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CADERNO DE
PROGRAMAÇÃO
E RESUMOS
Tubarão, SC
Volume 4, p. 1-254, 2016
Reitor
Sebastião Salésio Herdt
Vice-Reitor
Mauri Luiz Heerdt
Chefe de Gabinete
Willian Corrêa Máximo
Secretária Geral da Unisul
Mirian Maria de Medeiros
Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão
Mauri Luiz Heerdt
Pró-Reitor de Operações e Serviços Acadêmicos
Valter Alves Schmitz Neto
Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional
Luciano Rodrigues Marcelino
Assessor de Promoção e Inteligência Competitiva
Ildo Silva
Assessor Jurídico
Lester Marcantonio Camargo
Diretor do Campus Universitário de Tubarão
Heitor Wensing Júnior
Diretor do Campus Universitário da Grande Florianópolis
Hércules Nunes de Araújo
Diretor do Campus Universitário Unisul Virtual
Fabiano Ceretta
3
4º Encontro da Rede Sul Letras
Editor
Fábio José Rauen
Ficha Catalográfica:
E46 Encontro da Rede Sul Letras: Formação de Redes de Pesquisa (4.: 2016 maio 11-13:
Palhoça, SC)
Caderno de programação e resumos [do] 4. Encontro da Rede Sul Letras / editor: Fábio
José Rauen ; comissão organizadora: Fábio José Rauen et al. – Palhoça : Programa de Pós-
graduação em Ciências da Linguagem, 2016.
254 p. ; 21 cm.
ISSN 2358-9264
4
COMISSÃO ORGANIZADORA
Fábio José Rauen (UNISUL)
Dilma Beatriz Rocha Juliano (UNISUL)
Maria Cleci Venturini (UNICENTRO)
João Claudio Arendt (UCS)
Mauro Nicola Póvoas (FURG)
COMISSÃO DE COORDENADORES
Andréia Guerini (UFSC)
Aracy Ernst (UCPEL)
Brunilda Tempel Reichmann (UNIANDRADE)
Claudia Andrea Rost Snichelotto (UFFS)
Dinora Moraes de Fraga (UNIRITTER)
Eunice Terezinha Piazza Gai (UNISC)
Fabiane Verardi Burlamaque (UPF)
Fábio José Rauen (UNISUL)
Giovana Ferreira-Gonçalves (UFPEL)
Heronides Maurílio de Melo Moura (UFSC)
Ione guede Jovino (UEPG)
João Claudio Arendt (UCS)
Lourdes Kaminski Alves (UNIOESTE)
Maria Cleci Venturini (UNICENTRO)
Maria da Glória Corrêa di Fanti (PUCRS)
Maria Lucia de Barros Camargo (UFSC)
Maria Thereza Veloso (URI)
Marinês Andrea Kunz (FEEVALE)
Mauro Nicola Póvoas (FURG)
Núbio Delanne Ferraz Mafra (UEL)
Patrícia da Silva Cardoso (UFPR)
Pedro Navarro (UEM)
Rejane Pivetta (UCS/UNIRITTER)
Rove Luiza de Oliveira Chishman (UNISINOS)
Sara Regina Scotta Cabral (UFSM)
Solange Mittmann (UFRGS)
Sônia Aparecida Vido Pascolati (UEL)
Valesca Irala (UNIPAMPA)
Viviane Maria Heberle (UFSC)
Wellington Ricardo Fiorucci (UTFPR)
5
COMISSÃO EXECUTIVA
Alessandra Soares Brandão (UNISUL)
Ana Carolina Cernicchiaro (UNISUL)
Andréia da Silva Daltoé (UNISUL)
Antônio Carlos Gonçalves dos Santos (UNISUL)
Artur de Vargas Giorgi (UNISUL)
Deisi Scunderlick Eloy de Farias (UNISUL)
Dilma Beatriz Rocha Juliano (UNISUL)
Fábio José Rauen (UNISUL)
Giovanna Gertrudes Benedetto Flores (UNISUL)
Heloisa Juncklaus Preis Moraes (UNISUL)
Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL)
Maria Isabel Rodrigues Orofino (UNISUL)
Maria Marta Furlanetto (UNISUL)
Maurício Eugênio Maliska (UNISUL)
Nádia Régia Maffi Neckel (UNISUL)
Ramayana Lira de Sousa (UNISUL)
Silvânia Siebert (UNISUL)
Solange Maria Leda Gallo (UNISUL)
COMISSÃO CIENTÍFICA
Adail Ubirajara Sobral (UCPEL)
Amanda Scherer (UFSM)
Ana Carolina Cernicchiaro (UNISUL)
Ana Maria Lisboa de Mello (PUCRS)
Ana Paula Teixeira Porto (URI)
Anselmo Peres Alós (UFSM)
Andrea Guerini (UFSC)
Antonio Carlos Gonçalves dos Santos (UNISUL)
Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG)
Aracy Ernst (UCPel)
Artur de Vargas Giorgi (UNISUL)
Carmen Lúcia Matzenauer (UCPEL)
Claudia Andrea Rost Snichelotto (UFFS)
Cláudia Regina Brescancini (PUCRS)
Cristiano Augusto Jutgla (UESC)
Dilma Beatriz Rocha Juliano (UNISUL)
Fábio José Rauen (UNISUL)
Freda Indursky (UFRGS)
Gloria Gil (UFSC)
Heronides Maurílio de Melo Moura (UFSC)
Ismara Tasso (UEM)
6
João Claudio Arendt (UCS)
Juliana Steil (UFPEL)
Juracy Ignez Assmann Saraiva (FEEVALE)
Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL)
Leci Borges Barbisan (PUCRS)
Lourdes Kaminski Alves (UNIOESTE)
Luciana Abreu Jardim (FURG)
Luciane Baretta (UNICENTRO)
Maria Cleci Venturini (UNICENTRO)
Maria Cristina Leandro Ferreira (UFRGS)
Maria da Gloria Correa di Fanti (PUCRS)
Maria Eduarda Giering (UNISINOS)
Maria Jose Gnatta Dalcuche Foltran (UFPR)
Maria Marta Furlanetto (UNISUL)
Marisa Corrêa Silva (UEM)
Mauro Nicola Povoas (FURG)
Núbio Delanne Ferraz Mafra (UEL)
Odete Pereira da Silva Menon (UFPR)
Ramayana Lira de Sousa (UNISUL)
Raquel Bello Vázquez (UNIRITTER)
Raquel da Cunha Recuero (UCPEL)
Raquel Terezinha Rodrigues (UNICENTRO)
Rejane Pivetta de Oliveira (UNIRITTER)
Rita Lenira de Freitas Bittencourt (UFRGS)
Rosângela Gabriel (UNISC)
Rove Luiza de Oliveira Chishman (UNISINOS)
Silvana Oliveira (UEPG)
Solange Maria Leda Gallo (UNISUL)
Ubiratã Kickhöfel Alves (UFRGS)
Valéria Neto de Oliveira Monaretto (UFRGS)
Wellington Ricardo Fiorucci (UTFPR)
Weslei Roberto Candido (UEM)
EDITOR
Fábio José Rauen (UNISUL)
SECRETARIA DO EVENTO
Patrícia de Souza de Amorim Silveira (UNISUL)
Elaine Aparecida Correa Pereira (UNISUL)
Karina Ramos Wagner (UNISUL)
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REALIZAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (UNISUL)
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Línguas (UNIPAMPA)
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (UFSC)
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (UFFS)
Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários (UFSC)
Programa de Pós-Graduação em Letras (Associação Ampla) (UCS/UNIRITTER)
Programa de Pós-Graduação em Letras (PUCRS)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UCPEL)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UEL)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UEM)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UFPEL)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UFPR)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UFRGS)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UFSM)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UNICENTRO)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UNIOESTE)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UNIRITTER)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UNISC)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UPF)
Programa de Pós-Graduação em Letras (UTFPR)
Programa de Pós-Graduação em Letras História da Literatura (FURG)
Programa de Pós-Graduação em Letras Literatura Comparada (URI)
Programa de Pós-Graduação em Letras, Cultura e Regionalidade (UCS)
Programa de Pós-Graduação em Linguagem, Identidade e Subjetividade (UEPG)
Programa de Pós-Graduação em Linguística (UFSC)
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (UNISINOS)
Programa de Pós-Graduação em Literatura (UFSC)
Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária (UNIANDRADE)
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras (FEEVALE)
PATROCÍNIO
Programa de Apoio a Eventos no País da Fundação da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – PAEP/CAPES
9
CONTATO
Rede Sul Letras
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem
Campus Tubarão: Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon,
88.704-900 - Tubarão, SC - (55) (48) 3621-3369
Campus Grande Florianópolis: Avenida Pedra Branca, 25,
Cidade Universitária Pedra Branca, 88137-270 - Palhoça, SC - (55) (48) 3279-1061
E-mail: sul.letras@unisul.br
10
SUMÁRIO GERAL
Apresentação 13
Programação Geral 15
Lista de Trabalhos 65
Resumos 81
11
APRESENTAÇÃO
13
6. Estudos de Literatura, Memória e História, envolvendo: Escritas de si; História da
literatura; Processos culturais e memória; Temas emergentes em literatura, memória e história.
7. Estudos de Análise do Discurso, envolvendo: Discurso, língua e memória; Discurso,
cultura e política; Discurso, corpo e psicanálise; Discurso, escola e leituras; Discurso, rede e
conhecimento; Discurso, imagem e mídia; Temas emergentes em Análise do Discurso.
8. Estudos de Linguística Aplicada, envolvendo: Estudos de linguística aplicada ao ensino
de língua materna, língua estrangeira e libras em suas diferentes modalidades; Alfabetização e
letramento; Tecnologias digitais; Temas emergentes em Linguística Aplicada.
9. Estudos Sociolinguísticos, envolvendo: Variação e mudança linguística; Projeto Varsul;
Temas emergentes em Sociolinguística.
10. Estudos Fonéticos e Fonológicos, envolvendo: Estudos fonéticos e fonológicos;
Aspectos fonéticos e fonológicos de aquisição da Linguagem; Temas emergentes em fonética e
fonologia.
11. Estudos da Língua e da Linguagem I, envolvendo: Estudos gramaticais e
lexicográficos; Linguística histórica; Estudos semânticos e pragmáticos; Estudos
psicolinguísticos; Estudos cognitivos;
12. Estudos da Língua e da Linguagem II, envolvendo: Gêneros Textuais; Linguística
Sistêmico-Funcional; Análise Crítica do Discurso; Linguística Textual e Análise da Conversação;
Estudos da Enunciação; Estudos Bakhtinianos; Estudos da Tradução.
Neste caderno, o leitor poderá ter acesso à programação geral do evento, à programação
das mesas e aos resumos aprovados de congressistas regularmente inscritos no evento.
14
PROGRAMAÇÃO GERAL
08:00-09:00 – Credenciamento
15
PROGRAMAÇÃO DAS MESAS
17
EIXO TEMÁTICO 1: ESTUDOS DE TEORIA LITERÁRIA
19
EIXO TEMÁTICO 1: ESTUDOS DE TEORIA LITERÁRIA
20
EIXO TEMÁTICO 1: ESTUDOS DE TEORIA LITERÁRIA
21
EIXO TEMÁTICO 2: ESTUDOS DE LITERATURA COMPARADA
Sessão 1 – Quinta-feira, 12 de maio de 2016, 09:00-10:30 – Bloco D: Sala 214
22
EIXO TEMÁTICO 2: ESTUDOS DE LITERATURA COMPARADA
23
EIXO TEMÁTICO 3: ESTUDOS CULTURAIS
24
EIXO TEMÁTICO 3: ESTUDOS CULTURAIS
25
EIXO TEMÁTICO 3: ESTUDOS CULTURAIS
26
EIXO TEMÁTICO 4: ESTUDOS DE LITERATURA E ENSINO
27
EIXO TEMÁTICO 4: ESTUDOS DE LITERATURA E ENSINO
28
EIXO TEMÁTICO 4: ESTUDOS DE LITERATURA E ENSINO
29
EIXO TEMÁTICO 5: ESTUDOS DE LITERATURA, ARTES E MÍDIA
30
EIXO TEMÁTICO 5: ESTUDOS DE LITERATURA, ARTES E MÍDIA
Tema: VER/OUVIR
Coordenação: Graciela Rene Ormezzanno (UPF)
AS (IM)POSSIBILIDADES DO DESLOCAMENTO
Juliene da Silva Marques (UNISUL)
31
EIXO TEMÁTICO 5: ESTUDOS DE LITERATURA, ARTES E MÍDIA
32
EIXO TEMÁTICO 6: ESTUDOS DE LITERATURA, MEMÓRIA E
HISTÓRIA
33
EIXO TEMÁTICO 6: ESTUDOS DE LITERATURA, MEMÓRIA E
HISTÓRIA
34
EIXO TEMÁTICO 6: ESTUDOS DE LITERATURA, MEMÓRIA E
HISTÓRIA
35
EIXO TEMÁTICO 6: ESTUDOS DE LITERATURA, MEMÓRIA E
HISTÓRIA
36
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
37
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
38
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
39
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
40
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
41
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
42
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
43
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
44
EIXO TEMÁTICO 7: ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO
45
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
46
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
47
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
48
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
49
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
50
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
Sessão 11 – Quinta-feira, 12 de maio de 2016, 11:00-12:30 – Bloco B: Sala 214
Tema: LETRAMENTO
Coordenação: Dinora Moraes de Fraga (UNIRITTER) e Cassiano Ricardo Haag (UNIRITTER)
LETRAMENTO DIGITAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NARRATIVAS DIGITAIS NA ESCOLA
Claudia de Faria Barbeta (UEL)
O AGIR EM LINGUAGENS
Dinora Moraes de Fraga (UNIRITTER)
Cassiano Ricardo Haag (UNIRITTER)
PRÁTICAS DE PROFESSORES PDE/PR DE LÍNGUA PORTUGUESA
EM PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Edneia A. B. Bernini (UEL)
51
EIXO TEMÁTICO 8: ESTUDOS DE LINGUÍSTICA APLICADA
Sessão 13 – Quinta-feira, 12 de maio de 2016, 16:00-17:30 – Bloco B: Sala 215
52
EIXO TEMÁTICO 9: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS
53
EIXO TEMÁTICO 10: ESTUDOS FONÉTICO E FONOLÓGICOS
54
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
55
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
56
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
57
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
Sessão 7 – Quinta-feira, 12de maio de 2016, 11:00-12:30 – Bloco B: Sala 217
58
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
Sessão 9 – Quinta-feira, 12 de maio de 2016, 14:00-15:30 – Bloco B: Sala 217
59
EIXO TEMÁTICO 11: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM I
60
EIXO TEMÁTICO 12: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM II
61
EIXO TEMÁTICO 12: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM II
Sessão 3 – Quarta-feira, 11 de maio de 2016, 14:45-16:15 – Bloco B: Sala 218
Tema: TRADUÇÃO
Coordenação: Maria José Damiani Costa (UFSC)
TRADUÇÃO JORNALÍSTICA E AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS
NA TRADUÇÃO DO FATO NOTICIOSO
Laís Gonçalves Natalino (UFSC)
UMA ANÁLISE DA TERMINOLOGIA E FRASEOLOGIA UTILIZADA
PELA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Ana Luiza Treichel Vianna (UNISINOS)
MARCADORES CULTURAIS E EQUIVALÊNCIA DE TRADUÇÃO:
UMA ABORDAGEM BASEADA EM FRAMES SEMÂNTICOS
Cesar Etges Lopes (UNISINOS)
TRADUÇÂO E JORNALISMO: A REPRESENTAÇÃO DO BRASIL
PRESENTE NAS ALUSÕES CULTURAIS DO JORNAL ARGENTINO LA NACIÓN
Mirella Nunes Giracca (UFSC/UNIR)
Maria José Damiani Costa (UFSC)
PARATRADUZINDO O HUMOR NA OBRA FIPPS DER AFFE DE WILHELM BUSCH
Greice Bauer (UFSC)
62
EIXO TEMÁTICO 12: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM II
63
EIXO TEMÁTICO 12: ESTUDOS DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM II
64
LISTA DE TRABALHOS
65
A COMPREENSÃO LEITORA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: PESQUISA E
EXPERIÊNCIA DO PROJETO OBEDUC: LER & EDUCAR ................................................................................... 92
A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE LINGUÍSTICA NA PÓS-MODERNIDADE:
CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE MICHEL MAFFESOLI, STUART HALL E BORTONI-RICARDO
NA PERPECTIVA BAKHTINIANA DE LÍNGUA ..................................................................................................... 92
A CONSTRUÇÃO DE UM DICIONÁRIO JURÍDICO-PENAL BASEADO EM FRAMES:
DESDOBRAMENTOS E PERSPECTIVAS.................................................................................................................. 93
A CONSTRUÇÃO E A REPRESENTAÇÃO DAS MASCULINIDADES NA REVISTA
PARANAENSE O OLHO DA RUA ................................................................................................................................. 93
A CRÍTICA LITERÁRIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: NO LIMIAR ENTRE A CIÊNCIA E A
POESIA ................................................................................................................................................................................. 94
A CULTURA TRADUZIDA E A CULTURA EM TRADUÇÃO: A LITERATURA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA NA REVISTA GRANTA ........................................................................................................... 95
A DICOTOMIA ENTRE BEM E MAL PRESENTE NA OBRA GRANDE SERTÃO: VEREDAS DE
GUIMARÃES ROSA: “SERTÃO: É DENTRO DA GENTE”.................................................................................... 95
A DISSOLUÇÃO DA CARNE .......................................................................................................................................... 96
A ELABORAÇÃO DA PERGUNTA EM CONTEXTO DE AVALIAÇÃO COMO INSTÂNCIA DO
EQUÍVOCO .......................................................................................................................................................................... 96
A ELABORAÇÃO DE PRODUÇÕES ESCRITAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIZERES E
SENTIDOS QUE MARCAM A ENTRADA DA CRIANÇA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO ........... 96
A ética da estética no imaginário contemporâneo: o parto filmado nas redes sociais....................... 97
A FIGURA MARGINAL DE ANÍSIO: UM ESTUDO EM O INVASOR ................................................................. 97
A FORMAÇÃO DE LEITORES NOS ANOS INICIAIS: DA LEITURA À ESCRITURA ................................... 98
A FUGA DE LUGAR E A FUGA DE SENTIDOS NA RELAÇÃO IMIGRANTE/REFUGIADO ..................... 98
A IMAGEM PELO OUTRO: ÉTICA DA ALTERIDADE NA ARTE E O DEVIR-OUTRO DA
LINGUAGEM ...................................................................................................................................................................... 99
A INFLUÊNCIA DO GRAU DE SEVERIDADE E DOS FENÔMENOS SOCIOCULTURAIS E
ECONÔMICOS NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO DE AFÁSICOS................................................................ 99
A INFLUÊNCIA DO N-DROP EM APRENDIZES DE INGLÊS COMO L2 ..................................................... 100
A INSTITUIÇÃO POLÍTICA “FAMÍLIA” NO ESPAÇO URBANO .................................................................... 100
A INTERAÇÃO ENTRE ASPECTO E AS INTERPRETAÇÕES DA CONJUNÇÃO “E” NO PB ................. 101
A INTERDIÇÃO DA LÍNGUA ALEMÃ: O SUSTENTÁCULO DA NACIONALIZAÇÃO ............................. 101
A INVESTIGAÇÃO SOCIOFONÉTICA NA TAREFA DE COMPARAÇÃO DE LOCUTORES: UM
ESTUDO DE CASO......................................................................................................................................................... 102
A LEI DA IMPRENSA E O FUNCIONAMENTO DO DISCURSO JORNALÍSTICO BRASILEIRO ........... 103
A LEITURA DE DOIS PRÓLOGOS LATINO-AMERICANOS SOBRE A OBRA DOM QUIXOTE: A
OBRA COMO PRECURSORA DO ROMANCE MODERNO. .............................................................................. 103
66
A LEITURA NAS LICENCIATURAS DE LETRAS E PEDAGOGIA .................................................................. 104
A LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE: PRÁTICAS DISCURSIVAS, PEDAGÓGICAS E
FORMAÇÃO DE PROFESSORES .............................................................................................................................. 104
A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO NO BRASIL E EM PORTUGAL: ENTRE FATOS E
VERSÕES .......................................................................................................................................................................... 105
A LOCALIZAÇÃO DE UM GAME EDUCATIVO: QUANDO OS ELEMENTOS PARATEXTUAIS
ENTRAM (OU NÃO) EM JOGO ................................................................................................................................. 105
A MORTE NECESSÁRIA DO “EU” QUE ESCREVE: A HORA DA ESTRELA............................................... 105
A NÃO-ELEVAÇÃO DA VOGAL/e/EM IRATI, PARANÁ.................................................................................. 106
A NARRATIVA COMO ELEMENTO CONFIGURADOR NA CONSTITUIÇÃO DO PSIQUISMO
INFANTIL......................................................................................................................................................................... 106
A NARRATIVA POLICIAL CONTEMPORÂNEA: PLENILUNIO E LA PREGUNTA DE SUS OJOS ......... 107
A NASALIZAÇÃO VOCÁLICA REGRESSIVA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UM ESTUDO
ACÚSTICO ........................................................................................................................................................................ 107
A NOÇÃO DE INTENÇÃO EM TEORIA DE CONCILIAÇÃO DE METAS...................................................... 108
A OFERTA DE ENSINO BILÍNGUE NOS ANOS INICIAIS DE ESCOLARIZAÇÃO: UM ESTUDO
SOBRE POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ........................................................................................................................ 108
A PERSONALIZAÇÃO NO MECANISMO DE BUSCA DO GOOGLE E O FILTRO BOLHA:
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS NOS EFEITOS COGNITIVOS DESCRITOS PELA TEORIA DA
RELEVÂNCIA .................................................................................................................................................................. 109
A POÉTICA DE XOSÉ LOIS GARCÍA: CONFLUÊNCIAS ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA. ................... 109
A POLÍTICA DA MISE-EN-SCÈNE DE O SOM AO REDOR ............................................................................... 110
A PRESENÇA DA ALTERIDADE NA LINGUAGEM E NA TRADUÇÃO DA OBRA DANCER, DE
COLUM MCCANN. ......................................................................................................................................................... 110
A PRODUÇÃO DO ATAQUE COMPLEXO CCV(C) DO FRANCÊS POR APRENDIZES
BRASILEIROS DE FRANCÊS ..................................................................................................................................... 111
A PRODUÇÃO NARRATIVA DE SALIM MIGUEL E AS DIFERENTES PROJEÇÕES DO AUTOR
EM SEU TEXTO .............................................................................................................................................................. 112
A RELAÇÃO ENTRE O CINEMA E A PUBLICIDADE - UM ESTUDO INTERTEXTUAL SOBRE
WARS E THE FORCE ................................................................................................................................................... 112
A RELATIVA LIBERDADE EM ACOSSADO, O ESTRANGEIRO E ANGÚSTIA.......................................... 113
A REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA EM CONTOS DE MARINA COLASANTI......... 113
A REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA PRINCIPAL, NO LIVRO INFANTIL
“CARMEN”, DE RUTH ROCHA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A PERPECTIVA DO IMAGINÁRIO ........ 114
A REPRESENTAÇÃO INDÍGENA E A IDENTIDADE NACIONAL: ANÁLISE DISCURSIVA DE
MATERIALIDADES GRÁFICAS SOBRE A TRIBO KAINGANG ...................................................................... 114
A REPRESENTAÇÃO MENTAL DA SINTAXE: ESTUDOS PSICOLINGUÍSTICOS ................................... 115
67
A REVISTA COMO LUGAR DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS NO ESPAÇO
URBANO: A DISCURSIVIZAÇÃO SOBRE O ESTADO ISLÂMICO .................................................................. 115
A TRADUÇÃO COMO RETEXTUALIZAÇÃO: UM OUTRO OLHAR PARA A PRÁTICA
TRADUTÓRIA DENTRO DO ENSINO DE LÍNGUAS ......................................................................................... 116
A TRANSFIGURAÇÃO DISCURSIVA A PARTIR DE CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE, DA
HISTÓRIA E DA LINGUÍSTICA ................................................................................................................................. 117
A UTILIZAÇÃO DE PIADAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA .......................................................... 117
A VIAGEM DE AUTO-EXÍLIO EM A MAÇÃ ENVENENADA, DE MICHEL LAUB ...................................... 117
A VOZ ENTRE A ANÁLISE DO DISCURSO E A PSICANÁLISE ...................................................................... 118
ABORDAGENS PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
ENVOLVENDO O USO DE TECNOLOGIA DIGITAL........................................................................................... 118
ABRAÇANDO A ESCOLA DO MUNDO AO AVESSO: APROXIMAÇÕES ENTRE A LITERATURA
DE EDUARDO GALEANO E A AULA DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NO
BRASIL .............................................................................................................................................................................. 119
ÁFRICA E AFRICANIDADES NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL CONTEMPORÂNEA DE
LÍNGUA ESPANHOLA: TECENDO CAMINHOS .................................................................................................. 119
ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DE TEXTOS VERBO-VISUAIS PARA O ENSINO-
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA .............................................................................................................. 120
ALTERIDADE E LITERATURA: CONTOS DE RUBEM FONSECA ................................................................ 120
ANÁLISE DA NÃO-ELEVAÇÃO DA VOGAL/O/EM MALLET, PARANÁ: UMA ABORDAGEM
VARIACIONISTA ........................................................................................................................................................... 121
ANÁLISE DE DISCURSO E TURISMO: DESLOCAMENTOS POSSÍVEIS ..................................................... 121
ANÁLISE DO DISCURSO E A ESCOLA: UMA DISCUSSÃO SOBRE AS POSIÇÕES-SUJEITO DE
ALUNOS E PROFESSORES......................................................................................................................................... 122
ANÁLISE DO DISCURSO: AS NOMEAÇÕES PEDAGÓGICAS (A)ENUNCIADAS EM “LA
EDUCACIÓN PROHIBIDA”......................................................................................................................................... 122
ANÁLISE OSTENSIVO-INFERENCIAL DE QUESTÕES DAS EDIÇÕES 1998 E 2014 DO ENEM ...... 123
ANÁLISE SEMIOLÓGICA DA LINGUAGEM AUDIOVISUAL NA SÉRIE DE TV FAMÍLIA
IMPERIAL ......................................................................................................................................................................... 123
ANDREI TARKOVSKI E A DETERIORAÇÃO DA CULTURA: UMA ANÁLISE DA OBRA
STALKER E DA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE..................................................................................................... 124
ANTECIPAÇÃO TERAPÊUTICA DE PARTO DE ANENCÉFALOS NO BRASIL: UMA ANÁLISE
DA ADPF 54 À LUZ DA SEMÂNTICA COGNITIVA ............................................................................................ 124
AQUISIÇÃO FONOLÓGICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM GÊMEOS DIZIGÓTICOS ................... 125
ARQUIVO DE LEITURAS EM ANÁLISE DE DISCURSO ................................................................................... 125
ARTE E LINGUAGEM: LEITURA DAS NARRATIVAS NAS OBRAS DE CHACHÁ (RICHARD
CALIL BULOS) ................................................................................................................................................................ 126
AS (IM)POSSIBILIDADES DO DESLOCAMENTO .............................................................................................. 126
68
AS ANDORINHAS DA TORRE: UM VOO POR MEIO DO IMAGINÁRIO, DO AR E DOS SONHOS ..... 126
AS IDEOLOGIAS LINGUÍSTICAS DE ALUNOS MULTILÍNGUES DESCENDENTES DE
IMIGRANTES EM UMA ESCOLA NO INTERIOR DO PARANÁ ..................................................................... 127
AS MUITAS FACETAS DE UM DIÁRIO: DA EXPERIÊNCIA DE UM INDIVÍDUO ÀS REFLEXÕES
DE UMA ÉPOCA ............................................................................................................................................................. 127
AS relações de regionalidade EM a FERRO E FOGO, DE Josué Guimarães ............................................ 128
AS REPRESENTAÇÕES SINTÁTICAS DA SUBPREDICAÇÃO EM PB: A NÃO-UNIFORMIDADE
ENTRE FORMA E SENTIDO ...................................................................................................................................... 128
AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) E AS PRÁTICAS
SIGNIFICATIVAS DE ESCRITA NOS ANOS INICIAIS: UM PERCURSO PARA A AUTORIA SOB
O VIÉS DA ANÁLISE DO DISCURSO....................................................................................................................... 129
AS VIAGENS DE GULLIVER: ENTRE A LEITURA E A RELEITURA ............................................................. 129
ASPECTOS FONOLÓGICOS DA FALA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE
DOWN ............................................................................................................................................................................... 130
ASPECTOS QUE DIFICULTAM A COMPREENSÃO LEITORA ....................................................................... 130
AUTORIA NO ENSINO DE LÍNGUA: ENTRE A LÍNGUA MATERNA E A LÍNGUA
ESTRANGEIRA ............................................................................................................................................................... 131
AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO LEITORA: DEMANDAS COGNITIVAS E LEITURABILIDADE
TEXTUAL ......................................................................................................................................................................... 132
AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA: REFLEXÕES SOBRE UM
TRABALHO DOCENTE REALIZADO EM GRUPO .............................................................................................. 132
AVALIAÇÕES EM UM TEXTO SOBRE EDUCAÇÃO: UM ESTUDO À LUZ DO SISTEMA DE
AVALIATIVIDADE ........................................................................................................................................................ 133
BANCO “VARLINFE”: AMPLIAÇÃO DO CÓRPUS DE FALA ESLAVA NO PARANÁ............................... 133
BASES PARA A CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE SENTIMENTOS NO
PORTUGUÊS BRASILEIRO ........................................................................................................................................ 134
BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS – OS QUADRINHOS, O DESENHO ANIMADO E O
FILME: TRADUÇÃO E TRANSFIGURAÇÃO ......................................................................................................... 134
BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS E PRÁTICAS DE LEITURA: SEUS SIGNIFICADOS E EFEITOS
NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE JOVENS EM COMUNIDADES URBANAS
PERIFÉRICAS NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE/RS ................................................................................ 135
BREVE DISCUSSÃO ACERCA DA SOCIABILIDADE DO JOGO MODERNO DE MESA ........................... 136
CALENDÁRIO MINHA SÃO PAULO 2016: CULTURA E IDENTIDADE NAS FOTOGRAFIAS
PRODUZIDAS PELOS SEM-TETO ........................................................................................................................... 136
CATIVEIROS VISÍVEIS E INVISÍVEIS: AS PERSONAGENS FEMININAS E A QUESTÃO ÉTNICA
NO CONTO “A ESCRAVA”, DE MARIA FIRMINA DOS REIS .......................................................................... 137
CIDADE, SUBSTANTIVO CORROÍDO .................................................................................................................... 137
CINEMA SURDO: UMA POÉTICA PÓS-FONOCÊNTRICA ............................................................................... 138
69
CLAREZA NA LINGUAGEM JURÍDICA (CLARITY IN LEGAL ENGLISH): EXEMPLOS E
REFLEXOS NO ENSINO DE ESP .............................................................................................................................. 138
CLARICE LISPECTOR: A LEGITIMIDADE DO ESTADO E O “DEVER DE PUNIR” ................................. 139
COM QUE ROUPA EU VOU? UM OLHAR SOBRE A POSSE DO SEGUNDO MANDATO DE
DILMA ROUSSEFF ........................................................................................................................................................ 139
COMPREENSÃO E EXPRESSÃO EM LIBRAS DE ALUNOS SURDOS EM ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................................................................................... 140
CONCILIAÇÃO DE METAS E REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA DE CRENÇAS
INTERMEDIÁRIAS........................................................................................................................................................ 140
CONEXÕES CORTICAIS ENVOLVIDAS NA LEITURA: QUESTIONAMENTOS SOBRE A ÁREA
DA FORMA VISUAL DAS PALAVRAS .................................................................................................................... 141
CONTRIBUIÇÕES DO ARCABOUÇO TEÓRICO-METODOLÓGICO DO CÍRCULO DE BAKHTIN
PARA OS ESTUDOS DE IDEOLOGIAS LINGUÍSTICAS..................................................................................... 141
CONVERSÕES DE REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA EM MATEMÁTICA: UMA
ABORDAGEM PRAGMÁTICO-COGNITIVA GUIADA PELA NOÇÃO DE CONCILIAÇÃO DE
METAS .............................................................................................................................................................................. 142
CORPO E(M) CONSTRUÇÃO: DISCURSO E TRABALHO EM UM PROCESSO JUDICIAL..................... 143
CRQ – SERRA DO APON: REFLEXÕES ACERCA DE IDENTIDADE CULTURAL E MEMÓRIA .......... 143
DA GRÉCIA ANTIGA A GALÁXIAS DISTANTES: A TRAJETÓRIA DO HERÓI ÉPICO ATRAVÉS
DOS SÉCULOS. ............................................................................................................................................................... 143
DA MUTILAÇÃO À REDENÇÃO: CORPO, VIDA E LINGUAGEM EM UMA DUAS, DE ELIANE
BRUM ................................................................................................................................................................................ 144
DA PRESCRIÇÃO AO TRABALHO REAL DOCENTE: O REPLANEJAMENTO DO OFÍCIO .................. 144
DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ÀS ATITUDES LINGUÍSTICAS DOS CHAPECOENSES FRENTE
ÀS VARIEDADES DO CATARINENSE E DO NORDESTINO QUANTO A VARIAÇÃO NOS
PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA (TU/VOCÊ) .............................................................................................. 145
DECADENTISMO E INCERTEZA NO CONTO “RETRATO PROFÉTICO” DE GIOVANNI PAPINI ..... 145
DEMOCRACIA E DISPERSÃO: UM GESTO DE ANÁLISE SOBRE AS RETOMADAS DO TERMO
DEMOCRACIA NO I FÓRUM SOCIAL MUNDIAL ................................................................................................ 146
DETERMINISMO OU RELATIVIDADE LINGUÍSTICA: QUAL DAS DUAS VERSÕES
REALMENTE FAZ MAIS SENTIDO? ....................................................................................................................... 146
DIÁLOGOS CLAROS E INDISTINTOS: AS “MEMÓRIAS DE TROIA” DE WILLIAM BUTLER
YEATS EM CANÇÕES POPULARES IRLANDESAS ............................................................................................ 147
DIÁSPORA E VIOLÊNCIA EM OS EMIGRANTES DE W. G. SEBALD ........................................................... 147
DICIONÁRIO ELETRÔNICO MODALIDADES OLÍMPICAS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
PARA O DESENVOLVIMENTO DE FRAMES SEMÂNTICOS .......................................................................... 148
DIDATIZAÇÃO DE GÊNEROS LITERÁRIOS: DE CONCEPÇÕES TEÓRICAS AO ENSINO ................... 148
70
DIREITO X RELIGIÃO: O CONCEITO DE FAMÍLIA NO BRASIL ATUAL: UMA PERSPECTIVA
PRAGMÁTICA................................................................................................................................................................. 149
DISCURSO E GÊNERO SOCIAL A PARTIR DAS PERSPECTIVAS DA ACD E DA GSF ........................... 149
DISCURSO E PODER: ANÁLISE DAS DISPUTAS ACERCA DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NA
UEPG .................................................................................................................................................................................. 150
DISCURSO PUBLICITÁRIO E O LÚDICO: SOBRE A OBSCURIDADE DA LINGUAGEM NA
PROPAGANDA DAS EMPRESAS DE JOGOS ELETRÔNICOS EM REDE..................................................... 151
DISCURSO, COGNIÇÃO E SOCIEDADE: PAPÉIS SOCIAIS DOS PARTICIPANTES DA GUERRA
DO CONTESTADO......................................................................................................................................................... 151
DISCURSO, IMAGEM E MÍDIA.................................................................................................................................. 151
