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Acumulo de Fluidos Nos Espaços Intersticiais e Alveolares Dos Pulmões
Acumulo de Fluidos Nos Espaços Intersticiais e Alveolares Dos Pulmões
*embora de mecanismos distintos, na pratica sua diferenciação pode ser difícil devido às
apresentações clinicas similares. Em alguns casos o DDI necessitara do auxilio de exames labs,
rediografia de tórax, Dopller ecocardiograma e da monitoração hemodinâmica invasiva). O
DIAG CORRETO TEM IMPORTANTES IMPLICACOES TERAPÊUTICAS.
Obs em algs casos a etiologia poderá ser multifatorial, como no pct com disfç sistólica
após IAM e complicado com pneumonia e IRA.
FISIOPATOLOGIA:
-As principais pressões q regem a troca de fluidos são representadas pela Ph do capilar
pulmonar (8-12 mmHg), q reflete a PRESSAO DIASTOLICA FINAL DO VE, e pela sua pressão
coloidosmotica (18-20 mmHg). Essa diferença media de 10 mmHg favorece a continua reabs
de fluidos p/ o capilar pulmonar. O fluido filtrado p/ o interstício é tb drenado pelos vasos
linfáticos.
-A reabs do fluido alveolar depende do transporte ativo de sódio e cloro pelos canais de ions
localizados na memb epitelial alveolar tipo I e II enquanto a agua é transportada passivamente
por “canais próprios de agua” pelas cels ep tipo I.
EXAMES COMPLEMENTARES:
-ECG: auxilia no DDI do EAP
-Radiografia do tórax: A analise do diâmetro cardíaco, distribuição do edema e da vasculatura,
efusão pleural e do broncograma aéreo poderão ajudar no DDI. Na hipertensão venocapilar
pulmonar ocorre a redistribuição do fluxo sg p/ o ápice dos pulmões (CEFALIZACAO DA TRAMA
VASCULAR) , perda da nitidez do contorno dos vasos hilares e espessamento das linhas septais
intersticiais. A presença de “traves” horizontais na periferia pulmonar (linhas B de Kerley) ou
verticais, estendendo-se da região peri-hilar ao ápice (linhas A de Kerley), espessamentos das
paredes dos brônquios, das fissuras pleurais interlobares e DP, além do edema alveolar peri-
hilar (tipo “asa de borboleta”) que mais tarde progride para infiltrados alveolares difusos são
sugestivos de EAP cardiogênico.
1x controlado o QC, os achados radiológicos podem demorar até 24h p/ sua regressão.
-exames labs: gasometria arterial (inicialm/ o aumento da barreira alvéolo-capilar causa
hipoxemia e hipocapnia pelo aumento da FR; caso o EAP n seja revertido, a fadiga da m. resp
poderá causar hipoventilação e retenção de CO2); hemograma; marcadores de necrose
miocárdica; peptídeo natriurético cerebral tipo B (BNP) = < 100 pg/ml tem VPN > 90% p/ disfç
V, > 500 VPP > 90%, entre 100-500 n apresentam boa acurácia diag; D-dímero
-eco: EX NÃO INVASIVO E REALIZADO À BEIRA DO LEITO, É MT IMPORTANTE NO DIAG
DIFERENCIAL DO EAP. EM CASOS DUVIDOSO, O ECO PODERA TRAZER SUBSIDIOS DIAG.
-Cateter de swan-ganz: no cardiogênico se piora clinica e hemodinâmica, manuseio de doses
elevadas de drogas vasodilatadoras (nitroglicerina e nitroprussiato de sódio) e vasoativas
(dopamina, dobutamina, noradrenalina) p/ estabilização das condições hemodinâmicas.
A cateterização da artéria pulmonar está indicada quando a etiologia do edema pulmonar não está
definida, quando o edema é refratário ao tratamento ou quando há hipotensão associada. As
informações fornecidas pelo cateter f// alteram o plano terapêutico, mas nenhum estudo demonstrou
qualquer efeito na taxa de mortalidade.
