utilizado é o fraturamento hidráulico que pode ser definido como um
processo no qual um elevado diferencial de pressão, transmitido pelo fluido de
fraturamento, é aplicado contra a rocha reservatório, até a sua ruptura. A fratura, que é
iniciada no poço, se propaga através da formação pelo bombeio de um certo volume de
fluido, acima da pressão de fraturamento.
Para se evitar que a fratura induzida feche ao cessar o diferencial de pressão aplicado, é
bombeado um agente de sustentação (normalmente areia selecionada), junto com o
fluido de fraturamento. Assim, se cria um caminho preferencial de elevada
condutividade, o qual facilitará o fluxo de fluidos do reservatório para o interior do
poço, ou vice-versa.
Além de incrementar o índice de produtividade dos poços, o fraturamento pode
contribuir para o aumento da recuperação final das jazidas, no caso de formações
bastante fechadas (baixa permeabilidade). Em reservatórios de alta permeabilidade, o
fraturamento pode aumentar a vazão dos poços, contribuindo assim para melhorar o
fluxo de caixa, tendo no entanto, muito pouca influência no fator de recuperação.
4.2.6. Abandono
Pode ser:
• DEFINITIVO: quando o poço não será mais utilizado;
• PROVISÓRIO: quando há previsão ou a possibilidade de retorno ao poço no futuro.
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
FLAPPER
VALVE
GÁS GÁS
ÓLEO ÓLEO
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A Completação de Poços no Mar
• e indução de surgência, para que o poço entre em fluxo, injetando-se gás pelo anular
(Figura 22 e Figura 23). Pode-se também utilizar o flexitubo e injetar gás
diretamente no interior da coluna (Figura 24);
Um outro esquema final de completação de poços é mostrado na Figura 25, sendo que
nesta situação, o método de elevação artificial utilizado é o do bombeio centrífugo
submerso (BCS).
FLUIDO DE
COMPLETA- VÁLVULA DE
CCL
ÇÃO CIRCULAÇÃO
GR
EMISSOR
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VÁLVULA
DE TESTE
R1 (3 pés) AMOSTRADOR
R2 (5 pés)
CIMENTAÇÃO CBL/VDL/GR/CCL
P&T PACKER
PRIMÁRIA
GÁS GÁS
ÓLEO ÓLEO
ÁGUA ÁGUA
CABO
ELÉTRICO
CCL
JATOS
PACKER TSR
HIDRÁULICO
CANHÃO SLIDING SLEEVE
STANDING
VALVE +
GÁS NIPPLE R GÁS
ÓLEO ÓLEO
ÁGUA ÁGUA
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
MANDRIL
DO TSR
STANDING
VALVE +
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NIPPLE R GÁS
GÁS
ÓLEO
ÓLEO
ÁGUA
ÁGUA
DHSV
VÁLVULAS DE
MANDRIS DE PRESSÃO
GAS LIFT FECHADAS
VÁLVULA DE
ORIFÍCIO
GÁS
GÁS
ÓLEO PWF
PE ÓLEO
ÁGUA
ÁGUA
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A Completação de Poços no Mar
DHSV
CABO
ELÉTRICO
BCS
GÁS
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GÁS
ÓLEO
ÓLEO
ÁGUA
ÁGUA
mesmo utilizado pela perfuração, já que a sonda a ser utilizada também é a mesma,
mudando somente o tipo de trabalho, que ao invés de ser de perfuração passa a ser de
completação.
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\
Figura 26 - Cabeça de poço de superfície em plataformas fixas
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A Completação de Poços no Mar
Imediatamente antes e após o corte dos tampões de cimento e dos tampões mecânicos, é
efetuado teste de estanqueidade do revestimento de produção, pressurizando-o durante
dez ou quinze minutos, para verificação da existência ou não de vazamentos (furos,
conexões de revestimento vazando, etc). Caso não se consiga pressão de teste
estabilizada, procede-se a localização e correção do vazamento.
O fluido de completação, geralmente é uma solução salina, isenta de sólidos, compatível
com a formação e com os fluidos nela contidos, de forma a não causar nenhum tipo de
dano de formação, que restrinja a vazão do poço. Além disso, o fluido deve ter peso
específico capaz de fornecer pressão hidrostática no interior do poço um pouco superior
à pressão estática da formação.
A substituição do fluido é feita, com o auxílio de bombas de deslocamento positivo,
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
FLUIDO
REVESTIMENTO
CIMENTO
FORMAÇÃO
COMPOSIÇÃO
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A Completação de Poços no Mar
O perfil CEL não é tão eficiente quanto o CBL/VDL, para investigar a aderência
cimento-formação. O uso combinado de ambos os perfis, porém, permite a completa
avaliação da qualidade da cimentação.
Normalmente, um perfil CEL tem apresentação mostrada na Figura 30:
• na primeira pista, são registradas a média aritmética dos diâmetros (CALU), além
das curvas de descentralização (ECCE), raios gama (GR), localização de luvas
(CCLU) e posicionamento relativo (RB) da ferramenta;
• na segunda pista, duas curvas de
resistência do cimento à
compressão, máxima (CSMX) e
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mínima (CSMN);
• na terceira pista, zonas escuras
indicam boa cimentação, enquanto
zonas em branco indicam má
qualidade do cimento. No extremo
direito desta pista, aparecem os
sinais indicadores de formações de
alta velocidade (linhas grossas) e da
presença de gás atrás do
revestimento (duas linhas finas).
Figura 29 - Ferramenta ultrassônica para
perfilagem CEL
5.4. Canhoneio
Uma vez avaliada a qualidade da cimentação e confirmada a existência de um bom
isolamento hidráulico entre os intervalos de interesse, a etapa seguinte é a do canhoneio.
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A Completação de Poços no Mar
É uma operação que tem por finalidade colocar a formação produtora em contato com o
interior do poço revestido, através de perfurações, com potentes cargas explosivas. Estas
perfurações penetram na formação algumas polegadas após atravessarem o revestimento
e o cimento, criando canais de fluxo por onde se processa a drenagem dos fluidos
contidos no reservatório.
As cargas explosivas são dispostas e alojadas de forma conveniente em canhões. Uma
vez estando o canhão posicionado em frente ao intervalo desejado é acionado um
mecanismo de disparo que detona as cargas explosivas. Estas cargas são devidamente
moldadas de forma a produzirem jatos de alta energia, com velocidades de até 6.000
m/s, que incidindo numa pequena superfície do revestimento geram pressões da ordem
de 4.000.000 psi e promovem a perfuração no revestimento, cimento e formação.
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Os canhões utilizados podem ser de vários tipos, sendo necessário uma seleção
adequada para cada situação. Existem canhões que são descidos com cabo elétrico por
dentro do revestimento (convencional) (Figura 31), canhões descidos com cabo elétrico
por dentro da coluna de produção (through tubing) (Figura 33) e canhões descidos
enroscados com a própria coluna de tubos (TCP / tubing conveyed perfuration) (Figura
32).
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
O poço é colocado em fluxo, pelo interior da coluna, visto que o packer isola o espaço
anular coluna de teste x revestimento do poço: mede-se então na superfície a vazão de
líquidos (Qlíquidos), vazão de gás (Qgás), determinando-se :
• a razão gás-líquidos (RGL): quantos m3 de gás foram produzidos para cada m3 de
líquido aferido. Note que o gás geralmente encontra-se dissolvido no seio do óleo
produzido.
• a razão gás-óleo (RGO): quantos m3 de gás foram produzidos para cada m3 de óleo
aferido);
• o CUT de água: % de água presente no volume de líquidos produzidos. Por
exemplo, se um determinado poço produz 100 m3/dia com CUT de 30 %, significa
que este poço produz 70 m3/dia de óleo e 30 m3/dia de água). É bastante utilizado
também o termo BSW, o qual se refere ao percentual do líquido que está sendo
produzido (óleo, água e sedimentos) que é água e sedimentos. Caso o poço não
produza sedimentos (areia), BSW e CUT têm o mesmo valor.
Durante o fluxo, os registradores estarão medindo a pressão de fluxo (Pwf) e a
temperatura. Note que existe uma Pwf para cada valor de Qlíquidos medida na superfície,
somente havendo sentido em referir-se a uma determinada Pwf quando associa-se a esta
a sua vazão correspondente razão gás-líquidos.
Por exemplo, caso um poço esteja produzindo com uma determinada vazão, com um
choke na superfície de 1/2”, ao restringir-se esta abertura do choke para 1/4”, a vazão
deverá diminuir e a pressão de fluxo lida no registrador no fundo irá aumentar. Se, ao
contrário, abrir-se o choke de 1/2” para 3/4”, a vazão deverá aumentar, e a pressão de
fluxo lida no registrador no fundo irá diminuir. Ou seja, quanto menor a abertura do
choke, maior a perda de carga observada, o que irá refletir-se também no fundo do poço.
Durante o fluxo, os amostradores de fundo, que descem abertos, são fechados, trapeando
amostras dos fluidos produzidos pela formação. Aciona-se então a válvula para
fechamento no fundo, iniciando então o período de estática. Nesse período, os
registradores estarão medindo um crescimento de pressão: se o poço fosse mantido
fechado por um longo período de tempo, esta pressão tenderia à pressão estática do
reservatório (Pest). Mas, mesmo que a Pest não seja atingida no período em que o poço
foi mantido fechado, técnicas de análise de pressões permitem extrapolar os valores
lidos e determinar a Pest extrapolada.
Ao final do TFR, as válvulas para circulação são abertas, permitindo o deslocamento do
óleo e gás da coluna por fluido de completação, amortecendo então o poço, permitindo a
posterior retirada da coluna de teste com segurança.
43
A Completação de Poços no Mar
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
5.6.1. Segurança
O conjunto coluna de produção, revestimento, fluido de amortecimento e árvore de natal
ou BOP deve oferecer duas barreiras de segurança durante toda a vida produtiva e,
também, durante sua instalação ou intervenção para manutenção.
A primeira barreira de segurança, por exemplo, para um poço produtor com sistema de
elevação artificial por gas lift é composta de:
• revestimento de produção abaixo do packer bem cimentado;
• packer;
• tubos de produção do packer até a válvula de segurança (DHSV) e;
• DHSV.
A segunda barreira é composta de:
• revestimento de produção acima do packer bem cimentado em frente as formações
portadoras de hidrocarbonetos;
• alojador de alta pressão (housing) ou cabeça de produção;
• suspensor de coluna e;
• árvore de natal (durante a produção) ou tampão mecânico (plugue ou BPV) durante
a intervenção.