DIZERES ACERCA DO ABORTO DIRIGIDOS AO SUJEITO-MASCULINO: UMA ANÁLISE
DISCURSIVA.................................................................................................................................................................... 152
DO SUJEITO HISTÓRICO NAS OBRAS DE PEPETELA E PAULINA CHIZIANE ...................................... 153
DO VISUAL PARA O VERBAL: ECFRASE X AUDIODESCRIÇÃO NO QUADRO MONA LISA .............. 153
É POSSÍVEL ASSUMIR UM LUGAR DE AUTORIA NUMA LÍNGUA ESTRANGEIRA? ........................... 154
ELAS SÃO O QUE ELES NOS DIZEM (?): A FIGURAÇÃO DO FEMININO A PARTIR DO
DISCURSO MASCULINO EM DOM CASMURRO, SÃO BERNARDO E DIVÓRCIO ...................................... 154
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2014 E O DISCURSO SOBRE A VERDADE ............................................ 155
ENSINO DA LITERATURA EM UNIVERSIDADES GAÚCHAS: ALGUMAS CONSTATAÇÕES............. 155
ENSINO DE LEITURA E SEUS VÍNCULOS COM O SISTEMA DE ESCRITA DO APRENDIZ ............... 156
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB A PERSPECTIVA DOS GÊNEROS TEXTUAIS .................... 156
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: SOB A PERSPECTIVA DOS GÊNEROS TEXTUAIS ................... 157
ENSINO E APRENDIZAGEM DE ESTRATÉGIAS DE LEITURA: CAMINHO PARA A
COMPREENSÃO? .......................................................................................................................................................... 157
ENTRE O VISIONARISMO E A LOUCURA: A PRIMEIRA RECEPÇÃO DA OBRA DE WILLIAM
BLAKE ............................................................................................................................................................................... 158
Entremeios da Literatura e Ensino: Nação Crioula: a correspondência secreta de Fradique
Mendes, de José Eduardo agualusa........................................................................................................................ 158
ESCRITA E ARGUMENTAÇÃO: REFLEXÕES TEÓRICAS ................................................................................ 159
ESCRITA NA TELA: EU NAÇÃO – INTERCÂMBIO DE CULTURAS ............................................................. 159
ESCRITA NA TELA: INTERCÂMBIO BRASIL-PORTUGAL-MOÇAMBIQUE ............................................. 160
ESMURRANDO HEMINGWAY: UMA ANÁLISE DE THAT SUMMER IN PARIS, DE MORLEY
CALLAGHAN ................................................................................................................................................................... 160
ESTRANGEIRISMOS DE ORIGEM INGLESA NAS CAPAS DO JORNAL PIONEIRO ................................ 161
ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS NO JORNAL ON-LINE .................................................................................. 161
ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE LEITURA: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE
BILINGUISMO ................................................................................................................................................................ 162
71
ESTUDANTES CALOUROS E SUA BAGAGEM DE LEITURA.......................................................................... 162
ESTUDOS SOBRE DIFERENTES SITUAÇÕES DE TRABALHO: LINGUAGEM E
DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................................................. 163
ETNOGRAFIA VIRTUAL: UMA POSSIBILIDADE METODOLÓGICA EM GRUPOS DE
APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR WHATSAPP ................................................................................................ 164
FARMACOLOGIZAÇÃO E NEURONARRATIVAS DA INFÂNCIA: O DISCURSO JURÍDICO NA
AQUISIÇÃO DE PSICOFÁRMACOS ......................................................................................................................... 164
FORMAÇÕES IMAGINÁRIAS EM/NO DISCURSO: A(S) FAMÍLIA(S) (IN)VISIBILIZADA(S) EM
PROPAGANDAS MIDIÁTICAS .................................................................................................................................. 165
FORMAS POLÍTICAS DA CULTURA BRASILEIRA, DA DÉCADA DE 70, EM SARAMANDAIA,
DE DIAS GOMES. ........................................................................................................................................................... 165
FORMULAÇÃO DOS SENTIDOS DE TECNOLOGIA EM NAQOYQATSI....................................................... 166
FUNCIONAMENTO DISCURSIVO DO IMAGINÁRIO DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
EM GRADUAÇÃO DE DIREITO ................................................................................................................................ 166
GAME E TRANSMÍDIA: IDENTIDADES MÓVEIS EM WORLD OF WARCRAFT ...................................... 167
GÊNEROS TEXTUAIS DO CAMPO ARGUMENTATIVO NO ENSINO MÉDIO: UM TRABALHO A
PARTIR DA LINGUÍSTICA TEXTUAL .................................................................................................................... 167
GÊNEROS TEXTUAIS E AFRICANIDADES: TEMÁTICAS DO PIBID DE LÍNGUA
PORTUGUESA/UEPG .................................................................................................................................................. 168
GILBERTO FREYRE: SUAS OBRAS COMO UM ÚNICO PROJETO INTELECTUAL ................................ 168
GOURMETIZAÇÃO E MEMÓRIA: A TIPOGRAFIA COMO MATERIALIDADE DO DISCURSO
PERSUASIVO-NOSTÁLGICO ..................................................................................................................................... 169
GRAFITE E PICHAÇÃO: GÍRIA IMAGÉTICA?...................................................................................................... 169
HERDEIROS DE UM PASSADO EM RUÍNAS: A TRANSMISSÃO TRANSGERACIONAL EM O
SOM E A FÚRIA E ÓPERA DOS MORTOS ............................................................................................................... 170
HERMENÊUTICA: UM VIÉS PARA A INTERPRETAÇÃO DA OBRA “DESONRA”, DE COETZEE...... 170
IDENTIDADE EM MOSAICO: MIGRAÇÃO EM O INVENTÁRIO DE COISAS AUSENTES, DE
CAROLA SAAVEDRA.................................................................................................................................................... 171
IDENTIDADES ENTRE LÍNGUAS E CULTURAS: VOZES E OLHARES EM WALACHAI ....................... 171
IMÁGENES DEL SILENCIO: MEMÓRIA, POLÍTICA E LUTA POR “VERDAD Y JUSTICIA” ................. 172
IMAGINÁRIO E CULTURA: PESQUISAS DO COTIDIANO .............................................................................. 172
IMIGRANTES SÍRIOS: A DISCURSIVIDADE DAS FOTOGRAFIAS DIVULGADAS NA
IMPRENSA....................................................................................................................................................................... 173
INATISMO E COMPOSICIONALIDADE: A LINGUÍSTICA E SEUS ENQUADRAMENTOS
COGNITIVOS ................................................................................................................................................................... 173
INDÍCIOS DE AUTORIA E MARCAS IDENTITÁRIAS EM TEXTOS NOTA MIL DO EXAME
NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)............................................................................................................. 174
72
INFUÊNCIA DO GABARITO DE RESPOSTAS DE UM EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO NA
CORREÇÃO QUE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO FAZEM DE SUAS PRÓPRIAS
INTERPRETAÇÕES: ANÁLISE COM BASE NA TEORIA DA RELEVÃNCIA .............................................. 175
INTENÇÃO E DESEJO: OS USOS DE QUERER COM IMPLICATURAS DE FUTURIDADE .................... 175
INTERAÇÃO NA SALA DE AULA DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL .................................. 176
INTERCULTURALIDADE NOS AMBIENTES TELECOLABORATIVOS ...................................................... 176
Lavoura Arcaica, um filme literário ...................................................................................................................... 177
LEITURA DE BLOG: A GERAÇÃO DE INFERÊNCIAS EM LÍNGUA INGLESA .......................................... 177
LEITURA DO DISCURSO POLÍTICO DE JOSUÉ GUIMARÃES ....................................................................... 177
LETRAMENTO DIGITAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NARRATIVAS DIGITAIS NA
ESCOLA ............................................................................................................................................................................. 178
LETRAMENTO ESCOLAR E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM CONTEXTO
MULTILÍNGUE: EDUCAÇÃO INDÍGENA NO PARANÁ .................................................................................... 179
LETRAMENTOS, LEITURAS E LITERATURAS NA ESCOLA E NA CLANDESTINIDADE: UMA
APROXIMAÇÃO POSSÍVEL ATRAVÉS DA LEITURA EXTENSIVA .............................................................. 179
LETRAMENTOS, LEITURAS E LITERATURAS NA ESCOLA E NA CLANDESTINIDADE: UMA
APROXIMAÇÃO POSSÍVEL ATRAVÉS DA LEITURA EXTENSIVA .............................................................. 180
LÍNGUA E CULTURA: A TOPONÍMIA DA RCI-RS ............................................................................................. 180
LÍNGUA-ESTRUTURA, LÍNGUA-ACONTECIMENTO E MEMÓRIA DISCURSIVA: UM OLHAR
SOBRE O TÓPICO “GRAMÁTICA/DISCURSO” DA PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA
CATARINA ....................................................................................................................................................................... 180
LINGUAGEM E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: APRESENTAÇÃO DE FOCOS DE PESQUISA ........... 181
LINGUÍSTICA E ARGUMENTAÇÃO: A TÓPICA.................................................................................................. 181
LITERATURA CATARINENSE E O ENSINO: AS REPRESENTAÇÕES EM “NOTURNO, 1984”
OU PAIXÕES E GUERRA EM DESTERRO, E A PRIMEIRA AVENTURA DE SHERLOCK
HOLMES NO BRASIL DE RAIMUNDO CARUSO ................................................................................................ 182
LITERATURA COMPARADA: ESTUDO TÉORICO ACERCA DA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA
DE LIVROS PARA ROTEIROS ADAPTADOS ....................................................................................................... 183
LITERATURA E ENSINO DE LÍNGUAS: A TRADUÇÃO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM........................................................................................................................................................... 183
LITERATURA E HISTÓRIA: MEMÓRIA DE VIOLÊNCIA EM DESONRA DE COETZEE ....................... 184
LITERATURA E MÍDIA EDUCAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE CONSUMO CULTURAL E PRÁTICAS
DE LEITURA ENTRE OS JOVENS ............................................................................................................................ 184
LITERATURA E SOCIEDADE: ENTRE O CONCEITO DE DISTINÇÃO E AS REGRAS DO JOGO ........ 185
MACHADO DE ASSIS NA REDE: REPRODUÇÃO OU RENOVAÇÃO DE PARÂMETROS
CRÍTICOS? ....................................................................................................................................................................... 185
MARCADORES CULTURAIS E EQUIVALÊNCIA DE TRADUÇÃO: UMA ABORDAGEM
BASEADA EM FRAMES SEMÂNTICOS .................................................................................................................. 186
73
MASCULINO GENÉRICO E SEXISMO GRAMATICAL: UMA CRÍTICA AO CONCEITO DE
GÊNERO NÃO MARCADO .......................................................................................................................................... 186
MATERIALIDADE, LEITURA E MEMÓRIA .......................................................................................................... 187
MEMÓRIA, HISTORICIDADE E CULTURA: PRODUÇÃO DE SENTIDOS NOS SUJEITOS NA/DA
GASTRONOMIA ............................................................................................................................................................. 187
MEMÓRIAS DE LÍNGUA: DEPARAR-SE COM UMA LÍNGUA QUE NÃO É A DO USO, DA
FLUÊNCIA E DA NATURALIDADE ......................................................................................................................... 188
METÁFORA, PERSPECTIVAS E INTERFACES ................................................................................................... 188
METARREPRESENTAÇÃO E METÁFORA: PARALELOS ENTRE TOM E RELEVÂNCIA .................... 189
MICROCRÔNICA VERBO-VISUAL, UM NOVO GÊNERO NA PERSPECTIVA DA ESCOLA DE
SYDNEY ............................................................................................................................................................................ 189
Mídia, Artes e Literatura: campos possíveis, resultados desejáveis ....................................................... 190
MOBILIDADE NA TECNOCULTURA: Q LINGUAJAR É ESSE? ...................................................................... 190
MODELAÇÃO PROATIVA DE METAS E CRIAÇÃO PUBLICITÁRIA ............................................................ 191
MODELO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS EM EXTENSÃO RURAL: UM ENFOQUE DO
CONTEXTO DOS AGRICULTORES FAMILIARES .............................................................................................. 191
MODELOS ONTOLÓGICO-CULTURAIS: UMA PROPOSTA DE CUNHO SEMÂNTICO-
LEXICOGRÁFICO VOLTADA À DESCRIÇÃO DE CATEGORIAS .................................................................... 192
MODERNIZAÇÃO E RESISTÊNCIA: ARTICULAÇÕES ENTRE POP E POPULAR NA CULTURA
BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA ........................................................................................................................... 192
MODOS DE SUBJETIVAÇÃO DO CORPO NO DIZER ARTÍSTIco .................................................................. 193
MOVIMENTO OU DEPENDÊNCIAS DESCONTÍNUAS: UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA
SOBRE ABORDAGENS DE INTERROGATIVAS-Q NO PORTUGUÊS BRASILEIRO................................ 194
MULHERES BRASILEIRAS NAS LETRAS ............................................................................................................. 194
MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: LUGAR DE MEMÓRIA, DE HISTÓRIA E DE CULTURA .......... 195
NÃO EU: PERSPECTIVAS DE UMA TRADUÇÃO PARA BECKETT .............................................................. 195
Narrativas distópicas e processos de reescrita da nação em Filhos da Pátria, de João melo ....... 196
NARRATIVAS NO VIDEOGAME MASS EFFECT 3: ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DAS
FEMINILIDADES E DAS MASCULINIDADES SOB A ÓTICA DE TEORIAS FEMINISTAS.................... 196
O ABSURDO EM EUGÈNE IONESCO: UMA RELEITURA A PARTIR DE SUA DRAMATURGIA ........ 197
O AGIR EM LINGUAGENS .......................................................................................................................................... 197
O CINEMA E A LITERATURA DE FICÇAO CYBERPUNK PROBLEMATIZANDO IDENTIDADES
CULTURAIS. UMA ANÁLISE DOS FILMES DIVERGENTE E INSURGENTE .............................................. 198
O CORPO FEMININO PLUS SIZE: UMA VISÃO ATRAVÉS DA ANÁLISE DO DISCURSO ..................... 198
O CORPO-IMAGEM ENQUANTO MATERIALIDADE SIGNIFICANTE ........................................................ 199
O CORTIÇO: REFLEXOS HISTÓRICOS E LITERÁRIOS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO
XIX NA OBRA DE ALUÍSIO AZEVEDO ................................................................................................................... 199
74
O CURSO DE LETRAS NA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ: “UM
ESTRANHO NO NINHO”?........................................................................................................................................... 200
O DESENCANTAMENTO EM FIVE O’CLOCK, INTENÇÕES E A ALMA ENCANTADORA DAS
RUAS .................................................................................................................................................................................. 200
O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE PESQUISA EM REDES DE PARCERIA: UMA
PRÁTICA INVESTIGATIVA POTENCIALIZADORA........................................................................................... 201
O DISCURSO DA FALTA E DO EXCESSO: A AUTOMUTILAÇÃO.................................................................. 201
O DISCURSO DIRETO NA AQUISIÇÃO DA ESCRITA: A PERSPECTIVA ENUNCIATIVA ..................... 202
O DISCURSO EM TEMPOS DE CRISE .................................................................................................................... 203
O EFEITO DE PRIMING SINTÁTICO EM PORTUGUÊS BRASILEIRO ........................................................ 203
O EFEITO DE VERDADE NA COMPOSIÇÃO DE BOATOS .............................................................................. 204
O ENSINO DA LEITURA LITERÁRIA COM BASE NOS PRESSUPOSTOS DA SEMIÓTICA
DISCURSIVA E DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL E DA ATIVIDADE ................................................. 204
O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA EM UMA ESCOLA BILÍNGUE PARA SURDOS ..... 205
O ENSINO/APRENDIZAGEM DE PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA DE GÊNEROS DA ESFERA
JORNALÍSTICA: O EDITORIAL E A NOTÍCIA ..................................................................................................... 205
O ESPIRAL DA MEMÓRIA ......................................................................................................................................... 206
O FANTÁSTICO COMO AMEAÇA EM INCIDENTE EM ANTARES, DE ERICO VERISSIMO................. 206
O FAZER MIDIÁTICO E OS DISCURSOS TECNOLÓGICOS ............................................................................. 206
O FIO DE ALICE: EXÍLIO DO NARRADOR EM A RAINHA DOS CÁRCERES DA GRÉCIA ...................... 207
O FUNCIONAMENTO DE LÍNGUA, HISTÓRIA E MEMÓRIA NA HISTÓRIA DAS IDEIAS
LINGUÍSTICAS NO SUL ............................................................................................................................................... 207
O GÊNERO DISCURSIVO FÓRUM: A AUTORIA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA .................................... 208
O GRANDE OUTRO DA IMPRENSA E O OBJETO A NOS PROTESTOS DE JUNHO DE 2013 ............. 208
O INÍCIO DO HORROR: O NASCIMENTO DO GÊNERO DE TERROR NO CINEMA E SUA
RELAÇÃO COM A GUERRA ....................................................................................................................................... 209
O MITO DO NATIVO DA LÍNGUA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE COMO IDENTIDADES SÃO
(CO)CONSTRUÍDAS EM UMA SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA ...................................................... 209
O MITO XOKLENG E O IMAGINÁRIO DO MEDO COMO MEMÓRIA E LINGUAGEM DOS
COLONIZADORES DO ALTO VALE DO ITAJAÍ - SC.......................................................................................... 210
O PERFIL FEMININO DA MULHER RELIGIOSA E DA MULHER COMUM NA PRODUÇÃO
POÉTICA DE D. ALFONSO X: ESTUDO DO TEXTO E DA IMAGEM ............................................................ 210
O PERSONAGEM COM MOTIVO TORPE: DIÁLOGOS DE ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA
ENTRE O CINEMA E A LITERATURA ................................................................................................................... 211
O PROCESSO DE ESCRITA: DE MAURICE BLANCHOT A STEPHEN KING ............................................. 211
O PROFESSOR DE PORTUGUÊS EM FORMAÇÃO E O QUE ELE TEM A DIZER SOBRE A
PROFISSÃO DOCENTE................................................................................................................................................ 212
75
O SIGNO MUDANÇA E SUAS SIGNIFICAÇÕES DENTRO DO CONTEXTO POLÍTICO .......................... 212
O SUJEITO MULTIFACETADO E A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE DE CIDADE LIVRE ............... 212
O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS: ATIVIDADES
COM LETRAS DE CANÇÕES EM LIVROS DIDÁTICOS ..................................................................................... 213
O TRABALHO DA MEMÓRIA DISCURSIVA NOS MOVIMENTOS GREVISTAS DOS
PROFESSORES NO ESTADO DO PARANÁ........................................................................................................... 213
OLHAR DISCURSIVO AO CRIANÇA ESPERANÇA: AS IMAGENS DA SOLIDARIEDADE..................... 214
OS ATOS ILOCUTÓRIOS DO BAH............................................................................................................................ 215
OS GÊNEROS TEXTUAIS E AS AFRICANIDADES NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA:
REFLEXÕES TEÓRICAS .............................................................................................................................................. 215
OS HIBRIDISMOS DOS PROCESSOS CRIADOS .................................................................................................. 216
OS MUITOS THE WALKING DEAD: CONSIDERAÇÕES ACERCA DE UM FENÔMENO
TRANSMÍDIA.................................................................................................................................................................. 216
OS PONTOS DE CULTURA E A PROMOÇÃO DO EMPODERAMENTO: LEITURA E PRODUÇÃO
LITERÁRIA COMO ALAVANCAS DE PROTAGONISMO SOCIAL ................................................................. 216
OS SABERES SOBRE A LÍNGUA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA
PORTUGUESA: UM OLHAR DISCURSIVO ............................................................................................................ 217
OS SENTIDOS ACERCA DO NASCIMENTO E DAS FORMAS DE NASCER EM (RE)VISTAS
PELO VIÉS DISCURSIVO ............................................................................................................................................ 217
OS SERIADOS STAR TREK E HEROES: DISSENSOS DO IMPERIALISMO AO IMPÉRIO ...................... 218
OS SUJEITOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NA REGIÃO DE TUBARÃO: A ORDEM DO
DISCURSO ENTRE O MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO ....................................... 219
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC): O DISCURSO DOS
PROFESSORES PÓS-FORMAÇÃO............................................................................................................................ 219
PADRÕES ACÚSTICOS NA PRODUÇÃO DAS VOGAIS EPENTÉTICAS DO PORTUGUÊS
BRASILEIRO E EUROPEU .......................................................................................................................................... 220
PARA ALÉM DAS GAME JAMS: UM ESTUDO DE CASO DA LOCJAM......................................................... 220
PARATRADUZINDO O HUMOR NA OBRA FIPPS DER AFFE DE WILHELM BUSCH .......................... 220
PARTICÍPIO PASSADO NO PORTUGUÊS: DIVERGÊNCIAS ENTRE NORMA, AVALIAÇÃO E
USO ESCRITO ................................................................................................................................................................. 221
PELOS ENTREMARES DA LITERATURA E ENSINO: VINTE E ZINCO, DE MIA COUTO..................... 221
PERCURSO HISTÓRICO DOS ESTUDOS SOBRE BILINGUISMO: DE CAUSADOR DE
‘CONFUSÃO MENTAL’ A PROMOTOR DE RESERVA COGNITIVA ............................................................. 222
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: OS MECANISMOS DE ANTECIPAÇÃO NOS ACORDOS
ORTOGRÁFICOS. ........................................................................................................................................................... 222
POSICIONAMENTO CRÍTICO DE MACHADO DE ASSIS, EM REFERÊNCIAS À ARTE MUSICAL
E DRAMÁTICA. .............................................................................................................................................................. 223
76
POTENCIAL DA LEI DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: ENTRE O DISCURSO
POLÍTICO E O DISCURSO PEDAGÓGICO ............................................................................................................. 224
PRÁTICAS COMUNICATIVAS NO CONTEXTO DE INTERCÂMBIO BRASIL-PORTUGAL-
MOÇAMBIQUE: POTENCIALIDADES DA FERRAMENTA FÓRUM............................................................. 224
Práticas de leitura e inclusão na sala de aula com alunos com necessidades educativas
especiais ........................................................................................................................................................................... 225
PRÁTICAS DE PROFESSORES PDE/PR DE LÍNGUA PORTUGUESA EM PROCESSO DE
FORMAÇÃO CONTINUADA....................................................................................................................................... 225
PREGAÇÃO AOS PÁSSAROS DE GIOTTO: UMA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO SERMÃO
DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS................................................................................................................................. 226
PRESENÇA/AUSÊNCIA DE ARTIGO DIANTE DE NOMES PRÓPRIOS E DE PRONOME
POSSESSIVO NO PORTUGUÊS DO BRASIL (PB) .............................................................................................. 226
PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO: A RELAÇÃO DA FORMAÇÃO DISCURSIVA A PARTIR DO
CONCEITO DE FILTRO INVISÍVEL NOS BUSCADORES E REDES SOCIAIS ............................................ 227
PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO COM A LÍNGUA E A CULTURA ALEMÃ POR MIGRANTES
E/OU SEUS DESCENDENTES RESIDENTES NO SUL DO BRASIL .............................................................. 228
PROCESSOS DE MITIFICAÇÃO EM DEUSES AMERICANOS, DE NEIL GAIMAN .................................... 228
PRODUÇÃO DE SENTENÇAS EXCLAMATIVAS-WH EM PB: UM ESTUDO EXPERIMENTAL .......... 229
PRODUÇÃO DE SENTIDOS EM TORNO DE UMA IMAGEM AUSENTE: A PROPÓSITO DA
CONDUÇÃO COERCITIVA DE LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO
LAVA-JATO ...................................................................................................................................................................... 229
PRODUÇÃO ENUNCIATIVA EM COMUNIDADE VIRTUAL: CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS ........... 230
Propaganda: desenvolvimento de cultura e criticidade nas aulas de Língua inglesa ...................... 230
RASURAS: CONFLITOS ENTRE O ORAL E O GRÁFICO .................................................................................. 230
REFLEXÕ(E)S DO/SOBRE O SUJEITO .................................................................................................................. 231
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................................................... 231
REGIONALIDADE E GÊNERO SOCIAL EM SIMÕES LOPES NETO: A CARACTERIZAÇÃO DO
FEMININO ENQUANTO CONCEPÇÃO DO ESPAÇO REGIONAL MASCULINO ....................................... 232
REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS: UMA ANÁLISE DISCURSIVA A PARTIR DA NOÇÃO DE
ARQUIVO.......................................................................................................................................................................... 232
REPRESENTAÇÕES E GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL: O QUE NOS DIZ O DISCURSO
DE ESTUDANTES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ........................................................................ 233
REPRODUÇÃO: UM DISCURSO QUE SE REPETE .............................................................................................. 234
RESPIRAS E OFERECES À MORTE UM SILÊNCIO BREVE: DOS MOVIMENTOS DE CATARINA
E DE SEU SILÊNCIO QUE TRAZ A DOR DO(S) CORPO(S) VIOLADO(S). ................................................. 234
SERÁ “SÃO BERNARDO” DE GRACILIANO RAMOS UMA OBRA REGIONALISTA?
REGIONALISMO VERSUS REGIONALIDADES ................................................................................................... 235
77
SIGNIFICAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO NO PROCESSO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ..................... 235
SIGNIFICADO/SENTIDO E MEMÓRIA AO TRATAR DA DISCURSIVIDADE DO ARTIGO Nº58,
DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, Nº 9394/96. ....................................... 236
SILENCIANDO O OUTRO: O CASO DA EDIÇÃO DE GORDON LISH NA LITERATURA DE
RAYMOND CARVER..................................................................................................................................................... 236
SOBRE FRATURAS E REALISMOS: EXÍLIO E IDENTIDADE EM ÍRISZ: AS ORQUÍDEAS, DE
NOEMI JAFFE ................................................................................................................................................................. 237
SOBRE O NOME MADRE TIERRA NA LEI E O FUNCIONAMENTO DISCURSIVO NA
PRODUÇÃO DE SENTIDO .......................................................................................................................................... 237
SOPHIE, MARIA, PAUL: UM JOGO DUPLO DE ARTICULAÇÃO E PARTIÇÃO ......................................... 238
SUJEITO-LEITOR E INTERPRETAÇÃO: A RESPONSABILIDADE PERANTE A
INCOMPLETUDE DE SENTIDOS NOS CONTOS DE LYGIA FAGUNDES TELLES .................................. 238
TAMBOR DE CRIOULA DO MARANHÃO: NO MOVIMENTO DOS CORPOS ............................................ 239
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: SENTIDOS DO DIGITAL................................................................................... 239
TECNOLOGIA E O ‘NOVO’ NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO-USUÁRIO................................................... 240
TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO NA LÍNGUA: UMA SEMÂNTICA LINGUÍSTICA ................................... 240
TEORIA E PRÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA PARA CRIANÇAS ........................................................................................................................... 241
TERMINOLOGIA, METODOLOGIA E ENSINO EM PLA ................................................................................... 241
TESSITURA: VOZES EM (DIS)CURSO ................................................................................................................... 242
Tim Burton: Cinema, Literatura e Autoria ......................................................................................................... 243
TRAÇOS E RASTROS: O NARRADOR DRAMATIZADO E COM CONSCIÊNCIA DE SI PRÓPRIO
NA LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XXI ........................................................................................... 243
TRADUÇÂO E JORNALISMO: A REPRESENTAÇÃO DO BRASIL PRESENTE NAS ALUSÕES
CULTURAIS DO JORNAL ARGENTINO LA NACIÓN ......................................................................................... 243
TRADUÇÃO JORNALÍSTICA E AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS NA TRADUÇÃO DO FATO
NOTICIOSO...................................................................................................................................................................... 244
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DE GÊNEROS, CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE MATERIAL
DIDÁTICO ........................................................................................................................................................................ 244
TUBARÃO, 1974: IMAGINÁRIO DE UM RIO PRESENTE, SERENO E VORAZ........................................ 245
UM CLUBE NEGRO...UMA VOZ NEGRA – ANÁLISE DISCURSIVA E IDENTITÁRIA ............................ 245
Palavras-chave: Discurso. Identidades. Negra. ............................................................................................. 246
UM MOSAICO DE TEXTOS E ARTES: OS DIÁLOGOS E A INTERTEXTUALIDADE EM
SINFONIA EM BRANCO, DE ADRIANA LISBOA ................................................................................................ 246
UM OLHAR PARA O PNLD 2015 DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA QUESTÃO DE POLÍTICAS
E IDEOLOGIAS LINGUÍSTICAS ................................................................................................................................ 246
78
UMA ANÁLISE DA TERMINOLOGIA E FRASEOLOGIA UTILIZADA PELA ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS .......................................................................................................................................................... 247
UMA PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL PARA A EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA EM LE ........................... 247
UMA PROPOSTA BAKHTINIANA DE ANÁLISE DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS ..................................... 248
UMA REFLEXÃO ACERCA DAS FORMAÇÕES DISCURSIVAS QUE PERMEIAM O SUJEITO QUE
SE MOVE ENTRE AS MODALIDADES PRESENCIAL E VIRTUAL DE ENSINO NA UNISUL .............. 249
UMA VISÃO SOBRE OS ELEMENTOS DA ATIVIDADE DOCENTE ............................................................. 249
UNIVERSALISMO E VARIAÇÃO CULTURAL EM NEOLOGISMOS METAFÓRICOS .............................. 250
VERBOS DE MODO DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UMA CLASSE
REDUZIDA? ..................................................................................................................................................................... 250
VERBOS INACUSATIVOS: A SENSIBILIDADE EXIGIDA PELA ESTRUTURA NA CORREÇÃO
DE PRODUÇÕES TEXTUAIS ...................................................................................................................................... 251
VIDEOGAMES, HISTÓRIAS DIGITAIS E WEBCONFERÊNCIA COMO RECURSOS DIGITAIS NO
ENSINO E APRENDIZAGEM DE INGLÊS.............................................................................................................. 251
79
RESUMOS
81
#LUGARDONEGRO: A (RE)PRODUÇÃO DOS SENTIDOS DA ESCRAVIDÃO NA REDE
Guilherme Araujo-Silva (UNISUL)
Resumo: Em novembro de 2015, o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos
Humanos, em nome do Governo Federal Brasileiro, colocou em circulação a Campanha
Publicitária #lugardonegro, com vistas à celebração do mês da Consciência Negra. Neste ensaio,
interessa-nos refletir sobre os efeitos de sentidos produzidos por enunciados disponíveis na
rede nas sessões de comentários sobre esta publicidade no Twitter, bem como identificar alguns
pré-construídos e a(s) posição(ões)-sujeito daqueles que se inscrevem através destes dizeres.
Para ampliarmos nossa compreensão acerca do funcionamento do nosso corpus, o dispositivo
teórico deste ensaio será construído a partir da Teoria da Análise de Discurso da vertente
Francesa. Conforme escreve Orlandi (2010, p.91), a AD encaixa-se no “[...]no entremeio de três
campos do saber: linguística, psicanálise e marxismo”. Sendo assim, tentaremos mobilizar
conceitos como interdiscurso, pré-construído, esquecimentos 1 e 2, formação discursiva, tomada
de posição, posição-sujeito, paráfrase, polissemia e condições de produção, no intuito de
demonstrar que nas discursividades on-line, assim como ocorre nas demais discursividades,
existe, conforme indicado por Pêcheux no livro Semântica e Discurso (2009), uma dissimetria na
luta de classes, e que esse fenômeno, ao mesmo tempo em que favorece o apagamento da
historicidade da escravidão, reforça o preconceito (os pré-construídos) relacionado.
Palavras-chave: Efeitos de sentido. Rede. Preconceito Racial.