-MEDICAMENTOS:
Morfina: ação venodilatadora; reduz reflexos pulmonares resp pela dispneia. Quando é
administrada em bolus de 2 a 4 mg, a morfina é um agente venodilatador transitório, que
reduz a pré-carga e, ao mesmo tempo, alivia a dispneia e a ansiedade. Esses efeitos podem
atenuar o estresse, reduzir os níveis das catecolaminas e a taquicardia e diminuir a pós-
carga ventricular dos pacientes com edema pulmonar e hipertensão sistêmica.
*pode causar hipoventilação e broncoconstrição pela lib de histamina (naloxone é
antidoto especifico)
Furosemida: ação vasodilatadora (venosa) imediata antes mesmo de induzir a
diurese. A dose inicial de furosemida deve ser ≤0,5 mg/kg, embora doses mais altas (1
mg/kg) possam ser necessárias para os pacientes com insuficiência renal, em uso crônico de
diuréticos ou com hipervolemia, ou que não respondam às doses mais baixas.
Nitratos (sublingual ou nitroglicerina EV): a nitroglicerina e o dinitrato de isossorbida atuam
predominantemente como dilatadores venosos, mas também têm propriedades vasodilatadoras.
O início da ação é rápido e esses fármacos são eficazes quando administrados por várias vias. A
nitroglicerina sublingual (0,4 mg em 3 doses a cada 5 min) é a 1ª opção para o tratamento
do edema agudo pulmonar cardiogênico. Quando o edema pulmonar persiste e não há
hipotensão, a ADM sublingual pode ser seguida da infusão IV de nitroglicerina, iniciando com a
dose de 5 a 10 Mg/kg/min
Nitroprussiato de sódio IV (0,1-5 Mg/kg/min): potente droga veno e arteríolo
dilatadora. Pode ser usado nos pacientes com edema pulmonar e hipertensão, mas não é
recomendado quando há redução da perfusão das artérias coronárias. Esse fármaco
requer monitoração e titulação cuidadosa da dose usando um cateter arterial para
determinação continua da PA (titula-se a dose até resolução do EAP ou queda da PAS de
90 mmHg)
Dopamina, dobutamina: indicadas na disfç Ventricular tipos sistólica;
Noradrenalina: se hipotensão devido à vasodilatação
IECA: reduzem a pós-carga e a pré-carga e estão recomendados aos pacientes hipertensos. O
tratamento pode ser iniciado com doses baixas de um agente de ação curta, seguidas do aumento
progressivo das doses orais. No IAM com IC, os IECA reduzem as taxas de mortalidade a curto
e longo prazos.
Em geral, os pacientes com resposta hipertensiva ao edema pulmonar toleram estes fármacos e
se beneficiam com a sua utilização. Nos pacientes normotensos, devem ser usadas doses baixas
de um único fármaco administrados sequencialmente, de acordo com a necessidade
1. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TROCAS GASOSAS DE MANEIRA ADEQUADA = é necessário que haja um funcionamento integrado
de vários sistemas. A etiologia da IRA depende do acometimento de cada um destes componentes,
apresentando particularidades de acordo com a disfunção predominante.
CAUSAS:
PULMONARES (problemas nos espaços de troca, alvéolos e
ductos, shunt e distúrbio V/Q)
a inalação de O2 a 100% pode ser utilizada para se separar shunt de distúrbio V/Q. Em áreas de
baixa relação V/Q, a pressão parcial do O2 alveolar é baixa. Ao se ofertar O2 a 100%, o ar alveolar,
mesmo nos alvéolos pouco ventilados, chega rapidamente a 100%, resultando em melhora dos
níveis de O2 no sangue arterial3. Em contrapartida, áreas de shunt, onde não existe ventilação
alveolar, não respondem a aumento na oferta de O2 externo
ETIOLOGIA DA IrA deve-se levar em conta qual dos sistemas descritos se apresenta em
disfunção. Cada quadro apresenta particularidades e manejo clínico distintos, dependendo da
causa 1ª da disfunção.
2. HIPOXEMIA E HIPERCAPNIA
OS MECANISMOS + IMPORTANTES SÃO shunt direita/esquerda, distúrbio ventilação/perfusão
(V/Q) e hipoventilação. É frequente observar os distúrbios descritos em conjunto no mesmo
paciente!
3. QC E MANEJO INICIAL
A ESTABILIZACAO RESPIRATÓRIA E CIRCULATÓRIA DO PCTE SÃO PRIORIDADES, ANTES MESMO
DA OBTENÇÃO DE UM DIAG ETIOLOGICO ESPECÍFICO.