Estes dois conjuntos de barreiras de segurança são independentes, isto é, a falha de
qualquer um dos componentes pertencentes à mesma barreira não compromete a outra
barreira, salvaguardando o poço contra o descontrole. Como a norma obriga que sempre
45
A Completação de Poços no Mar
5.6.2. Operacionalidade
Para o dimensionamento da coluna são considerados dois períodos distintos:
Use está cópia somente como Referência
5.6.3. Economicidade
O projeto da coluna de produção leva em consideração dois aspectos de economicidade:
em grande escala pela padronização dos tubos utilizados nos poços e, em menor escala,
pela otimização da operacionalidade de cada poço.
A padronização de tubos e componentes diminui a infra-estrutura e o controle
necessários para compra, recebimento, preservação, manuseio e instalação destes
materiais, diminuindo consequentemente o custo.
A otimização da operacionalidade da coluna durante a produção aumenta a eficiência de
fluxo e, durante a intervenção, reduz o tempo de utilização da sonda, que é responsável
pela maior parcela dos custos de intervenção.
Com os crescentes custos com intervenção em águas profundas, em função,
principalmente, das altas taxas diárias das sondas de posicionamento dinâmico, a E&P-
BC desenvolve ações que aumentem a vida útil da coluna de produção ou injeção. O
GESCOM dimensiona os mandris de gas lift para um horizonte de 10 anos, buscando
instalar apenas um mandril por poço (redução de pontos de falha) , considerando as
46
Detalhamento das Fases de Uma Completação
• convencionais;
• para BCS;
• para conjunto gravel pack;
• coluna com modulado de gás;
• coluna para poços com CO2/H2S;
• coluna para poços injetores.
47
A Completação de Poços no Mar
d) Produção de gás
Em poços produtores de gás ou com pressão anormalmente alta, emprega-se o conjunto
packer permanente/ locator, com pressão diferencial de trabalho superior à do conjunto
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e) Produção seletiva
Quando um poço possui 2 ou mais zonas de interesse para produção, emprega-se a
coluna seletiva (Figura 40), com um packer separando as zonas canhoneadas e uma
camisa deslizante (sliding sleeve) defronte à zona superior. Assim, estas zonas podem
produzir simultaneamente, ou isola-se a inferior com plugue produzindo a superior
através da sliding sleeve aberta, ou ainda produz-se a inferior, fechando a sliding sleeve
defronte a zona superior
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
a) Tubos de produção
Na Petrobrás existe uma padronização nacional para tipos de conexão, grau do aço e
peso dos tubos de produção, facilitando o intercâmbio entre as regiões e permitindo
menos itens de estoque e, consequentemente, menores custos operacionais.
Na E&P-BC, as conexões padronizadas para colunas de produção são:
• EU (external upset);
•
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NU (non-upset);
• TDS (tubing double seal);
• Buttress (para colunas 5.1/2”) e;
• VAM-ACE (Vallourec), empregada nos poços da Bacia de Santos.
A seleção da tubulação a ser empregada num determinado poço leva em conta 4 fatores:
• diâmetro interno do revestimento de produção: nos poços equipados com liner de 7”,
utiliza-se tubulação com diâmetro externo (OD) de 3.1/2” para facilidade de
pescaria, pois o diâmetro externo da luva é 4.1/2”. Alguns poços possuem zona de
interesse revestida por liner 5.1/2” e, nestes casos, utiliza-se a coluna 2.3/8” (OD da
luva 2,875”);
• máxima vazão esperada: determina-se o diâmetro nominal da coluna;
• fluido a ser produzido: define o tipo do aço (grau) dos tubos, bem como o tipo das
conexões;
• esforços mecânicos: calculando-se os esforços a que a coluna estará submetida
durante sua vida útil (tensões de tração, de colapso e pressão interna), e definido o
grau do aço, podemos determinar a espessura de parede requerida e,
consequentemente, seu peso por metro.
Devido ao uso prolongado da coluna de produção, prioriza-se nestes tubos a
confiabilidade da vedação ao invés da praticidade de manobra. Assim, privilegia-se as
roscas finas que promovem a vedação metal-metal na própria conexão. As roscas finas
podem ser classificadas como: de perfil redondo, de perfil quadrado e premium
As roscas EU e NU se enquadram na categoria de perfil redondo e são padronizadas
pela norma 5B do API. A rosca NU está em desuso em nossa região e a rosca EU é a
mais comumente utilizada, dada a grande quantidade de poços produtores de óleo, sem
outros fluidos agressivos associados, em nossa região. A Tabela 3 apresenta algumas
características destes tubos. Referências completas estão apresentadas no apêndice.
Nos poços completados com coluna 5.1/2” emprega-se os tubos de revestimento com
conexão BTC (Buttress thread casing), com 5 fios por polegada, padronizada pelo API,
as quais se enquadram na categoria de perfil quadrado. Os tubos comprados para
completar os poços de Marlim com esta coluna de 5.1/2” possuem grau N80 e peso de
17 lb/pé.
Em poços produtores de gás, com fluidos agressivos ou com alta pressão, são
empregados tubos com roscas premium, especificamente as roscas TDS e VAM-ACE.
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A Completação de Poços no Mar
b) Shear-out
É um equipamento instalado na extremidade inferior da cauda de produção, que permite
o tamponamento temporário da mesma. Também conhecido por sub de pressurização
(Figura 45 e Figura 46).
Possui três sedes, sendo a inferior tamponada. Atualmente tem sido descida sem a sede
inferior tamponada, isto é, apenas com duas sedes. Antes da descida, é dimensionada a
pressão de rompimento da mesma e, de acordo com o cálculo, colocados tantos
parafusos de cisalhamento quanto necessário. Ao se pressurizar a coluna, a força atuante
60
Detalhamento das Fases de Uma Completação
na sede faz com que os parafusos cisalhem, caindo a sede no fundo do poço e liberando
a passagem na coluna.
Necessitando-se tamponar novamente a shear out, lançam-se as esferas no poço (Figura
47), que se alojarão nas suas sedes. Para abrir ao fluxo novamente, basta pressurizar a
coluna. Uma vez rompida a sede inferior, a shear out passa a funcionar como uma boca
de sino, pois tem a sua extremidade inferior bizelada para facilitar a reentrada de
ferramentas na coluna de produção.
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61
A Completação de Poços no Mar
c) Hydro-trip
Tal como a shear-out, serve para
tamponamento temporário da coluna.
Porém por ter rosca também na parte
inferior, pode ser instalada em qualquer
ponto da coluna. A sede no entanto não
cai para o fundo do poço, pois tem um
collet que se expande, entrando na
reentrância apropriada para isto. Como
desvantagem, não permite passagem
plena na coluna após o rompimento da
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d) Nipples de assentamento
Os nipples (ou perfis) de assentamento são subs que possuem uma área polida para
vedação e uma sede de travamento. Servem para alojar, numa profundidade bem
definida, plugs (para isolamento de zonas produtoras), standing valves (para impedir
perda de fluido para a formação), instrument hanger com registradores de pressão para
testes de produção, e chokes (estes de uso raro, permitem a produção simultânea de 2
zonas com diferentes pressões). São especificados pelo seal bore, que é o diâmetro da
área polida onde as gaxetas dos equipamentos de controle de fluxo fazem a vedação.
Normalmente são instalados na cauda de produção, abaixo de todas as outras
ferramentas. Podem, também ser instalados tantos quantos necessários, em qualquer
ponto da coluna, ressalvando-se a seletividade dos mesmos.
Basicamente há dois tipos principais de nipples de assentamento: nipple R (não seletivo)
e nipple F (seletivo) (Figura 49).
62
Detalhamento das Fases de Uma Completação
♦ Nipple F (seletivo)
Não possuem no-go, isto é, a própria área selante serve de batente localizador (Figura
49). Podem ser instalados vários nipples seletivos de mesmo tamanho numa mesma
coluna. Neste caso, o posicionamento do equipamento desejado é feito pela ferramenta
de descida e/ou tipo de trava do equipamento a ser instalado.
A junta telescópica (TSR) e o tubing hanger têm um perfil F incorporado internamente,
com dimensões de 2,81” e 3,75”, respectivamente. Em caudas de produção large bore, o
perfil F do TSR tem diâmetro nominal de 3,50” e o nipple R pode ser de 3,25” ou 3,31”.
Os principais nipples F utilizados na E&P-BC são mostrados na Tabela 7.
Tabela 7 - Principais nipples F.
63
A Completação de Poços no Mar
e) Sliding sleeve
A sliding sleeve (ou camisa deslizante) possui uma camisa interna que pode ser aberta
ou fechada através de operações de arame, para prover comunicação anular-coluna ou
coluna-anular (
Figura 52).
A área de fluxo, normalmente, é equivalente à área de passagem da coluna de produção.
Os diferentes tipos de camisas deslizantes existentes no mercado são bem semelhantes
quanto à sua concepção, variando apenas os tipos de elementos de vedação (gaxetas,
selos moldados ou o-rings), o sentido de abertura e fechamento (percussão para cima ou
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
sub para o manuseio, e posicionar as chaves flutuantes no top e bottom subs para aplicar
o torque.
f) Check valve
É uma válvula de pé, que serve para impedir o fluxo no sentido descendente. É
composta de uma sede, com uma válvula de retenção que se abre quando pressurizada
de baixo para cima e veda quando pressurizada de cima para baixo (Figura 53). Serve
para evitar que o poço beba o fluido de completação presente na coluna, mantendo-a
cheia, e, em colunas com BCS, impedir o contra-fluxo pelo interior da bomba.
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g) Packer de produção
O packer tem múltiplas funções:
• serve para compor a primeira barreira de segurança, conjuntamente com a DHSV, a
coluna de produção entre ao DHSV e o packer e o revestimento de produção bem
cimentado abaixo do packer;
• protege o revestimento (acima dele) contra pressões da formação e fluidos
corrosivos;
• possibilita a injeção controlada de gás, pelo anular, nos casos de elevação artificial
por gas lift;
• permite a produção seletiva de várias zonas por uma única coluna de produção (com
mais de um packer), etc.
É posicionado de tal forma que a extremidade da coluna de produção fique a
aproximadamente 30 m acima do topo da formação produtora, para permitir perfilagens
de produção e ampliações de canhoneio through tubing.
Os packers de produção são assentados por diferencial de pressão entre o interior e o
exterior da coluna, e consequentemente, em algum ponto da coluna abaixo do packer é
necessário instalar um sub de pressurização com este objetivo. Os packers são
compostos por elementos de vedação (borrachas), elementos de ancoragem (cunhas e
65
A Completação de Poços no Mar
66
Detalhamento das Fases de Uma Completação
Figura 54 - Elemento de
vedação (borrachas) do
packer HHL
h) Packer permanente
É um tipo de packer que, uma vez assentado, não se consegue mais recuperá-lo. Para
retirá-lo, é necessário cortá-lo e empurrá-lo para o fundo do poço.