83
Facebook®. Consistem, acredito, em exemplos de como uma situação eventual em torno da
realização do exame (atraso de candidatos), que passou a ser explorada midiaticamente com
vistas ao entretenimento, pode também ser mobilizada para fixar determinadas interpretações
quanto, por exemplo, aos usos do tempo. As fotomontagens em questão são formadas por duas
imagens dispostas lado a lado, cada uma portando legenda que “situa” o olhar-leitor quanto ao
que registram: candidatos se deparando com portões já fechados nos locais de prova e fãs
aguardando em filas para assistir a um espetáculo musical. É exatamente a justaposição das duas
situações e o trabalho de leitura quanto à relação entre elas, sustentado em um suposto
consenso intersubjetivo (Pêcheux, 1995 [1975]), que pretendo debater. O que costura
discursivamente as duas imagens, tece uma relação entre elas como algo evidente e parece
amarrar a direção em que essa relação deve ser interpretada, sem que o sujeito (enquanto
posição-sujeito de autor ou leitor) note? Julgo que a memória discursiva, operador pelo qual é
recuperada do interdiscurso uma parte da ordem do já-dito para significar o dizer, aqui
materializado como fotomontagem, opera também a “cerzidura” das imagens-base por
estabelecer como óbvia e pertinente uma leitura crítica aos usos do tempo extraída da
controversa comparação entre as situações representadas. É a mobilização parcial de saberes
históricos sobre tempo a partir de uma posição ideologicamente constituída que autoriza e
orienta a interpretação que se pretende legítima porque seria lógica e unívoca.
Palavras-chave: Fotomontagem. Interpretação. Memória discursiva.
84
Resumo: Diante das diferentes formas possíveis de se compreender o termo palavra, a presente
pesquisa, de natureza teórica, tem o objetivo de apresentar uma caracterização do conceito de
palavra para o Círculo de Bakhtin. Para isso, utilizam-se, como referencial teórico, os
pressupostos de Bakhtin; Voloshinov (2006), Bakhtin (2003) e Voloshinov; Bakhtin (1976), os
quais apresentam os conceitos-chave do Círculo, e autores tidos como explicadores dessas obras,
como Stella (2005), Freitas (1999) e Bubnova (2009). Dessa forma, fez-se um levantamento das
principais características apresentadas por esses pesquisadores sobre o assunto. Observou-se,
então, que palavra pode ser entendida, principalmente, a partir de quatro perspectivas, as quais
estão imbricadas e inter-relacionadas: (1) enquanto expressividade neutra/isolada, (2)
decorrente da interação, (3) a partir do emprego de sentido contextual e real e (4) como signo
ideológico. Com base na expressão “Já acabou Jéssica?”, fruto de um vídeo que exibia a briga
entre duas meninas e, por isso, ganhou repercussão nas redes sociais, foi possível observar que a
palavra passa a veicular ideologia, representando e repassando valores sociais, constituindo-se
como um signo ideológico.
Palavras-chave: Palavra. Circulo de Bakhtin. “Já acabou, Jéssica?”.
85
Palavras-chave: Geni e o Zepelim. Chico Buarque. Análise crítica.
86
Ginzburg (1986). Com a análise dos dados, pudemos observar que o endereçamento pode ser
apreendido em diferentes marcas linguísticas, podendo se situar no plano sintático, lexical,
rítmico, gráfico, semântico, estrutural, etc. do enunciado.
Palavras-chave: Marcas linguísticas. Aquisição da Escrita. Endereçamento.
87
Resumo: Este estudo versa sobre a apropriação da leitura por parte dos alunos com deficiência
intelectual, os quais muitas vezes permanecem desacreditados em relação à capacidade de
aprender novos conhecimentos. Tendo em consideração o fato de que a leitura é um processo de
compreensão e recriação de significados, somente a partir da alfabetização será possibilitada ao
sujeito a prática da leitura, sendo ele, portanto, capaz de compreender e recriar enunciados.
Como a aprendizagem é um processo que requer a participação ativa da escola, da família, da
sociedade e do próprio sujeito, buscou-se mostrar que o uso das práticas sociais de leitura e
escrita, intrinsecamente relacionadas a essas instituições, podem contribuir para uma efetiva
alfabetização e concretização da conquista da leitura. Por fim, ressalte-se que a perspectiva
histórico-cultural deverá ser o ponto de partida para a constituição deste estudo, sobretudo
porque tal perspectiva prioriza a análise do sujeito diretamente em seu contexto social.
Palavras-chave: Aprendizagem. Deficiência Intelectual. Leitura.
88
concepções teóricas de Hall (2003,2010), Bauman (2005), Gomes (2002, 2003, 2005), Munanga
(2003, 2012), Schucman (2014), Bento (2002) dentre outros devem nortear a discussão
referente à construção das identidades. A relação entre identidade e linguagem será feita a partir
de Moita Lopes, Ferreira (2012, 2014), Muniz 2009, 2011). O trabalho com o relato pessoal nos
direciona para o campo da pesquisa (auto)biográfica. Para Souza (2008, 2014) e Delory-
Momberger (2012) na abordagem biográfica há produção de conhecimento sobre si, sobre os
outros e o cotidiano, o sujeito revela-se pela subjetividade, singularidade, experiências e saberes.
Assim, esta apresentação será centrada na discussão sobre linguagem e identidades, a partir de
revisão bibliográfica, tendo também as contribuições da pesquisa (auto)biográfica pensando nos
adolescentes e jovens no contexto escolar e suas relações com questões de identidade racial.
Palavras-chaves: Relato pessoal. Linguagem. Identidade racial.
89
assunto; dessa forma, optou-se por realizar um estudo empírico qualitativo, analidando um
contexto real de sala de aula. O estudo será realizado na Universidade Federal de Santa Catarina,
através de uma pesquisa-ação, em que o professor/pesquisador atuará em duas turmas com o
mesmo nível de inglês. Os dados serão coletados por meio de observações de aula gravadas e um
diário de aula. Serão apresentados dados parciais neste Encontro, por se tratar de uma pesquisa
de mestrado ainda não finalizada.
Palavras-chave: Língua. Cultura. Interculturalidade.
90
como tem feito trabalhar sentidos outros sobre a ditadura no Brasil. Para isso, analisaremos
fragmentos de dois documentários que já foram organizados a partir dos trabalhos da CNV:
Verdade 12.528 (2013) e Em busca da verdade (2015), apontando para o modo como diferentes
materialidades significantes podem provocar diferentes deslizamentos em torno de um mesmo
tema. Nosso propósito é discutir justamente a tensão entre estas diferentes formas discursivas, o
Relatório e os documentários, a partir de nossa inscrição na Análise do Discurso (AD) de linha
francesa. Constitui material de análise, na forma de sequência discursiva (SD), alguns recortes
do Relatório Final da CNV e a transcrição de entrevistas realizadas para a confecção dos
documentários e a transcrição de depoimentos que os documentários trazem das audiências
promovidas pela CNV.
Palavras-chave: Ditadura. Comissão Nacional da Verdade. Documentário.
91
A COMPREENSÃO LEITORA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: PESQUISA E
EXPERIÊNCIA DO PROJETO OBEDUC: LER & EDUCAR
Claudia Finger-Kratochvil (UFFS)
Angela Cristina di Palma Back (UNESC)
Ana Claudia de Souza (UFSC)
Resumo: Considerando o desafio de ensinar a ler e escrever, o professor, ou seja, o formador de
leitores (e escritores), apresenta-se como um dos importantes aliados na superação das lacunas
que têm sido apontadas, nas últimas décadas, pelas diferentes instituições, governamentais ou
não, que se preocupam com a leitura e a escrita. A leitura envolve uma gama complexa de
processos sociopsicolinguísticos que exigem formação sistemática do docente para o processo de
ensino e aprendizagem da leitura, na formação inicial ou continuada, para qualquer etapa da
formação acadêmica. Por essa razão, conhecer o que pensa e o que sabe, além do que carrega em
sua bagagem pela experiência e pela sua formação - seja ela, primeira formação, continuada e,
até mesmo, inicial - é muito importante para que qualquer trabalho, seja de formação ou
intervenção na escola possa ser realizado. Os trabalhos do projeto, em rede, OBEDUC: Ler &
Educar, em três instituições do Sul do país, têm revelado a necessidade urgente de qualificar a
formação inicial e continuada dos professores, observando os processos envolvidos no ensinar e
aprender a ler, independentemente da área de conhecimento (MALVEZZI; FINGER-
KRATOCHVIL, 2014; FINGER-KRATOCHVIL; BACK, 2014). A partir da análise dos trabalhos
desenvolvidos no projeto de formação e embasados em Kintsch (1998) e Kintsch; Kintsch
(2005), esse estudo volta-se à investigação do formador de leitores, focando a construção de sua
compreensão leitora, por meio dos trabalhos de sínteses elaborados para os momentos de
formação teórico-prática. Os dados, por ora analisados, indicam que o processo de formação e
compreensão leitora dos participantes ainda é frágil e aponta para a necessidade de trabalho
sistematizado: tanto para formar o leitor quanto para formar o formador de leitores que precisa
ser da leitura para sua formação continuada e contínua.
Palavras-chave: Formação de professores. Compreensão Leitora. OBEDUC: Ler & Educar.
92
como contribuições, para o delineamento das discussões teóricas, os estudos de Maffesoli (1996)
e Hall (2005), entre outros, no que tange aos processos imbricados na constituição identitária do
sujeito inserido na pós-modernidade. Para a questão da língua, na perspectiva
sociointeracionista, os contributos são de Bakhtin (1988) e Bortoni-Ricardo (2004). Os
resultados obtidos nas discussões permeadas evidenciam que, a identidade torna-se múltipla e
fragmentada, resultando em um hibridismo cultural (HALL 2005). Desse modo, com foco no
objeto em análise, a língua, pode-se perceber, em comunidades que receberam fluxos
migratórios, a exemplo do Brasil, as transformações tanto na ordem da fala quanto da escrita.
Inserindo, além de expressões, que, para os linguistas, são chamadas de ‘estrangeirismos’,
representam as manifestações culturais dos diferentes povos.
Palavras-chave: Identidade Cultural. Pós-Modernidade. Sujeito Pós-Moderno.
93
Resumo: O presente trabalho busca, por meio de pesquisa bibliográfica, analisar como se dá a
representação das masculinidades na mídia impressa paranaense. Aqui se pretende discutir as
concepções acerca de gênero, a implicação destas na formação das masculinidades paranaenses
e também como o veículo midiático contribuiu para essas construções. Percebemos que o meio
impresso exerce um papel importante na disseminação de estereótipos, de como os homens
devem ser, agir e se comportar. Como embasamento teórico serão utilizados autores como
Roger Chartier, Robert Connell, Pierre Bordieu, Elisabeth Badinter, entre outros. Para tal estudo,
foi escolhida a capa do exemplar 58 da revista O Olho da Rua, que circulou durante os anos de
1907 a 1911. O conteúdo da revista traz temas variados indo de humor à economia, sendo as
capas, em sua maioria, ilustradas e coloridas. Além disso, a O Olho da Rua se tornou conhecida
pelas críticas ali expostas, principalmente por estarem relacionadas à política da época. A
ilustração selecionada para estudo, diz respeito ao período que antecede a Guerra do
Contestado, onde o Estado do Paraná faz uma provocação ao Estado de Santa Catarina, tentando
provar que é mais forte e que está disposto a lutar pelo território. Percebe-se que ao longo da
história, a sociedade vem se modificando tanto em aspectos culturais quanto sociais, ficando
cada vez mais difícil recorrer a conceitos e modelos tradicionais pré-formatados para se referir a
representações de gênero.
Palavras-chave: Impresso. Masculinidades. Gênero.
94
A CULTURA TRADUZIDA E A CULTURA EM TRADUÇÃO: A LITERATURA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA NA REVISTA GRANTA
Lilia Baranski Feres (UNIRITTER)
Valéria Silveira Brisolara (UNIRITTER)
Resumo: Em 2011, o governo federal lançou o Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de
Autores Brasileiros no Exterior. Seu objetivo é difundir cultura e literatura brasileiras no
exterior através de apoio financeiro a editoras estrangeiras interessadas em traduzir e publicar
obras brasileiras. Dados do período 2010-2014 indicam acréscimo nos números de países
participantes e de obras publicadas a partir das bolsas, apontando para a importância e a
repercussão de iniciativas desse porte. Paralelamente, em 2012, é publicada a edição inglesa
n.121 da revista literária Granta – The best of young Brazilian novelists (2012b), traduzida a
partir da edição n.9 da Granta em português (2012a). O volume é fruto do programa federal e
objetiva apresentar “os melhores escritores brasileiros” da contemporaneidade por meio de um
conto por autor. A análise das traduções partiu dos elementos linguístico-culturais para
determinar se são mais domesticadoras ou estrangeirizadoras (VENUTI, 1995). Os resultados
indicam que, em geral, a tradução dos nomes próprios é mais estrangeirizadora, permitindo ao
leitor se deparar com outras culturas. Por outro lado, a tradução dos demais termos culturais
(substantivos, adjetivos, metáforas, etc.), no geral, é mais domesticadora; as especificidades
culturais são neutralizadas, impossibilitando o leitor de conhecê-las. Contudo, os métodos de
tradução não foram adotados de forma consistente, mostrando que os tradutores, numa mesma
obra, adotam ora uma estratégia, ora outra, evidenciando falta de consciência do impacto e dos
desdobramentos oriundos de suas escolhas tradutórias. Ademais, grande parte das obras
apresenta uma escrita estrangeirizadora na própria língua de partida (português), sugerindo
uma literatura brasileira de repertório universal. Assim, conclui-se que medidas que visem ao
incremento da participação brasileira no cenário literário mundial devem vir acompanhadas de
maior atenção para a forma como nossa literatura está chegando ao outro, sob pena de fomentar
estereótipos e divulgar discursos inverossímeis sobre nossa cultura.
Palavras-chave: Tradução. Cultura. Literatura brasileira contemporânea.
95
Palavras-chave: Dicotomia. Bem versus mal. Matéria vertente.
A DISSOLUÇÃO DA CARNE
Vanessa Zucchi (PUCRS)
Resumo: Em seu famoso ensaio O erotismo, Georges Bataille (1987) defende que o desejo
erótico é sintomático da descontinuidade a que os sujeitos estão condicionados, por isso, está no
âmago da nossa existência, podendo assomar em qualquer momento da vida. O “erotismo dos
corpos” procede dessa busca por continuidade e culmina com o ato sexual – que não é
essencialmente erótico. Nessa perspectiva, as iniciações erótica e sexual podem acontecer em
momentos díspares, com particularidades dissonantes. A partir dessa asserção, esse trabalho
tem por objetivo analisar o conto “Artistas e modelos”, da escritora Anaïs Nin, de modo a
elucidar as etapas da vivência erótica da protagonista. Centrado nos movimentos que precedem
a instauração do desejo, ou seja, focalizando menos a experiência do que o despertar erótico, a
estrutura narrativa do conto acompanha os movimentos característicos da vivência erótica
abordados por Bataille. Através dessa leitura, espera-se evidenciar os recursos narrativos que a
escritora adota para figurar a experiência metafísica erótica nos parâmetros batailleanos.
Palavras-chave: Erotismo. Bataille. Anaïs Nin.
96
Resumo: A presente comunicação oral visa apresentar os resultados parciais da pesquisa de
tese em andamento, que trata do modo como o sujeito-criança elabora suas produções escritas e
ressignifica sentidos e dizeres que marcam a entrada da criança no universo da alfabetização. A
pesquisa foi desenvolvida durante o ano de 2012, em uma escola da rede particular de Tubarão,
turma do III infantil, com crianças de 4 e 5 anos. Pautados na análise do discurso de linha
francesa de Michel Pêcheux, compreendemos que a interpretação da criança está relacionada
com a ordem da língua e da discursividade. Após um ano de observação de como a criança
elabora a produção escrita, organizamos o nosso arquivo em quatro funcionamentos discursivos
que marcam os efeitos de sentido durante a elaboração. Desse modo, observamos que,
inicialmente, a criança movimenta os sentidos em torno de traços que nos remetem ao desenho
e a escrita, sem a distinção dos mesmos. Posteriormente, a separação começa a acontecer num
processo de construção e reconstrução dos sentidos em que o desenho e a escrita vão ganhando
um espaço próprio na produção. A cada funcionamento a produção se estrutura seguindo certas
regularidades, tanto no diz respeito aos traços do desenho, quanto da língua escrita. De acordo
com Pêcheux (2010, p. 52), podemos dizer que processos de repetição e regularização levam a
criança a compreender o funcionamento do desenho e da língua escrita. Entre as primeiras
produções e as últimas, observamos que a memória recorta os sentidos e atualiza-se no
momento de cada elaboração, sendo responsável pelos sentidos que dela derivam.
Palavras-chave: Educação Infantil. Produção Escrita. Sentidos
97
conforme a progressão do enredo. Através da leitura da obra, é feita uma análise da narrativa,
buscando identificar os traços que a aproximam de uma feição marginal de escrita, conforme as
distinções teóricas de Sergius Gonzaga, em estudo da questão. Com a análise, é possível perceber
o teor marginal expresso no personagem Anísio, pela sua origem, linguagem e vestimentas, e
conforme a narrativa se desenvolve, ele adquire o poder de decisão em uma construtora, por
causa de sua relação amorosa com uma das herdeiras da empreiteira. Sob a luz do teórico
Mikhail Bakhtin e os seus estudos referentes ao plurilinguismo no romance, é possível
identificar que, com o poder de decidir o rumo de uma empresa bem estabelecida no mercado, a
postura de Anísio se modifica, moldando a sua linguagem e a sua vestimenta conforme o
ambiente empresarial que o personagem frequenta, evidenciando, assim, a transitoriedade da
figura marginal para uma figura corporativa.
Palavras-chave: Narrativa. Personagem. Marginal.
98
uma oportunidade. Atualmente o cenário não é muito diferente, pois ganeses, haitianos,
senegaleses têm saído de seus países e se deslocado, entre outros, para o Brasil, numa tentativa
de melhorar sua condição econômica. Nesse sentido, nos últimos anos, Santa Catarina recebeu
uma grande leva de imigrantes, que se instalaram ao longo do estado. Em Tubarão, a UNISUL
conta um grupo de imigrantes ganeses que participam de aulas de Língua Portuguesa, a fim de
aprimorar sua comunicação e seu contato com os brasileiros. Aprender uma segunda língua,
nesse entendimento, é aventurar-se em outras culturas, em outros espaços, partindo de uma
identidade – valores, crenças, concepções – construída na primeira língua. Vale dizer que as
línguas, em geral, carregam traços, características culturais, o que significa dizer que a
identidade do sujeito, na Língua Estrangeira, nesse caso, a Língua Portuguesa, é também fruto de
outras relações, de interferências de sua Língua Materna. Com base nessas questões, queremos
pensar a identidade e a memória do imigrante, enquanto sujeito afetado ideologicamente pelas
relações de sentido que se estabelecem nesse outro lugar que agora ele vem ocupar, um lugar
não seu, mas que ele deseja/necessita.
Palavras-chave: Imigrante. Língua Materna. Identidade.
99
da linguagem, de modo geral. A etiologia pode envolver fatores orgânicos,
intelectuais/cognitivos e emocionais. A afasia, por exemplo, é um distúrbio de linguagem
causado por uma lesão cerebral adquirida. Conforme a extensão e a localização da lesão
cerebral, a pessoa, que ainda possui a linguagem, pode apresentar dificuldades para acessá-la
e/ou articulá-la. A fim de garantir o diagnóstico e o prognóstico e, da melhor maneira possível,
entabular condutas para efetuar o processo reabilitatório, com o intuito de reestabelecer da
forma mais integral possível os padrões de conectividade na área neurológica lesionada, é
fundamental considerar os fatores socioculturais e econômicos e o grau de severidade
apresentados por cada indivíduo, uma vez que, através dessas categorias, é possível verificar se
a reabilitação do paciente afásico será profícua ou não. Portanto, cabe a esta pesquisa analisar a
influência do grau de severidade e dos fenômenos socioculturais e econômicos no processo
reabilitatório de afásicos. Este estudo resultará na minha dissertação de mestrado.
Palavras-chave: Cognição. Afasia. Reabilitação.
Palavras-chave: Afasia. Distúrbios de linguagem. Fatores socioculturais e econômicos.
100
amor e no afeto, independentemente do sexo, foi um longo caminho. O Estado, por meio de
normas e leis, também vem, ao longo dos tempos, normalizá-la/normatizá-la. Pelo viés
discursivo, compreendemos a família como uma das instituições políticas que compõem o
espaço urbano e que tem ganhado visibilidade na formação social brasileira, seja pelas suas
novas configurações, por ter sido palco de barbáries, por ser alvo de leis, ou por ser o lugar em
que determinados sentidos são produzidos e outros são apagados ou interditados. Esse projeto
tem por objetivo analisar, em materialidades significantes que circulam na mídia impressa e/ou
digital, os sentidos de família e os deslocamentos presentes nos discursos sobre/em torno dela,
bem como que efeitos de sentido irrompem por esse discurso. Também nos interessa explicitar
como o público invade o privado, produzindo seus efeitos e, mais especificamente, como o
Estado determina a forma de existência da família moderna.
Palavras-chave: Instituição Política. Família. Espaço Urbano.
101
Resumo: O objetivo deste estudo está pautado na memória histórico-linguística do sujeito
imigrante alemão do norte de Santa Catarina - Brasil e como se constitui essa memória desse
sujeito da linguagem na prática discursiva, produzida por fatos históricos, particularmente na
campanha de nacionalização do Estado Novo (1937-1945) no Governo de Getúlio Vargas,
gerando uma política linguística nacionalista e de interdição da língua alemã em detrimento da
língua portuguesa. Para isso, apresentar-se-á um percurso pela Análise do Discurso da linha
Francesa de Michel Pêcheux, mobilizando um dispositivo teórico e analítico que sustentará uma
reflexão sobre a interdição da língua como objeto simbólico de identificação do sujeito imigrante
alemão. Para a análise desse objeto de estudo, serão apresentados alguns recortes do Decreto-
Lei nº 1545 de 25 de agosto de 1939 que regia a política do nacionalismo, determinando um
acontecimento histórico-linguístico fundado nas ideologias nacionalistas do Estado Novo que
tinha como função silenciar a língua alemã. Decorrentes desse Decreto-Lei também serão
apresentados depoimentos da memória desses sujeitos que foram protagonistas da interdição
linguística, imposta pelo nacionalismo de Getúlio Vargas. Serão analisados os enfretamentos e os
atravessamentos desses discursos autoritários: o jurídico, o político e pedagógico.
Palavras-chave: Discurso. Língua. Memória.
102
A LEI DA IMPRENSA E O FUNCIONAMENTO DO DISCURSO JORNALÍSTICO BRASILEIRO
Giovanna Benedetto Flores (UNISUL)
Resumo: Ao longo de quase 200 anos de imprensa no Brasil, o jornalismo brasileiro passou por
diversas transformações. Com a virada do século XIX para o século XX, o jornalismo que antes
era basicamente opinativo, se transforma em uma imprensa informativa. As marcas desta
transformação, da industrialização da imprensa, podem ser observadas na valorização da figura
do repórter, principalmente nos periódicos que circulavam no eixo Rio-São Paulo. O século XIX
foi marcado de inúmeros debates e discussões entre os jornalistas conservadores e liberais. Por
parte dos liberais havia uma defesa da abolição da escravatura e a mudança do regime político
para o sistema republicano. Fora pesquisando sobre esse cenário de confronto que meu olhar
recai sobre os acontecimentos históricos que foram marcados nos periódicos brasileiros. Meus
gestos de análise se debruçam tanto no século XIX como no século XX, buscando compreender
discursivamente as mudanças que a Lei de Imprensa produziu no discurso jornalístico
brasileiro. Para tanto, tomo como base teórica a Análise do Discurso, conforme proposto na
França por Pêcheux nos anos de 1960 e seus desdobramentos e avanços no Brasil proposto por
Orlandi, a partir de 1990. Quando pensamos a Lei da Imprensa no processo histórico-social
determinante dos sentidos, entendemos discursivamente a história como historicidade, ligada à
questão da linguagem e à do sujeito, contrapondo o conceito de historiografia como produtora
de dados e de conteúdos, numa dimensão temporal expressa como cronologia e evolução.
Portanto, analisar discursivamente os periódicos do final do século XIX e início do século XX, na
perspectiva discursiva trata-se de um gesto de compreensão e até mesmo de “atualização” dos
modos de relação da mídia com o processo político do Brasil, no sentido em que o político é
constitutivo no processo de inscrição dos sujeitos do no laço social.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Discurso Jornalístico. Historicidade
103
permite. Em relação aos prólogos dos dois críticos, resguardando a função social de cada um e
suas especificidades, podemos afirmar que a leitura de ambos é influenciada pelo conhecimento
que já possuem de outras obras e da evolução do gênero romance desde o século XVI, época da
primeira publicação de Dom Quixote, para os tempos atuais.
Palavras-chave: Prólogos. Estética da recepção. Romance.
104
responsiva à situação linguística do país. O corpus constitui-se de discursos de formandos e
formadores em sala de aula e de dispositivos orientadores do ensino e formação de professores.
Os resultados parciais da pesquisa apontam a existência de uma prática discursiva na qual o
sujeito se estabelece numa pedagogia de variação, homogeneizando as práticas pedagógicas do
ensino do Português como primeira e como segunda língua.
Palavras-chave: Português europeu/Moçambique. Ensino e formação de professores de/em
Português. Práticas discursivas. Práticas pedagógicas.
105
teoria de Maurice Blanchot, em seu livro O espaço literário (2011) e de Michel Foucault, em sua
conferência publicada O que é um autor? (2009). Tendo em vista os aspectos citados por
Blanchot no momento da criação literária, serão apresentados elementos que evidenciam como
se realiza o “apagamento do autor”, um dos princípios éticos da escrita contemporânea, segundo
Foucault. Além disso, de acordo com a teoria de Julia Kristeva, em seu livro: Estrangeiros para
nós mesmos (1994), será apresentada a análise da construção da personagem Macabéa, a qual se
relaciona intimamente com o “eu” que narra justamente por lhe causar estranheza, pois é
possível observar que por meio da diferença que há entre narrador e personagem se manifesta,
de forma bastante explícita, a necessidade de escrever; contar a história de Macabéa; dar vida a
essa personagem já existente no interior desse narrador.
Palavras-chave: Escrita. Autor. Narrador.
106
influência das histórias narradas/ouvidas. A elaboração do texto contempla a tese de que a
literatura, neste caso, a narrativa literária confere uma espécie de conhecimento que não é
mensurável, não é considerado científico, mas contribui para os processos de constituição
psicológica dos leitores ou ouvintes. Inclusive, ela contribui mais do que muitas outras preleções
dogmáticas, legais, ou morais, e pode levar os indivíduos a agirem, a se modificarem. Vigotski,
bastante imbuído pela narrativa do contista russo Tchecov, constrói um significativo arcabouço
teórico-psicológico a respeito da influência da narrativa literária na construção do psiquismo
infantil. A criança se educa do ponto de vista estético a partir da prática de ouvir boas narrativas
literárias, pois, a exemplo do que acontece quando brinca, ela usa sua imaginação e vivencia
experiências que podem auxiliá-la na superação de conflitos. Nesse processo, o adulto, professor
ou familiar, age como um mediador possibilitando que o leitor/ouvinte infantil amplie sua zona
de desenvolvimento proximal. Após discorrermos sobre alguns aspectos teóricos, esboçamos
uma análise da história infantil “Macaquinho” de Ronaldo Simões Coelho, buscando mostrar
possíveis efeitos da literatura no desenvolvimento do interlocutor infantil. Nesse momento,
mencionamos o fato ocorrido com a criança da Educação Infantil, a partir da leitura dessa
história em sala de aula.
Palavras-chave: Psiquismo infantil. Narrativa Literária. Conhecimento.
107
analisados os parâmetros acústicos de duração, formantes orais, formantes nasais (Fn1 e Fn2) e
análise espectral (FFT e cepstro), comparando-os com as vogais nasais e orais. O corpus
analisado foi formado por um conjunto de logatomas. A pesquisa contou com cinco sujeitos
normais, dois do sexo masculino e três do sexo feminino, sem patologias de fala. Todos os
sujeitos são naturais de Florianópolis e residem nesta cidade. Além dos parâmetros acústicos, os
dados foram analisados segundo duas variáveis: a tonicidade e o sexo. O arcabouço teórico da
Fonologia Gestual foi utilizado para justificar os resultados. Os achados desta pesquisa apontam
para uma duração maior das vogais nasalizadas, quando comparada com sua contraparte nasal.
Os formantes orais aparentemente não distinguem uma vogal nasal de uma nasalizada. A análise
espectral (FFT) aponta a presença dos efeitos da nasalidade na porção mais próxima a consoante
nasal. As vogais nasalizadas em sequência VCn, são gestos que se realizam em fase, constituindo-
se num fenômeno gradiente.
Palavras-chave: Fonética. Vogais nasalizadas. Análise acústica.
108
perspectiva de investigação qualitativa com enfoque interpretativo. Primeiramente
focalizaremos a análise da publicidade e de outros discursos circulantes acerca da educação
bilíngue em jornais e revistas, além de analisar o projeto político-pedagógico da escola
participante, no que se refere à concepção de língua, bilinguismo e educação bilíngue.
Posteriormente, realizaremos entrevistas com pais e professores dessa escola, bem como com
pais de outras instituições de educação bilíngue da região metropolitana de Curitiba/PR, com o
objetivo de identificar que ideologias linguísticas (SCHIEFFELIN; WOOLARD; KROSKRITY, 1998)
orientam e dão forma às políticas linguísticas e como essas políticas alimentam as ideologias.
Espera-se, com o presente estudo, contribuir para a produção científica no campo de políticas
linguísticas no Brasil, em especial no contexto de bilinguismo de elite, uma vez que se constatou,
na revisão bibliográfica inicial, que a expansão da oferta de educação bilíngue no país ainda
carece de produção de conhecimento, como aponta Moura (2010). Os discursos sobre essa
oferta na fase inicial de escolarização, contidos tanto em políticas oficiais quanto em outras
esferas, como a mídia, trazem ideologias que podem orientar os pais na escolha do tipo de
educação para seus filhos, daí a necessidade de identificá-las, contribuindo para o maior
esclarecimento da sociedade como um todo.
Palavras-chave: Políticas linguísticas. Educação bilíngue. Ensino fundamental.
109
RESUMO: Este estudo tem como foco de abordagem a poética de Xosé Lois García, poeta que
representa um papel importante na cultura e literatura galegas, e tem como objetivo investigar
seus versos como lugar onde se exploram confluências entre memória e história. Dentre tantas
possibilidades de pesquisas acerca da memória, interessa-nos compreender os estudos
relacionados à memória coletiva, a fim de se estudar a memória do povo galego representada
pela situação sombria tão retratada nos versos de García: a violência desatada na comunidade
galega durante a Guerra Civil. A memória explorada nos versos do escritor não se identifica,
portanto, unicamente com as suas lembranças pessoais, uma vez que mesmo o pensamento
individual sendo singular, este emerge do entrecruzamento das correntes do pensamento
coletivo, ou seja, a memória individual está estreitamente ligada à memória coletiva. Quanto à
história, esta diz respeito aos grandes acontecimentos de uma nação. Nessa perspectiva, García
trabalha tanto com elementos da história quanto com os procedimentos da memória, já que seus
escritos fazem referência a acontecimentos registrados pela historiografia oficial. Trata-se de um
trabalho de pesquisa qualitativa, de natureza bibliográfica, visando a análise e interpretação de
material bibliográfico embasado em autores como Halbwachs (2004), Nora (1993), Torres
(2015), Moura (2004).
Palavras-chave: Literatura galega, História, Memória coletiva.
110
literárias é um meio propício para a observação e exemplificaçãode tal fenômeno, uma vez que
esse processo pode ser evidenciado em diversas traduções de obras literárias já realizadas ao
longo da história, das quais algumas seguiram pelo caminho da tradução domesticadora e outras
pela estrangeirizada. Este trabalho propõe-se a analisar, por meio da leitura, como o fenômeno
da alteridade se faz presente na voz do autor e como manifesta na do tradutor na tradução
interlinguística, a fim de evidenciar a presença desse elemento nas narrativas. Para isso, como
corpus de análise deste estudo será utilizada a obra Dancer (2003), do autor irlandês Colum
McCann e a tradução dessa obra para a língua portuguesa sob o título O Bailarino (2004), a qual
recria a história do bailarino Rudolf Nureiev, misturando fatos reais e fictícios. A fundamentação
teórica baseia-se, principalmente, nas ideias de Bakhtin, Spivak, Even Zohar e Lévinas, entre
outros. Espera-se que este trabalho possa contribuir como um estímulo à reflexão sobre os
estudos de leitura e de tradução de narrativas literárias, levando-se em consideração o
fenômeno da alteridade presente na linguagem.
Palavras-chave: Linguagem. Alteridade. Tradução.
111
A PRODUÇÃO NARRATIVA DE SALIM MIGUEL E AS DIFERENTES PROJEÇÕES DO AUTOR EM
SEU TEXTO
Ana Cláudia de Oliveira da Silva (UFSM)
Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar na produção ficcional de Salim Miguel as
diferentes projeções do autor em seu texto. Para tal intento, foram selecionados os livros: A
morte do tenente e outras mortes (1979), A vida breve de Sezefredo das Neves (1987), Primeiro de
abril: narrativas da cadeia (1994), Onze de Biguaçu mais um (1997), Nur na escuridão (1999) e
Reinvenção da Infância (2009). Em tais narrativas, o escritor utiliza-se de diferentes estratégias
de autorrepresentação com vistas a embaralhar as fronteiras entre vida e obra, fato e ficção. No
entanto, mesmo que suas histórias apresentem um forte teor autobiográfico, facilmente
detectável a partir de sua cronologia ou de informações paratextuais, a instância narrativa
geralmente assume uma perspectiva distanciada em relação ao que conta, como se fosse um
outro “eu” que estivesse ali a desfiar sua vida. Tem-se, assim, a criação de diferentes “personas”,
nas quais o autor projeta os seus sonhos de infância, seus anseios da juventude, seu desejo de
escrever, suas obsessões e traumas. Personagens como o “filho do seu Zé Miguel”, circunscrito ao
passado e ao âmbito familiar, e o poeta Sezefredo das Neves, relacionado ao período de
efervescência e formação literária da juventude catarinense. Diferentes projeções ficcionais que
destacam o processo de experimentação linguística de Salim Miguel – que gosta de recriar,
deformar e reinventar constante as mesmas histórias e personagens – e estabelecem com o
leitor um jogo ambíguo. Diante desse cenário, algumas questões que permeiam as escritas de si
despontam, tais como a presença do autor em seu próprio texto, a definição genérica, o pacto
firmado com o leitor, a problemática do nome próprio e da identidade, as quais tentaremos
responder, mesmo que parcialmente.