Em geral, o paciente se apresenta com dispneia intensa, taquipneia com uso de musculatura
acessória, batimento da asa do nariz, cianose de extremidades e alteração do nível de consciência,
variando da agitação ao torpor.
Quando não for possível o acesso à via aérea por meio da IOT, deve-se considerar o auxílio da
broncoscopia para IOT sob visão direta, a cricostomia de urgência ou mesmo uma traqueostomia.
Se a suplementação de O2 pela VM não for suficiente para melhora da PO2, deve-se considerar a
aplicação de pressão positiva ao final da expiração (PEEP), p// nos casos de suspeita de EAP e SDRA.
4. IDENTIFACAO DA CAUSA
a) DISFUNÇÃO DO CONTROLE DA RESPIRAÇÃO (HIPOVENTILACAO DE ORIGEM CENTRAL):
CAUSA + COMUM uso de medicações que prejudicam o drive respiratório e diminuem o nível
de consciência. Em geral, o paciente apresenta-se sonolento, hipercápnico e com hipoxemia leve,
sem qualquer aumento da frequência respiratória para corrigir sua situação. Não se observa,
ainda, uso de musculatura acessória ou batimento de asa de nariz. O tratamento consiste nos
suportes respiratório e cardiovascular até a reversão da sedação e em ministrar antagonistas dos
sedativos em caso de disponibilidade.
TB pacientes com DPOC retentores de CO2, cujo único estímulo para a respiração é a hipoxemia.
Ao se ofertar O2 em altas concentrações, estes pacientes perdem o estímulo para respirar e
desenvolvem bradipneia e até apneia. Neste caso, deve-se reduzir a oferta de O2 a níveis mínimos e
tentar a VNI antes da IOT com VM.
c) OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS suspeita é reforçada quando há história prévia de asma
brônquica, chiado ou tosse crônicas. A obstrução alta (laringe e traqueia) é f// companhada de
estridor laríngeo à inspiração.
*LESAO PULMONAR AGUDA (LPA) = se desenvolve em ~16% dos pacientes de UTI submetidos à VM
por > de 4h; pelo- 1/2 destes pacientes pode desenvolver SDRA. A sepse é considerada o maior FR
para o seu aparecimento.
e) TEP: condição clínica extremamente grave, que deve ser pensada sempre que houver hipoxemia
severa sem grandes alterações radiológicas pulmonares.
5. TTO
PRECISO ENTUBAR COMO 1 DAS 1ªS MEDIDAS? TEM ALGUM TTO ESPECIFICO Q PODE SER
ADOTADO P/ RÁPIDO MELHORA?
DISPNEIA
American Thoracic Society: "experiência subjetiva de desconforto ao respirar, que consiste em sensações qualitativamente
diferentes com intensidade variável. Essa experiência é causada por interações de vários fatores fisiológicos, psicológicos,
sociais e ambientais e pode desencadear respostas fisiológicas e comportamentais secundárias”
-As sensações respiratórias são geradas por interações entre os estímulos motores eferentes (que saem) que partem do
cérebro e chegam aos músculos respiratórios e os estímulos sensoriais aferentes (que chegam) desencadeados pelos
receptores presentes em todo o corpo (feedback), assim como pelo processamento integrativo destas informações
a) EFERENTES MOTORES os distúrbios da bomba ventilatória, mais comumente aumentos da resistência ou da rigidez
das vias respiratórias (diminuição da complacência) do sistema respiratório, estão associados à acentuação do trabalho
respiratório ou a uma sensação de esforço exagerado para respirar. Quando os músculos estão fracos ou fatigados, é
necessário realizar mais esforço, mesmo que a mecânica do sistema esteja normal.