É assentado a cabo, utilizando-se uma unidade de perfilagem. Para ser assentado, é
conectado a uma setting tool (ferramenta de assentamento) e descido até a profundidade
apropriada. Ao se acionar, eletricamente, a setting tool, há a detonação de um explosivo
que cria um movimento da camisa superior para baixo, comprimindo todo o conjunto
até a camisa retentora. Este movimento expande o elemento de vedação e as cunhas
contra o revestimento (Figura 57).
i) Unidade selante
É o equipamento descido na extremidade de uma coluna, que faz a vedação da mesma
com o orifício da packer ou do suspensor de subsuperfície. Para instalá-la, basta colocar
peso, pois tem uma rosca tipo wicker. Divide-se em três tipos principais (Figura 58).
67
A Completação de Poços no Mar
♦ Âncora
Uma vez conectada, só permite a liberação com rotação à direita (14 voltas), possuindo
dispositivo anti-rotacional. Os dentes da garra têm perfil horizontal na parte superior, o
que garante a impossibilidade de liberação por tração.
♦ Trava
Uma vez conectada, permite a liberação com tração (cerca de 10.000 lb), pois não tem
um dispositivo anti-rotacional que permita seu giro para liberação.
♦ Batente
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Por não ter a rosca wicker, não trava. Para retirá-la, basta tracionar a coluna.
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
parafusos de cisalhamento que tanto podem ser armados para rompimento por tração ou
compressão (Figura 60 e Figura 62).
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A Completação de Poços no Mar
Figura 61 - J-slot na
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sapata guia
70
Detalhamento das Fases de Uma Completação
♦ VGL de orifício
Serve para injeção de gás em coluna de elevação artificial por gas lift. Está sempre
aberta no sentido anular-coluna, e não permite passagem no sentido coluna-anular
(Figura 67).
♦ VGL de pressão
Também chamada de VGL calibrada, serve para ajudar a aliviar o peso da coluna
hidrostática durante a indução de surgência. Na coluna de produção, trabalhando como
válvula de alívio (normalmente se utiliza mais de uma VGL calibrada), fica posicionada
acima da válvula operadora (de orifício), e é calibrada para fechar a determinada pressão
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no anular, quando então não mais permite o fluxo de gás através de si (Figura 68 e
Figura 69).
♦ VGL cega
Serve para reservar uma posição estratégica na coluna para comunicação coluna-anular.
Não é possível a circulação através desta válvula, tendo a mesma de ser retirada da bolsa
do mandril para permitir a circulação.
71
A Completação de Poços no Mar
Figura 69 -
Figura 67 - Válvula de Engaxetamento inferior
Figura 68 - VGL de e check valve
orifício
pressão, em corte
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
73
A Completação de Poços no Mar
manter a válvula na posição aberta) a solução encontrada foi pré-calibrar a válvula com
N2 de acordo com a profundidade de instalação.
A pressão de abertura desse tipo de DHSV varia com a temperatura do poço, havendo
uma tabela de correção da pressão para a qual foi calibrada, em função da temperatura.
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
Figura 74 -
Engaxetamentos e furos de
entrada para fluido
hidráulico
Figura 75 -
Compartimento da flapper
valve
Figura 72 - DHSV
insertável
Figura 77 - Mecanismo de
auto-equalização
Figura 73 - Sistema de
travamento
Figura 76 - Storm choke
75
A Completação de Poços no Mar
Figura 78 - DHSV/N2
76
Detalhamento das Fases de Uma Completação
♦ Motor elétrico
Fica na base do conjunto. Seu diâmetro vai de 4.1/2”a 5.1/2”, por cerca de 3 a 5 metros
de comprimento. A potência varia, conforme a vazão e a pressão a serem fornecidas,
entre 50 a 240 HP, tendo, para isto, corrente entre 45 a 60 Ampéres e tensão entre 950 e
1300 Volts, para baixa potência (abaixo de 180 HP) e 2100 a 2300 V para altas
potências.
♦ Selo
Tem normalmente o mesmo diâmetro do motor, por cerca de 1,5 a 2 metros de
comprimento. Faz a conexão entre o motor e a bomba, impedindo que os fluidos que
estão sendo bombeados entrem em contato com o interior do motor, danificando-o.
Alguns modelos já vêm com o selo integrado ao motor.
♦ Admissão
Fica logo abaixo da bomba, e serve para admitir o fluido, que vem pelo anular, para
dentro da bomba (Figura 81).
77
A Completação de Poços no Mar
♦ Bomba centrífuga
É onde o fluido ganha pressão. Formada basicamente de rotores (ou impelidores), onde
o fluido é admitido pelo centro e, devido à rotação, acelerado centrifugamente, saindo
pelas bordas; e estatores (ou difusores), onde a velocidade do fluido é transformada em
pressão e o fluido é redirigido para o centro, onde vai entrar em outro impelidor, para
reiniciar o processo. As bombas utilizadas na E&P-BC têm, normalmente, entre 50 e
220 estágios (cada estágio é formado por um par rotor/estator), sendo a quantidade
relacionada com o ganho de pressão que a bomba deve fornecer. Sua vazão bruta está
na faixa de 40 a 450 m3/dia (Figura 82).
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♦ Cabeça de descarga
Nada mais é que uma redução rosca/flange, que serve para conectar a bomba, flangeada,
na coluna de produção, rosqueada (Figura 82).
♦ Separador (opcional)
Quando a profundidade do conjunto não é suficiente para que a pressão de admissão
seja maior que a pressão de saturação, é necessário instalar um separador gás/líquido, na
admissão, pois a bomba é monofásica, isto é, só consegue bombear líquido. O separador
funciona por ação centrífuga, isto é, o fluido que é admitido dentro dele é girado. Por ter
um maior peso específico, o líquido é jogado para a periferia, enquanto o gás, mais leve,
fica no centro, processando-se, assim, a separação. O líquido entra na bomba, de onde é
recalcado para a coluna e o gás sobe pelo anular, sendo coletado na válvula lateral da
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
♦ Acessórios
Há ainda os acessórios necessários para a instalação do conjunto BCS:
∗ Camisa de refrigeração
Como o motor é refrigerado pelo óleo que passa em volta dele, se a velocidade deste
óleo for pequena, é necessário envolver o motor com uma camisa que reduza a seção de
fluxo, aumentando, desta maneira, a velocidade do fluxo;
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∗ Cabo chato
É um cabo, também com três condutores, que tem em uma das extremidades uma
“tomada”, que é conectada ao motor elétrico. Seu comprimento é de cerca de 18 metros
e, na outra extremidade ele é emendado ao cabo redondo. Seu nome se origina de sua
forma. Os condutores são paralelos, dando a forma chata ao cabo, para que este tenha
um menor diâmetro, já que vai ficar paralelo à bomba e ao selo, que têm um diâmetro
maior que a coluna, facilitando a entrada em partes “apertadas” do poço. Normalmente,
é protegido por calhas metálicas, já que tem baixa resistência mecânica;
∗ Penetrador
é um cabo, com dois rabichos, que serve para permitir a passagem do cabo elétrico por
equipamentos de vedação, tal como um packer duplo. É instalado no bore secundário do
packer, isolando a área acima do packer da área abaixo dele. O rabicho inferior é
emendado ao cabo chato, indo para o motor e o rabicho superior é emendado ao cabo
redondo, indo para a superfície;
∗ Mandril eletrosub
A semelhança do penetrador, o mandril eletrosub serve para vedar a passagem do cabo
elétrico pelo adaptador entre a cabeça de produção e a ANC, fazendo uma ponte entre a
superfície e o interior do poço. Na sua face inferior é conectado o pig-tail inferior,
previamente emendado ao cabo redondo, e, na face superior é conectado o pig-tail
superior, emendado ao cabo de alimentação que vai dar no trafo. Os “pig-tails” nada
mais são do que terminais-plug, isto é, em uma extremidade eles têm uma tomada, que é
conectada ao mandril eletrosub e, na outra extremidade, eles são cabos elétricos, que são
emendados em outros cabos.
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A Completação de Poços no Mar
b) Adaptadores
É o equipamento utilizado para permitir a perfeita conexão entre a ANC e a cabeça de
produção, cobrindo o suspensor e viabilizando, através de gaxetas, a passagem do fluido
hidráulico de acionamento até a DHSV.
Os principais tipos de adaptadores são: A-5S, BO-2 e A3EC
♦ Adaptador A5-S
Usado conjuntamente com um suspensor tipo extended-neck (pescoço estendido), este
adaptador é de simples construção e fácil montagem (Figura 85). O suspensor é apoiado
na cabeça de produção, onde o-rings promovem a vedação, viabilizando a injeção de gás
no espaço anular. O adaptador é colocado sobre ela e parafusado. No pescoço
estendido, um jogo de gaxetas confina o fluido hidráulico para acionamento da DHSV,
fazendo com que este passe pelo interior do corpo do suspensor, na base do qual está
conectada a linha de controle. Este tipo de adaptador é muito utilizado em poços
surgentes ou equipados com gas lift.
♦ Adaptador BO-2
Devido a sua complexidade e dificuldade de montagem, o BO-2 (Figura 86) está em
desuso na E&P-BC. A grande vantagem deste tipo de adaptador, que na verdade só é
válida para poços surgentes, consiste em permitir o desencamisamento do TSR sem a
necessidade de retirar a ANC, apenas desconectando o adaptador da cabeça de produção
e erguendo todo o conjunto.
O aparato completo inclui, além do adaptador propriamente dito, um suspensor tipo
hanger coupling, que é enroscado no adaptador. Abaixo dele, é conectado um sistema
80
Detalhamento das Fases de Uma Completação
Figura 83 -
Adaptador A5-S
Figura 84 -
Suspensor de
coluna extended-
neck
♦ Adaptador A3-EC
Este adaptador (Figura 87) é usado em poços equipados com BCS. Trata-se de um
adaptador excêntrico, com dois bores (orifícios), sendo que o principal destina-se à
produção, sendo, por isto, flangeado, para se conectar a ANC.
No bore secundário é instalado o mandril eletrosub, que permite a conexão em suas
faces superior e inferior do cabo de alimentação elétrica do motor de fundo. Há ainda
um orifício de acesso para o fluido hidráulico de acionamento da DHSV. Para uma
perfeita estanqueidade, tanto o bore da linha de controle da DHSV quanto o bore de
produção possuem uma luva de vedação.
81
A Completação de Poços no Mar
82
Detalhamento das Fases de Uma Completação
88), várias válvulas individuais independentes são conectadas entre si e à cruzeta através
de flanges.