Palavras-chave: Salim Miguel. Projeções ficcionais. Escritas de si.
112
A RELATIVA LIBERDADE EM ACOSSADO, O ESTRANGEIRO E ANGÚSTIA
Marcos Hidemi de Lima (UTFPR)
Resumo: Esse trabalho busca elaborar, por meio de relações comparativas, algumas reflexões
sobre a relativa liberdade vivida por Michel Poiccard, Meursault e Luís da Silva, personagens
que, respectivamente, estão presentes em Acossado (1951), filme dirigido por Jean-Luc Godard, e
nos romances O estrangeiro (1942), de Albert Camus, e Angústia (1936), de Graciliano Ramos. As
três personagens aqui analisadas optam por uma forma de existência sem freios indo de
encontro às interdições da sociedade. Nesse sentido, a liberdade absoluta que almejam
corrobora a ideia expressa por Jean-Paul Sartre de que ser livre é uma forma de condenação.
No filme de Godard, Michel vai sendo aos poucos anulado em sua integridade existencial, ao
fazer escolhas que aqueles que estão ao seu redor julgam inaceitáveis. De modo análogo,
Meursault, o protagonista da narrativa de Camus, torna-se um estranho nas engrenagens
sociais, quando deixa de atender as expectativas que dele esperam. Similarmente, no romance
de Graciliano, após cometer um crime, o narrador-personagem Luís da Silva presume que não
existem mais amarras que o obrigue a representar uma máscara que lhe foi impingida pelos
que o cercam. Na análise das três personagens, subjaz o fato de que escolher a liberdade
ilimitada, desconhecendo a relatividade que lhe é inerente, não isenta nenhum dos
protagonistas das responsabilidades desse ato.
Palavras-chave: Questões sobre liberdade. Cinema. Literatura.
113
A REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA PRINCIPAL, NO LIVRO INFANTIL
“CARMEN”, DE RUTH ROCHA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A PERPECTIVA DO IMAGINÁRIO
Maria Aparecida Lima de Freitas (UNISUL)
Resumo: Este trabalho pretende analisar como ocorrem as construções simbólicas em relação a
uma personagem feminina na literatura infantil. Parte-se da hipótese que as representações na
literatura infantil ou infanto-juvenil recorram a imagens onde a mulher é percebida por suas
características sedutoras e ousadas em relação à figura masculina. A feminilidade não é, no
entanto, uma qualidade da qual uma mulher pode se desviar facilmente. É o que se percebe em
“Carmen”, uma adaptação da ópera, feita por Ruth Rocha. Carmen é uma cigana que vive em
Sevilha, na Espanha, por volta de 1820. A narrativa se inicia com uma marcha de crianças que
cantam a chegada dos soldados na cidade. Ao citar Carmen, o texto diz que ela “provoca” um
jovem soldado, cantando e dançando uma linda canção. Percebe-se que o simbolismo de alguns
elementos do texto é uma maneira de expressar o imaginário, já que este é representando
simbolicamente. Assim, apresenta-se uma leitura dos simbolismos, presentes no texto literário
infantil, que envolvem a personagem feminina principal, sob a perspectiva do imaginário
proposto por Gilbert Durand (2002).
Palavras-chave: Gênero. Representação. Imaginário
114
A REPRESENTAÇÃO MENTAL DA SINTAXE: ESTUDOS PSICOLINGUÍSTICOS
Anna Belavina Kuerten (UFSC)
Daniela Brito de Jesus (UFSC)
Resumo: O objetivo deste trabalho é contribuir para a compreensão do processamento da
linguagem, especificamente do processamento sintático, apresentando os resultados dos
recentes estudos psicolinguísticos e a sua contribuição para a área. A compreensão da linguagem
envolve o conhecimento do significado da palavra e a compreensão das relações estabelecidas
entre diferentes palavras em uma sentença. Esta habilidade de compreender essas relações tem
motivado vários pesquisadores a investigar a linguagem através de processamento sintático. O
resultado disso é o surgimento de inúmeros estudos, cujo objetivo é entender os diferentes
processos sintáticos no cérebro. Os principais aspectos de investigação do processamento
sintático são: processamento de violações sintáticas, processamento de estruturas sintáticas em
comparação com listas de palavras, e interação de complexidade sintática com a memória
sintática (Friederici, 2004). Os estudos recentes que utilizam os métodos neurobiológicos têm
contribuído de maneira relevante para a área de psicolinguística. Investigações que adotaram a
ressonância magnética funcional (fMRI) sugerem que o processamento sintático ocorre na área
de Broca (AB 44 e AB 45) no giro frontal inferior (Friederici et al., 2003). Já os estudos com
eletroencefalografia (EEG) detectaram as ondas cerebrais LA) e P600/SPS quando houve
violação sintática em um dado estímulo sentencial (Kaan et al., 2000; Wassenaar et al., 2004). De
maneira geral, os estudos de neuroimagem sobre a representação e do processamento da
sintaxe buscam identificar o contraste entre um conjunto de duas ou mais condições desenhadas
para diferenciar um dado processo de interesse. Evidências na literatura apontam estudos que
visaram isolar aspectos sintáticos na linguagem, utilizando contrastes tais como a comparação
de sentenças sintaticamente complexas com sentenças simples e a comparação de sentenças
contendo violações com sentenças sem violações (Kaan & Swaab, 2002). Em suma, a capacidade
humana de ler ou ouvir uma dada sentença demonstra o papel crucial da sintaxe na
compreensão normal da linguagem e na interação do indivíduo com o meio.
Palavras-chave: Processamento sintático. Neurobiologia da linguagem. Métodos
neurobiológicos.
115
classes dominantes. É no espaço urbano que essa teia/rede se constitui por meio de sujeitos, os
quais são a razão de discursos decorrentes de filiações ideológicas. O funcionamento dessa teia
depende do lugar ocupado pelos sujeitos, em dada formação discursiva e do trabalho da
memória discursiva que repete ou rompe com os discursos que circularam antes em outro lugar
e que sustentam as teias/redes instauradas pela mídia. Para desenvolver a pesquisa, recortamos
capas das revistas Carta Capital, Piauí e Revue des Deux Mondes. O foco são as designações em
torno dos acontecimentos e dos sujeitos que os desencadearam, bem como dos sujeitos e dos
países vítimas desses atentados ou atos de terrorismo. A questão é: que memórias sustentam
esses imaginários sobre o EI e deles em relação ao mundo? Como o EI constrói e se legitima?
Também mapeamos os discursos protagonizados pelo EI com vistas a verificar como diferentes
veículos de comunicação discursivizam um mesmo acontecimento e como cada um deles
constrói efeitos de evidência e de verdade, além de verificarmos como a tomada de posição dos
veículos de comunicação os inscrevem em determinadas formações discursivas.
Palavras-chave: Análise de Discurso. Revista. Estado Islâmico.
116
A TRANSFIGURAÇÃO DISCURSIVA A PARTIR DE CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE, DA
HISTÓRIA E DA LINGUÍSTICA
Silvânia Siebert (UNISUL)
Resumo: A transfiguração discursiva se dá nos gestos de leitura e realização de obras
“adaptadas” para o Cinema, a Televisão, os Quadrinhos, entre outras. O leitor/autor da nova
versão trabalha na fronteira entre a escrita e a imagem. Entendemos que esse gesto
interpretativo “emoldura” a produção de efeitos de sentidos, dando forma à encenação, realizada
em planos, cenas e sequências que envolvem elementos próprios da linguagem audiovisual,
como cenários, iluminação, atores, figurinos, movimentos, etc. Para a análise discursiva das
diferentes textualidades apresentadas entendemos ser importante a observação do processo
enunciativo dos adaptadores, uma vez que será por meio do gesto de leitura/interpretação por
eles realizados que refletiremos sobre este movimento de ler uma obra e realizar outra versão.
Buscamos ampliar este conceito a partir de contribuições da psicanálise, da história e da
linguística.
Palavras-chave: Transfiguração. Encenação. Gestos de leitura.
117
principal. Este realiza uma viagem de Porto Alegre para Londres, um momento central em sua
vida, que ocupa um papel definitivo em sua construção identitária e na busca por superação de
seus traumas. Isso porque, após algumas situações difíceis – como o suicídio da ex-namorada e
um acidente de carro que quase o deixa tetraplégico – o deslocamento aparece como
possibilidade única de fuga e reconstrução de si. Objetiva-se então com este trabalho perceber
de que forma os acontecimentos traumáticos pelos quais o personagem passa o induzem a
buscar o deslocamento e de que forma a viagem pode ser definidora em sua vida. Além disso,
visa-se a pensar a situação de auto-exílio em que ele se coloca, seu caráter estrangeiro em
relação àquele mundo e o desenraizamento que permeia sua estada em Londres. Como aporte
teórico para este estudo serão utilizadas as idéias de teóricos como Zigmunt Bauman, Tzvetan
Todorov e Julia Kristeva.
Palavras-chave: A maçã envenenada; Auto-exílio; Desenraizamento
118
Resumo: Entende-se, hoje, como importante a familiaridade do professor com novas
ferramentas tecnológicas (GIMENEZ; RAMOS, 2014) a fim de se ampliarem as possibilidades de
sucesso na sala de aula. Desse modo, este Simpósio Temático apresenta trabalhos de pesquisa
relacionados ao tema Ensino de Línguas com Tecnologia, envolvendo, especificamente, três
abordagens que podem ser usadas com recursos digitais e baseados no uso de computador, a
saber, abordagem embasada em conteúdo (GRABE; STOLER, 1997), abordagem embasada em
projetos (BOSS; KRAUSS; CONERY, 2007) e abordagem embasada em tarefas (ELLIS, 2003;
SKEHAN, 2003) que podem ser usadas para o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras,
especificamente o Inglês. Os objetivos desta apresentação são: (a) caracterizar cada abordagem,
com referencial teórico na área; e (b) fazer uma reflexão sobre como cada uma pode ser usada
para ensino e aprendizagem de língua estrangeira. Assim, com a apresentação das três
abordagens e reflexão sobre o uso de cada uma, espera-se contribuir para a prática docente de
professores de inglês como língua estrangeira relativamente aouso de tecnologia digital.
Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem. Língua Estrangeira. Tecnologia Digital.
119
africanas. A presença de personagens negras ou de elementos da cultura africana e afro-
brasileira em narrativas de recepção infantil e juvenil, produzidas no Brasil, quase que inexiste
anteriormente à década de 1970, e quando tal fato acontece tem as marcas da submissão, do
serviçalismo, ou do apiedamento (DEBUS, 2013, p.103). Tais discussões que podem ser
observadas em Rosemberg (1985), Bazzilli (1999), Oliveira (2003), Jovino (2006). Esta proposta
de investigação pretende se inserir nessa discussão, colocando em questão quais visões de África
e de africanidades se podem ter a partir da literatura infantil e juvenil, focalizando as discussões
por meio da análise de contos em língua espanhola de países falantes de espanhol. A questão
cultural aparece na discussão sobre estereótipos a partir de Hall (2010). Pode-se dizer que os
primeiros traços de africanidades levantados são a grande presença de animais nos contos, ou os
chamados contos de animais, e também o caráter educativo das narrativas, característica
herdada dos textos orais africanos. Esta apresentação dará prioridade ao levantamento
bibliográfico sobre literatura infantil e juvenil, suas relações com a representação de negros e
negras e as africanidades.
Palavras-chave: Literatura infantil e juvenil. Africanidades. Bibliografia.
120
alteridade, especialmente nos discursos da mídia, mas que na prática pouco se vê. Prova disso
são os relatos diários que nos chocam pela violência e pelo desrespeito à vida humana. A
atualidade está, na verdade, imersa em um profundo esquecimento do Outro. Isso a literatura já
denunciou e continua apontando para uma futura amnésia em que as pessoas talvez não mais se
reconheçam como iguais, como seres humanos. A violência é, pois, tema da literatura, que se
empenha em discutir esse fenômeno social que marca a história da nação brasileira desde a sua
fundação. Pensando nisso, faz-se necessário pensar a literatura que aborda relações de violência,
para que o leitor reflita sobre como são representadas, nesse tipo de literatura, as relações de
alteridade entre as personagens. Nesse sentido, este trabalho objetiva analisar dois contos do
escritor Rubem Fonseca, Passeio Noturno parte I e O Outro, do livro Feliz Ano Novo, sob a
perspectiva da “Alteridade”, com base em Emmanuel Levinas. Para este, a relação humana de
alteridade se dá face-a-face, no contato com o “Outro”, em que até a própria filosofia nasceria. Ou
seja, nasce não mais da Ontologia, mas da Ética. A partir dessa proximidade com o estranho,
sabendo que o “Eu” possui responsabilidade intrínseca para com o “Outro”, é que o “Eu” vai
tomar a decisão de aproximar-se ou não do “Outro”.
Palavras-chave: Literatura. Alteridade. Violência.
121
Resumo: Nesta pesquisa, propomos uma aproximação entre os campos do saber do Turismo e
da Análise do Discurso (AD) pecheutiana. A AD, articulada enquanto disciplina de
interface/entremeio, exige a criação de outro corpo teórico-analítico, que se inscreva na
articulação de três regiões do conhecimento: a linguística não positivista, o materialismo
histórico e a psicanálise. O analista de discurso confronta os objetos de estudo desses campos e
busca trabalhar nas fissuras do entrechoque entre eles. Na linguística, o sentido da língua está no
non-sense, que aparece através do equívoco; no materialismo, a falha da ideologia mostra-se
através da contradição e, na psicanálise, o furo do sujeito se dá a ver nas manifestações do
inconsciente. Em sua aproximação com a AD, problematizamos o turismo a partir do
Materialismo Histórico e Dialético, tal como João dos Santos Filho propõe em sua construção
epistemológica. Tomamos o deslocamento como objeto de estudo do turismo, entendido como
expressão de um ato político de resistência do sujeito, visto que as atividades de deslocamento
nascem como um corte no trabalho, instalando o não-trabalho. Ainda que as atividades de
deslocamento sejam validadas a partir da organização do Estado e das relações de produção
vigentes, é a partir do jogo de forças entre a resistência do sujeito do inconsciente e a regulação
da ideologia dominante sobre o tempo de não-trabalho, que o furo do deslocamento se
estabelece. Esse furo é o que pretendemos observar e discutir a partir das lentes da AD para
questionar o objeto e o campo do turismo.
Palavras-chave: Análise de Discurso. Turismo. Deslocamento.
122
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a partir das formações discursivas, as
diferentes nomeações pedagógicas que aparecem no vídeo documental “La Educación Prohibida”
(2012). Pela teoria da AD as formações discursivas permitem compreender os processos de
produção de sentidos, a sua relação com a ideologia e a possibilidade de estabelecer
regularidades no funcionamento dos discursos como propõe Orlandi (2012). Já para pensarmos
as nomeações pedagógicas o interesse é pelo funcionamento dos nomes e as especificidades que
os designam. Caminho que teórico se dará através da Semântica do acontecimento em
Guimarães (2005). As nomeações que nos referimos pertencem às várias pedagogias e são
mantidas pelos discursos das ciências da Educação, sustentados, por sua vez, por discursos
outros nos âmbitos sócio-histórico e ideológico. [Re]pensar a escola contemporânea e os
discursos que a sustentam é um desafio. Escola que na sua forma atual, surge com as exigências
de uma sociedade industrial e da constituição do Estado Nacional, avança pelos séculos visando
romper as condições de dominação, de autoritarismo e do capital. Nesta perspectiva o
movimento da Escola nova, nos anos 20 veio criticar o tradicionalismo da educação e procurou
inovar com a proposta de que a escola fosse um ambiente de formação, onde o aluno fosse
ouvido nas suas necessidades básicas e que da escola saísse um “homem novo”. (LIBÂNEO,
2006). Freire (2014) vai contestar a aparente neutralidade do “novo”, na educação do país, pois
há também nesse modelo de educação formas domesticar para dominar. O documentário é
tomado como gesto de leitura para pensar como estas formações discursivas fortemente
marcadas por um discurso autoritário da/na escola.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Semântica Enunciativa. Pedagogias.
123
Canal Futura a partir de 2012. Para atingir tal objetivo discutiu-se, primeiramente, a importância
da TV no cotidiano dos brasileiros, a sua capacidade de educar através da fruição e como a
mensagem televisional nos afeta através das interpelações dos signos que compõem a
linguagem. Após essa reflexão, procurou-se contemplar as definições teóricas que envolvem a
metodologia da análise semiológica proposta por Eco (1979), também a importância da
recepção, dos receptores-leitores da mensagem, proposta por Jauss (1994) e os cuidados na
desconstrução e reconstrução da análise fílmica descritos por Vanoye & Goliot-Lété (1994). Na
pesquisa, por fim, os conceitos foram aplicados no exercício da identificação dos códigos e
subcódigos na estrutura narrativa (Eco, 1979) na série de TV investigada.
Palavras-chave: Análise Semiológica. Linguagem Audiovisual. Educação.
124
KÖVECSES, 2006; ZIEM, 2014). Como corpus de estudo, foram utilizados acórdão da ADPF 54,
bem como as notas taquigráficas que registram os depoimentos das quatro audiências públicas
realizadas durante o processo. Esses dados foram processados pela ferramenta Sketch Engine. O
primeiro passo da análise consistiu na descrição do frame feto anencéfalo a partir das facetas de
conhecimento presentes em cada subcorpus, seguindo a metodologia de identificação de slots
proposta por Ziem (2014). Em seguida, verificou-se como essas facetas resultavam em
perfilamentos diferentes Os resultados mostraram que, no processo como um todo, predominam
as conceptualizações em que feto anencéfalo é conceptualizado por meio de perfilamentos
contra slots como [anomalia], [morte] e [ausência de atividade neurológica], negando-se ao feto
anencéfalo a proteção jurídica dada a outros fetos por meio da Constituição.
Palavras-chave: Frames de Compreensão. Perfilamento. ADPF 54.
125
Palavras-chave: Discurso online. Arquivo de leitura. Análise de discurso.
ARTE E LINGUAGEM: LEITURA DAS NARRATIVAS NAS OBRAS DE CHACHÁ (RICHARD CALIL
BULOS)
Monalisa Pivetta da Silva (UNOESC)
Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL)
Resumo: Este estudo sublinha a articulação das linguagens verbal e não verbal, tendo como foco
a linguagem artística, procurando destacar o papel das artes no Ensino. Partiu-se do pressuposto
que a imagem de cenas pode evocar narrativas, promovendo a articulação entre a pintura e
literatura. Observa-se que na contemplação de uma tela (linguagem artística) pode-se pensar em
narrativas pelas imagens colocadas em cena. Assim, investiga-se a relação entre as linguagens a
partir análise de imagem da obra (tela em óleo) do artista plástico Richard Calil Bulos, o Chachá,
avaliando os elementos visuais e as narrativas criadas, os elementos da teoria literária. A
linguagem, por meio de narrativas, revela como o homem compreende a própria existência. A
análise das obras de Chachá possibilita ainda, conhecer peculiaridades de sua linguagem
artística em representar a vida, vivida e imaginada. A representação do cotidiano da comunidade
pesqueira do município catarinense também reflete o cotidiano de muitas outras comunidades.
As telas são promovedoras de narrativas que desvelam, entre outros aspectos, os tempos e os
lugares. Entende-se que a pesquisa sobre a leitura de imagem enquanto narrativa faz-se
importante à medida que enseja refletir sobre a possibilidade de ler, pensar e intertextualizar o
que se vê, além da possibilidade de articular o estudo das obras do artista, ao ensino da
literatura. Ao criar narrativas, os espectadores estariam traduzindo o não verbal para o verbal, à
medida que a obra evoca palavras.
Palavras-chave: Leitura de imagens. Narrativas. Ensino
AS (IM)POSSIBILIDADES DO DESLOCAMENTO
Juliene da Silva Marques (UNISUL)
Resumo: Este estudo terá como objeto de análise a mobilidade humana e as formas de
(sobre)vivência das protagonistas colombianas Mariana, Gabriel e Andrea, apresentadas no
filme estadunidense Entre nós (Gloria La Morte, Paola Mendoza, 2009). As personagens citadas
representam na diegese variadas formas de deslocamento na sociedade contemporânea:
andantes, comerciantes de rua, catadores de lixo, moradores de rua, posições estabelecidas pela
imigração ilegal nos Estados Unidos. Nesse quadro serão analisadas as possibilidades de
deslocamento – entre uma posição e outra – e as impossibilidades de deslocar-se, considerando
o capital como fonte geradora desse movimento. Ainda serão investigadas teorias que analisam a
hibridização transcultural e as políticas de deslocamento na contemporaneidade. Dessa forma,
pretende-se esquadrinhar a narrativa andante do audiovisual fazendo uma analogia às
condições de transição dos imigrantes no mundo globalizado.
Palavras-chave: Deslocamento. Transculturalidade. Hibridização.
126
Resumo: Este estudo objetiva analisar o poema “As Andorinhas da Torre”, publicada em 2014
de autoria de Valdemar Muraro Mazzurana. Trata-se de um poema alusivo ao centenário do
município de Orleans, Santa Catarina, em que o autor explora, em 266 décimas, a trajetória de
vida do orleanense, principalmente aquele que habita as encostas da serra geral que circunda o
lugar. Para empreender a análise, viajamos em asas de Bachelard para pensar de que forma a
imaginação e a mobilidade das andorinhas percorrem os mitos centenários da fundação do
referido município, buscando compreender o trajeto antropológico que moveu e move os sonhos
de um imaginário que se (des) constrói a partir da deformação de imagens passadas, presentes e
futuras. Bachelard (2001) afirma que a verdadeira mobilidade, o mobilismo em si que é o
mobilismo imaginado, não é bem alertado pela descrição do real, ainda que fosse pela descrição
de um devir do real. A verdadeira viagem da imaginação é a viagem ao país do imaginário, no
próprio domínio do imaginário. E de acordo com a natureza desta viagem, é o trajeto que nos
interessaria e não a estrada. Para Bachelard, o poema é essencialmente uma aspiração a imagens
novas. Corresponde à necessidade essencial de novidade que caracteriza o psiquismo humano. A
poesia requer profundo devaneio e memória. E é do devaneio que se insinua nas asas das
andorinhas que esse estudo trata.
Palavras-chave: Imaginário. Poema. Ar.
127
apreender a obra literária pelo viés de uma hermenêutica com fundamentos sociais, a qual vê o
texto como um ato socialmente simbólico. Uma análise realizada em três níveis de leitura para o
entendimento de sua elaboração por mediações históricas. Com essa finalidade, inicialmente
faremos breves comentários sobre a bibliografia da escritora Maria Gabriela Llansol e
buscaremos discorrer sobre os fundamentos do gênero memorialístico, mais especificamente
sobre o diário, com as considerações de autores que tratam da escrita intimista para finalmente
analisar a obra como uma mediação única e particular no contexto histórico ao qual foi
imaginada, uma vez que seu diário apresenta uma subversão do gênero, quando a autora reflete
sobre assuntos como a cultura européia e de maneira significativa, trata da ditadura Salazarista
em Portugal, regime que levou Llansol para o exílio e sistema governamental que caracteriza o
seu país de origem nessa época. Assuntos tratados pela autora de uma maneira muito particular
e que apreendemos pelas estratégias de contenção propostas por Jameson.
Palavras-chave: Diário. Inconsciente político. Maria Gabriela Llansol.
128
Tomando a Sintaxe mais Simples como base, analisamos sentenças com verbos que selecionam
semanticamente uma subpredicação e aplicamos testes de constituência para verificar em quais
casos esses verbos licenciam um constituinte sintático como complemento. Nos casos em que é
atestada a formação de constituinte, a subpredicação é projetada sintaticamente como uma
small clause (SC); nos demais casos, a relação de predicação se dá diretamente com o verbo e,
portanto, não é formada uma SC. Os resultados mostraram que muitos verbos tradicionalmente
considerados selecionadores de SC pela tradição gerativa não o são, embora estabeleçam uma
relação de subpredicação no nível semântico. Constatamos que a postulação de complexidade
estrutural e de uniformidade de interface entre esses níveis deve ser empiricamente motivada.
Palavras-chave: Subpredicação. Sintaxe mais Simples. Uniformidade de Interface.
129
entendimentos propostos por Hans-Georg Gadamer (2005) acerca da leitura interpretativa e
hermenêutica filosófica com o objetivo de identificar aspectos como a ironia e a sátira que
permeiam a obra As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. A fim de averiguarmos as críticas
veladas que compõem sua narrativa, atemo-nos aos relatos dos costumes e singularidades desse
universo em comparação com o mundo de nosso narrador, “ouvindo”, como pano de fundo, a voz
irônica que emerge à superfície da história. Em um segundo momento, observamos o tom
concedido por Jonathan Coe (2001) à releitura de Swift em um texto que abrange o público
infantil. Conscientes de que tanto a literatura infantil como a infantojuvenil dispõem de recursos
que vão para além do texto escrito, exploramos também nesse segundo momento a influência de
alguns artifícios narrativos, como, por exemplo, os recursos imagéticos, que induzem o jovem
leitor a desvelar o âmago do texto exposto ao aguçar sua capacidade de interpretar outros
signos. Enfim, tencionamos, através da observação do diálogo entre as duas composições,
investigarmos se a essência do texto-fonte, apesar das modificações sofridas, é mantida ou não
em sua adaptação, reforçando a busca pela entonação crítica e reflexiva que é encontrada na
obra de Swift.
Palavras-chave: As viagens de Gulliver. Ironia. Adaptação infantil.
130
Resumo: O que está implícito no ato de ler é o que o presente artigo se propõe a debater. Por
meio de uma discussão teórica baseada em Pöppel, Ausubel, Fauconnier, Flôres entre outros,
busca-se apontar e problematizar aspectos que dificultam a compreensão leitora, na tentativa de
compreender os meandros do processamento cognitivo e de como o aluno chega à compreensão
total do texto, alcançando assim a consciência metapragmática. Neste sentido, o presente artigo
se propõe a apontar e discutir aspectos que possam dificultar a compreensão leitora.
Enfocaremos de início o conceito de tempo, defendido por Pöppel, tentando compreender a
janela do tempo (window time), ou seja, o tempo que o cérebro demora para processar uma
informação. Depois, partindo deste conceito, discorreremos sobre a Teoria dos Espaços Mentais
de Fauconnier, sobre o conceito de subsunçor de Ausubel e questões referentes à memória e à
decodificação, que podem representar obstáculos para o processamento da informação. E por
fim, abordaremos os conceitos de consciência, consciência metalinguística, para então
chegarmos na consciência metapragmática, que é alcançada quando o aluno chega à
compreensão do texto lido, situacionalmente.
Palavras-chave: Compreensão leitora. Time window. Espaços mentais.
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AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO LEITORA: DEMANDAS COGNITIVAS E LEITURABILIDADE
TEXTUAL
Lucilene Bender de Sousa (IFRS)
Lilian Cristine Hübner (PUCRS)
Resumo: Avaliar a compreensão leitora é uma tarefa que apresenta inúmeros desafios devido à
sua natureza cognitiva. Tal complexidade exige que se adotem inúmeros cuidados e critérios ao
longo do processo de construção das tarefas de avaliação da compreensão leitora. Neste trabalho
realizamos uma revisão teórica, não sistemática, sobre dois importantes fatores que podem
interferir na qualidade e eficácia das tarefas: as demandas cognitivas e a leiturabilidade dos
textos. Primeiramente, apresentamos diferentes tipos de tarefas que buscam ter acesso ao
produto da compreensão leitora, destacando seus objetivos e limitações. Juntamente, discutimos
os processos cognitivos subjacentes às tarefas que influenciam no produto da compreensão
leitora, como o reconhecimento de palavra, o conhecimento prévio, as memórias e a habilidade
de expressão verbal. Abordamos, ainda, os métodos quantitativos e qualitativos de análise da
leiturabilidade dos textos, bem como os fatores que devem ser levados em consideração quando
da escolha do texto para compor as tarefas avaliativas da compreensão leitora. Por fim, traçamos
algumas considerações sobre a existência de lacunas em relação a estudos integrados capazes de
promover a interface entre a pesquisa em leitura e a pesquisa em avaliação da compreensão
leitora. Essa interface se faz extremamente necessária, uma vez que a qualidade das tarefas
avaliativas depende das concepções teóricas acerca da compreensão leitora nas quais estão
embasadas.
Palavras-chave: Compreensão Leitora. Demandas Cognitivas. Leiturabilidade.
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têm de receber críticas dos colegas e também fazer críticas. Eles reconhecem que as críticas,
muitas vezes, não se restringem a questões de trabalho, mas extrapolam para a esfera pessoal;
no entanto, eles apontam a oportunidade de crescimento e maturidade que o trabalho
proporciona.
Palavras-chave: Avaliação. Língua portuguesa. Língua e gramática.
133
documental em resgate aos aspectos históricos e culturais dessas duas cidades paranaenses.
Para isso, levamos em conta estudos sociolinguísticos que focalizassem a construção de banco de
dados e também o estudo geográfico, social, histórico e cultural das regiões eleitas para
pesquisa, como Camacho (2010), Eckert (2000, 2012), Freitag (2013), Freitag et al (2012),
Labov (1972), Loregian-Penkal et al (2013), Milroy e Gordon (2003), Mattos e Silva (2008),
Weinrich, Labov e Herzog (1968), além de outros pesquisadores. A partir de nossos resultados,
esperamos trazer contribuições a futuras pesquisas sociolinguísticas, sobretudo àquelas
dedicadas ao Paraná e ao estudo da fala eslava no Brasil.
Palavras-chave: Sociolinguística. Banco de dados. Fala eslava.
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produção em Batman: O Cavaleiro das Trevas – quadrinhos e suas releituras – influenci(ar)am as
identidades das personagens Batman e Coringa. Estas duas personagens serão os objetos usados
para mostrar o acontecimento, nesta pesquisa, da transfiguração discursiva, noção que “marca
esta posição de analisar um texto que é lido, interpretado e reescrito para funcionar em outro
meio, em outro modo de produção e significação [...]” (SIEBERT, 2012, p. 13). É fundamental se
fazer valer das condições de produção, pois “elas compreendem fundamentalmente os sujeitos e
a situação” (ORLANDI, 2005, p. 30). Esta pesquisa baseia-se também no sentido de que estes
dois personagens/sujeitos, desde sua criação até hoje, nunca foram concretos, sempre com
reinvenções/reindentificações. Reforça-se, dizendo-se que “a identidade plenamente unificada,
completa, segura e coerente é uma fantasia” (HALL, 2011, p. 13). Nessa perspectiva, entendemos
o discurso como efeito de sentidos entre os interlocutores. Com a investigação de tais
personagens, mirando materialidades de cunho literário, amplia-se um viés, ainda jovem em
Análise do Discurso, sendo este descrito desta forma: formular novos estudos discursivos
através da análise de obras literárias contemporâneas, principalmente as que envolvem o não-
verbal. A partir dessas considerações entende-se a importância de investigar tais materialidades
discursivas consideradas “de agora”, pois nelas observa-se a relevância dos estudos discursivos
e culturais. Dessa maneira, a investigação de Batman e Coringa, levando em conta a relação entre
os discursos dos quadrinhos e suas ramificações para adaptação (cinema, desenhos animados e
traduções), fará com que compreendamos a questão da autoria e dos gestos de leitura
determinantes para a realização desses artefatos culturais.
Palavras-chave: O Cavaleiro das Trevas. Transfiguração Discursiva. Condições de Produção.
135
leitura e da literatura nos espaços sociais periféricos e o seu papel como ferramenta de
transformação cultural.
Palavras-chave: Bibliotecas comunitárias. Práticas de leitura. Transformação cultural.
136
Palavras-chave: Cultura. Identidade. Fotografia.
137
transbordar verbo-visual que a cidade proporciona e propõe a um dos seus
habitantes/leitores/colaboradores.
Palavras-chave: Palavra. Imagem. Cidade.
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massa. Busca-se, então, difundir o uso da clareza e simplicidade na língua jurídica, em inglês e
português, para uma maior inclusividade dos cidadãos e eficiência geral na sua compreensão e
aplicabilidade. Neste desiderato, utilizam-se estudos transdisciplinares de caso comparativos à
prática estrangeira. Como resultado prático, analisam-se textos ‘antes’ e ‘após’ a aplicação das
regras de clareza e usabilidade propostas por profissionais e acadêmicos das áreas
Palavras-chave: Inglês. Linguagem Jurídica. Ensino.
COM QUE ROUPA EU VOU? UM OLHAR SOBRE A POSSE DO SEGUNDO MANDATO DE DILMA
ROUSSEFF
Silvia Caroline Gonçalves (UEM)
Resumo: Este estudo analisa os efeitos de sentidos produzidos na representação de Dilma
Rousseff em sua posse do segundo mandato pela instância jornalística. Este evento ganhou
notoriedade não apenas devido ao discurso proferido pela eleita, mas também pela atenção
considerável em relação ao seu figurino, o suficiente para emergirem muitas formulações
relacionadas ao humor (principalmente no meio digital). Apesar deste caso possibilitar a
circulação de novos enunciados, o presente artigo não tem a pretensão de discorrer sobre esse
evento especificamente. A escolha pela utilização deste título, então, reside na tentativa
metaforizar o funcionamento desse processo de deslocamento de sentidos, o qual pode
139
estabilizar ou não as práticas discursivas vigentes em um determinado contexto sócio-histórico
e que só é possível devido à heterogeneidade constitutiva de todos os discursos. Para interpretar
essas questões, serão utilizados os dispositivos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de
linha francesa. O material de análise para tal proposta são duas charges on-line de Chico Caruso,
veiculadas no site O Globo. O objetivo é entender como os efeitos de sentido produzidos por
essas charges podem legitimar ou deslegitimar a figura de Dilma Rousseff do seu lugar social de
presidente da república.