b) AF SENSORIAIS os quimiorreceptores localizados nos corpos carotideos e no bulbo são ativados por hipoxemia,
hipercapnia aguda e acidemia. A estimulação desses receptores, assim como de outros que resultam no aumento da
ventilação, produz a sensação de falta de ar. Os mecanorreceptores situados nos pulmões, quando são estimulados
pelo broncospasmo, geram uma sensação de constrição torácica. Os receptores J sensíveis ao edema intersticial e os
receptores dos vasos sanguíneos pulmonares, quando são ativados por alterações agudas da pressão arterial pulmonar,
parecem contribuir para a sensação de falta de ar. A hiperinsuflação está associada à sensação de esforço mais acentuado
para respirar e à incapacidade de obter uma respiração profunda ou satisfatória. Os metaborreceptores localizados nos
músculos esqueléticos parecem ser ativados por alterações da composição bioquímica local dos tecidos ativos
durante o exercício e, quando são estimulados, contribuem para o desconforto respiratório.
c) integração a discrepância ou desproporção entre os estímulos anterógrados enviados aos músculos ventilatórios e o
feedback gerado pelos receptores que monitoram a resposta da bomba ventilatória aumenta a intensidade da dispneia. Isto é
particularmente importante quando há um desequilíbrio mecânico na bomba ventilatória, como ocorre na asma ou na doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
****A ansiedade aguda pode agravar a dispneia por alterar a interpretação dos estimulos sensoriais ou gerar
padrões respiratórios que acentuam as anormalidades fisiológicas do sistema pulmonar. Por exemplo, nos pacientes
com limitação do fluxo expiratório, a frequência respiratória acelerada provocada pela ansiedade aguda causa
hiperinsuflação, aumentos do trabalho e do esforço para respirar e sensação de respiração insatisfatória.
1. AVALIACAO DA DISPNEIA
TIPO DE SENSACAO/DESCONFORTO
INTENSIDADE DA SENSACAO
DIMENSAO AFETIVA
2. DDI a dispneia é causada por distúrbios da função normal do sistema cardiorrespiratório. Essas anormalidades
causam dispneia em consequência do aumento do drive respiratório; da acentuação do esforço ou trabalho para respirar; e/ou
da estimulação dos receptores existentes no coração, nos pulmões ou no sistema vascular. A maioria das doenças do sistema
respiratório está associada às alterações das propriedades mecânicas dos pulmões e/ou da parede torácica, geralmente
em consequência das anormalidades das vias respiratórias ou do parênquima pulmonar. Por outro lado, os distúrbios do
sistema cardiovascular causam dispneia mais comumente porque desencadeiam anormalidades da troca gasosa ou estimulam
os receptores pulmonares e/ou vasculares.
*Dispneia com sistemas respiratório e cardiovascular normais A anemia branda a moderada está
associada ao desconforto respiratório quando o paciente faz esforço físico. Isso parece estar relacionado com a estimulação
dos metaborreceptores, porque a saturação de oxigênio é normal nos pacientes anêmicos. A falta de condicionamento
cardiovascular (despreparo físico) caracteriza-se pelo desenvolvimento rápido de metabolismo anaeróbio e estimulação dos
quimiorreceptores e metaborreceptores.
*DIFERENCIAÇÃO DAS DISPNEIAS DE ETIOLOGIA CARDIOVASCULAR OU RESPIRATÓRIA se o paciente tiver
evidências de doença cardíaca e pulmonar, será necessário realizar uma prova de esforço cardiopulmonar para determinar
qual sistema é responsável pela limitação da capacidade de realizar esforços. No nível máximo de esforço, se o paciente
alcançar a FC máxima prevista, apresentar ampliação do espaço morto ou hipoxemia ou desenvolver broncospasmo, o
sistema respiratório provavelmente é a causa do problema. Por outro lado, se a frequência cardíaca for superior a 85% do
valor máximo previsto, se o limiar anaeróbio for alcançado precocemente, se a pressão arterial aumentar ou diminuir
excessivamente durante o exercício, se o índice de 02 (relação entre consumo de O2/FC, um indicador do volume ejetado)
diminuir ou se surgirem alterações isquêmicas no ECG, a explicação provável para o desconforto respiratório é um distúrbio
do sistema cardiovascular.
3. TTO
O primeiro objetivo é corrigir o problema responsável pelo sintoma. Se isso não for possível, deve-se tentar atenuar a
intensidade do sintoma e seus efeitos na qualidade de vida do paciente. É necessário administrar 0 2 suplementar se a
saturação de 0 2 em repouso for menor ou igual a 90%, ou se a saturação do paciente cair para esse patamar durante a
atividade