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♦ DO (diver operated)
As ANM’s do tipo diver operated (DO), de baixo custo de aquisição, foram
introduzidas para viabilizar a produção de campos ou poços marginais em águas rasas.
Na prática observou-se que o tempo de instalação é tão grande e dispendioso, que o
custo final (aquisição e instalação) fica maior do que se usando uma ANM do tipo diver
assisted (DA), mais avançada e de maior custo de aquisição.
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Detalhamento das Fases de Uma Completação
Existem três tipos de ANM do tipo diver operated: DO-1, DO-2 e DO-3.
∗ ANM DO-1
São utilizadas em poços perfurados e completados com jack-up, em lâminas d’águas de
até 120 metros, onde trabalhos com mergulhadores são mais críticos. O sistema de
cabeça de poço submarino (SCPS) deve ser do tipo mudline, com possibilidade de
desconexão no fundo do mar (OBS-C, SD-1).
Neste tipo de árvore tem-se as seguintes operações realizadas por mergulhadores:
acionamento de algumas válvulas manuais; travamento/destravamento da ANM ao poço
através de conectores mecânicos; conexões das linhas de fluxo e de controle à ANM.
Use está cópia somente como Referência
∗ ANM DO-2
São utilizadas em poços perfurados por jack-up (OBS-C e SD-1) e completados com
semi-submersíveis, em lâminas d’águas de até 120 metros. Utiliza também a cabeça de
completação conectada a cabeça do poço, sendo que agora, o conector de topo é do tipo
H4, que permite conexão de BOP submarino, não sendo, portanto, necessária a operação
de tie-back. As operações realizadas com mergulhadores são idênticas às realizadas na
ANM do tipo DO-1.
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A Completação de Poços no Mar
∗ ANM DO-3
São ANM’s instaladas em poços perfurados e completados através de SS ou NS
ancorados (que fazem uso do SCPS guideline - GL), destinada a poços localizados em
profundidade de até 200 metros. São operadas válvulas manuais e realizadas conexões
das linhas de fluxo e controle com mergulhadores. Os mergulhadores não mais
executam travamento/destravamento da ANM ao poço através de conectores mecânicos,
sendo utilizados os conectores hidráulicos (similares ao conector H4). Buscou-se uma
simplificação das ANM diver assisted (DA), para que se diminuísse seu preço de
aquisição, o que posteriormente de mostrou economicamente pouco vantajoso.
♦ DA (diver assisted)
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♦ DL (diverless)
São ANM’s destinadas a poços de até 400 metros de lâmina d'água (Figura 94). Todas
as conexões e/ou acoplamentos são feitos através de ferramentas ou conectores
hidráulicos, inclusive linhas de fluxo e controle. A PETROBRÁS bateu a recorde
mundial de completação de poços com lâmina d’água profunda ao instalar a ANM
HUGHES do tipo DL no poço l-RJS-284 (383 metros) em 1985.
Podem ser consideradas as precursoras das atuais ANM’s DLL e GLL, pois os conceitos
utilizados nestas últimas foram evoluções decorrentes das muitas dificuldades
enfrentadas na instalação das ANM’s DL. Como as primeiras ANM’s DL foram
instaladas em lâminas d’água inferiores à 300 metros, onde é possível utilizar mergulho
saturado, várias dificuldades enfrentadas foram solucionadas com auxílio de mergulho,
o que não mais seria possível em maiores lâminas d’água. Os sistemas de conexão das
linhas de produção e controle à ANM eram de dimensões bastante elevadas e pouco
operacionais.
Este tipo de ANM pode ser considerado obsoleto, tanto que todas as ANM’s retiradas,
localizadas em lâminas d’água inferiores a 300 metros, para execução de trabalhos de
completação no poço sofreram transformações para torná-las diver assisted. Aquelas
que se encontram instaladas em maiores lâminas d’água continuam sem modificações.
86
Detalhamento das Fases de Uma Completação
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87
A Completação de Poços no Mar
Um sequência operacional típica da
completação com ANM DLL é dada por:
• conexão dos cabos guia, retirada da
capa de abandono e jateamento da
cabeça do poço;
• instalação da base adaptadora de
produção (BAP);
• instalação do BOP submarino;
• execução das operações de
completação, internas ao poço;
•
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retirada do BOP;
• descida e instalação da ANM, com as
linhas de fluxo conectadas na
superfície (lançamento do tipo lay-
away).
88
Detalhamento das Fases de Uma Completação
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89
A Completação de Poços no Mar
O conceito de conexão vertical (CV) foi estendido, originando o conceito de conexão
vertical direta (CVD), onde ao invés de se fazer uso do trenó para abandonar o mandril
das linhas de fluxo (MLF) ao lado do poço, o mesmo é posicionado diretamente em seu
berço localizado na BAP (Figura 98).
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90
Detalhamento das Fases de Uma Completação
c) Componentes e suas funções
Nas ANM’s DLL e GLL (Figura 96 e Figura 100), a base foi projetada a fim de
proporcionar uma nova cabeça de poço para o suspensor de coluna (tubing hanger) e a
ANM, livre de problema de interface com o tubing hanger e com a área de vedação do
anel VX do conector da ANM. Estas bases possuem uma estrutura guia para orientação
na BGP, um conector hidráulico para travamento e vedação no alojador de alta pressão
(housing) e na parte superior, um housing especial com perfil interno preparado para
receber o tubing hanger, e o perfil externo tipo H-4 para receber o conector da ANM. O
tubing hanger é auto orientado por sistema de chaveta no tubing hanger e rasgo na base
adaptadora de produção (BAP), não necessitando qualquer cuidado quanto ao
posicionamento do rasgo do conector H-4 do BOP. Na estrutura guia existe um berço
que recebe e ancora o mandril das linhas de fluxo (MLF) e controle, permitindo que a
ANM possa ser retirada sem que seja necessário recolher as linhas flexíveis.
91
A Completação de Poços no Mar
As ANM’s DA não utilizam bases das linhas de fluxo, porém são as únicas que
necessitam a correta orientação do rasgo do conector H4 do BOP submarino (Figura
103), para posterior instalação do tubing hanger excêntrico.
concordância à árvore de natal que será instalada (Figura 103). Nas ANM’s DLL e GLL,
a instalação do tubing hanger é auto-orientada, já que as bases adaptadoras de produção
possuem rasgos com esta finalidade, não necessitando qualquer preocupação quanto ao
rasgo do conector H4 do BOP.
No tubing hanger, o drift de passagem do bore de produção deve permitir a passagem
das ferramentas descidas com arame, inclusive a instalação e retirada das válvulas de
segurança insertáveis. Nos modelos mais novos, o bore do anular está sendo equipado
com uma válvula de dupla vedação (VDV), que faz o isolamento do anular enquanto a
ANM não está instalada, evitando-se assim a instalação de um plug para isolamento
neste bore. Esta válvula é acionada mecanicamente pelo stab da ANM ou da ferramenta
de instalação e retirada do tubing hanger (tubing hanger running tool).
93
A Completação de Poços no Mar
94
Detalhamento das Fases de Uma Completação
∗ Conector da ANM
É o componente existente na parte inferior de ANM que permite conexão/desconexão da
mesma na cabeça do poço. Também define o poço no qual a ANM poderá ser instalada.
Podem ser classificados como: conector mecânico e conector hidráulico
O conector mecânico é o tipo de conector utilizado nas ANM's DO-1 e DO-2. O
travamento/destravamento da ANM é feito com auxílio de mergulhadores e a vedação é
feita basicamente por elastômeros (o-rings, gaxetas).
Use está cópia somente como Referência
•
Figura 105 - Conector mecânico de ANM
O conector hidráulico é o tipo de conector utilizado em todas as outras ANM's. O
travamento/destravamento é feito através de acionamento hidráulico por painéis e a
vedação através de anéis metálicos denominados AX (5000 psi) ou VX (10000 psi).
Caso a área de vedação de cabeça da poço apresente danos e não permita vedação metal
x metal, poderão ser utilizados anéis AX ou VX com insertos de borracha (chamados
anéis HYCAR) ou chumbo (em uma das faces). Todos os poços perfurados por SS ou
NS na Bacia de Campos, tem a perfil externo VETCO como padrão, independentemente
do fabricante.
95
A Completação de Poços no Mar
∗ Bloco de válvulas
Tem a função de conter, em um só corpo, a válvula mestra da linhas de 4" (acesso a
coluna de produção - MASTER 1 ou M1) e 2" (acesso ao anular - MASTER 2 ou M2) e
as válvulas de pistoneio ou swab (acesso vertical pela parte superior da ANM, quando o
poço necessita intervenção com sonda - SWAB 1 (S1) e SWAB 2 (S2)). O bloco possui
2 furos paralelos, um de 2" e outro de 4" ao longo dos quais estão os receptáculos das
válvulas. A distribuição das válvulas nas ANM's da PETROBRÁS sofre uma
padronização, que obriga todos os fabricantes a disporem as válvulas da mesma
maneira.
Não integrando fisicamente o bloco de válvulas, mas completando o conjunto de
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96
Detalhamento das Fases de Uma Completação
97
A Completação de Poços no Mar
(1) bore de 4”
(2) stab hidráulico
(3) mordente
(4) pino indicador
(5) pistão do conector
(6) anel metálico de
vedação
98
Detalhamento das Fases de Uma Completação
(1) bore de 4”
(2) bore de 2”
(3) bore hidráulico de controle
(4) perfil para plug
(5) perfil para travamento de ferramenta
(6) flange de conexão ao bloco de válvulas
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99
A Completação de Poços no Mar
COMPLETAÇÃO
FERRAMENTA
ATUADOR
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PRODUÇÃO
C O M P L E T A Ç Ã O (C O N T R O L E )
CO R RO S IO N
CA P
CA R T U CH O
STA B FER R A M EN TA
ATUADOR BLOQU EA DO
PL A C A
PR O D U ÇÃ O
(C O N TR O L E )
COM PLETAÇÃ O
STAB
ATUADOR
ATUADOR
PR O D U Ç Ã O
BLOQUEADO
M OLA
CA R T U C H O
CARTUCHO
100
Detalhamento das Fases de Uma Completação
∗ Capa de corrosão
São equipamentos instalados no topo da ANM, ou sobre a tree cap, como proteção e
isolamento das áreas de vedação dos receptáculos. Possuem, geralmente, travamento
por pinos de cisalhamento.
∗ Painel back-up
O painel back-up (Figura 117 e Figura 118) é um dos componentes do conjunto das
ANM’s GLL e DLL. Este painel permite o acionamento hidráulico secundário das
válvulas, em caso de dano (vazamento ou obstrução) no circuito hidráulico. Para ser
acionado (operar e monitorar), o painel requer recurso de um ROV (veículo de operação
remota) .