Palavras-chave: Dilma Rousseff. Charges on line. Legitimação.
140
terapêutica, superordenando a interação comunicativa, fornecemos outra perspectiva para
abordar o empirismo colaborativo. Ao relacionarmos a reestruturação cognitiva de uma crença
intermediária com estágios da modelação de metas e planos, destacamos a complexidade da
cadeia de metas e submetas que compõem uma sessão terapêutica e o quanto as intervenções do
terapeuta podem ser suscetíveis de reavaliação. Caso o plano não seja compartilhado,
compreendido, assumido pelo paciente, o processo terapêutico pode não evoluir. Terapeuta e
paciente devem construir ambientes cognitivos compartilhados, a partir de seus ambientes
cognitivos iniciais. As suposições tornadas mais manifestas pela interação comunicativa
favorecem uma aproximação destes contextos e, consequentemente, a possibilidade de o plano
de intervenção proposto pelo terapeuta ser relevante para o paciente, mesmo em cenários de
aumentos de custo cognitivo. É neste aspecto que a teoria de conciliação de metas se mostra
promissora para descrever cenários proativos de relevância.
Palavras-chave: Teoria de Conciliação de metas. Terapia Cognitiva. Crenças intermediárias.
141
busca “contribuir com a produção de estudos relativos às políticas linguísticas, às práticas e
políticas de letramentos, identidades e ensino de língua(s) em contextos sociolinguisticamente
complexos e, portanto, em contextos interculturais”; este “grupo volta-se para as relações de
poder entre os sujeitos e as línguas, para as ideologias e para as funções atribuídas às línguas em
contextos bi/multilíngues”. O estudo das ideologias linguísticas – compreendidas como
“representações, tanto implícitas quanto explícitas, que constroem o cruzamento entre
linguagem e seres humanos no mundo social.” (WOOLARD, 1998, p. 3) – constitui as pesquisas
sobre as políticas linguísticas, pois as relações que os sujeitos estabelecem entre si e com as
línguas e os modos de conceber as interações/relações sociais e as línguas configuram e são
configuradas pelas políticas linguísticas. Nesse sentido, a teoria dialógica da linguagem do
Círculo pode lançar luzes sobre os estudos das ideologias e políticas linguísticas, porquanto se
centra na compreensão de que os signos que constituem os sujeitos e constrói as
interações/relações sociais são essencialmente ideológicos. As tonalidades ideológicas dos
signos que compõem essas interações entre vozes sociais distintas se configuram sócio-
historicamente e, sobretudo, contextualmente, tecidas por e tecendo cadeias discursivas que
envolvem – mas também extrapolam – os enunciados relativos às línguas. Assim, o estudo das
ideologias e das políticas linguísticas requer que sejam analisadas as relações dialógicas que
envolvem e constituem um conjunto mais amplo de signos e enunciados.
Palavras-chave: Ideologia linguística. Política linguística. Análise dialógica da linguagem.
142
CORPO E(M) CONSTRUÇÃO: DISCURSO E TRABALHO EM UM PROCESSO JUDICIAL
Stefany Rettore Garbin (UFRGS)
Resumo: O presente estudo parte de um processo judicial de Acidente de Trabalho, ocorrido em
um prédio em construção. Trago o acidente como materialidade para pensar sujeito e trabalho
através da língua. A leitura do processo é feita pelo viés do dispositivo teórico-analítico da
Análise de Discurso (AD) de linha pêcheutiana. Na teoria, um dos modos de visualizar o sujeito é
através do corpo. Lugar de inscrição do discurso, este corpo-acontecimento que se acidenta é
efeito de sentido no sujeito que se constitui entre a língua e a ideologia. No corpo trabalhador
irrompe o impossível de dizer e de não dizer. Sendo o ser-em-falta, do inconsciente, que falha, o
acidente é sintoma daquilo que retorna na forma que o trabalho pode assumir para o sujeito:
pulsão de morte. A justiça condiciona os dizeres possíveis como verdadeiros ou falsos, formando
uma rede de proposições lógicas que devem resultar numa conclusão definitiva que incidirá na
decisão do juiz. O processo judicial depende da unidade, da homogeneidade e da transparência
dos sentidos. No processo analisado, procuradoria e polícia narram o acidente, mas parecem
incapazes de nomear o que aconteceu. Na pretensão da verdade e da totalidade, o testemunho
do traumático se marca no equívoco da língua. Segundo Michel Pêcheux, a necessidade universal
de um mundo semanticamente estável começa com a relação de cada um com seu corpo e seus
arredores imediatos. Mas, no caso analisado, a discrepância dos pré-construídos judiciais não
aponta para o assujeitamento completo, mas para sua falha. A evidência satura o sentido e marca
a equivocidade no processo como um todo. O corpo reclama sentidos e não se deixa recobrir, o
corpo resiste.
Palavras-chave: Discurso. Trabalho. Corpo.
143
Resumo: Todo grande épico começa com uma viagem, uma série de acontecimentos orientados
com a finalidade de dar um movimento de ação à obra. Os episódios de uma epopeia funcionam
de maneira autônoma, assim, prendem a atenção do leitor durante toda a jornada do
personagem. A primeira grande tarefa do herói épico, segundo Joseph Campbell, consiste em
retirar-se da cena mundana iniciando, assim, uma jornada na qual irá encontrar inúmeras
dificuldades, o personagem então deve superar esses percalços tirando proveito das situações
em seu favor, embora o teórico frise que o mais importante é seu regresso, já transfigurado,
podendo repassar as lições valiosas que aprendeu. O presente trabalho tem como intuito
apontar as mudanças de caráter que o esse herói épico sofreu com o passar do tempo traçando
as diferenças e as semelhanças de dois protagonistas pertencentes a esse gênero. A Odisseia de
Homero narra as aventuras de Ulisses, o herói épico por excelência, já o britânico Douglas
Adams, no seu O Guia do Mochileiro das Galáxias (1979), nos apresenta Arthur Dent, o quase
anti-herói épico interplanetário pós-moderno.
Palavras-chave: Herói. Épico. Estrutura.
144
levam em consideração, por exemplo, a falta de condições adequadas para o trabalho ou o
engajamento dos alunos, o que leva o docente a replanejar e readequar as prescrições, algumas
vezes ainda em sala de aula, assim transformando o seu oficio.
Palavras-chave: Trabalho prescrito. Trabalho realizado. Replanejamento.
145
psicanalítico de “estranhamento” de Sigmund Freud e do estudo do arquétipo da Sombra do
psicólogo suíço Carl Gustav Jung, objetiva-se demonstrar que, no conto, enquanto o duplo e o
grotesco desvelam a transitoriedade da vida; o mistério e o terror denunciam que o indivíduo, na
maioria das vezes, não é completamente consciente de si mesmo.
Palavras-chave: Papini. Retrato. Decadentismo.
146
aprendê-los mediante a necessidade de usá-los. As línguas surgem a partir de culturas, se há
mais vocábulos relativos a tal categoria, eles não existem ao acaso. A versão fraca, por sua vez,
prega que o falante é influenciado a pensar de determinada maneira devido à língua que fala,
essa vertente é mais assertiva, predispostos a ver o mundo de certa forma todos são e a língua
contribui fortemente para isso.
Palavras-chave: Determinismo. Relatividade. Culturas.
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DICIONÁRIO ELETRÔNICO MODALIDADES OLÍMPICAS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
PARA O DESENVOLVIMENTO DE FRAMES SEMÂNTICOS
Rove Chishman (UNISINOS)
Ana Flávia Souto de Oliveira (UNISINOS)
Bruna da Silva (UNISINOS)
Resumo: O objetivo geral deste trabalho é apresentar o projeto Dicionário Eletrônico
Modalidades Olímpicas (CHISHMAN, 2015), empreendimento de pesquisa desenvolvido pelos
integrantes do grupo de pesquisa SemanTec. Importante destacar que o projeto sobre os
esportes olímpicos parte da expertise adquirida pelo grupo no desenvolvimento do Field –
dicionário de expressões do futebol, recurso lexicográfico trilíngue organizado em torno da noção
de frame (Fillmore, 1985) e lançado na ocasião da Copa do Mundo 2014. Ainda que a experiência
com o Field tenha nos levado a atentar para a importância em aproximar Semântica Cognitiva e
Lexicografia, é no âmbito do projeto Modalidades que passamos a assumir o compromisso em
aprofundar as investigações acerca dessa interface e em aplicar os preceitos teóricos da
Semântica de Frames na organização da micro e macroestrutura do dicionário. Em termos
aplicados, a quantidade e diversidade de subdomínios esportivos têm imposto novos desafios. A
fim de ilustrar o processo de desenvolvimento do dicionário propriamente dito e a forma como
temos lidado com os novos desafios, é também nosso propósito, nesta apresentação, trazer
alguns resultados do estudo realizado por Silva (2015) para o subdomínio voleibol. Esse estudo
não apenas permitiu que a metodologia fosse testada e ajustada, como também confirmou o
potencial da SF para a descrição dos cenários da modalidade olímpica. No que diz respeito à
subetapa de proposição de frames, esse experimento confirmou a pertinência em se utilizarem
mapas conceituais como ponto de partida para se ter uma visão panorâmica dos esportes e de
seus principais cenários. Frames prototípicos foram identificados, tais como Voleibol,
Saque, Levantamento, Manchete, Bloqueio, assim como os principais
relacionamentos entre os frames, tais como Herança (o frame filho Tie-break herda
elementos de frame do frame pai Set), Perspectiva (como entre os frames Defesa e Ataque),
Precedência (Saque precede Recepção) e Subframe (Início_do_set é subframe de Set).
O trabalho de compilação do corpus também precisou ser revisto. Ao contrário do corpus do
Field, que serviu como fonte eficiente para a proposição de frames e demais elementos, os textos
do gênero match report se mostraram insuficientes por não apresentarem toda a riqueza dos
cenários que compõem uma partida de voleibol.
Palavras-chave: Semântica de frames. Lexicografia cognitiva. Esportes olímpicos.
148
didática como ferramentas de transposição de saberes de gênero para a prática de ensino
(NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004; CRISTOVÃO, 2005; 2007; DOLZ; STUTZ, 2012). A partir disso,
elaboramos um corpus contendo 4 horror short stories de Edgar Allan Poe e 4 da literatura
ordinária, visando a uma turma de 9º ano de uma escola privada no estado do Paraná.
Posteriormente, cada texto foi desmembrado mediante critérios do ISD e utilizado para a criação
de um modelo didático. Isso posto, desenvolvemos uma sequência didática alicerçada em (a)
fragilidades observadas nas primeiras produções dos alunos do gênero em discussão, e, (b) nos
saberes sobre horror short stories de nosso modelo didático. Os resultados evidenciaram que a
didatização dos gêneros literários aproximou os 8 textos do corpus a partir de bases temáticas
comuns e de sua construção narrativa. Entretanto, as obras de Poe possuem níveis
organizacionais complexos, distantes da realidade dos alunos e inadequados para o ensino. Por
sua vez, as obras acanônicas foram julgadas pertinentes, pois as variantes organizacionais que
vão desde o contexto de produção até o nível de textualização/enunciativo apresentaram-se de
forma elementar e mais próximas de objetos de ensino. Assim, o processo de didatização de
gêneros mostrou-se imprescindível para o ensino de sua forma global, possibilitando a interface
entre língua inglesa e literatura.
Palavras-chave: Interacionismo sociodiscursivo. Gêneros literários. Ensino de língua inglesa.
149
Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão sobre o percurso da Análise Crítica do
Discurso (ACD - Fairclough, 1999, 2003) como teoria e método de análise aplicado aos estudos
sobre gênero social. Através das pesquisas em andamento orientadas pela profa. Dra. Débora
Figueiredo na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, discutiremos a importância de
uma abordagem da língua como parte central das práticas sociais, relacionada dialeticamente
com outros elementos dessas práticas, para apontar como os discursos recorrentes em nossa
sociedade não estão livres de ideologias implícitas, evidenciando assim o papel da linguagem em
uso para naturalizar e manter relações assimétricas de poder, estereótipos e discriminação.
Como ferramenta de descrição linguística, ACD baseia-se na Gramática Sistêmica-Funcional
(GSF) de Halliday (2004), que teoriza as estruturas linguísticas em termos de suas funções na
estruturação do social. Apontaremos como a GSF contribui para descrever e coletar evidências
linguísticas das funções sociais da linguagem em diversos textos (escritos ou orais),
exemplificando como as escolhas linguísticas refletem, representam e significam o mundo, os
indivíduos e suas relações sociais, assim como mostraremos como interpretar tais evidências
com o suporte da ACD.
Palavras-chave: Gramática Sistêmica Funcional. Análise Crítica do Discurso. Gênero Social.
DISCURSO E PODER: ANÁLISE DAS DISPUTAS ACERCA DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NA UEPG
Daiane Franciele Morais de Quadros (UEPG)
Ione da Silva Jovino (UEPG)
Resumo: Pretendemos apresentar neste artigo parte de uma pesquisa em andamento, cujo
objetivo principal é analisar os discursos que resultaram no atual sistema de reservas de vagas,
tendo como foco principal as falas sobre o sistema de cotas raciais dentro da Universidade
Estadual de Ponta Grossa. Para compreendermos os embates e as contradições que culminaram
nas alterações aplicadas na política de cotas adotada pela Universidade, realizaremos a análise
crítica dos discursos presentes nas atas e gravações de reuniões dos Conselhos de Ensino,
Pesquisa e Extensão e do Universitário do ano de 2013. A Resolução UNIV. Nº 17 DE 9 de
dezembro de 2013 foi precedida de um intenso debate, mas culminou na retirada das cotas
raciais. Após manifestações públicas, o processo volta à pauta e, depois de nova votação, a
referida resolução manteve as cotas para alunos negros oriundos de escolas públicas. Outro
material a ser analisado é uma cartilha informativa sobre cotas raciais, desenvolvida pela
instituição no ano de 2015. Este material, após ter sido divulgado na internet e impresso,
também foi alvo de críticas e disputas de poder internas, motivo pelo qual foi retirado do site
institucional e sua distribuição da versão impressa às escolas foi cancelada. Pensando a partir de
Machado, Lázaro e Tavares (2013) a importância das ações afirmativas, de Gomes (2003) e
Sant’Anna (2006) a função social destas, de Muniz (2009) e Ottoni (2014) sobre a linguagem e as
relações de poder, o foco desse trabalho será a análise da cartilha e de sua nova versão ainda no
prelo. Buscará, ainda, destacar as relações entre a estrutura social e a discursiva, em especial as
escolhas lexicais, as estratégias discursivas, as propriedades visuais, evidenciando as questões
que o discurso exerce num sistema social de desigualdade racial segundo Dijk (2010).
Palavras-chave: Análise crítica do discurso. Política de ações afirmativas. UEPG.
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DISCURSO PUBLICITÁRIO E O LÚDICO: SOBRE A OBSCURIDADE DA LINGUAGEM NA
PROPAGANDA DAS EMPRESAS DE JOGOS ELETRÔNICOS EM REDE
Igor Ramady Lira de Sousa (UNISUL)
Resumo: Este estudo discorre sobre a noção de gratuidade veiculada nas mensagens de cunho
propagandístico de empresas de jogos eletrônicos em rede. Na formulação free to play ou
gratuito para jogar que se apresenta na descrição oficial de títulos de jogos em lojas virtuais e
nas páginas de estúdios de jogos. Não se pretende aqui gastar considerações técnicas de
publicidade e propaganda como é desígnio deste trabalho considerar as condições de produção
dos enunciados. Com este propósito, o trabalho debate sobre o sentido de lúdico na teoria dos
jogos presente em Huizinga (1996) e Caillois (1990) e da ludicidade para a teoria discursiva por
meio da leitura de Orlandi (1999) e Neckel (2004). Na interpretação dos diferentes textos
elencados para esta análise revelam-se contradições estranhamente aceitas pelos sujeitos a
quem se dirigem os enunciados, manifestação da não transparência da linguagem e do trabalho
do ideológico e da memória. Este trabalho trata-se de um esforço para se compreender a matéria
simbólica que constitui as propagandas que as empresas veiculam para as comunidades de
jogadores online.
Palavras-chave: Lúdico. Jogos. Publicidade. Linguagem. Discurso.
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Resumo: A análise do discurso de orientação francesa é um campo de pesquisa cujo objetivo é
compreender a produção social de sentidos, realizada por sujeitos históricos, por meio de
materialidades diversas. Os trabalhos aqui apresentados são resultados parciais das pesquisas
produzidas pelo Grupo Linguagem, sentido e memória (GrPesq/CNPq), coordenado pela Profª.
Amanda Scherer (UFSM), o qual propõe elementos de fundamentação teórica e analítica sobre a
relação entre língua, sujeito, ideologia, história e memória, sempre de uma perspectiva
materialista da linguagem e pelo Grupo de Pesquisa Estudos do Texto e do Discurso:
entrelaçamentos teóricos e analíticos – (GPTD/CNPq), coordenado por Maria Cleci Venturini
(UNICENTRO) e visa o fortalecimento da Análise de Discurso no Paraná, por meio de pesquisas e
ações conjuntas. Com a contribuição entre os dois grupos de pesquisa, buscamos compreender
os movimentos discursivos de produção de sentidos, em torno do texto e da imagem, colocando-
nos frente a frente com diferentes discursividades. Recortamos, neste simpósio, a ideologia e a
memória como dispositivos teóricos e destacamos que a imagem significa pela memória, que lhe
dá legibilidade por/em sujeitos, que ocupam determinadas posições, nas quais a ideologia é
determinante tanto na leitura quanto na produção de seus efeitos de sentidos. Essas
materialidades significantes circulam e são compreendidas/interpretadas na/pela mídia, que
produz e conecta memórias pela ideologia, cujo lugar material são os espaços interdiscursivos,
pelos quais o sujeito tem a ilusão de liberdade, prática decorrente da constituição de evidências,
trabalho da língua na história, realizado preponderantemente na/pela mídia. Nesse sentido, a
mídia constitui-se como articulador entre o político e o simbólico na escritura da sociedade, de
sujeitos e do que circula, na formação social, sempre por meio da
língua/sujeito/ideologia/história, constituindo redes e diferentes nós.
Palavras-chave: Imagem. Discurso. Mídia.
152
provocada da gravidez é discursivizada, nas redes sociais, especificamente no Facebook, na
página denominada Homens contra o aborto dirigida ao sujeito-masculino, buscando
compreender quais sentidos circulam no espaço digital acerca dessa prática.
Palavras-chave: Aborto. Discurso. Sujeito-masculino.
153
audiodescrição, a fim de entender como estes conceitos estão postos. Em um segundo momento,
o trabalho discute pragmaticamente como estes termos funcionam na obra audiodescrita.
Palavras-chave: Ecfrase. Audiodescrição. Arte.
ELAS SÃO O QUE ELES NOS DIZEM (?): A FIGURAÇÃO DO FEMININO A PARTIR DO
DISCURSO MASCULINO EM DOM CASMURRO, SÃO BERNARDO E DIVÓRCIO
Rafael Eisinger Guimarães (UNISC)
Resumo: O presente trabalho pretende discutir o processo de construção da imagem da mulher
na literatura brasileira de autoria masculina. Para tanto, serão analisados e postos em diálogo
três romances, escritos em períodos distintos – Dom Casmurro, de 1899, São Bernardo, de 1934,
e Divórcio, de 2013 –, na tentativa de apontar aproximações e distanciamentos entre eles no que
tange à forma como as vozes narrativas constroem, para seus narratários, a personalidade de
suas respectivas esposas. A partir de uma leitura preliminar, nota-se que tanto a obra de
Machado de Assis quanto a de Graciliano Ramos e Ricardo Lísias partem de uma necessidade dos
protagonistas de, diante de um momento de crise, organizarem, por meio da escrita, as
experiências por eles vividas. Afora essa similaridade, observa-se também que, nos três casos,
um dos pontos culminantes para o estado de desequilíbrio que impele esses homens a narrar é a
sua incapacidade de compreender e, em certo sentido, conter as figuras femininas sob o seu jugo.
Tendo como fundamentação teórica as concepções de pensadoras feministas como Elaine
Showalter, Luce Irigaray, Lucía Guerra e Simone de Beauvoir, dentre outras, o objetivo da leitura
crítica aqui proposta é demonstrar como a perspectiva dos protagonistas-narradores
masculinos do referido corpus reforça o estereótipo do feminino como a corporificação daquilo
154
que Showalter designa como “zona selvagem”, associando essa figura, via de regra, ao
enigmático, ao rebelde e ao desviante.
Palavras-chave: Figurações de gênero. Crítica feminista. Literatura brasileira.
155
menosprezar um dos atos – se não o – mais importante para a formação acadêmica: a leitura
prazerosa. Cabe ressaltar que as consequências a médio e longo prazo são preocupantes tendo
em vista que o graduando que não desenvolve o gosto pela leitura na universidade não poderá
despertar tal sentimento em seus próprios alunos e o processo se repete inevitável e
sucessivamente. Diante disso, é necessário buscar alternativas para tornar a literatura nos
Cursos de Letras uma disciplina em que o ato da leitura – de contos, romances, poesias, etc. e não
apenas resumos, ou a historicidade de autores e movimentos literários – seja algo que encante e
motive o acadêmico a ler cada vez mais.
Palavras-chave: Estudos Acadêmicos. Literatura. Leitura Prazerosa.
156
envolvem gêneros textuais, e em que medida isso se dá. Segundo estes autores, o trabalho
pedagógico envolvendo gêneros textuais proporciona uma ampliação dos conhecimentos
prévios dos alunos favorecendo a autonomia destes sujeitos quanto às interações sociais,
especialmente no que tange aos processos de ensino-aprendizagem de leitura e produção
textual, não devendo, portanto, ater-se apenas ao ensino das características e à forma estrutural
dos discursos. Quando o ensino dos gêneros é feito de forma adequada, observando-se sua
função sociocomunicativa (contexto, função, finalidade, etc.), é possível promover um ensino-
aprendizagem que faça sentido para o aluno, pois este vivencia a língua(gem) empregada nas
mais diversas situações de comunicação.
Palavras-chave: Linguagem. Ensino. Gêneros Textuais.
157
língua materna e língua estrangeira, inglês. Interessa-nos saber: (a) quais foram as estratégias
de leitura investigadas e qual a população envolvida (leitores proficientes, não proficientes,
ensino superior, educação básica); (b) qual a natureza das pesquisas conduzidas e quais os
métodos utilizados para a coleta de dados; (c) se há estudos que consideraram o processo de
formação do professor de leitura; e (d) se há estudos que verificam a independência do aprendiz
após o período de instrução. O intuito dessa revisão de literatura é contribuir para o retrato da
pesquisa sobre estratégias de leitura no Brasil para, num segundo momento, desenvolvermos e
aplicarmos materiais didáticos para o ensino de leitura em língua materna e estrangeira, junto
às escolas de educação básica em Guarapuava, PR.
Palavras-chave: Estratégias de Leitura. Compreensão. Ensino e Aprendizagem.
158
como as diferentes vozes sociais. O que provocou nossa atenção durante a leitura da obra
referida foram as reflexões que envolviam as manifestações culturais marcadas pelos diálogos,
pelas migrações temporais e espaciais, bem como as interações de identidades. Em sua
composição, o romance é narrado por epístolas, nas quais Agualusa coloca em cena a
personagem – Carlos Fradique Mendes – para contar as experiências e os conflitos das épocas
coloniais de Angola e Brasil, respectivamente. Evidenciamos que o romance pode ser apreendido
como uma obra epistolar, desenhando-se por meio do diálogo entre literatura, história, cultura,
sublinhando a relevância da Literatura ao processo de ensino.
Palavras-chave: Literatura. Linguagem. Ensino
159
comunidade virtual de conhecimento, gerando subsídios para a reflexão acerca de língua,
cultura, identidade e mediação tecnológica. Entre os resultados deseja-se que os participantes
consigam firmar a comunicação com os parceiros de Brasil – Portugal – Moçambique fazendo
uso das tecnologias digitais móveis.
Palavras-chave: Cultura. Identidade. Comunidade virtual.
160
em That Summer in Paris, livro de memórias em que Callaghan revisita a temporada que passou
na capital francesa em 1929, quando a cidade atraía os principais escritores, pintores, músicos e
bailarinos, fazendo dela a capital intelectual e artística do período. Esse trabalho analisa That
Summer in Paris, mostrando como o livro recupera a atmosfera da capital francesa nos anos 20
como também revela um pouco da personalidade de Ernest Hemingway. Além dos autores
citados, também são usados como referência Norman Mailer, Carlos Baker e William Wiser.
Palavras-chave: Ernest Hemingway. Morley Callaghan. That Summer in Paris.
161
perspectiva sociointeracional da linguagem, dos estudos da conversação e da oralidade e,
principalmente, das teorias da enunciação, buscamos, por meio da análise do processo de
enunciação, examinar mecanismos de construção do sentido nas notícias on-line, com prioridade
às estratégias enunciativas consolidadas nos procedimentos de oralidade. O estudo realizado
aponta que o jornal on-line apresenta complexidade enunciativa maior que o jornal impresso,
assumindo características de imprensa televisiva. Também evidencia que o processo de
enunciação do jornal on-line lembra características de um texto falado in statu nascendi
(inacabado, dinâmico, interativo, efêmero), inclusive materializando nos enunciados a
participação efetiva do leitor como coenunciador explícito da troca interativa. Além disso, os
recursos enunciativos utilizados na constituição das notícias on-line projetam efeitos de sentido
– de realidade, verdade, subjetividade, oralidade, aproximação – mais intensos, mais
aproximando o leitor dos fatos noticiados e, principalmente, do enunciador jornal. Há, portanto,
mais apelo ao sensível, ao sentido, neste jornal. Este estudo mostra, enfim, que o jornal on-line
apresenta e “autoriza” uma enunciação mais marcadamente oralizada, mais enunciativa que os
jornais tradicionalmente impressos.
Palavras-chave: Enunciação. Efeitos de sentido. Jornal on-line.
162
superior mostram que eles chegam à universidade com déficits nas capacidades e habilidades de
leitura, fato que os deixa vulneráveis na compreensão de textos e os prejudica quanto ao
desenvolvimento e continuidade nos estudos. Diante deste contexto, a proposta desta pesquisa é
conhecer quem é o leitor-estudante do curso de Letras de uma universidade pública paranaense,
estudante este que será futuro professor de línguas e, consequentemente, formador de novos
leitores. Com o intuito de fazer um diagnóstico do nível de leitura dos estudantes calouros do
curso de Letras Português e Letras Inglês, utilizou-se a taxonomia de Escala Geral de Leitura
adotada pelo Exame Pisa (OCDE, 2002), para elaborar um teste de leitura, composto por três
unidades de leitura, com textos e tarefas com diferentes graus de complexidade, instrumentos
elaborados por Finger-Kratochvil (2010). Além do teste de leitura, os estudantes responderam
questionários socioeconômicos e de hábitos de estudo e leitura. Os resultados apontam que os
estudantes de Letras (também) ingressam na universidade com deficiências na habilidade de
leitura; mais da metade dos participantes (n=57) conseguem realizar inferências fáceis,
reconhecer partes de informações específicas e empregar algum conhecimento prévio no
entendimento do texto, conhecimentos esses que são insuficientes para atender a complexidade
das leituras e discussões requeridas no curso e necessárias para a formação de um profissional
da linguagem competente e autônomo.
Palavras-chave: Compreensão. Estudante Calouro. Curso de Letras.
163
ETNOGRAFIA VIRTUAL: UMA POSSIBILIDADE METODOLÓGICA EM GRUPOS DE
APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR WHATSAPP
Bianca Legramante Martins (UFPEL)
Resumo: O presente trabalho é um recorte de dissertação de mestrado sobre a aprendizagem de
inglês mediada por dispositivos móveis, vinculada ao grupo de pesquisa Elaboração de Materiais
e Práticas Pedagógicas na Aprendizagem de Línguas. São observados dois grupos de
aprendizagem de inglês constituídos de forma autônoma e colaborativa, em ambiente não
formal, por meio de dispositivos móveis, mais especificamente do aplicativo Whatsapp. Cumpre
assinalar que a língua inglesa é percebida enquanto Língua Adicional (LA) conforme De Angelis
(2007), Judd, Tan e Walberg (2003) e Hall e Verplaetse (2002). A partir disso, neste trabalho, o
objetivo reside em discutir as possibilidades de utilização de uma metodologia permeada pela
Etnografia Virtual a fim de analisar a aprendizagem de inglês como Língua Adicional nesses
grupos. Primeiramente é realizada uma leitura crítica dos escritos sobre o aporte supracitado, a
saber Hine (2000, 2005, 2008, 2015); Fragoso, Recuero e Amaral (2009); Amaral (2009) e
Poliavnov (2013). Na sequência, são discutidos procedimentos para coleta e análise dos dados; a
postura da pesquisadora enquanto insider (HINE, 2000; FRAGOSO, RECUERO e AMARAL, 2015)
e a observação participante. Espera-se, com essa pesquisa, poder perceber como se dá a
aprendizagem de língua inglesa em um espaço virtual a partir do contato, da inserção da
pesquisadora no campo de estudo e da percepção dos próprios sujeitos da pesquisa. Palavras-
chave: Etnografia Virtual. Língua inglesa. Dispositivo móvel.
164
sujeito nos discursos oficiais de instituições de poder como o judiciário cria e sustenta
oportunidades de intervenção pela indústria farmacêutica, que opera a nível bioquímico sobre a
subjetividade de cada um, beneficiando-se de sua patologização. Em termos discursivos, a
imagem que se cria é de um tratamento unicamente possível por vias químicas, excluindo-se
intervenções humanizadas sobre identidades localizadas dentro de um contexto sociocultural
amplo.
Palavras-chave: Analise crítica do discurso. Discurso jurídico. Neuronarrativas. TDAH.
165
quanto na organização ficcional que os fazem ‘cidadãos’ de uma mesma ‘comunidade real’, um
Brasil.
PALAVRAS-CHAVES: Saramandaia – Telenovela – Cultura Brasileira – Realismo Mágico
166
exames admissionais para cursos eram efetuados em latim e isso ecoa na contemporaneidade,
traço sublinhado no ementário com conteúdo de Locuções latinas. São efeitos de verdade e de
evidência que se linearizam no funcionamento do discurso como saturados, como memórias não
lacunares. Consideramos relevante que professores de Língua Portuguesa conheçam as práticas
pedagógicas norteadas pela legislação, em distintos momentos históricos, bem como a ideologia
que as sustentam, de forma a contribuir acerca das reflexões em torno do discurso sobre
(MARIANI, 1998; ORLANDI, 2008; VENTURINI, 2009) o ensino de Língua Portuguesa na
Educação Superior e seus modos de disciplinarização.
Palavras-chave: Imaginário de Língua. Memória Discursiva. Língua Portuguesa no Ensino
Superior.
167
análise da pesquisa pretendem investigar como se constitui a argumentação ante os diferentes
tipos de intertextualidade (temática, estilística, implícita e/ou explícita). Essa pesquisa visa
priorizar o momento da produção de texto, em sala de aula, no turno inverso, no intuito de
auxiliar o trabalho que a escola realiza, a partir de leitura, discussão/debate, escrita, reescrita e
versão final. Assim, a produção textual se apresenta como atividade base nas aulas de Língua
Portuguesa para estudantes de Ensino Médio. Os resultados obtidos dizem respeito à
qualificação e à melhoria da produção escrita dos participantes
Palavras-chave: Produção Textual. Argumentação. Ensino Médio.
168
no âmbito social e cultural. Para isso o pernambucano utilizou métodos e fontes de pesquisa
variadas, desde documentos oficiais até receitas culinárias. Dentre todas suas obras, uma das
mais conhecidas é Casa Grande & Senzala (1933), que revolucionou os estudos sociais da época
no Brasil e que acabou ofuscando a relevância e a organicidade de outros escritos do autor.
Tendo isso em vista, esta pesquisa pretende demonstrar o vínculo entre algumas obras de
Freyre (de todas seria um trabalho muito extenso), no que se refere às suas temáticas e
objetivos, configurando assim, um projeto intelectual do autor que é incompreensível
separadamente. Tem-se por base nesta argumentação as palavras do próprio escritor, que foram
encontradas em pesquisa documental na Fundação Gilberto Freyre na casa-museu Magdalena e
Gilberto Freyre, em visita de março de 2016, quando a autora deste trabalho viajou para a cidade
de Recife – PE, no intuito de conseguir informações complementares para sua dissertação de
mestrado.
Palavras-chave: Gilberto Freyre. Projeto intelectual. Formação social do Brasil.
169
Resumo: A história dos estudos sobre a gíria mostra apenas o contexto oral, com poucas
referências à escrita e nenhuma às imagens. No entanto, nossas cidades estão repletas de
imagens e imagens misturadas a textos. A proposta do presente trabalho é refletir sobre as
imagens, principalmente o grafite e a pichação, objeto de estudo das Artes, mas que também
merecem toda atenção da área da linguagem, a partir de uma perspectiva sociolinguística.
Busca-se diferenciar os fenômenos, para que este trabalho possa contribuir para o estudo de um
segmento da linguagem ainda pouco discutido: o estudo dos textos visuais. Pretende-se ainda
relacionar gíria à pichação e ao grafite, através de análise tanto da forma quanto do conteúdo
das imagens. Ainda merecem destaque os aspectos convergentes dessa aliança que se pretende
chamar de gíria imagética. Observando a necessidade de criar um elo entre as pichações,ografite
e os conceitos de gíria de grupo e gíria comum, surgiu o interesse de pesquisar e aprofundar os
estudos linguísticos e semióticos. Interessa analisar os conceitos e definições de ambos para que,
após estudo, possamos chegar ao ponto nodal entre essas duas ciências da linguagem.
Palavras-chave: Língua. Gíria. Pichação e grafite.
170
verificar através da interpretação sob a perspectiva da hermenêutica como o
romance ”Desonra” retrata a realidade social, política e econômica pós-apartheid na África do
Sul. A proposta de pesquisa torna-se relevante, principalmente, por seu objetivo de aprofundar
os questionamentos sobre a hermenêutica e a relação que ela pode estabelecer com a arte
literária, além de propiciar um melhor entendimento da obra ficcional de Coetzee.
Palavras-chave: Literatura. História. Hermenêutica. “Desonra”
171
instigar o estudo do plurilinguismo que se estabelece nos enunciados apresentados. A realidade
de vivência entre-línguas e entre-culturas experienciada pela comunidade teuto-brasileira em
questão justifica o trabalho analítico que leva em consideração as falas expressadas no
documentário pelos habitantes do lugar. Assim, como procedimento metodológico, efetua-se
uma análise dos enunciados registrados no filme, a fim de se evidenciarem marcas culturais e
traços identitários resultantes de fenômenos como hibridismo, multilinguismo e plurilinguismo.
Palavras-chave: Língua. Cultura. Identidade.
172
produzidos. Maffesoli (1999) nos apresenta uma relação entre ética e estética, na medida em
que o valor tribal que fundamenta o que ele chama de narcisismo coletivo é causa e efeito de um
mundo de vida (não consciente). A imagem é estruturante neste contexto. Não nos referimos
somente à imagem estática, mas a imagem-mundo. Se partirmos do pressuposto que a mídia é a
mais importante produtora de efeitos de sentido sobre a realidade ou, ao menos, seleciona os
fatos a serem discutidos socialmente, também é importante destacar que muito desta seleção
nos chega através de imagens. Não só imagens materiais, mas imagens-conceito, imagens
enquanto valor. Criação imaginal para a partilha do sensível, marca da socialidade
contemporânea. Mescla paradoxal entre o impalpável e o real que faz sentido nos atos
cotidianos, nas ações mais corriqueiras, com o intuito de promover uma reflexão sobre a ética e
a estética pós-moderna, tendo como potência as imagens cotidianas e socialmente significadas.
Palavras-chave: Imaginário. Cultura. Cotidiano.
173
teórico particular: o de que o princípio dialógico é inato à cognição humana, engendrando um
princípio da linguagem e suas implicações vinculadas ao fenômeno da comunicação humana. O
escopo mais específico no qual se concentra tal investigação compreende o fenômeno fregeano
acerca da composicionalidade (1953), analisando-se sua presença/manifestação ou
inocuidade/latência no ínterim do potencial de aplicação descritivo-explanatório de modelos
teóricos de sintaxe, semântica e pragmática, mantendo-se a metáfora como cerne de estudo que
concatena tais áreas. A partir da proposta imbricação, é possível colocar em pauta muitas
propriedades que, por exemplo, não aparecem nos modelos de Chomsky (1978), de Lakoff &
Johnson (1999) ou de Sperber & Wilson (1995), mas que são passíveis de interdisciplinaridade,
fazendo parte da faculdade da linguagem broad sense. Argumenta-se que estudar diálogo, por
sua vez, remete ao estudo do uso da linguagem, manifestação comunicativa que é capaz de
colocar a cognição como uma ideia ou tópico discutível dentro da Linguística e que instaura, por
si, o estabelecimento de uma interface sintático-semântico-pragmática, além de reforçar a
hipótese de que princípios inatos são conceitos válidos dentro de específicos modelos teóricos
que buscam observar, descrever e explicar fenômenos comuns que se enquadram
ontologicamente à ótica de uma determinada ciência, construindo-se interfaces possíveis sob
uma perspectiva ou mais perspectivas.
Palavras-chave: Linguagem. Cognição. Composicionalidade.
174
INFUÊNCIA DO GABARITO DE RESPOSTAS DE UM EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO NA
CORREÇÃO QUE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO FAZEM DE SUAS PRÓPRIAS
INTERPRETAÇÕES: ANÁLISE COM BASE NA TEORIA DA RELEVÃNCIA
Gabriela Niero (UNISUL)
Resumo: Analisamos neste estudo, com base na teoria da relevância de Sperber e Wilson (1986,
1995), a influência do gabarito de respostas de um exercício de interpretação na correção que os
próprios estudantes do ensino médio fazem de suas interpretações. O gabarito foi
propositalmente elaborado com algumas respostas incorretas para viabilizar a mensuração do
nível de confiança que os estudantes têm neste instrumento. O trabalho contou com as seguintes
etapas: seleção de um texto de base para o exercício de interpretação; elaboração de perguntas
para a interpretação conforme a tipologia de perguntas proposta por Marcuschi (2008);
elaboração do gabarito de repostas; sessão de interpretação individualizada do texto em sala de
aula como parte das atividades curriculares normais de ensino e aprendizagem da disciplina de
Língua Portuguesa; e sessão de correção da interpretação uma semana após a sessão de
interpretação. O trabalho consiste na obtenção e na análise de dados audiovisuais do exercício
individualizado de correção, seguido de entrevistas orais individuais sobre o papel do gabarito
neste processo. Nesta comunicação, apresentamos o estado de arte da análise qualitativa dos
dados.
Palavras-chave: Interpretação textual. Gabarito. Teoria da Relevância.
175
em primeira pessoa que disparam implicatura de futuridade, atuando como perífrase de futuro
nesses casos.
Palavras-chave: Gramaticalização. Implicatura. Modalidade.
176
usuários de Internet compartilham informações interculturais por meio da colaboração nas
redes sociais e nas novas ferramentas de tecnologia digitais.
Palavras-chave: Interculturalidade. Aprendizagem de Línguas. Telecolaboração.
177
de Porto Alegre/RS. Para tanto, a pesquisa tem como base os pressupostos teóricos da Análise
do Discurso pecheutiana – a AD. O corpus da pesquisa é composto pelos Anais da Câmara de
Vereadores de Porto Alegre do quadriênio 1952-1955, bem como pela obra literária de Josué
Guimarães, em especial o romance intitulado “Os Tambores Silenciosos” que descreve o
cotidiano de uma cidade do interior do estado do Rio Grande do Sul durante a década de 1930.
Essa investigação é um primeiro momento do trabalho de pesquisa desenvolvido na dissertação
de mestrado, inscrita na linha de pesquisa “Leitura e Formação do Leitor” do Programa de Pós-
Graduação da Universidade de Passo Fundo – PPGL/UPF, que se propõe a compreender esse
importante momento da história política nacional e sul-rio-grandense, assim como colaborar na
investigação da biografia de um sujeito de grande importância para as Jornadas Literárias de
Passo Fundo. O período do mandato de Josué Guimarães coincide com uma época de acirrada
divisão de “forças políticas” no Brasil. Segundo Flach e Cardoso (2007, p. 59) na obra “República:
da Revolução de 1930 à ditadura militar (1930-1985)”, seria lícito dizer que as forças políticas
tinham como principal elemento de divisão partidária o apoio ou a oposição a Getúlio Vargas,
essa situação de conflito que aumenta com a morte do então Presidente da República. Logo, o
objetivo desse trabalho é compreender como se dá a articulação entre um sujeito e um contexto
político, tendo em consideração o momento histórico de fortes conflitos ideológicos, e as
eventuais relações entre uma posição ideológica e a produção literária de Josué Guimarães.
Palavras-chave: Josué Guimarães. Análise do Discurso. Leitura.
178
Palavras-chave: Letramento digital. Ensino. Escrita colaborativa.
179
altamente eficaz para desenvolver o gosto pela leitura, tanto na língua materna quanto em uma
língua estrangeira. Utilizando os princípios da LEx, um plano de aula de inglês direcionado para
a turma em questão foi elaborado, proporcionando ensejo a estudos futuros.
Palavras-chave: Letramento. Literatura. Leitura Extensiva.
180
Resumo: O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre as noções de língua-estrutura,
língua-acontecimento e memória discursiva sob a perspectiva da Análise de Discurso, e uma
discussão acerca da aplicação e relação entre essas concepções na proposição do tópico
“Gramática/Discurso” da Proposta Curricular de Santa Catarina, no que diz respeito ao ensino da
Língua Portuguesa. Através de pesquisas bibliográficas e análise do texto constituinte desse
importante documento norteador de práticas pedagógicas dos educadores, busca-se uma melhor
compreensão sobre a proposta de ensino para a formação gramatical/discursiva dos alunos na
disciplina curricular de Língua Portuguesa. O ensino da gramática em sala de aula deve ser
aliado à exploração do discurso, pois a relação resultante entre essas duas facetas da língua
contempla forma e sentido, relacionados à memória discursiva, sendo esses fatores essenciais
para a formação da identidade linguística de uma comunidade. Nesse sentido, destacam-se as
implicações e a importância das noções de língua-estrutura, língua-acontecimento e memória
discursiva presentes em um instrumento-referência para professores que desempenham ações
fundamentais para a formação de qualidade dos educandos.
Palavras-chave: Língua-estrutura; Língua-acontecimento; Memória Discursiva.
181
pela argumentação. Um dos conceitos chave da tradição Dialética e Retórica era o de topos, locus
argumentorum ou lugar de argumentação. Em uma das fases da evolução da ADL, que, na
verdade, nunca foi uma teoria completa e terminada senão um programa de pesquisa, Ducrot e
Anscombre se ocuparam dos lugares de argumentação. Dessas pesquisas resultou a publicação
do livro Théorie des Topoï em 1995. O que faremos em nossa exposição é comparar a abordagem
do conceito de topos por parte dos autores desse livro, com as concepções da Dialética e da
Retórica clássica sobre os lugares de argumentação. Tomaremos como representativas da
tradição dessas disciplinas quatro obras: a Retórica e os Tópicos de Aristóteles, os Tópicos de
Cícero e Sobre os diferentes tópicos de Boécio. Mostraremos que, no tratamento dos lugares de
argumentação, em alguns aspetos, os teóricos da ADL completam a tradição da Dialética e da
Retórica clássica, explicando fenômenos linguísticos que aquela tradição não analisou. Mas por
outra parte, argumentaremos, que, em relação a outros aspetos, a abordagem da ADL é menos
abrangente que a da Dialética e Retórica clássica pelo fato de reconhecer apenas um tipo de
topoi, aqueles que podemos chamar de lugares de argumentação lexicais.
Palavras-chave: Argumentação; Argumentação na língua, Retórica.
182
LITERATURA COMPARADA: ESTUDO TÉORICO ACERCA DA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA
DE LIVROS PARA ROTEIROS ADAPTADOS
Clarissa Mazon Miranda (UFSM)
Resumo: O conceito de tradução intersemiótica mostra-se hoje em ampliação no âmbito dos
estudos literários e uma das vias observadas desse avanço seria a consideração dos estudos das
transtextualidades. O roteiro adaptado é, assim, ponto importante de conexão entre o romance e
o filme em si. Entre ele e o romance, serão observados diversos pontos de aproximação ou
afastamento. Enquanto o livro será escrito para estabelecer uma relação com o leitor, o
argumento cinematográfico será lido por interlocutores como a equipe técnica, os atores, os
realizadores, os produtores, os agentes do filme, entre outros. Esse aspecto fará com que o
argumento apresente determinadas decisões técnicas e dramatúrgicas para o texto. Como
elementos chave na criação de um roteiro, podem ser elencados: caracterização, enredo, ação,
diálogo e ambientação. Vê-se, portanto, que apesar dos muitos aspectos em comum que
permitem, inclusive, uma tradução intersemiótica de uma obra em outra, o romance e o roteiro
mantêm seus pontos de afastamento, os quais, sem dúvida, contribuem para o espaço bem
delimitado de cada uma dessas artes na sociedade atual. Este projeto visa refletir acerca do tema
da tradução intersemiótica por meio dos principais autores que dele tratam, entre eles DINIZ, T.
F. N. (2005); PEREIRA, M. V. (2007); SANFILIPPO, M. V. (2013); VIEIRA, A. S. (2014);
ZILBERMAN, R. (2007); STAM, R. (2008); HUTCHEON, L. (2011). O objetivo desta pesquisa é a
reunião de arcabouço teórico que demonstre os caminhos e as prerrogativas do roteiro
adaptado na realidade e a evolução dos estudos acerca da tradução intersemiótica como tema
emergente em literatura comparada.
Palavras-chave: Roteiro Adaptado. Tradução Intersemiótica. Transtextualidade.
183
gênero textual e a estrutura narrativa. O cenário metodológico construído ao longo do semestre
possibilitou aos alunos reflexões sobre a importância da contextualização dos elementos
internos e externos ao texto, bem como o papel da tradução e seus deslocamentos contextuais
sem que se alterasse a essência da história da obra de Storm.
Palavras-chave: Literatura. Ensino. Tradução.
184
LITERATURA E SOCIEDADE: ENTRE O CONCEITO DE DISTINÇÃO E AS REGRAS DO JOGO
Eloisa da Rosa Oliveira (UNESC)
Resumo: Este trabalho corresponde a um trabalho de tese em andamento que apresenta uma
proposta de estudo no campo literário usando, para isso, as lentes da sociologia, apresentadas
por Pierre Bourdieu. De modo específico, buscar-se-á refletir nesse estudo sobre o conceito de
distinção, concebido pelo referido autor. A partir daí, juntamente com o amparo de outros
autores como Hans Robert Jauss (teoria da recepção), e Walter Benjamin (conceito de história),
pretende-se dar especial atenção às implicações do jogo da distinção no discurso e na prática
acadêmica de estudantes-leitores do curso de Letras-Português. Seguindo a metodologia
sugerida pelos estudos da História Oral, serão observados e entrevistados estudantes-leitores da
primeira fase de dois cursos de Letras no estado de Santa de Catarina. Com isso, objetiva-se
compreender melhor as tensões presentes entre a literatura canônica e popular na perspectiva
desses estudantes-leitores. A intenção é ampliar o olhar científico da teoria até o leitor concreto
e analisar os discursos coletados à luz dos estudos da sociologia a fim de perceber de que modo
um comportamento, explicitado a partir do conceito de distinção, está incorporado pelos
estudantes entrevistados. A hipótese lançada aqui é a de que o conceito de distinção,
apresentado por Bourdieu, está muito presente e incorporado ao discurso desses estudantes.
Palavras-chave: Pierre Bourdieu. Distinção. Literatura Popular. Cânone Literário.
185
MARCADORES CULTURAIS E EQUIVALÊNCIA DE TRADUÇÃO: UMA ABORDAGEM BASEADA
EM FRAMES SEMÂNTICOS
Cesar Etges Lopes (UNISINOS)
Resumo: O presente trabalho analisa um grupo de palavras semanticamente carregadas de
significado cultural, os marcadores culturais (HERRERO RODES, 1998), encontrados na obra de
Gilberto Freyre, Casa-Grande & Senzala (FREYRE, 1998), como “senzala”, “engenho” e “mucama”,
contrastando-as com seus correspondentes na tradução de Samuel Putnam The master and the
slaves (FREYRE, 1986). O objetivo é expor as dificuldades do processo de tradução, especialmente
seu aspecto intercultural, o qual leva o tradutor a constantemente fazer escolhas que podem
alterar o significado original de um texto ao traduzir termos que não possuem equivalentes
plenos na língua-alvo. Para tal, foi construído um corpus paralelo das duas versões do texto,
através do qual foi feita a quantificação e a apreciação dos dados obtidos. O resultado mostra a
tentativa de adaptação da realidade descrita por Freyre para uma realidade diferente, concebida
por Putnam (escravidão no Brasil x escravidão nos Estados Unidos), uma aproximação
conceptual de frames (FILLMORE, 1982) que nem sempre produz resultados satisfatórios,
resultando em uma tradução inapropriada.
Palavras-chave: Equivalência de Tradução. Marcadores Culturais. Frames Semânticos.
186
Palavras-chave: Masculino genérico. Modelos metonímicos. Efeitos prototípicos.
187
perspectiva discursiva, será bastante importante, porque os sujeitos se filiam a uma formação
discursiva e é ela que determina a sua significação e essa significação tem a ver com a
gastronomia e sua singularidade em cada formação social, bem como as relações sócio-históricas
que determinam essas significações.
Palavras-chave: Memória. Historicidade. Cultura.
188
defesa de que a interface externa deve ser entendida pelas relações entre disciplinas como a
Psicologia Cognitiva (PINKER; HAPPÉ), a Teoria da Computação (VEALE), a Teoria da
Comunicação-Social, (SPERBER e WILSON), entre outras, representando métodos indutivo-
experimentais, dedutivo-formais e argumentativo-naturais, respectivamente. Um segundo
objetivo é o de que a interface interna diz respeito a relações entre subáreas como a semântica, a
pragmática, e a sintaxe, representando conexões com o que se pode chamar Ciências da
Linguagem. A hipótese mais geral é a de que uma metateoria das interfaces seja assumida como
alternativa adequada para uma abordagem interdisciplinar, tendo em vista objetos complexos
como a metáfora, a partir da perspectiva de Ciências da Linguagem. Quatro secções caracterizam
o presente ensaio: uma primeira secção de caráter introdutório ao contexto da metáfora, uma
segunda seção sobre a noção de perspectiva (GIERE) na construção de processos metafóricos,
uma terceira secção sobre a metáfora e suas interfaces, especialmente a comunicativo-social e
uma quarta parte de considerações finais, em que a forma do tratamento investigativo da
metáfora deveria ficar mais transparente e explícita, considerando-se como aceitáveis as
suposições do presente ensaio.
Palavras-chave: Metáfora. Interdisciplinaridade. Perspectivismo.
189
(HALLIDAY; HASAN, 1989; EGGINS; MARTIN, 1998) foram delimitados e as opções léxico-
gramaticais e visuais nos sistemas da TRANSITIVIDADE e do TEMA (HALLIDAY; MATTHIESSEN,
2004, 2014) foram mapeadas. Os significados interpessoais foram tratados com as categorias de
distância social, contato, status e poder (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Por fim, a interação
entre os modos foi abordada em termos de relações simétricas/assimétricas e lógico-semânticas
(BARTHES, 1969; SALWAY; MARTINEC, 2005). Concluímos que a microcrônica verbo-visual é
compatível com a descrição comentada, um dos gêneros do sistema de estórias, porém com
singularidades congruentes com o contexto cultural brasileiro.
Palavras-chave: Gêneros. Multimodalidade. Produção de significados.
190
acionais, no próprio fazer teórico-metodológico do pesquisador e em seu processo de produzir
explicações sobre cultura, mobilidade e atividades de linguagem. Pensamos mobilidade como
um componente da tecnocultura contemporânea que diz respeito ao deslocamento e ao
posicionamento, às tensões entre presença e ausência, à produção de espacializações que
emergem do interagir conversacional mediado por tecnologias móveis, as quais balizam
atividades linguageiras que reestabelecem, a cada enunciação, novas semioses no que concerne
ao estar perto e ao estar longe, aos sentidos que se produzem sobre os espaços, os quais são
hibridizados, sobrepostos e dispersos nos fluxos discursivos. Entendendo o linguajar como um
agir junto (con)sensualmente, em um tocar-se através de signos sonoros e/ou verbo-visuais, nas
telas de nossos dispositivos móveis, objetivamos discutir implicações desse linguajar específico
para a própria linguagem, enquanto sistema semiótico humano, e para a tecnocultura, como
cultura do humano que produz a si mesmo e ao mundo enquanto age e linguajeia.
Palavras-chave: Linguajar. Tecnocultura. Tecnologias Móveis.
191
informativos publicados por uma instituição de extensão rural do Rio Grande do Sul. Devido à
alta frequência de termos principalmente da Agronomia e da Veterinária, far-se-á um
levantamento da terminologia, do ponto de vista do extensionista rural e do agricultor, à luz da
Socioterminologia. Percebe-se que há uma preocupação por parte dos extensionistas rurais em
fornecer textos informativos acessíveis, porém esta pesquisa pretende analisar o corpus a partir
da perspectiva dos agricultores para verificar sua adequação ao público-alvo.
Palavras-chave: Extensão Rural. Linguística Sistêmico-Funcional. Socioterminologia.
192
internacional de massas, baseia-se num gesto de desterritorialização (parcial) do imaginário
cultural, associando-se à globalização e à modernização em curso; a arte periférica da passagem
para o século XXI, por outro lado, movimenta-se no sentido de retratar a experiência da
globalização e da modernização a partir da perspectiva de populações marginalizadas e não-
beneficiárias da modernidade globalizada, denunciando-a por uma ótica interna e de classe, que
afirma a territorialidade cultural e conduz a um resgate do popular – aproximando-se do que
Milton Santos denominou utopicamente como a “revanche da periferia”, ou seja, o momento em
que as tecnologias de massa, tornando-se acessíveis, seriam apropriadas pelos segmentos
populares para produzir o próprio discurso. Para fins desta hipótese, assim, o termo “popular”
refere-se às representações e relações culturais calcadas na comunidade e no território; “pop”,
por sua vez, diz respeito às linguagens, símbolos e formas que atingem escala massiva e
transnacional através da indústria cultural. A investigação proposta partirá de um panorama
sobre obras paralelas (cronológica e formalmente) dos dois períodos, em várias mídias:
coletâneas de poesia (26 poetas hoje [1975, org. Heloísa Buarque de Hollanda] e Literatura
Marginal [2005, org. Ferréz]); ficção (Panamérica [1967, José Agrippino de Paula] e Cidade de
Deus [1997, Paulo Lins]); além de álbuns de canção popular (Tropicália [1968, vários artistas] e
Sobrevivendo no inferno [1998, Racionais Mcs]).
Palavras-chave: Tropicália/Marginália. Literatura de periferia. Pop/popular.
193
MOVIMENTO OU DEPENDÊNCIAS DESCONTÍNUAS: UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA SOBRE
ABORDAGENS DE INTERROGATIVAS-Q NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
André da Luz Pereira (PUCRS)
Resumo: Tendo por base a perspectiva gerativista, que se desenvolve nos estudos linguísticos a
partir da década de 1950, especialmente pelas contribuições do filósofo e linguista Noam
Chomsky, este trabalho tem por objetivo comparar duas abordagens acerca de interrogativas-Q
(em inglês, wh-questions). O ponto central da comparação é relevância da noção de movimento
para os estudos de interrogativas-Q. Neste sentido, identificamos que há uma corrente que
defende que a noção de movimento é necessária para explicar os fenômenos e outra que acredita
que esta noção não seja necessária, já que haveria uma explicação mais simples.
Especificamente, serão analisadas explicações sobre a construção de estruturas interrogativas
pela Hipótese da Sintaxe mais Simples (CULICOVER; JACKENDOFF, 2005), que considera mais
adequada a abordagem de dependências descontínuas do que a abordagem de movimento. A
ideia de movimento, às vezes qualificada como uma metáfora, se transforma em um eixo
importante na teoria gerativista, especialmente a partir da Teoria de Princípios e Parâmetros
(CHOMSKY, 1982; 1986), ainda que seja mencionada anteriormente – e.g. On wh-movement –
(CHOMSKY, 1977) e se mantém no programa minimalista (CHOMSKY, 1993; 1995). Tendo por
base a hipótese da sintaxe mais simples, os fenômenos descritos e explicados como
dependências descontínuas em interrogativas-Q neste estudo são os seguintes: interrogativas-Q
simples, interrogativas-Q in situ e pied-piping. Além destas, analisamos aspectos sintáticos,
semânticos e pragmáticos de interrogativas eco (echo question) e interrogativas pedagógicas
(quizmaster question). Há outros fenômenos em interrogativas-Q que não são tratados neste
trabalho. Tendo em vista a comparação entre as abordagens movimento e não-movimento, este
é um ponto de partida para analisar outros fenômenos que envolvem a noção de movimento e
interrogativas, como topicalização e deslocamento para a direita e para a esquerda, entre outros.
Para atingir os objetivos propostos, será utilizado um modelo hipotético-dedutivo, em que se
consideram as premissas propostas pelas linhas teóricas em estudo.
Palavras-chave: Interrogativas-Q. Sintaxe. Gerativismo.
194
literatura e imprensa. Os primeiros jornais e revistas com características feministas
evidenciaram a imprensa como forma de expressão e reivindicação de direitos políticos e
sociais.
Palavras-chave: Mulheres brasileiras. Academia Brasileira de Letras. Academia Rio-Grandense
de Letras.
195
peça enquanto texto escrito, mas que também na qualidade de dramatúrgico, tornando-se
necessário certo cuidado acerca do ritmo e interpretação das palavras ditas em cena.
Palavras-chave: Tradução. Teatro. Samuel Beckett.
196
da matriz heteronormativa da sexualidade, que produz e adequa sujeitos dentro do gênero
binário, não dando visibilidade àqueles que não se enquadram na norma hegemônica.
Palavras-chave: Videogame. Gênero. Normatividade.
O AGIR EM LINGUAGENS
Dinora Moraes de Fraga (UNIRITTER)
Cassiano Ricardo Haag (UNIRITTER)
Resumo: O pressuposto epistemológico que orienta as diferentes pesquisas deste grupo é o de
afirmar a leitura e a escrita como agir de linguagem. Assume-se, também, que a tomada de
consciência das propriedades efetivas dessas ações, de suas tendências, sentimentos e
mecanismos de pensamento, de comunicação e de expressão geram desenvolvimento e
aprendizagem (BULEA, 2010). A leitura e a escrita serão abordadas nas dimensões praxiológicas
e gnoseológicas, a partir da investigação das propriedades dessas ações em sua especificidade e
em suas implicações entre si. Essa prática humana e sua tomada de consciência nos sujeitos das
pesquisas e dos próprios pesquisadores, serão localizadas em situações concretas de
investigação, envolvendo a pesquisa empírica e teórica (pesquisa básica). Esses processos
inserem-se na teoria do agir humano, constituído na linguagem, seja verbal ou não verbal, ou,
ainda, nas linguagens sincréticas (influência de uma sobre a outra), como é o caso da linguagem
digital das mídias. Nesse sentido, a perspectiva logocêntrica, própria da racionalidade, será
estendida, no grupo, para uma perspectiva complementar, própria dos processos afetivos e
estéticos (perspectiva estético-afetiva). Os principais objetivos deste grupo de pesquisa são:
Inserir os processos de leitura e escrita na teoria do agir humano, localizando-os como questão
central dos fenômenos de linguagem; Identificar, descrever e conceituar (conceito em
construção) processos específicos pelos quais novas informações e novas significações são
criadas pela leitura e escrita, assim como processos de tomada de consciência desse processo e
das propriedades especificas da leitura e da escrita; Inserir a leitura e escrita na dimensão
197
gnoseológica, identificando como a verbalização, pela tomada de consciência, retorna sobre a
capacidade linguageira de ler e escrever dos falantes, sujeitos das pesquisas, incluindo o
processo de teorização dos dados da pesquisa, por parte dos pesquisadores (princípio do
observador na observação).
Palavras-chave: Linguagem. Agir. Tomada de consciência.
198
intangível é o corpo que se deixa manipular como lugar do visível e do invisível, do dito e do não
dito. É importante considerar que o corpo funciona como materialidade simbólica de
significação, e que pertencemos sempre a diferentes posições- sujeito, dependendo da formação
discursiva na qual estamos inseridos naquele determinado momento. Assim, o corpo da mulher,
aqui mais especificado pelo da mulher plus size, vai sendo marcado por diferentes posições
sujeitos à medida que os discursos vão interpelando e constituindo essas posições sujeitos das
mulheres que foram adensando papéis sociais da mulher. Este corpo feminino sempre
provisório é produzido pelo efeito que os discursos midiáticos produzem.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Corpo Feminino Plus Size. Posição-sujeito.
199
impacto da obra supracitada na literatura nacional que, até então, se apoiava na face sonhadora
e idealizadora da vida, fomentada pelo Romantismo.
Palavras-chave: Literatura. O Cortiço. Aluísio Azevedo.
200
Petrópolis e relatando sua visão desiludida da sua sociedade. Observa seu entorno com
estranhamento e nostalgia, ansiando pela beleza e o alento das horas mais silenciosas. No texto
ensaístico de Oscar Wilde, os Dândis Cyril e Vyvian discutem sobre verdade e mentira, máscaras
sociais e realidade. A obra oferece um retrato do modo de vida torpe da sociedade burguesa da
Inglaterra vitoriana e do spleen, que torna as personagens entediadas e reclusas no seguro
ambiente doméstico, propicio à ociosidade e à elucubração. Por fim, João do Rio instaura o
repórter em suas crônicas, descrevendo o ambiente surpreendente das ruas e dos grupos sociais
desprestigiados, refletindo assim a outra face da belle époque carioca.
Palavras-chave: Decadentismo. Belle époque brasileira. Inglaterra vitoriana.
201
Resumo: Tomamos o corpo afetado por um sintoma que vem aumentando gradativamente nos
últimos anos entre os jovens: a automutilação. Entendendo que se faz necessário compreender
que prática é essa que o sujeito investe em seu corpo, mobilizamos, em nosso corpus empírico,
material teórico oriundo da Psicanálise em sua articulação com a Análise de Discurso
pêcheutiana. A AD trabalha com as estruturas-funcionamento, ideologia e inconsciente, que se
encontram materialmente ligadas na ordem do significante da língua. Isso significa dizer que,
nos processos de constituição do sujeito pela linguagem, o inconsciente e a ideologia são
inseparáveis. A presente pesquisa visa à compreensão do discurso inscrito literalmente no corpo
do sujeito. O corpo, de acordo com a perspectiva adotada no presente trabalho, é percebido
como objeto discursivo. É o corpo dominado pela linguagem que não escapa da interpelação
ideológica, corpo desejante e desejado, submetido ao poder, culturalmente construído, corpo
dócil e submisso, mas que também resiste simbolicamente, que se manifesta em diferentes
práticas discursivas. Vista historicamente, a construção do corpo através da estética, da
religiosidade, do consumo e da sexualidade demonstra a fragmentação dos sujeitos, sujeitos
vazios, angustiados, insatisfeitos com sua aparência física e existência, que não se reconhecem
na passagem para a vida adulta. Daí a automutilação, um ato simbólico de transgressão, uma
tentativa de discursivizar a angústia que o sujeito sente em decorrência do assujeitamento à
forma-sujeito contemporânea. Nossa proposta é tomarmos o corpo como lugar de observação de
sentidos e identificarmos de que forma, através de elementos linguísticos e enunciativos
retirados de enunciados do Facebook, esse sintoma é discursivizado. Os enunciados possuem
pistas indicativas do movimento exacerbado de autopunição criando a “necessidade” de uma
configuração corpórea diferenciada, submetida à sensação de domínio e poder sobre o corpo de
um sujeito que, pela falta de uma falta, busca o gozo excessivo.
Palavras-chave: Discurso. Falta. Excesso.
202
principalmente, que uma perspectiva enunciativa se mostra mais produtiva, já que investiga o
DD como instância enunciativa e não como um mero recurso gráfico.
Palavras-chave: Aquisição da escrita. Discurso direto. Perspectiva enunciativa.
203
(Avaliação de Crianças Em Risco de Transtorno de Aprendizagem), do Instituto do Cérebro do
Rio Grande do Sul, e adultos estudantes de graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul e da Universidade Federal do Rio Grande do sul. Os objetivos desta pesquisa são
(i) investigar o processamento sintático de crianças e adultos através do efeito de priming
sintático; (ii) verificar, através da produção de sentenças passivas e ativas, a existência do efeito
de priming sintático em português brasileiro; (iii) verificar se o efeito de priming sintático pode
ser explicado pela teoria cognitiva de Implicit Learning (CHANG; DELL; BOCK, 2006). O efeito de
priming sintático se manifestou significativamente em crianças e não foi encontrado em adultos
falantes do PB.
Palavras-chave: Priming sintático. Aprendizagem implícita. Processamento da linguagem.
204
Discursiva, possível de ser explicitada e aprendida. Para isso, o professor precisa desenvolver
uma competência, como sujeito dotado de um saber e/ou poder para operar a transformação em
outro sujeito, por meio de performance, ou seja, uma AOE, capaz de proporcionar ao educando
entrar em conjunção com seu objeto de valor: o saber, o aprender (a ler, compreender,
interpretar...), ficando disjunto do desconhecimento, da ignorância.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Atividade Orientadora de Ensino. Semiótica Discursiva.
205
gerados foram o processo de elaboração didática e as duas edições impressas do jornal escolar
De olho no Carva. Os resultados da análise apontam que os estudantes construíram os saberes
requeridos para a compreensão e produção textual dos gêneros editorial e da notícia e tiveram
uma experiência significativa de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Ensino/aprendizagem. Linguística Aplicada. Círculo de Bakhtin.
O ESPIRAL DA MEMÓRIA
Vanessa Zucchi (PUCRS)
Resumo: A existência de uma identidade nacional portuguesa foi um dos temas que ressoaram
nos debates intelectuais do país. A difusão de imagens e discursos que formam um imaginário
coletivo relacionado à nação, não é, entretanto, exclusividade dos acadêmicos. A eles coube,
contudo, a transformação dessa discussão em uma constante, como se percebe em movimentos
como Romantismo, a Geração de 70, o Neogarrettismo, o Saudosismo, a Renascença Portuguesa,
o Integralismo Lusitano, entre outros. Contemporaneamente, enquanto a discussão das
identidades nacionais adquire modelos que tencionam menos a exaltação do que a
problematização do caráter excludente, a questão parece não ter alterado tanto. Na esteira dessa
constatação, esse trabalho enseja evidenciar como o escritor Baptista-Bastos ensaia, no interior
da narrativa ficcional Um homem parado no inverno (2002), uma forma de pensar a identidade
nacional portuguesa, ao intercalar a narrativa ficcional de um homem viúvo em um autoexílio,
com o resgate e a representação do elementos que constituem (ou não) o ser português.