101
A Completação de Poços no Mar
Figura 118 - Circuito hidráulico do painel back-up para ANM GLL-4 CBV
♦ Painel de produção
Equipamento instalado na plataforma de produção através da qual se controla as funções
desejadas na ANM. É composto basicamente de válvulas direcionais a indicadores de
pressão (manômetros).
102
Detalhamento das Fases de Uma Completação
d) Equipamentos de Manuseio
♦ Riser de completação
É um equipamento projetado para ser usado como coluna de instalação, juntamente com
as ferramentas das ANM’s e em quase todos os casos, ferramentas de suspensores de
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coluna (tubing hanger). O riser de completação provê acesso vertical com completa
integridade de pressão às linhas de produção e anular.
Nas operações com ANM, os risers necessitam de um terminal head, um carretel com
umbilical de controle e um painel de intervenção.
Já nas operações com suspensor de coluna (tubing hanger), os riser não necessitam que
o umbilical vá até o poço, pois os risers possuem linhas hidráulicas internas que
permitem o controle da ferramenta a partir do terminal head. As operações com
suspensor de coluna são feitas por dentro do riser de perfuração e do BOP.
Os riser podem ser concêntricos (PC-2) ou excêntricos (MC-8S, MC-8D e MC-12D),
dependendo do projeto, e estão disponíveis em diversos comprimentos para facilitar a
composição de colunas. Os riser excêntricos e concêntricos não podem ser utilizados
simultaneamente. Quanto os risers MC-8S e MC-8D, podem ser utilizados na mesma
coluna, bastando que entre eles tenha uma ou mais juntas de transição (crossover).
∗ O riser PC-2
O riser PC-2, fabricado pela HUGHES e ENGEMAQ, é concebido para trabalhar com
sistema de ANM HUGHES e tem as seguintes características:
• é utilizado em lâminas d’água de até 500 metros;
• é do tipo concêntrico, ou seja não possui linha de 2”;
• é um riser com conexão por rosca;
• não é usado para descer tubing hanger;
• não têm comando hidráulico interno para acionamento das ferramentas;
• o diâmetro externo da junta é de 7”;
• a caixa desce voltada para cima;
• estão disponíveis juntas de riser de 10, 25 e 50 pés de comprimento.
∗ O riser MC-8S
O riser excêntrico MC-8S fabricado pela VETCO, ENGEMAQ e EQUIPETROL é
usados em equipamentos de vários fabricantes, e possuem as seguintes características:
• é utilizado em lâminas d’água de até 500 metros;
• possui conexão com 8 dogs;
• é usado para descer ANM e tubing hanger;
• tem comando hidráulico interno para ferramenta (6 linhas);
• tem linha de produção de 4”e linha do anular de 2”;
• diâmetro externo da junta de 9.5/8”;
103
A Completação de Poços no Mar
∗ O riser MC-8D
O riser MC-8D (Figura 119) é quase que idêntico ao riser MC-8S, apresentando as
seguintes diferenças:
• é utilizado em lâminas d’água de até 1800 metros;
• estão disponíveis juntas de riser de 10, 20 e 45 pés de comprimento.
São juntas usadas em riser excêntricos para misturar numa mesma coluna riser MC-8S e
MC-8D. Possibilita conectar um terminal head, que possui conexão do tipo MC-8S, a
uma ferramenta que tenha conexão do tipo MC-8D, ou vice-versa.
Quase que idêntico ao riser MC-8D, apresentando as seguintes diferenças:
• é utilizado em lâminas d’água de até 500 metros;
• estão disponíveis juntas de riser de 5, 10 e 45 pés de comprimento.
∗ Juntas de reforço
É uma junta com capacidade de resistência à tração e dobramento superior às juntas
normais. É usada logo acima da ferramenta da ANM. Podem ser do tipo MC-8S, MC-
8D e PC-2.
Diferenças das juntas de reforço e dos risers to tipo MC-8S:
• é usado para descer ANM;
• estão disponíveis juntas de reforço de 50 pés de comprimento.
104
Detalhamento das Fases de Uma Completação
É igual a junta de transição, porém, o tubo de 9.5/8” é mais resistente, permitindo maior
capacidade de tração e dobramento.
Podem ser:
• MC-8D PINO x MC-8S CAIXA
• MC-8D PINO x MC-12D CAIXA
Diferenças das juntas de reforço e transição MC-8D PINO x MC-8S CAIXA em relação
às juntas de reforço MC-8S:
• estão disponíveis juntas de reforço de 45 pés de comprimento.
Diferenças das juntas de reforço e transição MC-8D PINO x MC-12D CAIXA em
relação às juntas de reforço MC-8D:
• possui conexão com 8 dogs;
• diâmetro externo da junta igual a 10.3/4”;
• estão disponíveis juntas de reforço de 50 pés de comprimento.
105
A Completação de Poços no Mar
Para descer uma coluna de risers não basta conectar uma junta na outra, é necessário
observar os parâmetros citados acima e definir um equilíbrio entre eles. A coluna deve
estar sempre tracionada, para evitar que o peso excessivo force a junta para baixo, o que
fatalmente levará ao empeno.
O posicionamento da sonda em relação ao poço (offset) também é crítico, pois forçará a
parede da caixa da primeira junta, logo acima da ferramenta de instalação da ANM.
Sendo assim, deve ser estabelecido uma janela de operação (Figura 120), considerando
o offset, medido em percentagem da lâmina d’água, e o top tension (tração aplicada na
última junta de riser, menos o peso da catarina) para a lâmina d’água desejada. O sinal
negativo significa contra a corrente e o sinal positivo, a favor.
Para uma operação correta e segura, deve-se trabalhar sempre dentro da janela de
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700
590 590 590 590 590
600
500
Top Tension (KLBS)
500
420
400 388
350
300 324
300 250 265
220 T.Máximo (Klbs)
200 152 T.Médio (Klbs)
T.Mínimo (Klbs)
100
0
400 600 800 1000 1200
Lâmina d'água
Figura 120 - Janela de operação para riser de completação Vetco MC-8D 1000 e 1200 m
e CBV/FMC UN 1200 m com offset máximo permitido de 4% da lâmina d’água
106
Detalhamento das Fases de Uma Completação
Visando contornar este problema, foi desenvolvido o Drill Pipe Riser, que consiste,
basicamente, na utilização de uma coluna de perfuração (drill pipes) e um umbilical,
preso aos drill pipes, para substituir o riser de completação convencional.
O acesso ao anular é obtido através do umbilical preso aos drill pipes. Este umbilical é
conectado a um POD de controle multiplexado, que controla todas as funções
necessárias às operações de completação.
O umbilical, o POD de controle multiplexado e os demais equipamentos que compõem
o Drill Pipe Riser foram especialmente desenvolvidos através de um termo de
cooperação tecnológica com a Kongsberg, que atua como um EPC (Engineering,
Procurement and Construction). A carta de intenção foi assinada em 18/07/97 e prevê a
compra de dois conjuntos (protótipos) de Drill Pipe Riser para 2000 metros de lâmina
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107
A Completação de Poços no Mar
Com isto, deveremos ser capazes de confirmar, mais uma vez, uma filosofia bem
sucedida desde o início da Bacia de Campos, que consiste no emprego de novas
tecnologias que conjugam simplicidade com inovação, permitindo ao E&P não só
atingir suas metas mais rapidamente, como estabelecê-las em patamares ainda mais
ambiciosos.
♦ Terminal head
Durante as operações com o riser de completação, o controle sobre os bores de 4" e 2"
(coluna e anular) se faz necessário. Para tanto, utiliza-se um pequeno bloco de válvulas,
denominado terminal head (Figura 121) com duas válvulas mestras, uma para cada
acesso e duas válvulas laterais, podendo uma delas ter acionamento hidráulico.
108
Detalhamento das Fases de Uma Completação
♦ Painel de serviço
Utilizado nas fases de teste e descida da ANM, este painel, permite através de um
conjunto de válvulas e manifolds, com manômetros convenientemente posicionados,
acionar seletivamente qualquer das linhas hidráulicas de controle da ANM, quando
acoplado com a ferramenta de instalação da ANM.
Figura 122 - Ferramenta de instalação da BAP e BAP, para ANM GLL-3 CBV
109
A Completação de Poços no Mar
suave e com auxílio do compensador. Os stab subs de 4", 2", de acesso à(s) linha(s) de
controle e elétrico do bloco de válvulas devem estar corretamente encaixados no
suspensor de coluna (tubing hanger).
a) Conceito
A ANM-H pode ser descrita como uma base adaptadora de produção (BAP) com
válvulas montadas na sua lateral, permitindo a intervenção no poço sem a retirada da
ANM. Mantém o propósito básico de controle do fluxo de hidrocarbonetos, com
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b) Principais vantagens
Permite completo acesso vertical, para intervenção no poço, com retirada da coluna de
produção sem remoção da ANM-H. Este procedimento se mostra vantajoso pois,
historicamente, as necessidades de intervenções decorrentes de problemas com o interior
do poço são muito mais freqüentes que aquelas relacionadas com as ANM's
convencionais.
Simplifica as operações, com consequente ganho de tempo, pois:
• o elimina a base adaptadora de produção (BAP);
• elimina a necessidade de se usar riser de completação, do tipo dual bore, para a
instalação da ANM-H, ou nas intervenções, já que o acesso ao anular é feito através
da kill line do BOP;
• com a eliminação da necessidade de se usar risers de completação, do tipo dual bore
permite utilizar completação do tipo large bore no tubing hanger, uma vez eliminado
o furo vertical de acesso ao anular através do tubing hanger;
• permite maior flexibilidade na instalação das linhas de fluxo, a exemplo das tipo
diver assisted (DA), com maior economicidade para os projetos.
Reduz o tamanho, peso e consequentemente os custos de fabricação, já que o
componente mais caro, que é o bloco de válvulas, foi eliminado. Nesta primeira ANM-
H encomendada à CAMERON, a redução de custo prevista não vem se confirmando,
provavelmente aos custos de engenharia para o seu desenvolvimento embutidos em seu
preço final.
110
Detalhamento das Fases de Uma Completação
c) Outras características
Pode possuir tree cap externa (Figura 123) ou interna (Figura 124).
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111
A Completação de Poços no Mar
♦ Características
Utiliza conceito sem cabos guia (GLL - guidelineless) e o conceito de conexão vertical
direta (CVD) para as linhas de fluxo (flowlines).