Palavras-chave: Identidade. Literatura portuguesa. Literatura contemporânea.
206
consequentemente, sobre o seu papel na vida humana. Assim, concepções acerca da técnica
criam condições para o desenvolvimento de práticas, quais sejam, culturas tecnológicas. As
práticas culturais contemporâneas, de modo geral, atrelam-se à manipulação de artefatos
midiáticos de toda natureza e, por isso, manifestam apropriações diversas de formações
discursivas (FDs) que amparam o universo tecnológico. Exploraremos três FDs (o liberalismo
econômico do mercado de bens midiáticos; a tecnologia e o acesso igualitário à informação; e o
ativismo tecnológico e o discurso libertário), associando-as a práticas culturais específicas de
apropriação das ferramentas e conteúdos midiáticos. Nos servirão de base autores como Michel
de Certeau, Henry Jenkins, Michel Foucault, Norman Fairclough e Chris Anderson.
Palavras-chave: Tecnologia. Discursos. Mídia.
207
discurso está situado na história e é afetado por uma exterioridade que o constitui. Diante disso,
temos nos dedicado a estudos que se caracterizam, sobretudo, pela reflexão acerca de questões
que perpassam o processo de produção do conhecimento linguístico na história, tomando por
base a observação de diferentes materialidades vinculadas a discursos da e sobre a língua.
Dentre esses estudos, destacamos nossas reflexões sobre a história e a constituição teórica que
sustentou a fundação disciplinar da linguística, bem como a introdução da disciplina nos cursos
de Letras na Região Sul. Os objetos de análise por nós mobilizados voltam-se, por exemplo, a
materiais instrucionais, instrumentos linguísticos, história de vida profissional, periódicos
científicos, programas e ementários da disciplina de linguística, dentre outros. Tais discursos são
considerados como objetos históricos e possibilitam a compreensão tanto do modo como a
produção do conhecimento linguístico constitui-se, em determinada conjuntura sócio-histórica e
ideológica, como o modo de circulação do conhecimento e dos efeitos de sentidos que aí são
produzidos.
Palavras-chave: Língua. História das Ideias Linguísticas. Discurso.
208
para conter os manifestantes, mas se manifesta nos discursos, como o que está em análise, dos
maiores veículos de comunicação do país ao reivindicar, por exemplo, maior rigor das
autoridades, como o que aparece no editorial do O Estado de S. Paulo: “As autoridades da área de
segurança pública, já sabendo disso, deveriam ter determinado à polícia que agisse, desde o
início do protesto, com maior rigor” (08/06/13). Une-se ao discurso como sendo sempre de
outra ordem que não a do sujeito (tomamos aqui o editorial como uma tipologia discursiva que
expressa a posição ideológica do veículo), a noção de objeto a, como o que fica sempre faltando
para que o grande Outro se efetive, por isso é causa de desejo. Entre os questionamentos
levantados pela imprensa, fica a angústia de querer saber o que querem os manifestantes. Este
resto a-significante, que nunca se resume ao que se consegue articular nos registros do
simbólico e do imaginário vem também como uma variação do Real. O que querem os
manifestantes, como se vê articulado nos discursos, não pode ser só a redução de 20 centavos na
tarifa do transporte público, nem o fim da corrupção, nem mais educação e saúde.
Palavras-chave: Outro. Objeto a. Discurso.
209
Resumo: Neste trabalho, debruço-me sobre o tema da construção de identidade de falantes em
uma sala de aula de inglês como língua estrangeira com base nos autores Rajagopalan (1997,
2004), Crystal (1994, 2000a, 2000b, 2008) e Kramsch (2009) e no aparato teórico-metodológico
da Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). Tendo em vista que o objetivo
deste trabalho é verificar se o conceito de falante ideal de língua inglesa é socialmente
construído na sala de aula e, caso seja, como os participantes demonstram isso uns aos outros,
analisei dez aulas de uma turma de língua inglesa. A geração dos dados se deu a partir da
gravação em áudio das aulas de uma turma de nível intermediário em uma escola de idiomas
localizada no sul do Brasil. Posteriormente, as interações foram transcritas com base nas
convenções propostas por Jefferson (2004) e analisadas por meio da perspectiva êmica
(ROBINSON, 2013) e pela sequencialidade interacional (STIVERS, 2013). Os resultados da
investigação apontam que, nesse contexto, os interagentes se mostram competentes
comunicativamente para liderar discussões, sugerir novos tópicos e assumir identidades
variadas e que, portanto, o conceito de nativo da língua inglesa como falante-alvo e prestigioso
está fora das orientações demonstradas por esses interagentes.
Palavras-chave: Variação Linguística. Identidade. Língua Inglesa.
210
religiosidade para o homem do século XIII, fica evidente que o ideal de vida era teocêntrico, bem
como o catolicismo era essencial para o desenvolvimento cultural, social, político e artístico da
época. A metodologia utilizada para a pesquisa consistiu em uma pesquisa bibliográfica e uma
análise estrutural, interpretativa e histórica de quatro cantigas de loor e de suas respectivas
iluminuras pertencentes ao cancioneiro mariano e quatro cantigas de amor selecionadas do
Cancioneiro Profano. Para este artigo, efetuamos um recorte, apresentando a análise da cantiga
de número 10 e sua respectiva iluminura, e da cantiga de amor XII, ambas pertencentes aos
Cancioneiros Mariano e Profano de Alfonso X. Apoiados teoricamente em Lapa (1973), Leão
(2007; 2011) e Paredes (2010), observamos, por meio do texto literário e das iluminuras que
acompanham e ampliam a narrativa verbal da cantiga, a valorização do perfil feminino religioso,
sendo a Virgem Maria o modelo de beleza, virtude, perfeição e singularidade a ser seguido pela
mulher comum do século XIII.
Palavras-chave: Perfil feminino. Cantigas de loor. Cancioneiro profano.
211
Stephen King, que nos narra toda a sua trajetória na profissão de escritor e o que ele pensa sobre
o ato de escrever. Partindo desse ponto, pretende- se refletir de que forma os pensamentos e
teorias do filósofo e crítico literário Blanchot se enquadram no que está sendo produzido nos
dias atuais e em como a trajetória de um escritor consagrado exemplifica isso.
Palavras-chave: Escrita. Blanchot. Stephen King.
212
romance) vale-se de uma multiplicidade de fontes, como memórias pessoais, memórias e
anotações de seu pai, relatos de pessoas e observações de blogueiros. O procedimento narrativo
faz emergir uma constelação de personagens, de identidades que vão compondo o cenário da
cidade livre, transformando-a em um território marcado por diferenças. Essas diferenças
embasam e moldam a civilização que se estrutura no planalto central brasileiro, desafiando os
sujeitos envolvidos a um constante exercício de alteração das identidades pessoais em favor de
um novo projeto de sociedade. Analisar de que maneira se comporta esse sujeito multifacetado,
assim definido por Stuart Hall, diante da complexidade do mundo moderno em que a
subjetividade se forja, e perceber como se constitui a identidade aberta e variada da nova cidade
é o objetivo desta comunicação, que reconhece, na obra de João Almino, a intencionalidade de
engendrar, por meio da fundação de Brasília, um mito fundacional para a identidade brasileira.
Palavras-chave: Cidade Livre. Sujeito multifacetado. Identidade.
213
centra em questões teóricas e práticas. O aporte teórico que conduz a pesquisa é a Análise de
discurso de linha francesa de vertente pecheutiana, pela qual realiza-se a leitura e a
interpretação de discursos inseridos nas mais variadas práticas sociais, posto que para essa
teoria a linguagem não pode ser estudada fora da sua relação com o sujeito e com o social. Nossa
dissertação, em andamento, tem como foco os conflitos urbanos, mais precisamente, a greve dos
professores estaduais, que aconteceu em 2015. A proposta é a análise de materialidades do
espaço urbano recortadas de dois acontecimentos em torno da greve dos professores que
entendemos ser um conflito urbano porque envolve sujeitos filiados a distintas formações
discursivas e, também, porque transforma a cidade. Entendemos que a greve de 2015 e o
movimento grevista dos professores do Paraná, no ano de 1988 instauraram discursos em rede,
tendo em vista que em 1988, o então governador Álvaro Dias protagonizou um acontecimento
que marcou a educação paranaense, pois colocou “cavalos” em cima dos
manifestantes/professores. Esse acontecimento ressoou em 2015, quando na gestão de Beto
Richa, os professores sofreram violência e foram alvejados com balas de borracha e gás
lacrimogêneo desferidas pela tropa de choque. Nosso objetivo, com esta dissertação, é mostrar
como após 27 anos de diferença, entre uma greve e a outra, discursos e memórias da greve de
1988, que aparentemente estavam esquecidos, voltaram a circular, ressoando e atualizando
sentidos no movimento grevista de 2015. Isso ocorre pelo trabalho da memória que resulta de
redes parafrásticas em torno desses acontecimentos urbanos. Os fios que permeiam as análises
passam, portanto, pelas noções ligadas ao sujeito, à ideologia e à memória no discurso sobre o
urbano. Isso porque, na Análise de Discurso, os sujeitos e a cidade constituem um corpo sócio-
histórico, formando um só corpo.
Palavras-chave: Discurso Urbano. Memória. Movimento Grevista.
214
OS ATOS ILOCUTÓRIOS DO BAH
Gabrielle Perotto de Souza da Rosa(PUCRS)
Patrícia de Andrade Neves (PUCRS)
Patrícia Martins Valente (PUCRS)
Resumo: A filosofia da linguagem é uma das principais áreas da filosofia contemporânea. É essa
corrente que é a responsável pelos estudos dos fenômenos linguísticos e pela interação da
linguagem com o mundo. As teorias de Austin e John Searle sobre Os Atos de fala ajudam os
falantes da língua a entenderem um pouco mais sua complexidade e a perceberem o quão
profundas são as reflexões sobre a faculdade da linguagem. O presente trabalho pretende
analisar as diferentes formas e entonações da interjeição usada especificamente no Rio Grande
do Sul, o Bah!, embasando-se na teoria dos Atos de Fala de Austin e também nos estudos de John
Searle. Os nativos do estado utilizam-se de forma muito recorrente desta interjeição, mas ela não
tem somente um significado, pode ser dada a inúmeras interpretações. E sem o interlocutor
dizer o significado do bah que ele está proferindo no momento, somente emitindo a interjeição, a
comunicação entre locutor e ouvinte se faz eficiente, de forma que uma simples palavra consiga
resumir a emoção sentida e a intenção expressada no momento. Para esta pesquisa, foram
utilizados exemplos que demonstram as diversas situações em que a interjeição bah é utilizada
por seus interlocutores, por meio do vídeo de um comercial local, assim como definição do
Dicionário de Porto-Alegrês de Augusto Fischer, que trata desse uso. O embasamento teórico
auxilia na análise das interjeições utilizadas pelos seus falantes.
Palavras-chave: Atos ilocutórios. Atos de fala. Bah.
215
discussões sobre conceito de gêneros textuais e sua importância no ensino, bem como discorrer
sobre as africanidades e sua relação com a educação, demonstrar a função que o discurso exerce
nas questões raciais e apontar direcionamentos teóricos para o trabalho com as africanidades e
com os gêneros textuais nas aulas de português dentro do projeto.
Palavras chave: Ensino de Língua Portuguesa. Africanidades. Gêneros Textuais.
216
governo federal reconhece a importância de organizações não governamentais que desenvolvem
atividades culturais em nível comunitário. Por suas ações no campo das artes e da cultura, os
Pontos de Cultura objetivam interferir na realidade de suas comunidades, buscando uma
transformação que se efetive na prática, tal como preconizam teóricos dos Estudos Culturais, a
exemplo de Raymond Williams, Stuart Hall e Terry Eagleton, e também como ensinam Bauman
(cultura como práxis) e o brasileiro Paulo Freire. Esta apresentação atém-se à discussão e
análise de experiências de promoção e democratização do acesso à leitura, bem como de
fomento à produção literária de grupos costumeiramente excluídos, tais como idosos, crianças
em situação de vulnerabilidade social, presidiários, etc., como meio de empoderamento e
estímulo ao protagonismo social. Mais especificamente, trata-se de experiências desenvolvidas
pelos Pontos de Cultura Borrachalioteca, em Sabará-MG, e Barca dos Livros, de Florianópolis-SC.
O estudo é parte de tese defendida em 2015 junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Linguagem da Unisul. Tal pesquisa demonstrou que os Pontos de Cultura constituem uma
experiência de exercício da democracia participativa e colocam em prática um modelo de gestão
compartilhada de cultura em que governantes e governados deliberam conjuntamente sobre as
políticas públicas, complementando as ações do modelo de democracia representativa vigente
no país.
Palavras-chave: Leitura. Pontos de Cultura. Empoderamento.
217
Resumo: O parto, ou nascimento, é considerado, historicamente, um evento natural que, ao
longo da história das civilizações, sofreu várias transformações, sem, contudo, perder o status de
um dos acontecimentos mais marcantes da vida dos sujeitos. De evento antes restrito ao âmbito
familiar, e, logo, do domínio do privado, o parto passa a constituir um evento externo, cercado
por personagens estranhas, em uma relação em que os laços afetivos passam a ser
desconsiderados. No ambiente hospitalar, a prática tecnicista e despersonalizada privilegiava os
profissionais em detrimento das mulheres e os discursos sobre a violência obstétrica sofrida por
elas, por muito silenciados, tornam-se uma constante. No Brasil, a fim de tentar controlar essa
prática, que fere a dignidade do sujeito-feminino, a Organização Mundial da Saúde, o Ministério
da Saúde e Organizações Não Governamentais, formularam propostas de mudanças no
atendimento às parturientes, as quais incluem o respeito “a sua individualidade, valorizando o
seu protagonismo no momento do nascimento e respeitando as diferenças, sejam elas culturais,
sociais, de crenças, ou outras. Em virtude dessas mobilizações, passou-se a discutir amplamente
acerca do nascimento e das formas de nascer, fazendo irromper inúmeros discursos advindos de
vários campos do saber, acerca da violência contra a mulher e a negação dos seus direitos no
momento do parto. Neste trabalho, pretendemos investigar como a violência obstétrica é
discursivizada no discurso jornalístico e que memórias nele ressoam, tomando por base duas
reportagens publicadas em duas revistas de circulação no país. Para dar conta dos nossos
objetivos, nos embasaremos nos pressupostos teóricos da Análise de Discurso, fundada por
Michel Pêcheux, na França, e difundida no Brasil, por Eni Orlandi e pelo grupo de pesquisadores
que a ela se ligam.
Palavras-chave: Discurso. Sentido. Violência obstétrica.
218
OS SUJEITOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NA REGIÃO DE TUBARÃO: A ORDEM DO DISCURSO
ENTRE O MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO
João Antolino Monteiro (UNISUL)
Resumo: O presente artigo busca compreender a econômica solidária enquanto movimento de
resistência dos trabalhadores excluídos do processo produtivo. Como sabemos o sistema
capitalista tem como premissa básica transformar tudo em mercadoria em busca do lucro, e
quando os trabalhadores não são mais servíveis a esse sistema são excluídos. Esse processo de
exclusão se agrava com a revolução industrial inglesa e se aprofunda com a introdução da
maquinaria no processo produtiva, tirando do trabalhador o trabalho. Na busca de inserção no
sistema produtivo, a economia solidária tem como fundamento um processo de produção que
coloca o homem no centro e valoriza o trabalho enquanto forma de vida, enquanto capacidade
produtiva e criativa do homem. A organização a economia solidária se em empreendimento que
tem como fundamento a autogestão, a cooperação e a solidariedade no processo produtivo.
Porém, mesmo apresentando-se como oportunidade de inclusão o movimento da economia
solidária enfrenta resistências. O movimento encontra resistência por parte dos seus membros
em aderirem ideologicamente a economia solidária. Nesta perspectiva procura-se através da
análise do discurso procura-se saber se a economia solidária consegue romper com a ideologia
capitalista ao instituir um discurso baseado na solidariedade em contraposição o discurso
individualista do capitalismo.
Palavras-chave: Economia Solidária. Capitalismo. Cooperação
219
PADRÕES ACÚSTICOS NA PRODUÇÃO DAS VOGAIS EPENTÉTICAS DO PORTUGUÊS
BRASILEIRO E EUROPEU
Roberta Quintanilha Azevedo (UCPEL)
Resumo: No português brasileiro (PB), em sequências heterossilábicas com plosiva em coda
medial (“apneia” ou “acne”), há epêntese para licenciar a estrutura silábica (CAGLIARI, 1998;
COLLISCHONN, 2002; CÂMARA JR., 2007). No português europeu (PE), diferentemente, parece
haver consenso na literatura acerca da ausência desse tipo de epêntese (MATEUS, s. d; MATEUS
E ANDRADE, 2000; FROTA E VIGÁRIO, 2000; PARLATO-OLIVEIRA, 2007; PEREYRON, 2008;
HŘIBALOVÁ, 2009). Entretanto, os trabalhos tendem a descrever as produções apenas sob dois
padrões: ausência ou presença de epêntese plenamente vozeada. Há carência de tratamento
acústico das características da epêntese vocálica, que possa revelar padrões ainda não descritos.
Nesse sentido, a presente pesquisa teve dois objetivos: verificar, nos contextos mediais de
palavras “k.t, k.n, p.t, p.n, p.s, b.s, g.n, g.m, f.t, d.m, d.j, d.v, t.m, t.n”, os índices de epêntese nas
produções de falantes nativos do PB e do PE; descrever a qualidade da vogal epentética
encontrada, verificando se há um padrão de epêntese para cada contexto silábico. Para a
obtenção dos dados, participaram da pesquisa oito falantes do PB e oito do PE. Optou-se pela
utilização de um instrumento de coleta de dados, em detrimento de fala espontânea, de forma a
controlar os contextos e a eliciar múltiplos tokens. Na análise instrumental dos dados, foi
utilizado o software PRAAT (BOERSMA e WEENINK, 2014), que permitiu a verificação das
propriedades acústicas dos segmentos, como duração e frequências formânticas, possibilitando
a caracterização da vogal epentética do português. O estudo mostrou a presença de epêntese
tanto no PB como no PE, e também evidenciou que a vogal epentética, usualmente transcrita
como uma vogal lexical, dela é acusticamente distinta: possui especificidades formânticas,
duração reduzida, além de desvozeamento. Embora a vogal epentética presente no PE e no PB
seja variada, o estudo apontou um padrão de acordo com o contexto silábico.
Palavras-chave: Epêntese. Português Brasileiro. Português Europeu.
220
Resumo: A partir da integração entre iconotextos e textos linguísticos – cujo conjunto compõe
politextos – objetiva-se discutir efeitos cômicos desencadeados por jogos de antropomorfização
e zoomorfização aplicados na caracterização de personagens e cenas da história Fipps der Affe
(1879) de Wilhelm Busch. Os suportes teóricos e metodológicos provêm das propostas de
Gérard Genette (1982, 1987, 2009) no quesito “paratextualidade” e de José Yuste Frías (2010,
2014) no que concerne à “paratradutologia”. Em relação à comicidade, ao humor e ao riso adota-
se os postulados de Bergson (2001) e Propp (1992). As discussões remetem aos espaços que
envolvem o ego, nunc e hic do autor e de seu texto. Para levar a cabo a proposta, parte-se de
informações peritextuais e epitextuais para a realização de análises contrastivas de base micro e
macroestrutural. Finalmente, cabe explicitar que Wilhelm Busch (1832 – 1908) foi escritor,
ilustrador, poeta e caricaturista na Alemanha do século XIX. Desenvolveu sua arte em um
período de francas rupturas, que conduziram a profundas mudanças de paradigmas em grau
sociológico, científico e artístico, sendo um dos principais precursores do gênero Histórias em
Quadrinho (HQ).
Palavras-chave: Paratradução. Fipps der Affe. Wilhelm Busch.
221
rádio transmite noticiário de Portugal. O locutor fala da Revolução dos Cravos, manifestações de
rua em Lisboa” (p. 59), do autor moçambicano Mia Couto. A análise sinaliza as relações das
personagens (entre si e com o mundo que as cerca e/ou as cercou). No enredo, o romance de Mia
Couto coloca em cena fatos alicerçados pela ocorrência real da Revolução dos Cravos, em 1974,
cujas consequências atingiram predominantemente o povo de Moçambique, dando origem à
“liberdade” daquele povo. Ainda que se traduza como uma obra terceiro-mundista, as
personagens, sobretudo as femininas, tem suas subjetividades, identidades e representações
afetadas pelo tempo e pelo espaço, atravessando fronteiras e chegando até nós. Todas essas
personagens, apesar de viverem em épocas e localidades diferentes, apresentam suas histórias
de vida as quais as fazem tão iguais a tantas outras personagens da vida real, uma vez que, tais
como estas, tem a existência marcada por conflitos internos e externos. Como a obra literária
(re)cria uma nova realidade, é imprescindível associar essas leituras às aulas de Literatura,
fazendo refletir o aluno sobre esse mundo novo que se descortina nas páginas, aqui, de Vinte e
Zinco.
Palavras-chave: Literatura Africana. Ensino. Mia Couto
222
Propomo-nos, nesta fase inicial, a trazer algumas reflexões resultantes de nossas primeiras
observações. Sabemos que a formulação desta política de língua sofreu diversas alterações,
presentes na própria nomeação/designação empregada, em que tínhamos inicialmente ‘reforma’
e atualmente ‘acordo’. Nesse sentido, nosso objetivo é investigar no campo político, jurídico,
histórico e linguístico como este ‘jogo’ de nomeações/designações evidencia mecanismos de
antecipação e as formações imaginárias que dele derivam. Seguiremos como pressupostos a
teoria da Análise de Discurso Francesa, fundada por Michel Pêcheux e desenvolvida no Brasil
por Eni Orlandi e outros estudiosos. Unida a esta teoria utilizaremos, também, a teoria da
História das Ideias Linguísticas, partindo do que propõe Sylvain Auroux na França. Nossa
metodologia se centra na realização de um levantamento discursivo em instrumentos
linguísticos, como dicionários, acerca dos vocábulos ‘reforma’ e ‘acordo’. Para, então,
estabelecermos regularidades/ou não de sentidos, estes por sua vez nos remeterão/ou não às
formações imaginárias dos sujeitos a que se destinam tais políticas. Por resultado inicial,
observamos que os sentidos inscritos nas palavras antecipam imagens distintas de sujeitos.
Desse modo, encontramos de um lado ‘reforma’, sugerindo uma proposta que projeta o exercício
de uma autoridade superior, capaz de tomar decisões e promulgá-las; e, de outro lado, ‘acordo’
mobilizando sentidos em que as partes envolvidas atuam e se posicionam deliberando as
decisões. Assim, encontramos diferentes antecipações de sujeitos, evidenciando movimentos e
concepções político-ideológicas desiguais.
Palavras-chave: Políticas linguísticas. Antecipação. Formações imaginárias.
223
POTENCIAL DA LEI DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: ENTRE O DISCURSO POLÍTICO
E O DISCURSO PEDAGÓGICO
Maria Sirlene Pereira Schlickmann (UNISUL)
Resumo: Esta pesquisa é resultado de investigação desenvolvida na linha de pesquisa “Texto e
Discurso”, do Programa de Doutorado em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de
Santa Catarina. Reflete acerca do processo de implementação da Lei n. 11.274/2006, que amplia
o Ensino Fundamental de oito para nove anos de duração. São objetivos desta comunicação: a)
investigar o processo de implantação do Ensino Fundamental de nove anos – Lei nº.
11.274/2006 – e seu impacto em instituições educacionais de Santa Catarina; conhecer os
limites e desafios encontrados por essas instituições para adequarem-se ao que foi instituído
pela Lei nº. 11.274/2006. O dispositivo teórico-metodológico e analítico é o da Análise de
Discurso (AD) de linha francesa, mais especificamente os estudos de Pêcheux e Orlandi. Para
pensar a instituição escola enquanto espaço institucionalizado, instituições de poder, Althusser e
Foucault. Em relação ao discurso pedagógico do Ensino Fundamental de nove anos, subsidiaram
as reflexões os documentos oficiais produzidos pelo Ministério da Educação e as discussões
sobre o processo de alfabetização e letramento a partir de Soares e Tfouni. A pesquisa de campo
foi realizada em quatro escolas públicas de Ensino Fundamental, situadas em quatro municípios
da região da AMUREL (SC). Os resultados apontam um discurso centrado numa realidade
multifacetada, onde o discurso político e o discurso pedagógico, situados numa dimensão
discursiva macro, que envolvem o discurso oficial do EF9A, não chegam às dimensões meso e
micro da mesma forma e, por conseguinte, também não chegam às instituições escolares. Há
uma heterogeneidade discursiva que constitui os sujeitos em cada um desses lugares
discursivos, sendo que na instância discursiva micro (da escola), os professores continuam
trabalhando a partir dos seus saberes, atuando a partir de uma lógica da escolarização, sem
considerar a infância e mantendo o sujeito criança, nesse espaço institucionalizado que é a
escola, na (in)visibilidade.
Palavras-chave: Análise de discurso. Ensino Fundamental de nove anos. Lei 11.274/2006.
224
pelo computador que pesquisa os processos de comunicação humanos realizados através da
mediação das tecnologias digitais (RECUERO, 2012).
Palavras-chave: Interação. Fórum. Intercâmbio linguístico-cultural.
225
contribuirá para compreensão de nosso enfoque tais como Assmann (2000), Brito e Purificação
(2008), Carvalho e Ivanoff (2010), Santos (2012), Queiroz (2013) entre outros. O corpus do
trabalho serão as informações obtidas dos artigos produzidos pelos professores PDE (de 2007 a
2012); respostas dadas a questionário, elaborado a partir do recurso disponível pelo
Google.docs e entrevista aplicada a professores. O trabalho insere-se em discussões teóricas
sobre a formação contínua de professores e sobre as práticas de língua portuguesa por meio das
NTIC. Mesmo diante dos trabalhos já realizados, nossa contribuição será substancial, pois visa a
práticas docentes em período de formação continuada no Paraná e, consequentemente, a
continuidade dessa prática a partir da formação.
Palavras-chave: Ensino. Língua Portuguesa. Novas Tecnologias.
226
Said Ali (1964 [1921]). Porém, algumas gramáticas tradicionais publicadas no Brasil, embora
digam que o uso de artigo diante de possessivo é indiferente, ainda apresentam como regra a
omissão do artigo diante de pronome possessivo junto a nomes de parentesco (pai, mãe, tio,
irmão). Segundo Monteagudo (2012), comparando o galego com o PB e com o PE, há mais
semelhanças entre galego e PB do que entre galego e PE. Ao afirmar que no PE o uso do artigo é
de tendência “a fazer obrigatório o uso do determinante”, contrastando com o que ocorreria no
PB (dando a entender que não se usa artigo diante de possessivo no PB), Monteagudo se
fundamenta em autores (de gramáticas prescritivas, em geral) que não demonstram cabalmente
esse (não) emprego, porque não utilizaram dados reais de fala. Quem viaja pelo Brasil afora
percebe essa diferença no emprego do artigo definido diante de nome próprio e de possessivo,
porque o fenômeno se comporta, justamente, de forma variável. Uma primeira distinção seria
entre os grupos de dialetos das regiões norte-nordeste em contraste com os das regiões do
centro-sul do país: grosso modo, os primeiros fariam menos uso do artigo diante do possessivo e
os segundos, o contrário. Porém, já em 1934, Marroquim distinguia diferentes realizações entre
Alagoas e Pernambuco, dois estados nordestinos contíguos. Para verificar o comportamento do
artigo diante de possessivo e diante de nome próprio no PB, pretendemos comparar Curitiba
com João Pessoa, utilizando amostras reais de fala, de coleta sistemática, sociolinguística, de dois
bancos de dados: VARSUL e VALPB. Este trabalho vai apresentar os resultados estatísticos de
Curitiba (variáveis: sexo, faixa etária, escolaridade).
Palavras-chave: Varsul-Curitiba. Uso do artigo. Pronome possessivo.
227
Palavras-chave: Individuação. Filtro Invisível. Análise do Discurso.
228
Palavras-chave: Identidade. Imaginário. Mito.
229
Palavras-chave: Discurso. Mídia. Imagem.
230
Resumo: Neste estudo foram analisadas as rasuras, marcadas por apagamentos, inserções,
sobreposição, ligadas ao conflito entre a variante fonética falada pelo escrevente e a imagem que
o escrevente supõe da representação gráfica prescrita pela escola. Consideram-se as rasuras um
momento de “aceitação” e “recusa” do escrevente à heterogeneidade da (sua) escrita. A hipótese
que norteia este estudo é que as rasuras seriam sinais de um deslocamento da criança em
relação à (sua) escrita e à escrita do outro e, portanto, indícios de divisão enunciativa do sujeito
escrevente (CAPRISTANO, 2013). Adota-se para tanto, o referencial teórico da heterogeneidade
constitutiva da escrita (CORRÊA, 2004), na qual se supõe a não existência de enunciados
puramente escritos ou falados. O corpus examinado refere-se a 449 enunciados escritos por
crianças da antiga primeira série do Ensino Fundamental I, no qual foram identificadas 35
rasuras. Dentre os principais momentos de conflitos ressalta-se: a omissão da coda vibrante
final; a marcação do ditongo; o registro das vogais pretônicas; e a neutralização das vogais
postônicas finais. Esses conflitos são consubstanciais à linguagem, não-coincidências que
emergem na superfície do dizer, em que o escrevente por meio de ‘escolhas’ e ‘recusas’ circula
pela gênese da escrita e pela representação do código institucionalizado, destacando o conflito
na representação da (sua) escrita, constitutivamente heterogênea.
Palavras-chave: Escrita. Rasura. Variante fonética.
231
Clarice de Pinho Valente Duarte (FURG)
Resumo: Considerando a importância do ensino de língua estrangeira desde os anos iniciais do
ensino fundamental, o presente trabalho visa discutir formas de tornar o ensino da Língua
Espanhola eficaz nessa etapa da educação, bem como discutir acerca da identidade do
profissional responsável por tal aprendizado. Qual é a sua formação? Essas considerações são
oportunas, pois sendo, provavelmente, o primeiro contato dos alunos com uma língua
estrangeira em um ambiente formal de ensino, essa experiência poderá determinar o interesse e
a motivação futura do aluno em relação ao aprendizado da ‘língua meta’. O trabalho com
crianças dos anos iniciais exigirá do professor um conhecimento acerca das metodologias de
ensino do espanhol como língua estrangeira considerando as especificidades da infância.
Buscou-se por isso, através de revisão bibliográfica, produções sobre o tema. Pesquisadores na
área sustentam a necessidade de abordar os aspectos linguísticos da LE de forma lúdica,
utilizando os mais variados gêneros textuais, bem como o trabalho com jogos. Rocha (2008)
sugere que os diferentes gêneros combinados possibilitam ao aluno ‘narrar cantando, contar
brincando ou brincar narrando’. Silva (2008) defende os benefícios do trabalho com jogos no
processo de ensino-aprendizagem, pois eles desenvolvem as capacidades motora, afetiva e
cognitiva dos alunos. Além disso, o jogo na sala de aula possibilitará um ambiente no qual os
alunos utilizarão os conhecimentos linguísticos com um propósito comunicativo significativo, o
que, consequentemente, motivará o aprendizado. A leitura e estudo do referencial teórico
embasou o planejamento das aulas de Língua Espanhola ministradas em turmas de primeiro a
quinto ano do ensino fundamental em uma escola em tempo integral na cidade de Rio Grande,
Rio Grande do Sul. Estas questões e experiências motivam o projeto de pesquisa que será
apresentado no 4º Sul Letras – Formação de Redes de Pesquisa.
Palavras-chave: Ensino. Língua Espanhola. Ensino Fundamental.
232
Resumo: Os Repositórios Institucionais (RI) surgiram como desdobramento político de uma
mobilização mundial em favor do amplo acesso à informação científica, e vêm ganhando espaço
no cenário científico-acadêmico atual (WEITZEL, 2006; MURAKAMI e FAUSTO, 2013;
KURAMOTO, 2015). Segundo o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, um
RI é definido como “um tipo de biblioteca digital. (…) um serviço de informação científica – em
ambiente digital interoperável – dedicado ao gerenciamento da produção científica e/ou
acadêmica de uma instituição” (IBICT, 2012, p. 7). Esta definição evidencia a dimensão
institucional dos RI enquanto uma espécie de arquivo, mas parece silenciar sua dimensão
discursiva. A noção de arquivo, tomada aqui como “campo de documentos pertinentes e
disponíveis sobre uma questão” (PÊCHEUX, 1982/1994, p. 57), remete-nos ao fato de que todo
arquivo constitui-se como “uma instância e um lugar de autoridade” (ROMÃO; LEANDRO-
FERREIRA; DELA-SILVA, 2011, p. 11) que funda-se no âmbito do controle e do político. Para
Pêcheux (1982/1994) a leitura do arquivo se dá na relação da língua com a discursividade, num
gesto que é sempre afetado pela exterioridade constitutiva, que é de ordem histórico-ideológica.
Na perspectiva discursiva, a noção de arquivo institucional se diferencia da noção de arquivo
discursivo, isso porque a primeira concepção é de natureza empírica e é determinada
politicamente (entre outros fatores), enquanto a segunda é de natureza simbólica e é
determinada histórica e ideologicamente. É na exata medida dessa distância entre uma e outra
que se encontra nosso interesse pelos RIs. No presente trabalho, exploraremos essa diferença
visando estabelecer uma relação entre essas duas dimensões de um RI.