Utiliza tree cap externa, permitindo que as conexões elétricas de potência e de sinal
sejam feitas verticalmente. Durante a instalação, a ferramenta de instalação do tubing
hanger (THRT - tubing hanger running tool) permite monitoramento (isolamento e
continuidade) dos cabos de potência e de sinal do sensor de temperatura e pressão de
fundo de poço (PDG - permanent down-hole gage). A conexão elétrica do PDG, da tree
cap para o conector das linhas de fluxo, será feita através de jumper, com auxílio do
ROV. Identicamente, a conexão de potência até a tree cap também será feita com
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♦ Características
Conceito GLL para ANM-H e conexão vertical direta (primeira e segunda pontas) para
as linhas de fluxo.
112
Detalhamento das Fases de Uma Completação
Figura 125 - Jumper passando através do BOP, para controle da ANM durante
a intervenção no poço
Dois mandris de linha de fluxo, sendo de 6" para o anular e 8" para a linha de produção,
com loop de pigagem. Os mandris das linhas de fluxo serão do tipo pescoço de ganso,
similares aos utilizados nos manifoldes de Albacora e Marlim.
Será utilizado tree cap externa, com painel back-up hidráulico incorporado.
Será acompanhada de BOP de workover, que permitirá intervenções dentro da coluna de
produção, sem a instalação do BOP convencional. O BOP de workover será preparado
para cortar flexitubo de 1. I/4"e, a seguir, vedar e fazer desconexão rápida. O BOP de
workover servirá também como ferramenta de instalação da ANM-H.
Serão padronizadas das interfaces topo da ANM-H / ferramenta de instalação / tree cap,
de forma a possibilitar intercambialidade entre ferramentas de diferentes fabricantes. Da
mesma forma, será padronizada a interface entre o BOP de workover e sua ferramenta
de instalação.
A desconexão rápida, em caso de perda de posicionamento, será feita com junta de riser
cisalhável e com uso da SSTT (subsea test tree) construída especificamente para este
fim,
113
A Completação de Poços no Mar
monobore. O uso de tree cap externa para BCSS é uma excepcionalidade, pois objetiva
minimizar as interfaces elétricas.
Se for usada tree cap externa vazada, com plugue para unidade de arame assentado em
seu interior, será necessário amortecer o poço antes de se efetuar sua retirada, o que
difere pouco de um amortecimento completo do poço para ANM's convencionais. Este
amortecimento será dificultado por dispor-se de somente um riser monobore, e deverá
ser executado por injeção direta. Uma outra possibilidade seria descer, junto ao riser
monobore, um umbilical (2") que pudesse fornecer a segunda via para circulação do
poço.
O uso da tree cap interna aumenta a segurança operacional, pois o BOP convencional é
instalado com a mesma na posição, permitindo o amortecimento do poço por circulação,
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114
Detalhamento das Fases de Uma Completação
• dificuldade de se retirar os plugues com unidade de arame, pois estes plugues não
evoluíram ao longo dos anos. A adoção de plugues com tecnologia mais atual não
resolveria todos os problemas, mas contribuiria para minorá-los;
• dificuldade para retirar "dois" tubing hangers (tubing hanger e a tree cap interna).
Esta é uma área que necessita ser atualizada, pois os TH atuais são os mesmos do
sistema com cabos guia (GL). Trabalhando no projeto do TH e em procedimentos de
limpeza, pode-se minorar estes problemas.
A utilização de ANM-H com tree cap externa quase que a coloca no mesmo nível de
atratividade da ANM convencional, diferindo basicamente pela possibilidade de
completação do tipo large bore nas ANM-H's.
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115
A Completação de Poços no Mar
116
Operações com Cimento na Completação
117
A Completação de Poços no Mar
6.2. Recimentação
A cimentação primária destina-se basicamente a propiciar suporte mecânico ao
revestimento, bem como promover a vedação hidráulica entre os diversos intervalos
permeáveis, impedindo a intercomunicação de fluidos por detrás do revestimento, no
espaço anular. A existência de um efetivo isolamento hidráulico é de fundamental
importância técnica e econômica, garantindo um perfeito controle da origem e/ou
destino dos fluidos produzidos e/ou injetados. A não observância deste requisito pode
gerar diversos problemas como a produção de fluidos indesejáveis, testes de avaliação
das formações incorretos, prejuízo no controle dos reservatórios e operações de
estimulação mal sucedidas, com possibilidade inclusive de perda do poço.
A avaliação da qualidade da cimentação é feita mediante a interpretação de perfis
acústicos corridos no poço. Pela análise destes perfis se detecta a posição do topo de
cimento no anular, intervalos de revestimento livre e presença de canalizações.
Normalmente uma recimentação é indicada para os casos de correção de cimentação em
que há fortes indícios de se obter sucesso na circulação da pasta, pois neste tipo de
118
Operações com Cimento na Completação
119
A Completação de Poços no Mar
120
Fraturamento Hidráulico
7. FRATURAMENTO HIDRÁULICO
7.1. Conceituação
Pode ser definido como um processo no qual um elevado diferencial de pressão,
transmitido pelo fluido de fraturamento, é aplicado contra a rocha reservatório, até a sua
ruptura (Figura 131). A fratura, que é iniciada no poço, se propaga através da formação
pelo bombeio de um certo volume de fluido, acima da pressão de fraturamento. Para se
evitar que a fratura induzida feche ao cessar o diferencial de pressão aplicado, é
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122
Fraturamento Hidráulico
(e maiores tensões). No Brasil, pelo alto custo de aquisição da areia (diferente do resto
do mundo), utiliza-se quase que exclusivamente bauxita.
123
A Completação de Poços no Mar
8. ACIDIFICAÇÃO
Uma acidificação, a depender de seu objetivo, pode ser uma estimulação (fraturamento
ácido) ou uma restauração (acidificação de matriz). É considerada estimulação quando
visa aumentar a produtividade da formação e é considerada restauração quando visa
remover um dano induzido na formação, durante as fases anteriores, de perfuração e
completação.
Na acidificação de matriz, ao contrário do fraturamento ácido, a injeção é feita com
pressão inferior à pressão de quebra da formação.
Uma acidificação de matriz somente é efetiva em formações de permeabilidade regular a
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124
Operações com Arame
9. AMORTECIMENTO DE POÇOS
Entende-se por amortecimento de poço toda operação de manuseio de fluido de
completação para dentro do poço que resulte, interno ao poço, uma coluna de fluido cuja
pressão hidrostática (PH), em frente aos canhoneados abertos, seja superior à pressão
estática da formação (PE). Esta barreira hidráulica criada dentro do poço, decorrente da
sobrepressão imposta (overbalance, PH - PE), impede a surgência de qualquer fluido da
formação.
Pode-se definir fluido de completação como sendo uma solução salina, isenta de
sólidos, compatível com a formação de interesse, e que não ocasione dano de formação
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quando em contato com a mesma. É essencial que o fluido de completação seja bem
filtrado para não haver o tamponamento dos poros e canais da rocha, por onde o óleo
escoa, o que traria danos irreparáveis ao poço, com perda de produtividade. É também
fundamental uma correta composição química do fluido, pois a reação dos íons
presentes no fluido com os argilominerais da rocha pode causar o inchamento destes,
também provocando danos severos.
O fluido de completação, além de ter a função de amortecer o poço, possibilita a
circulação do poço, de fundamental importância em operações como cimentação ou
limpeza de fundo, por exemplo, em que é necessário trazer os detritos até a superfície.
As pressões estáticas (PE) das formações, por sua vez, podem ser classificadas como:
• anormalmente baixas;
• normais;
• anormalmente altas.
As pressões normais são aquelas cuja hidrostática corresponde à uma coluna de água,
dentro do poço, sem adição de qualquer sal, sendo a situação mais frequente encontrada
nos poços exploratórios descobridores de novas acumulações de hidrocarbonetos.
As pressões anormalmente altas se referem a pressões cujo peso de fluido equivalente
fosse superior ao da água, e as anormalmente baixas, inferior ao da água. As pressões
anormalmente altas geralmente estão relacionados com reservatórios de pequenas
dimensões, ainda não explotados, que sofreram tectonismos, gerando estas pressões
elevadas. São reservatórios cuja depleção pode ser verificada em testes de formação (TF
ou TFR). Um outro motivo de se encontrar pressões anormalmente elevadas se refere a
processos de recuperação avançada, como por exemplo a injeção de água ou gás.
As pressões anormalmente baixas são bastante freqüentes nos reservatórios em fase
avançada de explotação, sem sistemas de injeção de água ou gás que consigam manter
as pressões originais (formações depletadas). É bastante comum encontrar esta situação
nas atividades de completação para manutenção de produção.
Para se conseguir uma determinada pressão numa determinada profundidade vertical
(em frente aos canhoneados) somente um parâmetro do fluido pode ser trabalhado, ou
seja, seu peso específico. Para se determinar o peso específico do fluido, que deve ser
utilizado, basta se conhecer a pressão estática da formação, a profundidade vertical dos
canhoneados e o gradiente geotérmico da área, já que o aquecimento do fluido de
completação ocasiona a diminuição de seu peso específico. Quanto maior o peso
específico do fluido a ser utilizado para amortecimento, maiores são os custos
envolvidos, até porque se torne necessário a utilização de sais especiais.
125
A Completação de Poços no Mar
Por outro lado, existem poços com pressões bastante baixas, cujo amortecimento não
pode sequer se feito com água, mantendo o nível do fluido na superfície. Ou se utiliza
um fluido mais leve (diesel, óleo morto, fluido gaseificado, etc) ou se controla o
decaimento do nível do fluido (com sonolog), até o ponto em que o poço não receba
(beba) uma vazão considerável de fluido, o que poderia dificultar os procedimentos
operacionais subsequentes.
São várias as formas de se amortecer um poço, as quais dependem basicamente dos
equipamentos que estão internos ao poço, e podem ser classificadas em:
• circulação reversa;
• injeção direta;
• segregação gravitacional.
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126
Operações com Arame
9.4. Sonolog
Poços excessivamente depletados não podem ser amortecidos e mantidos cheios, sem
que haja um combate à perda, na maioria das vezes danoso à formação. Se houver
necessidade de circulação, não resta outra saída senão efetuar este combate ou a
utilização de flexitubo. Assim, se não houver necessidade de encher o poço, o mais
vantajoso é deixá-lo no seu nível estático.
Neste caso, usa-se o sonolog, que é um aparelho que mede o nível de fluido no poço
através do tempo de propagação e reflexão de um pulso sonoro (eco). Desta maneira, se
o poço entrar em kick, o pessoal da sonda será alertado antes que este kick chegue até a
superfície, podendo prontamente tomar as medidas que se fizerem necessárias para
contornar a situação.
127
A Completação de Poços no Mar
consegue vedação no stuffing-box, já que o cabo não é liso. Isto inviabiliza a utilização
de cabo em poços com pressão.
As operações de arame podem ser feitas se houver pressão na cabeça, inclusive se o
poço estiver em fluxo. Para tanto, monta-se sobre a árvore de natal o seguinte aparato:
• na base, um tê de fluxo, que é um tubo com uma bifurcação, para permitir bombear
ou produzir qualquer fluido pela sua derivação. Este tê de fluxo deve ter válvulas de
fechamento em todos os seus ramos;
• sobre o tê de fluxo é montado o BOP de arame, que serve para fechar o poço em caso
de emergência;
• sobre o BOP é montado o lubrificador, que é uma câmara onde se aloja o BHA
(botton hole assembly - composição dos equipamentos que descerão no poço) durante
a montagem e desmontagem;
• finalmente, sobre o lubrificador fica posicionado o stuffing-box, que nada mais é que
um stripper, servindo para manter a vedação em volta do arame, enquanto este é
descido ou retirado do poço.
128
Operações com Arame
(A)
129
A Completação de Poços no Mar
• pressão.
130
Perfilagem de produção
11.1.2. Gradiomanômetro
Este perfil registra continuamente a densidade da mistura de fluido dentro do poço em
função da profundidade, através da medição de pressão em dois pontos distintos,
afastados de dois pés. Sua resolução é de cerca de 0,01 g/cm3.
A diferença de pressão registrada é função da soma da coluna hidrostática com as perdas
por atrito e a diferença do efeito cinético entre os dois foles de medição de pressão.
Como em velocidades normais de fluxo o efeito do atrito não é muito grande e o efeito
cinético nos foles é normalmente desprezível, a diferença de pressão é reflexo da própria
densidade do fluido. Cuidados especiais devem ser tomados com poços direcionais, já
que o ângulo de inclinação do poço em cada ponto vai estar afetando esta diferença de
Use está cópia somente como Referência
11.1.4. Hidrolog
Para fluxos trifásicos, o uso simultâneo do flowmeter e de medidores de densidade do
fluido não é capaz de informar a contribuição e percentagem de cada fluido produzido
em cada intervalo. Têm-se agora um número de equações inferior ao número de
incógnitas.
O perfil hidrolog mede a constante dielétrica do fluido que passa por dentro da própria
ferramenta, indicando a percentagem de água presente na mistura. Esta indicação
repousa no fato que dentre os três tipos de fluidos (gás, óleo e água) apenas este último
apresenta alta constante dielétrica. Assim, o perfil é calibrado para fluxos bifásicos e
fornece já os valores da percentagem de água.
Semelhante ao perfil fluid density meter, este perfil centralizado costuma medir a
passagem do fluido no centro do conduto, normalmente o mais leve, ocasionando
valores de percentagem de água menores ou iguais ao real.
131
A Completação de Poços no Mar
132
Operações com Flexitubo
O flexitubo pode operar tanto em poços com coluna de produção quanto em poços sem
coluna, sendo que a sua grande vantagem é a não necessidade de desequipar (e nem
amortecer) o poço para operar.
Entre as operações comumente efetuadas com flexitubo, estão:
• a indução de surgência com nitrogênio;
• a divergência de produtos químicos durante as estimulações;
• e a remoção de areia do fundo do poço.
Ultimamente tem-se tentado implementar novas operações com flexitubo, tais como:
• remoção mecânica de incrustação de colunas;
• abandono de intervalos por cimentação;
• corte de “peixes” dentro da coluna;
• corte de cimento abaixo da extremidade da coluna, com uma broca especial que se
abre ao sair da coluna, é acionada por uma turbina de fundo, para girar, e depois
fecha-se para passar novamente pela coluna;
• perfuração de poços laterais (lateral drilling).
Para o segundo semestre de 96 está prevista a perfuração de três poços horizontais com
flexitubo (de 2.3/8”) no Campo de Garoupa. Será aberta uma janela no revestimento de
7” e, a partir daí, será feito o desvio com o flexitubo, com o poço em “underbalance”
(isto é, produzindo), já que a formação é extremamente depletada.
133
A Completação de Poços no Mar
Na injeção pelo anular, inicialmente bombeia-se o gás da plataforma até o nível máximo
de pressão possível, e só então entra-se com a unidade de N2. A utilização de N2 faz
com que não seja necessária a colocação de diversos mandris de gas lift (MGL) na
coluna para a indução de surgência do poço. Como exemplo, existem poços mais
antigos na E&P-BC com até 10 (dez) MGL’s. Hoje em dia, utiliza-se no máximo 3
(três).
Na injeção pelo flexitubo, o N2 é bombeado pelo interior até a sua extremidade,
gaseificando o anular flexitubo x coluna de produção, diminuindo a pressão hidrostática
e permitindo a reação da formação. Note que é imprescindível que o gás bombeado pelo
interior do flexitubo seja um gás inerte, como é o N2, por motivos de segurança, já que
um grande comprimento de flexitubo permanece na superfície, enrolado no carretel, e
um furo poderia ocasionar um acidente de graves proporções, se estivesse sendo
bombeado, por exemplo, gás natural.
134
Apêndice I
14. APÊNDICE I
CALIBRAÇÃO DE DHSV
4000
3500
3000
2500
2000
b
1500 c
a
1000 d
500
0
tempo (min) Figura 137 - DHSV na bancada
de teste na oficina do
Figura 136 - Carta da curva de pressão GENPO/GOPAV
(2) Pressurizar a linha de controle com ( PLCi ) para abrir o mecanismo de auto-
equalização, onde :
PLCi = ( PABi − Ph ) + PCAB1
produção, na superfície.
• Se negativo, incrementar 100 psi na LC e aguardar resposta durante mais 5 minutos;
• Caso não haja indicativo de crescimento de pressão, revisar e reiniciar
procedimentos.
(4) Aguardar estabilização da pressão na superfície e anotar a pressão final estabilizada
na cabeça do poço ( PCAB2 )
(5) Pressurizar a LC com PLCf para abrir a DHSV, onde :
PLCf = ( PABf − Ph ) + ( PCAB2 + P H )
136
Apêndice I
14.5. Considerações
É importante citar alguns cuidados operacionais e algumas falhas cometidas nos
procedimentos de abertura.
Use está cópia somente como Referência
138
Apêndice III
15. APÊNDICE II
ESPECIFICAÇÃO PARA TUBULAÇÕES DE PRODUÇÃO E
CUIDADOS DE MANUSEIO
15.1. Especificação
A tabela 1 indica as dimensões, resistências e torques recomendados para os diâmetros
utilizados em nossa região.
Use está cópia somente como Referência
Tabela 14 - Tabelas de tubos para poços de pressão normal (TDS, BTC, NU e EU)
CLASSE 3
Tensão PCOL PINT
(KLB) (KSI) (KSI)
2 3/8” NU 5,8 N-80 98,18 11,08 10,48
2 3/8” TDS 5,8 C-75 92,04 10,38 9,82
2 3/8” EU 5,95 N-80 98,18 11,08 10,48
2 7/8” NU 6,4 J-55 71,47 4,51 5,08
2 7/8” NU 6,4 N-80 103,95 5,68 7,39
2 7/8” EU 6,5 N-80 103,95 5,68 7,39
3 1/2” NU 9,2 J-55 102,06 4,17 4,89
3 1/2” NU 9,2 N-80 148,45 5,18 7,11
3 1/2” TDS 9,2 C-75 139,17 5,03 6,66
3 1/2” EU 9,3 N-80 148,45 5,18 7,11
4 1/2” TDS 12,6 C-75 192,65 3,15 5,53
4 1/2” EU 12,75 N-80 205,50 3,26 5,90
5 1/2” BTC 17,0 N-80 283,00 2,71 5,41
139
CORPO DE TUBO LUVAS
TIPOS DE TUBOS OD ID DRIFT OD Torque Torque Torque
(POL) (POL) (POL) (POL) mínimo ótimo máximo
(lb.ft) (lb.ft) (lb.ft)
2 3/8” NU 5,8 N-80 2 3/8 1,867 1,773 2,875 1100 1460 1830
2 3/8” TDS 5,8 C-75 2 3/8 1,867 1,773 2,875 1110 1180 1330
2 3/8” EU 5,95 N-80 2 3/8 1,867 1,773 3,063 1680 2240 2800
2 7/8” NU 6,4 J-55 2 7/8 2,441 2,347 3 1/2 790 1050 1310
2 7/8” NU 6,4 N-80 2 7/8 2,441 2,347 3 1/2 1100 1470 1840
2 7/8” EU 6,5 N-80 2 7/8 2,441 2,347 3,668 1730 2300 2880
3 1/2” NU 9,2 J-55 3 1/2 2,992 2,867 4 1/4 1110 1480 1850
Use está cópia somente como Referência
3 1/2” NU 9,2 N-80 3 1/2 2,992 2,867 4 1/4 1550 2070 2590
3 1/2” TDS 9,2 C-75 3 1/2 2,992 2,867 4 1/4 2140 2340 2730
3 1/2” EU 9,3 N-80 3 1/2 2,992 2,867 4 1/2 2400 3200 4000
4 1/2” TDS 12,6 C-75 4 1/2 3,958 3,833 5,2 3100 3340 3840
4 1/2” EU 12,75 N-80 4 1/2 3,958 3,833 5,563 3020 4020 5030
5 1/2” BTC 17,0 N-80 5 1/2 4,892 4,767 6,050 -- 6500 (E) --
OBSERVAÇÕES:
• Adotado para cálculo a norma API - BUL 5C3 - 3 EDIÇÃO - março de 1980
• Considerado corrosão da parede interna (a perda de parede considerada na mudança
de classe é interna para tubings e externa para DP’s)
• Classe NOVO; Classe 2 (85% de parede remanescente); Classe 3 (70% de parede
remanescente) e Classe 4 (50% de parede remanescente)
• Utilizado para os cálculos a tensão mínima de escoamento do aço;
• O torque recomendado para as conexões BUTTRESS deve ser determinado
cuidadosamente pela média dos valores encontrados no enroscamento de vários
tubos até a base do triângulo. Os valores mostrados na tabela são apenas uma
estimativa desse torque (são os valores utilizados para a conexão VAM)
• GENPO/GEQUIP/AECON REVISÃO: 1 DATA: 08/02/1996
A Tabela 15 (tubos para poços de alta pressão) indica as dimensões, resistências e
torques recomendados para a conexão TDS. Os mesmos dados para os tubos com
conexão VAM-ACE estão indicados na Tabela 16.