Palavras-chave: Repositórios Institucionais. Arquivo. Discurso.
233
REPRODUÇÃO: UM DISCURSO QUE SE REPETE
Ádria Graziele Pinto (UNISC)
Ana Claudia Munari Domingos (UNISC)
Helena Jungblut (UNISC)
Resumo: Este trabalho vincula-se ao projeto Vozes da Cultura Contemporânea: ficção em
primeira pessoa, coordenado pela Profª Dr. Ana Cláudia Munari, cujo objetivo é refletir sobre as
mentalidades e tendências da ficção contemporânea, centralizando sua atenção no narrador. A
partir da perspectiva que Santaella (2013) propõe, de que as práticas realizadas no ciberespaço
têm influenciado os modos de produção e recepção de textos, infere-se que os modos de dizer
são afetados por tecnologias, sendo um reflexo dos modos de vida. Ao concentrar-se no sujeito
moderno e no meio que o circunda, o trabalho abrange três diferentes campos de atuação: a
sociologia, aqui representada através das reflexões sobre a cultura contemporânea; a
comunicação, quando discorre a respeito da interação entre mídias e a escrita de ficção e, por
fim, a teoria da literatura, ao observar a figuração do narrador e sua produção narrativa atual.
Para tanto, sustentamo-nos em Norman Friedman (2002) e Schøllhammer (2009) para pensar o
ponto de vista do narrador na ficção brasileira contemporânea. Vinculado a esse estudo, este
trabalho tem a intenção de realizar uma leitura interpretativa da obra Reprodução, de Bernardo
Carvalho (2014). Em um jogo entre narradores monológicos, em um discurso parcial, a lógica
narrativa é construída através de ironias a respeito da “hiper(des)informação” do sujeito
moderno, que constrói suas opiniões e ideologias através do conteúdo de revistas, blogs e redes
sociais, em uma cadeia de reprodução de sentidos. O romance, como desejamos mostrar,
apresenta, assim, a tendência à desconstrução da voz autoral a partir da sua inserção na cultura
digital.
Palavras-chave: Narrativas Contemporâneas. Cultura Digital. Reprodução.
234
obra: uma, a narradora Catarina; a outra, uma terra relegada a uma condição de insignificância
desde o olhar colonial, o próprio Timor Leste, que estava à deriva antes da independência. É
desde essa ordem contextual que este trabalho pretende evidenciar o deslocamento dos
personagens que figuram na narrativa de Luís Cardoso e o silêncio histórico a que são relegados.
Bachelard, Bakhtin, Cassirer, Meletínski, Paz, Said e Steiner servirão de base teórica para a
construção dessa materialidade.
Palavras-chave: Literatura. Timor Leste. Luís Cardoso.
235
(MACHADO, 2009, p. 18). Nesse exercício de (re)criar sentidos, o espaço escolar passa a ter
papel importante, visto que, segundo Zilberman (1991), é delegada à escola a função de
despertar na criança o gosto pela leitura. Dessa forma, as atividades propostas em sala de aula, a
partir da leitura, devem estimular o interesse dos alunos, não apenas servindo de pretexto para
o ensino de gramática, conforme explicação de Lajolo (1982).
Palavras-chave: Literatura. Leitura. Contação de histórias.
236
(consolidando Carver como um escritor minimalista), mas também remodelou os sentidos
empregados nas histórias. Ao cotejarmos o manuscrito original de Carver com a versão editada
por Gordon Lish percebemos que o editor silencia os personagens de Carver, relegando-os a
posições sociais inferiores, incapazes de lidar com os seus problemas e inábeis ao comunicarem-
se uns com os outros. Este aspecto, em particular, era ultrapassado nos manuscritos originais,
publicados pela viúva de Carver 20 anos após a versão editada de Lish. Através de um encontro
interdisciplinar entre componentes da análise do discurso e os estudos culturais pretendemos
revelar as distorções ideológicas que permeiam a narrativa editada por Lish. Para embasar este
artigo, me amparo nas teorias da análise do discurso francesa e em seus pressupostos acerca do
sujeito, história e língua. A questão do silenciamento e da censura editorial é analisada tomando
como base as teorias desenvolvidas por Eni Orlandi.
Palavras-chave: Raymond Carver. Gordon Lish. Silenciamento.
237
ligada ao dever-ser? O funcionamento de Madre Tierra como um nome que dá identidade à lei e a
“algo” dotado de personalidade jurídica não é suficiente para pensar que a opacidade deste
nome, escrito na letra da lei, constitui uma subjetividade? Seria a cosmovisão dos povos nativos
o real da lei, que agora o Estado simboliza, como porta voz das lutas indígenas? Há que
considerar, pois, que o processo de subjetivação, na AD, pressupõe teoricamente a concepção de
uma subjetividade em corpo, pois atravessada pelos questionamentos da Psicanálise de viés
lacaniana, que traz o sujeito do inconsciente para pensar o processo de interpelação. Ao atentar
para o processo de subjetivação e os ruídos que este acontecimento pode ocasionar, há por
objetivo analisar que efeitos de sentido e deslocamentos teóricos são produzidos a partir das
formas de nomear, designar, referenciar, subjetivar a Madre Tierra na sua materialização
linguístico-discursiva num texto legal/legítimo.
Palavras-chave: Subjetividade. Nome. Madre Tierra.
238
relação com o silêncio e é este movimento que abre espaço ao gesto de interpretação. Ao ler
alguns contos da autora brasileira Lygia Fagundes Telles, o leitor se depara com a ausência de
uma estrutura clássica a respeito do destino da personagem principal. Por clássica, entende-se
aquela composição de texto que se apresenta de forma linear, com começo meio e fim. A
ausência desta linearidade, principalmente ao que se refere ao final dos contos, que costumam
ser marcados por dúvidas, incertezas e ambiguidades, transfere ao leitor a responsabilidade de
interpretação e efeito de fecho dos casos. Neste contexto, busca-se, então, analisar e
compreender como se dá o envolvimento do sujeito-leitor com a forma de escrita destes contos e
suas relações com os sentidos, o gesto de interpretação e sua responsabilidade ao assumir o
efeito de fecho.
Palavras-chave: Sujeito-leitor. Interpretação. Incompletude.
239
escolas brasileiras, chamada de ProInfo. No gesto de leitura e interpretação, mobilizamos
dispositivos teóricos que podem ajudar na discussão e compreensão do que é visível no texto e
no discurso e o que sofre apagamento. Tomamos o termo ‘Tecnologia’ e seus derivados a fim de
responder à pergunta: qual o lugar da tecnologia no processo educativo indicado pelos
documentos analisados? Na contradição da realidade educacional, entre o real e o ideal, o
discurso da tecnologia povoa o imaginário como a resolução de problemas. Considerar a
textualidade digital como uma das práticas que podem e devem fazer parte daquelas que
ampliam conhecimentos significa o primeiro passo para uma modificação que já acontece na
sociedade e que a Escola não quis ver durante muito tempo. Há, com a tecnologia, o efeito de
sentido de modernização das Escolas, e isso inclui o uso da tecnologia e a força do contexto
sócio-histórico que reserva mais ao discurso da modernização do que à ação propriamente dita.
A garantia de uso não é garantia de aprendizagem, no entanto é, talvez, a possibilidade de
sentido de construção da autonomia, no contexto digital, a partir da prática, da reflexão, do uso.
Os sentidos dispostos dão conta que o papel que o Estado toma para si é o de provedor, e
também apaga o sentido de que não há responsabilidade além de prover, não há reflexão ou ação
empreendedora de construção de autonomia do sujeito.
Palavras-chave: Tecnologia. Análise de Discurso. Escola.
240
semântica argumentativa proposta por Oswald Ducrot e colaboradores, a Teoria da
Argumentação na Língua (ANL). O objetivo é evidenciar que a ANL foi criada a partir das
reflexões de Saussure sobre a língua como um sistema de signos em relação, que motivaram o
desenvolvimento de uma semântica linguística. Esta investigação parte das bases conceituais da
ANL até sua forma recente, a Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), de Carel e Ducrot. A proposta
é que a concepção saussuriana de sistema de signos relacionados entre si permitiu a criação de
conceitos básicos da ANL/TBS, tais como os de orientação argumentativa e de interdependência
semântica entre segmentos de um encadeamento argumentativo. Segundo os princípios da
ANL/TBS, o sentido de uma expressão linguística se dá a partir das relações estabelecidas com
outras expressões no discurso. Dessa maneira, percebe-se que o sentido não é construído a
partir da entidade linguística tomada isoladamente, mas sim pelas entidades em relação, o que
está de acordo com o preceito saussuriano de valor do signo linguístico.
Palavras-chave: Sistema. Relação. Valor.
241
Cláudia Lima Pimentel (PUCRS)
Resumo: O português como língua adicional assume uma posição de destaque no cenário
brasileiro atual, pois existe significativo aumento na entrada de estrangeiros em universidades
brasileiras devido a fatores socioeconômicos, políticos etc. que se destacam no país. Aliada à
crescente demanda, existe a necessidade de se trabalhar com propostas metodológicas
interessantes, atuais e que contribuam para o ensino e aprendizagem do estudante de
português. A partir dos Jogos Olímpicos de 2016, teremos a oportunidade de trabalhar com
Objetos de Aprendizagem (OAs) que visem à proficiência do aprendente de português, utilizando
essa temática. De um lado, os OAs nos permitem apresentar sugestões de recursos educacionais
oriundos das reais necessidades linguísticas do aluno- estrangeiro. De outro lado, a
Terminologia serve como sustentação teórica para pesquisa e descrição de termos e fraseologias
que devem ser manejadas eficazmente pelo aluno- estrangeiro em suas atividades. A face
aplicada da Terminologia, a Terminografia, converge no objetivo de atender a necessidade de
um falante mediante uma variedade técnica da língua, e produzir obras de referência, como
glossários, léxicos, dicionários terminológicos etc. Tomando o léxico dos Esportes Olímpicos
como contexto, temos uma tríplice interface, a fim de criarmos condições para os alunos se
motivarem a aprender não apenas o português como língua adicional, mas também a variedade
lexical das Olimpíadas, seus valores desportivos e culturais.
Palavras-chave: PLA. Objetos de Aprendizagem. Terminologia
242
TIM BURTON: CINEMA, LITERATURA E AUTORIA
Xênia Amaral Matos (UFSM)
Resumo: Tim Burton é um cineasta norte-americano reconhecido mundialmente por filmes
como The Nightmare Before Christmas (1993), Edward Scissorhands (1990) e Beetlejuice (1988).
Em 1997, ele publica o livro The Melancholy Death of Oyster Boy and Other Stories (1997), um
compilado de 23 histórias em verso acompanhadas de ilustrações feitas pelo próprio Burton. As
personagens dessas histórias destacam-se pela estranheza que causam: em sua maioria, seres
infantis impressionam o leitor ou pelos seus corpos (possuir muitos olhos, ter uma cabeça de
ostra ou de melão, um corpo que se transforma em uma cama, que é usado como lata de lixo), ou
por seus hábitos (cheirar cola, olhar fixamente para tudo), ou ainda por possuir um corpo
peculiar e hábitos peculiares (ser menino tóxico que intoxica o ambiente em sua volta, por
exemplo). Tendo em vista as discussões sobre autoria nas áreas do cinema e da literatura, o
presente trabalho busca investigar quais possíveis marcas autorais permanecem em ambas as
áreas. Para tal, o corpus selecionado é composto pelos filmes The Nightmare Before Christmas
(1993), Edward Scissorhands (1990) e Beetlejuice (1988) e pelo livro The Melancholy Death of
Oyster Boy and Other Stories (1997).
Palavras-chave: Tim Burton. Autoria. Mídias.
243
diálogo entre a tradução e o jornalismo, em especial na análise do fazer tradutório e o fazer
jornalístico, gera o conceito do jornalista-tradutor, acreditando que, ao elaborar a notícia sobre o
fato-fonte, o jornalista traduz o fato e, como sujeito social, seu texto está embebido de fatores
externos ao texto que determinam suas escolhas e suas estratégias tradutórias. De acordo com
Vermeer (1996), existem os diferentes olhares tradutórios para o mesmo objeto. Nord (1981)
defende a tradução como ato comunicativo e intercultural, afirma que toda tradução tem como
propósito o leitor-meta, e Zipser (2002) ressalta que, para que ocorra a tradução, não é
necessária a existência de um texto fonte, e sim um fato fonte a ser traduzido. Nesse cenário
teórico, o objetivo do presente trabalho é apresentar a análise realizada no gênero textual
notícia “El mundo del fútbol habla de Brasil” do jornal argentino “La Nación”, publicado durante o
sorteio para ser o Brasil a sede da Copa do Mundo Fifa de 2014, identificando com a aplicação do
Modelo de Análise Textual de Nord (1991) os elementos intratextuais e extratextuais e suas
implicações alusivas à cultura brasileira. Esta linha de pesquisa é contemplada pelo grupo de
pesquisa Tradução e Cultura - TRAC/UFSC/CNPq.
Palavras-Chave: Tradução funcionalista. Alusões culturais. Gênero textual.
244
envolvem o procedimento citado foram realizadas por alunos de mestrado, de iniciação
científica e do PIBID, estando situadas na interface entre língua e literatura e abordando gêneros
como horror short stories (SOUZA, 2015), contos de animais (QUEROZ, em andamento) e
mitos/lendas (MIKULIS, 2014) e gêneros de entretenimento como role playing games - Dungeons
and Dragons (RAMOS, em andamento) e capas de jogos eletrônicos (LIZ, 2015). A transposição
da maior parte desses estudos visa à construção de sequências didáticas, instrumento para a
mediação da prática de ensino em línguas estrangeiras para alunos do ensino básico e da
educação infantil. Outros estudos também importantes voltam-se para a análise de material
didático como as pesquisas sobre gêneros digitais em material apostilado de língua portuguesa
(STUZ; CACILHO, 2015; CACILHO, em andamento) e de livros didáticos de inglês aprovados no
Plano Nacional do Livro Didático (LOPES, em andamento). A partir dessas propostas, esperamos
tecer redes com outros grupos de pesquisa para compartilhar e ampliar as diversas acepções
teórico-metodológicas adotadas para o estudo da linguagem, do estatuto dos gêneros de texto
nas atividades sociais e sua relevância para o ensino.
Palavras-chave: Gêneros textuais. Ensino de línguas. Interacionismo sócio-discursivo.
245
Resumo: O presente trabalho é uma análise discursiva que busca tratar de questões identitárias,
raciais e sociais através da voz de apenas um sujeito.O objetivo da atual pesquisa é construir
problematizações que apontem para o lugar social de um Clube negro em um município
predominantemente branco, a cidade de Ponta Grossa (PR), visto que a instituição em questão
sempre foi rotulada de forma pejorativa e marginalizada, porém ainda é o símbolo da resistência
e da presença negra na região. O objeto de análise desta produção é o discurso construído por
uma mulher, negra, pobre e ex-participante da instituição analisada, denominada de Clube
Literário e Recreativo Treze de Maio. O sujeito de pesquisa é a mesma senhora citada. Em
relação a metodologia utilizada para realizar esta pesquisa, optou-se pela Análise do Discurso
bakthiniana (1929/2005) e pela metodologia pautada no Paradigma Indiciário, de Carlo
Ginzburg(1990); esta escolha ocorreu com o intuito de apresentar as possibilidades de
desenvolver um trabalho com enfoque em perspectivas discursivas e com base nestes dois
aportes metodológicos de diferentes áreas.
Palavras-chave: Discurso. Identidades. Negra.
246
o ensino de língua portuguesa está/estão ou deveria/deveriam estar percorrendo as salas de
aula. Para isso, revisitamos alguns estudiosos no assunto, como Bagno (2012, 2013, 2014, 2015),
Bortoni (2012), Faraco (2008) Gal (2006), Kroskity (1998), Milroy (2011), Moita Lopes (2013),
Ribeiro da Silva (2013), Schiffman (1996), Signorini (2004) e Tormena (2007), Woolard (1998),
assim como o guia de livros didáticos PNLD 2015 de língua portuguesa. Entendemos que a
concepção de ensino de língua portuguesa abordada pelo PNLD configura políticas linguísticas
exercidas por meio do material didático. Diante disso, percebemos a necessidade de o professor
estar atento ao escolher um livro didático, pois ao escolhê-lo estará optando por um conceito,
por uma filosofia de ensino e por ideologias linguísticas, e assim concordando com o sistema de
ensino adotado pelos autores do livro didático, a concepção de língua que assumem e como se dá
o ensino-aprendizado da língua.
Palavras-chave: Ideologia. PNLD 2015. Política linguística.
247
Resumo: Bagno e Rangel (2005) propõem um conceito irrestrito de educação linguística, o qual
abrange aprendizagens sobre a língua materna, outras línguas, a linguagem e demais sistemas
semióticos em um conjunto de fatores socioculturais que se interpelam ao longo da vida dos
indivíduos. Os autores sugerem uma lista com seis tarefas para a educação linguística no Brasil,
quais sejam: letramento; português brasileiro; norma, variação e mudança linguística; reflexão
linguística; literatura e direitos linguísticos. Munidas desta definição de educação linguística e
das tarefas arroladas por Bagno e Rangel (2005), intentamos, no presente trabalho, tecer uma
discussão sobre as implicações de uma proposta de educação linguística em LE a partir de uma
perspectiva sociocultural de ensino, aprendizagem e desenvolvimento humano. Nos
fundamentamos na teoria sociocultural de Vygotsky e em autores (LANTOLF, 2000, 2006, 2011;
JOHNSON, 2006, 2009; SWAIN, 2000, 2005) que, a partir dele, avançaram na área de ensino e
aprendizagem de LE. Nossa proposta considera a proeminência do ensino de LE após a segunda
metade do século XX, decorrente dos processos de globalização, fenômeno que elevou a língua
inglesa ao status de língua franca para a comunicação internacional (LONGARAY, 2009;
GRADDOL, 2006) e incentivou políticas linguísticas para qualificar o ensino e a aprendizagem de
LE no país. A partir de noções seminais à teoria sociocultural de matriz vygotskyana, tais como
mediação, interação, colaboração e andaimento, objetivamos discutir princípios norteadores de
uma educação linguística em LE que, mais do que tornar alunos proficientes em uma língua
estrangeira, tenha por meta a expansão das possibilidades de encontro do aluno consigo mesmo
através da língua do outro, mediante a apropriação desse sistema semiótico, o que é enfatizado
nos PCNs de língua estrangeira (BRASIL, 1998) e nos Referenciais Curriculares estaduais (RIO
GRANDE DO SUL, 2009), ao advogarem em favor da ampliação dos horizontes culturais dos
estudantes.
Palavras-chave: Educação Linguística. Teoria Sociocultural. Língua Estrangeira.
248
inclui elencar desde aspectos sócio-históricos envolvidos na construção de seu projeto
enunciativo até aspectos mais pontuais identificados, que serão apontados na análise a partir da
seleção de algumas imagens capturadas dos vídeos. Em seguida, passamos à análise do que foi
descrito, buscando compreender como se dá o funcionamento discursivo desses elementos de
acordo com seu funcionamento na construção da enunciação desses comerciais, considerando a
junção entre marcas linguísticas e marcas enunciativas no objeto considerado. Por fim,
buscamos interpretar, a partir da descrição e análise do objeto, de que maneira se constrói a
arquitetônica do anúncio em questão, nos termos da interação específica proposta, fundada em
uma dada relação enunciativa.
Palavras-chave: Dialogismo. Análise Dialógica do Discurso. Parâmetros Analíticos.
UMA REFLEXÃO ACERCA DAS FORMAÇÕES DISCURSIVAS QUE PERMEIAM O SUJEITO QUE
SE MOVE ENTRE AS MODALIDADES PRESENCIAL E VIRTUAL DE ENSINO NA UNISUL
Patrícia da Silva Meneghel (UNISUL)
Resumo: Este artigo objetiva refletir e discutir acerca das formações discursivas que permeiam
o sujeito/aluno de duas modalidades de ensino da Unisul – Universidade do Sul de Santa
Catarina: de um lado a modalidade presencial e, de outro, a modalidade virtual. Pautaremos
nossa análise a partir do contexto comparativo acerca do sujeito que se constrói na modalidade
presencial, mas, eventualmente, se vê também parte integrante da modalidade virtual, através
das ofertas de matrículas que se mesclam entre as referidas modalidades. Através de uma
pesquisa bibliográfica, pautada em referenciais teóricos da Análise do Discurso e um estudo de
caso focado na Unisul, ressaltaremos as formações discursivas que se atualizam nos
acontecimentos singulares, experenciados pelos alunos/sujeitos envolvidos no processo ensino-
aprendizagem da Universidade. Cabe ressaltar que essas modalidades ocupam formações
discursivas distintas e, como tal, apresentam suas peculiaridades. Não é pretensão deste artigo
aplicar teorias em um determinado corpus, mas, fundamentalmente, refletir acerca das
formações discursivas que permeiam o sujeito/aluno que se move entre as referidas
modalidades de ensino.
Palavras-chave: Ensino a distância. Formação discursiva. Presencial e virtual.
249
totalidade, sem ignorar os inúmeros elementos que o compõem e modificam. Assim, é necessário
considerar não somente as ações realizadas pelo professor, mas também o contexto sócio-
histórico, as prescrições, os instrumentos e os outros que estão envolvidos em um trabalho que
vai além de um produto, já que se trata de um processo construído a partir da interação.
Palavras-chave: Atividade. Trabalho. Docência
250
retirados da internet e por meio da decomposição em primitivos semânticos, esperamos
demonstrar que verbos de modo de movimento não são tão restritos no português brasileiro.
Palavras-chave: Modo de movimento. Tipologia. Primitivos semânticos.
251
(b) trazer uma reflexão sobre como cada recurso digital pode ser usado para ensino e
aprendizagem de língua estrangeira; e (c) apresentar resultados de pesquisa sobre os três
recursos digitais, com foco no ensino e aprendizagem de língua estrangeira. Com base em
discussões na área de CALL (Computer Assisted Language Learning), os resultados são
apresentados, permitindo o estabelecimento de bases para pesquisas e para o trabalho
pedagógico de professores de línguas estrangeiras. Assim, com a apresentação dos três recursos
digitais, reflexão sobre o uso de cada um e levantamento de pesquisas na área, espera-se
contribuir para estudos na área do uso de tecnologia para o ensino e aprendizagem de línguas
estrangeiras, de forma a orientar a prática docente de professores de línguas estrangeiras.
Palavras-chave: Videogames. Histórias Digitais. Webconferência.
252
ÍNDICE DE AUTORES
253
Cristina Becker Lopes Perna, 240 Gesualda de Lourdes dos Santos Rasia, 96,
Cristina Zanella Rodrigues, 236 226
Daiana Orben Martins, 183 Gilberto Fonseca, 215
Daiana Steyer, 204 Giordana França Ticianel, 201
Daiane Franciele Morais de Quadros, 149 Giovanna Benedetto Flores, 102
Daisy Batista Pail, 202 Giseli Fuchter Fuchs, 131
Daniel Conte, 86, 152, 233 Giselle Liana Fetter, 190
Daniel Lucas de Medeiros, 208 Giuseppe Freitas da Cunha Varaschin, 101
Daniela Brito de Jesus, 114 Glivia Guimarães Nunes, 132
Daniela Schwarcke do Canto, 157 Graciela Rene Ormezzanno, 224
Danieli dos Santos Pimentel, 88 Greice Bauer, 219
David António, 104 Guilherme Araujo-Silva, 83
Debbie Mello Noble, 187 Guilherme Menezes Vilanova, 227
Débora de Carvalho Figueiredo, 149, 163 Guilherme Ribeiro Colaço Mäder, 185
Débora Laís Ferraz dos Santos, 210 Gustavo Arthur Matte, 191
Débora Smaha Corrêa, 212 Helen Petry, 248
Deisi Luzia Zanatta, 103 Helena Jungblut, 232
Diane Blank Bencke, 161 Heloisa Cristina Rampi Marchioro, 199
Diane Silva Zardo, 234 Heloisa Juncklaus Preis Moraes, 126, 172,
Diego Vieira Braga, 83 243
Dilma Beatriz Rocha Juliano, 164 Igor Ramady Lira de Sousa, 150
Dinora Moraes de Fraga, 159, 196, 223 Ione da Silva Jovino, 88, 119, 143, 149, 167,
Dorival Gonçalves Santos Filho, 248 214
Ederson Henrique de Souza Machado, 232 Ismara Tasso, 178
Edla Maria Silveira Luz, 97 Israel Vieira Pereira, 203
Ednéia Aparecida Bernardineli Bernini, 224 Ivelã Pereira, 133
Elisa Corrêa dos Santos Townsend, 138 Ívens Matozo Silva, 169
Ellen Petrech Vasconcelos, 211 Jair Joaquim Pereira, 218
Eloisa da Rosa Oliveira, 184 Janaina Cardoso Brum, 228
Elton Luiz Gonçalves, 123 Jean Raphael Zimmermann Houllou, 217
Emanuelle Alves Adacheski, 206 Jéssica Fraga da Costa, 244
Érica Fernanda Zavadovski Kalinovski, 84, Jéssica Lange de Deus, 93
213 Jéssica Schmitz, 152
Ernani Mügge, 211 Jezebel Batista Lopes, 144
Everton Gelinski Gomes de Souza, 148 João Antolino Monteiro, 217
Éverton Gelinski Gomes de Souza, 243 João Claudio Arendt, 127
Fabian Antunes Silva, 135 João Gabriel Padilha, 191
Fabiana Paula Bubniak, 137 Jorge Alberto Molina, 181
Fabiane Aparecida Pereira, 180, 216 Jorge Campos da Costa, 173, 187
Fábio José Rauen, 108, 142 José Isaías Venera, 207
Fátima Hassan Caldeira, 109 José Ricardo da Rocha Cacciari, 123
Felipe Bilharva, 102 Josiani Job Ribeiro, 86
Felipe Teixeira Zobaran, 205 Júlia Nunes Azzi, 117
Fernanda Lima Jardim Miara, 220 Julia Tomazi, 183
Fernanda Taís Brignol Guimarães, 246 Juliana Canton Henriques, 106
Francieli Winck, 193 Juliana de Abreu, 182
Gabriel Augusto Scheffer, 91 Juliana Schinemann, 176
Gabriela Moll, 122 Juliane Regina Trevisol, 118
Gabriela Niero, 174 Juliano Desiderato Antonio, 133
Gabriela Semensato Ferreira, 236 Juliene da Silva Marques, 126
Gabrielle Lafin, 119 Júlio César Alves da Luz, 110
Gabrielle Perotto de Souza da Rosa, 213 Juracy Assmann Saraiva, 85, 113, 222
254
Jussara Bittencourt de Sá, 125, 158, 181, Maria Sirlene Pereira Schlickmann, 222
220 Mariana Terra Teixeira, 202
Karen Gomes da Rocha, 231 Marice Fiuza Geletkanicz, 246
Karina Silva Rosa, 181 Mariese Ribas Stankiewicz, 146
Karina Zendron da Cunha, 227 Marilane Maria Gregory, 87
Kathy Torma, 223 Marilene Teresinha Stroka, 101
Katia Barbara Gottardi Mulon, 108 Marília Crispi de Moraes, 215
Katia Cristina Schuhmann Zilio, 238 Marina Bento Veshagem, 196
Keli Andrisi Silva Luz, 159 Marina Giosa Azevedo, 239
Kelly Ane Evangelista Santos, 195 Marion Rodrigues Dariz, 203
Laís Gonçalves Natalino, 242 Maristela Rabaiolli, 173
Laise Aparecida Diogo Vieira, 186 Marivete Souta, 88
Larissa Ceres Lagos, 194 Marleide Coan Cardoso, 142
Larissa Rizzon da Silva, 99 Marlova Soares, 143
Leci Borges Barbisan, 239 Mary Neiva Surdi da Luz, 199, 206
Leidiane Coelho Jorge, 209 Maryualê Malvessi Mittmann, 212
Leila Minatti Andrade, 117 Mateus Vitor Tadioto, 121
Letícia Alves de Souza, 87 Maurício Eugênio Maliska, 117
Lilia Baranski Feres, 94 Mayara Gonçalves de Paulo, 158
Lilian Cristine Hubner, 161 Mayra Moreira, 160
Lilian Cristine Hübner, 131 Merylin Ricieli dos Santos, 244
Lisandra Rutkoski Rodrigues, 140, 221 Meta Elisabeth Zipser, 182
Litiane Barbosa Macedo, 149 Mirella Nunes Giracca, 242
Liziane Coelho, 105 Mirian Ruffini, 199
Loremi Loregian-Penkal, 106, 121 Monalisa Pivetta da Silva, 125
Louise Cervo Spencer, 211 Nádia Neckel, 198
Lucas Zambrano Rollsing, 240 Nadja da S. Voss, 214
Lucelene Teresinha Franceschini, 121 Nara Augustin Gehrke, 188
Luciana Abreu Jardim, 210 Nára Boninsegna da Nobrega, 198
Luciana Iost Vinhas, 83 Nayara Nunes Salbego, 250
Luciana Maria Crestani, 161 Odete Pereira da Silva Menon, 225
Luciane Baretta, 156, 162, 176 Onici Claro Flôres, 130, 155
Luciane Botelho Martins, 98 Otávio Henrique Koch, 188
Lucilene Bender de Sousa, 131 Patrícia da Silva Meneghel, 247
Luís Paulo Arena Alves, 135 Patrícia de Andrade Neves, 213
Luís Roberto de Souza Júnior, 160, 176 Patrícia dos Santos, 166
Luiz Henrique Milani Queriquelli, 212 Patrícia Martins Valente, 213
Luiza Boézzio Greff, 114, 171 Paula Cortezi Schefer Cardoso, 208
Luiza Liene Bressan, 126 Paula Maryá Fernandes, 115
Maicon Gularte Moreira, 121 Paulo Ricardo Kralik Angelini, 241
Manuela Camila da Silva Matias, 123 Pedro Augusto Bocchese, 226
Marcelo Salcedo Gomes, 189 Pedro Rieger, 163
Márcia Regina Melchior, 130 Priscila Anicet Hertz, 139
Márcio José da Silva, 231 Priscila Azevedo da Fonseca Lanferdini, 200
Márcio Miranda Alves, 128 Priscilla Rodrigues Simões, 165
Marcos Hidemi de Lima, 112 Rafael Eisinger Guimarães, 136, 153
Maria Aparecida Lima de Freitas, 113 Rafaela Miliorini Alves de Brito, 128
Maria Cláudia Teixeira, 194 Raquel Alquatti, 145
Maria Cleci Venturini, 115, 151, 194 Raquel de Freitas Arcine, 154
Maria da Glória Corrêa di Fanti, 240 Raquel Fregadolli Gonçalves, 178
Maria de Fátima Maia Ribeiro, 195 Raquel Salcedo Gomes, 189, 246
Maria José Damiani Costa, 242 Raquel Souza de Oliveira, 87
255
Raul Henrique Amaro da Silveira Ortellado, Simone de Fátima Colman Martins, 132
84 Sirlei da Silva Fontoura, 109
Rejane Pivetta de Oliveira, 135, 184 Sirlei Rodrigues, 247
Renan Fagundes de Souza, 119 Stefany Rettore Garbin, 142
Renato Augusto Vortmann de Barba, 100 Suelen Francez Machado Luciano, 98, 190
Renato Bittencourt de Melo, 112 Suelen Oliveira Dorneles, 170
Ricardo Ribeiro Elias, 134 Sueli Terezinha de Oliveira, 150
Richarles Souza de Carvalho, 168 Suzimara Ferreira de Souza, 143
Roberta Bassani Federizzi, 224 Tábatha Belzareno dos Santos Rosa, 210
Roberta Macedo Ciocari, 178, 179 Tânia Maria Barroso Ruiz, 204
Roberta Quintanilha Azevedo, 218 Tatiane Henrique Sousa Machad, 229
Roberto Svolenski, 136 Tatiane Kaspari, 85
Rodrigo Schaefer, 118, 175 Tatiani Longo Mazon, 237
Ronicéia Aparecida Biscaia Solak, 167 Taynara Alcântara Cangussú, 86
Rosane Lemos Barreto Custodio (, 128 Tayse Feliciano Marques, 124
Rosângela Beatriz Buhse, 170 Valdirene Fontanella, 110
Rosângela Gabriel, 87, 138 Valéria Cunha dos Santos, 174
Rosangela Silveira, 159 Valéria de Cassia Silveira Schwuchow, 221
Rosangela Silveira Garcia, 223, 228 Valéria Silveira Brisolara, 94, 170, 173
Rosemary de Fátima de Assis Domingos, Vanessa Aparecida Kramer, 127
220 Vanessa Borges Fortes Serapio Ferreira, 177
Rossaly Beatriz Chioquetta Lorenset, 165 Vanessa Makohin Costa Rosa, 127
Rove Chishman, 93, 147 Vanessa Zucchi, 95, 205
Sabrine Amaral Martins, 140 Vera Lúcia Freitas Franco, 229, 248
Samanta Kélly Menoncin Pierozan, 89 Vera Lúcia Lopes Cristovão, 200
Sandra Mariza de Almeida, 184 Verli Petri, 206
Sandy Karine Lima dos Santos Semczeszm, Virginia Maria Nuss, 90
151 Vitor Pequeno, 238
Sara Farias da Silva, 111 Viviane Favaro Notari, 84, 164
Sara Scotta Cabral, 188 Waldemberg Bessa, 169
Scheyla Joanne Horst, 189 Wanessa Rox, 95
Siderlene Muniz-Oliveira, 156, 162, 248 Wellington Ricardo Fioruci, 107
Silvânia Siebert, 116 Willian Corrêa Máximo, 243
Silvia Caroline Gonçalves, 139 Xênia Amaral Matos, 241
Silvia Milena Bernsdorf, 226
256