Tabela 15 - Tabelas de tubos para poços
de alta pressão - roscas Premiun (TDS E STP)
140
Apêndice III
3 1/2" STP 15,8 C-75 339,00 17,60 17,85 295,05 15,30 15,15
3 1/2" TDS 15,5 C-75 300,00 17,60 17,85 295,05 15,30 15,15
3 1/2" TDS 15,5 C-90 417,08 20,77 20,97 362,68 18,06 17,82
CLASSE 3 CLASSE 4
141
Tabela 16 - Tabelas de tubos para poços produtores de fluidos agressivos
RESISTÊNCIAS
TIPOS DE TUBOS TUBO NOVO
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cu C Mn S P Ni Cr Mo N Si Fe
VS22 - 0,03 2,0 0,01 0,03 4,5/6,5 21/23 2,5/3,5 0,08/0,2 1,0 BAL
VS28 1,2 0,019 1,44 0,002 0,017 31,04 26,82 3,36 - 0,32 BAL
OBSERVAÇÕES:
• Em serviços de estimulação, somente utilizar ácidos orgânicos;
• Em serviços de conexões, somente utilizar chave hidráulica especial com torque controlado;
• Os tubos devem ser embalados separados uns dos outros por madeiras ou separadores apropriados;
• DIRCRES/SEQUIP/AECON REVISÃO: 0 DATA: 30/05/1995
142
Apêndice III
completação salino. Se a coluna for desarticulada, deve-se lavar os tubos com água
industrial, lubrificar roscas e instalar protetores, e aplicar fluido preservante interna e
externamente (óleo ou, de preferência, preservantes não poluentes);
• nunca manter excesso de tubos na sonda, já que é praxe se enviar, por segurança, um
excesso de cerca de 5% de juntas. Estas juntas não utilizadas devem retornar para o
canteiro de manutenção ao final da descida da coluna no poço, pois na completação
seguinte, o mesmo excedente deve ser enviado novamente, não justificando portanto
a preocupação do fiscal em manter este excesso de juntas na sonda.
O dano mais comum ocorre nas roscas, devido à corrosão gerada pela falta de protetores
selantes. Cerca de 75% dos tubos retornam das sondas com roscas danificadas, e cerca
de 25% do total é sucateado, dada a insuficiência de comprimento de upset para reabrir
nova rosca.
As medidas preventivas são:
• ao retirar os tubos do poço, aplicar graxa lubrificante na rosca pino e na luva,
instalar protetores não vazados e desembarcá-los o mais breve possível;
• caso a coluna fique estaleirada no set back por curtos períodos, aplicar graxa no pino
inferior;
• não manter tubos sem os protetores, por nenhuma razão, no deck ou em
movimentação;
• caso os protetores sejam retirados para gabaritagem no deck, repor em seguida, antes
de içá-los para a sonda;
• se a gabaritagem for feita na rampa, usar corda amarrada ao gabarito para não ser
necessário retirar o protetor do pino.
É comum, também, a ocorrência de afilamento da rosca dos tubings, causado por torque
excessivo. O uso de chave hidráulica com torquímetro independente, e a limitação do
torque no valor médio recomendado pelo fabricante, tem reduzido estes danos. Um
número excessivo de conexões e desconexões podem, também, causar afilamento e, por
isso, quando for necessário fazer mais de uma manobra completa com uma coluna de
tubings, recomenda-se defasar o ponto de desconexão para não sacrificar as mesmas
roscas.
O corpo do tubo também pode ser danificado por uso de chaves com mandíbulas
inadequadas ou empenadas (colapso), ou quando se acunha o tubo com a luva muito
acima da mesa rotativa e, ao se aplicar o torque, o tubo empena. A inspeção criteriosa
das chaves hidráulica e flutuante com antecedência, e a limpeza e fixação correta dos
mordentes evitam os danos, no primeiro caso. No segundo caso, acunhar a coluna o
mais baixo possível, e não dar trancos ao colocar a cunha resolvem o problema.
143
protetor da luva, mantendo-se o da rosca pino, que fica protegida contra danos
mecânicos durante seu içamento para a mesa rotativa;
• antes de enroscar o tubo, remover todos os detritos e excesso de graxa das roscas,
usando pano embebido em diesel. Aplicar graxa grafitada, uniformemente e em
pequena quantidade, no pino, de modo a lubrificar e auxiliar a vedação das roscas, e
sem gerar excessos que, carreados para a formação produtora, ocasionaria danos.
• usar sempre o stabbing guide, adequado para a conexão em manuseio, de forma a
alinhar perfeitamente as roscas pino e caixa, sem risco de enjambramento;
• enroscar o tubo com chave hidráulica e aplicar o torque adequado (entre os valores
mínimo e o ideal recomendados pelo fabricante), empregando sempre um
torquímetro independente, aferido periodicamente.
Use está cópia somente como Referência
144
Apêndice III
145
A Completação de Poços no Mar
É a tela utilizada como filtro em gravel pack. Consiste de um tubo base perfurado
envolvido por uma tela soldada, em aço inoxidável 316, com abertura definida a partir
da granulometria da areia que deve ser contida (Figura 139). Para gravel pack na Bacia
de Campos, utilizamos, geralmente, abertura de 0,012” para a tela. No Mar do Norte e
no Golfo do México este tipo de tela é empregado na completação a poço aberto
(barefoot completion) em poços horizontais, quando a areia de formação é parcialmente
consolidada.
146
Apêndice III
147
A Completação de Poços no Mar
16.1.7. Excluder
É uma nova tela disponível no mercado, fabricada pela Baker (Figura 144), com boas
características para resistir ao plugueamento e dano mecânico, tendo área de fluxo
equivalente ao Sinterpack (30%). Sua envoltória de aço inox 316, de aletas inclinadas,
resistiu bem aos testes de erosão. A exclusão de areia é promovida por 2 telas, sendo
uma interna, soldada ao tubo base perfurado, e outra, do tipo membrana, que envolve a
primeira, o que gera abertura de poro bem controlada, em torno de 110 µm. Suas
desvantagens são o alto custo e a falta de teste de desempenho no campo. Pode ser
empregada em completação de poços horizontais a poço aberto ou acompanhada com
gravel packing. Existem duas operações programadas para o campo de Marlim com este
Use está cópia somente como Referência
tipo de tela.
16.1.8. Stratapac
Fabricada pela Pall, possui 3 ou 4 membranas sinterizadas de retenção de areia,
envolvidas por duas telas grosseiras que promovem a transição para o tubo base
perfurado e a envoltória (Figura 145). Tem boa resistência ao dano mecânico e ao
plugueamento, além de área de 30% aberta ao fluxo. Não há dados suficientes quanto à
resistência à erosão. Esta tela tem sido empregada no Golfo do México, principalmente
para contenção de areia through tubing.
16.1.9. Poroplate
Fabricada pela Wesco, esta tela (Figura 146) teve bom desempenho nos testes de
plugueamento a que foi submetida. Sua estrutura é similar à da Excluder, com área
aberta ao fluxo de 30% e abertura de poro de 110 µm, diferindo na membrana de
exclusão de areia, que sofre um processo de sinterização, similar ao da Stratapac. Pode
148
Apêndice III
ser aplicada a poços horizontais injetores, produtores com gravel packing ou a poço
aberto. A Wesco está estudando a possibilidade de inverter a tela o que o tornaria
excelente para poços injetores. Existe previsão de uso em poço injetor do Divertículo de
Marlim.
Use está cópia somente como Referência
149
A Completação de Poços no Mar
• diâmetro do tubo base: deve ser de, no mínimo, 5.1/2” para permitir uma instalação
de tela through tubing, caso ocorra erosão na tela original;
• seleção do gauge: deve ser feita uma análise granulométrica da areia de formação
em todos os poços, para dimensionamento da abertura da tela. O critério mais
comum é o de Coberly, que define a abertura da tela como duas vezes o D10 da curva
granulométrica;
• diâmetro externo da tela: deve ser o maior possível em relação ao poço aberto,
desde que não implique drag excessivo na descida. Quanto menor o anular entre a
tela e o poço aberto, menor será o volume de formação desmoronado durante a
produção, reduzindo a chance de redução de permeabilidade junto às telas,
• fluido de perfuração: os sólidos nele presentes devem ter granulometria que permita
Use está cópia somente como Referência
sua passagem através das telas. A lavagem, por circulação, para remoção do reboco
não é recomendada pois induz perda para a formação, ocasionando danos e perda de
nível de fluido no poço,
• centralizadores: havendo risco de dano à tela durante a descida, algumas
companhias recomendam o uso de centralizadores sólidos,
• acidificação: há incompatibilidade entre ácidos inorgânicos e aços inox. Antes de
uma estimulação, deve-se conduzir testes para testar a eficiência dos inibidores de
corrosão.
Recentemente foram efetuadas algumas operações de gravel packingcom sucesso em
poços horizontais, no Golfo do México, Venezuela e Congo, tanto a poço aberto como
em poço revestido. Na Venezuela, já foram feitos water pack em trecho horizontal de
600 metros, em poço aberto de até 8.1/2”.
No manual de contenção de areia da Baker/Inteq, onde está consolidada a experiência da
companhia em operações de gravel packingem poços de alta inclinação, os seguintes
cuidados são recomendados:
• empregar solução salina como fluido base;
• utilizar a máxima concentração de 2 lb/gal de gravel no fluido base;
• manter uma vazão de bombeio que proporcione uma velocidade de 2 pés/s no anular
tela/poço aberto, para permitir a adequada deposição do gravel;
• minimizar a perda para a formação, que pode criar um embuchamento no anular
antes do posicionamento adequado da pasta. Para isto, deve-se manter uma vazão de
retorno de, no mínimo, 40% da vazão de injeção;
• usar tubos de lavagem (wash pipes) com diâmetro externo entre 75 e 80% do
diâmetro interno das telas. Isto cria uma restrição ao fluxo através das telas,
obrigando a deposição da pasta de gravel primeiramente no final do trecho
horizontal e evitando o enbuchamento prematuro (premature sandout), como
indicado na Figura 148;
• empregar tela pré-empacotada como back-up em caso de falha no gravel packing.
150
Apêndice III
151
A Completação de Poços no Mar
17. APÊNDICE IV
POÇO MONOBORE
Uma nova tendência mundial para a perfuração e completação de poços é utilizar o
conceito de poço monobore. Consiste em se equipar um poço com um só diâmetro,
desde a árvore de natal até a formação produtora, de maneira a permitir intervenções
futuras, para restauração, estimulação ou recompletação, sem retirar a árvore de natal
nem a coluna de produção.
A grande aplicação para esta tecnologia é em poços que atravessam diversas zonas de
interesse, ou onde está previsto isolamento de canhoneados devido chegada de água de
Use está cópia somente como Referência
152
Apêndice IV
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A Completação de Poços no Mar
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Apêndice II
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